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1 UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP Centro de Educação a Distância – Barretos/SP CIÊNCIAS CONTÁBEIS 8ª Série DESAFIO PROFISSIONAL Disciplinas Norteadoras: AUDITORIA, CONTROLADORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS, CONTABILIDADE AVANÇADA II, INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E MERCADO DE CAPITAIS, PERÍCIA, ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO Tutor (a) Presencial: Profª.: Tânia Regina B. Benites ALUNO: Eduardo Amaral – R.A: 2889618801 Barretos/SP Outubro/2017 2 SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO............................................................................................................03 PASSO 1.......................................................................................................................04 PASSO 2.......................................................................................................................05 PASSO 3.......................................................................................................................07 PASSO 4.......................................................................................................................15 PASSO 5.......................................................................................................................15 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................29 3 INTRODUÇÃO Com a expansão das empresas as demonstrações contábeis passaram ter maior importância para os donos das empresas para as pessoas que tivessem interesse em investir nessas empresas. Com isso houve a necessidade de confirmar a veracidade das informações emitidas pelas empresas. Esta confirmação só poderia ser emitida por um auditor. Com o crescimento das empresas, aumentou também as informações analisadas pela administração e estas deveriam ser constantes, pois auxiliariam nas tomadas de decisões, por isso grandes empresas começaram a ter dentro de suas organizações uma Auditoria Interna com a finalidade de trazer melhorias para o controle interno e garantir eficiência e eficácia na gestão da empresa. Posteriormente, são revisados as operações e controle interno para determinar a extensão do exame e a fidedignidade das demonstrações financeiras, realizado por um auditor externo. Sendo assim, o conhecimento e a aplicabilidade das normas e rotinas necessárias às atividades de auditoria e perícia, são imprescindíveis para especificar os impactos das deficiências recorrentes em algumas empresas. Para tanto, o conhecimento do funcionamento do sistema de controle interno baseado no modelo COSO torna-se uma ferramenta primordial neste caso. Delimita-se então, que anexa a questão acima está o processo de tomada de decisão, a maior gravidade e a incerteza em relação ao futuro, mas esta pode ser reduzida com um bom modelo de decisão na sua concepção e alimentada com informações autênticas, adequadas, a fim de oferecer um resultado propicio e aceitável acerca de uma decisão. Com auxílio das ferramentas da auditoria interna por sua vez pretende responder as expectativas dos gestores sobre os riscos internos da instituição, observando, aconselhando e esclarecendo os responsáveis envolvidos, possibilitando a implantação de novas ações corretivas e necessárias para o bom andamento dos negócios. Atualmente a auditoria interna constitui uma função de apoio a gestão, podendo o gestor recorrer para realizar verificações nas rotinas de trabalho e na confirmação da consistência física e técnica. Esta pesquisa restringe-se ao estudo do papel da auditoria interna para a melhoria dos controles internos de uma organização. De forma geral ou especifica 4 os objetivos de um trabalho de pesquisa consistem em ser os passos que se deve seguir para conseguir responder o problema proposto. Segundo o estudioso na área Dmitruk (2004), o objetivo é linha de chegada da pesquisa, mostrando a contribuição que o trabalho vista atingir, mas é possível ter seu objetivo alcançado se todas as fases da pesquisa forem vencidas. PASSO 1 Auditoria é um exame cuidadoso e independente das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor, cujo objetivo é averiguar se elas estão de acordo com as disposições planejadas e/ou estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e se estão adequadas com os objetivos traçados pela empresa. Pode-se conceituar Auditoria como exame das demonstrações contábeis e todos os documentos, livros, registros que foram utilizados para sua elaboração. Para apurar com exatidão os registros contábeis e a realidade das operações da empresa. O objetivo geral da Auditoria Interna é avaliar e prestar ajuda a alta Administração e desenvolver adequadamente suas atribuições, proporcionando-lhes análises, recomendações e comentários objetivos, acerca das atividades examinadas. O auditor interno deve, portanto, preocupar-se com qualquer fase das atividades da empresa na qual possa ser de utilidade à Administração. Para conseguir o cumprimento deste objetivo geral de serviços à administração, há necessidades de desempenhar atividades tais como: - Revisar e avaliar a eficácia, suficiência e aplicação dos controles contábeis, financeiros e operacionais. - Determinar a extensão do cumprimento das normas, dos planos e procedimentos vigentes. - Determinar a extensão dos controles sobre a existência dos ativos da empresa e da sua proteção contra todo tipo de perda. - Determinar o grau de confiança, das informações e dados contábeis e de outra natureza, preparados dentro da empresa. 