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“É provável que em qualquer lugar, a qualquer hora algo de improvável aconteça. ” 
DEFINICÃO 
PRIMEIROS SOCORROS: são todos os procedimentos aplicado de imediato ao acidentado 
ou ao portador de mal súbito, antes da chegada do socorro especializado. Se devidamente 
aplicados, os procedimentos de primeiros socorros podem aumentar em 80% a chance de 
sobrevida da vítima. 
OBJETIVO: manter as funções vitais e evitar o agravamento, até que ela receba assistência 
definitiva 
CONCEITO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
EMERGÊNCIA: são situações em a vítima corre risco iminente de morte. Necessita de 
socorro imediato. Ex. infarto, ferimentos com arma de fogo (FAF, ferimentos com arma 
branca (FAB), fraturas, queimaduras, etc... 
URGÊNCIA: São situações em que a vítima não corre risco iminente de morte, pode 
aguardar o socorro por mais algum tempo. Ex. Cefaleia, hipertensão crônica, diarreia, etc... 
PLANO DE AÇÃO 
Uma das chaves de sucesso no socorro, é ter certeza que sua "ajuda" não irá piorar o 
problema! 
CARACTERÍSTICAS DE UM SOCORRISTA: 
• ter espírito de liderança 
• ter bom senso, compreensão, tolerância e paciência 
• saber planejar e executar suas ações; 
• ter criatividade, improvisar com segurança; 
• ter iniciativas e atitudes firmes 
• ter, acima de tudo, espírito de solidariedade humana, o “amor ao próximo”. 
Escola Técnica De Saúde Pública Professor Makiguti 
 Se a vítima estiver acordada, pergunte a ele seu nome, sua idade, onde está, que dia é 
hoje e 
 outras perguntas circunstanciais para avaliar seu grau de lucidez. Observe se não há 
nenhum 
 comprometimento físico que a impeça de falar. 
Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
1 
 
• reconhecer suas limitações 
OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA / ATENDENTE DE EMERGÊNCIA 
1. Mantenha a calma. 
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança: 
· PRIMEIRO EU (o socorrista) 
· DEPOIS MINHA EQUIPE (Incluindo os transeuntes) · E POR ÚLTIMO A VÍTIMA 
Isto parece ser contraditório, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas. 
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospitalar de imediato ao 
chegar no local do acidente. 
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente. 
5. Mantenha sempre o bom senso. 
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos. 
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se 
sentirão mais úteis. 
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa) 
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida 
como, por exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que estejam sangrando muito. 
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento) 
Ao informar sobre o acidente, faça-o de maneira clara e objetiva: 
• Onde? Dê os detalhes exatos sobre o local da emergência 
• O que? Dê uma breve descrição sobre o que aconteceu. 
• Quantas pessoas estão feridas? Se possível, dê detalhes dos ferimentos que 
• • • 
representam riscos de morte, se as vítimas estão presas no veículo ou se está incendiando. 
Responda a todas as informações solicitadas pelo atendente do serviço especializado. 
Determine as prioridades de atendimento. 
Aspectos legais do socorro 
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO 
OMISSÃO DE SOCORRO 
Art. 135 do Código Penal – Deixa de prestar socorros significa não dar nenhuma assistência 
à vítima. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança 
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e 
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública. 
Pena: detenção de um a seis meses e multa. 
Parágrafo único: a pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de 
natureza grave e triplicada, se resulta em morte. 
2 
Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
Escola Técnica De Saúde Pública Professor Makiguti 
 
Obs: Chamar o socorro especializado, nos casos e, que a pessoa não possui um 
treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência 
de omissão de socorro. 
BOMBEIRO X SAMU 
O BOMBEIRO faz o resgate ou seja os primeiros socorros e o SAMU faz o atendimento 
médico especializado. 
MORTE 
DEFINIÇÃO: “ a parada total e irreversível das funções encefálicas equivale à morte, 
conforme critérios estabelecidos pela comunidade científica mundial” 
TIPOS DE MORTE: 
• MORTE CLÍNICA: Equivale a parada cardiorrespiratória 
• MORTE BIOLÓGICA: Equivale à morte encefálica 
Escola Técnica De Saúde Pública Professor Makiguti 
 Quando devo chamar o SAMU – 192 
- Dor de aparecimento súbito 
- Intoxica 
- Queimaduras graves 
- Trabalho de parto com risco de morte para mãe ou para o feto 
- Queda acidental 
- Crise convulsiva 
- Acidente de trânsito com atropelamento - Traumas (tórax, abdômen, crânio e fraturas) 
- Perda de consciência (desmaios) 
- Sangramentos 
 Quando devo chamar os BOMBEIROS - 193 
- Incêndio e explosões 
- Vazamento de gás 
- Resgates em alturas 
- Vazamentos de produtos químicos ou tóxicos - Pessoas perdidas em mata, mar ou 
montanhas 
- Desabamento ou deslizamento de terra 
- Acidente de trânsito com pessoas presas em ferragens 
- Salvamento em meio líquido (mar, rios ou piscinas) 
 3 
Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
 
• MORTE ÓBVIA: Diversos estados que indiretamente definem uma situação de morte 
encefálica: 
1. Evidente estado de decomposição 
2. Decapitada ou segmentada no tronco 
3. Esmagada 
4. Carbonizada 
5. Esmagamento do crânio com perda de massa encefálica e ausência de sinais vitais 
6. Rigor Mortis (rigidez do corpo que ocorre cerca de sete horas após a morte, devido 
ao endurecimento muscular e que desaparece no período de um a seis dias, quando 
tem início a decomposição do corpo; rigidez cadavérica) 
7. Livor Mortis (Manchas arroxeadas que surgem 20 a 45min após a morte. Em 10 a 12h 
os livores já ocupam todo o plano inferior. Os livores ocorrem porque depois da morte o 
sangue fica sujeito apenas à gravidade, acumulando-se nas zonas mais baixas do corpo 
(variando consoante a posição do cadáver). 
