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Normas Reguladoras NR33 e NR35

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Instalação do Sistema de 
Microgeração Solar Fotovoltaica 
 
 
Norma regulamentadora 33 (NR-33) 
Objetivo e campo de aplicação 
No momento da implantação do sistema de energia solar fotovoltaico pode ser preciso 
realizar tarefas em áreas fechadas ou enclausuradas. E em ambiente que não prevê 
ocupação contínua, aberturas para entrada e saída restrita ou com limitações e espaço 
provido de obstáculos, que impeçam a livre circulação de trabalhadores. A ventilação 
nesses espaços é insuficiente para remover contaminantes, e talvez haja deficiência ou 
enriquecimento de oxigênio, tornando-os com potencial de risco. 
Se houver risco é necessário que o profissional conheça os perigos e as medidas de 
controle. 
Espaços com essas características são classificados como confinados, conforme 
definição do item 33.1.2 da NR-33: 
 
33.1.2 Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação 
humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação 
existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência 
ou enriquecimento de oxigênio. 
 
Várias normas brasileiras e internacionais fazem referência aos cuidados que os 
profissionais devem ter quando desenvolvem atividades em locais com espaço 
confinado. A Associação Brasileira de Normas Técnicas faz referência, por exemplo, nas 
seguintes normas: 
• NBR-14.606: estabelece procedimentos de segurança para entrada em poços 
de serviços, restrita à entrada em tanques subterrâneos. 
• NBR-14.787: dita requisitos mínimos em relação à proteção dos trabalhadores 
e local de trabalho com riscos de entrada em espaço confinado. 
• À norma de segurança do Ministério do Trabalho e Emprego NR-18 em seu 
item 18.20. 
• À norma internacional europeia Occupational Safety and Health Administration 
(OSHA). 
Com o objetivo de regulamentar os procedimentos e as atividades nesse espaço e 
determinar critérios de segurança a serem seguido, o Ministério do Trabalho e 
Emprego promulgou em 22 de dezembro de 2006, por intermédio da portaria no 202, 
a Norma Regulamentadora N-33 “Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços 
Confinados”. 
No item 33.1.1, a norma apresenta seu objetivo que é garantir a entrada, o trabalho e a 
saída segura dos trabalhadores na atividade em espaços confinados, por meio da 
implantação de medidas de proteção, que devem ser estabelecidas a partir dos riscos 
existentes no espaço confinado. 
 
33.1.1 Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para 
identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e 
controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e 
saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. 
 
Observa-se que há uma sequência antes da entrada para a realização do trabalho: 
primeiro deve-se identificar na planta os espaços confinados e na sequência 
reconhecer, avaliar e monitorar os riscos existentes no espaço. 
A identificação deve ser feita no programa para trabalho em espaços confinados por 
meio de cadastro, plantas e/ou croquis e sinalizada nas aberturas dos espaços 
confinados com números ou códigos apropriados. Os espaços confinados desativados 
também devem ser identificados, sinalizados e devidamente bloqueados. 
A identificação dos riscos existentes em cada espaço confinado é de fundamental 
importância para a elaboração de procedimentos de trabalho e adoção das medidas 
necessárias para a entrada, realização da atividade e saída de seu interior. 
A avaliação dos riscos, antes da autorização de entrada, por meio da Análise Preliminar 
de Riscos (APR), e a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho (PET) são 
indispensáveis na definição de medidas adicionais para que o trabalho seja executado 
de forma segura. É importante salientar que a entrada no espaço confinado, sempre 
que possível, deve ser evitada, e as tarefas não podem ser executadas individualmente. 
 
Profissional que deve atuar em espaço confinado 
O perfil dos profissionais que devem atuar em espaço confinado é definido na norma 
como: 
• Responsável técnico; 
• Supervisor de entrada; 
• Vigia; 
• Trabalhador autorizado. 
A primeira exigência da norma quanto ao profissional refere-se a seu exame de saúde, 
item 33.3.4.1. 
 
33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser 
submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, 
conforme estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de risco psicossociais com a 
emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional – ASO. 
 
Como há uma preocupação da norma quanto à saúde do trabalhador, todos os 
envolvidos deverão realizar exames médicos conforme indicação do PCMSO – 
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, com diretrizes estabelecidas na 
NR-07 da portaria 3214 do Ministério do Trabalho e Emprego. O objetivo é detectar a 
condição física do profissional, evitando possível transtorno ou doença que sejam 
desencadeados ou agravados durante ou depois da realização do trabalho em 
ambientes confinados. 
 
