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Planejamento Tributário (parte 02)-1

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Tainara Araújo Paranhos¹
tainaraaparanhos@gmail.com
Taise Santos de Jesus¹
taisesantos956@gmail.com
Necéssio Adriano Santos²
necessio_adriano@unit.br
1. Introdução
O Brasil sofre com uma alta carga tributária desde a época da colonização lusa, esse problema aos longos dos anos só foi se agravando até chegar nos dias atuais, onde vivemos um cenário de alto índice de desemprego e fechamento de diversas empresas. O fechamento das empresas, em sua grande maioria, se dá pela falta de um bom Planejamento Tributário, para através dele enquadrar corretamente a instituição no regime tributário que lhe é mais vantajoso, conseguindo assim firmar a organização no mercado empresarial com uma concorrência eficiente. Este artigo traz como essência a desmitificação do Planejamento Tributário, deixando claro que o mesmo pode ser usado pelas empresas, independente do seu porte, para obter elisão fiscal e aumento da concorrência no mercado empresarial. O Planejamento Tributário também é uma forma de preparar a empresa para futuras mudanças e também como uma forma de tentar prevê-las, além disso mostra a necessidade do PT dentro de uma instituição provando os benefícios que podem ser extraídos ao fim de sua aplicação, sendo eles a minimização da carga tributária e o aprimoramento de seus resultados.
2. Justificativa
Na esfera organizacional, a diminuição dos custos e despesas é indispensável para qualquer tomada de decisão, pois existe um alto grau de concorrência no mercado e o empreendedor deve adaptar-se as mudanças que são constantes. Quando se refere aos tributos, a medida mais provável é um excepcional planejamento tributário. Através deste, a empresa é auxiliada a reduzir sua carga tributária, sem violar os princípios contábeis, nem a legislação atual. 
À vista disso, esta análise é de grande importância para as empresas, pois estas poderão optar pela melhor forma de tributação, economizando recursos e favorecendo a ampliação de seus negócios, além de roborar aos usuários, dados fundamentais de produção de um planejamento tributário. Com isso elucidado fica mais fácil as tomadas de decisões e a fixação da empresa no mercado empresarial.
3. Objetivos
3.1. Objetivo Geral
· Analisar os regimes de gestão para empresas dos setores de comércio, indústria e prestação de serviço, com o intuito de ajudar na organização tributaria dessas instituições.
3.2. Objetivo Específico 
· Comparar os três tipos de regime tributário.
· Analisar por meio de dados fictícios a importância do planejamento tributário nas empresas.
· Determinar o melhor tipo de regime tributário para cada tipo de empresa.
4. Referencial Teórico
Para Chaves, (2017, p. 23) “o planejamento tributário é o processo de escolha de ação, não simulada, anterior à ocorrência do fato gerador, visando direta ou indiretamente à economia de tributos”. Fazendo comparações entre os três tipos de regimes mais conhecidos, fica mais visível o melhor para a organização.
Sobre Planejamento Tributário Crepaldi orienta,
Planejamento tributário, também conhecido como elisão fiscal, é um ato de prevento que, dentro da estrita observação da legislação brasileira vigente, visa encontrar mecanismos que permitam diminuir o desembolso financeiro com pagamento de tributos, tornando-se algo latente nas administrações empresarias. Sua finalidade tem como base evitar a incidência tributária, com o intuito de prevenir a ocorrência do fato gerador do tributo, minimizando, assim, seu montante, no sentido de reduzir a alíquota ou a base de cálculo. (CREPALDI, 2019, p. 03).
Sendo assim, entende-se que o planejamento tributário é uma forma de se obter a melhor opção para a organização ter uma excelente elisão fiscal. 
Para elaborar o Planejamento Tributário, Crepaldi (2019, p. 05), informa que precisasse “ definir entre o lucro real e lucro presumido ou arbitrado, Simples Nacional ou valores fixos (empreendedor individual) ”. Como nesse artigo o foco é fazer a comparação entre LR, LP e SN, não irei aprofundar no LA e MEI, só significar.
4.1 Tributos
Segundo Crepaldi (2019, p. 12),
O tributo é a receita derivada, compulsoriamente lançada e arrecadada pelo Estado, na forma da lei, em moeda corrente ou em valor que por ela se possa exprimir, sem contraprestação diretamente equivalente, cujo montante é aplicado na execução das finalidades que lhe são próprias. Caracteriza-se pela compulsoriedade, pelo pagamento em dinheiro ou valor equivalente, pelo seu caráter não punitivo, pela previsão legal e por sua cobrança vinculada, sem margem de discricionariedade.
O conceito de tributo está previsto no art. 3° do CTN: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
Dessa forma, conclui-se que o tributo é uma obrigação ex lege³, pago em moeda corrente, em que o devedor é uma pessoa qualquer e o credor é uma das três esferas do Governo (federal, estadual e municipal) (CREPALDI, 2019).	Comment by Tai: Esse daqui eu quero colocar lá no roda pé, está correto?
4.2 Simples Nacional
O Simples Nacional segundo Crepaldi (2019, p.200) “é um regime unificado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos, aplicável às microempresas e empresas de pequeno porte”, sendo assim qualquer empresa que tenha um limite de 4.800.000,00 por ano, pode ser inserida nesse regime. A forma de recolhimento nesse regime é através do DAS. Nesse documento é recolhido o IRPJ; PIS; CSLL; COFINS; ICMS. ISSQN e INSS. A intenção desse regime é estimular as ME, EPP E MEI por meio de um sistema fácil e uniforme.