ETAPAS DO PICO DE MORTE 
1o) Primeiro pico de morte: Ocorre segundos e até minutos após o acidente. São mortes 
causadas por lacerações em tronco cerebral, medulas espinhal altas, lesões de aorta e ou 
grandes vasos com sangramento profuso. 
2o) Segundo pico de morte: Variam de minutos a algumas horas após o acidente. Estas 
mortes são causadas principalmente por: hemopneumotórax, lesões de fígado, de baço e 
fraturas pélvicas com sangramento intenso. Estes são chamados pacientes potencialmente 
salváveis, isto é, seriam salvos se beneficiados por um sistema de atendimento 
pré-hospitalar adequadamente planejado e regionalizado. No segundo pico de morte é 
chamado ‘’HORA DE OURO’’( GOLDEN HOUR) do traumatizado. 
3o) Terceiro pico de morte: Neste período é considerado dias ou semanas após o trauma. 
São decorrentes de infecções ou falências orgânicas. Esta fase está comprometida pela 
qualidade do atendimento inicial prestado 
Escola Técnica De Saúde Pública Professor Makiguti 
4 
Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
A análise primária é uma avaliação realizada sempre que a vítima está inconsciente e é 
necessária para se detectar a condição que colocam em risco iminente a vida do paciente. 
Ela se desenvolve obedecendo às seguintes etapas: 
• Determinar inconsciência 
• Abrir vias aéreas 
• Checar respiração 
• Checar circulação 
• Checar grandes hemorragias 
➢ Determinar inconsciência: uma vítima consciente significa que a respiração e a 
circulação estão presentes e, neste caso, pode-se passar direto para a análise secundária. 
Para se constatar a consciência deve-se sacudir gentilmente a vítima pelo ombro e 
perguntar: “ei, você está bem?, ei, você está me ouvindo?, ei, fala comigo?) ” 
➢ Abrir vias aéreas: se o paciente não responde a estímulos, realizar a abertura das vias 
aéreaspara que o ar possa ter livre passagem aos pulmões. 
A manobra de abrir as vias aéreas pode ser realizada de dois modos: 
• Elevação do queixo e rotação da cabeça – para vítimas que 
tem afastado a possibilidade de lesão de coluna cervical. 
• Triplice manobra – para vítimas com suspeita de lesão na coluna cervical, o método 
anterior é contraindicado. Para esses casos, utiliza-se o método tríplice manobra, onde o 
socorrista se ajoelha atrás da cabeça da vítima, coloca os polegares nas bochechas da 
vítima, os indicadores na mandíbula e os demais dedos na nuca da vítima e exerce tração 
em sua direção. Enquanto traciona, os indicadores, posicionados nos ângulos da 
mandíbula, empurram-na para cima. 
➢ Checar a respiração: Após a abertura das vias aéreas, deve-se verificar se o paciente 
está respirando espontaneamente. Para realizar essa avaliação, o socorrista deve colocar o 
seu ouvido bem próximo da boca do nariz e da boca da vítima e olhar, ouvir e sentir a 
respiração. 
• Olhar os movimentos torácicos 
• Ouvir os ruídos característicos 
• Sentir a exalação do ar através das vias aéreas do paciente. 
➢ Checar a circulação 
• Determinar o pulso na artéria carótida 
➢ Checar a existência de grandes hemorragias 
• Após constatar a presença de pulso, deve-se procurar por grandes hemorragias e 
estanca- 
Escola Técnica De Saúde Pública Professor Makiguti 
 las, usando um dos métodos de hemostasia. 
5 
Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
 
A análise primária não deve dispender mais do que 30 segundos 
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 
A avaliação secundária visa fornecer os elementos necessários para que o socorrista possa 
tomar a decisão correta com relação aos cuidados necessários e merecidos pela vítima. 
Podemos defini-la como um processo ordenado para descobrir lesões ou problemas 
médicos que, se não tratados, poderão ameaçar a vida. 
A avaliação secundária é dividida em: 
• Entrevista com a vítima ou testemunhas; 
• Exame da cabeça aos pés. 
➢Entrevista: 
etapadaavaliaçãoondeosocorristaconversacomavítimabuscandoobterinformações dela 
própria, de familiares ou de testemunhas, sobre o tipo de lesão ou enfermidade existente e 
outros dados relevantes. 
➢ Exame da cabeça aos pés: palpação e inspeção visual realizada pelo socorrista, de 
forma ordenada e sistemática, buscando identificar na vítima, indicações de lesões ou 
problemas médicos. Na avaliação secundária, o socorrista deverá estabelecer um contato 
com a vítima consciente, identificando-se e posteriormente obtendo e usando o nome do 
paciente para explicar movimentos pretendidos, de forma a transmitir segurança e 
tranquilidade à vítima. 
• pergunte o nome e idade (se é menor, contatar com seus pais ou um adulto conhecido). 
• o que aconteceu, isso já ocorreu antes? Está em tratamento médico? 
• é alérgico a algum medicamento ou alimento? Ingeriu algum tipo de droga, ou alimento? 
• Inspecione e apalpe a cabeça da vítima. Apalpe todo o crânio, procure por deformidades, 
ferimentos, edemas, equimoses. Para identificar possíveis lesões na cabeça. 
• Inspecione os olhos da vítima. Observe ambas as pupilas, procure por edemas, 
equimoses, 
lesões nas pálpebras. Para indicar possíveis lesões na cabeça, no próprio olho, uso de 
drogas,etc. 
*Midríase (pupila dilatada) – morte cerebral 
*Miose ( pupila contraída) – pode indicar o uso de alguns tipos de drogas 
*Anisocoria: condição caracterizada pelo tamanho (diâmetro) desigual das pupilas. (lesão 
cerebral localizada devido a TCE, AVC) 
• Inspecione e apalpe a face, nariz, boca e mandíbula da vítima. Apalpe os ossos da face, o 
nariz e a mandíbula da vítima. Procure hemorragias, deformidades, ferimentos ou 
equimoses. Verifique na boca possíveis lesões na língua, perda de dentes ou prótese, 
pesquise o hálito. Para indicar possíveis lesões na cabeça, fraturas de ossos faciais, 
fraturas no crânio, lesões na boca e mandíbula, ingestão de álcool, etc. 
