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Caminhos para a Arte Contemporânea (teórico VI)

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História da Arte 
Contemporânea
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Rita Garcia Jimenez
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Arte Contemporânea no Mundo Atual
América do Norte, Europa, Ásia e América Latina
• Arte de Hoje, do Agora, ou o Mundoem que Vivemos 
• América do Norte
• Europa
• Artistas Europeus Mundiais
• Ásia
• América Latina
 · Conhecer os aspectos conceituais, históricos e estéticos da arte 
contemporânea no mundo atual e suas diferentes linguagens.
 · Apreciar, analisar significativamente, ler e criticar manifestações 
artísticas contemporâneas.
 · Valorizar a pesquisa sobre os aspectos conceituais, históricos e 
estéticos da arte contemporânea.
 · Valorizar a arte como construção de conhecimento e de cultura.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Arte Contemporânea no Mundo Atual – América 
do Norte, Europa, Ásia e América Latina
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
Contextualização
A história da arte contemporânea é feita de muitas histórias, de muitos 
acontecimentos, fatos, mas, principalmente, de muitas perguntas. Mas, e as 
respostas? Bem, é justamente isso que buscamos ao estudar a história: respostas, 
ainda que sabemos que o mais importante é fazer a pergunta certa. Nunca a 
produção artística foi tão grande quanto a atual. 
Ao mesmo tempo percebemos que o mundo ficou pequeno, encolheu, e os 
artistas sabem disso. Mais do que nunca, viajam, trocam experiências, produzem 
a partir de suas raízes e experiências, mas de olho no global. O chinês Ai Weiwei 
(1957-) é um exemplo. Precisou sair da China, mas transformou essa diáspora em 
arte para, justamente, tentar entender o que aconteceu com ele. 
A arte contemporânea também tem seus desafios. Ela está permanentemente 
sendo comparada com suas antecessoras, seja nas linguagens, nos artistas, 
nos conceitos... Sua evolução mostra que é preciso conhecê-la para podermos 
compreendê-la. E, a escola é um excelente lugar para se fazer isso. Espaço de 
desenvolvimento social, ela tem, entre tantos papéis, a função de construir o 
conhecimento também da arte contemporânea para garantir maior aproximação 
com os diversos públicos que formam uma sociedade. 
O conhecimento da arte e do sistema que a envolve é fundamental pela sua 
pluralidade, experimentação e questionamento. E, a arte contemporânea, por sua 
vez, além do constante deslocamento de valores, de crenças, do papel do artista, 
do espaço da arte e do posicionamento do público frente a ela, tem inesgotável 
potencial para contribuir com o crescimento cultural, social e até mesmo ambiental 
das pessoas
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Arte de Hoje, do Agora, ou o Mundo
em que Vivemos 
A arte de hoje se caracteriza por uma vitalidade e diversidade jamais 
experimentadas. Os artistas contemporâneos se utilizam de uma inesgotável 
variedade de meios, linguagens e métodos para explorar o mundo que os cerca, 
desde pinturas híbridas, que utilizam materiais até então desconhecidos, a fotos 
trabalhadas digitalmente e obras de videoarte. Estamos longe de abandonar os 
materiais e as técnicas tradicionais, mas hoje os artistas não mais são definidos – e 
não se definem – por estilos ou técnicas. Eles adotaram as novas tecnologias como 
meio de expressar, refletir e competir com a nova paisagem cultural definida pelos 
meios de comunicação de massa e entretenimento. 
Os primeiros movimentos de vanguarda, no início do século XX, usavam 
materiais não convencionais e meios não tradicionais como forma de contestação 
do status exclusivo da arte e o caráter precioso e único do objeto artístico – 
lembremos de Marcel Duchamp (1887-1968). Na arte contemporânea, essas 
fronteiras podem ser atravessadas sem que isso signifique a negação da arte 
como tal. Os anos 1960 protagonizaram uma ampla reavaliação do que podia 
ser arte. Pioneiros usaram a tecnologia do vídeo e surgiu um interesse pelo 
espaço físico, ressurgindo, assim, as instalações. Alusões a obras do passado 
são frequentes.
Os artistas das novas mídias se afastaram da abstração em direção a um 
envolvimento com o mundo que os cerca. Ao utilizarem a fotografia, o filme e 
o vídeo – tecnologias que registram impressões da realidade física – passaram a 
mostrar a vida das pessoas comuns por meio do registro de imagens. Começa-se 
a celebrar o pluralismo a partir da proliferação universal das imagens e dos meios 
de comunicação de massa. 
9
UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
 
Figura. 1 – O anjo do Norte (1998), de Antony Gormley, 
escultura de aço (20 m de altura, 54 m de asa)
Fonte: Wikimedia Commons
É considerada uma das obras de arte mais vistas no mundo uma vez que 
passam cerca de 90 mil pessoas por dia no local, no entroncamento das 
rodovias A1 e A167, em Gateshead (Inglaterra).
No século XXI, a escultura continua sendo uma forma de arte forte e vital, com 
renovado interesse popular. Nos últimos 25/30 anos uma nova ordem urbana, com 
maior aproveitamento dos espaços pelas pessoas, tem contribuído para a aceitação 
da nova escultura comemorativa ou de celebração, bem como dos parques de 
esculturas e exposições em espaços abertos. A escultura contemporânea é urbana 
e rural, temporária ou permanente, pública ou privada, de grande ou pequena 
escalas... não importa, o que importa é que ela está mais viva do que nunca em 
materiais – protagonistas? – tradicionais como o bronze e a pedra ou alternativos 
como aço, resina, plástico, papelão... 
Não há um termo consolidado para a arte produzida nas duas últimas décadas 
do século XX e início do século XXI. Ao mesmo tempo, nunca tanta arte foi 
produzida e comercializada, nunca antes público e mídia tiveram tanto interesse 
no assunto e nunca antes houve tantos lugares para apreciar e comprar arte. 
Novos museus fantásticos e galerias foram construídos nos últimos 20 anos como 
o Guggenheim em Bilbao (Espanha), a Tate Modern, em Londres (Inglaterra) e 
o Maxxi, em Roma (Itália). 
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América do Norte
A arte produzida hoje na América do Norte, especialmente nos Estados Unidos, 
abrange uma imensa variedade de técnicas e estilos – assimcomo em praticamente 
todo o mundo. Os artistas transitam da colagem a peças conceituais, da pintura 
à performance. Trata, também, de uma gama variada de questões como o 
consumismo e a cultura popular, a identidade racial e de gênero, além das tenções 
ligadas ao terrorismo.
Em boa parte das obras contemporâneas o enfoque principal está ainda na 
representação de motivos ou nas imagens de obras do passado que são citadas 
ou apropriadas e apresentadas em perturbadores contextos, despojadas de seus 
significados tradicionais que são desconstruídos. Os temas mais comuns situam-se 
na interação entre as pessoas e seu ambiente, nos relacionamentos entre elas, nos 
seus medos, esperanças e na sua autoimagem. 
