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Caso Concreto 13 a) Quais as características marcantes do chamado Estado Liberal? O ponto central norteador do Estado Liberal se divide em duas ideias basilares: a primeira, em relação às liberdades públicas, mais precisamente a proteção dos direitos civis e políticos; e uma outra, que tem por propósito a obtenção de limitação do poder estatal nos interesses particulares dos indivíduos, ou seja, a visão de que o Estado deve interferir minimamente nas esferas privadas dos indivíduos/cidadãos. Com isso temos o reconhecimento de um Estado abstenseísta, que apenas è autorizado a agir para fins de garantir a liberdade, nunca para mitigá-la. b) A visão de Dominique Plihon, conforme expressa no texto acima, é a mesma que tinham os revolucionários franceses (1789) e americanos (1776) quando promoveram suas revoluções? Certamente que não. Se no Século XVIII o Estado Liberal representou uma visão revolucionária e progressista contra uma forma de organização fortemente autoritária de poder, que é aquela estabelecida pelo modelo do Estado Absolutista, Dominique Plihon , diferentemente, entenderá, segundo o fragmento acima apresentado, que os ideais liberais nos dias atuais representam um retrocesso para humanidade. Plihon certamente analisa a questão pelo viés econômico (já que o termo ?neoliberal? traz esta conotação), ou seja, a mitigação da atuação estatal no campo econômico, deixando espaço para a condução da economia pelos entes privados. Porém, cabe uma ressalva, certamente não está o economista francês fazendo uma crítica ao liberalismo em seu viés político, já que representa este a salvaguarda dos direitos individuais em face das invasões indevidas do Estado na esfera privada do cidadão/indivíduo. c) Qual a relação entre o Estado Liberal e o movimento constitucionalista do Século XVIII? A relação é direta tanto histórica quanto no campo das ideias. É que para dar fim a um processo de elevada concentração o poder político não mãos do Rei (representante do Estado), o paradigma liberal defende a necessidade de existência de uma constituição, rígida e escrita, que garanta não apenas a supremacia da lei sobre a vontade dos governantes (Estado de Direito), mas também a um rol de direitos fundamentais que proteja o cidadão das arbitrariedades do Estado.
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