• Inspecione ambas as orelhas da vítima (sem movimentar a cabeça). Pesquise a saída de 
sangue ou liquor pelos ouvidos. Certifique-se de que a vítima pode ouvir. Pesquise edemas 
ou equimoses atrás das orelhas. Procure por possíveis perdas da audição, traumatismo 
crânio- encefálico ou ferimentos na cabeça. 
• Inspecione e apalpe o pescoço da vítima. Pesquise ferimentos, deformidades ou desvios 
da traqueia. Verifique a coluna cervical, pesquisando por edemas ou deformidades. Aplique 
o colar cervical apropriado se for trauma 
• Inspecione e apalpe os ombros da vítima (bilateralmente). Apalpe a clavícula e a escápula 
da vítima bilateralmente, procure por deformidades, ferimentos, hemorragias ou edemas. 
• Inspecione e apalpe o tórax da vítima (bilateralmente). Pesquise movimentos respiratórios 
anormais, deformidades, fraturas, áreas de contusão ou edemas. 
• Inspecione e apalpe o abdome da vítima. Apalpe e pesquise contusões, ferimentos, 
hemorragias, eviscerações. 
• Inspecione e apalpe a região pélvica da vítima. Apalpe as regiões da bacia. Pesquise, dor, 
ferimentos ou hemorragias. Procure identificar lesões na região genital. 
6 
Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
Escola Técnica De Saúde Pública Professor Makiguti 
 
• Inspecione e apalpe as extremidades da vítima. Apalpe os membros inferiores e membros 
superiores. Pesquise por ferimentos, hemorragias, deformidades ou edemas. Cheque a 
capacidade de movimentação, a sensibilidade e perfusão sanguínea. 
SINAIS VITAIS 
Os sinais vitais são medidas de várias estatísticas fisiológicas utilizadas na área da saúde 
para avaliar as funções corporais básicas e diz respeito a: 
1 - pulso 
2 - respiração 
3 - pressão arterial 
4 - temperatura corporal 
Outros sinais que poderão ser verificados: 
5 - nível de consciência 6 - dilatação das pupilas 7 - cor da pele. 
CONDIÇÕES QUE ALTERAM SINAIS VITAIS GERANDO FALSA INTERPRETAÇÃO: 
1. Pessoais: exercício, tensão, alimentação 
2. Ambientais: temperatura e umidade 
3. Equipamentos: inapropriado e/ou mal calibrados 
1) PULSO: O pulso e a respiração devem ser verificados no mesmo procedimento, pois o 
paciente pode interferir, parando ou alterando o ritmo respiratório. 
O pulso na artéria radial é habitualmente o mais verificado. 
Para medir o pulso: 
* Coloque seus dedos indicador e médio sobre a parte inferior do punho, abaixo da base do 
polegar. 
* Pressione firmemente os dedos planos até sentir o pulso (não use seu polegar para medir 
o pulso). 
* Com um relógio, conte os batimentos cardíacos por 1 minuto, ou por 30 segundos 
multiplicando por 
Em média consideramos adulto - 60 a 100 bpm crianças - 80 a 120 bpm bebês - 100 a 
160bpm 
O ritmo das batidas de um coração normal descansado é em média 60 a 100 por minuto. 
Os átrios (as duas câmaras menores do coração) contraem-se simultaneamente e o mesmo 
acontece, logo em 
7 
Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
Escola Técnica De Saúde Pública Professor Makiguti 
 
seguida, com os ventrículos (as duas câmaras maiores). Esse mecanismo ocasiona a 
“batida dupla” característica do coração: tum-tá, tum-tá... Exercícios ou estresse emocional 
podem aumentar o ritmo cardíaco para até 200 ou mais pulsações. Em pessoas com 
coração sadio, quando a demanda de esforço volta ao normal, o ritmo cardíaco também se 
restabelece rapidamente. 
Taquicardia / bradicardia 
2) RESPIRAÇÃO: É o processo de inspirar e expirar ar para dentro dos pulmões. A 
respiração pode ser aferida observando o movimento do peito do indivíduo ou sentindo a 
entrada e saída de ar pelo nariz. Uma respiração é contada apenas após expirar o ar 
inspirado. 
Para medir a respiração (frequência respiratória): * Coloque a pessoa deitada. 
* Conte quantas vezes o peito sobe por 1 minuto. Valores normais: 
Homem: - 16 a 18 mpm (movimentos por minuto) Mulher: - 18 a 20 mpm 
Criança: - 20 a 25 mpm 
Lactentes: - 30 a 40 mpm 
3) PRESSÃO ARTERIAL: É a medida da força do sangue contra as paredes das artérias. A 
medida da pressão arterial compreende a verificação da pressão máxima chamada sistólica 
e pressão mínima diastólica. 
EscolaTécnica De Saúde Pública Professor Makiguti 
 Eupnéia:, Taquipnéia ou Polipnéia ; Bradipnéia; Apnéia: Dispnéia. 
A principal função da respiração é suprir as células do organismo de oxigênio e retirar o 
excesso de dióxido de carbono. 
Inspiração+ expiração = respiração 
Caso a respiração esteja abaixo de 10 ou acima de 28 procure ajuda pois algo de errado 
está acontecendo. 
 - Valores normais para um adulto: 
Pressão sistólica: 140x90mmHg Pressão diastólica: 90x60mmHg Pressão média: 120x 80 
mmHg 
4) TEMPERATURA: Para medir a temperatura corporal: 
* Pode ser medida em diferentes partes do corpo: boca, reto, orelha ou axila. * Siga as 
instruções do termômetro. 
* Limpe o termômetro após cada uso. 
* Use termômetros diferentes para cada pessoa, se possível. 
 A temperatura é um resultado da produção e perda de calor do corpo. 
