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Introdução Quando analisamos o processo produtivo de uma firma, observamos que a quantidade utilizada de alguns insumos pode mudar rapidamente, como, por exemplo, energia e mão-de- obra. Já outros insumos são mais difíceis de mudar muito rápido, como o capital físico e o prédio no qual a empresa está instalada. Num prazo mais longo ainda, a instituição pode entrar no mercado ou sair dele. A conseqüência é que o conjunto de produção da firma depende do prazo que ela tem para ajustar seus insumos. a tecnologia da empresa nos períodos de curto, médio e longo prazos. A curto prazo, como foi apresentado no capítulo anterior, alguns insumos são fixos. A médio prazo, todos os insumos são fixos, mas o número de firmas no mercado é variável. A longo prazo, o mercado é variável e os insumos também. Alguns autores distinguem apenas o curto e o longo prazo. Para eles, o que Página 1 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO... chamam de longo prazo é o que definimos como médio prazo e não fazem referência ao número de empresas no mercado. Neste capítulo, vamos considerar que todos os fatores de produção são variáveis, ou seja, vamos fazer a análise da produção levando em conta períodos de longo prazo. Isoquanta Podemos definir isoquanta como uma linha na qual todos os pontos representam combinações dos fatores de produção que indicam uma mesma quantidade do produto. É o conjunto de combinações de insumos que podem produzir no máximo y, ou seja: I = {x | f(x) = y} O conceito de isoquanta na teoria da firma é análogo ao conceito de curva de indiferença na teoria do consumidor. Dessa forma, podemos definir a isoquanta como uma curva que representa todas as possíveis combinações de insumos derivados na mesma quantidade de produção. Essas informações estão apresentadas a seguir na figura 8.1. Página 2 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO... Fonte: adaptado. Riani, 1998. Existem infinitas isoquantas num determinado mapa de produção. Teoricamente, cada uma delas representa níveis de produção diferentes. As curvas de isoquantas não se interceptam, pois cada curva representa um nível de produção. Podemos fazer uma analogia, nesse ponto, com as curvas de indiferença que têm os mesmos princípios. Assim, as isoquantas da produção podem ser descritas como as várias combinações de insumos necessários para que a empresa possa obter um determinado volume de produção (produto). Como definido, um conjunto de isoquantas, ou mapa de isoquantas, descreve a função de produção da empresa, como podemos observar a seguir na figura 8.2. Para que a empresa possa obter um determinado volume de produção (produto). Como definido, um conjunto de isoquantas, ou mapa de isoquantas, descreve a função de produção da empresa, como podemos observar a seguir na figura 8.2. Página 3 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO... Fonte: adaptado. Riani, 1998. Isocustos Como definido anteriormente, a partir de agora vamos considerar na nossa análise que todos os fatores de produção são variáveis. Vamos trabalhar a teoria da produção no longo prazo. Dessa forma, para aprimorar a nossa análise da teoria da produção, temos que entender, primeiramente, o funcionamento das isoquantas que nos apresentam dados sobre as combinações possíveis na produção. Em segundo lugar, precisamos compreender como funcionam os isocustos, que nos oferecem as diferentes combinações de fatores de produção que a empresa pode adquirir, considerando o preço deles e a disponibilidade ou capacidade que a firma tem em obter recursos financeiros. Composição do isocusto: DT = (qa • pa) + (qb • pb) onde: Página 4 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO... DT = disponibilidade financeira; pa = custo do fator a; pb = custo do fator b; qa = quantidade máxima do fator a = DT/pa; qb = quantidade máxima do fator b = DT/pb. Na figura 8.3, são apresentadas as possibilidades de produção entre o fator A e B, de acordo com os recursos da empresa. Na figura 8.4, temos informações sobre as alternativas de produção em relação aos investimentos e às quantidades de fatores que podem ser adquiridas com essas restrições. Página 5 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO... Fonte: adaptado. Riani, 1998. Ao observarmos essa figura, entendemos que, com as informações disponíveis dos preços dos fatores, se a empresa aumenta a contratação de um fator, deverá reduzir a aquisição de outro e, assim, poderá manter constantes os recursos disponibilizados para a produção. Por isso, a inclinação da curva é negativa. No caso da figura 8.4, a restrição de recursos da empresa é de 10 mil. Assim, todas as combinações de fatores devem ter como valor máximo 10 mil e todas as alternativas de produção devem atender a esse limite para não exceder o orçamento da empresa. Página 6 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO... Fonte: adaptado. Riani, 1998. Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST) A taxa marginal de substituição técnica apura a quantidade de um determinado fator que será compensada por uma unidade adicional do outro fator, tal que o nível de produção não se altere. Isso quer dizer que, ao analisar as isoquantas, podemos observar o movimento da curva e como os fatores de produção estão se alocando, isto é, como uma quantidade de fator de produção vai sendo substituída por outra quantidade de outro fator. Podemos definir assim a taxa de substituição técnica: TMST ba = PMg a/PMg onde: PMg = variação na quantidade produzida decorrente da variação de uma unidade na quantidade de fator variável; PMg a = variação na quantidade produzida decorrente da variação em uma unidade do fator A. Na figura 8.5 a seguir, observamos a taxa de substituição técnica de capital por trabalho. Página 7 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO... Fonte: Pindyck e Rubinfeld, 2006. Rendimentos de escala no longo prazo É um conceito que pode ser definido apenas na análise de longo prazo, quando se supõe que todos os fatores de produção sejam variáveis. Dado um nível de tecnologia, denominamos de rendimentos de escala a variação do produto final, devido à variação da utilização dos fatores de produção. Neste item, veremos como é importante analisar a escala de produção de longo prazo. Página 8 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO... Fonte: Pindyck e Rubinfeld, 2006. Página 9 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO... Fonte: Pindyck e Rubinfeld, 2006. Página 10 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO... Fonte: Pindyck e Rubinfeld, 2006. Podemos analisar os rendimentos de escala pelos seus resultados na escala de produção, os quais podem variar de acordo com os diferentes setores produtivos ou pela empresa em questão. Espera-se que em firmas maiores os resultados na esfera da produção sejam superiores aos das empresas de menor tamanho, o que se explica pela escala de produção. Página 11 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO... MANKIW, G. N. Princípios de microeconomia. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia.6 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. RIANI, F. Economia: princípios básicos e introdução à microeconomia. São Paulo: Pioneira, 1998. Página 12 de 1208. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO 28/01/2019file:///E:/Sandro/Microeconomia/Microeconomia_EAD/Aulas_Virtuais/MICROECO...
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