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A POÉTICA DE ARISTÓTELES

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A POÉTICA DE ARISTÓTELES
Introdução
“Reconhecido como o texto fundador da teoria da literatura no Ocidente, a Poética consiste no primeiro tratado sistemático sobre o discurso literário” (COSTA, 1992, p. 6)
“[...] a Poética passou a ser divulgada na Europa em princípios do século XVI [...]. A partir daí, exerceu ampla e significativa influência nos séculos que se seguiram” (COSTA, 1992, p. 7)
“A mímese é reconhecida como a noção de capital importância na Poética, ainda que Aristóteles não tenha chegado a defini-la nitidamente nos seus escritos” (COSTA, 1992, p. 7)
A mímese para Platão
“Para Platão, a arte tem uma origem sacra, divina e misteriosa, ao passo que a mímesis é apenas limitada a representar, sem propósitos pedagógicos ou morais que visem a essência das coisas ou a verdadeira natureza dos objetos. Portanto, a imitação mimética é falsa, ilusória e prejudicial ao discurso ideal do filósofo, em detrimento da verdade” (ARAUJO, 2011, p. 71).
“Segundo Platão, as imagens miméticas são a imitação da imitação, já que imitam a pessoa e o mundo do artista” (ARAUJO, 2011, p. 71).
A mímese para Aristóteles
“Discípulo de Platão, Aristóteles (384-322 a.C) refutou o conceito ontológico do mestre, enalteceu o processo mimético e criou uma concepção estética para a arte, segundo a qual a imitação não se limita mais ao mundo exterior, mas se sustenta pelo critério de verossimilhança e fornece a representação como uma possibilidade, no plano fictício, sem qualquer compromisso de traduzir a realidade empírica” (ARAUJO, 2011, p. 71-72).
 
