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AEP-direito-constitucional-direitos-e-deveres-individuais-e-coletivos (9)

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
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AEPCON Concursos Públicos 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos. 
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Sumário 
Mandato de segurança individual e coletivo ..................................................................................................................... 2 
 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
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AEPCON Concursos Públicos 
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Mandato de segurança individual e coletivo 
Mandado De Injunção 
Art. 5º (...). 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta da norma regulamentadora torne 
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
 
Ação constitucional de natureza civil e procedimento especial, novidade da atual Constituição e 
regulada pela lei nº 13.300/2016. 
A impossibilidade do exercício dos direitos e liberdades "constitucionais" e as prerrogativas 
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, por falta da norma regulamentadora, é o 
que legitima a impetração do mandado de injunção. Assim, tem como objeto uma norma de 
eficácia limitada, norma constitucional que prescinde de lei infraconstitucional para possuir 
plena aplicabilidade. 
Há a possibilidade de impetração de mandado de injunção contra omissão absoluta do 
legislador, uma lacuna da lei, ou contra omissão parcial, quando a lei existe, mas não foi capaz 
de regular a completude do direito estabelecido. 
No polo ativo pode constar pessoa física ou jurídica ou estrangeira e no polo passivo os órgãos 
ou autoridades públicas que possuem competência para legislar no caso concreto (arts. 102, I, 
“q” e 105, I, “h”, ambos da CF/88). 
Quanto aos efeitos da decisão em sede de mandado de injunção, a teoria não-concretista 
predominou, por muito tempo, no âmbito do Supremo tribunal Federal. Entendia a Suprema 
Corte que ao Poder Judiciário caberia apenas o reconhecimento formal da inércia legislativa e 
a consequente comunicação ao órgão competente para a elaboração da norma regulamentadora 
necessária ao exercício do direito constitucional inviabilizado, sem que o legislativo se 
vinculasse a referida decisão, considerando que a adoção de posição diversa ofenderia a 
separação dos Poderes. Posteriormente, a teoria concretista geral foi adotada em algumas 
decisões prolatadas pelo Supremo Tribunal Federal (MI 670, 708 e 712), que estabelecia, diante 
da ausência de norma regulamentadora, ao Poder Judiciário o suprimento da lacuna. Assim, o 
poder Judiciário, mediante decisão, regularia a omissão em caráter geral, com efeitos erga 
omnes, concedendo a viabilizar do exercício do direito constitucional ao impetrante e 
estendendo os efeitos a todos aqueles que estivessem na mesma situação. Atualmente, o Órgão 
de Superposição tem aplicado a teoria concretista individual, permitindo ao Poder Judiciário, 
diante da lacuna deixada pelo Poder Legislativo, editar norma para o caso específico, 
viabilizando o exercício do direito somente ao impetrante, uma vez que a decisão tem efeitos 
inter partes (MI795). Já a teoria concretista intermediária, ou mista traduz-se na fusão da 
teoria não-concretista com a teoria concretista individual, ou seja, o Poder Judiciário, 
primeiramente, limita-se a declarar a omissão ao órgão responsável pela elaboração da norma 
regulamentadora, fixando-lhe prazo para suprimento da lacuna e posteriormente, com a 
expiração do prazo, estaria autorizado a suprir a lacuna para o caso concreto, isto é, somente 
para o impetrante (MI 232). 
 
