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Fases do Processo Administrativo Previdenciário

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1 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
 
Aula 2: Fases do processo administrativo ..................................................................................... 2 
Introdução ........................................................................................................................2 
Conteúdo ................................................................................................................................ 3 
Processo administrativo previdenciário .......................................................................... 3 
Espécies de prova ..........................................................................................................4 
Carta de exigências ............................................................................................................ 5 
Prova documental .........................................................................................................5 
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ........................................................ 6 
Outras espécies de documentos .................................................................................7 
Retenção e irregularidades de documentos ................................................................... 8 
Prova oral ............................................................................................................................. 9 
Casos de utilização da justificação administrativa ..................................................... 10 
Pesquisa externa ............................................................................................................... 12 
Terceira fase: decisória ................................................................................................... 13 
Quarta fase: recursal ....................................................................................................... 16 
Do cumprimento das decisões ...................................................................................19 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 20 
Aula 2 ..................................................................................................................................... 20 
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 20 
2 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
Nesta aula, daremos continuidade ao estudo da atuação na via administrativa e 
condução do processo administrativo previdenciário pelas fases instrutória, 
decisória e recursal. 
 
Objetivo: 
 
1. Compreender o requerimento administrativo em todas as fases do processo 
com suficiência para obter a prestação previdenciária mais favorável ao 
cidadão. 
3 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
Conteúdo 
 
Processo administrativo previdenciário 
Segunda fase: instrutória 
 
A disciplina da prova no direito previdenciário encontra-se na Lei nº 8.213/91, 
no Decreto nº 3.048/99 e na Instrução Normativa n.º 77/2015/PRES/INSS. 
 
As disposições acerca das espécies de provas eficazes para o reconhecimento 
dos direitos previdenciários são válidas tanto para o processo administrativo 
como para o judicial. A diferença reside na menor liberdade do servidor 
administrativo do INSS para valorar e reconhecer o direito a partir das provas. 
 
Há tarifações na via administrativa que não se aplicam aos juízes. De todo 
modo, as modalidades de prova, a seguir abordadas, sob enfoque 
administrativo são válidas para a via judicial, variando apenas o alcance, devido 
à maior liberdade do Poder Judiciário para exaurir a cognição com base no livre 
convencimento motivado. 
 
 
4 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
Espécies de prova 
Pode-se citar, como exemplos de prova, a documental, a oral, os registros em 
cadastros públicos, a pesquisa externa e a perícia. 
 
Prova documental: são os documentos apresentados pelo segurado tanto por 
ocasião do requerimento administrativo quanto posteriormente (por exigências 
formuladas, por exemplo). 
 
Prova oral: colhida no depoimento de testemunhas (justificação administrativa) 
ou do próprio segurado (entrevista rural). 
 
Pesquisa externa: atividades externas exercidas pelo servidor do INSS, 
previamente designado para atuar nas empresas, nos órgãos públicos ou em 
relação aos contribuintes em geral e beneficiários, com o objetivo de verificar a 
veracidade de documentos, conferir dados constantes nos sistemas, 
desempenhar atividades pertinentes ao Serviço Social, entre outros. 
 
Prova pericial: destinada a avaliar a capacidade laborativa do segurado, 
invalidez do dependente para fins de prorrogação desta qualidade após os 21 
anos de idade (art. 16, I e III da lei n.º 8.213/91) e impedimentos para fins de 
percepção de benefício assistencial. 
 
 
5 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
Carta de exigências 
Não apresentada toda a documentação indispensável ao processamento do 
benefício ou do serviço, o servidor deverá emitir carta de exigências, com 
observância do § 1º do art. 678 e prazo mínimo de trinta dias para 
cumprimento, com o registro da exigência no sistema corporativo de benefícios. 
 
É importante esclarecer que advogado ou segurado deve apresentar na via 
administrativa todas as provas disponíveis no momento do requerimento. A não 
apresentação de provas na via administrativa e sua posterior juntada ao 
processo judicial pode caracterizar o que se denomina “indeferimento 
forçado”, passível de punição com as penas de litigância de má-fé, suspensão 
do processo judicial para regularização da situação ou até mesmo a extinção do 
processo judicial sem resolução do mérito. 
 
Prova documental 
A seguir, apresentam-se disposições e espécies de documentos válidos tanto 
para a via administrativa como para a judicial. A prova documental é 
importantíssima; ou ela é plena ou caracterizará início de prova material a 
viabilizar a complementação por outros meios. 
 
Documentos de identificação 
Apresentam foto. Devem ser apresentados na formalização do processo 
administrativo, a fim de que se proceda à validação dos dados (Artigos 672 e 
673 da IN n.º 77/2015). 
 
Reconhecimento de firma 
Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando 
houver dúvida de autenticidade (Artigo 672, § 4º, IN n.º 77/2015). 
 
Documentos em língua estrangeira 
Os documentos em língua estrangeira deverão ser acompanhados de tradução 
realizada por tradutor juramentado. 
6 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
Certidões públicas 
As certidões de nascimento, casamento e óbito são dotadas de fé pública, não 
podendo ser questionadas (Artigo 675, IN n.º 77/2015). 
 
É recomendável que nestes casos já se junte aos autos cópias autenticadas do 
processo judicial que originou a anotação. 
 
Documentos digitalizados e juntados ao processo por repartições públicas e 
advogados (órgãos da justiça e seus auxiliares, pelo MP e seus auxiliares, pelas 
procuradorias, pelas autoridades policiais, pelas repartições públicas em geral e 
por advogados públicos e privados) têm a mesma força probante dos originais 
(Artigo 676 e segs., IN n.º 77/2015). 
 
Devem ser aceitos no âmbito do processo administrativo previdenciário os 
documentos apresentados e validados por advogados privados, ressalvada a 
suspeita de fraude que pode e deve desencadear medidas de averiguação. O 
servidor deverá identificar o profissional responsável pela apresentação da 
cópia, registrando no verso do documento seus dados (nome completo, númerodo documento de identificação e número da carteira da OAB), bem como 
deverá colher a sua assinatura. 
 
Documentos microfilmados 
Os documentos microfilmados provenientes de empresas privadas registradas 
na Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça têm o mesmo valor 
que o documento original, desde que estejam legíveis e estejam autenticados 
na forma Artigo 676 da IN n.º 77/2015. 
 
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) 
E quanto à Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)? 
 
Em caso de dúvida quanto à veracidade ou contemporaneidade dos registros 
constantes na CTPS, inclusive de empregado doméstico, e outros documentos 
 
7 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
apresentados pelo requerente, deve o servidor, obrigatoriamente, buscar a 
obtenção da confirmação de sua validade, utilizando as informações constantes 
em bancos de dados colocados à sua disposição ou mediante realização de 
pesquisa externa. 
 
 
Outras espécies de documentos 
 
Disposições e outras espécies de documentos 
Utilização de documentação apresentada em outro processo administrativo (Art. 
685 da IN n.º 77/2015): 
Caso o segurado requeira novo benefício, poderá ser utilizada a documentação 
de processo anterior que tenha sido indeferido, cancelado ou cessado, 
ressalvados os benefícios processados em meio virtual, desde que 
complemente, se for o caso da documentação necessária para o despacho 
conclusivo. 
 
Documentos em posse de terceiros (Artigo 686 da IN n.º 77): 
Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de 
documentos por terceiros, poderá ser expedida comunicação para esse fim, 
mencionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento. Não sendo 
atendida a solicitação, o servidor deverá buscar as informações ou documentos 
solicitados por meio de pesquisa externa. 
 