O valor normal da temperatura é de 36oC a 37oC. Acima disso a pessoa está entrando em 
um quadro de 
 hipertermia (febre). Por outro lado, se a temperatura corporal estiver a baixo disso a pessoa 
está entrando em um quadro de hipotermia. Pela manhã a temperatura corporal é 
geralmente menor em relação ao restante do dia. 
 8 
Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
 
Escola Técnica De Saúde Pública Professor Makiguti 
 Técnica habitual de medição: 
Colocar o bulbo do termômetro no centro da axila por 3 a 10 minutos, leitura conforme 
escala. 
 Temperatura corporal média de cada local do corpo: 
 É considerado normal a temperatura corpórea - 36,7oC A 37,2oC . Obs.: VARIAÇÕES 
NORMAIS: 0,3 A 0,6o da média 
Temperatura axilar- 36oC a 36,8oC Temperatura inguinal- 36oC a 36,8oC Temperatura 
bucal- 36,2oC a 37oC Temperatura retal- 36,4oC a 37,2oC 
A febre normalmente é sinal de alguma inflamação, infecção ou outros males, devendo se 
buscar o problema que gerou a febre, pois esse se for eliminado também encerrará a febre. 
Mas se a temperatura chegar a 40oC é necessário que sejam tomados cuidados para aliviar 
a febre, pois ultrapassando essa margem pode haver danos neurológicos no indivíduo. 
 Hipertermia – Febre 
 Hipotermia 
 Caso a temperatura do corpo caia abaixo de 35oC a pessoa está entrando em um caso de 
hipotermia. Normalmente, a hipotermia só acontece caso o indivíduo fique em um ambiente 
muito frio. Retire a pessoa do lugar frio em que estiver e a mantenha aquecida. 
Se a temperatura continuar caindo, até a ajuda médica chegar mantenha a pessoa deitada 
e aquecida, com roupas secas, mantas e compressas de água quente em suas axilas. Não 
levante a vítima, pois isso desviaria o sangue que no momento deve manter seus órgãos 
internos aquecidos. Se possível sirva uma bebida morna para a pessoa, mas cuidado para 
não estar muito quente e causar choque térmico. 
OUTROS SINAIS 
 Fique de olho também em outros sinais suspeitos como pele pálida, hematomas, 
ferimentos, pupilas dilatadas, excesso ou falta de suor, pelos eriçados e etc. 
Resultado da aferição 
Por fim, tendo aferido os sinais vitais, você poderá informar os dados obtidos no chamado 
do socorro. Caso a ajuda médica não seja possível, avalie se é necessário tomar algum 
cuidado baseado nos sinais vitais e se necessário proceda com o socorro da vítima. 
9 
Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
 
CONCEITO 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
O Suporte Básico de Vida compreende o atendimento prestado a uma vítima de mal súbito 
ou trauma, visando a manutenção dos sinais vitais e a preservação da vida, até que uma 
equipe especializada possa transportá-la ao hospital e oferecer um tratamento definitivo. 
São inúmeras as situações de urgências e emergências que necessitam do atendimento de 
socorrista especializado: traumatismos; queimaduras; doenças cardiovasculares; parada 
cardiorrespiratória; crise convulsiva; afogamento; intoxicações etc. 
O atendimento rápido e eficiente, as vítimas em situação de risco, é fundamental. O 
momento entre a situação de emergência e a chegada do socorro especializado é crucial 
para aumentar a chance de sobrevivência das vítimas. 
Motivos para aprender e praticar Suporte Básico de Vida: 
-Quase 80% dos casos de parada cardíaca acontecem em casa e são presenciados por um 
membro da família; 
-Menos de 10% sobrevivem. Isso por que a maioria das testemunhas não sabem fazer a 
reanimação básica; 
-A reanimação feita por quem presencia a parada cardíaca pode “dobrar” a chance de 
sobrevivência; -Cada minuto após a parada cardíaca diminui as chances de sobrevivência 
em 10%; 
CORRENTE DE SOBREVIVÊNCIA 
O primeiro ELO da cadeia de sobrevivência é CHAMAR AJUDA, gritar para alguém ou 
telefonar para o serviço de Urgência: 
Três ações principais: 
1a ação: Reconhecer rapidamente a parada cardíaca (perda da consciência, não mexer e 
não 
respira ou respira com dificuldade); 
2a ação: Acionamento rápido do serviço de Emergência (SAMU 192 e Resgate 193); 3a 
ação: Posicionamento correto da vitima. 
10 
Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
Escola Técnica De Saúde Pública Professor Makiguti 
 
O atendimento deve ser capaz de avaliar e garantir por meio de medidas simples, não 
invasivas e eficazes de atendimento as funções vitais do paciente e evitar o agravamento 
de suas condições. 
O segundo elo segue a seguinte sequência para padronizar o atendimento: C: Circulação 
A: Vias aéreas 
B: Respiração 
C: CIRCULAÇÃO 
O pulso está presente? 
Não se deve demorar mais do que 10 segundos para identificar o pulso. 
Existe alguma hemorragia grave? 
Na ausência de pulso iniciar de imediato com 30 compressões torácicas, em uma 
frequência de no mínimo 100 vezes por minutos, com a profundidade de 5 cm. 
Traçar uma linha entre os dois mamilos (meio do peito); apoiar firmemente a região 
hipotenar da mão; com uma mão sobre a outra mão; 
Relação 30 compressões / 2 ventilações; COMPRIMA rápido, 100 / minuto; COMPRIMA 
forte, 5 cm; 
Erros comuns na execução das compressões: 
- não aplicar a pressão adequada ou posicionar incorretamente as mãos durante a 
compressão torácica, acarretando fraturas de costelas, lesões em órgãos torácicos e 
traumatismos abdominais. 
A: VIAS AÉREAS E ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL 
Ver, Ouvir e Sentir não se usa mais. 
Verificar se as vias aéreas estão pérvias ou se existem sinais de obstrução. A boca deve 
ser aberta e a via aérea superior 
inspecionada para verificar e retirar objetos estranhos, vômito ou sangue. 
Apoiar a cabeça da vítima para evitar movimentações. 
B: RESPIRAÇÃO 
O paciente respira? 