Entretanto, as pessoas não são simplesmente temas, mas participantes ativas 
nas obras como nos trabalhos do canadense Jeff Wall (1946-). As imagens do 
artista são transparências iluminadas em contraluz, oferecendo aos trabalhos 
intensa qualidade cinematográfica. As fotos podem ter a aparência de reportagem 
da vida real, mas, na verdade, são meticulosamente compostas. Apesar de sua 
natureza encenada, elas expressam intensas verdades sociais. 
Em Mímica (1982) (Fig. 2), uma das obras mais famosas de Wall, o artista 
mostra três pessoas com cerca de 20 e poucos anos andando por uma rua 
suburbana nos Estados Unidos em um dia quente e ensolarado. Um dos homens 
tem barba e segura a mão da namorada. À direita deles está um homem asiático. 
Wall captou o instante em que o casal está prestes a ultrapassá-lo. O homem de 
barba se vira na direção do asiático e levanta um dedo até o canto do próprio 
olho em um gesto racista. O asiático vislumbra o insulto em sua visão periférica; 
a moça olha para outro lado. 
 
Figura. 2 – Mímica (1982), de Jeff Wall, fotografi a em transparência iluminada por trás (2 m x 2,3 m)
Fonte: Jeff Wall, 1982
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
Wall fotografou um ato baseado em um estereótipo e na mímica em uma 
imagem surpreendente e agressiva ainda mais pelo seu tamanho (2 m x 2,3 m) e 
por ser iluminada, dando praticamente uma dimensão natural aos personagens. A 
posição da fotografia, com o centro atraindo o olhar do espectador, é intencional: o 
artista comenta as divisões raciais no Ocidente. Entretanto, a foto tem um detalhe 
importante: não é um instantâneo documental, mas uma elaborada produção com 
atores, figurino e maquiagem. Wall utiliza as regras da cinematografia e as aplica 
à fotografia, para, em seguida, exibir seu trabalho usando a tecnologia do anúncio 
veiculado em um outdoor iluminado por trás. 
Nos anos 1990, Jeff Wall começa a produzir fotomontagens como Insônia 
(1994), uma transparência em caixa de luz com 1,7 m x 2,1 m (Fig. 3). Na obra, 
o artista produz um brilho extraordinário da transparência em contraluz parecendo 
refletir uma cena claustrofóbica. Um homem no chão não está desperto, mas, no 
entanto, parece dominado por alguma ansiedade interna, depressão ou prostração, 
alheio ao ambiente à sua volta.
 
Figura 3 – Insônia (1994), de Jeff Wall, fotomontagem/transparência/caixa de luz (1,7 m x 2,1 m)
Fonte: Jeff Wall, 1984
Na obra Depois de “Invisible Man” por Ralph Ellison, o prólogo (1999-2000) 
(Fig. 4), Wall apropria-se de um romance, de 1952, do escritor Ralph Ellison, 
no qual um homem negro, durante um motim de rua, se esconde em um quarto 
esquecido no porão de um grande edifício de apartamentos em Nova York e 
decide ficar ali, vivendo escondido. O romance começa com uma descrição da 
casa subterrânea do protagonista, enfatizando o teto coberto com 1.369 lâmpadas 
conectadas ilegalmente. Há um paralelo entre o lugar de luz no romance e a própria 
prática fotográfica de Wall. O personagem de Ellison declara: “Sem luz eu não sou 
apenas invisível, mas sem forma também”. A utilização de uma fonte de luz por 
trás de seus quadros de parede é uma maneira de Wall trazer os seus próprios 
assuntos “invisíveis” para o primeiro plano, dando assim forma às negligências da 
sociedade. Em 2005, o artista ganhou uma grande retrospectiva de sua obra na 
Tate Modern, em Londres. 
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Figura 4 – Depois de “Invisible Man” por Ralph Ellison, o prólogo (1999-2000), 
de Jeff Wall, fotomontagem/transparência/caixa de luz (1,7 m x 2,5 m)
Fonte: Jeff Wall, 1999-2000
Já a obra da norte-americana Cindy Sherman (1954-) nasceu pelo seu interesse 
pelo feminismo e à importância exagerada dada ao masculino em Hollywood. 
Expoente da arte da paródia e da imitação, explora vários gêneros visuais, inclusive 
o horror, a pornografia e as pinturas dos grandes mestres, usa bonecos e próteses 
médicas de uma maneira perturbadora, mas sempre de forma bem-humorada. Na 
série Untitle film stills (Bastidores), realizada entre 1977 e 1980 – então com 23 
anos – ela produziu 69 retratos em preto e branco no estilo das fotografias de cenas 
publicitárias que os estúdios cinematográficos criam para promover seus principais 
astros – embora todas as suas cenas sejam de filmes que nunca foram produzidos. 
Cindy é a própria estrela da série, mas sem que as fotos sejam autorretratos. A 
obra da artista está impregnada da cultura visual de massa com a representação de 
personagens da consciência coletiva. Ela deixa plenamente visível a maneira como 
a identidade feminina é construída. Há a mulher fatal, a prostituta, a gatinha sexy, 
a dona de casa e a donzela fria. 
 
Figura 5 – Untitle fi lm stills nº 21 (1978), de Cindy Sherman, fotografi a (0,19 m x 0,21 m)
Fonte: Cindy Sherman, 1978
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
Ao remover todos os vestígios da sua personalidade em suas fotografias, Cindy 
torna sua obra camaleônica. Isso pode, em parte, explicar porque a única patro-
cinadora da exposição da artista no MoMa, em 1997, foi a pop star Madonna, a 
“mãe da reinvenção”. A cantora já havia manifestado seu interesse pelo trabalho de 
Sherman em seu livro Sex (1992), publicação que deve muito a Untitle film stills. 
A artista produziu vários “retratos históricos” nos quais aparece como modelo 
em paródias de pinturas dos velhos mestres. Em Sem título nº 225 (1990) (Fig. 6), 
ela representa uma Virgem Maria renascentista. O seio falso distancia o espectador 
da sagrada beleza da cena. Também era inevitável que um dia Cindy ocuparia a 
figura do palhaço. Seu interesse por máscaras e disfarces e a dimensão do carna-
valesco do seu trabalho convergem e se solidificam em sua série de palhaço. Em 
Sem título nº 412 (2003) (Fig. 7), Cindy demonstra esse interesse pelo grotesco. 
O palhaço é uma imagem forte de pesadelos coletivos, talvez porque represente 
a fronteira entre a criança e o adulto, pessoa real e falsa aparência. Por trás da 
maquiagem e brilhantes cores alegres existe algo profundamente perturbador, algo 
trágico e sinistro pode vir à superfície. Além disso, os palhaços também fazem 
referência ao abismo da existência humana, em situações engraçadas eles revelam 
a solidão e a brutalidade da vida cotidiana. O duplo significado dessa figura se ma-
nifesta no outro lado do papel do palhaço, na sua popularidade como a estrela de 
festas de aniversário das crianças, como a publicidade de uma marca de fast food 
e como o elemento do mal em filmes de terror de Stephen King, por exemplo.
