Buscar

Estudos Disciplinares I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estudos Disciplinares I 
Unidades I, II e Trabalho Individual 
 
Unidade I 
• Pergunta 1 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Criminologia – Eduardo Galeano 
 
“A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões de camponeses. 
A cada dia, os acidentes de trabalho matam pelo menos dez mil trabalhadores. 
A cada minuto, a miséria mata pelo menos dez crianças. 
Esses crimes não aparecem nos noticiários. São como as guerras, atos normais de canibalismo. 
Os criminosos andam soltos. As prisões não foram feitas para os que estripam multidões. A construção de prisões é o 
plano de habitação que os pobres merecem. ” 
 
Fonte: https://dissencialistas.wordpress.com/2012/10/11/eduardo-galeano-criminologia/. Acesso em: 24 ago. 2016. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas: 
 
I. Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais vigentes causam a morte de milhões de cidadãos. 
 
II. Quando o autor afirma que “os criminosos estão soltos”, quer dizer que o sistema prisional tem vagas insuficientes para 
abrigar aqueles que são responsáveis por estripar multidões. 
 
III. Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não serem indivíduos, não podem ser presos. Portanto, quando 
alguém morre por uma dessas causas, não há culpados. 
 
 
IV. O autor considera que a justiça poupa grandes corporações e instituições e defende a ideia de que as prisões sejam 
habitações destinadas aos mais pobres. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: b. 
I. 
Respostas: a. 
I e IV. 
 b. 
I. 
 c. 
I, III e IV. 
 d. 
I, II e IV. 
 e. 
II, III e IV. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: B 
Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O autor denuncia as mortes provocadas 
legitimamente pelo sistema. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, os 
criminosos são os que detêm o poder econômico e político e que não são responsabilizados pelos males 
que causam. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor aponta que os culpados são os que 
detêm o poder político e econômico. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O último verso revela, 
ironicamente, a indignação do autor pelo fato de a justiça agir de forma diferenciada com os poderosos e 
com o povo. 
 
 
• Pergunta 2 
 
 
Leia o texto e os quadrinhos a seguir: 
 
O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial escravocrata, em que o negro ocupou fundamentalmente 
a posição de pessoa escravizada. O Brasil, em 1888, foi o último país a abolir a escravidão nas Américas. Um 
abolicionismo incompleto, que não permitiu incluir o negro na ordem social capitalista (BASTIDE; FERNANDES, 2008). 
A escravidão negra deixou marcas profundas de discriminação em nossa sociedade, inclusive escutamos insultos raciais 
atuais exigindo que negros e negras voltem “para a senzala”. Mas será que o racismo contra o negro brasileiro, 
atualmente, só existe por causa do “tempo do cativeiro”? Há pessoas racistas que nem sabem e nem mencionam esse 
contexto. Elas afirmam que não gostam de “negros”, têm raiva dos “pretos” e que estes são “fedidos”, “sujos” e 
“preguiçosos”. O racismo opera cotidianamente por meio de piadas, causos, ditos populares etc. Afinal de contas, temos 
uma variedade de expressões correntes na língua portuguesa recheadas de racismo contra os negros. 
 
Fonte: http://www.comfor.unifesp.br/wp-content/docs/COMFOR/biblioteca_virtual /UNIAFRO. Acesso em: 13 jun. 2016. 
 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas: 
 
I. Os quadrinhos visam a criticar o fato de que as acusações de racismo têm se tornado cada vez mais frequentes. 
 
II. Os quadrinhos ilustram o comportamento descrito no texto: as pessoas mantêm na linguagem o seu preconceito 
. 
III. O texto coloca, entre as raízes do preconceito racial, o sistema escravocrata, que imperou até o final do século XIX, no Brasil. 
 
IV. De acordo com o texto, a abolição da escravidão no Brasil, embora tardia, permitiu que os negros se integrassem 
completamente à sociedade capitalista. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: a. 
II e III. 
Respostas: a. 
II e III. 
 b. 
II e IV. 
 c. 
I e III. 
 d. 
I e II. 
 e. 
I e IV. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: A 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Os quadrinhos criticam as pessoas que não se dão conta 
de que são racistas. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A amiga de Mafalda fala em “pretos sujos”, o que 
confirma a ideia de que o racismo opera por falas e ações do cotidiano, como afirma o texto. III – Afirmativa 
correta. JUSTIFICATIVA. “O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial escravocrata”. IV – 
Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, o abolicionismo foi incompleto, pois o negro não 
pôde, realmente, se incluir na ordem social capitalista. 
 
Pergunta 3 
 
 
Considere a ilustração e as afirmativas a seguir: 
 
 
• 
Fonte: http://www.materiaincognita.com.br/wp-content/uploads/2012/04/TV-faz-mal-ao-cerebro.jpg. Acesso em: 20 jun. 2016. 
 
I. O objetivo da ilustração é mostrar que os meios de comunicação tecem o conhecimento das crianças, contribuindo para um 
mundo mais bem informado. 
 
II. A ilustração é uma crítica aos meios de comunicação ultrapassados, que não promoviam o acesso à informação como a 
internet faz atualmente. 
 
III. A ilustração sugere que os meios de comunicação de massa provocam a perda de autonomia do raciocínio. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: c. 
III. 
Respostas: a. 
I. 
 b. 
II. 
 c. 
III. 
 d. 
I e III. 
 e. 
II e III. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: C 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A ilustração faz uma crítica ao modo como os meios de 
comunicação desfazem os pensamentos próprios dos indivíduos. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A 
crítica refere-se à falta de pensamento crítico que os meios de comunicação causam; não se trata de uma 
questão de desenvolvimento tecnológico. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A figura mostra a criança 
perdendo seu raciocínio próprio, ao ficar exposta à televisão. 
 
• Pergunta 4 
 
 
Leia o texto de autoria de Vladimir Safatle e analise as afirmativas a seguir: 
 
Quem tem o direito de falar? Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu grupo é uma forma astuta de 
silenciamento. 
 
A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou seja, ela não se funda simplesmente em uma 
decisão a respeito de como as riquezas e os bens devem circular, como eles devem ser distribuídos. 
 
Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, ela não é tudo, nem é razão suficiente de todos os 
fenômenos internos ao campo que nomeamos "política". Na verdade, a política é também uma questão de circulação de 
afetos, da maneira com que eles irão criar vínculos sociais, afetando os que fazem parte destes vínculos. 
 
A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos capazes de ver, o que somos e não somos 
capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira com 
que julgo, o que faz parte e o que está excluído do meu mundo. 
 
Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a circulação de uma mera foto, a foto do menino 
sírio morto em um naufrágio no mar Mediterrâneo. 
 
Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que invadiram sites de notícias de seu 
continente com posts e comentários. Uma quantidade impressionante deles reclamava daqueles jornais que decidiram 
publicar a foto. Por trás de sofismas primários, eles diziam basicamente a mesma coisa: "parem de nos mostrar o que não 
queremos ver", "isto irá quebrar a força de nosso discurso". 
 
Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de administrar uma certazona de invisibilidade. 
 
É necessário que certos afetos não circulem, que a humanização bruta produzida pela morte estúpida de um refugiado não 
nos afete. Todo fascismo ordinário é baseado em uma desafecção. 
 
Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos circuitos hegemônicos de afetos. Prova disso foi o fato de 
 
tal foto produzir o que vários discursos até então não haviam conseguido: a suspensão temporária da política criminosa de 
indiferença em relação à sorte dos refugiados. 
 
Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato, sabemos como faz parte das dinâmicas do 
poder decidir qual sofrimento é visível e qual é invisível. Mas, para tanto, devemos, antes, decidir sobre quem fala e quem 
não fala, qual fala ouvirei e qual fala representará, para mim, apenas alguma forma de ressentimento. 
 
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não tem direito à voz. Isso é o que nos 
lembram todos aqueles que se engajaram na luta por grupos sociais vulneráveis e objetos de violência contínua (negros, 
homossexuais, mulheres, travestis, palestinos, entre tantos outros). 
 
Mas há, ainda, outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um será a voz dos negros e pobres, já que 
o enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das mulheres e lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A 
princípio, isto pode parecer um ato de dar voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem sobre os 
problemas dos negros, mulheres falem sobre os problemas das mulheres e por aí vai. 
 
Essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos a tal estratégia de silenciamento identitário. 
Ao final, ela quer nos levar a acreditar que negros devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres devem 
apenas falar dos problemas das mulheres. 
 
Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos políticos são criados quando conseguem 
mudar a forma como o espaço comum é afetado. 
 
Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando aceito limitar minha fala pela identidade que 
supostamente represento, não mudarei a forma de circulação de afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha 
minha identidade na narrativa do meu sofrimento. Minha produção de afecções continuará circulando em regime restrito, 
mesmo que, agora, codificada como região setorizada do espaço comum. 
 