Na ausência da respiração realizar 2 ventilações. Essa respiração está sendo eficaz? 
Boca a boca; Máscara facial de bolso 
O terceiro ELO da cadeia de sobrevivência: 
Desfibrilação Rápida. 
A Lei Municipal no 12736/2007 obriga as instituições com mais de 1500 pessoas circulantes 
por dia a ter um DEA disponível para situações de emergência. É um aparelho automático, 
e pode ser utilizado por pessoas com o mínimo de conhecimento. Porém na maioria dos 
casos a rápida desfibrilação está relacionada a chegada do serviço especializado de 
emergência. 
(autora Profa Meirine Mendes) 
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Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
Escola Técnica De Saúde Pública Professor Makiguti 
 
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 Parada respiratória 
PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA (PCR) 
É a interrupção súbita dos movimentos respiratórios, podendo ser acompanhada ou não de 
parada cardíaca, diagnosticada por: ausência dos movimentos respiratórios, cianose e 
perda da consciência. 
Parada cardíaca 
É a interrupção súbita dos batimentos cardíacos ou ineficaz, fazendo com que o sangue 
oxigenado não seja o suficiente para suprir as necessidades metabólicas do organismo. 
O indivíduo em PCR apresenta dilatação pupilar após 45 segundos (hipóxia cerebral). 
*Lesão neurológica irreversível após 4 a 5 minutos de hipóxia 
Causas mais comuns da PCR 
-IAM 
-Arritmias cardíaca 
-Doenças coronarianas em geral 
-Engasgos 
-Pneumonias 
-Afogamentos 
-Broncoaspiração 
-Traumatismo Cranioencefálico (TCE) -Processos infecciosos 
-Desequilíbrio ácido-básico, potássio, cálcioe glicose 
NFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) 
No IAM ocorre a necrose (morte) de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência 
da irrigação sanguínea que leva nutrientes e oxigênio ao coração. Pode levar à morte 
súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca com consequências desde severas limitações, 
ou até a completa recuperação. 
É o resultado de uma série complexa de eventos acumulados ao longo dos anos, mas pode 
ser caracterizado pela oclusão das artérias coronárias em razão da aderência de placas de 
colesterol em suas paredes. O desprendimento de um fragmento dessas placas ou a 
formação de um coágulo de sangue, um trombo, dentro das artérias acarretam o bloqueio 
do fluxo de sangue causando sérios e irreparáveis danos ao coração (necrose do músculo 
cardíaco). 
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Sintomas 
* Dor fixa no peito, que pode variar de fraca a muito forte, ou sensação de compressão no 
peito; 
* Ardor no peito, muitas vezes confundido com azia, que pode ocorrer associado ou não à 
ingestão de alimentos; 
* Dor no peito que se irradia pela mandíbula e/ou pelos ombros ou braços (mais 
frequentemente do lado esquerdo do corpo); 
* Ocorrência de sudorese, náuseas, vômito, tontura e desfalecimento; * Ansiedade, agitação 
e sensação de morte iminente. 
Conduta: Ao surgirem os primeiros sintomas, procurar socorro imediatamente. 
• Não dirigir 
• Manter a pessoa aquecida e calma. 
• Não dê coisa alguma para beber ou comer; 
• Se a pessoa consegue engolir sem dificuldade e não é alérgica ao medicamento, faça- a 
tomar dois comprimidos de aspirina (ácido acetilsalicílico) imediatamente; 
• Em caso de perda de consciência, inicie o suporte básico de vida. Não tente transportar a 
pessoa desfalecida, porque ela corre sério risco de morrer no caminho. 
Fatores de risco e prevenção 
* Não há dúvida de que a melhor maneira de evitar o infarto é reduzir a exposição aos 
fatores de risco: fumo, obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol, estresse, 
vida sedentária e/ou histórico pessoal ou familiar de doenças cardíacas. 
* Assumir uma atitude mental confiante e positiva é um passo decisivo para a recuperação 
dos infartados. É importante deixar claro que pessoas que sobrevivem a um infarto e 
adotam estilos de vida saudável, em sua maioria, conseguem retornar à vida normal e 
reassumir suas atividades profissionais. 
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RCP 
QUANDO NÃO FAZER RCP 
Quando a presença de sinais de morte evidente: decapitação, esmagamento completo de 
cabeça ou tórax com PCR, carbonização, estado de putrefação ou decomposição, rigidez 
cadavérica (rigor mortis). 
RCP 
• Posicionar a vítima deitada de costas sobre superfície rígida; 
• Constatar a ausência de circulação 
• Posicionar corretamente as mãos para a compressão torácica e executá-las com a 
intensidade correta 5 cm de depressão no osso esterno 
Em crianças usar apenas uma das mãos . Em bebês usar dois dedos para a compressão. 
Utilizar a freqüência e o ritmo corretos . 
Iniciar imediatamente as compressões cardíacas Para realizar a compressão, colocar as 
mãos sobrepostas no centro do peito da vítima. 
Erros mais frequentes na execução da RCP 
• NÃO SOLICITAR SOCORRO ESPECIALIZADO IMEDIATAMENTE OU RETARDAR O 
TRANSPORTE; 
• NÃO APLICAR A PRESSÃO ADEQUADA 
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 Reanimação cardiopulmonar 
 
POSICIONAR INCORRETAMENTE AS MÃOS, DURANTE A COMPRESSÃO TORÁCICA, 
ACARRETANDO FRATURAS DE COSTELAS, LESÕES EM ÓRGÃOS TORÁCICOS E 
TRAUMATISMOS ABDOMINAIS. 
As melhores chances de sobrevivência dependem da RCP. Em 4 Minutos: Inicia-se a lesão 
cerebral e em 10 Minutos a morte cerebral é estabelecida. 
Compressão cardíaca e ventilação 
30 compressões cardíacas 
2 Ventilações 
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 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) 
Uma das principais causas de morte no Mundo. Conhecido popularmente como derrame. 
É a necrose (morte) de uma parte do tecido encefálico, causada pela ausência da irrigação 
sanguínea ou extravasamento de sangue do vaso. 