4.3 Lucro Presumido
O Lucro Presumido de acordo com Crepaldi (2019, p. 172) “é uma forma de tributação simplificada para determinação de base de cálculo do IRPJ e CSLL das pessoas jurídicas”. Nesse regime, se enquadra pessoas jurídicas cuja receita total do ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00, segundo a Lei n. 8.981/1995, art. 44, Lei n. 9.065/1995, art. 29 e Lei n. 9.718/1998, art. 13.
O percentual para a base de cálculo para definir o valor presumido IRPJ e da CSLL é de 32%, sobre a receita bruta, para algumas atividades. Sobre o resultado da base de cálculo (Receita Bruta x 32%), aplica-se as alíquotas de IRPJ de 15%, podendo ter um adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder o valor de R$ 60.000,00, no trimestre; CSLL de 9% no trimestre, PIS de 0,65% e COFINS de 3% sobre a receita bruta do mês, esses dois últimos sendo apurado mensalmente. Para a empresa do comércio o percentual para a base do IRPJ é 8% e do CSLL é de 12% ao invés de 32%; empresas de serviços de transporte, exceto de carga, o percentual é de 16% (CREPALDI, 2019).
4.4 Lucro Real
De acordo com Crepaldi (2019), o Lucro Real é a apuração do IRPJ e CSLL sobre o lucro real da pessoa jurídica, com ajustes requeridos pela legislação fiscal, de acordo com o art. 247 do regulamento do Imposto de Renda. Nesse regime se enquadra pessoas jurídicas que tem um faturamento acima de R$ 78.000.000,00 ou que se enquadre em alguma das seguintes normas:
· Tiverem lucros originários do exterior;
· Que tenha isenção ou redução de impostos autorizados pela lei
· Efetue pagamento mensal de IR na forma do art. 2º da Lei n. 9.430/1996
· Que explorem atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia; 
· Atividades com bancos, financiamento, investimento, capitalização, entre outros (CREPALDI, 2019).
As alíquotas do Lucro Real são diferentes ao do Lucro pois nesse regime há ajustes pelas adições, exclusões ou compensações determinadas na legislação tributária brasileira. Este é um sistema mais intricado, que deverá ser bem analisado pelo contador para a aplicabilidade na empresa, afinal após aceito, só poderá ser alterado no ano seguinte. As alíquotas para este tipo de tributação são: IRPJ de 15% e CSLL de 9%, tendo um adicional de 10% para a parcela do lucro que ultrapassar o valor de R$ 20.000,00 mensaldo IRPJ, multiplicado pelo número de meses do período. O imposto poderá ser pago trimestralmente ou mensalmente ou apuração anual com PIS de 1,65% e COFINS de 7,65% sobre a receita bruta total, recompensáveis (CREPALDI, 2019).
4.5 MEI
Já o Microempreendedor Individual – MEI, foi instituído pela Lei Complementar, nº 128, estabelecendo um regime jurídico próprio para os empresários que agiam por conta própria. O MEI segue algumas regras como, limite de faturamento anual, recolhimento do ISS fixo de R$ 5,00 e o ICMS no valor fixo de R$ 1,00, caso tenha funcionário recolher 8% do INSS sobre o salário e 3% do INSS patronal sobre o salário do funcionário.
5. Metodologia
O método utilizado para o desenvolvimento da pesquisa será desenvolvido a partir de revisões bibliográficas com base em obras cujo o tema remete ao planejamento tributário e suas aplicações em empreendimentos como comércios, indústrias e outros tipos de instituições como os de prestação de serviços. Essa revisão será realizada com base em dados hipotéticos que constituirão a análise de dados referentes à gestão de pagamentos de tributos de empresas fictícias que aqui serão analisadas.
O presente estudo também contará com uma análise de dados quantitativos para a realização de um quadro comparativo, onde constará a diminuição de pagamentos de tributos baseado na proposta de gestão tributárias adequada para cada tipo de empresa. 
Para fins de determinação da carga fiscal bruta, consideram-se todos os tributos arrecadados anualmente pelos governos federal, estadual e municipal. A legislação brasileira cita como espécies de tributos os impostos, as taxas e as contribuições de melhorias. Ao mesmo tempo, o Código Tributário Nacional apresenta uma definição mais ampla, dando margem à inclusão, no conceito de tributo, das contribuições sociais e econômicas. Nesse sentido, a Receita Federal do Brasil utiliza-se do conceito mais amplo de tributo para apuração da carga tributária.
De acordo com Lima 2019, na afirmação supracitada os tributos têm uma função que deve ser aplicada às leis do Brasil, a fim de levar as diversas esferas da sociedade brasileira melhorias, porém pode-se observar claramente que tanto os encargos pagos por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas, não são devidamente aplicados nas necessidades geral da união, o que nos leva a reflexão acerca das altas taxas e sua real funcionalidade.
6. Apresentação dos resultados
Como efeito de estudo fizemos um quadro com três empresas, uma com faturamento no ano de 2018 de R$ 3.221.144,05, a outra R$ 7.321.312,13 e a última R$ 1.317.733,75. Com base nesses faturamentos anuais, cada empresa contratou o mesmo escritório de contabilidade para fazer uma análise dos tributos pagos no ano, para verificar qual melhor planejamento tributário se enquadraria para elas no ano de 2019.
	Empresa Crepaldi
	R$ 7.321.312,13
	Empresa Marion
	R$ 3.221.144,05
	Empresa Osni
	R$ 1.317.733,75
Diante do exposto já verificamos que a empresa Crepaldi não pode fazer parte do SN pois seu faturamento ultrapassa o limite de R$ 4.800.000,00. Então na nossa tabela essa empresa só entrará no LP e LR. A empresa Marion iniciou o ano de 2018 no LP e acredita estar pagando imposto em demasiada. A empresa Osni começou suas operações no SN.
Para as empresas na simulação do LR utilizamos valores fictícios para:
Despesas Dedutíveis 
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