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) 
Os dados constantes no CNIS relativos a vínculos, remunerações e 
contribuições valem como prova de filiação à Previdência Social, relação de 
emprego, tempo de serviço ou de contribuição e salário-de-contribuição, salvo 
comprovação de erro ou fraude em sentido contrário (Artigo 681 da IN n.º 
77/2015). A comprovação dos dados divergentes, extemporâneos ou não 
constantes no CNIS caberá ao requerente, sem prejuízo do dever atribuído às 
8 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
unidades de atendimento de colher provas destinadas ao seu esclarecimento e 
realizar pesquisas externas para sua confirmação, quando necessário (Artigo 
682 da IN n.º 77/2015). 
 
 
Marcas do CNIS: 
O CNIS apresenta, atualmente, algumas marcas que têm como objetivo alertar 
o servidor sobre algum fato específico. Na tradução dessas marcas, utiliza-se a 
expressão “tratamento” para designar a atividade do servidor de analisar um 
vínculo com base na documentação do segurado. Já “homologação” é a 
expressão utilizada para informar que o vínculo, após “tratamento”, foi 
reconhecido pelo INSS. 
 
Retenção e irregularidades de documentos 
O que fazer se ocorrerem retenção e irregularidades dos documentos? 
 
 
Retenção de documentos 
A retenção de documentos originais do segurado/filiado/dependente deve ser 
evitada, sob pena de apuração de responsabilidade em caso de extravio ou 
retenção irregular. Deve-se preferir sempre a extração das informações ou a 
realização de cópia reprográfica dos documentos. Quando necessário à análise 
do requerimento, o servidor poderá reter os documentos pelo prazo máximo de 
5 (cinco) dias, elaborando Termo de Retenção e Restituição de Documentos em 
duas vias e entregando a primeira via ao segurado (Artigo 679 da IN n.º 
77/2015). 
 
Irregularidades ou falsificação de documentos 
Caso se constate alguma irregularidade ou falsificação de documento, o 
servidor deve buscar a apreensão de comprovantes de arrecadação e de 
pagamento de benefícios, bem como de quaisquer documentos pertinentes, 
inclusive contábeis, mediante lavratura do termo competente, com a finalidade 
de apurar administrativamente a ocorrência dos crimes previstos em lei ( Artigo 
9 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
 
282 do Decreto nº 3.048/1999 e parágrafo primeiro do Artigo 675 da IN n.º 
77/2015). 
 
Verificada qualquer conduta fraudulenta, a ocorrência deverá ser registrada no 
processo administrativo, e deverá ser dado conhecimento imediato à chefia que, 
no prazo máximo de cinco dias, remeterá à autoridade competente para adoção 
das providências administrativas, civis e penais cabíveis (Artigo 672, 
§3º, IN n.º 77/2015). 
 
 
Ainda que o pedido de benefício tenha sido indeferido, se forem constatados 
indícios de irregularidades na documentação que embasou a habilitação, 
deverão ser realizadas as devidas apurações e adotadas as providências 
disciplinadas no Capítulo XI da IN n.º 77/2015 (Artigo 601 e segs.). Os autos 
não poderão ser retirados quando estiverem com suspeita de irregularidades 
(Artigo 702, I, IN n.º 77/2015). 
 
Prova oral 
A prova oral está prevista na IN 77/2015 em duas formas: entrevista rural e 
justificação administrativa. 
 
Entrevista rural 
A entrevista rural está prevista na Instrução Normativa 85/2016, no art. 114, 
onde descreve que a comprovação de atividade rural, para fins de cômputo em 
benefício urbano ou certidão de contagem recíproca, será feita na forma do art. 
10, para a categoria de empregado; dos arts. 32 a 34, para o contribuinte 
individual; e dos arts. 47 e 54 para o segurado especial. (Nova redação dada 
pela IN INSS/PRES nº 85, de 18/02/2016). É prova obrigatória para a 
comprovação de qualquer categoria de trabalhador rural, podendo ser 
dispensada para o indígena e nas hipóteses previstas de migração de períodos 
positivos de atividade de segurado especial. 
 
 
10 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
 
INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 85, DE 18 DE FEVEREIRO DE 
2016 - DOU DE 19/02/2016 
 
Altera a Instrução Normativa nº 
77/PRES/INSS, de 21 de janeiro de 2015. 
 
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL BÁSICA: 
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991; e 
Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. 
 
A PRESIDENTA DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, 
no uso das atribuições conferidas pelo Decreto nº 7.556, de 24 de agosto de 
2011, e considerando a necessidade de estabelecer rotinas para agilizar e 
uniformizar a análise dos processos de reconhecimento, de manutenção e de 
revisão de direitos dos beneficiários da Previdência Social, para melhor aplicação 
das normas jurídicas pertinentes, com observância dos princípios estabelecidos no 
art. 37 da Constituição Federal de 1988, resolve: 
 
Art. 1º Fica alterada a Instrução Normativa - IN nº 77/PRES/INSS, de 21 de 
janeiro de 2015, que passa a vigorar com as seguintes modificações: 
 
"Art. 10. ........................... . 
§ 5º A comprovação da atividade rural dos 
segurados empregados para fins de aposentadoria 
por idade de que trata o art. 143 da Lei nº 8.213, 
de 1991, até 31 de dezembro de 2010, além dos 
documentos constantes no caput, desde que 
baseada em início de prova material, poderá ser 
feita por meio de declaração fundamentada de 
sindicato que represente os trabalhadores rurais 
ou por duas declarações de autoridades, na forma 
do inciso II do art. 47 ou do art. 110, 
respectivamente, homologadas pelo INSS." (NR) 
 
"Art. 25. Para fins de contagem recíproca, poderá 
ser certificado para a Administração Pública o 
tempo de contribuição do RGPS correspondente 
ao período em que o exercício de atividade exigia 
ou não filiação obrigatória, observando que para 
período de atividade remunerada alcançado pela 
decadência e para o período em que não exigia 
filiaçãoobrigatória deverá indenizar o INSS." (NR) 
 
"Art. 27. .......................... . 
V - os períodos de atividade remunerada não 
alcançados pela decadência, para fins de 
contagem recíproca, de acordo com o § 3º do art. 
45-A da Lei n° 8.212, de 1991. 
11 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
 
Parágrafo único. O cálculo realizado na forma do 
inciso V do caput será efetuado com base na 
remuneração sobre a qual incidem as 
contribuições para o RGPS, relacionada ao 
exercício de atividade neste regime, observado o 
limite mínimo e máximo do salário de 
contribuição, e, na hipótese de o requerente ser 
filiado também ao RPPS, seu salário de 
contribuição nesse regime não será considerado. 
(NR) 
 
Art. 28. O valor do débito poderá ser objeto de 
parcelamento 
mediante solicitação do segurado, a ser requerido 
perante a Receita Federal do Brasil - RFB, 
observando-se, para fins de sua utilização perante 
o RGPS, o disposto no art. 168." (NR) 
 
"Art. 29. ........................... . 
Parágrafo único. No caso de cálculo de período 
não atingido pela decadência posterior à inscrição 
do filiado e quando não existir dúvida do exercício 
da atividade correspondente, esse poderá ser 
realizado sem formalização de processo 
administrativo." (NR) 
 
"Art. 32. .......................... . 
X - a partir de abril de 2003, conforme os arts. 4º, 
5º e 15 da Lei nº 10.666, de 2003, para o 
contribuinte individual prestador de serviço à 
empresa contratante e para o associado à 
cooperativa na forma do art. 216 do RPS, deverá 
apresentar recibo de prestação de serviços a ele 
fornecido, onde conste a razão ou denominação 
social, o CNPJ da empresa contratante, a retenção 
da contribuição efetuada, o valor da remuneração 
percebida, valor retido e a identificação do 
filiado;" (NR) 
 
"Art. 35. A comprovação da atividade rural para o 
segurado contribuinte individual definido na alínea 
"g" do inciso V do art. 11 da Lei nº 8.213, de 
1991, para fins de aposentadoria por idade 
prevista no art. 143 da referida Lei, até 31 de 
dezembro de 2010, observado o art. 58, poderá 
ser feita por meio de declaração fundamentada de 
sindicato que represente os trabalhadores rurais 
ou por duas declarações de autoridade, na forma 
12 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
do inciso II do art. 47 ou do art. 110, 
respectivamente, homologadas pelo INSS." (NR) 
 
"Art. 39. ........................... . 
§ 5º Na hipótese de períodos intercalados de 
exercício de atividade rural e urbana, o 
requerente deverá apresentar um documento, em 
nome próprio, de prova material do exercício de 
atividade rural após cada período de atividade 
urbana." 
 