Figura 6 – Sem título nº 225 (1990), de Cindy 
Sherman, fotografia (1,2 m x 0,8 m)
Fonte: Cindy Sherman, 1990
Figura 7 – Sem título nº 412 (2003), de Cindy 
Sherman, fotografia (1,3 m x 1 m)
Fonte: Cindy Sherman, 2003
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Outro artista norte–americano de destaque é Bill Viola (1951-), um pioneiro 
da videoarte desde a década de 1970. Sua obra é reconhecida pelo acabamento 
elegante e pela aparência de pintura. Seus vídeos são tão lentos que às vezes fica 
difícil perceber os movimentos, exigindo uma extrema concentração do espectador. 
Em 1980, ele foi morar no Japão, após ganhar uma bolsa de intercâmbio cultural. 
Viola estudouo zen budismo e foi o primeiro artista residente dos Laboratórios 
Atsugi da Sony Corporation. No fim da década de 1980, já de volta aos Estados 
Unidos, viajou pelo sudoeste americano, fotografando a arte rupestre e filmando 
paisagens desérticas. Suas instalações e vídeos foram apresentadas no MoMa, em 
Nova York e, em 1995, ele representou seu país na Bienal de Veneza (Itália). Suas 
obras evocam uma relação humana com os quatro elementos fogo, água, ar e terra.
Surgimento (2002) (Fig. 8), faz parte de uma série iniciada por Viola, em 2000, 
intitulada As paixões, inspirada na arte devocional da baixa Idade Média e do início 
do Renascimento. A obra foi filmada em uma única tomada, em 35 mm, a uma 
velocidade sete vezes mais rápida que o normal. Na pós-produção, Viola transferiu 
o filme em película para vídeo de alta definição e o desacelerou consideravelmente.
Figura 8 – Reprodução de uma cena de Surgimento (2002),
de Bill Viola, vídeo colorido de alta defi nição (12 minutos)
Fonte: Bill Viola, 2002
O resultado é um filme com um visual impressionante e uma clareza emocional 
no qual cada quadro parece formar uma obra de arte. A cena mostra duas mulheres 
sentadas em silêncio ao lado de uma cisterna de mármore, em uma espécie de 
pátio. Uma torrente repentina de água interrompe o silêncio e um homem pálido 
despido surge. Viola descreve esse momento: “Ao nosso olhar contemporâneo, é 
um mergulho. Para mim, é um pacto”. 
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
Em Ascensão de Tristão (2005) (Fig. 9), Bill Viola novamente recorre ao tema vida e morte. 
O videoartista mostra a imagem de um homem, deitado sobre uma plataforma baixa, 
aparentemente morto. No início, pequenas gotas de água movem-se para cima. As gotículas 
gradualmente tornam-se uma queda de água ascendentemente dramática. O homem é 
movido pela força da água e se levanta como se estivesse subindo ao céu. Finalmente, a 
água desaparece e a única coisa que vemos é a plataforma vazia. Lentamente, a água para 
de “subir”. Confira: https://youtu.be/Gqf_cuDf9qI
Ex
pl
or
Figura 9 – Ascensão de Tristão (2005), de Bill Viola, vídeo (10 minutos)
Fonte: Bill Viola, 2009
O mexicano Damián Ortega (1967-) também tem se destacado mundialmente 
nas artes visuais, transitando entre suportes variados em diversas linguagens como 
escultura, instalação, performance e vídeo com toques de humor satírico – de-
corrente talvez de sua atuação como chargista político no início da carreira. Ao 
subverter os significados e funções de objetos cotidianos como tijolos, cadeiras, 
relógios ou carros, o artista altera, decompõe e transforma os objetos, revelando 
seus componentes implícitos e simbólicos, criando formas híbridas. Em paralelo, 
conduz uma investigação sobre formas escultóricas fundamentais, como o cubo mi-
nimalista construído com materiais banais ou mesmo desconstruído ou deformado. 
Ortega examina as conotações políticas, econômicas e culturais de objetos 
triviais, desde tortilhas até carros. Coisa cósmica (2002) (Fig. 10), uma de suas 
obras-primas, consiste em um Fusca desmontado e suspenso no teto por meio 
de arames. O comentário do artista se refere sobre como um carro concebido na 
Alemanha nazista acaba sendo produzido em uma fábrica em Puebla, México. O 
artista mostra em seus trabalhos que a forma sempre muda diante do tempo, das 
percepções e dos contextos, e que a escultura não precisa ser estática. Ortega 
frequentemente retrabalha suas peças. Coisa cósmica foi exposta no ICA – Institute 
of Contemporary Art, Philadelphia (Estados Unidos) e, depois, na 50ª Bienal de 
Veneza, em 2003.
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Figura 10 – Coisa cósmica (2002), de Damián Ortega, 
instalação (Fusca 1983 e fio de aço)
Fonte: ICA, 2009
Figura 11 - Módulo de construção com tortilhas (1998),
de Damián Ortega, escultura (0,3 m x 0,5 m)
Fonte: Antiguo Colegio de San Ildefonso
Europa
A partir da década de 1980, a arte europeia recuperou a posição de destaque 
frente à arte mundial – ou mais precisamente frente à arte norte-americana. As 
duas últimas décadas do século XX trataram de derrubar fronteiras na unidade 
europeia, embora elas ainda existam, criando um cenário cada vez mais global, 
especialmente pela massificação da internet e pela maior facilidade de trânsito 
de artistas entre seus países e com outras partes do mundo. A Alemanha, com o 
Neoexpressionismo, capitaneou esse processo, uma vez que Paris – embora todos 
os esforços – não recuperou seu prestígio de protagonista nas artes desempenhado 
por mais de um século. 
Hoje, a arte sem fronteiras cria um público internacional, ainda que seja preciso 
fazer sucesso, primeiro (na grande maioria das vezes), no país de origem. Uma das 
características do mundo contemporâneo da arte é que muitos dos velhos conflitos 
como abstrato versus figurativo ou Arte Conceitual versus pintura e escultura não 
são mais importantes. Há espaço para todos e para tudo. Temas em comum podem 
unir artistas com técnica e estilos diferentes. Um exemplo dessa miscigenação 
artística é a presença de grandes instituições voltadas à arte em fronteiras até certo 
ponto inimagináveis como o Louvre Abu-Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos 
(Fig. 12), “um museu universal no mundo árabe”, como ele se autodenomina. 