Ser um sujeito político é conseguir enunciar proposições que implicam todo mundo, que podem implicar qualquer um, ou 
seja, que se dirigem a esta dimensão do "qualquer um" que faz parte de cada um de nós. É quando nos colocamos na 
posição de qualquer um que temos mais força de desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos. 
 
O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer um. 
 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/234248-quem-tem-o-direito-de-falar.shtml. Acesso em: 13 jun. 2016. 
 
I. Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois vivemos em um regime autoritário, não democrático. 
 
II. O autor defende que os políticos sejam os legítimos representantes dos grupos minoritários, já que as minorias tendem a 
ser silenciadas na sociedade. 
 
III. A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao tentar chegar à Europa como imigrante, foi, segundo o 
texto, uma forma de sensacionalismo da imprensa e, por isso, gerou conflitos políticos. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: e. 
Nenhuma alternativa é correta. 
Respostas: a. 
Todas as afirmativas são corretas. 
 b. 
Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
 c. 
Apenas as afirmativas II e III são corretas. 
 d. 
Apenas a afirmativa III é correta. 
 e. 
Nenhuma alternativa é correta. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: E 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor não afirma que vivemos em um regime 
autoritário e aponta como silenciamento a restrição de fala a apenas sujeitos representativos de 
 
determinado grupo. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor afirma que a política é também uma 
questão da circulação dos afetos e não atribui aos políticos o papel de representar grupos identitários. III – 
Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, a divulgação da foto contribuiu para a 
quebra de invisibilidade de uma questão importante no cenário atual. 
 
• Pergunta 5 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Energia solar contra a escuridão do Amazonas: 
Brasil gera, com placas fotovoltaicas, apenas 0,02% da produção total de eletricidade 
 
Heriberto Araújo – 08 mai. 2016. 
 
A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a pegada humana esteja entre as menores 
do planeta. Mas a vida na maior reserva natural é dura para o homem, como Daniel Everett narrou em seu clássico Don’t 
Sleep, There are Snakes ( Não durma, há serpentes, sem tradução para o português). Comunidades inteiras vivem 
completamente desconectadas, e não apenas nas profundezas da selva, mas sim nas movimentadas margens dos rios — 
únicas vias de comunicação, num ambiente em que a eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a conta-
gotas. 
 
“No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas sem eletricidade de qualidade”, explica Otacílio Soares 
Brito, membro do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. “A enorme área da floresta torna inviável a criação 
de uma rede de distribuição e os povoados só conseguem produzir eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a 
gasolina fornecidos pelo governo. Depois dessa hora, acaba tudo: luz, refrigeração e lazer”, relata do município amazônico 
de Tefé. 
 
O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade por meio de painéis solares a dezenas de 
comunidades amazônicas de pescadores e camponeses, com o objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo 
Soares Brito. 
 
Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um sistema flutuante, sobre boias no rio e, o outro, no telhado de 
 
uma fábrica de gelo — para permitir, a um, o envio da água desde o leito do rio até as casas, e ao outro, a fabricação de 
barras de gelo. O fornecimento da água do rio por meio de uma bomba elétrica alimentada por painéis permitiu, entre 
outras coisas, que as crianças passassem a tomar quantos banhos quisessem sem que seus pais fiquem com medo que 
um jacaré lhes tire a vida na escuridão das margens. 
 
“Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos permitir que elas agreguem valor a produtos 
como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses produtos dificilmente podem ser comercializados no exterior ou 
simplesmente conservados”, diz Soares Brito. 
 
Os resultados positivos da fase experimental estão criando consciência nessa imensa região normalmente esquecida pelos 
centros brasileiros de poder, concentrados no sudeste e que priorizam as políticas públicas nas regiões densamente 
povoadas (de eleitores). Um grupo de pescadores da comunidade amazônica de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a 
construção de uma pequena fábrica — prevista para abril — com 3 congeladores alimentados por painéis solares para 
poder extrair das frutas a polpa, congelá-la e vendê-la em mercados situados a horas de barco do povoado, como Manaus. 
 
A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil durante a próxima década, após a implementação, em 1º 
de março, de novas regras que permitem, pela primeira vez, a geração distribuída de energia e sua ligação às redes de 
distribuição, trará consequências, principalmente, para os grandes centros urbanos. 
 
Depois de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que evidenciaram a excessiva dependência do Brasil de 
seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% da eletricidade consumida, milhões de brasileiros poderão se tornar 
agora “prosumidores”, neologismo quereflete o novo paradigma sob o qual parece avançar a geração de eletricidade: o 
consumidor é o produtor de, pelo menos, uma parte de sua demanda. “Estamos diante do início de uma revolução, porque, 
pela primeira vez, a sociedade brasileira pode participar diretamente da criação de uma nova matriz energética”, diz 
Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). 
 
As regras aprovadas pela Aneel permitem, segundo Sauaia, “a geração compartilhada de energia solar entre vários 
clientes, que podem se agrupar em forma de consórcio ou de cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas 
fotovoltaicos domésticos ou comerciais à rede elétrica para abastecê-la quando os painéis produzirem mais do que é 
consumido e vice-versa”. 
 
A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as residências do país, a produção de energia 
abasteceria mais do que o dobro da totalidade da demanda dos domicílios brasileiros. Os especialistas indicam que a 
região brasileira menos exposta à irradiação solar tem potencial para gerar, pelo menos, 25% mais energia do que a região 
mais favorecida na Alemanha, país que já gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas. 
 
Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/29/ciencia/1461915967_041451.html. Acesso em: 10 jun. 2016. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
 
I. O novo paradigma da geração de energia elétrica é o de que o próprio consumidor produza 30% da sua demanda, 
tornando-se “prosumidor”. 
 
II. De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis solares em todas as residências do país faria com que a 
produção brasileira de energia superasse a alemã em 18%. 
 
III. O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco as comunidades da Amazônia, onde há, 
aproximadamente, dois milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica de qualidade. 
 
IV. O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta a sua produção hidrelétrica e, por isso, a energia solar é uma 
boa alternativa. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas a afirmativa III é correta. 
Respostas: a. 
Todas as afirmativas são corretas. 
 b. 
Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
 c. 
Apenas a afirmativa III é correta. 
 
 d. 
Apenas as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 e. 
Nenhuma afirmativa é correta. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: C 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto afirma que o “prosumidor” deve produzir 
uma parte da energia que consome, mas não determina essa porcentagem. II – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, a região brasileira menos exposta à irradiação solar tem 
potencial para gerar, pelo menos, 25% mais energia do que a região alemã mais favorecida. Não há 
comparação referente à produção ou à capacidade geradora dos dois países. III – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. No texto, consta a informação de que, na região amazônica, há mais de 2 milhões de 
pessoas sem energia elétrica e melhorar as condições de vida das comunidades é o objetivo do Instituto 
Mamirauá, por meio da instalação de painéis solares. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Não se 
afirma que o principal problema da Amazônia é a seca. Na verdade, trata-se de uma região bastante 
abastecida por complexos hidrográficos. O texto menciona que houve secas no Brasil, o que prejudicou a 
geração de energia hidroelétrica. 
 
• Pergunta 6 
 
 
Leia o texto e a charge a seguir: 
 
ACNUDH condena violência em presídios brasileiros 
 
O Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) 
condenou a violência ocorrida nesta semana em distintos presídios brasileiros. 
Na Penitenciária Estadual de Cascavel, no Paraná, pelo menos cinco presos foram mortos durante uma rebelião. 
Informações indicam que duas das vítimas teriam sido decapitadas e mais duas foram jogadas do telhado do presídio. 
 
Em Minas Gerais, dois motins acabaram com outro preso morto e dezenas de feridos. Autoridades revelaram que mais um 
homem foi morto no complexo penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão. 
“Pedimos às autoridades competentes uma apuração rápida, imparcial e efetiva dos fatos e das causas das revoltas, e que 
 
os responsáveis pelos crimes respondam na Justiça”, comentou o representante do ACNUDH, Amerigo Incalcaterra. 
“Ficamos consternados com o nível de violência observado recentemente nos presídios brasileiros. Não é admissível que, 
no Brasil, a violência e as mortes dentro das prisões sejam percebidas como normais e cotidianas”, disse Incalcaterra. 
 
Além disso, ele instou as autoridades brasileiras a adotarem medidas para prevenir a violência nas unidades prisionais. 
“Superlotação, condições penitenciárias inadequadas, torturas e maus-tratos contra detentos são uma realidade em muitos 
presídios do Brasil, e isso também contribui com a violência e constitui grave violação aos direitos humanos”, apontou o 
representante do escritório na América do Sul. “O país deve reformar seu sistema penitenciário, incluindo, pelo menos, 
uma revisão integral da política criminal brasileira e do uso excessivo da privação de liberdade como punição a crimes”, 
concluiu Incalcaterra. 
 