"Art. 41. ........................... . 
II - é assemelhado ao pescador artesanal aquele 
que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, 
exercendo trabalhos de confecção e de reparos de 
artes e petrechos de pesca e de reparos em 
embarcações de pequeno porte ou atuando no 
processamento do produto da pesca artesanal." 
(NR) 
........................................... 
§ 1º O pescador artesanal deverá estar 
cadastrado no Registro Geral de Atividade 
Pesqueira - RGP, na categoria de Pescador 
Profissional Artesanal, conforme inciso I do art. 2º 
do Decreto nº 8.425, de 31 de março de 2015. A 
verificação do cadastro deverá ser realizada 
mediante consulta aos sistemas corporativos ou 
apresentação de documento comprobatório 
emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento - MAPA. Os pescadores de 
subsistência, aqueles que exercem as atividades 
sem fins lucrativos, caso assim se declarem, estão 
desobrigados desta exigência. 
§ 2º São considerados pescadores artesanais, 
também, os mariscadores, caranguejeiros, 
catadores de algas, observadores de cardumes, 
entre outros que exerçam as atividades de forma 
similar, qualquer que seja a denominação 
empregada. 
§ 3º Entende-se como processamento do produto 
da pesca artesanal, nos termos do inciso XI do 
art. 2º da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009, 
a fase da atividade pesqueira destinada ao 
aproveitamento do pescado e de seus derivados, 
provenientes da pesca e da aquicultura, aí 
incluídas, dentre outras, as atividades de 
descamação e evisceração, desde que atendidos 
os requisitos constantes no inciso V do art. 42." 
 
13 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
"Art. 42. ........................... . 
IV - a participação como beneficiário ou 
integrante de grupo familiar que tem algum 
componente que seja beneficiário de programa 
assistencial oficial de governo. (NR) 
.......................................... 
§ 3º O grupo familiar fica descaracterizado da 
condição de segurado especial se qualquer de 
seus membros deixar de atender alguma das 
condições elencadas nos incisos I, II, V, VII e na 
alínea "g" do inciso VIII deste artigo e § 2º do art. 
40, ou quando obtiverem rendimentos 
decorrentes do inciso II do art. 44. (NR) 
§ 4º O recebimento de benefício de prestação 
continuada previsto na Lei nº 8.742, de 7 de 
dezembro de 1993 (Lei Orgânica da Assistência 
Social - LOAS), descaracteriza somente o 
respectivo beneficiário." 
 
"Art. 47. ........................... . 
IX - comprovante de pagamento do Imposto 
sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, 
Documento de Informação e Atualização Cadastral 
do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - 
DIAC e/ou Documento de Informação e Apuração 
do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - 
DIAT, entregue à RFB;" (NR) 
 
"Art. 76. ........................... . 
III - os períodos de frequência em escolas 
industriais ou técnicas, inclusive escolas e colégios 
agrícolas, da rede de ensino federal, escolas 
equiparadas ou reconhecidas, desde que tenha 
havido retribuição pecuniária à conta do 
orçamento respectivo do Ente Federativo, ainda 
que fornecida de maneira indireta ao aluno, 
observando que: 
 
a) só poderão funcionar sob a denominação de 
escola industrial ou escola técnica os 
estabelecimentos de ensino industrial ou técnico 
mantidos pela União e os que tiverem sido 
reconhecidos ou a eles equiparados (incluído pelo 
Decreto-Lei nº 8.680, de 15 de janeiro de 1946);" 
(NR) 
 
"Art. 105. .......................... . 
§ 5º Para ser considerada fundamentada, a 
declaração mencionada no inciso II do art. 47 e 
14 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
art. 49 deverá consignar os documentos e 
informações que serviram de base para a sua 
emissão, bem como, se for o caso, a origem dos 
dados extraídos de registros existentes na própria 
entidade declarante ou em outro órgão, entidade 
ou empresa, desde que idôneos e acessíveis à 
Previdência Social, observado o art. 106." (NR) 
 
"Art. 114. A comprovação de atividade rural para 
fins de cômputo em benefício urbano ou certidão 
de contagem recíproca será feita na forma do art. 
10 para a categoria de empregado, dos arts. 32 a 
34 para o contribuinte individual, e dos arts. 47 e 
54 para o segurado especial." (NR) 
 
"Art. 117. Na hipótese de períodos intercalados de 
exercício de atividade rural e urbana, necessário 
observar o disposto no § 5º do art. 39." (NR) 
 
"Art. 122. ........................... . 
§ 1º Não se aplica a incidência do inciso VI do 
caput no caso de a pessoa casada se achar 
separada de fato, judicial ou extra-judicialmente. 
§ 2º Não é possível o reconhecimento da união 
estável, bem 
como dos efeitos previdenciários correspondentes, 
quando um ou ambos os pretensos companheiros 
forem menores de dezesseis anos. 
§ 3º Em se tratando de companheiro (a) maior de 
dezesseis e menor de dezoito anos, dada a 
incapacidade relativa, o reconhecimento da união 
estável está condicionado à apresentação de 
declaração expressa dos pais ou representantes 
legais, atestando que conheciam e autorizavam a 
convivênciamarital do menor." 
 
"Art. 136. ........................... . 
§ 1° A inscrição do não filiado será efetuada por 
meio da Central de Atendimento 135 ou nas APS." 
(NR) 
 
"Art.153. ........................... . 
VII - o tempo de atividade do empregado 
doméstico, observado o disposto no § 5º do art. 
146, independentemente da prova do 
recolhimento da contribuição previdenciária, 
desde a sua filiação como segurado obrigatório; 
e" (NR) 
 
15 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
"Art.154. ........................... . 
VI - o período de aviso prévio indenizado." 
 
"Art. 161. ........................... . 
I - até 31 de dezembro de 2010, o período de 
atividade comprovado na forma do art. 10, 
observado o disposto no art. 183 do RPS;" (NR) 
 
"Art. 162. ........................... . 
§ 1º A contagem do tempo de contribuição no 
RGPS observará o mês de trinta e o ano de 365 
(trezentos e sessenta e cinco) dias. 
§ 2º O tempo de contribuição, inclusive o 
decorrente de conversão de atividade especial em 
comum, reconhecido em razão de decisão judicial 
transitada em julgado em que o INSS for parte, 
ou de decisão definitiva do Conselho de Recursos 
da Previdência Social - CRPS, será incluído no 
CNIS, devendo ser aceito independentemente de 
apresentação de novos documentos, salvo indício 
de fraude ou má-fé. 
 