O prédio, localizado em uma ilha, projetado pelo arquiteto francês Jean Novel 
(1945-), está em fase final de construção. Outra instituição que se destaca neste 
cenário é a Fundação Guggenheim – uma verdadeira corporação multinacional 
destinada a colecionar e expor arte moderna –, que, em 1997, inaugurou o Museu 
Guggenheim Bilbao, na Espanha (Fig. 12). O prédio foi projetado pelo arquiteto 
canadense Frank Gehry (1929-). Uma obra de arte.
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
 
Figura 12 – Prédio do Louvre, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. 
Projeto do arquiteto francês Jean Novel
Fonte: louvreabudhabi.ae
Figura 13 – Guggenhein, em Bilbao, na Espanha, projeto do arquiteto canadense Frank Gehry
Fonte: Wikimedia Commons
Artistas Europeus Mundiais
O artista alemão Gerhard Richter (1932-) tem na aversão às ideologias uma de 
suas características, basicamente por ter vivido sua juventude sob o teto do nacional-
socialismo e, posteriormente, sob o comunismo da Alemanha Oriental. Em 1961, 
ele fugiu para a Alemanha Ocidental e, em 1963, fundou um movimento que 
protestava contra a cultura de consumo e desenvolveu um estilo alternativo entre 
o realismo e a abstração, trabalhando a partir de fotografias. O interesse do artista 
pelo acaso é presença constante em sua obra. Pintor e gravurista, trabalha com 
imagens desfocadas com base em fotografias tendo como temas retratos, nostalgia, 
naturezas mortas e paisagens.
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Para realizar suas “fotopinturas”, ele projeta uma fotografia sobre a tela, 
traça os contornos e usa o original para a distribuição das cores. As camadas 
finas de pigmento conferem um aspecto desfocado às imagens. Em Retrato 
de Liz Kertelge (1966) (Fig. 13), por exemplo, o resultado parece capturar a 
nostalgia de um momento efêmero. As pinturas de Richter tendem a enfatizar 
as imperfeições do processo fotográfico e a questionar seu uso como fonte de 
informação sobre o mundo.
Figura 14 – Retrato de Liz Kertelge (1966), de 
Gerhard Richter, óleo sobre tela (1 m x 0,7 m)
Fonte: gerhard-richter.com
Figura 15 – S. com o fi lho (1995), de Gerhard Richter, 
óleo sobre tela (0,3 m x 0,4 m)
Fonte: gerhard-richter.com
Quando se decidiu pela abstração, nos anos 2000, Richter introduziu um 
alto nível de ilusionismo em seu trabalho. Suas telas multicoloridas, refletem a 
preocupação do artista com a natureza da pintura. Nos últimos anos, ele tem 
oscilado entre uma produção abstrata e paisagens. Suas obras sempre incitam o 
observador a relacionar pintura e fotografia, registro e representação. Em 2014, 
Richter começa a fazer impressões. O objetivo, conforme o artista, éproduzir obras 
de alta qualidade em reproduções de arte. Estas cópias são feitas sob a direção e 
aprovação do artista, numeradas e assinadas.
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
Figura 16 – Bagdad (2015), de Gerhard Richter, impressão em alumínio, 
numerada e assinada (0,5 m x 0,4 m)
Fonte: gerhard-richter.com
Figura 17 – Vitral na catedral de Colônia 
(Alemanha) (2007), concebido por Gerhard Richter 
Fonte: gerhard-richter.com
Em 2007, Gerhard Richter concebeu um vi-
tral para a catedral de Colônia (Alemanha), 
em substituição ao vidro comum instalado 
em 1944, quando o original se quebrou 
em decorrência de um bombardeio. O de-
sign abstrato das 11.200 peças coloridas 
foi gerado aleatoriamente por computador. 
A obra não foi bem recebida por todos, es-
pecialmente, representantes da Igreja, que 
preferia a representação de santos. “Isto 
pertence a uma mesquita, a qualquer outra 
casa de oração que não a nossa. (...) Aqui 
seria melhor algo que refletisse nossa fé, 
não uma fé qualquer”, afirmou o cardeal Jo-
achim Meinster. 
A artista alemã Tomma Abts (1967-) também tem se destacado no seu país de 
origem e internacionalmente. Em 2006, ela ganhou o Prêmio Turner – distinção 
criada em 1984, pela Tate Gallery, para celebrar os novos desenvolvimentos e 
contribuições para a arte contemporânea. Tomma foi a primeira mulher a receber 
a distinção. Sem nenhuma formação em pintura, estudou multimeios na Alemanha 
em uma época na qual as referências multidisciplinares e as apropriações eram os 
principais catalisadores da criação artística.
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A ausência de referências externas na obra da artista resulta em formas abstratas 
intuitivas com curvas que parecem convergir ou emergir entre múltiplas camadas 
de tinta acrílica ou a óleo, sempre em pequenas telas de tamanho uniforme: 0,48 
m x 0,38 m. “Um concentrado de muitas pinturas superpostas”, assim, Tomma 
descreve seu trabalho e completa: “A tensão de um movimento em potencial é 
mais forte nas pinturas que nos filmes”. Os títulos dos trabalhos – Meko, Zebe, 
Obbe, entre outros – derivam de um livro alemão de prenomes, que sugerem não 
só o potencial de uma série inesgotável como também a ideia de um processo 
contínuo de formação de identidade. Tomma vive e trabalha em Londres desde 
meados de 1990.
Figura 18 – Meko (2006), de Tomma Abts,
acrílica e óleo sobre tela (0,38 m x 0,48 m)
Fonte: gerhard-richter.com
Figura 19 – Zebe (2010), de Tomma Abts,
acrílica e óleo sobre tela (0,38 m x 0,48 m)
Fonte: gerhard-richter.com
Uma extraordinária qualidade está presente na obra do artista inglês Grayson 
Perry, ele é um ceramista de mão cheia. As urnas de Perry são realizadas por um 
mestre, suas superfícies ricamente texturizadas são produzidas a partir de desenhos 
marcados na argila finalizados por técnicas de vitrificação. Perry faz vasos de 
cerâmica, colchas costuradas à mão e desenhos de moda ultrajantes, criando uma 
arte popular cosmopolita e polêmica, fundindo artesanato e cultura de consumo. 
O artista faz uso de vidro, relevo e transferências fotográficas para fazer referência 
a cenas escuras e muitas vezes autobiográficas. Ele desafia a ideia, implícita na 
tradição artesanal, de que a cerâmica é meramente decorativa ou utilitária e não 
pode expressar pensamentos. Em 2003, o trabalho de Perry foi reconhecido com 
o Prêmio Turner. Seus vasos, vistos de longe, mostram superfícies brilhantes e 
multicoloridas, de perto, revelam imagens associadas aos horrores da guerra, 
ao abuso infantil e ao sadomasoquismo. De maneira inteligente e, muitas vezes 
chocante, o artista transforma objetos triviais em obras de arte recheadas de 
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
comentários sarcásticos sobre o mundo escuro da sociedade.