Lei 13.300/2016. 
Art. 2o Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas 
editadas pelo órgão legislador competente. 
Art. 3o São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou 
jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no 
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art. 2o e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma 
regulamentadora. 
Art. 8o Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para: 
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma 
regulamentadora; 
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover 
ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo 
determinado. 
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando 
comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo 
estabelecido para a edição da norma. 
Art. 9o A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da 
norma regulamentadora. 
§ 1o Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for 
inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da 
impetração. 
§ 2o Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos 
por decisão monocrática do relator. 
§ 3o O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não impede a renovação da 
impetração fundada em outros elementos probatórios. 
Art. 11. A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex nunc em relação aos 
beneficiados por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for 
mais favorável. 
Parágrafo único. Estará prejudicada a impetração se a norma regulamentadora for editada 
antes da decisão, caso em que o processo será extinto sem resolução de mérito. 
Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: 
I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa 
da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis; 
II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício 
de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade 
partidária; 
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e 
prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de 
seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização 
especial;IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a 
promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, 
na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal. 
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de 
injunção coletivo são os pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de 
pessoas ou determinada por grupo, classe ou categoria. 
Art. 13. No mandado de injunção coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente às 
pessoas integrantes da coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos pelo 
impetrante, sem prejuízo do disposto nos §§ 1o e 2o do art. 9o. 
Parágrafo único. O mandado de injunção coletivo não induz litispendência em relação aos 
individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante que não requerer a 
desistência da demanda individual no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada 
da impetração coletiva. 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos. 
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Jurisprudência relacionada ao tema: 
EMENTA. (...) Embora não previsto expressamente pela CF/88, é cabível mandado de injunção 
coletivo, nos mesmos termos previsto para o MS coletivo (...). (STF MI 20/DF, 19/5/2004). 
EMENTA. (...) É inviável a concessão de medida liminar em sede de mandado de injunção, por 
ser incompatível com o instituto. (STF MI 335 AgR/DF, 9/8/91). 
EMENTA. (...) No julgamento do MI no 107/DF, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 21.9.1990, o 
Plenário do STF consolidou entendimento que conferiu ao mandado de injunção os seguintes 
elementos operacionais: I) os direitos constitucionalmente garantidos por meio de mandado de 
injunção apresentam-se como direitos à expedição de um ato normativo, os quais, via de regra, 
não poderiam ser diretamente satisfeitos por meio de provimento jurisdicional do STF; II) a 
decisão judicial que declara a existência de uma omissão inconstitucional constata, igualmente, 
a mora do órgão ou poder legiferante, insta-o a editar a norma requerida; III) a omissão 
inconstitucional tanto pode referir-se a uma omissão total do legislador quanto a uma omissão 
parcial; IV) a decisão proferida em sede do controle abstrato de normas acerca da existência, ou 
não, de omissão é dotada de eficácia erga omnes, e não apresenta diferença significativa em 
relação a atos decisórios proferidos no contexto de mandado de injunção; IV) o STF possui 
competência constitucional para, na ação de mandado de injunção, determinar a suspensão de 
processos administrativos ou judiciais, com o intuito de assegurar ao interessado a possibilidade 
de ser contemplado por norma mais benéfica, ou que lhe assegure o direito constitucional 
invocado; V) por fim, esse plexo de poderes institucionais legitima que o STF determine a edição 
de outras medidas que garantam a posição do impetrante até a oportuna expedição de normas 
pelo legislador. (...). (STF MI 670/ES, 31.10.08). 
EMENTA. (...) 2. A Constituição do Brasil reconhece expressamente possam os servidores 
públicos civis exercer o direito de greve --- artigo 37, inciso VII. A Lei n. 7.783/89 dispõe sobre 
o exercício do direito de greve dos trabalhadores em geral, afirmado pelo artigo 9º da 
Constituição do Brasil. Ato normativo de início inaplicável aos servidores públicos civis. 3. O 
preceito veiculado pelo artigo 37, inciso VII, da CB/88 exige a edição de ato normativo que 
integre sua eficácia. Reclama-se, para fins de plena incidência do preceito, atuação legislativa 
que dê concreção ao comando positivado no texto da Constituição. 4. Reconhecimento, por esta 
Corte, em diversas oportunidades, de omissão do Congresso Nacional no que respeita ao dever, 
que lhe incumbe, de dar concreção ao preceito constitucional. Precedentes. 5. Diante de mora 
legislativa, cumpre ao Supremo Tribunal Federal decidir no sentido de suprir omissão dessa 
ordem. Esta Corte não se presta, quando se trate da apreciação de mandados de injunção, a 
emitir decisões desnutridas de eficácia. 6. A greve, poder de fato, é a arma mais eficaz de que 
dispõem os trabalhadores visando à conquista de melhores condições de vida. Sua auto 
aplicabilidade é inquestionável; trata-se de direito fundamental de caráter instrumental. (...) 16. 
Mandado de injunção julgado procedente, para remover o obstáculo decorrente da omissão 
legislativa e, supletivamente, tornar viável o exercício do direito consagrado no artigo 37, VII, 
da Constituição do Brasil (...). (STF MI 712, Min. Eros Grau. 31/10/2008). 
EMENTA (...) O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o MI n. 712, afirmou entendimento no 
sentido de que a Lei n. 7.783/89, que dispõe sobre o exercício do direito de greve dos 
trabalhadores em geral, é ato normativo de início inaplicável aos servidores públicos civis, mas 
ao Poder Judiciário dar concreção ao artigo 37, inciso VII, da Constituição do Brasil, suprindo 
omissões do Poder Legislativo. (...) A força normativa da Constituição é desprendida da 
totalidade, totalidade normativa, que a Constituição é. Os servidores públicos são, seguramente, 
titulares do direito de greve. Essa é a regra. Ocorre, contudo, que entre os serviços públicos há 
alguns que a coesão social impõe sejam prestados plenamente, em sua totalidade. Atividades das 
quais dependam a manutenção da ordem pública e a segurança pública, a administração da 
Justiça --- onde as carreiras de Estado, cujos membros exercem atividades indelegáveis, 
inclusive as de exação tributária --- e a saúde pública não estão inseridos no elenco dos 
servidores alcançados por esse direito. (...). (STF Rcl. 6568/SP. Rel. Min. Eros Grau. 
25.09.2009). 
EMENTA. Mandado de injunção. - Legitimidade ativa da requerente para impetrar mandado de 
injunção por falta de regulamentação do disposto no par. 7. do artigo 195 da Constituição 
Federal. - Ocorrência, no caso, em face do disposto no artigo 59 do ADCT, de mora, por parte 
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do Congresso, na regulamentação daquele preceito constitucional. Mandado de injunção 
conhecido, em parte, e, nessa parte, deferido para declarar-se o estado de mora em que se 
encontra o Congresso Nacional, a fim de que, no prazo de seis meses, adote ele as providencias 
legislativas que se impõem para o cumprimento da obrigação de legislar decorrente do artigo 
195, par. 7., da Constituição, sob pena de, vencido esse prazo sem que essa obrigação se 
cumpra, passar o requerente a gozar da imunidade requerida. (STF MI 232-1/RJ, Rel. Min. Néri 
da Silveira, DJ 27.03.1992). 
EMENTA: Mandado de injunção. Aposentadoria especial do servidor público. Artigo 40, § 4º, da Constituição 
da República. Ausência de lei complementar a disciplinar a matéria. Necessidade de integração legislativa. 
1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob 
condições de periculosidade e insalubridade. 2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de 
lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial. 3. Mandado de 
injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, 
no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91." (MI 795, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, 
julgamento em 15.4.2009, DJe de 22.5.2009) 
Súmula Vinculante nº 33 - Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regrasdo regime geral da 
previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição 
Federal, até a edição de lei complementar específica. 
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE INJUNÇÃO. SUPERAÇÃO DA MORA 
LEGISLATIVA. PERDA DO OBJETO. 1. A jurisprudência desta Corte se firmou no sentido de 
que a edição do diploma reclamado pela Constituição leva à perda de objeto do mandado de 
injunção. 2. “Excede os limites da via eleita a pretensão de sanar a alegada lacuna 
normativa do período pretérito à edição da lei regulamentadora” (MI 634-AgR, Rel. Min. 
Sepúlveda Pertence). 3. Agravo regimental improvido. (MI 3709 AgR, Relator(a): Min. 
ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-
029 DIVULG 11-02-2015 PUBLIC 12-02-2015). 
 