"Art. 163. ........................... . 
I - o período em que o exercício da atividade não 
exigia 
filiação obrigatória à Previdência Social, desde que 
efetivado, pelo segurado, o respectivo 
recolhimento, na forma dos arts. 24 a 29; (NR) 
II - o período em que o exercício de atividade 
exigia filiação 
obrigatória à Previdência Social como segurado 
contribuinte individual, mediante recolhimento, 
devendo a retroação da DIC ser previamente 
autorizada pelo INSS, observados os arts. 24 a 
29; e" (NR) 
 
"Art. 166. ........................... . 
XI - de aviso prévio indenizado. 
 
"Art. 174. Para a aposentadoria requerida ou com 
direito adquirido, bem como para óbito ocorrido a 
partir de 11 de novembro de 1997, data da 
publicação da Medida Provisória nº 1.596-14, de 
10 de novembro de 1997, convertida na Lei nº 
9.528, de 10 de dezembro de 1997, o valor 
mensal do auxílio-acidente integrará o PBC para 
fins de apuração do salário de benefício, o qual 
será somado ao salário de contribuição existente 
no PBC, limitado ao teto de contribuição, 
16 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
observado, no que couber, o disposto no art. 202. 
(NR) 
.............................................. 
§ 2º Ocorrida a situação do § 1º, a aposentadoria 
e a pensão 
por morte serão no valor do salário-mínimo. (NR) 
§ 3º Se, dentro do PBC, o segurado tiver recebido 
auxílio-doença, inclusive decorrente de acidente 
de qualquer natureza, concomitantemente com 
auxílio-acidente de outra origem, a renda mensal 
desse será somada, mês a mês, ao salário de 
benefício daquele, observado o teto de 
contribuição, para fins de apuração do salário de 
benefício da aposentadoria." 
 
"Art. 199. ........................... . 
§ 1º Não será incorporado ao valor da pensão por 
morte o acréscimo de 25% (vinte e cinco por 
cento) recebido pelo aposentado por invalidez que 
necessita da assistência permanente de outra 
pessoa, nos termos art. 216." (NR) 
 
"Art. 235. ........................... . 
II - ....................................... 
c) um período adicional de contribuição 
equivalente a 40% (quarenta por cento) do tempo 
que, em 16 de dezembro de 1998, vigência da 
Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro 
de 1998, faltava para atingir o tempo de 
contribuição estabelecido na alínea "b" deste 
inciso." (NR) 
 
"Art. 264. ........................... . 
§ 2º Deverá constar no PPP o nome, cargo e NIT 
do responsável pela assinatura do documento, 
bem como o carimbo da empresa." (NR) 
 
"Art. 337. Para apurar o valor da renda mensal do 
auxílio-acidente deverá ser observado o disposto 
no art. 201." (NR) 
 
"Art. 338. ........................... . 
§ 2º O auxílio-acidente suspenso, na forma do 
caput, será 
cessado se concedida aposentadoria, salvo nos 
casos em que é permitida a acumulação, 
observado o disposto no art. 175. (NR) 
........................................... 
17 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
§ 4º Em se tratando de devolução de CTC não 
utilizada para 
nenhum fim no RPPS, a reativação será a partir 
do dia seguinte da DCB do auxílio-acidente." 
 
"Art. 344. ........................... . 
§ 6º Na hipótese de revogação ou cassação da 
guarda para fins de adoção, o pagamento do 
benefício de salário-maternidade deve ser cessado 
na data da decisão judicial." 
 
"Art. 350. O segurado aposentado que retornar à 
atividade fará jus ao pagamento do salário-
maternidade, de acordo com o art. 343." (NR) 
 
"Art. 382. ........................... . 
§ 4º O cumprimento de pena em prisão domiciliar 
não impede o recebimento do benefício de auxílio-
reclusão pelo(s) dependente (s), se o regime 
previsto for o fechado ou semiaberto. 
§ 5º A monitoração eletrônica do instituidor do 
benefício de auxílio-reclusão não interfere no 
direito do dependente ao recebimento do 
benefício, uma vez que tem a função de fiscalizar 
o preso, desde que mantido o regime semiaberto 
ou a prisão domiciliar, observado o previsto no § 
4º." 
 
"Art. 410-A. A avaliação médico-pericial é parte 
integrante da fase instrutória do processo 
concessório do benefício por incapacidade, 
devendo ser registrada no laudo médico constante 
do SABI. Entretanto, a formalização do processo 
administrativo não é condição prévia necessária 
para a realização da perícia médica nos casos de 
auxílio-doença." 
 
"Art. 435. ........................... . 
IV - o tempo de serviço anterior ou posterior à 
obrigatoriedade de filiação à Previdência Social só 
será contado mediante o efetivo recolhimento, 
observados os arts. 25 e 27, correspondente ao 
período respectivo; e (NR) 
§ 1º A indenização de períodos para fins de 
contagem recíproca observará o disposto nos 
arts. 25 a 27. (NR)" 
 
"Art. 441. ........................... . 
18 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
§ 10. Aplica-se o disposto nos §§ 8º e 9º deste 
artigo à CTC emitida por ente estadual, municipal 
ou distrital, observada a data da instituição do 
Regime Próprio do ente emissor da certidão." 
(NR) 
 
"Art. 445. ........................... . 
III - de benefício por incapacidade referido no 
inciso XVI do art. 164;" (NR) 
 
"Art. 452. ........................... . 
§ 4º Mesmo que o tempo certificado em CTC 
emitida pelo RGPS já tenha sido utilizado para fins 
de vantagens no RPPS, a Certidão poderá ser 
revista para inclusão de períodos de trabalho 
posteriores ou anteriores à sua emissão, desde 
que não alterada a destinação do tempo 
originariamente certificado." 
 
"Art. 459. ........................... . 
IV - o tempo de serviço anterior ou posterior à 
obrigatoriedade de filiação à Previdência Social, 
salvo se houver recolhimento, observados os arts. 
25 e 27, correspondente ao período respectivo;" 
(NR) 
 
"Art. 493. ........................... . 
§ 6º A prorrogação, além do prazo de seis meses, 
dependerá da comprovação, pelo administrador 
provisório, do andamento do respectivo processo 
judicial de representação civil." 
 
"Art. 495. ........................... . 
§ 1º O pagamento de benefícios ao administrador 
provisório será realizado enquanto encontrar-se 
vigente o mandato, conforme § 5º do art. 493, 
excetuando-se os créditos de valores atrasados de 
qualquer natureza (concessão, revisão, reativação 
do benefício), salvo decisão judicial em contrário. 
(NR) 
......................................... 
§ 3º O pagamento de atrasados de qualquer 
natureza (concessão, revisão ou reativação debenefício) somente poderá ser realizado quando o 
requerente apresentar o termo de guarda, tutela 
ou curatela, ainda que provisórios ou com prazo 
determinado, expedido pelo juízo responsável pelo 
processo." (NR) 
 
19 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
"Art. 528. ........................... . 
XIV - auxílio-reclusão pago aos dependentes, com 
auxílio-doença, aposentadoria ou abono de 
permanência em serviço ou salário-maternidade 
do segurado recluso, observado o disposto no § 
3º do art. 383." (NR) 
 
"Art. 537. ........................... . 
§ 5º A ausência de procuração não pode impedir 
o protocolo e o encaminhamento do processo de 
recurso ao CRPS. Neste caso, o INSS deve 
apontar a falta do documento na instrução 
processual." 
 
"Art. 673. O processo administrativo, quando 
físico, será formalizado até a fase decisória e 
conterá os seguintes documentos: 
(NR) 
................................................ 
§ 3º Os atos administrativos que forem praticados 
antes da formalização do processo o integrarão, 
ou nele serão certificados até a fase decisória." 
 