5 - Avaliar a qualidade alcançada na execução de tarefas determinadas para o cumprimento das respectivas responsabilidades. - Avaliar os riscos estratégicos e de negócio da organização. PASSO 2 Os procedimentos de Perícia Contábil visam fundamentar as conclusões que serão levadas ao laudo pericial contábil ou parecer contábil, e abrangem total ou parcialmente, segundo a sua natureza e complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação arbitramento, mensuração, avaliação e certificação. O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial na qual o Perito- Contador ou o Perito-Contador Assistente estabelecem os procedimentos gerais dos exames a serem executados no Processo Judicial, Extrajudicial ou Arbitral para o qual foi nomeado, indicado ou contratado pelas Partes, elaborando-o a partir do exame do objeto da Perícia. A Empresa Modelo S.A, de acordo com a amostra analisada pela Auditoria Interna, necessita contratar o serviço de uma perícia contábil extrajudicial. É aquela realizada fora do judiciário, por vontade das partes. Seu objetivo poderá ser: demonstrar a veracidade ou não do fato em questão, discriminar interesses de cada pessoa envolvida em matéria conflituosa; comprovar fraude, desvios, simulação. O planejamento das atividades da perícia a ser efetuada é essencial para a coordenação de trabalhos entre os peritos. Planejar o trabalho pericial é ordenar os procedimentos técnicos a serem desenvolvidos pelo perito para obter os elementos que permitam oferecer o laudo pericial contábil. O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial que antecede as diligências, pesquisas, cálculos e respostas aos quesitos, na qual o perito do juízo estabelece a metodologia dos procedimentos periciais a serem aplicados, elaborando-o a partir do conhecimentodo objeto da perícia. O perito, na fase do planejamento, com vistas a elaborar a proposta de honorários, deve: ● avaliar os riscos decorrentes das suas responsabilidades e todas as despesas e custos inerentes; ● ressaltar que, na hipótese de apresentação de quesitos suplementares, poderá estabelecer honorários complementares. 6 Na Perícia, como em qualquer atividade, se trabalha com margens de risco, embora na Perícia o risco tem mais significação, pois pode levar a uma opinião errônea, produzindo prova falsa, como lesão ao direito de terceiros. O Perito não pode errar, e para isto deve se precaver de todas as formas possíveis Especificam- se aqui os Procedimentos da Perícia • O exame é a análise dos livros comerciais de registros, os documentos fiscais e legais, enfim todos os elementos ao alcance do profissional, preferencialmente os que tenham capacidade legal de prova. O perito, todavia, compulsa também componentes patrimoniais concretos (dinheiro, títulos, mercadorias, bens móveis, veículos, etc.), além de tais elementos, lida, ainda, com instrumentações, como normas, cálculos, regulamentos, etc. • A vistoria é um exame pericial, mas distingue-se dele pela origem e por seus efeitos. Por ela se confirmam estados e situações alegadas por interessados, para reclamar direitos, defender-se de acusações, justificar e comprovar atos e, em oposição, por aqueles que sustentam obrigações de terceiros, acusam ou pretendem garantir seus direitos. • A indagação é o ato pericial de se obter testemunho pessoal de quem tem conhecimento de atos e fatos pertinentes à matéria. • A investigação é uma técnica pericial abrangente, que tem por finalidade detectar se houve sobre determinado fato, procedimento que obscurece a verdade, como: fraude, má-fé, dolo, erro, etc. • O arbitramento é a técnica que se utiliza de procedimentos estatísticos para estabelecer valores e procedimentos analógicos para fundamentar o valor encontrável. • A mensuração é o ato de quantificação física de coisas, bens, direitos e obrigações. • A avaliação é o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e receitas. É a constatação do valor real das coisas por meio de cálculos e análises. • A certificação está contida no laudo, que, por ser efetuado por um profissional habilitado formal e tecnicamente, é merecedor de fé pública. Todos os meios são válidos para que o perito forme a sua opinião, evidenciando sempre a verdade dos fatos, porém, não se esquecendo de sua 7 conduta ética. O perito contábil em qualquer trabalho que venha desenvolver, terá acesso a todos os documentos necessários para a elaboração do laudo pericial, inclusive, em alguns casos poderá solicitar o depoimento dos envolvidos. PASSO 3 Considerando o mercado competitivo em que as empresas estão inseridas, as mesmas devem valer-se de todos os recursos possíveis como apoio ao processo de gestão tendo em vista sua sobrevivência e crescimento. O processo de gestão requer um sincronismo dos recursos no contexto das rotinas empresariais. E nesse sentido, o controle interno se constitui como um conjunto de recursos, caracterizados por procedimentos bem definidos e conjugados de forma adequada nos vários locais dentro da organização tendo em vista assegurar a geração de informações fidedignas que servem de base para a tomada de decisões além da proteção do patrimônio da organização. Dado a relevância dos controles internos ao processo de gestão e como forma