Pode levar à morte súbita, causar sequelas desde leve comprometimento até severas 
limitações ou mesmo a completa recuperação. 
Sinais e sintomas: SEMPRE DE INÍCIO SÚBITO - Distúrbio motor, Distúrbio visual, Perda 
sensitiva, Alterações de fala, Desvio de rima, Ptose palpebral, Convulsões. 
Conduta: Ao surgirem os primeiros sintomas, procurar socorro imediatamente. Não dirigir. 
Manter a pessoa aquecida e calma. 
Não dê coisa alguma para beber ou comer; 
Não administrar aspirina (AAS)!! 
Transmita confiança ao indivíduo e evite entrar em pânico. Os primeiros socorros são 
fundamentais para salvar vidas. 
Em caso de perda de consciência, inicie o suporte básico de vida. Não tente transportar a 
pessoa desfalecida, porque ela corre sério risco de morrer no caminho. 
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A chance de recuperação aumenta quanto mais rápido for o atendimento médico. A 
reabilitação ajuda o indivíduo a superar as dificuldades resultantes das sequelas 
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO (OVACE) 
Definição: 
Entende-se por obstrução de vias aéreas toda situação que impeça total ou parcialmente o 
trânsito do ar até os alvéolos pulmonares. A restauração e manutenção da permeabilidade 
das vias aéreas obstruídas são essenciais e devem ser feitas de maneira rápida e 
prioritária. 
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 A asfixia é uma causa comum de morte após engasgo com alimentos ou por ingestão de 
corpos estranhos. É mais comum em crianças, mas pode acontecer também com os 
adultos. 
Pode levar à inconsciência em 2 minutos, lesões cerebrais, após 3 minutos e até à morte! 
Alimentos ou objetos podem ser responsáveis pela ASFIXIA. Isso acontece quando estes 
são engolidos e ao invés de irem para o esôfago (o caminho que o alimento faz), ficam 
presos antes deste ou pegam o caminho errado (traqueia), que leva o ar para os pulmões. 
Nestes dois casos o ar é impedido de passar, causando o SUFOCAMENTO ou ASFIXIA 
(tecnicamente falando "OVACE - Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho). 
A incidência de OVACE é muito menor em adultos, comparado às crianças. É fundamental 
entender que as manobras de desobstrução podem salvar a vida através de procedimentos 
 elementares. Por exemplo, as manobras manuais de tração do queixo liberam as vias 
aéreas e a manobra de Heimlich. Porém em situações em que o engasgo total não pode ser 
resolvido, é altamente recomendável inicias a RCP. 
Principais causas de obstrução das vias aéreas superiores: 
• Obstrução causada pela língua 
• Obstrução causada por hemorragia: epistaxe, ferimentos em cavidade oral, traumas 
cervical e de face; 
• Obstrução causada por meio fluido: água, secreções, líquido de estase proveniente do 
estômago; 
• Obstrução por corpos estranhos : restos alimentares, corpos estranhos introduzidos pela 
boca e /ou nariz, próteses quebradas, etc.. Procedimentos: 
Observar se a vítima pode respirar, tossir, falar ou chorar; em caso positivo, orientar a 
continuar tossindo . 
Observar se o corpo estranho foi expelido e se a obstrução parcial persistir, administre 
ventilação mecânica e transporte a vítima ao hospital. 
Caso a vítima. não possa respirar, tossir, falar ou chorar, trata-se de uma obstrução total, 
neste caso , efetuar os seguintes procedimentos: 
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 • Manobra de Heimlich ( para crianças com idade acima de 1 ano) 
1. Posicionar-se atrás da vítima 
2. Posicionar sua mão fechada com a face do polegar encostada na parede abdominal, 
entre 
o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical; 
3. Com a outra mão espalmada sobre a primeira, comprima o abdome num movimento 
rápido direcionado para trás e para cima. 
4. Repetir a compressão até a desobstrução ouaté a vítima ficar inconsciente, quando 
então 
será executada a manobra correspondente. 
Em obesos e gestantes no último trimestre, a compressão deverá ser realizado no esterno, 
na mesma posição em que se realiza a compressão da rcp. 
• Manobra de compressão abdominal para desobstrução das vias aéreas superiores em 
vítimas inconscientes com idade superior a 01 ano 
1. Posicionar a vítima em decúbido dorsal numa superfície rígida; 
2. Posicionar-se de forma a apoiar os seus joelhos um de cada lado da vítima na altura de 
suas coxas 
3. Colocar sua mão sobre o abdome da vítima de forma a apoiar a região tênar e hipotênar 
da mão entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical; 
4. Apoiar a outra mão sobre a primeira; 
5. Comprimir o abdome num movimento rápido, direcionado para baixo e cranialmente. 
• Manobra em vítimas com idade abaixo de 01 ano 
1. Abrir a boca e visualizar e tentar remover qualquer objeto estranho visível; 
2. Checar a respiração e se ausente, efetuar duas ventilações 
3. Posicionar a vítima de bruço em seu antebraço apoiado em sua coxa; a cabeça da vítima 
deverá estar em nível inferior ao próprio tórax, segurando firmemente a cabeça da vítima 
pela mandíbula, apoiando o lábio inferior com o dedo indicador para manter a boca aberta; 
4. Efetuar cinco pancadas, coma regiao tênar e hipotênar da palma de sua mão, entre as 
escápulas da vítima; 
5. Colocar o antebraço livre sobre as costas da vítima e virá-la para decúbido dorsal; 
6. Manter a cabeça da víttima em nível inferior ao próprio tórax, apoiando o braço sobre 
a coxa. 
7. Efetuar 5 ( cinco) compressões esternais 
Sinal universal do engasgo: Início súbito de grave dificuldade respiratória, na ausência de 
febre ou sintomas respiratórios, sugere OVACE. 
Classificação da obstrução 
• Leve: vítima ainda consegue tossir e emitir alguns sons. 
• Grave: vítima não consegue tossir ou emitir qualquer som. 