Fonte: Adaptado de: http://acnudh.org/pt-br/2014/08/21813/. Acesso em: 06 nov. 2014. 
 
 
• 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
 
I. A charge evidencia a inadequação do sistema prisional brasileiro e sugere a aplicação de penas alternativas. 
 
II. Segundo Amerigo Incalcaterra, os motins e as rebeliões têm estreita relação com a inadequação das unidades prisionais 
brasileiras. 
 
III. De acordo com o ACNUDH, a impunidade contribui com o aumento da violência no Brasil. 
Resposta Selecionada: b. 
Apenas a afirmativa II está correta. 
Respostas: a. 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 b. 
Apenas a afirmativa II está correta. 
 c. 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 d. 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 e. 
Apenas a afirmativa III está correta. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: B 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge não propõe penas alternativas. Há um 
comentário irônico sobre a falta de eficiência do sistema prisional brasileiro. II – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. No texto, há a declaração do representante do ACNUDH, Amerigo Incalcaterra, que culpa a 
superlotação e as más condições de vida nas prisões pelas revoltas. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. 
O texto não aborda a impunidade. 
 
• Pergunta 7 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Pesquisa aponta que 45,9% dos brasileiros não fazem exercícios físicos 
 
Pesquisa feita pelo Ministério do Esporte mostrou que 45,9% dos brasileiros de 15 a 74 anos estão sedentários, o que 
significa cerca de 67 milhões de pessoas sem praticar nenhum esporte ou nenhuma atividade física. A maior fatia de 
sedentários está na região sudeste: 54,4%. 
Os motivos? Falta de tempo (para 58,8%), problemas de saúde (em 9,5% dos casos) e a preguiça ou falta de interesse, 
declarada por 11,8% dos entrevistados. A pesquisa teve 8.902 entrevistas pessoais, realizadas em 2013. Foi considerado 
sedentário quem declarou não ter feito esporte ou atividade física no tempo livre. 
 
Abandono: 
além de avaliar quem está sedentário, o Ministério também perguntou a quem estava parado, se havia deixado alguma 
prática física. Concluiu que quase 90% dos brasileiros abandonam a prática esportiva e viram sedentários até os 34 anos. 
Como a estudante Isabela Markman, 20 anos: “Eu fazia academia, mas parei no começo do ano e noto a diferença. 
Passear e brincar com minha cachorrinha me deixa mais cansada”. 
 
Fonte: Adaptado de: http://www.metrojornal.com.br/nacional/plus/brasileiros-se-tornam-sedentarios-antes-dos-34-anos-diz-
pesquisa-200699. Acesso em: 08 jun. 2016. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinalea alternativa correta: 
 
I. De acordo com a pesquisa, 9,5% das pessoas apresentam problemas de saúde causados pelo sedentarismo. 
 
II. Conforme o texto, quase 90% dos brasileiros acima de 34 anos são sedentários, pois abandonam as práticas esportivas. 
 
 
III. Cerca de 60% dos brasileiros praticam futebol, segundo a pesquisa. 
Resposta Selecionada: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
Respostas: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 b. 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 c. 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 d. 
Apenas a afirmativa III está correta. 
 e. 
Todas as afirmativas estão corretas. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: A 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com a pesquisa, 9,5% das pessoas 
apresentam problemas de saúde como motivo para uma vida sedentária. II – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Conforme o texto, “quase 90% dos brasileiros abandonam a prática esportiva e viram 
sedentários até os 34 anos”. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Entre os que declaram fazer 
algum esporte, 60% praticam futebol. 
 
 
Pergunta 8 
 
 
Observe a charge e analise as afirmativas a seguir: 
 
 
I. A charge enaltece a evolução humana, ilustrando a saída de um passado primitivo e a chegada ao desenvolvimento tecnológico, 
que melhora as condições de vida da população. 
 
II. O código de barras, na figura, representa a “coisificação” do homem no atual sistema socioeconômico. 
 
III. A crítica da charge refere-se ao uso de novas tecnologias na atualidade, uma vez que elas não são acessíveis a todos. 
 
IV. A charge mostra que o ser humano ainda é primitivo, apesar das novas tecnologias. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: b. 
II. 
Respostas: a. 
II e IV. 
 
b. 
II. 
 
c. 
I e III. 
 
d. 
I e IV. 
 
e. 
II e III. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: B 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge mostra a transformação do ser humano em 
código de barras, parodiando a tradicional ilustração da evolução do homem. Não há qualquer menção à 
melhoria das condições de vida; trata-se de uma crítica à sociedade de consumo. 
II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O código de barras representa o consumo na nossa sociedade. Assim, 
vê-se que o homem se transformou em mercadoria, perdendo a sua identidade. III – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A charge não se refere ao acesso das pessoas às novas tecnologias. IV – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A charge não mostra o homem como primitivo, mas, sim, como “coisificado”, integrado ao 
mercado de consumo. 
 
• Pergunta 9 
 
 
Leia os quadrinhos e o trecho a seguir, que expõe o pensamento do professor e jornalista Ciro Marcondes Filho: 
 
 
 
• 
Marcondes Filho (1986) descreve a prática sensacionalista como nutriente psíquico, desviante ideológico e descarga de pulsões 
instintivas. Caracteriza sensacionalismo como “o grau mais radical da mercantilização da informação: tudo o que se vende é 
aparência e, na verdade, vende-se aquilo que a informação interna não irá desenvolver melhor do que a manchete. Esta está 
carregada de apelos às carências psíquicas das pessoas e explora-as de forma sádica, caluniadora e ridicularizadora. (...) No 
jornalismo sensacionalista, as notícias funcionam como pseudoalimentos às carências do espírito. (...) O jornalismo 
sensacionalista extrai do fato, da notícia, a sua carga emotiva e apelativa e a enaltece. Fabrica uma nova notícia que, a partir daí, 
passa a se vender por si mesma”. 
 
Fonte: http://www.wejconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2013/04/Danilo-Angrimani-Sobrinho-Espreme-que-sai-
sangue.pdf. Acesso em: 8 nov. 2014. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e assinale a alternativa correta: 
 
I. A reação do personagem diante da televisão revela uma visão antagônica àquela apresentada por Marcondes Filho sobre o 
sensacionalismo. 
 
PORQUE 
 
II. De acordo com Marcondes Filho, as notícias sensacionalistas suprem as carências de informação dos receptores, uma vez que 
são comprometidas com os elementos factuais essenciais. 
Resposta Selecionada: a. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
Respostas: a. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
 
b. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
 
c. 
A asserção I é verdadeira e a II é falsa. 
 
d. 
A asserção I é falsa e a II é verdadeira. 
 
e. 
As duas asserções são falsas. 
 
• Pergunta 10 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes 
 
Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, assinaram nesta quarta-feira (12.11.2014), em 
Pequim, um acordo para a luta contra a mudança climática, que incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito 
estufa na atmosfera. A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases poluentes por parte da China 
e mais um pelos EUA. 
 
Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que 
representa um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020. Os chineses se comprometem a 
cortar as emissões até 2030, embora isso possa começar antes. Segundo o presidente chinês, até lá, 20% da energia 
produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis. 
 
Estados Unidos e China representam, juntos, 45% das emissões planetárias de CO², um dos gases apontado como 
culpado pela mudança climática. A União Europeia representa 11% das emissões planetárias de CO². No mês passado, o 
bloco se comprometeu a reduzir em, pelo menos, 40% as emissões até 2030, na comparação com os níveis de 1990. 
 
 
Fonte: Adaptado de: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/11/eua-e-china-anunciam-acordo-para-reduzir-emissao-de-
gases-poluentes.html. Acesso em: 14 nov. 2014. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
 
I. O comprometimento da China em reduzir as emissões de poluentes, até 2030, significa que a poluição proveniente do 
país continuará em crescente aumento por mais uma década. 
 
II. Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e China, a União Europeia será responsável por um corte maior 
nos volumes de gases poluentes emitidos do que o corte dos dois países, uma vez que reduzirá 40% das emissões. 
 
III. Se os Estados Unidos e a China, juntos, cumprirem a meta de cortar 28% da emissão dos gases poluentes, eles serão 
responsáveis por 27% das emissões planetárias, em 2025. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
Respostas: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
b. 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 
 
c. 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 
d. 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
e. 
Apenas a afirmativa III está correta. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: A 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não afirma que a poluição proveniente dos 
gases emitidos pelos chineses continuará em crescimento até a data estipulada no acordo. A informação 
é de que “os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso possa começar 
antes”. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto afirma que EUA e China são responsáveis por 
quase metade das emissões de poluentes no mundo. Mesmo que a Europa tenha uma redução 
percentual maior das emissões de gases, o impacto não será o mesmo que o provocado pela redução da 
emissão de gases dos dois países. III – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Porcentagens são valores relativos, que dependem do valor total sobre o qual são 
aplicadas. A redução de 28% na emissão de gases seria calculada com base no volume de gasesemitidos pelos dois países e não sobre o total das emissões planetárias. 
 
