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Acadêmico: Silvia Silva de Souza (1389469) Disciplina: Seminário Interdisciplinar: Linguagens Documentárias (BIB111) Avaliação: Socialização ( Cod.:456425) ( peso.:3,00) Prova: 13386380 1. As linguagens documentárias são instrumentos utilizados para organizar a informação, atuando em processos referentes à descrição formal de objetos informacionais, tanto de seus aspectos físicos como temáticos (classificar e indexar), resultando na representação da informação e com a função de recuperação da informação. Atualmente, na biblioteconomia, são utilizados dois sistemas de representação temática da informação: a classificação decimal de Dewey (CDD) e a classificação decimal universal (CDU), esses sistemas são amplamente difundidos no mundo. Sobre os sistemas de classificações, disserte sobre as diferenças entre a CDD e a CDU. ( * Máximo 1000 caracteres ) Principais diferenças existente entre o Sistema de Classificação Decimal de Dewey (CDD) E o Sistema de Classificação universal (CDU): Pode-se dizer, que a CDD é mais recomendada para bibliotecas de assuntos gerais e a CDU para bibliotecas especializadas. De acordo com Sousa (2009) a CDD é uma classificação conduzida, tudo o que deve ser adicionado na hora da classificação, é necessário consultar a orientação dada pela tabela, diferentemente da CDU que é mais livre, permite expandir e fazer combinações, seguindo as orientações das Tabelas auxiliares e principais, permitindo a composição de números de diversas formas. Na CDD, cada classe possui dez divisões, mas a primeira classe é destinada aos assuntos gerais, no qual as outras serão subdivididas para assuntos mais específicos. Ela é feita em números decimais e isto permite que este sistema, seja apenas numérico, mas com combinações infinitas. No caso da CDD os novos números serão colocados nos lugares dos zeros e na CDU serão acrescentados dois algarismos, com possibilidades de colocar outros sinais e símbolos dando a oportunidade de trazer mais especificidade ao assunto. Uma das diferenças facilmente perceptível nas tabelas, são o corte do zeros da CDU e a classe 4 (quatro) que está vaga. O corte dos zeros foram uma das modificações feitas na classificação de Dewey para criar a CDU, a classe quatro compreendia o assunto de Filologia, mas desde 1964 esta foi transferida para classe oito. Também difere-se da CDD na pontuação de suas notações, a CDU acrescenta um ponto a cada grupo de três dígitos para facilitar a leitura, não tendo valor classificatório. A CDU engloba todos os tipos de documentos e continua se expandindo e se modificando, através de suas novas edições e de sua publicação anual. A atualização da CDD é feita por novas edições frequentes, a atualmente com intervalos de 7 anos. Portanto, apesar das classificações documentárias possuírem algumas semelhanças, cada uma tem suas características próprias, cada classificação tem seu uso diferenciado e são independentes. 2. A indexação faz parte das linguagens documentárias. É um instrumento para representar os conteúdos contidos dos documentos, com a finalidade de recuperação de informação. A indexação é uma atividade que parece ser simples, entretanto, é uma atividade complexa e são inerentes à condição humana. Especialmente por se reconhecer estas complexidades é que alguns princípios são fixados quando da indexação de assuntos. Disserte sobre os princípios da indexação de assuntos proposto por Lancater (1997). LANCASTER, F. W. Indexação e resumos: teoria e prática. 2. ed. Trad. de Antônio Agenor Briquet de Lemos. Brasília: Briquet de Lemos, 1997. ( * Máximo 1000 caracteres ) A indexação é comumente chamada de indexação de assuntos. Esta, segundo Lancaster (1997) visa indicar de que trata um documento. O resultado da indexação é a construção de termos de indexação. Segundo o autor, os termos devem proporcionar uma ideia “bastante razoável sobre o que é tratado” em um dado texto (LANCASTER, 1997, p. 5). Os princípios dos quais trataremos a seguir são os seguintes: extensão do registro, atinência, e, tradução, propostos por Lancaster (1997); e qualidade da análise, interesse do usuário e características do acervo, simplicidade formal, coerência e uniformidade, controle da sinonímia, analogia, e, controle da ambiguidade, propostos por Mendes e Simões (2002). Lancaster (1997, p. 7) afirma que “na medida que se aumenta a extensão da representação [da informação], também se aumenta sua recuperabilidade”. Segundo Lancaster (1997, p. 23), a “indexação exaustiva implica o emprego de termos em número suficiente para abranger o conteúdo temático do documento de modo bastante completo”. Lancaster (1997) acredita que é mais adequado utilizar vários termos mais específicos para indicar um conteúdo do que termos muito genéricos que possam não significar todos os conceitos de um determinado tema. Outro aspecto bastante pertinente ao processo de indexação, e que também é tratada pelo documento nacional que orienta a atividade, está relacionado à exaustividade e à especificidade às quais o indexador deve estar atento. A exaustividade está relacionada ao número de conceitos representados pelos termos atribuídos a um documento. Segundo Lancaster (1997, p. 23), a “indexação exaustiva implica o emprego de termos em número suficiente para abranger o conteúdo temático do documento de modo bastante completo”. Seu oposto seria a indexação seletiva, que propõe a utilização de termos que representem apenas o conteúdo principal. No tangente à especificidade, ela é referente ao grau de precisão com que um termo de indexação define um conceito, ou dito de outra forma, se refere à certa exatidão entre o termo de indexação e o conceito que ele representa. Lancaster (1997) acredita que é mais adequado utilizar vários termos mais específicos para indicar um conteúdo do que termos muito genéricos que possam não significar todos os conceitos de um determinado tema. Segundo Lancaster (1997, p. 231), “na indexação automática por extração palavras ou expressões que aparecem num texto são extraídas e utilizadas para representar o conteúdo do texto como um todo.” Cabe ao bibliotecário indexador a seleção de expressões no texto que pareçam indicar a íntegra do conteúdo. Há influência da frequência de ocorrência das palavras e/ou termos no documento original. A posição dos termos no documento (se está no título, no sumário, na introdução, legendas, ilustrações) também são indicadores de representatividade. Textos eletrônicos, muito mais comuns hoje em dia, podem ser submetidos a programas façam esta seleção. (LANCASTER, 1997). O autor também fala em uma frequência relativa, onde é necessário um cálculo entre a frequência dos termos em toda a base de dados, ou seja, em todos os itens indexados. Ele acredita, portanto, que a indexação por extração deve levar em conta a frequência absoluta e a frequência relativa de palavras ou a combinação de ambas. Ao explicar o que é indexação automática por atribuição, Lancaster (1997, p. 235) nos lembra que este é o tipo mais comum de indexação realizada por seres humanos, mas diz que a melhor maneira de executar esta atividade com emprego de computador é desenvolver um perfil de termos ou palavras que costumam aparecer com frequência nos “documentos aos quais um indexador humano atribuiria a este termo.