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 CHOQUE ELÉTRICO 
A vítima pode apresentar paralisia e convulsões. O socorro deve ser imediato para evitar 
complicações. 
Na maioria dos casos de acidente por choque elétrico, a morte é apenas APARENTE, e 
cada minuto diminui a chance de sobrevida. 
Acione o serviço de Emergência 
Antes de tocar o corpo da vítima, procure livrá-la da corrente elétrica, com a máxima 
segurança possível e a máxima rapidez, nunca use as mãos ou qualquer objeto metálico ou 
molhado para interromper um circuito ou afastar um fio. O mais indicado é madeira SECA 
ou borracha 
Verificar sinais vitais, em caso negativo, inicie a RCP 
Agasalhe a vítima, a fim de aquecê-la. 
Lembre-se: 
Choque é uma emergência GRAVE e deve receber atendimento de URGÊNCIA. 
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QUEIMADURAS 
Lesões de pele provocadas pela temperatura (calor ou frio), mas também por contato com 
produtos químicos, radiação ou até mesmo por fricção. 
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 As queimaduras podem ser classificadas quanto ao agente 
causador, a profundidade e ao grau de extensão 
O fogo é o principal agente das queimaduras, embora as produzidas pela eletricidade 
sejam, de todas, as mais mutilantes. 
 Classificação: 
Quanto à profundidade: 
1o grau: atinge somente a epiderme, causando vermelhidão local. 
2o grau: Atinge a epiderme e alcança a derme, originando a formação de bolhas. É muito 
dolorosa porque há exposição de terminações nervosas 
3o grau: atinge a epiderme, a derme e outros tecidos mais profundos, como os músculos, 
podendo chegar aos ossos. Devido a carbonização dos tecidos, surge a coloração preta 
(necrose). Não há dor porque as terminações nervosas também são queimadas. 
Quanto à extensão: 
Pequenos queimados: até 20% do corpo atingido por queimaduras 
Grande queimado: mais do que 20% da extensão corpórea atingida por queimadura. De 
acordo com a regra dos 9, de Wallace: 
Cabeça e pescoço: 9% 
Cada braço: 9% 
Tórax: 9% 
Abdome: 9% 
Dorso: 18% 
Coxas: 9% 
Pernas: 9% 
O restante 1% é destinado ao períneo 
Conduta 
- Retirar a vítima do contato com a causa da queimadura: 
- Apagar o fogo, se for o caso, com extintor (apropriado), abafando-o com um cobertor ou 
rolando o acidentado no chão; 
- Lavar a área queimada com bastante água em temperatura ambiente; 
- Não romper as bolhas e nem retirar as roupas queimadas que estiverem aderidas à pele. 
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- Não aplicar pomadas, líquidos, cremes e outras substâncias sobre a queimadura. 
- Não aplicar gelo sobre a lesão. 
- Não dar água a grandes queimados. 
Encaminhar imediatamente o grande queimado ao Hospital, para avaliação e tratamento. 
HEMORRAGIA 
Hemorragia é a saída de sangue dos vasos sanguíneos para o meio exterior, para o 
interstício ou para cavidades do organismo, proveniente da ruptura, dilaceramento ou corte 
de um vaso sanguíneo. 
São emergências que ameaçam a vida em um curto período de tempo, portanto devem ser 
tratadas com a máxima prioridade. O coração, os vasos sanguíneos e o sangue compõem 
um sistema fechado, imprescindível à vida. Uma grave alteração nesse sistema pode 
provocar a morte da vítima. 
De acordo com o livro Primeiros Socorros, Editora Atheneu, 1999, de Glória e Bizlac, a 
vítima de sangramento, a qual tenha peso igual a 70 (setenta) kg, estará fadada à morte se 
perder 2,1 litros de sangue num determinado evento. 
Classificação: 
Externas: a perda de sangue ocorre para o exterior do organismo. Internas: o sangue 
perdido extravasa para os tecidos ou cavidades. 
Hemorragia externa: 
Venosa: coloração vermelho escuro, menor intensidade, geralmente resolve-se com simples 
compressão 
Arterial: coloração vermelho vivo, em jatos de acordo com a frequência cardíaca. Conduta: 
• Acionar Serviço de Emergência 
• Calçar luvas 
• Deitar a vítima 
• Elevar local do ferimento, se possível 
• Aplicar pano limpo com pressão 
• Se o curativo molhar rapidamente, aplicar outro pano por cima, não retirar o primeiro 
curativo 
• Amarrar um pano por cima do curativo sem apertar excessivamente a ponto de prejudicar 
a circulação 
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 • Se continuar o sangramento, comprima a artéria mais próxima; 
• Não retirar corpos estranhos 
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*O torniquete é um recurso extremo que somente deve ser utilizado nas situações em que 
for absolutamente impossível controlar o sangramento através das técnicas citadas. Anotar 
a hora em que foi aplicado, e informar à equipe do Serviço de Emergência Médica. 
Hemorragia Interna: mais grave pois é silenciosa. 
São aquelas que se manifestam desde simples hematomas até casos de grande perda de 
sangue, com acumulação em áreas internas do corpo, podendo causar estado de choque. 
A hemorragia interna, na maioria das vezes, será de difícil visualização, porém poderão ser 
observados os seguintes sinais indicadores de sua ocorrência: 
1) Saída de sangue por orifícios naturais, como: ouvido, nariz e boca, ânus, vagina; 
2) Presença de tosse e ou vômito com sangue; 
3) Presença de manchas arroxeadas em cavidades; 
4) Rigidez da parede abdominal; 
5) Sinais e sintomas indicativos do estado de choque. 
6) Alteração da frequência cardíaca 
7) Pele fria e palidez cutaneomucosa 
8) Cianose de extremidades 
9) Diminuição do nível de consciência 
Acionar Serviço de Emergência 
Deitar a vítima com a cabeça mais baixa Observar padrão cardíaco e respiratório Manter a 
vitima aquecida 
ESTADO DE CHOQUE 
Vários fatores podem levar uma pessoa ao estado de choque: hemorragias, choque elétrico, 
queimaduras, envenenamentos, intoxicações, IAM, fraturas, ferimento graves, infecções, 
reações alérgicas. 