auxiliar de avaliação e aumento da eficiência desses controles foi desenvolvida a metodologia COSO. O COSO (The Comitee of Sponsoring Organizations) é uma entidade sem fins lucrativos, dedicada à melhoria dos relatórios financeiros através da ética, efetividade dos controles internos e governança corporativa. Analisando esta questão na Empresa Modelo S/A têm-se as recomendações do COSO e são tidas como referência para controles internos. Por controle interno, o COSO entende como sendo todo processo conduzido pela diretoria, conselheiros, ou outros empregados de uma companhia, no intuito de prover uma razoável garantia com relação ao cumprimento das metas de organização. Segundo o Coso, controle interno é um processo. Este processo é constituído de 5 elementos, que estão inter-relacionados entre si, e presentes em todo o controle interno. Os 5 elementos são: • Ambiente de Controle • Avaliação e Gerenciamento dos Riscos • Atividade de Controle 8 • Informação e Comunicação • Monitoramento Segue agora, de forma detalhada os 5 elementos refletidos na EMPRESA MODELO S/A: Primeiro Elemento: Ambiente de Controle na Empresa Modelo S/A: Ambiente de controle é a consciência de controle da entidade, sua cultura de controle. Ambiente de controle é efetivo quando as pessoas da entidade sabem quais são suas responsabilidades, os limites de sua autoridade e se têm a consciência, competência e o comprometimento de fazerem o que é correto da maneira correta. Ou seja: os funcionários sabem o que deve ser feito? Se sim, eles sabem como fazê-lo? Se sim, eles querem fazê-lo? A resposta não a quaisquer dessas perguntas é um indicativo de comprometimento do ambiente de controle. Ambiente de controle envolve competência técnica e compromisso ético; é um fator intangível, essencial à efetividade dos controles internos. A postura da alta administração desempenha papel determinante neste componente. Ela deve deixar claro para seus comandados quais são as políticas, procedimentos, Código de Ética e Código de Conduta a serem adotados. Estas definições podem ser feitas de maneira formal ou informal, o importante é que sejam 9 claras aos funcionários da organização. O exemplo “vem de cima”: quem dá o tom de controle da entidade são seus principais administradores. Dicas • O ambiente de controle é mais efetivo na medida em que as pessoas tenham a sensação que estão sendo controladas; • Certifique-se que os funcionários conhecem suas responsabilidades e a função de seus serviços; • Verifique se há um plano adequado de treinamento; • Verifique se os funcionários sabem qual o padrão de conduta e ética a serem seguidos; • Verifique se são tomadas as ações corretivas disciplinares devidas, quando o funcionário não agir de acordo com os padrões de conduta e comportamento esperados ou de acordo com as políticas e procedimentos recomendados. Segundo Elemento: Avaliação e Gerenciamento dos Riscos na Empresa Modelo S/A: As funções principiais do controle interno, como vimos, estão relacionadas ao cumprimento dos objetivos da entidade. Portanto, a existência de objetivos e metas é condição “sem a qual não” para a existência dos controles internos. Se a entidade não tem objetivos e metas claros, não há necessidade de controles internos. Uma vez estabelecidos e clarificados os objetivos, deve-se: • Identificar os riscos que ameacem o seu cumprimento; e • Tomar as ações necessárias para o gerenciamento dos riscos identificados. Avaliação de riscos é a identificação e análise dos riscos associados ao não cumprimento das metas e objetivos operacionais, de informação e de conformidade. Este conjunto forma a base para definir como estes riscos serão gerenciados. Os administradores devem definir os níveis de riscos operacionais, de informação e conformidade que estão dispostos a assumir. A avaliação de riscos é uma responsabilidade da administração, mas cabe à Auditoria Interna fazer uma avaliação própria dos riscos, confrontando-a com a avaliação feita pelos 10 administradores. A identificação e gerenciamento dos riscos é uma ação proativa, que permite evitar surpresas desagradáveis. Identificaçãodos riscos Risco é a probabilidade de perda ou incerteza associada ao cumprimento de um objetivo. Para cada objetivo proposto deve ser feito um processo de identificação dos riscos. Como auxílio neste processo de identificação dos riscos, sugerimos que o auditor responda as perguntas abaixo, para cada objetivo elencado, anotando as respostas que representarem uma ameaça possível: • O que pode dar errado? • Como e onde podemos falhar? • O que deve dar certo? • Onde somos vulneráveis? • Quais ativos devemos proteger? • Temos algum ativo líquido ou de uso alternativo? • Como podemos ser roubados ou furtados? • Como poderiam interromper nossas operações? • Como sabemos se nossos objetivos foram (ou não) alcançados? • Quais informações são as mais importantes ? • Onde gastamos mais dinheiro? • Como faturamos e cobramos nossas vendas? • Quais decisões requerem mais análise? • Quais atividades são mais complexas? • Quais atividades são mais regulamentadas? • Quais são nossas maiores exposição ao risco legal? Análise dos Riscos Uma vez identificados os riscos, devemos avaliá-los, levando em conta os seguintes aspectos: • qual a probabilidade (frequência) dos riscos ocorrerem? • em caso de ocorrer, qual seria o impacto nas operações, considerando os aspectos quantitativos e qualitativos? 