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TRABALHO DE DIREITOS HUMANOS Tema: Declaração de Independência dos EUA 1776 Introdução: O presente trabalho é sobre a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América de 1776, mais concretamente sobre as causas que levaram a independência e as consequências dessa Declaração na contemporaneidade. Tem como objetivo mostrar a importância dessa Declaração para a evolução dos Direitos Fundamentais e Humanos. Está organizado em sete partes, sendo elas: Contexto Histórico, Primeiro Congresso da Filadélfia, Segundo Congresso da Filadélfia, Declaração de Independência, Batalhas, Consequências e Curiosidades. Contexto Histórico: A Nova Inglaterra como era chamada, dividia-se em Treze Colônias: Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island, Connecticut, Nova York, Pensilvânia, Nova Jersey, Delaware, Maryland, Virginia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Georgia. As 9 colônias do norte eram colônias de povoamento, povoadas por exilados políticos e/ou religiosos, tinham pequenas manufaturas de tecidos e o trabalho era livre. Já as 4 colônias do sul eram do sistema de exploração, a economia estava baseada no latifúndio, mão de obra escrava e monocultura de algodão voltada exportação. Um dos pontos fundamentais que iniciou o movimento de independência foi a Guerra dos Setes Anos, um conflito na América entre franceses e ingleses pela posse das terras. Após a guerra os Americanos criaram expectativas que a Colônia dividisse as terras com eles e os colonos que viviam na América, todavia a Colônia doou as terras para ingleses vindos diretamente da Inglaterra, causando grande desconforto entre os americanos. Além desse fato, existia uma revolta por parte dos colonos por causa das restrições fiscais impostas pela metrópole inglesa, que eram nomeadas de Leis proibitivas. O rei George III da Inglaterra e o Parlamento resolveram pagar os gastos da guerra impondo medidas mercantilistas as Treze Colônias, e foram as principais: Lei do Açúcar (1764): reduzia o imposto sobre o melaço, porém aumentava os impostos do açúcar, vinhos, café, seda, etc. Essa lei visava destruir o rentável comércio triangular. Lei da Moeda (1764): proibia a emissão de papel-moeda na colônia. Lei da Hospedagem (1764): obrigava os colonos a abrigarem e alimentarem soldados ingleses. Lei do Selo (1765): decretava que todo documento impresso na colônia deveria conter um selo britânico que era pago à Coroa para oficializá-lo. Atos Townshend (1767): aumentou impostos sobre vidro, corantes e chá. Lei do Chá (1773): impôs o monopólio da venda do chá na colônia para a Companhia das Índias Orientais, excluindo, portanto, a elite colonial que lucrava com a venda desse produto. Mas foi em dezembro de 1773 que a lei do chá levou os colonos disfarçados de índios a invadir um navio inglês carregado de chá no porto de Boston, render os vigias e jogar toda a carga no mar; tal episódio ficou conhecido como a “Festa do chá de Boston” Entretanto, a rebeldia dos colonos resultou em duras medidas decretadas pela Inglaterra que ficaram conhecidas como Leis Intoleráveis: • O porto de Boston foi fechado até que os prejuízos fossem ressarcidos. • O direito de reuniões foi suspenso. • A colônia de Massachusetts foi ocupada por tropas britânicas. • Os colonos foram obrigados a abrigar e alimentar as tropas inglesas que dominaram a região. Primeiro Congresso da Filadélfia Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem medidas diante de tudo que estava acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia. Os representantes das colônias, com exceção da Geórgia, redigiram um documento para o rei inglês Jorge III no qual protestavam contra as medidas impostas, mas reafirmavam a lealdade para com o rei inglês. A resposta da metrópole foi mais repressão, com o aumento no número de soldados instalados na colônia. Segundo Congresso da Filadélfia Em 1776, os colonos se reuniram novamente em um comitê com o objetivo maior de conquistar a independência, concluindo que não era mais possível manter-se sob o domínio inglês em vista do desrespeito da metrópole com os interesses coloniais. Durante o congresso, Thomas Jefferson, advogado e político também da Virginia recebeu a tarefa de redigir a Declaração de Independência. Benjamin Franklin e John Adams revisaram os rascunhos de Jefferson, mantiveram a ideia original, eliminando algumas passagens que, para eles, poderiam enfrentar maior oposição, aquelas relacionadas à escravidão, por exemplo. O comitê apresentou a versão final ao Congresso em 28 de junho de 1776. O texto foi aprovado no dia 2 de julho e impresso no dia 4 de julho. Declaração de Independência: A Declaração de Independência é o documento fundador dos Estados Unidos da América. O texto escrito por Thomas Jefferson, com algumas poucas correções feitas por John Adams e Benjamim Franklin, foi definido pelo próprio autor, em carta à Henry Lee, como não sendo um texto de originalidade de princípios ou sentimentos, não sendo também um texto copiado de algum específico e prévio estudo, mas que na verdade era uma expressão da mente americana. Era um texto que