"Art. 675. ........................... . 
§ 3º As disposições do § 2º deste artigo não se 
aplicam aos documentos oriundos da França ou 
Argentina, considerando os seguintes Acordos 
Internacionais:" (NR) 
 
"Art. 699. ........................... . 
§ 2º Para processos findos, é dispensada a 
apresentação de procuração, exceto quando 
houver documentos sujeitos a sigilo, observado o 
inciso II do art. 697." (NR) 
 
"Art. 730. ........................... . 
§ 1º O benefício será processado com as 
competências comprovadamente recolhidas, 
observando que havendo período em débito não 
decadente deverá, obrigatoriamente, ser apurado 
o valor correspondente ao custeio da Seguridade 
Social, conforme o disposto no § 3º do art. 11 da 
Lei nº 8.213, de 1991." (NR) 
 
"Art. 762. É vedada a acumulação da Pensão 
Especial da Talidomida com qualquer rendimento 
ou indenização por danos físicos, inclusive os 
benefícios assistenciais da LOAS e Renda Mensal 
Vitalícia que, a qualquer título, venha a ser pago 
20 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
pela União, ressalvado o direito de opção, porém, 
é acumulável com outro benefício do RGPS ou ao 
qual, no futuro, a pessoa com Síndrome possa vir 
a filiar-se, ainda que a pontuação referente ao 
quesito trabalho seja igual a dois pontos totais." 
(NR) 
 
Art. 2º Ficam alterados os Anexos XV e LI da IN nº 77/PRES/INSS, de 2015, na 
forma dos Anexos I e II desta IN. 
 
Art. 3º Revogam-se o § 8º do art. 19; os incisos IV, V, VI e VII do art. 41; o inciso 
XXV do art. 54; o art. 176; o inciso VII do art. 340; o § 2º do art. 495; e o inciso I 
do art. 673, todos da IN nº 77/PRES/INSS, de 2015. 
 
Art. 4º Os Anexos desta IN serão disponibilizados no sítio da Previdência Social 
(www.previdencia.gov.br) e no Portal do INSS, bem como publicados em Boletim 
de Serviço. 
 
Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, 
devendo ser aplicada a todos os processos pendentes de análise e decisão. 
 
 
ELISETE BERCHIOL DA SILVA IWAI 
 
 
Justificação administrativa 
A justificação administrativa (JÁ) é o procedimento destinado a suprir a falta de 
documento ou fazer prova de fato ou circunstância de interesse do beneficiário 
perante o INSS (Artigo 574 da IN n.º 77/2015). É um ato que muito se 
assemelha com a entrevista rural e com as audiências judiciais, pois se 
consubstancia em simples oitiva de testemunhas. 
 
Isso significa que qualquer servidor do INSS possui prática em realizar J.A., 
uma vez que já entrevista possíveis/pretensos segurados especiais e emite 
conclusão a respeito. 
21 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Casos de utilização da justificação administrativa 
São casos de utilização da justificação administrativa: 
 
 
A - Comprovação de exercício de atividade rural (para fins de benefícios rurais 
e urbanos) 
 
Se existir apenas início de prova material, deve-se informar o segurado sobre 
o direito que possui de requerer a realização da J.A. (os Artigos 47 e 54 da IN 
n.º 77/2015 trazem relação de documentos que podem ser considerados 
como início de prova material para atividade rural). 
 
Arts. 47 e 54 da IN. 85/2016 
Art. 47. A comprovação do exercício de atividade rural do segurado especial, 
observado o disposto nos arts. 118 a 120, será feita mediante a apresentação 
de um dos seguintes documentos: 
I - contrato de arrendamento, parceria, meação ou comodato rural, cujo 
período da atividade será considerado somente a partir da data do registro ou 
do reconhecimento de firma do documento em cartório; 
II - declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural 
ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que 
homologada pelo INSS; 
III - comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma 
22 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
Agrária - INCRA, através do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR ou 
qualquer outro documento emitido por esse órgão que indique ser o 
beneficiário proprietário de imóvel rural; 
IV - bloco de notas do produtor rural; 
V - notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 24 do art. 225 do 
RPS, emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação do nome 
do segurado como vendedor; 
VI - documentos fiscais relativos à entrega de produção rural à cooperativa 
agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como 
vendedor ou consignante; 
VII - comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social 
decorrentes da comercialização da produção; 
VIII - cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda 
proveniente da comercialização de produção rural; 
IX - comprovante de pagamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial 
Rural - ITR, Documento de Informação e Atualização Cadastral do Imposto 
sobre a Propriedade Territorial Rural - DIAC e/ou Documento de Informação e 
Apuração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - DIAT, entregue à 
RFB; (Nova redação dada pela IN INSS/PRES nº 85, de 18/02/2016) 
 
Art. 54. Considera-se início de prova material, para fins de comprovação da 
atividade rural, entre outros, os seguintes documentos, desde que neles conste 
a profissão ou qualquer outro dado que evidencie o exercício da atividade 
rurícola e seja contemporâneo ao fato nele declarado, observado o disposto no 
art. 111: 
I - certidão de casamento civil ou religioso; 
II - certidão de união estável; 
III - certidão de nascimento ou de batismo dos filhos; 
IV - certidão de tutela ou de curatela; 
V - procuração; VI - título de eleitor ou ficha de cadastro eleitoral; 
VII - certificado de alistamento ou de quitação com o serviço militar; 
VIII - comprovante de matrícula ou ficha de inscrição em escola, ata ou 
boletim escolar do trabalhador ou dos filhos; 
23 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
IX - ficha de associado em cooperativa; 
X - comprovante de participação como beneficiário, em programas 
governamentais para a área rural nos estados, no Distrito Federal ou nos 
Municípios; 
XI - comprovante de recebimento de assistência ou de acompanhamento de 
empresa de assistência técnica e extensão rural; XII - escritura pública de 
imóvel; 
XIII - recibo de pagamento de contribuição federativa ou confederativa; XIV - 
registro em processos administrativos ou judiciais, inclusive inquéritos, como 
testemunha, autor ou réu; 
XV - ficha ou registro em livros de casas de saúde, hospitais, postos de saúde 
ou do programa dos agentes comunitários de saúde; 
XVI - carteira devacinação; XVII - título de propriedade de imóvel rural; XVIII 
- recibo de compra de implementos ou de insumos agrícolas; 
XIX - comprovante de empréstimo bancário para fins de atividade rural; XX - 
ficha de inscrição ou registro sindical ou associativo junto ao sindicato de 
trabalhadores rurais, colônia ou associação de pescadores, produtores ou 
outras entidades congêneres; 
XXI - contribuição social ao sindicato de trabalhadores rurais, à colônia ou à 
associação de pescadores, produtores rurais ou a outras entidades 
congêneres; XXII - publicação na imprensa ou em informativos de circulação 
pública; 
XXIII - registro em livros de entidades religiosas, quando da participação em 
batismo, crisma, casamento ou em outros sacramentos; XXIV - registro em 
documentos de associações de produtores rurais, comunitárias, recreativas, 
desportivas ou religiosas; XXV - (Revogado pela IN INSS/PRES nº 85, de 
18/02/2016) 
 
B - Comprovação de tempo urbano 
 
 
A justificação administrativa poderá ser processada, sem ônus para o 
interessado, de forma autônoma para efeito de inclusão ou retificação de 
vínculos no CNIS, a pedido do interessado. O interessado deve juntar prova 
24 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
oficial de existência da empresa, no período que se pretende comprovar. 
 