11 • verifique, em sua opinião, quais ações seriam necessárias para administrar os riscos identificados. Dicas • Certifique-se que a entidade tenha uma missão clara, e que as metas e objetivos estejam formalizados • Avalie os riscos a nível de dependência e setor • Avalie os riscos a nível de processo • Elabore um papel de trabalho para cada atividade relevante, priorize as atividades e processos mais críticos e aquelas que podem ser melhoradas. Terceiro Elemento: Atividades de Controle na Empresa Modelo S.A: São aquelas atividades que, quando executadas a tempo e maneira adequados, permitem a redução ou administração dos riscos. As atividades de controle compreendem o que, na sistemática de trabalho anterior à do COSO, era tratado como controle interno. Podem ser de duas naturezas: atividades de prevenção ou de detecção. As principais atividades de controle, e suas respectivas naturezas, são: a) – Alçadas (prevenção): são os limites determinados a um funcionário, quanto a possibilidade deste aprovar valores ou assumir posições em nome da instituição. Exemplos: Estabelecimento de valor máximo para um caixa pagar um cheque Estabelecimento dos tetos assumidos por um operador de mercado para cada horizonte de investimento Estabelecimento de alçada operacional para o Comitê de Crédito de uma agência. b) – Autorizações (prevenção): a administração determina as atividades e transações que necessitam de aprovação de um supervisor para que sejam efetivadas. A aprovação de um supervisor, de forma manual ou eletrônica, implica que ele (ou ela) verificou e validou a atividade ou transação, e assegurou que a mesma está em conformidade com as políticas e procedimentos estabelecidos. Os responsáveis pela autorização devem verificar a documentação pertinente, questionar itens pouco usuais, e assegurarem-se de que as informações necessárias à transação foram checadas, antes de darem sua autorização. Jamais devem assinar em branco ou fornecerem sua senha eletrônica 12 c) – Conciliação (detecção): é a confrontação da mesma informação com dados vindos de bases diferentes, adotando as ações corretivas, quando necessário d) – Revisões de Desempenho (detecção): Acompanhamento de uma atividade ou processo, para avaliação de sua adequação e/ou desempenho, em relação às metas, aos objetivos traçados e aos benchmarks, assim como acompanhamento contínuo do mercado financeiro (no caso de bancos), de forma a antecipar mudanças que possam impactar negativamente a entidade. Exemplos: • monitoração do comportamento de usuários de cartões de crédito (lugares inusitados, produtos diferentes etc.) • monitoração e questionamento de flutuações abruptas nos resultados de agências, produtos, carteiras próprias e de terceiros • monitoração de valores realizados e orçados em unidades, com o objetivo de identificar dificuldades/problemas • acompanhamento da concorrência, visando o lançamento de novos produtos e) – Segurança Física (prevenção e detecção): os valores de uma entidade devem ser protegidos contra uso, compra ou venda não-autorizados. Um dos melhores controles para proteger estes ativos é a segurança física, que compreende controle de acessos, controle da entrada e saída de funcionários e materiais, senhas para arquivos eletrônicos, ‘call-back’ para acessos remotos, criptografia e outros. Incluem-se neste controle os processos de inventário dos itens mais valiosos para a entidade (p.ex., conferência de numerário) f) – Segregação de Funções (prevenção): a segregação é essencial para a efetividade dos controles internos. Ela reduz tanto o risco de erros humanos quanto o risco de ações indesejadas. Contabilidade e conciliação, informação e autorização, custódia e inventário, contratação e pagamento, administração de recursos próprios e de terceiros, normatização (gerenciamento de riscos) e fiscalização (auditoria) devem estar segregadas entre os funcionários g) – Sistemas Informatizados (prevenção e detecção): controles feitos através de sistemas informatizados dividem-se em dois tipos: • controles gerais: pressupõe os controles nos centros de processamentos de dados e controles na aquisição, desenvolvimento e manutenção 13 de programas e sistemas. Exemplos: organização e manutenção dos arquivos de back-up, arquivo de log do sistema, plano de contingência; • controles de aplicativos: são os controles existentes nos aplicativos corporativos, que têm a finalidade de garantir a integridade e veracidade dos dados e transações. Exemplos: validação de informações (checagem das informações com registros armazenados em banco de dados). h) – Normatização Interna (prevenção): é a definição, de maneira formal, das regras internas necessárias ao funcionamento da entidade. As normas devem ser de fácil acesso para os funcionários da organização, e devem definir responsabilidades, políticas corporativas, fluxos operacionais, funções e procedimentos. As atividades de controle devem ser implementadas de maneira ponderada, consciente e consistente. Nada adianta implementar um procedimento de controle, se este for executado de maneira mecânica, sem foco nas condições e problemas que motivaram à sua implantação. Também é essencial que as situações adversas identificadas pelas atividades de controles sejam investigadas, adotando-se tempestivamente as ações corretivas apropriadas. Quarto Elemento: Informação e Comunicação na Empresa Modelo S/A: A comunicação é o fluxo de informações dentro de uma