Figura 20 – Aspectos de mim mesmo (2001), 
de Grayson Perry, cerâmica (0,5 m x 0,4 m)
Fonte: gerhard-richter.com
Figura 21 – Quarto do pequeno Mad (1996), 
de Grayson Perry, cerâmica (0,4 m x 0, 4 m)
Fonte: gerhard-richter.com
A francesa Annette Messager (1943-) é uma das artistas de destaque da cena 
internacional e ocupa um lugar privilegiado entre os artistas de seu país. Em 2005, 
representou a França na Bienal de Veneza, onde conquistou o Leão de Ouro. 
Ela se define como artista e “colecionadora”, uma vez que cria instalações com 
roupas velhas, brinquedos e livros. A inclusão do ordinário e do cotidiano em seu 
trabalho foi inspirada, em parte, por sua participação no movimento estudantil 
revolucionário de 1968, na França, uma grande onda de protestos que teve 
início com manifestações estudantis para pedir reformas no setor educacional. O 
movimento cresceu e evoluiu para uma greve de trabalhadores. Annette passou, 
então, a se opor ao elitismo da “grande arte”. 
Sua obra mistura uma inocência enternecedora com o sinistro total. Por meio 
de fotos de revistas femininas, ela adquiriu um olhar crítico sobre a pressão que a 
mulher sofre para corresponder a um padrão de beleza. Alguns dos seus trabalhos 
têm títulos como “dependência/independência”, “articulados/desarticulados”, 
“cheios/vazios”, resultado, segundo a artista, de contradições: “Gosto muito de 
contradições. Por exemplo, na minha obra Articulados/Desarticulados (2002) 
(Fig. 22), quando ela se articula, também se desarticula e se desdobra ao mesmo 
tempo. A ideia de dois elementos contraditórios agrada-me muito e está sempre 
presente no desenrolar e na forma de meu trabalho: passo da alegria à tristeza, falo 
de rir até às lágrimas, ou de chorar de rir. Gosto muito desse aspecto de oposição”.
22
23
Figura 22 – Annette Messager e a sua obra Articulados/
Desarticulados (2002), instalação/bonecos.)
Fonte: Antiguo Colegio de San Ildefonso
Figura 23 – Rumeur (200-2004), de Annette Messager, 
instalação/bonecos
Fonte: Antiguo Colegio de San Ildefonso
Vejamos o que Jorge Contreras, curador da exposição Rumeur, de Annette 
realizada no Museu de San Ildefonso, na Cidade do México, em 2011, escreve 
sobre a artista:
A estratégia de felicidade é contagiosa: a revelação de ligações secretas 
entre objetos do cotidiano e o prazer de apreciar as nossas experiências 
com humildade a cada dia. Às vezes, o trabalho de um artista revela um 
novo mundo que nos cativa, mostra janelas e portas de saída, e nos permite 
experimentar a liberdade. Annette Messager construiu uma linguagem 
extraordinária que parece cada vez mais um poema; um mistério que 
só pode adivinhar, mas quando você quase pode tocá-lo revela quanta 
falta nos faz. Suas obras criam ambientes inteiros que dizem que você 
pode desfrutar de todos os aspectos de nossas emoções, mesmo aqueles 
que parecem contraditórios ou escuros. Cada gesto é uma celebração de 
nossa experiência como seres humanos.
Ásia
A arte contemporânea da Ásia, especialmente da parte oriental – China, Japão 
e Coréia do Sul, entre outros –, exerce, desde o início do século XXI, grande 
fascínio sobre colecionadores ocidentais. Uma prova é a obra Execução (1995) 
(Fig. 24), de Yue Minjun (1962-), foi vendida por 5,9 milhões de dólares na casa 
de leilões Sotheby’s, de Londres, em 2007. Na época, a obra mais valiosa da 
arte contemporânea chinesa. O rosto, com um sorriso congelado em uma risada 
com os olhos fechados (um autorretrato) é um tema recorrente na obra do artista 
e sugere a supressão das emoções. A semelhança do óleo sobre tela com Três 
de maio de 1808 (1814), de Francisco Goya, indica a influência da iconografia 
ocidental sobre a arte da Ásia oriental.
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
Figura 24 – Execução (1995), de Yue Minjun, óleo sobre tela (1,5 m x 3 m)
Fonte: Bill Viola, 2009
Em 1985, o ousado espaço de arte de Nova York International With Monument, 
apresentou uma mostra da qual participou um jovem artista originário da China, 
que havia trocado Pequim pela grande metrópole com 30 dólaresno bolso e sem 
saber uma palavra em inglês. Era Ai Weiwei (1957-). Ele estava fugindo de um 
país que tratara seu pai, um importante poeta, de maneira terrível e temia ser o 
próximo da lista. Destemido e determinado, Weiwei entendeu que Nova York seria 
o seu lugar assim que o Estado chinês começou a desconfiar de seu interesse pela 
arte contemporânea. 
Em um de seus trabalhos mais conhecidos, ele usou vasos chineses de cerâmica 
do período Neolítico, com quatro mil anos, para fazer várias obras, muitas vezes 
decorando esses objetos antigos e reverenciados com cores modernas berrantes, ou 
pintando neles a logomarca da Coca-Cola. A série de fotografias Derrubando uma 
urna da dinastia Han (1995) (Fig. 25), por exemplo, registra Weiwei deixando um 
de esses vasos caírem em um piso de concreto. As imagens se tornaram uma obra 
de arte famosa, provando que o artista estava certo em sua crença de que cada 
gesto seu era parte de sua arte.
 
Figura 25 – Derrubando uma urna da dinastia Han (1995), de Ai Weiwei, fotografia 
Fonte: Wikimedia Commons
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A abordagem empresarial de Weiwei o levou a assumir trabalhos como arqui-
teto – ele foi coautor do projeto do Estádio Nacional de Pequim, conhecido como 
Ninho de pássaro, construído para os Jogos Olímpicos de 2008 –, curador, es-
critor, fotógrafo e pintor. O trabalho do artista é baseado em uma forte convicção 
política. Em Straight (2008-2012) (Fig. 26), 80 toneladas de vergalhões retirados 
das escolas que desabaram com o terremoto na província de Sichuan foram ali-
nhadas como nas pilhas em que são vendidos nas lojas. Cada um deles precisou 
de mais de 200 marretadas para voltar à forma original reta. Weiwei se refere ao 
trabalho como um “ato de poder das pessoas” ou “a arte da lembrança”. 
Na obra, He xie (2010-2011) (Fig. 27), três mil caranguejos de porcelana tam-
bém denunciam o sistema chinês. Eles representam a memória do artista de seu 
estúdio recém-construído, em 2010, a pedido das autoridades locais, em Xangai, 
mas que foi demolido. O edifício foi projetado e construído mediante incentivo 
público municipal, como parte de uma nova área cultural, entretanto, o artista teria 
usado o prédio como um estúdio e também para ministrar cursos de arquitetura. 