Exemplo: certidões expedidas por Prefeitura, por Secretaria de Fazenda, por 
Junta Comercial, por Cartório de Registro Especial ou por Cartório de Registro 
Civil, nas quais constem nome, endereço e razão social do empregador e data 
de encerramento, de transferência ou de falência da empresa. 
 
 
 
C - Comprovação de relação de dependência econômica 
 
 
Para fins de comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o 
caso, devem ser apresentados, no mínimo, 3 (três) dos documentos elencados 
no Artigo 135 da IN n.º 77/2015. O rol é meramente exemplificativo, haja vista 
o teor do inc. XVI: “quaisquer outros (documentos) que possam levar à 
convicção do fato a comprovar”. 
 
Desse modo, quando apresentados menos de 3 (três) documentos – desde que 
haja pelo menos um (Decreto nº 3.048/99, Artigo 143) – relacionados no Artigo 
135 da IN n.º 77/2015, é cabível a J.A. 
 
D - Determinação judicial 
 
 
Além dos casos elencados acima, deverá ser realizada a J.A. sempre que 
houver determinação judicial para seu processamento. Ainda assim, caso não 
haja decisão especificando o modo em que a mesma deverá ser realizada, a 
25 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
J.A. seguirá o rito já previsto na Instrução Normativa nº 45/2010. 
 
 
O não atendimento à determinação judicial poderá configurar crime por parte 
do servidor responsável. 
 
 
Pesquisa externa 
A pesquisa externa é a atividade externa exercida pelo servidor com o intuito 
de: 
 
 Verificar a veracidade dos documentos, bem como buscar informações 
úteis à apreciação do requerimento; 
 
 Realizar as visitas necessárias ao desempenho das atividades de Serviço 
Social; 
 
 
 Atender programas revisionais de benefícios previdenciários e benefícios 
assistenciais previstos na legislação; 
 
 Atender as solicitações da Advocacia-Geral da União e do Poder Judiciário 
para a coleta de informações úteis à defesa do INSS em juízo. 
 
 
 
 
 
 
 
Terceira fase: decisória 
Na fase decisória, o servidor analisa as provas e o requerimento e emite uma 
decisão administrativa. A administração tem o dever de emitir explicitamente 
decisão nos processos administrativos ou sobre quaisquer solicitações de sua 
competência. 
 
Decisão: a decisão administrativa, em qualquer hipótese, deverá conter 
despacho sucinto com: 
26 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
 
(a) Objeto do requerimento administrativo; 
(b) Fundamentação com análise das provas constantes nos autos; 
(c) Conclusão deferindo ou indeferindo o pedido formulado. 
 
 
 
 
IN n° 77/15 
Art. 691. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos 
processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações em matéria de 
sua competência, nos termos do art. 48 da Lei nº 9.784, de 1999. 
§ 1º A decisão administrativa, em qualquer hipótese, deverá conter despacho 
sucinto do objeto do requerimento administrativo, fundamentação com análise 
das provas constantes nos autos, bem como conclusão deferindo ou 
indeferindo o pedido formulado, sendo insuficiente a mera justificativa do 
indeferimento constante no sistema corporativo da Previdência Social. 
§ 2º A motivação deve ser clara e coerente, indicando quais os requisitos 
legais que foram ou não atendidos, podendo fundamentar- se em decisões 
anteriores, bem como notas técnicas e pareceres do órgão consultivo 
competente, os quais serão parte integrante do ato decisório. 
§ 3º Todos os requisitos legais necessários à análise do requerimento devem 
ser apreciados no momento da decisão, registrando- se no processo 
administrativo a avaliação individualizada de cada requisito legal. 
§ 4º Concluída a instrução do processo administrativo, a Unidade de 
Atendimento do INSS tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo 
27 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
prorrogação por igual período expressamente motivada. 
§ 5º Para fins do § 4º deste artigo, considera-se concluída a instrução do 
processo administrativo quando estiverem cumpridas todas as exigências, se 
for o caso, e não houver mais diligências ou provas a serem produzidas. 
 
Art. 692. O interessado será comunicado da decisão administrativa com a 
exposição dos motivos, a fundamentação legal e o prazo para interposição de 
recurso. 1 
Art. 693. Sempre que a decisão gerar efeitos em relação a terceiros, o INSS 
deverá comunicá-los e oferecer prazo para recurso. 
Art. 694. Tratando-se de titular empregado, após a concessão de 
aposentadoria por invalidez ou especial, o INSS cientificará o empregador 
sobre a DIB. 
 
Quando o servidor responsável pela análise do processo verificar que o 
segurado ou dependente possui direito ao recebimento de benefício diverso ou 
mais vantajoso do que o requerido, deve comunicar o requerente para exercer 
o direito de opção, no prazo de 30 (trinta) dias, cuja manifestação de vontade 
deve restar registrada nos autos (Art. 688 da IN n.º 77/2015). 
 
Em algumas situações o reconhecimento do direito ao benefício poderá ocorrer 
sem a abertura da fase instrutória e apresentação documental pelos 
interessados, ocorrendo o reconhecimento automático de direito. Tal situação 
ocorre quando as informações constantes no sistema CNIS sejam suficientes 
ao reconhecimento do direito ao benefício (Art. 689 da IN n.º 77/2015). 
Reconhecido o direito ao benefício, como regra geral, os efeitos financeiros 
retroagem à data de entrada do agendamento (Central 135 ou internet) ou do 
requerimento (data de entrada do requerimento – DER) em uma das Agências 
da Previdência Social, exceto nas seguintes situações: 1) caso não haja o 
comparecimento do interessado na data agendada para fins de protocolo do 
28 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
benefício, exceto nos casos fortuitos ou de força maior devidamente 
comprovados; 2) nos casos de reagendamento por iniciativa do interessado, 
exceto se for antecipado o atendimento; e 3) incompatibilidade do benefício ou 
serviço agendado com aquele efetivamente devido, hipótese na qual a Data de 
Entrada do Requerimento será considerada como a data do atendimento 
(reafirmação da DER, Art. 669 da IN n.º 77/2015). 
As decisões administrativas dos órgãos da Previdência Social devem 
representar a conclusão do raciocínio lógico perpetrado pelo servidor,enfrentando todos os requisitos necessários à concessão do benefício e 
analisando todas as provas 2 produzidas nos autos. O servidor deve apresentar 
relatório sucinto contendo os fundamentos de fato e de direito que o levaram 
a chegar àquela conclusão de deferimento ou indeferimento do benefício. Nos 
casos de indeferimento, o servidor deve informar quais foram os requisitos 
legais do benefício que não foram atendidos pelo segurado e quais períodos de 
atividade não foram considerados para fins de carência ou tempo de 
contribuição, tornando público o motivo pelo qual se deu o indeferimento do 
benefício. 
 
Reconhecido ou não o direito ao benefício ou serviço, o INSS emite uma carta 
de comunicação da decisão à residência do interessado, cuja ciência 
inequívoca de seu teor deflagra o termo inicial do prazo para a interposição de 
recurso contra a decisão administrativa. 
 
Quarta fase: recursal 
Das decisões proferidas pelo INSS poderão os interessados, quando não 
conformados, interpor recurso ordinário às Juntas de Recursos do Conselho de 
Recursos da Previdência Social. Importante salientar que na fase recursal o 
processo previdenciário é remetido em 2ª instância para órgão que não compõe 
a estrutura organizacional do INSS, mas sim do Ministério da Previdência 
Social: são as Juntas de Recurso em segunda instância e as Câmaras de 
Julgamento em terceira e última instância – ambos órgãos compõem o 
29 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). 
 