 
Unidade II 
 
Pergunta 1 
 
 
Leia a charge de autoria de Quino e o texto de autoria de Rubem Alves. 
 
 
 
 
Minha estrela é a educação. Educar não é ensinar matemática, física, química, geografia e português. Essas coisas podem ser 
aprendidas nos livros e nos computadores. Dispensam a presença do educador. Educar é outra coisa. De um educador pode-se 
dizer o que Cecília Meireles disse de sua avó – que foi quem a educou: “O seu corpo era um espelho pensante do universo”. O 
educador é um corpo cheio de mundos.... A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O mundo é maravilhoso, está cheio de 
coisas assombrosas. Zaratustra ria vendo borboletas e bolhas de sabão. A Adélia ria vendo tanajuras em voo e um pé de mato 
que dava flor amarela. Eu rio vendo conchas, teias de aranha e pipocas estourando.... Quem vê bem nunca fica entediado com a 
vida. O educador aponta e sorri – e contempla os olhos do discípulo. Quando seus olhos sorriem, ele se sente feliz. Estão vendo a 
mesma coisa. Quando digo que minha paixão é a educação estou dizendo que desejo ter a alegria de ver os olhos dos meus 
discípulos, especialmente os olhos das crianças. 
Disponível em <http://rubemalves.com.br/site/educador.php>. Acesso em 10 dez. 2014. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
 
I. A charge e o texto apresentam visões semelhantes sobre o ato de ensinar e o de educar. 
 
II. De acordo com Rubem Alves, o educador deve espelhar o mundo para os alunos, transmitindo os conhecimentos escolares 
necessários ao seu desenvolvimento pessoal e profissional. 
 
III. Os olhos dos discípulos sorrindo simbolizam a compreensão dos alunos em relação ao que o educador apontou. 
 
IV. De acordo com a charge e o texto, o saber do educador não é importante; o conhecimento só é essencial no ato de ensinar. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: c. 
I e III. 
Respostas: a. 
II e III. 
 
b. 
I e IV. 
 
c. 
I e III. 
 
d. 
I, III e IV. 
 
e. 
II e IV. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: C. 
Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Os dois textos indicam que há diferença entre ensinar e 
educar. Ensinar está ligado a transmitir conteúdo e educar está associado a despertar o olhar e a compreensão 
do outro. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Rubem Alves não reduz o ato de educar à transmissão de 
informações escolares importantes para o sucesso individual. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O olhar 
sorridente dos discípulos indica que a missão do educador foi cumprida e que ele apontou corretamente a 
direção da compreensão. 
IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Nenhum dos textos afirma que o educador não deve ter 
conhecimento. 
 
• Pergunta 2 
 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Energia eólica no Brasil 
 
No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas barragens hidrelétricas do país, 
causando uma grave escassez de energia. A crise, que devastou a economia do país e levou ao racionamento de energia 
elétrica, ressaltou a necessidade urgente do país em diversificar suas fontes de energia. (...) A primeira turbina de energia 
eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de 
Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como 
eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). (...) Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica 
no Brasil aumentou de 22 MW em 2003 para cerca de 1.000 MW em 2011 (quantidade suficiente para abastecer uma 
cidade de cerca de 400 mil residências). (...) Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de 
Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar cerca de 140 GW. 
O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo com os meses de menor 
intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta chuva é exatamente quando venta mais! Isso coloca o vento como 
uma grande fonte suplementar à energia gerada por hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do país. Durante esse 
período podem-se preservar as bacias hidrográficas fechando ou minimizando o uso das hidrelétricas. O melhor exemplo 
disto é na região do Rio São Francisco. Por essa razão, esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a 
distribuição geográfica dos recursos hídricos existentes no país. A maior parte dos parques eólicos se concentra nas 
regiões nordeste e sul do Brasil. No entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de 
energia. 
 
Disponível em http://evolucaoenergiaeolica.wordpress.com/energia-eolica-no-brasil/. Acesso em 05 nov. 2014 (com 
adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
 
I. De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa viável para atender à demanda de cidades com até 400 mil 
habitantes. 
 
 
II. Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de 1% do potencial eólico do país. 
 
III. De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%. 
Resposta Selecionada: b. 
Apenas a afirmativa II está correta. 
Respostas: a. 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 
b. 
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
c. 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
d. 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 
e. 
Todas as afirmativas estão corretas. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: B. 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto afirma que a energia eólica gerada em 2011 
era suficiente para atender a 400 mil residências, e não que se trata de uma alternativa para cidades de 
 
até 400 mil habitantes. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, o Brasil tem 
capacidade para produzir 140 GW de energia eólica e, em 2011, produziu 1.000MW, o que equivale a 1 
GW. Assim, a produção foi de menos de 1% do potencial. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. No 
período, houve aumento de 978 MW, o que equivale a um crescimento de 4.445%. Chega-se a esse valor, 
com os seguintes cálculos: 978/22=44,45 e 44,45x 100 =4.445%. 
 
• Pergunta 3 
 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Tá lá mais um corpo estendido no chão – Flavio Moura. 
 
Uma juíza de São Paulo mandou soltar o policial que matou o camelô Carlos Augusto Muniz Braga durante ação na Lapa, 
no último dia 18. De acordo com a ordem de soltura, o assassinato se deveu ao fato de que o braço esquerdo do PM foi 
seguro “bruscamente”. E ainda à situação tensa em que ele se encontrava, cercado de “populares insatisfeitos com a 
polícia no local”. O tumulto, no entender da juíza, justifica a necessidade de o policial “então encontrar-se armado”. O vídeo 
circulou por todo canto. 
 
O policial aponta por três minutos a arma em todas as direções. As pessoas em volta gritam “baixa a arma!”, enquanto dois 
colegas seus tentam imobilizar um vendedor de rua no chão. O vendedor se recusara a entregar os CDs piratas que tinha 
na mão. A polícia partiu pra cima e a situação se criou. 
 
Acuado, o assassino tira do bolso um spray de pimenta para dispersar o grupo ao redor. Ato contínuo, Carlos Augusto 
tenta tirar o spray de sua mão. É o que basta para ser executado. Ele ainda correu por alguns metros com a bala na 
cabeça, antes de tombar no asfalto. Isso às 17h, numa rua movimentada de um bairro de classe média de São Paulo. 
 
Não chega a surpreender a decisão da juíza (o nome da figura é Eliana Cassales Tosi de Melo e ela faz parte da 5ª Vara 
do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo). A lógica peculiar é praxe entre seus colegas. Basta lembrar o juiz que 
recentemente queria manter preso o manifestante Fabio Hideki, detidoinjustamente em manifestação durante a Copa do 
 
Mundo, por considerá-lo “esquerda caviar”. 
 
O que assusta é a comoção relativamente branda em torno do episódio. Da declaração tosca do prefeito, “foi um ato 
isolado”, aos indignados de plantão das redes sociais, tudo se passou como se fosse mais um tropeço da polícia, entre 
tantos outros. 
 
Fiquei pensando o que ocorreria se a cena fosse na Paulista, nas manifestações de junho do ano passado. E se a vítima 
fosse um jovem de classe média quebrando uma vitrine de loja ou banco (gesto a meu ver mais grave do que vender CD 
pirata). O governo estadual corria o risco de ser deposto. 
 
Não custa lembrar que foi a violência policial o estopim para as manifestações de junho de 2013. As primeiras passeatas 
foram pequenas e reprovadas pela imprensa e pela maioria da população. Quando vieram à tona as cenas de 
manifestantes feridos por balas de borracha, o cenário virou. Dali em diante, os editoriais deram razão aos manifestantes e 
a classe média ganhou as ruas em defesa do direito de protestar. 
 
O episódio da semana passada me fez lembrar uma declaração do poeta Sergio Vaz, organizador dos saraus da 
Cooperifa. No documentário “Junho”, produzido pela TV Folha e bom retrato das manifestações do ano passado, ele 
pondera. “Bala de borracha? Se lá no meu bairro a polícia usasse bala de borracha meus amigos ainda estavam vivos”. 
 
Com todo respeito aos feridos em junho de 2013, o que se deu com o camelô Carlos Augusto é motivo para alguns 
milhares de passeatas. A letalidade da polícia brasileira é quatro vezes maior que a dos EUA e 100 vezes maior que a 
inglesa. Se antes o Rio era o palco dos principais descalabros da corporação, esse posto agora parece ser ocupado por 
São Paulo. 
 