Weiwie também foi acusado de erguer a estrutura sem a permissão e sem o pla-
neamento necessário, recebendo um aviso de demolição. Ele afirmou que todo o 
processo de construção e planejamento estava sob a supervisão do governo e que 
uma série de artistas foram convidados a construir novos estúdios nesta área por-
que as autoridades queriam criar um espaço cultural.
Pouco antes da inauguração, o edifício foi demolido, sob alegação de que não 
estava com as licenças de construção em dia. Um dia antes de ver seu trabalho ser 
destruído, o artista convocou pessoas pela internet para um banquete no local com 
caranguejos (hei xi, em chinês). Weiwei não participou do evento, foi preso antes. 
Após ser libertado, ele teve que aceitar a proibição do governo de falar sobre seu 
período na prisão.
Figura 26 – Straight (2008-2012), de Ai Weiwei, 
instalação, barras de aço 
Fonte: Ai Weiwei. 1995
Figura 27 – He xie (2010-2011), de Ai Weiwei, instalação, 
três mil caranguejos de porcelana
Fonte: Zuecca Project Space/Complesso Delle Zitelle
A derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e o consequente 
domínio político e cultural dos Estados Unidos influenciaram fortemente o 
desenvolvimento da arte japonesa no pós-guerra. Vários artistas japoneses 
absorveram tendências dos movimentos de vanguarda ocidentais e criaram 
seus próprios estilos como em Salão de espelhos (Abóbora) (1991) (Fig. 28), 
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
de Yayoi Kusama (1929-). As obras psicodélicas da artista fazem referência ao 
Abstracionismo e os espelhos no salão cor de abóbora fazem com que os pontos 
pareçam se prolongar ao infinito, cercando o espectador quando ele entra no 
espaço. Sua marca é o uso repetido de pontos coloridos, não apenas em pinturas, 
mas em objetos, ambientes e até roupas. 
 
Figura 28 – Salão de espelhos (Abóbora) (1991), de Yayoi Kusama, instalação
Fonte: Hirshhorn Museum in Washington DC
A partir da década de 1980, a arte japonesa se tornou objeto de curiosidade 
e passou a ser vista como um produto híbrido de uma sociedade de tecnologia 
extremamente desenvolvida em uma combinação entre o velho e o novo. Na década 
de 1990, artistas emergentes japoneses começaram a questionar a natureza da 
identidade nipônica em decorrência de problemas econômicos que o país passava. 
727 (1996) (Fig. 29), de Takashi Murakami (1962-), faz referências às subculturas 
e ampliou o alcance da arte contemporânea japonesa. O artista expôs na Itália, 
Reino Unido, França, Alemanha, Estados Unidos, entre outros países. Em 2009, o 
Museu Guggenhein de Bilbao (Espanha), organizou uma retrospectiva de sua obra.
Figura 29 – 727 (1996), de Takashi Murakami, acrílica sobre tela (3 m x 4,5 m)
Fonte: Louisiana Museum of Modern Art in Denmark
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Na Coreia do Sul, os movimentos em direção à arte contemporânea começaram 
a surgir após a Guerra da Coreia (1950-1953). A maioria dos artistas sul-coreanos 
conheceu a arte ocidental inicialmente em casa e, depois, em viagens ao exterior. 
Essas viagens influenciaram suas práticas artísticas. Temas de identidade, movimento 
e comunicação foram explorados na década de 1990 por artistas cujos trabalhos 
começavam a ser admirados pelo mundo afora como na obra performática Cidades 
em movimento – 2.727 km Caminhão bottari (1997) (Fig. 30), de Kimsooja 
(1957-). Bottari é um pano de embrulho tradicional da Coreia, que costuma conter 
pertences dos viajantes. Para a performance, a artista usou colchas por serem 
objetos íntimos e coloridos do dia a dia, associados a sonhos, lágrimas, doença, 
nascimento, amor e morte. Kimsooja passou por todos os lugares onde morou na 
Coreia do Sul com a sua obra Caminhão bottari. 
A artista trabalha com várias linguagens como vídeo, instalações, performances 
e fotografia. Seu trabalho se concentra no nomadismo, no papel das mulheres na 
sociedade e na relação do indivíduo com a sociedade e consigo mesmo. Ela cita nas 
suas obras, o cristianismo, o zen-budismo, o xamanismo, na tentativa de destacar 
semelhanças e diferenças entre as várias culturas e suas crenças espirituais.
Figura 30 – Cidades em movimento – 2.727 km Caminhão bottari (1997),
de Kimsooja, fotografi a da performance, panos de embrulhos
Fonte: Kimsooja, cortesia do artista
De acordo com Kimsooja, seu corpo em Cidades em movimento..., era um dos bottari 
do caminhão. Seu eu interior se alterava como reação ao ambiente físico e à paisagem 
transitória. Essa relação entre o eu e o ambiente oscilava entre envolvimento e afastamento. 
Confi ra o vídeo da performance, em Paris: https://youtu.be/craHERk81mg
Ex
pl
or
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
Figura 31 – Cena do vídeo Caminhão bottari - Migrações, com Kimsooja 
em cima do caminhão, performance realizada em Paris, em 2007
Fonte: Kimsooja, cortesia do artista
América Latina
A arte contemporânea produzida na América Latina tem tido cada vez mais 
participação no sistema de arte global. Obras de seus artistas têm alcançado valores 
recordes em leilões internacionais e coleções estão aumentando acervos latino-
americanos. Na primeira década do século XXI houve uma proliferação das feiras 
internacionais de arte, que vêm abrindo cada vez mais espaço para galerias e 
artistas da América Latina. Uma das causas, certamente, é que a arte local perdeu 
caráter exótico que costumava ser atribuído a ela – a maior parte da arte produzida 
no século XX em toda a América Latina expressava a história colonial da região. 
Atualmente, trabalhos de artistas locais estão sendo aceitos como expressão 
artística de valor equivalente à originada em países tradicionalmente consideradoscentrais no mapa da cultura. A arte produzida na América Latina vem recebendo 
atenção especial por parte de instituições norte-americanas e europeias nos 
últimos anos. Além de museus estrangeiros especializados como o Museu Latino-
Americano de Arte – Molaa, em Long Beach, na Califórnia, que busca expandir o 
conhecimento e apreciação da arte latino-americana moderna e contemporânea e 
El Museo del Barrio, de Nova York. Museus tradicionais, como o MoMA, também 
estão ampliando suas divisões de arte da região. O Guggenheim, por exemplo, tem 
planos de estender sua presença à América Latina, Ásia e Oriente Médio (em Abu 
Dhabi, nos Emirados Árabes, terá a companhia do Louvre). 