Prazo: 30 (trinta) dias o prazo comum às partes para interposição de recurso 
ordinário e para o oferecimento de contrarrazões, contados: a) para o segurado 
e para a empresa, a partir da data da intimação da decisão; e b) para o INSS, a 
partir da data da protocolização do recurso ou da entrada do recurso pelo 
interessado ou representante legal na unidade do INSS que proferiu a decisão, 
devendo essa ocorrência ficar registrada nos autos, prevalecendo a data que 
ocorrer primeiro. 
 
O prazo na IN n° 77/2015 
Vejamos o que dispõe a IN nº 77/2015: 
Art. 541. O prazo para interposição de recurso ordinário e especial, bem como 
para o oferecimento de contrarrazões, é de trinta dias, contados de forma 
contínua, excluindo-se da contagem o dia do início e incluindo-se o do 
vencimento. 
§ 1º O prazo previsto no caput inicia-se: 
I - para apresentação de contrarrazões por parte do INSS, a partir do protocolo 
do recurso, ou, quando encaminhado por via postal, da data de recebimento na 
Unidade que proferiu a decisão; 
II - para interposição de recurso especial por parte do INSS, a partir da data da 
entrada do processo na Unidade competente para apresentação das razões 
recursais; ou 
III - para os demais interessados, a partir da data da intimação da decisão ou 
da ciência da interposição de recurso pela parte contrária. 
§ 2º O prazo só se inicia ou vence em dia de expediente normal no órgão em 
que tramita o recurso ou em que deva ser praticado o ato. 
§ 3º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o 
vencimento ocorrer em dia em que não houver expediente ou em que este for 
encerrado antes do horário normal. 
30 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
Art. 542. Expirado o prazo de trinta dias da data em que foi interposto o 
recurso sem que haja contrarrazões, os autos serão imediatamente 
encaminhados para julgamento pelas Juntas de Recursos ou Câmara de 
Julgamento do CRPS, 1 conforme o caso, sendo considerados como 
contrarrazões do INSS os motivos do indeferimento. 
Art. 543. O recurso intempestivo do interessado deve ser encaminhado ao 
respectivo órgão julgador com as devidas contrarrazões do INSS, apontada a 
ocorrência da intempestividade. 
§ 1º A constatação da intempestividade não impede a revisão de ofício pelo 
INSS quando incorreta a decisão administrativa. 
§ 2º As contrarrazões apresentadas pelo interessado fora do prazo 
regulamentar serão remetidas ao local onde o processo se encontra para que 
seja feita a juntada. 
§ 3º A intempestividade do recurso só poderá ser invocada se a ciência da 
decisão observar estritamente o contido no § 2º do art. 28 do Regimento 
Interno do CRPS, devendo tal ocorrência ficar devidamente registrada nos 
autos. 
 
Intempestividade: O recurso intempestivo do interessado não gera qualquer 
efeito, mas deve ser encaminhado ao respectivo órgão julgador com as devidas 
contrarrazões do INSS, devendo ser apontada no recurso a ocorrência da 
intempestividade. 
 
No prazo das contrarrazões, o INSS poderá reconhecer o erro administrativo de 
sua decisão inicial e, no exercício do poder de autotutela, reformá-la para 
declarar a presença do direito subjetivo postulado pelo recorrente. Caso não 
reformada a primeira decisão, nem apresentadas as contrarrazões, serão 
considerados como tais os motivos do indeferimento do pedido do benefício e 
encaminhado o recurso ordinário para julgamento na Junta de Recursos. 
Algumas matérias previstas no regulamento do CRPS são de alçada exclusiva da 
31 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
Junta de Recursos, não cabendo questionamento dos acórdãos proferidos por 
esse órgão para nova apreciação da 2 Câmara de Julgamento, resultando o 
acórdão da Junta de Recurso na decisão definitiva no âmbito administrativo. 
 
Contra os acórdãos proferidos pela Junta de Recursos, exceto nas matérias de 
alçada, é cabível Recurso Especial no prazo de 30 (trinta) dias contados da 
intimação da decisão. O INSS somente poderá propor Recurso Especial nas 
seguintes situações: a) quando violarem disposição de lei, de decreto ou de 
portaria ministerial; b) divergirem de súmula ou de parecer do Advogado Geral 
da União; c) divergirem de pareceres da Consultoria Jurídica do MPS ou da 
Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS, aprovados pelo Procurador-
Chefe; d) divergirem de enunciados editados pelo Conselho Pleno do CRPS; e) 
tiverem sido fundamentadas em laudos ou pareceres médicos divergentes 
emitidos pela Assessoria Técnico Médica da Junta de Recursos e pelos Médicos 
peritos do INSS; f) contiverem vício insanável, considerado como tal as 
ocorrências elencadas no § 1º do Artigo 60 da Portaria MPS nº 548/2011. 
 
Essa limitação imposta quanto às hipóteses de cabimento do recurso pelo INSS 
tem por finalidade evitar a rediscussão de algumas matérias por provocação da 
própria autarquia, já que a essa coube a presidência de toda a fase instrutória 
do processo. A interposição tempestiva do recurso especial suspende a 
exequibilidade da decisão proferida pela Junta de Recursos e devolve à Câmara 
de Julgamento o conhecimento integral da matéria. 
 
Se durante o curso do julgamento do recurso for verificada a existência de ação 
judicial com objeto idêntico à matéria discutida na esfera administrativa, serão 
reconhecidas a renúncia ao direito de recorrer e a desistência do recurso 
interposto. O INSS pode, em qualquer fase do processo, reconhecer 
expressamente o direito 1 Portaria MPS nº 548/2011: “Art. 18. Constituem 
alçada exclusiva das Juntas de Recursos, não comportando recurso à instância 
superior, as seguintes decisões colegiadas: I - fundamentada exclusivamente 
32 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
em matéria médica, quando os laudos ou pareceres emitidos pela Assessoria 
Técnico-Médica da Junta de Recursos e pelos Médicos Peritos do INSS 
apresentarem resultados convergentes; e II - proferida sobre reajustamento de 
benefício em manutenção, em consonância com os índices estabelecidos em lei, 
exceto quando a diferença na Renda Mensal Atual - RMA decorrer de alteração 
da Renda Mensal Inicial- RMI;”. 3 do interessado e reformar sua decisão, 
deixando de encaminhar o recurso à instância competente (autotutela), ou, 
caso o recurso esteja em andamento perante o órgão julgador, será necessário 
comunicar-lhe sua nova decisão, para fins de extinção do processo com 
apreciação do mérito, por reconhecimento do pedido. 
 
Do cumprimento das decisões 
Conclui-se o processo administrativo com a decisão administrativa não mais 
passível de recurso (coisa julgada administrativa), ressalvado o direito de o 
requerente pedir a revisão da decisão no prazo decadencial previsto na lei de 
benefícios. 
 
Cumprimento dos acórdãos do CRPS: é vedado ao INSS escusar-se de cumprir 
diligências solicitadas pelo CRPS, bem como deixar de dar efetivo cumprimento 
às decisões definitivas daquele colegiado, reduzir ou ampliar o seu alcance ou 
executá-las de maneira que contrarie ou prejudique o seu evidente sentido. 
 
Mesmo com o trânsito em julgado na esfera administrativa, havendo 
controvérsia na aplicação de lei ou de ato normativo entre órgãos do Ministério 
da Previdência e Assistência Social ou entidades vinculadas, ou ocorrência de 
questão previdenciária ou de assistência social de relevante interesse público ou 
social, é cabível o órgão interessado suscitar perante o Ministro de Estado da 
Previdência e Assistência Social a definição da melhor interpretação da 
legislação previdenciária, na forma do Artigo 309 do Decreto nº 3.048/99. 
 