Na véspera do assassinato na Lapa, a PM paulista transformou o centro da cidade num campo de guerra, com gás 
lacrimogêneo e barricadas em chamas para despejar 200 ocupantes de um prédio vazio. Em apenas uma semana, a 
cidade viu repetir-se o despreparo e a truculência em duas regiões próximas. Se voltamos para trás no tempo, há 
exemplos a perder de vista. 
 
O governador segue blindado e na liderança das intenções de voto para as próximas eleições. E o prefeito, que não tem 
responsabilidade direta pela ação da PM, poderia retificar sua frase infeliz. Bem que a gente gostaria, mas o crime da 
semana passada não foi um ato isolado. 
 
Disponível em https://br.noticias.yahoo.com/blogs/flavio-moura/ta-la-mais-um-corpo-estendido-no-chao-
030622918.html. Acesso em 07 nov. 2014. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
 
I. O autor mostra-se indignado com a banalização da morte, afirmando que as pessoas não se mobilizam diante da 
violência da polícia, seja ela contra ricos ou pobres. 
 
II. O autor destaca que a violência policial contra os trabalhadores e contra os moradores de periferia geralmente não 
ganha grande repercussão na mídia e não estimula protestos populares. 
 
III. O objetivo do texto é criticar a pirataria, que é crime e gera confrontos entre ambulantes e policiais, espalhando 
violência pela cidade. 
 
IV. O texto critica a violência da polícia brasileira, mas defende a atuação repressiva diante de manifestações e crimes, 
uma vez que é esse o papel da instituição. 
 
Está correto o que se afirmar somente em: 
Resposta Selecionada: e. 
II. 
Respostas: a. 
 
I e II. 
 
b. 
II e III. 
 
c. 
I e IV. 
 
d. 
II e IV. 
 
e. 
II. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: E. 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor mostra-se indignado com a banalização da 
morte, mas afirma que, em geral, só há protestos contra a morte provocada por policiais quando a vítima é 
de classe média ou alta. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O autor comenta sobre o caso do camelô 
assassinado, que foi pouco divulgado pela imprensa e não gerou protestos, e atribui isso ao fato de ele 
ser pobre. III - Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O objetivo do texto é criticar a atuação violenta da 
polícia. IV - Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor não defende a atitude repressiva da polícia. 
 
• Pergunta 4 
 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação dos resíduos sólidos. 
 
Fernanda Sampaio da Silva 
 
O processo de industrialização foi responsável por grandes transformações urbanas. Influenciou a multiplicação de 
diversos ramos de serviços que caracterizam a cidade moderna. Também influenciou no desenvolvimento dos meios de 
transporte e comunicação, que interligaram distintas regiões. Foi responsável pela maior produtividade e pela consequente 
elevação da produção agrícola. Contribuiu ainda com o êxodo rural. Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos 
hábitos de consumo, criou novas profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e uma nova relação desta 
com a natureza. 
 
Algumas das tecnologias existentes hoje no mercado ainda trazem problemas ao meio ambiente. Entre os resíduos 
gerados pelo avanço desenfreado da produção e do consumo são encontrados os resíduos sólidos industriais, que podem 
trazer impactos com consequências para a saúde das pessoas e ao meio ambiente, desde uma escala local até mesmo 
global. 
 
Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos industriais, minimizando possíveis impactos negativos ao meio 
ambiente, é necessário que haja um processo de gestão para a diminuição de resíduos durante o processo produtivo e/ou, 
quando possível, substituição do material utilizado, por outro que tenha maior facilidade de ser reciclado. Portanto, a 
reciclagem é um elemento importante para a minimização de resíduos em lixões e aterros sanitários. 
 
Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos industriais em locais inapropriados constituem um problema 
ambiental e, por isso, seu gerenciamento deve ocorrer de forma correta e dentro da legislação, para que não seja 
comprometida a qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente. 
 
O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos sólidos perigosos deve ocorrer de acordo 
com a norma ABNT - NBR 1004 de 2004, que faz uma classificação dos resíduos. Os resíduos são classificados em 
Classe I quando se trata de resíduos sólidos perigosos (classificados pelo seu grau de risco à saúde pública) e Classe II 
quando são resíduos não perigosos. 
 
Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A, quando não são inertes e Classe II B, inertes. Os resíduos 
sólidos gerados devem ser controlados nas indústrias, pois fazem parte do licenciamento pelo órgão ambiental 
competente. Por isso, para que esse órgão tenha conhecimento dos resíduos gerados, o Conselho Nacional do Meio 
Ambiente - CONAMA dispõe de uma resolução com o objetivo de inventariar os resíduos sólidos gerados em todo o país, 
para que seja elaborado o Plano Nacional para Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerados. O inventário é elaborado a 
partir de informações como quantidade, formas de acondicionamento e armazenamento e destinação final, enviadas 
trimestralmente ao órgão estadual competente (Resolução CONAMA Nº 313/2002). 
 
Disponível em http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reget/article/viewFile/4083 /2797. Acesso em 12 nov. 
2014 (com adaptações). 
 
Com base nas informações do texto, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
 
I. O controle da geração de resíduos sólidos industriais depende da conscientização do consumidor a fim de que modifique 
seus hábitos. 
 
II. A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao gerenciamento do acondicionamento, armazenamento e 
destinação final dos resíduos classificados como perigosos. 
 
III. A resolução CONAMA Nº 313/2002, que trata do Plano Nacional para Gerenciamento de Resíduos Sólidos, tem como 
objetivo conscientizar a área industrial para que exista a reduçãoda geração de resíduos sólidos. 
Resposta Selecionada: e. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
Respostas: a. 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 b. 
 
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
c. 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
 
d. 
Apenas a afirmativa III está correta. 
 
e. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: E. 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Os resíduos sólidos são gerados, como destaca o 
texto, pelos processos produtivos e, assim, a sua redução depende das indústrias, e não da 
conscientização do consumidor. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto destaca que os 
resíduos são gerados no processo de produção. III - Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo 
com o texto, a resolução tem o objetivo de inventariar os resíduos sólidos gerados em todo o país. 
 
• Pergunta 5 
 
 
Leia o texto e analise as afirmativas a seguir. 
 
O celular se torna uma arma dos cidadãos contra a impunidade – Raquel Seco 
 
A polícia começou dizendo que o tiro que matou Carlos Augusto Braga na quinta-feira passada foi acidental. Poucas horas 
depois dos distúrbios no bairro da Lapa (São Paulo), desencadeados por uma operação contra a pirataria, a polícia se viu 
obrigada a retificar: o agente disparou contra a cabeça do vendedor ambulante de 30 anos quando este tentou tomar dele 
um spray de pimenta. Várias pessoas gravaram a cena. Os telefones celulares tornaram-se uma arma dos brasileiros 
 
contra a impunidade, especialmente das forças de segurança. A ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública registrou 
1.890 mortes em operações policiais em 2012, atribuídas “rotineiramente” a tiroteios com grupos criminosos. 
 
O que aconteceria se ninguém tivesse filmado? Em 2013, 75,5% dos brasileiros com mais de 10 anos de idade tinham um 
telefone celular, 5% a mais que no ano anterior, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
 
Em 2012, Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, morreu em São Paulo depois de ser atingido por vários disparos da 
polícia. Um vizinho filmou-o sendo retirado de casa sob a acusação de ter participado em um assalto. Em dado momento, 
um policial se posiciona para atirar. Ouve-se um disparo e, quando a câmera volta a mostrar a rua, a viatura está indo 
embora. Os quatro policiais acusados foram absolvidos no mês passado. 
 
Em fevereiro, o país ficou chocado com a imagem de um adolescente agredido e acorrentado a um poste no Rio de 
Janeiro. Alguns vizinhos o castigaram por supostos roubos no bairro e produziram uma imagem especialmente dolorosa 
para uma nação que pôs fim à escravidão em 1888. Yvonne Bezerra de Melo, a mulher de 66 anos que alertou as 
autoridades, recebeu uma enxurrada de insultos nas redes sociais por ajudar “um delinquente”. 
 
Cláudia Silva Ferreira, faxineira de 38 anos, morreu em 16 de março deste ano atingida por uma bala perdida em uma 
favela do Rio de Janeiro. A viatura policial que a levava para o hospital arrastou seu corpo pendurado no porta-malas por 
250 metros. Um motorista gravou tudo. O escândalo foi enorme. Seis policiais acusados de matá-la já haviam retornado ao 
trabalho em julho, embora em funções longe das ruas, de acordo com o jornal O Globo. 
 
Há algumas semanas, em um centro comercial de São Paulo, a polícia abordou dois jovens negros por suspeitar que 
tinham roubado uma loja de roupas. Até chegar o momento em que a dona do comércio defendeu os dois, confirmando 
que haviam pagado por tudo o que tinham na sacola. Dezenas de pessoas gravaram a cena para deixar claro o que estava 
acontecendo, enquanto uma multidão se reuniu para gritar em defesa dos jovens. Os garotos e o pai deles denunciaram o 
comportamento da polícia. 
 