Capacitação dos trabalhadores em espaço confinado 
Outra exigência da norma quanto ao perfil do profissional refere-se ao treinamento e à 
capacitação. O treinamento é de responsabilidade do empregador. 
 
33.3.4.2 Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os 
espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle, 
conforme previsto no item 33.3.5. 
33.3.5 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados. 
33.3.5.1 É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia 
capacitação do trabalhador. 
33.3.5.2 O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação 
sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações: 
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; 
b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento; 
c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos 
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não 
sejam adequados. 
33.3.5.3 Todos os trabalhadores autorizados, vigias e supervisores de entrada devem 
receber capacitação periódica a cada 12 meses, com carga horária mínima de oito 
horas. 
33.3.5.4 A capacitação inicial dos trabalhadores autorizados e vigias deve ter carga 
horária mínima de 16 horas, ser realizada dentro do horário de trabalho, com conteúdo 
programático de: 
a) definições; 
b) reconhecimento, avaliação e controle de riscos; 
c) funcionamento de equipamentos utilizados; 
d) procedimentos e utilização da permissão de entrada e trabalho; 
e) noções de resgate e primeiros socorros. 
 
Observa-se a obrigatoriedade do treinamento, que deve cumprir a carga horária e os 
conteúdos mínimos exigidos de acordo com a função exercida pelo profissional. 
É vedada qualquer designação de trabalhadores para atividades em espaços 
confinados sem que eles recebam capacitação prévia. 
O treinamento do supervisor de entrada é de 40 horas (Item 33.3.5.6), e além do 
conteúdo programático definido no item 33.3.5.4 deve ser acrescido o conteúdo do 
item 33.3.5.5 descrito a seguir. 
 
33.3.5.5 A capacitação dos supervisores de entrada deve ser realizada dentro do 
horário de trabalho, com conteúdo programático estabelecido no subitem 33.3.5.4, 
acrescido de: 
a) identificação dos espaços confinados; 
b) critérios de indicação e uso de equipamentos para controle de riscos; 
c) conhecimentos sobre práticas seguras em espaços confinados; 
d) legislação de segurança e saúde no trabalho; 
e) programa de proteção respiratória; 
f) área classificada; 
g) operações de salvamento. 
33.3.5.6 Todos os supervisores de entrada devem receber capacitação específica, com 
carga horária mínima de 40 horas para a capacitação inicial. 
 
Característica do responsável técnico 
Trata-se do trabalhador responsável pela implementação da gestão em segurançae 
saúde no trabalho em espaços confinados, propondo medidas de controle de 
engenharia, administrativas, pessoais, emergência e salvamento, de forma a garantir 
permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho. 
Deve efetuar levantamento, identificar e sinalizar os espaços confinados, quando em 
sua abertura, impedindo o acesso de pessoas não autorizadas. 
Além disso, deve elaborar a Análise Preliminar de Risco (APR) e checar se os 
equipamentos de monitoramento estão em perfeito funcionamento e calibrados. É 
imprescindível capacitar o supervisor de entrada. 
 
Característica do supervisor de entrada 
Conforme item 33.3.4.5 da NR-33, o supervisor de entrada deve desempenhar as 
seguintes funções: 
 
a) emitir a permissão de entrada e trabalho antes do início das atividades; 
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na 
permissão de entrada e trabalho; 
c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os 
meios para acioná-los estejam operantes; 
d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessária; 
e) encerrar a permissão de entrada e trabalho após o término dos serviços. 
 33.3.4.6 O supervisor de entrada pode desempenhar a função de vigia. 
 
Característica do vigia 
Conforme o item 33.3.4.7 da NR-33, o vigia deve desempenhar as seguintes funções: 
 
a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados 
no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade; 
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com 
os trabalhadores autorizados; 
c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública 
ou privada, quando necessário; 
d) operar os movimentadores de pessoas; 
e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de 
alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou 
quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por 
outro vigia. 
33.3.5.8 Ao término do treinamento deve-se emitir um certificado con-tendo o nome 
do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, a especificação do tipo de 
trabalho e espaço confinado, data e local de realização do treinamento, com as 
assinaturas dos instrutores e do responsável técnico. 
 