harmonizava as ideias dos partidários dos Whigs com os sentimentos do dia a dia, com aquilo que eram expressos nas conversas, nas cartas, nos artigos publicados, e nos livros elementares de direito público. O repertório ideário dos Whigs era sustentado principalmente pelo livro “Segundo Tratado do governo civil” que Locke dera à Robert Filmer sobre a questionabilidade do poder absoluto dos Reis. Foi a renovação americana da doutrina que deu base a Revolução. O conteúdo da declaração era um a explicação formal do Congresso, explanando os motivos por que votou a favor da independência das treze colônias, dispunha sobre os direitos individuais e direitos de liberdade, direito de revolução e trazia em seu bojo também uma lista de insatisfações dos americanos com a colônia inglesa. A Declaração de independência americana é a síntese histórica dos direitos naturais, representando com profunda carga emocional e inspirada nos movimentos revolucionários do século XVII e XVIII na ideia fundamental que os direitos naturais estavam no ponto máximo de superioridade das normas jurídicas, eram a lei maior. Trechos mais famosos são “todos os homens são criados iguais” e “a vida, a liberdade e a busca pela felicidade” são direitos naturais e inalienáveis. Os três princípios fundamentais da Declaração são: 1. Todos os homens receberam de Deus certos direitos naturais como a vida, a liberdade e a conquista da felicidade; 2. Os justos poderes do governo se originam do consentimento dos governados; 3. Se o governo não respeitar os direitos naturais do homem, torna-se legítimo derrubá-lo do poder pela força das armas e substituí-lo. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência (1776 e 1781), na qual os colonos lutaram, durante cinco anos, contra as tropas inglesas. Batalhas: Batalhas Lexington/Concord 1775 Batalha de Nassau 1776 1°Batalha de Ouessant 1778 Batalha de Machias 1775 Batalha de Nassau 1776 Batalha de Camden 1780 Cerco de Boston 1775 Batalha de Trenton 1776 Batalha do Cabo/ São Vicente 1780 Invasão do Canadá 1775 2° Batalha de Trenton 1777 Cerco de Charleston 1780 Batalha de Quebec 1775 Batalha de Princeton 1777 Batalha de Chesapeake 1781 Batalha de Chelsea Creek 1775 Batalha de Bennington 1777 Batalha de Cowpens 1781 Batalha de Bunker Hill 1775 Batalha de Germantown 1777 Cerco de Pensacola 1781 Batalha de Forte Washington 1776 Batalha de Brandywine 1777 2°Batalha de Ouessant 1781 Batalha de Long Island 1776Batalha de Saratoga 1777 Batalha de Yorktown 1781 Batalha de Harlem Heights 1776 Batalha de Monmouth 1778 Batalha de Saintes 1782 Os norte-americanos lutaram contra um exército maior e muito mais bem preparado, e sofreram inúmeras derrotas. Mas em 1777, os colonos venceram os britânicos em Saratoga-Nova York, o que ajudou a atrair a França e outros países para a guerra. O país enviou navios e soldados, fortalecendo o exército que lutava por independência, além de conseguir apoio da Espanha e da Holanda. Os franceses e espanhóis tinham interesses em enfraquecer os ingleses no continente americano e viram, no apoio à Independência dos Estados Unidos, uma forma de atingi-los. A vitória decisiva dos americanos aconteceu em Yorktown, no estado da Virgínia, em 1781, quando o general inglês se rendeu. Após essa batalha, os ingleses conduziram negociações que levaram ao Tratado de Paris, em 3 de setembro de 1783, no qual os ingleses reconheceram a independência dos Estados Unidos da América. Os britânicos ratificaram a declaração de paz no dia 9 de abril de 1784. Consequências: • Após a derrota inglesa na guerra França e Espanha recuperaram parte de seus territórios: Os ingleses foram obrigados a devolver Senegal, algumas ilhas no Atlântico e algumas terras na América para os franceses e os espanhóis receberam de volta Minorca, uma ilha no Mediterrâneo, e territórios na Flórida. • Deu-se início ao processo de expansão territorial dos EUA, após a Inglaterra ceder as terras entre os Montes Apalaches e o Rio Mississippi. • A partir disso, os Estados Unidos consolidaram-se como uma república presidencialista, baseada em um sistema federalista. Curiosidades: • Thomas Jefferson foi o terceiro presidente dos Estados Unidos e o principal autor da Declaração de Independência do país. Muitas pessoas o admiram por ser uma pessoa que acreditava firmemente nos ideais de democracia, igualdade e liberdade. Por outro lado, algumas pessoas questionam a crença dele nesses ideais devido ao fato dele ser proprietário de escravos. • George Washington é eleito em 1789, por unanimidade, o primeiro presidente dos Estados Unidos. Conclusão: A Declaração de Independência dos Estados Unidos, de 04/07/1776, teve como tônica preponderante à limitação do poder estatal e a valorização da liberdade individual. É um documento de inestimável valor histórico, que influenciou a Revolução Francesa (1789 – 1799) e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (França, 1789), além de inspirar e servir de exemplo às outras colônias do continente americano. Recebeu influência de iluministas como John Locke e de documentos semelhantes, anteriormente elaborados na Inglaterra. 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