organização, entendendo que este fluxo ocorre em todas as direções – dos níveis hierárquicos superiores aos níveis hierárquicos inferiores, dos níveis inferiores aos superiores, e comunicação horizontal, entre níveis hierárquicos equivalentes. A comunicação é essencial para o bom funcionamento dos controles. Informações sobre planos, ambiente de controle, riscos, atividades de controle e desempenho devem ser transmitidas à toda entidade. Por outro lado, as informações recebidas, de maneira formal ou informal, de fontes externas ou internas, devem ser identificadas, capturadas, verificadas quanto à sua confiabilidade e relevância, processadas e comunicadas às pessoas que as necessitam, tempestivamente e de maneira adequada. O processo de comunicação pode ser formal ou informal. O processo formal acontece através dos sistemas internos de comunicação – que podem variar desde complexo sistemas computacionais a simplesreuniões de equipes de trabalho – e são importantes para obtenção das informações necessárias ao acompanhamento 14 dos objetivos operacionais, de informação e de conformidade. O processo informal, que ocorre em conversas e encontros com clientes, fornecedores, autoridades e empregados é importante para obtenção das informações necessárias à identificação de riscos e oportunidades. Dicas Informação e comunicação são conceitos simples. No entanto, comunicar e conseguir informações com as pessoas, de maneira prática e tempestiva, é sempre um desafio. Quando o auditor estiver preenchendo um PT sobre uma atividade ou processo, é importante avaliar a qualidade dos sistemas e fluxos das informação pertinentes na dependência auditada. Quinto Elemento: Monitoramento na Empresa Modelo S.A: O monitoramento é a avaliação dos controles internos ao longo do tempo. Ele é o melhor indicador para saber se os controles internos estão sendo efetivos ou não. O monitoramento é feito tanto através do acompanhamento contínuo das atividades quanto por avaliações pontuais, tais como auto-avaliação, revisões eventuais e auditoria interna. A função do monitoramento é verificar se os controles internos são adequados e efetivos. Controles adequados são aqueles em que os cinco elementos do controle (ambiente, avaliação de riscos, atividade de controle, informação & comunicação e monitoramento) estão presentes e funcionando conforme planejado. Controles são eficientes quando a alta administração tem uma razoável certeza: • Do grau de atingimento dos objetivos operacionais propostos; • De que as informações fornecidas pelos relatórios e sistemas corporativos são confiáveis; e • Leis, regulamentos e normas pertinentes estão sendo cumpridos. PASSO 4 Considerando que a Empresa em questão não está com sua situação 15 regularizada, pois não fez uso do método de equivalência patrimonial, esta necessita de um olhar diferenciado. Diante disto, frisa-se que há situações que, em face de prejuízos acumulados apurados pela coligada ou controlada, o valor de seu Patrimônio Líquido passe a ser negativo, acarretando um “Passivo a Descoberto” (quando o Balanço Patrimonial passa a apresentar valor total com obrigações para com terceiros superior ao dos ativos). Nesta situação, o procedimento contábil, na investidora, é registrar normalmente a equivalência patrimonial, diminuindo-se o valor do investimento, até que este esteja “zerado”, não se registrando, portanto, qualquer parcela a título de investimento negativo. Mas, para fins de controle, pois o investimento não deve ser baixado (a não ser que a respectiva participação seja integralmente alienada ou liquidada), sugere- se criar uma conta redutora da conta investimento respectivo, de forma que o valor contábil do investimento seja anulado. Considerando os dados oferecidos, os 20% das ações da Cia Sandstone correspondem a R$ 2.400.000,00 contemplando os 80% de R$ 9.600.000,00. Somando R$ 12.000.000,00. PASSO 5 Entendendo o Mercado de Valores Mobiliários O Sistema Financeiro O sistema financeiro pode ser definido como o conjunto de instituições, produtos e instrumentos que viabiliza a transferência de recursos ou ativos financeiros entre os agentes superavitários (poupadores) e os agentes deficitários(tomadores) da economia. O Sistema Financeiro Nacional é segmentado em quatro grandes "mercados", que são: √ Mercado monetário: é o mercado onde se concentram as operações para controle da oferta de moeda e das taxas de juros de curto prazo com vistas a garantir a liquidez da economia. O Banco Central do Brasil atua neste mercado praticando a chamada Política Monetária. √ Mercado de crédito: atuam neste mercado diversas instituições financeiras e não financeiras prestando serviços de intermediação de recursos de curto e médio 16 prazo para agentes deficitários que necessitam de recursos para consumo ou capital de giro. O Banco Central do Brasil é o principal órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização deste mercado. √ Mercado de capitais: tem como objetivo canalizar recursos de médio e longo prazo para agentes deficitários, através das operações de compra e de venda de títulos e valores mobiliários, efetuadas entre empresas, investidores e intermediários. A Comissão de Valores Mobiliários é o principal órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização deste mercado. √ Mercado de câmbio: mercado onde são negociadas as trocas de moedas estrangeiras por reais. O Banco Central do Brasil é o responsável