Cada uma destas causas gera um estado de choque diferente: 
CHOQUE NEUROGÊNICO: ocorre uma vasoplegia (paralisação) dos vasos sanguíneos. 
CHOQUE ANAFILÁTICO: reação a drogas, medicações, anestesias, etc. 
CHOQUE CARDIOGÊNICO: ocorre devido a uma falha na bomba cardíaca, é uma 
deficiênciano enchimento e esvaziamento das câmaras cardíacas. 
CHOQUE SÉPTICO: ocorre devido a uma infecção generalizada, acomete quase todos os 
órgãos internos. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO: é o mais comum de todos os tipos, ocorre devido a perda de 
líquidos do organismo (vômitos, diarréia, hemorragia) 
SINAIS E SINTOMAS: 
Palidez, pele úmida e fria – suor frio – pulso rápido e fraco – sensação de sede – 
extremidades arroxeadas (cianose) – sensação de frio com tremores – visão nublada e 
inconsciência. 
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CONVULSÕES 
Episódios de atividade motora, sensorial, e psíquica anormal decorrentes de uma descarga 
súbita e excessiva dos neurônios cerebrais 
Em geral são súbitas e transitórias 
Causas: 
Idiopáticas (desconhecida) 
Adquiridas: Febre (infância); Traumatismo craniano; Infecção do sistema nervoso central... 
Cuidados: 
Os indivíduos apresentam perda do equilíbrio, queda, inconsciência, contração muscular 
corporal, abundante salivação, vômito, liberação de esfíncter. 
Prevenir que o indivíduo sofra qualquer lesão 
Observar para prevenção de possíveis complicações, como por exemplo a bronco 
aspiração 
Acionar serviço de Urgência 
Afastar os objetos próximos para evitar lesões 
Não impeça os movimentos convulsivos, apenas posicione-se de joelhos atrás da cabeça 
da vítima e acomode-a a fim de evitar traumatismos 
Posicione a vítima lateralmente para que ela não bronco aspire vômitos e outras secreções 
Quando os espasmos desaparecerem, acomode a vítima confortavelmente e certifique-se 
de que ela está respirando 
Durante a crise, não use de força para conter a vítima, nem ponha nada em sua boca. 
DESMAIO 
É a perda momentânea e passageira dos sentidos, co interrupção das atividades normais 
do cérebro. 
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 CAUSAS 
Excesso de esforço físico, cansaço, fome, contusão, medo, emoção forte, etc. 
O QUE FAZER 
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Deitar a vítima em local ventilado 
Afrouxar suas roupas e liberas as vias aéreas 
Levantar as pernas apoiando-as em algum objeto elevado. 
SE A VITIMA PERCEBER QUE VAI DESMAIAR 
Coloque-a sentada em uma cadeira, coma cabeça entre os joelhos e diga-lhe para forçar a 
cabeça para cima e ao mesmo tempo você deve forçar a cabeça da vítima para baixo. 
SINAIS E SINTOMAS 
Perda da consciência, podendo haver queda Relaxamento muscular. 
Pupilas dilatadas. 
Abolição dos reflexos palpebral. 
Palidez. 
ANAFILAXIA 
Sensibilização prévia > anticorpos 
2a exposição > hipersensibilidade imediata Antígeno+anticorpos > liberação maciça de 
histamina 
• contração de musculatura lisa 
• aumento da permeabilidade vascular 
Os principais agentes causadores são: 
Produtos orgânicos: venenos de insetos, pólen, alimentos (ovos, frutos do mar, nozes, 
grãos, amendoim, algodão, chocolate), hormônios (insulina), etc. 
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 Medicamentos: antibióticos, anestésicos locais, vitaminas e materiais de contraste 
radiológico. 
Manifestações Clínicas: 
Prurido e edema de pele e mucosas > Insuficiência respiratória Queda de PA > perda de 
consciência 
Arritmia 
Sintomas gastrointestinais 
Cuidados: 
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Acionar serviço de urgência 
Importante: muita rapidez e ações efetivas 
As vias aéreas devem ser mantidas abertas e a pessoa deve ser colocada de lado, para o 
caso de aparecerem vômitos que levem à sufocação. 
LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM EXTREMIDADES 
São lesões bastante comuns, decorrentes, em geral, de acidentes automobilísticos, quedas 
ou acidentes esportivos. 
Laceração de fibras musculares com dano à ligamento próximo e dor a movimentação; 
Distensão: 
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 Lesão em que os ligamentos são estirados ou parcialmente lacerados com dor, edema e 
possível hematoma. 
Entorse: 
 Desarticulação de um membro, ocasionando estiramento ou rompimento de músculos e 
tendões. 
Luxação: 
 Fraturas: 
Completa: Incompleta: 
Rompimento do tecido ósseo. As fraturas podem ser classificadas em: 
 quebra total da área transversal do osso. Interrupção incompleta da continuidade do osso. 
 Fechada: Aberta / exposta 
não há comunicação entre osso e meio externo. 
: há comunicação entre o local da fratura e o meio externo. 
 CONDUTA 
- O principal procedimento é a imobilização. 
Expor o local da lesão, cortando, removendo ou dobrando as vestes da vítima; 
No caso de fratura exposta, cobrir o ferimento com curativo para controlar a hemorragia, 
sem exercer pressão sobre o osso fraturado; 
Não tentar recolocar o osso exposto para dentro do ferimento; Não retirar fragmentos 
ósseos do local; 
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Primeiros socorros Profa. Irani Epiphanio 
 
Antes de imobilizar, verificar se há circulação (perfusão e pulso distal) e sensibilidade nas 
extremidades 
Imobilizar na posição em que for encontrada 
Sempre que possível, imobilizar uma articulação acima e outra abaixo da lesão, ou um osso 
acima e outro abaixo, se a fratura for na articulação. 
Deve-se, com criatividade, utilizar objetos disponíveis no ambiente, como por exemplo 
papelão, jornal, madeira, toalhas, etc, 
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