A onda de linchamentos na América Latina também chegou ao Brasil. Em abril, durante a febre de execuções populares, o 
sociólogo José de Souza Martins dizia ao EL PAÍS: “Três anos atrás, eram três ou quatro por semana. Depois das 
manifestações de junho (de 2013), passaram a uma média de uma tentativa por dia. Hoje temos mais de uma tentativa por 
dia”. Um jovem de 24 anos foi espancado até a morte por vizinhos dentro do hospital onde era examinado para determinar 
se ele havia estuprado um menor. Uma pessoa filmou dezenas de pessoas invadindo o centro médico. No total, 24 
pessoas estão sendo investigadas. 
 
O presídio do Maranhão, que enfrenta problemas de corrupção, superlotação e insegurança, chamou a atenção da mídia 
novamente quando o jornal Folha de S. Paulo publicou o vídeo, extremamente violento, no qual três prisioneiros apareciam 
decapitados. 
 
Disponível em http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/21/sociedad/1411333593_390676.html. Acesso em 24 set. 2014. 
 
I. As imagens captadas por celulares, de acordo com o texto, podem ser uma arma para os cidadãos se defenderem da 
arbitrariedade do poder público. 
 
II. De acordo com o texto, os celulares têm contribuído para a redução da violência no Brasil. 
 
III. As imagens gravadas serviram de prova em 1.890 mortes ocorridas em operações policiais em 2012. 
 
É correto o que se afirma apenas em: 
Resposta Selecionada: a. 
I. 
Respostas: a. 
I. 
 b. 
 
I e II. 
 
c. 
III. 
 
d. 
I e III. 
 
e. 
II e III. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: A. 
Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O texto cita vários casos em que o registro com o 
celular serviu de prova para revelar crimes e arbitrariedades do poder estatal. II – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O texto não cita redução da violência, muito menos provocada pelo uso do celular. A 
matéria apenas indica o celular como uma ferramenta de defesa dos cidadãos. III – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Esse número refere-se às mortes ocorridas em operações policiais em 2012. 
 
• Pergunta 6 
 
 
Com base no texto a seguir, analise as afirmativas. 
 
O vírus letal da xenofobia – Eliane Brum 
 
Uma epidemia, como Albert Camus sabia tão bem, revela toda a doença de uma sociedade. A doença que esteve sempre 
lá, respirando nas sombras (ou nem tão nas sombras assim), manifesta sua face horrenda. Foi assim no Brasil na semana 
passada. Era uma suspeita de ebola, fato suficiente, pela letalidade do vírus, para exigir o máximo de seriedade das 
autoridades de saúde, como aconteceu. Descobrimos, porém, a deformação causada por um vírus que nos consome há 
 
muito mais tempo, o da xenofobia. E, como o outro, o “estrangeiro”, a “ameaça”, era africano da Guiné, exacerbada por 
uma herança escravocrata jamais superada. 
 
O racismo no Brasil não é passado, mas vida cotidiana conjugada no presente. A peste não está fora, mas dentro de nós. 
Foi ela, a peste dentro de nós, que levou à violação dos direitos mais básicos do homem sobre o qual pesava uma suspeita 
de ebola. Contrariando a lei e a ética, seu nome foi exposto. Seu rosto foi exposto. O documento em que pedia refúgio foi 
exposto. Ele não foi tratado como um homem, mas como o rato que traz a peste para essa Oran chamada Brasil. Deste 
crime, parte da imprensa, se tiver vergonha, se envergonhará. 
 
Ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou positivo, devemos 
desculpas. Não sei se há desamparo maior do que alcançar a fronteira de um país distante, nessa solidão abissal. E pedir 
refúgio, essa palavra-conceito tão nobre, ao mesmo tempo tão delicada. E então se sentir mal, e cada um há de saber 
como a fragilidade da carne nos escava. Corrói mesmo aqueles que têm o melhor plano de saúde num país desigual. Ele, 
desabitado da língua, era desterrado também do corpo. Para alcançar o que viveu o homem desconhecido, porque o que 
se revelou dele não é ele, mas nós, é preciso vê-lo como um homem, não como um rato que carrega um vírus. Para 
alcançá-lo, é preciso vestir o homem. Mas só um humano pode vestir um humano. 
 
E logo ouviu-seo clamor. Não é hora de fechar as fronteiras?, cobrou-se das autoridades. Que os ratos fiquem do lado de 
fora, onde sempre estiveram. Que os ratos apodreçam e morram. Para os ratos não há solidariedade nem compaixão. 
Parece que nada se aprendeu com a Aids, com aquele momento de vergonha eterna em que os gays foram escolhidos 
como culpados, o preconceito mascarado como necessária medida sanitária. 
 
E quem são os ratos, segundo parte dos brasileiros? 
 
Há sempre muitos, demais, nas redes sociais, dispostos a despejar suas vísceras em praça pública. No Facebook, desde 
que a suspeita foi divulgada, comprovou-se que uma das palavras mais associadas ao ebola era “preto”. “Ebola é coisa de 
preto”, desmascarou-se um no Twitter. “Alguém me diz por que esses pretos da África têm que vir para o Brasil com essa 
desgraça de bactéria (sic) de ebola”, vomitou outro. “Graças ao ebola, agora eu taco fogo em qualquer preto que passa 
aqui na frente”, defecou um terceiro. Acreditam falar, nem percebem que guincham. 
 
“Descrever uma epidemia é uma forma magistral de revelar as diversas formas de totalitarismo que maculam uma 
sociedade. Neste quesito, os brasileiros não economizaram. A divulgação, por meios de comunicação que atingem 
dezenas de milhões de pessoas, da foto de um homem negro, vindo da África, como suspeito de ebola, foi a apoteose do 
fantasma do estrangeiro como portador da doença”, afirmou a esta coluna Deisy Ventura, professora de direito 
internacional da Universidade de São Paulo, pesquisadora das relações entre direito e saúde, autora do livro Direito e 
Saúde Global – O caso da pandemia de gripe A (H1N1). “Veja que este fantasma é mobilizado em relação aos pobres, 
sobretudo negros, nunca em relação aos estrangeiros ricos e brancos. O escravagismo, terrível doença da sociedade 
brasileira, associa-se ao desejo conjuntural de dizer: este governo não deveria ter deixado essas pessoas entrarem. É uma 
espécie de lamento: tanto se esforçaram as elites para branquear este país, e agora querem preteá-lo?” 
 
A África desponta, de novo e sempre, como o grande outro. Todo um continente povoado por nuances e diversidades 
reduzido à homogeneidade da ignorância – a um fora. 
 
Como disse um imigrante de Burkina Faso à repórter Fabiana Cambricoli, do jornal O Estado de S. Paulo: “Os brasileiros 
não sabem que Burkina Faso é longe dos países que têm ebola. Acham que é tudo a mesma coisa porque somos negros”. 
 
Ele e dezenas de imigrantes de diversos países da África estão sendo hostilizados e expulsos de lugares públicos na 
cidade de Cascavel, no Paraná, onde o primeiro caso suspeito foi identificado. Tornaram-se “os caras com ebola”, 
apontados na rua “como os negros que trouxeram o vírus para o Brasil”. 
 
O ebola não parece ser um problema quando está na África, contido entre fronteiras. Lá é destino. O ebola só é problema, 
como escreveu o pesquisador francês Bruno Canard, porque o vírus saiu do lugar em que o Ocidente gostaria que ele 
ficasse. 
 
“A militarização da resposta ao ebola, que com a anuência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em setembro 
último, passou da Organização Mundial da Saúde a uma Missão da ONU, revela que a grande preocupação da 
comunidade internacional não é a erradicação da doença, mas a sua contenção geográfica”, reforça Deisy Ventura. 
 
Para o homem que alcançou o Brasil em busca de refúgio e teve sua dignidade violada na exposição de seu nome, rosto e 
documentos, ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou positivo, 
devemos desculpas. Devemos reparação, ainda que saibamos que a reparação total é uma impossibilidade, e que essa 
marca pública já o assinala. Não é uma oportunidade para ele, é para nós. 
 
É preciso reconhecer o rato que respira em nós para termos alguma chance de nos tornarmos mais parecidos com um 
humano. 
 
Disponível em http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/13/opinion/1413206886_964834.html. Acesso em 13 out. 2014. 
 
I. Metaforicamente, a xenofobia é uma peste que se espalha na sociedade, alimentada por postagens em redes sociais. 
 
II. A xenofobia manifesta-se, no Brasil, contra o estrangeiro em geral, pois somos um povo ainda culturalmente atrasado. 
 
III. O ódio e o preconceito são geralmente dirigidos a grupos socialmente excluídos ou desprivilegiados. 
 
De acordo com o texto, é correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: d. 
I e III, apenas. 
Respostas: a. 
I, II e III. 
 
b. 
I, apenas. 
 c. 
 