pela administração, fiscalização e controle das operações de câmbio e da taxa de câmbio atuando através de sua Política Cambial. O Mercado de Valores Mobiliários O mercado de valores mobiliários é o segmento do sistema financeiro que viabiliza a transferência de recursos de maneira direta entre os agentes econômicos. Nesse mercado, as instituições financeiras atuam como prestadoras de serviço. O risco de uma possível inadimplência dos tomadores de recursos é dos próprios investidores. As operações são, em geral, de médio e longo prazo, e os títulos negociados são valores mobiliários. As operações que ocorrem no mercado de valores mobiliários, bem como seus participantes, são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As companhias abertas, por exemplo, necessitam de recursos financeiros para realizar investimentos produtivos, tais como: construção de novas plantas industriais; inovação tecnológica; expansão da capacidade; aquisição de outras empresas ou mesmo o alongamento do prazo de suas dívidas. Os investidores, por outro lado, possuem recursos financeiros excedentes, que precisam ser aplicados de maneira rentável e valorizar-se ao longo do tempo, contribuindo para o aumento de capital do investidor. Existem companhias de diferentes portes, com necessidades financeiras variadas. Ao mesmo tempo, investidores podem aplicar com o objetivo de obterem retorno financeiro no curto, médio ou longo prazo, e com diferentes níveis de risco. Para compatibilizar os diversos interesses entre companhias e investidores, estes recorrem aos intermediários financeiros, que cumprem a função de reunir 17 investidores e companhias, propiciando a alocação eficiente dos recursos financeiros na economia. O papel dos intermediários financeiros é harmonizar as necessidades dos investidores com as das companhias abertas. Por exemplo, uma companhia que necessita captar recursos para investimentos, se desejar fazê-lo através do mercado de capitais, deve procurar os intermediários financeiros, que irão distribuir seus títulos para serem oferecidos a diversos investidores, possibilitando mobilizar o montante de recursos requerido pela companhia. Esses intermediários financeiros irão orientar a companhia sobre a melhor alternativa de financiamento, isto é, alternativas para que a companhia possa se financiar. Abertura do Capital - Por que uma empresa abre seu capital? Caso a companhia decida pelo mercado de capitais, vários procedimentos jurídicos e administrativos para a abertura do capital serão necessários. O primeiro passo para isso é a obtenção do registro de companhia aberta junto à CVM. A companhia irá solicitar e deverá apresentar uma série de documentos que são especificados pela CVM, entre eles os principais atos societários, as últimas demonstrações financeiras, parecer de auditor independente, entre outros. Uma vez obtido o registro de companhia aberta junto à CVM, a empresa pode, por exemplo, emitir títulos representativos de seu capital, as ações, ou títulos representativos de dívida da companhia, como debêntures e notas comerciais ("commercial papers"), através deuma operação de oferta pública de valores mobiliários. O que são valores mobiliários? O mercado de valores mobiliários brasileiro negocia, predominantemente, ações, debêntures e quotas de fundos de investimento. Entretanto, existem vários outros tipos de valores mobiliários. O art. 2o da Lei nº 6.385, de 07.12.76, com alterações feitas pela Lei nº 10.303, de 31.10.01, define como valores mobiliários: I. as ações, debêntures e bônus de subscrição; II. os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários; III. os certificados de depósito de valores mobiliários; IV. as cédulas de debêntures; V. as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de 18 investimento em quaisquer ativos; VI. as notas comerciais; VII. os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários; VIII. outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes Além desses, a Lei nº 10.303 introduziu a seguinte importante definição: "IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros". Estão expressamente excluídos do mercado de valores mobiliários os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal e os títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, exceto as debêntures. Nenhuma emissão pública de valores mobiliários poderá ser distribuída, no mercado, sem prévio registro na CVM, entendendo-se por atos de distribuição a venda, promessa de venda, oferta à venda ou subscrição, aceitação de pedido de venda ou subscrição de valores mobiliários. Ofertas Públicas As distribuições públicas de valores mobiliários devem ser registradas na Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) (Instrução CVM nº 400/03). Para isso, a companhia emissora deverá contratar um ou mais intermediários financeiros, que irão atuar como líderes da distribuição, organizando a operação e solicitando o registro da mesma junto à CVM. Em geral, os intermediários financeiros se associam, em consórcios, num esforço para vender todos os títulos ou valores mobiliários emitidos pela companhia. A colocação inicial desses títulos ou valores mobiliários se dá no chamado mercado primário, onde as ações e/ou debêntures, por exemplo, são vendidas pela primeira vez e os recursos financeiros obtidos são direcionados para a respectiva companhia. A sistemática de registro estabelece os elementos mínimos de informação