Documentação 
A responsabilidade da documentação exigida pela NR-33 é de responsabilidade do 
empregador e responsável técnico por ele indicado e deve estar à disposição dos 
trabalhadores e autoridades competentes. 
Seguem alguns documentos estabelecidos pela NR-33, aplicáveis à atividade voltada à 
área de energia fotovoltaica: 
• PTE (permissão de trabalho especial); 
• APR (análise preliminar de risco); 
• PET (permissão de entrada); 
• Documento comprobatório de capacitação dos trabalhadores. 
 
Norma regulamentadora 35 (NR-35) 
Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais deve-se a eventos 
envolvendo quedas de trabalhadores de diferentes níveis. Os riscos de queda em altura 
existem em várias atividades e em diversos tipos de tarefa na área de geração de 
energia fotovoltaica. 
A norma Regulamentadora N-35, “Trabalhos em altura”, é um importante instrumento 
de referência para que as atividades desse segmento possam ser realizadas de forma 
segura. 
A montagem e desmontagem das estruturas, dos módulos e das placas são realizadas 
sobre telhados de residências, plantas industriais, galpões, entre outros. 
Por mais detalhadas que as medidas de proteção estejam estabelecidas é 
extremamente importante observar a norma NR-35. Essa norma foi elaborada 
pensando nos aspectos da gestão de segurança e saúde do trabalho para todas as 
atividades desenvolvidas em altura com risco de queda, concebida como norma geral a 
ser complementada por anexos que contemplarão as especificidades das mais variadas 
atividades. 
 
Objetivo e campo de aplicação 
A norma NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para 
o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de 
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou 
indiretamente com a atividade. 
Considera-se trabalho em altura qualquer atividade, onde haja risco de queda, 
executada acima de 2 m do nível inferior. 
 
Capacitação dos trabalhadores 
A capacitação necessária é apresentada pelo item capítulo 3 da norma NR-35. 
 
35.3. Capacitação e treinamento 
35.3.1 O empregador deve promover programa para a capacitação dos trabalhadores à 
realização de trabalho em altura. 
35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi 
submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de 
oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir: 
a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura; 
b) análise de risco e condições impeditivas; 
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle; 
d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva; 
e) equipamentos de proteção individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, 
conservação e limitação de uso; 
f) acidentes típicos em trabalhos em altura; 
g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de 
primeiros socorros. 
35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer 
quaisquer das seguintes situações: a) mudança nos procedimentos, condições ou 
operações de trabalho; b) evento que indique a necessidade de novo treinamento; 
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 90 dias; d) mudança de 
empresa. 
35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, 
conforme conteúdo programático definido pelo empregador. 
35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas a, b, c, d, a carga horária e o conteúdo 
programático devem atender a situação que o motivou. 
35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser 
ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa. 
35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de 
trabalho. 
 35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência 
no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no 
trabalho. 
35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do 
trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do 
treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável. 
35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na 
empresa. 
35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado. 
35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por 
trabalhador capacitado e autorizado. 
 
Profissional que deve atuar em altura 
Conforme a norma NR-35: 
 
35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele 
capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para 
executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa. 
35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que 
exercem atividades em altura, garantindo que: 
a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, devendo estar nele consignados; 
b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em 
cada situação; 
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito 
e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais. 
35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde 
ocupacional do trabalhador. 
35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a 
abrangênciada autorização de cada trabalhador para trabalho em altura. 
 
Equipamentos especiais para trabalho em altura 
Há uma diversidade de tarefas envolvendo o trabalho em altura no segmento de 
geração de energia fotovoltaica. A análise de risco, o procedimento e a PET são 
documentos fundamentais na definição dos equipamentos adequados para utilizar 
nessas tarefas. 
É interessante observar o ambiente durante a análise, verificar a melhor postura 
ergonômica do trabalho e prevenir quedas em altura. É fundamental usar os 
equipamentos EPI (Equipamentos de Proteção Individual) para prevenir a queda, como 
guarda-corpo, cinto de segurança, cabo-guia etc. 
Equipamento de proteção individual (EPI) 
É todo dispositivo, ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado 
à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. 
A seguir estão ilustrações dos principais equipamentos de segurança: 
 
Figura 1 – Principais equipamentos de segurança. 
Guarda-corpo 
O guarda-corpo é usado para impedir a queda. 
 
 
Figura 2 – Guarda-corpo. 
Mosquetão 
O mosquetão, também conhecido como carabiner, é um elo normalmente de alumínio 
ou aço e fecho composto de trava com mola ou roscas. 
É empregado como acessório de ancoragem nos trabalhos em altura pelo encaixe em 
outros equipamentos. 
Normalmente, o mosquetão traz gravado, em caracteres indeléveis, a força mecânica 
suportável em cada ponto de tração, expresso em quilonewton (kN). 
 