II, apenas. 
 
d. 
I e III, apenas. 
 
e. 
III, apenas. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: D. 
Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A autora compara a xenofobia com uma peste, 
provocada por um vírus, e considera que o preconceito e o ódio têm sido disseminados nas redes sociais. 
II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto deixa claro que o preconceito se manifesta contra os 
imigrantes pobres, que vêm de países subdesenvolvidos. III – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. O texto destaca que o ódio e o preconceito se dirigem aos negros e aos pobres. 
 
• Pergunta 7 
 
 
Leia o texto e a charge a seguir. 
 
Podemos modificar a forma de ensinar – José Manoel Moran 
 
Ensinar e aprender exigem, hoje, muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e 
processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, 
a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos 
engessados. Temos informações demais e dificuldade em escolher quais são significativas para nós e conseguir integrá-
las dentro da nossa mente e da nossa vida. 
 
A aquisição da informação dependerá cada vez menos do professor. As tecnologias podem trazer hoje dados, imagens, 
 
resumos de forma rápida e atraente. O papel do professor - o papel principal - é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a 
relacioná-los, a contextualizá-los. 
 
Aprender depende também do aluno, de que ele esteja pronto, maduro, para incorporar a real significação que essa 
informação tem para ele, para incorporá-la vivencialmente, emocionalmente. Enquanto a informação não fizer parte do 
contexto pessoal - intelectual e emocional - não se tornará verdadeiramente significativa, não será aprendida 
verdadeiramente. 
 
Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do 
ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem 
mexer no essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode ajudar-nos a rever, a 
ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de aprender. 
 
Disponível em http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/T6%20TextoMoran.pdf. Acesso em 18 dez 2014 (com 
adaptações). 
 
 
 
 
• 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
 
I. Segundo o texto, no futuro, os professores não serão mais necessários no processo de ensino e aprendizagem. 
 
II. A charge enaltece o fato de que já dispomos, hoje em dia, de profissionais autodidatas, que aprenderam suas profissões 
consultando a internet, o que corrobora o texto. 
 
III. A charge e o texto destacam a internet como forma de aprendizagem e consideram ultrapassadas as formas tradicionais de 
ensino. 
 
IV. Segundo o texto, é importante que o conteúdo a ser aprendido faça parte da realidade do aluno; se não o fizer, não há a 
necessidade de se ensinar tal conteúdo. 
Resposta Selecionada: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
Respostas: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
b. 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
c. 
Apenas as afirmativas I e IV estão corretas. 
 
d. 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
 
e.Todas as afirmativas estão corretas. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: A. 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não afirma que professores não serão 
necessários, mas que alunos terão mais acessos a dados e informações e que o papel dos professores será 
auxiliá-los na interpretação. I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge é irônica e revela o frágil preparo 
do candidato que tem como base de sua instrução o “Google”. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A 
reportagem destaca a presença de tecnologias em novas formas de ensino, mas nem ela nem a charge 
consideram ultrapassados os modelos tradicionais. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto afirma que 
a informação tem de passar a fazer parte do contexto do aluno para que a aprendizagem seja mais efetiva. 
 
• Pergunta 8 
 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Criada por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), a tecnologia nomeada "Ecolágua" utiliza 
raios ultravioleta (UV) para purificar água de rios e torná-la potável em poucos segundos. A ideia surgiu após apelo de 
indígenas, que revelaram mortes por ingestão de água contaminada no interior do Amazonas. Segundo o desenvolvedor 
do equipamento, o pesquisador alemão Roland Vetter, a iniciativa para elaboração da tecnologia veio em forma de apelo. 
Índios da etnia Deni pediram ajuda para frear a ocorrência de doenças causadas por água contaminada. “Nós queríamos 
instalar para eles um secador solar para madeira e frutas. Eles disseram ‘É muito bom, mas não é disso que precisamos’. 
Eles estavam morrendo por ingerir água suja do rio Xeruã”, contou. 
 
Conforme Vetter, 11 índios Deni morreram vítimas de doenças diarreicas causadas por bactérias da espécie Escherichia 
 
coli somente em 2005. O quadro clínico, semelhante ao da cólera, assustou os indígenas. 
 
De acordo com o pesquisador, a desinfecção da água ocorre porque os microrganismos, em contato com os raios 
ultravioleta tipo C, perdem a capacidade de se multiplicar. Em termos técnicos, a luz provoca um dano fotoquímico 
instantâneo no material genético dos microrganismos, o que causa o efeito desinfetante. 
 
Anteriormente nomeado ‘Água Box’, o equipamento pesa cerca de 15 kg e pode "limpar" facilmente água de rios, poços e 
da chuva. De acordo com Vetter, água de rios urbanos, como a Bacia do Turamã, em Manaus, ou o Rio Tietê, em São 
Paulo, também pode ser purificada pelo equipamento, que realiza uma filtragem prévia para conter alguns resíduos sólidos, 
como areia e outros sedimentos. 
 
A luz do sol é capturada por painéis solares, que mantêm carregada uma bateria dentro do equipamento. Dessa forma, a 
tecnologia garante o funcionamento de uma lâmpada ultravioleta, responsável pela destruição dos microrganismos. Com o 
processo de filtragem adequado - cujo equipamento específico é anexado ao Ecolágua -, o pesquisador do Inpa, Ray 
Cleise, que fez parte da concepção da tecnologia, garante que águas turvas podem se tornar límpidas. 
 
A máquina garante a eficiência de desinfecção em 99,99%, conforme testes feitos em laboratório. Uma mostra d'água 
coletada do Rio Solimões constatou a contaminação por bactérias Escherichia coli, que estão presentes no intestino 
humano, além de índices de turbidez superiores ao admissível. Após o tratamento com a tecnologia, as bactérias foram 
destruídas e a turvação passou de 27,90 UNT - Unidade Nefelométrica de Turbidez - para 1,64 UNT. O produto começou a 
ser disponibilizado no mercado há cerca de dois meses, pela empresa Qluz Ecoenergia. De acordo com o empresário 
responsável pela venda do produto, Roberto Lavor, a expectativa é de que a máquina beneficie não só brasileiros, mas 
também pessoas de todas as regiões do mundo. "Nós temos um grande potencial de água doce, que não é mais potável, 
pois está suja e cheia de impurezas. Vivemos na maior bacia hidrográfica do planeta, mas que não garante aos ribeirinhos 
o acesso à água potável. O 'Ecolágua' é um instrumento viável que torna a água potável de forma quase instantânea", 
explicou Lavor. 
 
Disponível em http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/11/na-amazonia-tecnologia-usa-raios-uv-e-sol-para-purificar-
agua-de-rios.html. Acesso em 12 nov. 2014 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
 
I. O raio ultravioleta do tipo C é usado para purificar a água de rios por meio de danos no material genético dos 
microrganismos. 
 
II. O equipamento desenvolvido pelo Inpa é composto por um conjunto de filtros para redução da turbidez da água. 
 
III. O Ecolágua tem painéis solares, que alimentam uma bateria responsável pelo funcionamento de uma lâmpada 
ultravioleta cuja função é danificar o material genético dos microrganismos. 
 
IV. O Ecolágua tem filtros que, alimentados por uma bateria, são capazes de retirar todo material particulado da água em 
tratamento. 
 
V. Ray Cleise, que fez parte da concepção do desenvolvimento do equipamento, garante que águas turvas podem se 
tornar límpidas apenas pela ação solar. 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
Respostas: a. 
Apenas as afirmativas I e V estão corretas. 
 
b. 
Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. 
 
 
c. 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
 
d. 
Apenas a afirmativa III está correta. 
 
e. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: C. 
Comentário: O texto afirma que os microrganismos, quando expostos aos raios ultravioleta tipo C, perdem 
a capacidade de se multiplicar. Esse tipo de luz provoca danos fotoquímicos instantâneos no material 
genético das bactérias, o que gera efeito desinfetante. O texto descreve o Ecolágua como um 
equipamento composto de painéis solares, bateria e uma lâmpada ultravioleta. A aplicação de 
equipamentos de filtragem complementa a ação do Ecolágua. 
 
• Pergunta 9 
 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Para especialista da OMS, ebola pode ter matado milhares além do oficial. 
Especialista diz que famílias podem ter enterrado pessoas em segredo. Cálculo é baseado em taxa de mortalidade de 
países mais afetados. 
 
Agência France Presse (AFP) 
 
O número real de vítimas mortais da letal epidemia de ebola provavelmente excederá em milhares as 4.818 do último 
balanço, difundido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), advertiu um especialista desta organização. "Há 
 
muitíssimas mortes não registradas nesta epidemia", afirmou à AFP Christopher Dye, responsável pela Estratégia da OMS, 
considerando que as vítimas mortais fora do registro oficial podem chegar a 5 mil. 
 