com base nos quais decisões de investimento possam ser adequadamente tomadas. Serve também como proteção para os investidores, inclusive através da verificação da legitimidade da emissão de valores mobiliários e da legalidade dos atos societários e legais que lhe deram origem, não se constituindo todavia em atestado 19 de qualidade do empreendimento. A responsabilidade principal sobre as informações prestadas é do emissor, mas cabe ao intermediário líder da colocação revisar essas informações, a fim de verificar se são fidedignas e suficientes para uma tomada de decisão pelos investidores. IMPORTANTE: A CVM pode dispensar o registro de ofertas de determinados valores mobiliários, como debêntures não conversíveis em ações, Cotas de fundos de investimentos fechados, Commercial Papers, certificados de recebíveis imobiliários, certificados de agronegócio, Cédula de Crédito Bancário (“CCB”) e Letras Financeiras. Nesse caso são chamadas de ofertas públicas com esforços restritos, reguladas pela Instrução 476/09, e buscam um publico-alvo específico, os chamados investidores qualificados (fundos de investimentos, por exemplo) Os investidores qualificados são os elencados no art. 109 da Instrução CVM nº 409/04, a saber: I – instituições financeiras; II – companhias seguradoras e sociedades de capitalização; III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar; IV – pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio, de acordo com o Anexo I; V – fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados; VI – administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios; VII – regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou por Municípios. Para os fins de ofertas públicas de valores mobiliários distribuídos com esforços restritos, deve-se observar que: I – todos os fundos de investimentos serão considerados investidores qualificados, mesmo que se destinem a investidores não-qualificados; e II – As pessoas naturais e jurídicas mencionadas no inciso IV do art. 109 da Instrução CVM nº 409, de 2004, deverão subscrever ou adquirir, no âmbito da oferta, valores mobiliários no montante mínimo de R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais) 20 Fechamento do capital Uma empresa, da mesma forma que decide abrir seu capital, poderá desejar, por uma decisão estratégica/empresarial fazer a operação inversa. O fechamento do capital obedece as regras previstas na Instrução CVM 361/02 e ocorre por meio de uma OPA (Oferta Pública de Aquisição de ações). De forma simplificada, o acionista controlador irá recomprar ações de emissão da companhia e poderá fechar o capital desde que acionistas minoritários titulares de mais de 2/3 (dois terços) das ações em circulação aceitem os termos do negócio. Negociação Finalizada a oferta pública de distribuição, os investidores que adquiriram os títulos e valores mobiliários podem revendê-los no chamado mercado secundário, onde ocorre a sua negociação entre os investidores. Os investidores podem negociar diretamente entre si para comprar e vender ações e outros títulos e valores mobiliários. Contudo, na maioria dos casos, essa não é a forma mais eficiente porque implica em altos custos de transação. Para facilitar a negociação desses títulos no mercado secundário, foram criadas instituições que têm por objetivo administrar sistemas centralizados, regulados e seguros para a negociação desses títulos. A função básica dessas instituições é proporcionar liquidez aos valores de emissão de companhias abertas, ou seja, possibilitar ao investidor que adquiriu esses títulos vendê-los de forma eficiente e segura. São exemplos destas instituições as bolsas de valores e as entidades administradoras do mercado de balcão organizado. A atuação nas bolsas de valores e nos mercados de balcão, organizado e não organizado, é restrita aos integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, dentre estes as instituições financeiras e sociedades corretoras e distribuidoras devidamente autorizadas a funcionar pela CVM e pelo Banco Central do Brasil, que atuam em nome de seus clientes, os investidores, comprando e vendendo ações, debêntures e outros títulos e valores mobiliários emitidos pelas companhias abertas. As bolsas de valores e as entidades do mercado de balcão organizado têm o status de autorreguladores, pois são responsáveis por estabelecer diversas regras relativas ao funcionamento dos mercados por elas administrados e à atuação dos intermediários que neles atuam. Ao mesmo tempo, as bolsas de valores e os 21 mercados de balcão organizado são supervisionados pela CVM. Compreenda as terminologias usadas no Sistema Financeiro √ Mercado primário: As empresas ou o governo emitem títulos e valoresmobiliários para captar novos recursos diretamente de investidores. √ Mercado secundário: é composto por títulos e valores mobiliários previamente adquiridos no mercado primário, ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto é, a compra e venda. Não envolve mais o emissor e nem a entrada de novos recursos de capital para quem o emitiu. Seu objetivo é gerar negócios, isto é, dar liquidez aos títulos. √ Distribuição primária: corresponde à distribuição de novas ações, sendo os recursos captados destinados a aumento de capital da companhia emissora. √ Distribuição secundária: corresponde à distribuição de ações já emitidas e os recursos captados se destinam aos acionistas vendedores, que podem