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DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 - DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 1 CURSO – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL RORAIMA DATA – 11/11/2018 DISCIPLINA – DIREITO AMBIENTAL PROFESSOR – ROMEU THOMÉ MONITORA – ANDIARA MERCINI BLOCO 09 SUMÁRIO Política Nacional de Meio Ambiente..................................................................................................2 Objetivos ...........................................................................................................................................2 Definições e conceitos.......................................................................................................................3 Instrumentos......................................................................................................................................4 Estrutura............................................................................................................................................7 DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 - DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 2 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE (PNMA) – LEI 6938/19881 A Lei 6.938 de 1981 foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988 (CF/88). Norma geral sobre proteção ambiental (competência legislativa concorrente: art.24, inciso VI e VII da CF/88). A Lei 6938/81 – dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente (LPNMA); 1- Objetivos Objetivos genérico/amplos: art.2º, caput. Preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental; Condições de desenvolvimento socioeconômicos; Proteção da dignidade da vida humana Objetivos específicos: art.4º Compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação - princípio do desenvolvimento sustentável; A definição de áreas prioritárias de ação governamental – princípio de obrigatoriedade de atuação estatal (o poder público tem que atuar na proteção do meio ambiente); Obs. Os objetivos estão relacionados com os princípios de direito ambiental em decorrência dos Tratados Internacionais de Meio Ambiente como, por exemplo, a Convenção de Estocolmo realizada em 1972, na Suécia. A partir da década de 70 os países começaram a internalizar em sua legislação os princípios e as normas de Direito Ambiental. O estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; Pesquisas e tecnologias nacionais orientadas para o uso racional dos recursos; Divulgação de dados e informações ambientais e a formação de uma consciência pública (princípio da informação e princípio da educação ambiental) Preservação (princípio da prevenção e da precaução para evitar que o dano ambiental aconteça) e restauração dos recursos ambientais (poluidor-pagador); Obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, a imposição de contribuir pela utilização dos recursos (princípio do poluidor-pagador e do usuário-pagador); DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 - DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 3 2 – Definições e conceitos Importante: art3º da Lei 6938/81- definições e conceitos - Meio ambiente (art.3, I) - Poluidor (art.3, IV): “pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental”. O conceito de poluidor é amplo e utilizado para a responsabilidade civil. Exemplo 1: Um fazendeiro (pessoa física) causa uma degradação ambiental na sua propriedade rural, esse fazendeiro vai ser responsabilizado civilmente, pois é pessoa física, conforme previsto no art.3º, IV. Exemplo 2: uma grande empresa fabricante de refrigerantes que elimina resíduos no curso d’água de maneira ilícita, vai responder pela poluição ao recurso hídrico, pois pessoa jurídica de direito privado, conforme previsto no art. 3º, IV. Art.3 da Lei 6938/81 Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a)prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7804.htm#art1ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7804.htm#art1ii DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 - DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 4 Exemplo 3 – Um Município que descarte o esgoto a céu-aberto causando dano ambiental, o Município vai responder, tendo em vista ser pessoa jurídica de direito público. Além disso, a lei estabelece que os responsáveis diretos ou indiretos respondam em matéria ambiental, ou seja, todos os envolvidos na produção do dano ambiental vão responder pela reparação do dano, principalmente, quanto à responsabilidade civil. 3 - Instrumentos da PNMA Art.9 da Lei 6938/81 (PNMA) Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental; III - a avaliação de impactos ambientais; IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; VI - a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção ambiental e as de relevante interesse ecológico, pelo Poder Público Federal, Estadual e Municipal; VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) – ART.225, §1º, III – APP, RS (Código Florestal) e UC (Lei do SNUC) VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; - SISNAMA VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 - DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 5 I – Estabelecimento de padrões de qualidade ambiental Objetivo: definir os parâmetros aceitáveis para a utilização dos bens naturais; Exemplo: quanto de resíduo na água é suportável para a saúde humana Concentração = massa/ volume – Ex: mg/1 Para o licenciamento da atividade devem ser observados os padrões de emissão e os padrões de qualidade. É um instrumento importante para a política nacional. Todas as atividades causam impacto ambiental. Dessa forma, as normas ambientais trazem um limite, ou seja, até o limite estabelecido é tolerado, suportado e não prejudicial para a saúde humana. Contudo, um impacto ambiental acima desse limite é considerado como dano ambiental e haverá reparação ambiental. II – Zoneamento ambiental É um estudo. Objetivo: conhecer a vocação ambiental de cada região, através de levantamento geológico, participação da comunidade etc... Assim, no momento do licenciamento ambiental de uma determinada atividade vai ser consultado o mapa para analisar a potencialidade econômica de uma região e os recursos naturais a serem protegidos. XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. Ganharam destaque a partir da Conferência da ONU em 2012 no Rio de Janeiro (RIO+20). Instrumentos econômicos na proteção ambiental, também denominado como economia verde. - Dificuldade de fiscalização e controle das atividades potencialmente degradadoras: necessidade de implementação de mecanismos complementares; (além dos mecanismos de comando e controle são necessários os instrumentos complementares). - utilização de instrumentos econômicos Exemplo: Tributário – o tributo tem a função arrecadatória, mas o tributo também tem a função extrafiscal. E essa extrafiscalidade pode ser utilizada na área do meio ambiente. Assim, o DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 - DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 6 poder público pode, por exemplo, dispor que todos aqueles que tiverem um filtro antipoluente terão uma redução tributária (incentivar um comportamento que protegerá o meio ambiente). VII - Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA Origem: Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) Decreto 73.030/73 (logo após a Conferência de Estocolmo). SISNAMA – Instituído pela lei 6.938/81 (art.6º). É o conjunto de órgãos administrativos ambientais para a proteção do meio ambiente, desde a Presidência da República até os órgãos Municipais de Meio Ambiente. Finalidade: estabelecer uma rede de agências governamentais, nos diversos níveis da federação, visando assegurar mecanismos capazes de, eficientemente, implementar a política nacional do meio ambiente. DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 - DA NI EL G O DI NH O D A SI LV A - 1 04 17 61 68 64 7 Estrutura do SISNAMA – SISTEMA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE Obs. O SISNAMA tem relação com toda a estrutura de meio ambiente, da federal a municipal. Art.6 da PNMA SISNAMA – congrega os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: I - órgão superior: Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; CONAMA tem FUNÇÃO NORMATIVA (poderá criar normas administrativas ambientais, pois as normas administrativas irão detalhar o que a lei formal criou, por exemplo: Resolução do CONAMA N.237/1997 – trata do Licenciamento Ambiental) III - órgão central: MMA – Ministério do Meio Ambiente IV - órgãos executores: IBAMA e ICMBio (Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade) – executar e aplicar a legislação. V - Órgãos Seccionais: órgãos Estaduais VI - Órgãos Locais: órgãos Municipais
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