REGRAS DE APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
§1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata; 
Na verdade, segundo a dogmática doutrinária, todas as normas constitucionais tem eficácia 
jurídica, que é imediata, direta e vinculante, haja vista que passa a produzir efeitos desde a sua 
vigência. Entretanto, não se deve confundir eficácia jurídica das normas com aplicabilidade das 
normas, considerando que a norma poderá possuir aplicabilidade mediata e indireta, quando, por 
exemplo, necessitam de uma norma infraconstitucional para produzir todos os efeitos (norma de 
eficácia limitada). Ressalte-se que mesmo essas normas possuem o mínimo de aplicabilidade 
quando revogam as normas que lhes são contrárias, ou limitam o legislador e o aplicador do 
direito, impedindo-os de negar o direito, além de conceder legitimidade às pessoas de exigir o 
direito previsto, inclusive através do mandado de injunção. 
§2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do 
regime e dos princípios por ela adotados, ou de tratados internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte. 
Esse dispositivo garante que os direitos e garantias constam em toda a Constituição Federal, de 
forma expressa e implícita, através de regras e princípios, inclusive em tratados internacionais 
em que o Brasil seja parte. Os direitos fundamentais são uma categoria aberta, uma vez que 
outros direitos e garantias podem ser estabelecidos na constituição federal e nas leis 
infraconstitucionais. 
Dispositivo correspondente: art. 60, §4º, IV, da CF/88. 
 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
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Jurisprudência relacionada ao tema: 
EMENTA. (...) O rol de direitos e garantias individuais, protegidos pela cláusula pétrea, art. 60, 
§ 4º, IV, previstos no art. 5º da Constituição não é exaustivo, há outros dispositivos na Lei 
Maior, isto sem considerar a regra básica do § 2º do art. 5º, segundo o qual “os direitos e 
garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados...” Houve o agasalho, portanto, de direitos e garantias explícitos e de 
direitos e garantias implícitos (...). (STF ADI 939-07/DF). 
 
 
 
 
 
Questões 
 (MPE-PB - Técnico Ministerial - Sem Especialidade) Sobre o Mandado de Segurança, 1.
considere: 
I. O partido “D” possui representação no Congresso Nacional. 
II. O partido “H” não possui representação no Congresso Nacional. 
III. A Associação “QQ” legalmente constituída e em funcionamento há oito meses em defesa 
dos interesses de seus associados. 
IV. A Associação “XX” legalmente constituída e em funcionamento há sete meses em defesa 
dos interesses de seus associados. 
De acordo com a Constituição Federal, o Mandado de Segurança coletivo poderá ser impetrado 
APENAS nas hipóteses indicadas em 
a) III e IV. 
b) I e II. 
c) II e IV. 
d) II e III. 
e) I. 
 
 A medida judicial que pode ser proposta por qualquer cidadão para suprir omissão 2.
regulamentadora que torne inviável o exercício de liberdade constitucional é 
a) o mandado de segurança. 
b) a ação popular. 
c) o habeas data. 
d) o mandado de injunção. 
e) o habeas corpus. 
 
 
 
 
Gabarito 
1 - E 
2 - D

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