Figura 3 – Exemplos de mosquetão. 
 
Não se deve utilizar mais de dois mosquetões em sequência em um mesmo ponto, pois 
a ação de atrito pode aplicar força excessiva nas travas, que durante o uso devem ser 
mantidas sempre fechadas. 
Trava-queda 
É um equipamento empregado na interligação da linha de vida e o cinturão do tipo 
paraquedista. 
Figura 4 – Trava-queda. 
Cinturão de segurança do tipo paraquedista 
É um equipamento utilizado nas atividades com risco de queda cujo objetivo é escorar 
o trabalhador em um ponto de ancoragem estabelecido. 
O tipo de cinto de segurança mais apropriado para proteger o funcionário no caso de 
uma queda é o modelo paraquedista, pois previne lesões lombares quando ocorre o 
impacto (distribui adequadamente o peso pelo corpo, diminuindo a possibilidade de 
ferimento grave). 
Figura 5 – Cinturão de segurança. 
 
Talabarte 
O talabarte é um cabo produzido em aço (recoberto com poliamida) ou náilon com 
ganchos nas extremidades, que têm a finalidade de ancorar o cinto a uma estrutura. 
Normalmente, tem um absorvente de choque para amortecer no caso de queda. 
Quanto ao tipo, pode ser: 
 
Figura 6 – Talabarte. 
• Talabarte do tipo Y 
Esse tipo apresenta dois pontos de ancoragem. Pode-se utilizá-lo como apoio durante 
a escalada, desde que um dos ganchos seja desancorado somente depois que o outro 
estiver ancorado. 
 
Figura 7 – Talabarte tipo Y. 
 
• Talabarte de posicionamento 
É utilizado nas tarefas em que o profissional necessita trabalhar ancorado em uma 
postura ergonomicamente adequada para que as suas mãos permaneçam livres, 
permitindo desenvolver suas atividades. 
Ele tem um regulador que permite ajuste e é dotado de um limitador para evitar que a 
corda saia acidentalmente. 
 
Figura 8 – Talabarte de posicionamento. 
Absorvedor de energia 
É um dispositivo destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do trabalhador 
durante a contenção de sua queda. 
Esse dispositivo é integrante do talabarte, e no momento da queda atua como 
amortecedor, atenuando a possibilidade de alguma lesão ao trabalhador. 
A NR-35 estabelece a obrigatoriedade do absorvedor de energia, conforme item 
35.5.3.4. 
35.5.3.4 É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações: a) fator 
de queda maior que 1; b) comprimento do talabarte maior que 0,9m. 
 
Figura 9 – Absorvedor de energia. 
Fator de queda 
O fator de queda é definido pela NR-35 como a “razão entre a distância que o 
trabalhador percorreria na queda e o comprimento do equipamento que irá sustentá-
lo”. 
 
Figura 10 – Fator de queda. 
Cabo-guia 
Outro equipamento importante na prevenção da queda é o cabo-guia, também 
conhecido como linha de vida, utilizado para ancorar os cintos e permitir a 
movimentação horizontal do profissional. 
Durante a movimentação horizontal (deslocamento lateral) ou vertical (escalada ou 
descida), o trabalhador deve estar preso o tempo todo, pois a probabilidade de queda 
é real. 
 
Figura 11 – Cabo-guia. 
 
 
Figura 12 – Cabo-guia para ancoragem dos cintos. 
Equipamentos de proteção coletiva 
No desenvolvimento de geração de energia fotovoltaica devem ser previstos e 
adotados equipamentos de proteção coletiva. 
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) 
É todo dispositivo, sistema ou meio, fixo ou móvel de abrangência coletiva, destinado a 
preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros. 
São utilizados com a finalidade de preservar a segurança e proteger as pessoas 
enquanto um grupo de trabalhadores realiza uma determinada tarefa ou atividade. 
Cones de sinalização 
Figura 13 – Cone de sinalização. 
 
Placas sinalizadoras 
 
Figura 14 – Placas sinalizadoras. 
Isolamento da área de trabalho 
Figura 15 – Isolamento da área de trabalho. 
 
 
Figura 16 – Piso antiderrapante. 
 
Figura 17 – Proteção auricular. 
Fitas de isolamento 
 
18 – Fitas de isolamento.

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