Artistas jovens estão encontrando espaço no cenário europeu e norte-americano 
ao lado de obras de nomes já conhecidos. Galerias latino-americanas estão sendo 
aceitas em feiras internacionais, e, portanto, mais artistas da região estão tendo 
seus trabalhos exibidos no exterior. Um novo tipo de pensamento vem ganhando 
terreno no mundo: a valorização da diversidade, direitos iguais para todos e 
cooperação em várias questões. 
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Vários países latino-americanos ainda sofrem com o subdesenvolvimento 
econômico, político e social e a arte acompanhou essas questões. O artista peruano 
Fernando Bryce (1965-) realizou uma crítica dos problemas da América Latina em 
uma série de 29 desenhos em nanquim sobre a propaganda do Departamento de 
Defesa dos Estados Unidos, na década de 1950 – folhetos promoviam o turismo na 
América Latina. A série Ao sul da fronteira (2002) (Fig. 32) questiona os estereótipos 
culturais e a credibilidade dos documentos impressos. O trabalho de Bryce se 
apropria de imagens a partir da cultura de massa, usando a descontextualização e 
ironia para questionar os estereótipos culturais. 
 
Figura 32 – Ao sul da fronteira (2002), de Fernando Bryce, nanquim sobre papel
Fonte: Fernando Bryce, 2002
Já o artista argentino Jorge Macchi (1963-) trata dos paradoxos entre tempo e 
espaço tendo como base a herança literária de seu país, influenciando uma geração 
de artistas argentinos mais jovens que, com ele, aprenderam a trabalhar nas artes 
visuais a literatura fantástica oriunda de Jorge Luís Borges e Julio Cortázar. Macchi 
trabalha desde o final dos anos 1980 em diversas mídias, do desenho à instalação, 
da pintura ao livro de artista, buscando algo específico nestes suportes. A obra 
10:51 (2009) (Fig. 33) liga uma projeção de vídeo (tempo) com a sala onde ela 
acontece (espaço). Ao ajustar a escala da projeção à da sala e fazer com que o 
relógio projetado encoste no encontro da parede com o teto, a obra faz a medição 
do tempo parar. Este movimento se repete indefinidamente. Os jogos de linguagem, 
com um certo sentido de melancolia e impossibilidade, são marcas de Macchi. 
 
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
Figura 33 – 10:51 (2009), de Jorge Macchi, projeção de vídeo
Fonte: jorgemacchi.com
Conhecido principalmente como pintor, o cubano Tomás Sánchez (1948-) é um 
artista versátil que se interessou simultaneamente também por gravura, escultura e 
fotografia. Entre os diferentes meios e formatos que ele trabalha a fotografia é o 
experimento mais recente, processo que só começa a se tornar visível em 2010. 
Suas fotografias buscam a estética do espiritual em paisagens. A particularidade desta 
linguagem em Sánchez, em relação a outras práticas, é que ele parte de uma tem-
poralidade diferente, realizando um exercício de proximidade em composições que 
mostram o céu, o mar, as nuvens... O seu pontual trabalho de luz na fotografia, como 
na sua pintura, oferece a sensação de ambientes irreais ou espaços imaginários.
Na pintura Ao sul do calvário (1994) (Fig. 34), Sánchez representa a degradação 
que o consumismo material causa às sociedades contemporâneas. Entretanto, ele 
evoca a ideia de redenção juntamente com o conceito do lixo, fazendo referência 
às cruzes da crucificação de Cristo, ao fundo. O artista é um dos grandes do 
hiper-realismo na pintura de paisagem latino-americana, concentrando-se na 
representação da beleza dos detalhes. Sánchez também é mestre na pintura de 
paisagem naturalística (Fig. 35).
Figura 34 – Ao sul do calvário (1994), 
de Tomás Sánshez
Fonte: tomassanchez.net
Figura 35 – O feitiço (2011), de Tomás Sánchez, 
fotografia (0,5 m x 0,3 m)
Fonte: tomassanchez.net
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Para o artista multimídia brasileiro Vik Muniz (1961-) – que vive e trabalha em 
Nova York desde 1983 – a arte política não tem qualquer utilidade, em vez disso 
ele prefere fazer doações de parte do dinheiro arrecadado em exposições para 
organizações filantrópicas que apoiam crianças pobres no Brasil. Muniz é um misto 
de escultor – ele se dedicou à tridimensionalidade somente no início da carreira – 
pintor, fotógrafo, desenhista, ilusionista, modelador de imagens. Humor, ideia e 
ilusão são os três ingredientes com os quais produz sua obra inspirada em uma 
cultura dominada pela mídia e pela tecnologia, trazendo à tona uma consciência a 
respeito da memória, do reconhecimento e da percepção. Ele se descreve como 
um alquimista que faz mágicas visuais.
E não importa qual matéria-prima o artista use. Para alcançar sua meta, a ilusão, 
Muniz recorre a materiais insólitos como chocolate, ketchup, algodão, açúcar, 
poeira, lixo... Até mesmo um prato de espaguete serviu de tema para a realização 
de Medusa marinara (1997) (Fig. 36), uma referência à figura mitológica grega que 
petrificava aqueles que ousavam desafiar seu olhar. No lugar de cabelos, Medusa 
tinha cobras. O artista usou espaguete e molho de tomate em um prato de forma 
que se parecesse com o escudo Medusa (1597), de Caravaggio (1571-1610). 
Medusa marinara foi realizada com as pontas dos dedos. 
 
Figura 36 – Medusa marinara (1997), de Vik Muniz, fotografi a, espaguete e molho (0,6 m de diâmetro)
Fonte: MAM - Museu de Arte Moderna
A questão é que essa obra “não existe”, o que existe hoje é o registro fotográfico 
dela. Na realidade, Muniz produz suas obras para serem fotografadas e, após, 
destruídas. O produto acabado é uma fotografia que reproduz semelhanças em uma 
forma inteiramente nova. A famosa fotografia de Jackson Pollock pintando em seu 
ateliê, de Hans Namuth, por exemplo, foi reconstruída com calda de chocolate 
(Fig. 37) e a dupla imagem da Mona Lisa de Andy Warhol, com pasta de amendoim 
e geleia (Fig. 38). “O resultado é que ficamos diante de um dilema: estamos diante 
do registro de uma obra? Ou o registro é a obra em si? A evidência aponta para o 
segundo caso...”, diz Agnaldo Farias (2002).
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
 
Figura 37 – Action photo (1997), de Vik Muniz, fotografia, calda de chocolate (1 m x 0,7 m)
Fonte: Galerie Xippas, Paris
 
Figura 38 – Mona Lisa dupla (1999), de Vik Muniz, fotografia, pasta de amendoim e geleia (1 m x 0,8 m)
Fonte: Galerie Xippas, Paris
Vik Muniz também se dedica a outras atividades, como as pesquisas em parceria 
com o Laboratório de Mídia do MIT (Massachusetts Institute of Technology) a 
respeito de “máquinas moleculares”, objetos desenvolvidos com nanotecnologia 
que mudam de forma dependendo da necessidade: “São muitas pessoas diferentes 
juntas – cientistas, filósofos de marketing, até o cineasta Michel Gondry participa”, 
afirmou o artista. Influenciado pelo guru midiático Marshall McLuhan, Vik gosta de 
se definir como um “estudante de mídia”, tanto quanto artista. “Assim como Andy 
Warhol tinha a ‘Interview’ e suas centenas de projetos paralelos, eu quero ir além 
do universo fechado da arte contemporânea”.