Para chegar a esse número, ele se baseou na taxa de mortalidade da doença nos países mais afetados (Guiné, Serra 
Leoa e Libéria), que é de 70%. A OMS estimou haver um total de 13.042 casos diagnosticados, o que significa que muitas 
mortes não foram comunicadas. 
 
Segundo Dye, uma explicação para essa diferença é que as pessoas teriam enterrado familiares em segredo, para evitar 
que autoridades interferissem em seus ritos funerários, que incluem lavar e tocar o morto. O contato com pessoas 
portadoras do vírus é o responsável por boa parte dos contágios, razão pela qual as autoridades sanitárias dos países 
afetados no oeste da África estão realizando um forte trabalho de conscientização para que os corpos das pessoas 
infectadas sejam incinerados. 
 
Disponível em http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/11/para-especialista-da-oms-ebola-pode-ter-matado-
milhares-alem-do-oficial.html. Acesso em 07 nov. 2014 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. 
 
I. Se a taxa de mortalidade é de 70% e o número total de casos é de 13.042, estimam-se mais de 9.000 mortes. 
 
II. Segundo o texto, os rituais funerários de vários grupos revelam ignorância e atraso cultural e isso explica o fato dealgumas doenças primitivas só existirem no continente africano. 
 
III. Segundo o texto, as pessoas enterram seus familiares em segredo porque as normas para evitar o contágio impediriam 
seus rituais. 
 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: a. 
I e III, somente. 
Respostas: a. 
I e III, somente. 
 
b. 
I e II, somente. 
 
c. 
III, somente. 
 
d. 
I, somente. 
 
e. 
I, II e III. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: A. 
Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Calculando-se o produto 0,70x13.042, chega-se ao 
número de 9.129 mortes. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não afirma que os povos são 
ignorantes ou atrasados, apenas informa que deve haver mortes não declaradas. 
III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Os ritos incluem lavar e tocar os mortos, de acordo com o texto. 
Essas práticas seriam proibidas pelos órgãos públicos porque poderiam propagar o vírus. 
 
 
• Pergunta 10 
 
 
Leia a charge e a notícia a seguir. 
 
 
 
Brasil desperdiça 40 mil toneladas de alimentos todos os dias 
 
Embrapa diz que 19 milhões de pessoas poderiam ser alimentadas com alimento jogado fora. De acordo com o órgão, o 
desperdício ocorre, principalmente, durante a preparação de refeições. 
 
Mônica Clica/Flickr 
 
São Paulo 
– O desperdício de alimentos no Brasil chega a 40 mil toneladas por dia, segundo pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa 
Agropecuária (Empraba). Anualmente, a quantia acumulada é suficiente para alimentar cerca de 19 milhões de pessoas 
diariamente. De acordo com o estudo, a maior parte dos alimentos é desperdiçada durante o preparo das refeições. 
 
O nutricionista Gilcélio Gonçalves de Almeida explica que grande parte dos nutrientes dos alimentos está na casca e que se perde 
muito com o hábito de descascar legumes e frutas. “A casca da banana pode ser usada para fazer doce ou farofa e ela continua 
com as propriedades alimentares que ela tem”, argumenta. Além disso, o nutricionista aponta que a casca da abóbora ajuda a 
controlar o açúcar no sangue. 
 
Disponível em http://www.redebrasilatual.com.br. Acesso em 13 nov. 2014 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. 
 
I. A culpa pelo desperdício de alimentos é, em grande parte, atribuída ao cultivo de produtos orgânicos, como mostram os dois 
textos, pois esse tipo de produção requer técnicas que descartam partes das frutas, das verduras e dos legumes. 
 
II. A crítica da charge baseia-se na oposição entre aqueles que podem escolher o consumo de produtos mais caros e os que não 
têm acesso à alimentação digna. 
 
III. O foco da charge é a crítica à produção de orgânicos, que, por serem em geral mais caros do que os não orgânicos, geram 
mais desperdícios. 
 
IV. De acordo com a notícia, estima-se que 19 milhões de pessoas passem fome no Brasil. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: e. 
II. 
Respostas: a. 
I e II. 
 b. 
II e III. 
 c. 
I e IV. 
 d. 
II e IV. 
 e. 
II. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: E. 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Nenhum dos textos culpa os produtos orgânicos pelo 
desperdício de alimentos. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O humor é construído pelo contraste irônico 
dos personagens. De um lado, os que podem optar por produtos mais refinados, por terem bom poder aquisitivo; 
de outro, o menino pobre, que tem que se alimentar com o que acha no lixo. Também a polissemia da palavra 
“orgânico” contribui para o efeito humorístico. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O foco da charge é a 
crítica à desigualdade social existente no mundo. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A notícia afirma que 
o desperdício poderia alimentar 19 milhões de pessoas diariamente, e não que esse é o número de brasileiros 
que passam fome. 
 
 
 
Trabalho Individual 
Pergunta 1 
 
 
Analise a charge e texto a seguir: 
 
 
 
 
• 
Brasil é o pior em retorno de impostos à ação, aponta estudo. 
 
“Pela quinta vez consecutiva, o Brasil é o país que proporciona o pior retorno de valores arrecadados com tributos em qualidade 
de vida para a sua população. A conclusão consta de estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) que 
compara 30 países com maior carga tributária em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e verifica se o que é arrecadado por 
essas nações volta aos contribuintes em serviços de qualidade. 
Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul ocupam respectivamente as primeiras posições do ranking. O Brasil está em 30º lugar, 
atrás da Argentina (24º) e do Uruguai (13º).” 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/04/1434959-brasil-e-o-pior-em-retorno-de-imposto-a-populacao-aponta-
estudo.shtml. Acesso em 15 dez. 2014. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas: 
 
I. A crítica tanto da charge quanto do texto é direcionada ao fato de que os cargos públicos e os privilégios no Brasil ainda são 
hereditários, resquício de nosso passado colonial. 
 
II. A charge e o texto entram em contradição, uma vez que a charge mostra um cenário otimista de continuidade e a notícia critica 
o sistema tributário brasileiro. 
 
III. De acordo com os dados da notícia, no Uruguai, o volume de imposto arrecadado é maior do que no Brasil. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: d. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
• Pergunta 2 
 
 
Leia os quadrinhos e o texto a seguir. 
 
 
 
Fonte: acervo pessoal 
 
O Mito da Caverna, ou Alegoria da Caverna, foi escrito pelo filósofo Platão e está contido em “A República”, no livro VII. Na 
alegoria, narra-se o diálogo de Sócrates com Glauco e Adimato. É um dos textos mais lidos no mundo filosófico. 
A história narra a vida de alguns homens que nasceram e cresceram dentro de uma caverna e ficavam voltados para o fundo dela. 
Ali contemplavam uma réstia de luz que refletia sombras no fundo da parede. Esse era o seu mundo. Certo dia, um dos habitantes 
resolveu voltar-se para o lado de fora da caverna e logo ficou cego devido à claridade da luz. E, aos poucos, vislumbrou outro 
mundo com natureza, cores, “imagens” diferentes do que estava acostumado a “ver”. Voltou para a caverna para narrar o fato aos 
seus amigos, mas eles não acreditaram nele e revoltados com a “mentira” o mataram. 
Com essa alegoria, Platão divide o mundo em duas realidades: a sensível, que se percebe pelos sentidos, e a inteligível (o mundo 
das ideias). O primeiro é o mundo da imperfeição e o segundo encontraria toda a verdade possível para o homem. Assim, o ser 
humano deveria procurar o mundo da verdade para que consiga atingir o bem maior para sua vida. Em nossos dias, muitas são as 
cavernas em que nos envolvemos e pensamos ser a realidade absoluta. 
Fonte: http://filosofia.uol.com.br. Acesso em 30 nov. 2014 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
 
I. O personagem da charge afirma que vivemos na caverna de Platão porque ele não tem acesso às modernas tecnologias. 
 
II. A referência ao mito da caverna de Platão alude ao fato de que a vida virtual, por meio dos modernos aparelhos, é intensa hoje. 
 
III. Os quadrinhos enaltecem os modernos aparelhos como forma de ter acesso a informações, uma vez que o personagem pôde 
aprender filosofia por meio da internet. 
 
IV. A expressão “caverna de Platão” na tirinha tem sentido positivo e enaltece a sociedade tecnológica contemporânea. 
 
É correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: d. 
II. 
 
• Pergunta 3 
 
 
Leia a charge a seguir: 
 
 
• 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
 
I. O objetivo da charge é enaltecer o modo como a internet contribui para a construção do conhecimento dos jovens. 
 
II. Na charge, sugere-se que o contato com as redes sociais pode, muitas vezes, fazer com que as pessoas percam o contato com 
o mundo real. 
 
III. O personagem da

Continue navegando