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Golpe Militar de 1964 e os Atos Institucionais

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A proposição das reformas de base e a mobilização para executá-las no governo de João Goulart desencadearam a reação de setores conservadores da sociedade, como os supracitados militares, os proprietários de terras e a interferência de setores políticos estadunidenses na política brasileira. Dentre essas reformas constavam a reforma agrária, a bancária, financeira, a universitária, a ampliação do direito ao voto, e outras medidas que pretendiam atenuar as desigualdades sociais no país. Assim, em 1° de abril de 1964, formou-se uma junta militar composta pelos ministros militares para depor João Goulart e evitar a implementação das reformas de base, promovendo o Golpe Militar de 1964.
Em 9 de abril de 1964, foi promulgado o Ato Institucional n° 1 do governo militar que possibilitava ao poder Executivo cassar mandatos eleitos, suspender direitos políticos, e declarar o estado de sítio. No dia seguinte, o Congresso elegeu o general Humberto Castelo Branco presidente da República. Castelo Branco era um militar da vertente moderada das forças armadas, próximo à política estadunidense, realizou um governo que teve por base de apoio a parcela mais conservadora da União Democrática Nacional, militares, tecnocratas, e parcelas da classe média.
Após um ano de governo, a base de apoio nos setores médios urbanos começou a diminuir devido às medidas repressivas e às práticas econômicas de arrocho adotadas pelos ministros da Fazenda, Otávio Bulhões, e do Planejamento, Roberto Campos. Assim, a situação do regime foi derrotada pela oposição nas eleições em Estados importantes como Guanabara e Minas Gerais. Em decorrência disso, foi implementado, em 27 de outubro de 1965, o Ato Institucional n° 2 que dissolveu os partidos políticos existentes. Desse modo, passou a vigorar no país o bipartidarismo: o partido governista era a Aliança Renovadora Nacional (Arena), e a oposição era representada pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). E, em 5 fevereiro de 1966, foi instaurado o Ato Institucional n° 3 que estabeleceu eleições indiretas para os cargos de governadores estaduais e presidente da República.
O governo de Castelo Branco tornou-o impopular por conta das medidas econômicas anti-inflacionárias, para garantir o pagamento de dívidas no exterior, e por causa das medidas repressivas que atingiram até mesmo políticos apoiadores do Golpe Militar. Sob as manifestações do MDB no Congresso, em outubro de 1966, o governo do general Castelo Branco foi substituído pelo governo do general Artur da Costa.
Costa e Silva alinhava-se à ala da “linha dura” das forças armadas, assim tornando o regime ainda mais fechado e perseguindo cruelmente a oposição. O governo de Castelo Branco terminou em março de 1967, quando assumiu o presidente Artur da Costa e Silva eleito indiretamente por uma junta de militares, designada “Comando Supremo da Revolução”. A indicação de Costa e Silva para a presidência promoveu ainda mais o fechamento do regime militar

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