Revisão comentada da poética
Abertura do texto
“No parágrafo inicial do primeiro capítulo, Aristóteles aponta a poesia como o alvo de sua investigação e dimensiona, como num índice, a extensão de seu estudo acerca da arte poética” (COSTA, 1992, p. 9-10).
“No segundo parágrafo, o autor procede à enumeração das espécies de poesia – epopeia, tragédia, comédia, ditirambo, aulética e citarística –, ressaltando, primeiro, o ponto em comum entre elas: todas são, em geral, imitações (construções miméticas); depois, fala de suas diferenças: diferem entre si porque imitam segundo meios, objetos ou modos diversos” (COSTA, 1992, p. 10)
Critérios distintivos da mímese
Para Aristóteles, os meios próprios das artes poéticas são: o ritmo, a linguagem (canto) e a harmonia (metro).
“[...] a arte que se vale exclusivamente da linguagem como meio de imitação, podendo servir-se do ritmo (gêneros metrificados) ou não (prosa), como combinar diferentes metros ou não usar nenhum, não possui denominação específica” (COSTA, 1992, p. 11)
“Aristóteles ressalta criticamente a inadequação do termo ‘poeta’ a todo aquele que se vale do metro para expor um assunto” (COSTA, 1992, p. 11)
Critérios distintivos da mímese
“Na sequência do estabelecimento das diferenças entre as artes miméticas, o autor passa a tratar do objeto da imitação, representado nos homens em ação. Estes se caracterizam eticamente como bons ou maus, uma vez admitido o princípio de que o vício e a virtude distinguem as pessoas em matéria de caráter” (COSTA, 1992, p. 12)
“A Poética reconhece explicitamente como gêneros somente a tragédia, a epopeia e a comédia [...]” (COSTA, 1992, p. 12)
“O modo como se realiza a imitação é o terceiro critério distintivo da mímese. Os modos são dois: o narrativo, quando se narra pela voz de uma personagem, a exemplo de Homero, ou em primeira pessoa, e o dramático, quando as próprias pessoas imitadas agem, são os autores da representação” (COSTA, 1992, p. 13)
A poesia e suas espécies 
Duas causas naturais dão conta do surgimento da poesia:
O homem tem uma tendência congênita para imitar e encontrar prazer nas imitações;
O homem tem uma disposição congênita para a melodia e o ritmo. 
História da tragédia;
História da comédia;
A teoria da tragédia
“Trata-se de uma representação de ações de homens de caráter elevado (objeto da imitação) expressa por uma linguagem ornamentada (meio), através do diálogo e do espetáculo cênico (modo), e visando à purificação das emoções (efeito catártico), à medida que suscita o temor e a piedade no espectador” (COSTA, 1992, p. 18)
A teoria da tragédia
“Cabe ao poeta representar não o que aconteceu realmente, mas o que poderia acontecer, ou seja, o possível na ordem do verossímil e do necessário” (COSTA, 1992, p. 22)
“[...] Aristóteles prescreve condições para o sucesso do mito: ele deve ser antes simples do que duplo, isto é, concluir apenas com ação de desgraça e não com duas ações diferentes; deve passar da felicidade à infelicidade, em consequência de um grave erro por parte de um herói ‘intermediário’, ou, de preferência, melhor que pior” (COSTA, 1992, p. 27)
A teoria epopeia 
Define a epopeia como “imitação narrativa metrificada”.
“Deverá, assim, a epopeia ser composta, como a tragédia, em torno de uma ação inteira e completa – com princípio, meio e fim –, para que, como um organismo vivo, possa produzir o prazer que lhe é peculiar; sendo uma imitação narrativa em verso, ela terá (como a tragédia) uma estrutura diversa das narrativas históricas [...]” (COSTA, 1992, p. 37)
“Dois elementos são destacados nas diferenças entre a epopeia e a tragédia: a extensão e a métrica” (COSTA, 1992, p. 37)
A poesia (arte literária) e a verossimilhança
“Sendo autor de representações, como qualquer artista plástico, invariavelmente o poeta imita coisas, a partir de uma das três possibilidades que a ele se oferecem: ou as representa como eram ou são, ou como os outros dizem que são e elas parecem ser, ou como elas deveriam ser” (COSTA, 1992, p. 41)
Proposições conceituais
“O conceito aristotélico de mímese não significa mera imitação ou reprodução da realidade” (COSTA, 1992, p. 53).
“A mímese poética (literária) é uma representação que resulta de um processo específico de construção a partir de determinadas regras e visando a determinados efeitos” (COSTA, 1992, p. 53)
“Ela compõe-se de elementos estruturais definidos, dos quais o mais importante é o mito (ações-objeto da representação)” (COSTA, 1992, p. 53).
“A construção mimética é presidida por um critério fundamental: a verossimilhança” (COSTA, 1992, p. 53)
Proposições conceituais
“A verossimilhança situa a mímese nas fronteiras ilimitadas do ‘possível’: 1º) o ‘possível’, e não o verdadeiro como objeto temático da mímese; 2º) o ‘possível’ lógico, causal e necessário, como modo de arranjo interno, solidário das ações do mito” (COSTA, 1992, p. 53-54).
“Considerando que o critério do verossímil subordina o que seriam as duas faces da mímese: ‘externa’, ligada à relação de seu objeto temático com as referências exteriores de tempo e espaço; e ‘interna’, referente à seleção e disposição estrutural do material verbal do mito; – torna-se didático e oportuno o desdobramento dicotômico da verossimilhança, em externa e interna” (COSTA, 1992, p. 54) 
Proposições conceituais
“Face à ênfase aristotélica na dependência maior da mímese, ao seu princípio de construção interna, a verossimilhança ‘interna’ acaba por impor-se como o critério fundamental para a produção literária na Poética” (COSTA, 1992, p. 54)
“Tudo é verossímil ou possível na mímese, até o inverossímil, desde que motivado, isto é, simulado como admissível; o paralogismo, como arrumação persuasiva falsa, exemplifica a afirmação” (COSTA, 1992, p. 54)
Conclusão 
“Na indagação sobre a permanência da categoria mimética no quadro teórico da modernidade como um conceito complexo marcado pela força de um componente estrutural vigoroso, ficou evidenciada a importância fundamental da concepção aristotélica da mímese” (COSTA, 1992, p. 70)
“Interminável nas suas possibilidades de desdobramento inovador, a mímese é um processo sem fim” (COSTA, 1992, p. 71).

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