32
33
Ao capturar e retrabalhar a essência de uma imagem fotográfica, ele reduz a 
fronteira entre o percebido e o que de fato existe. Essa superposição de tratamento 
induz o espectador a questionar e reavaliar a formação de memórias visuais a 
partir de referências originais, de uma obra de arte conhecida ou de questõesculturais emblemáticas como o lixo, por exemplo. As imagens de Vik Muniz – não 
importa se construídas de materiais identificados com a pureza ou com a sordidez 
– revelam que o mundo segue sua trajetória praticamente inalterada, se não para 
pior, a despeito de todos os alertas que a arte produz como na série Imagens de 
lixo (2008) (Fig. 39). “Esse caráter desprezível – desprezado – do lixo faz dele 
um material riquíssimo para a construção de imagens... Raramente se tem uma 
demonstração da importância da arte – da forma decisiva, positiva como pode 
influenciar as pessoas – como a que tive com essa série”, afirmou o artista. 
 
Figura 39 – O semeador (Zumbi) (2008), de Vik Muniz, fotografi a, sucata (2,2 m x 1,8 m)
Fonte: Waste Land Art
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UNIDADE Arte Contemporânea no Mundo Atual – América do Norte,
 Europa, Ásia e América Latina
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Guggenhein Bilbao 
https://goo.gl/8KpIqi
Museu de Arte Contemporânea (MAC) 
https://goo.gl/8KpIqi
Tate Modern 
https://goo.gl/8KpIqi
 Livros
Arte Contemporânea no Século XXI – 10 Brasileiros no Circuito Internacional
SARDENBERG, R. Arte contemporânea no século XXI – 10 brasileiros no circuito 
internacional. Rio de Janeiro: Capivara, 2011. O livro reúne, em um só volume, a carreira 
internacional recente dos dez artistas plásticos brasileiros de maior e melhor repercussão na 
primeira década do século XXI: Artur Barrio, Miguel Rio Branco, Waltercio Caldas, Cildo Meireles, 
Tunga, Beatriz Milhazes, Vik Muniz, Ernesto Neto, Adriana Varejão e Rivane Neuenschwander.
Arte Contemporânea: Uma História Concisa
ARCHER, M. Arte Contemporânea: Uma História Concisa. São Paulo: WMF Martins Fonte, 
2012. Durante os últimos quarenta anos, mudanças profundas e variadas ocorreram na arte, 
tendo a divergência de estilo como característica mais marcante. Este panorama explora de 
maneira brilhante a eterna questão – a da relação da arte com a vida cotidiana – que perpassa 
o Minimalismo, o Pop, a Arte Conceitual, a Performance e as muitas feições assumidas pelos 
trabalhos de Warhol, Beuys, Bourgeois e de muitos outros artistas cuja obra é discutida e ilustrada.
 Vídeos
Lixo Extraordinário
Documentário, direção: Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley, 94 min, cor, 2010. Sinopse: 
focado no trabalho do artista plástico Vik Muniz, brasileiro radicado nos Estados Unidos, a 
produção mostra para o maior aterro sanitário da América Latina, o Jardim Gramacho, no Rio 
de Janeiro, e mergulha em um universo sem precedentes com personagens pobres socialmente, 
mas ricos de espírito, divertidos e, fundamentalmente, emocionantes.
https://youtu.be/61eudaWpWb8
Minutos de Arte / Daniel Senise 
Entrevistas exclusivas com grandes nomes da arte brasileira. Curadores, artistas e professores de 
arte, das instituições culturais da cidade, respondem às perguntas do crítico de arte, Fernando 
Cocchiarale, curador do programa. 
https://youtu.be/sW4ovTYaSHY
Medo da Arte Contemporânea 
Filme produzido pela Fundação Joaquim Nabuco que relata a visão de vários artistas sobre a 
arte contemporânea.
https://youtu.be/qpctlrIoenQ
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 Visite
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC) 
O museu foi criado em 1963 quando a Universidade de São Paulo recebeu o acervo do antigo 
MAM de São Paulo. De posse desse rico acervo composto, entre outras, por obras de Amedeo 
Modigliani, Pablo Picasso, Joan Miró, Alexander Calder, Wassily Kandinsky, Tarsila do Amaral, 
Anita Malfatti, Emiliano Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, Lygia Clark e uma estupenda coleção de arte 
italiana do começo do século XX, o museu atende aos principais objetivos da Universidade: busca 
do conhecimento e sua disseminação pela sociedade. MAC USP Ibirapuera, Av. Pedro Álvares 
Cabral, nº 1301, São Paulo/SP. Visitação: terça a domingo, das 10 às 18 horas. Telefone: 
(11)2648.0254. Entrada gratuita.
www.mac.usp.br
Instituto Cultural Inhotim 
Um dos mais relevantes acervos de arte contemporânea do mundo e uma coleção botânica que 
reúne espécies raras e de todos os continentes. Os acervos são mobilizados para o desenvolvimento 
de atividades educativas e sociais para públicos de faixas etárias distintas. Rua B, 20, Brumadinho/
MG, fone: 31 3571-9700. Terça a sexta-feira: 9h30 às 16h30; sábado, domingo e feriado: 9h30 
às 17h30. 
www.inhotim.org.br 
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 Europa, Ásia e América Latina
Referências
ARCHER, M. Arte contemporânea – Uma história concisa. São Paulo: Martins 
Fontes, 2001.
ARGAN, G. C. Arte moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. 
BELL, J. Uma nova história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
CANTON, K. Do moderno ao contemporâneo. São Paulo: WMF Martins 
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CAUQUELIN, A. Arte contemporânea – Uma introdução. São Paulo: Martins 
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CHIARELLI, T. Leda Catunda. São Paulo: Cosac Naif, 1998.
DEMPSEY, A. Estilos, escolas e movimentos – Guia enciclopédico da arte 
moderna. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
FARIAS, A. Arte brasileira hoje. São Paulo: Publifolha, 2002.
FARTHING, S (org.). Tudo sobre arte – Os movimentos e as obras mais 
importantes de todos os tempos. Rio de Janeiro: Sextante, 2011. 
FARTHING, S (ed.). 501 grandes artistas. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.
GOMBRICH, E. M. La historia del arte. Barcelona: Editorial Debate, 1997.
GOMPERTZ, W. Isso é arte?: 150 anos de arte moderna do impressionismo 
até hoje. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
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