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Intertextualidade: diálogo entre textos

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A intertextualidade pode apresentar funções diferentes, as quais dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida, ou seja, dependendo da situação. Exemplos de obras intertextuais incluem: alusão, conotação, versão, plágio, tradução, pastiche e paródia.  que é intertextualidade?
A intertextualidade, nada mais é, do que a influência ou relação entre dois ou mais textos, analisando as referências existentes entre eles. Tais referências podem ser notadas de formas explícitas ou implícitas e representadas sob diferentes formas, sejam elas auditivas, visuais ou escritas.
Em outras palavras, a intertextualidade é uma espécie de diálogo entre as construções visíveis no conteúdo, forma ou ambos. A intertextualidade é verificada em músicas, propagandas publicitárias, artes plásticas, dança, entre outras manifestações.
A vantagem da intertextualidade, desde que utilizada da forma correta, é o enriquecimento textual por explorar o tema tratado de forma mais aprofundada. Ademais, serve para comemorar algum acontecimento, relatar um fato histórico, descrever a cultura de um povo ou de uma personalidade.
Intertextualidade implícita e explícita
A intertextualidade pode ser classificada conforme sua relação com o texto fonte, isto é, se aparece de forma direta (explícita) ou indireta (implícita). Veja mais detalhes:
· Implícita: não é facilmente identificada pelos leitores, exigindo recorrer a conhecimentos prévios para compreender o conteúdo. Por isso, não estabelece relação direta com o texto fonte nem elementos que o identifiquem.
· Explícita: os leitores identificam a intertextualidade de forma rápida por elementos e relação direta estabelecida com o texto fonte. Não exige que haja dedução ou algum conhecimento prévio para compreensão.
Quais são os tipos de intertextualidade?
A intertextualidade pode ser expressa sob diferentes formas, como vimos anteriormente. Os tipos mais comuns são:
· Alusão: recurso que faz referência a elementos presentes em outros textos de forma indireta, ou seja, por meio de características simbólicas. Exemplo: O mais bonito de todos era sem dúvida Narciso – meu filho e não o outro. (Alusão a Narciso, herói grego famoso por sua beleza e orgulho)
· Citação: quando um autor acrescenta partes de outras obras na sua produção textual ocasionando uma intertextualidade direta. Por vezes, ocorre a transcrição das palavras do texto fonte e, por isso, dá credibilidade à nova construção. Normalmente, a citação é inserida em itálico e entre aspas, além de citar o nome do autor original a fim de evitar plágio. Exemplo: Analisando a rotação do osso sobre a base, pode-se, segundo “Kapan (2001), descobrir até que ponto haverá o desenvolvimento do paciente”.
· Epígrafe: acréscimo de parágrafo ou frase que se relacione com o texto que está sendo escrito. O recurso é bastante utilizado em trabalhos científicos e obras, sendo colocada em seu início. Exemplo: “O mais corajoso dos atos ainda é pensar com a própria cabeça.” (Coco Chanel)
· Paráfrase: do grego paraphrasis, que significa “repetição de uma sentença”, a paráfrase é a recriação de um texto que já existe mantendo a mesma ideia, porém utilizando outras palavras. O objetivo é reafirmar as ideias do texto fonte, porém com estrutura e estilo próprios. Exemplo:
Canção do Exílio
Exemplo de intertextualidade
· Música “Monte Castelo”, do grupo Legião Urbana, que cita Camões (Sonetos) e a Bíblia (Coríntios, capítulo XIII).
Trecho bíblico: 1. Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. 4. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Camões:

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