A matéria definitivamente julgada pelo CRPS não será objeto de novas 
discussões no mérito por parte do INSS. 
 
33 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
Constatada a existência de outro benefício concedido ao recorrente e havendo 
o reconhecimento do benefício recorrido após decisão de única ou última e 
definitiva instância, a Agência da Previdência Social (APS) deverá facultar ao 
beneficiário o direito de optar, por escrito, pelo benefício mais vantajoso. 
 
Com essas considerações, encerra-se a segunda aula sobre prática 
previdenciária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
Referências 
 
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BALERA, W. Direito previdenciário. 9. ed. Método: São Paulo, 2012. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 
Presidência da República, 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>Acesso 
em: 18 ago. 2014. 
 
______. Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. Brasília: Presidência da 
República, 1999. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm>Acesso em: 18 ago. 
2014. 
 
______. Decreto nº 6.932, de 11 de agosto de 2009. Brasília: Presidência da 
República, 2009. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/decreto/d6932.htm>Acesso em: 18 ago. 2014. 
 
______. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Brasília: Presidência da 
República, 1991. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>Acesso em: 18 ago. 
2014. 
 
______. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Brasília: Presidência da 
República, 1999. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9784.htm>. Acesso em: 18 ago. 
2014. 
 
______. Orientação Interna nº 170 INSS/DIRBEN, de 28 de junho de 2007. 
Brasília: Instituto Nacional do Seguro Social, 2007. 
35 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
 
______. Portaria MPS nº 548, de 13 de setembro de 2011. Brasília: Previdência 
Social, 2011. Disponível em: 
<http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/66/MPS/2011/548.htm>. Acesso 
em: 18 ago. 2014. 
 
CASTRO, C. A. P. de; LAZZARI, J. B. Manual de direito previdenciário. Rio de 
Janeiro: Forense, 2013. 
 
IBRAHIM, F. Z. Curso de direito previdenciário. Niterói: Impetus, 2012. 
 
VIANNA, J. E. A. Curso de direito previdenciário. São Paulo: LTr, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
 
 
Exercícios de fixação 
 
1. Acerca da prova no âmbito administrativo, é incorreto afirmar: 
 
A. As provas eficazes para o reconhecimento dos direitos previdenciários 
são válidas tanto para o processo administrativo como para o judicial. 
 
B. A cognição administrativa, embora ampla, tem limitações que a cognição 
judicial pode superar. 
 
C. A prova oral é determinante para reconhecimento de direitos 
previdenciários, quando os documentos não forem suficientes. 
 
D. O advogado, portando toda a documentação referente ao requerimento 
de benefício, pode apresentar os documentos que entender pertinentes e 
apresentar em juízo outros documentos que dispunha na DER, posto que 
o juiz tem maior liberdade na apreciação do acervo probatório. 
 
 
2. Assinale a alternativa correta. 
 
A. A pesquisa externa é a atividade exercida pelo servidor do INSS com o 
objetivo de verificar a veracidade de documentos, conferir dados 
constantes nos sistemas e desempenhar atividades pertinentes ao 
Serviço Social, constituindo prova plena do tempo de contribuição. 
 
B. As certidões de nascimento, casamento e óbito são dotadas de fé pública 
e provam o fato certificado, não podendo ser questionadas quanto ao 
seu teor. 
 
C. Somente é possível realizar uma justificação administrativa quando 
37 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
houver início de prova material e com no mínimo 3 (três) testemunhas. A 
exceção a essa regra refere-se à ocorrência de caso fortuito ou força 
maior. 
 
D. A justificação administrativa poderá ser processada para comprovar o 
casamento do segurado para fins de pensão por morte do cônjuge 
supérstite nos casos de inexistência de prova material. 
 
3. Assinale a alternativa incorreta. 
 
A. Não será admitida a justificação administrativa quando o fato a 
comprovar exigir registro público de casamento, idade ou de óbito ou de 
qualquer ato jurídico para o qual a lei prescreva forma especial. 
 
B. Nos casos de indeferimento, o servidor deve informar quais foram os 
requisitos legais do benefício que não foram atendidos e quais períodos 
de atividade não foram considerados. 
 
C. A decisão administrativa, em qualquer hipótese, deverá conter despacho 
sucinto do objeto do requerimento administrativo, fundamentação com 
análise das provas constantes nos autos, bem como conclusão deferindo 
ou indeferindo o pedido formulado, sendo suficiente a justificativa do 
indeferimento constante no sistema corporativo da Previdência Social. 
 
D. Em caso de dúvida quanto à veracidade ou contemporaneidade dos 
registros constantes na CTPS, deve o servidor do INSS buscar a 
obtenção da confirmação de sua validade, utilizando as informações 
constantes em bancos de dados colocados à sua disposição ou mediante 
realização de pesquisa externa. 
 
4. Sobre a fase recursal, marque a alternativa correta dentre as seguintes: 
 
A. Para julgamento na segunda instância administrativa, o recurso especial 
deve ser dirigido a uma das Câmaras de Julgamento do CRPS. 
38 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
 
B. Contra os acórdãos proferidos pela Junta de Recursos, exceto nas 
matérias de alçada, é cabível recurso especial no prazo de 30 (trinta) 
dias contados da intimação da decisão. 
 
C. É de 30 (trinta) dias o prazo do INSS para interposição de recurso 
ordinário. 
 
D. O INSS poderá propor recurso especial quando a decisãodivergir de 
súmula do Ministério da Previdência Social. 
 
5. Marque “C” para itens corretos e “E” para itens errados, no que se refere ao 
INSS poder propor recurso especial. 
 
( ) Quando a decisão da Câmara divergir de súmula ou de parecer do advogado 
geral da União. 
( ) Quando a decisão da Junta contiver vício insanável, nos termos 
regulamentares. 
( ) Quando a decisão da Junta violar disposição de lei, de decreto ou de portaria 
ministerial. 
( ) Quando a decisão da Junta divergir de súmula ou de parecer do advogado 
geral da União. 
 
A. E, C, C, C 
B. C, E, E, E 
C. C, E, C, E 
D. E, E, E, E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - D 
Justificativa: O advogado deve apresentar toda a documentação que dispõe no 
momento da DER e só poderá apresentar novos documentos exclusivamente 
na via judicial de forma justificada. 
 
 
Questão 2 - C 
Justificativa: A pesquisa externa não constitui prova plena do tempo de 
contribuição; somente as provas dos recolhimentos das contribuições 
previdenciárias são plenas. A pesquisa externa é uma prova complementar do 
tempo de contribuição quando não houver apropriação pelo sistema da Receita 
Federal. As certidões, por sua vez, podem ser questionadas quando a anotação 
se deu por força de sentença judicial (campo próprio) e a informação for 
relevante para o processo. Por fim, casamento é ato jurídico solene que se 
comprova mediante certidão. 
 
Questão 3 - C 
Justificativa: É insuficiente a mera justificativa do sistema, conforme Artigo 624 
da IN n.º 77/2015/PRES/INSS. 
 
Questão 4 - B 
Justificativa: O recurso cabível à segunda instância é o ordinário, não o 
especial, e deve ser dirigido à Junta e não à Câmara. O INSS jamais poderá 
interpor recurso ordinário, pois é o próprio prolator da decisão contra a qual 
essa espécie é cabível, lembrando que esse recurso se destina à Junta de 
Recursos em segunda instância. E não existe súmula do Ministério da 
Previdência Social. 
 
Questão 5 - A 
Justificativa: Não cabe recurso especial contra decisão da Câmara, somente 
40 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
 
contra decisão da Junta.

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