ser investidores estratégicos tais como os Fundos de "Private Equity" (Fundo de Investimento em Participações). O que é Bolsa de Valores As bolsas de valores são ambientes organizados para negociação de títulos e valores mobiliários. Sua principal função é proporcionar um ambiente mais líquido, transparente e seguro para a realização de negócios, contribuindo assim para a eficiência do mercado de capitais. As bolsas de valores utilizam sistemas eletrônicos de negociação para registro das ordens de compra e venda. No Brasil, atualmente, as bolsas são organizadas sob a forma de sociedade por ações (S.A.), regulada e fiscalizada pela CVM. As bolsas têm autonomia para exercer seus poderes de autorregulamentação sobre as corretoras de valores que nela operam. Todas as corretoras são registradas no Banco Central do Brasil e na CVM. Somente através das corretoras e distribuidoras, os investidores têm acesso aos sistemas de negociação para efetuarem suas transações de compra e venda. As companhias que têm ações negociadas nas bolsas são chamadas companhias "listadas". A companhia deve, ainda, atender aos requisitos estabelecidos pela Lei das S.A. (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976) e pelas instruções da CVM, além de obedecer a uma série de normas e regras estabelecidas pelas próprias bolsas. 22 Os mercados de capitais são mais eficientes em países onde existem bolsas de valores bem estruturadas, transparentes e líquidas. Para que elas desempenhem suas funções, o ambiente de negócios do país tem que ser livre e as regras devem ser claras. Nestes contextos, as bolsas podem beneficiar todos os indivíduos da sociedade e não somente aqueles que detêm ações de companhias abertas. Vejam, a seguir, quais são os benefícios gerados pelas bolsas de valores para a economia e a sociedade como um todo: - Levantando capital para negócios : As bolsas de valores fornecem um excelente ambiente para as companhias levantarem capital para expansão de suas atividades através da venda de ações, e outros valores mobiliários, ao público investidor. - Mobilizando poupanças em investimentos: Quando as pessoas investem suas poupanças em ações de companhias abertas, isto leva a uma alocação mais racional dos recursos da economia, porque os recursos - que, de outra forma, poderiam ter sido utilizados no consumo de bens e serviços ou mantidos em contas bancárias - são mobilizados e redirecionados para promover atividades que geram novos negócios, beneficiando vários setores da economia, tais como, agricultura, comércio e indústria, resultando num crescimento econômico mais forte e no aumento do nível de produtividade. - Facilitando o crescimento de companhias: Para uma companhia, as aquisições e/ou fusões de outras empresas são vistas como oportunidades de expansão da linha de produtos, aumento dos canais de distribuição, aumento de sua participação no mercado etc. As bolsas servem como um canal que as companhias utilizam para aumentar seus ativos e seu valor de mercado através da oferta de compra de ações de uma companhia por outra companhia. Esta é a forma mais simples e comum de uma companhia crescer através das aquisições ou fusões. Quando feitas em bolsas, as aquisições e fusões são mais transparentes e permitem uma maior valorização da companhia, pois as informações são mais divulgadas e há uma maior interação dos agentes envolvidos, tanto compradores quanto vendedores. - Redistribuindo a renda: Ao dar a oportunidade para uma grande variedade de pessoas adquirir ações de companhias abertas e, consequentemente, de torná- las sócias de negócios lucrativos, o mercado de capitais ajuda a reduzir a 23 desigualdade da distribuição da renda de um país. Os investidores - casuais ou profissionais -, através do aumento de preço das ações e da distribuição de dividendos, têm a oportunidade de compartilhar os lucros nos negócios bem sucedidos feitos pelos administradores das companhias. - Aprimorando a Governança Corporativa: A demanda cada vez maior de novos acionistas, as regras cada vez mais rígidas do governo e das bolsas de valores têm levado as companhias a melhorar cada vez mais seus padrões de administração e eficiência. Consequentemente, é comum dizer que as companhias abertas são mais bem administradas que as companhias fechadas (companhias cujas ações não são negociadas publicamente e que geralmente pertencem aos fundadores, familiares ou herdeiros ou a um grupo pequeno de investidores). Os princípios de governança corporativa estão, cada vez mais, sendo aceitos e aprimorados. - Criando oportunidades de investimento para pequenos investidores: Diferentemente de outros empreendimentos que necessitam de grandes somas de capital, o investimento em ações é aberto para quaisquer indivíduos, sejam eles grandes ou pequenos investidores. Um pequeno investidor pode adquirir a quantidade de ações que está de acordo com sua capacidade financeira, tornando- se sócio minoritário (mesmo tendo participação percentual ínfima no capital da companhia), sem que tenha que ficar excluído do mercado de capitais apenas por ser pequeno. Desta forma, a bolsa de valores abre a possibilidade de uma fonte de renda adicional para pequenos poupadores. - Atuando como Termômetro da Economia: Na bolsa de valores, os preços das ações oscilam dependendo amplamente das forças do mercado e tendem a acompanhar o ritmo da economia, refletindo seus momentos de retração, estabilidade ou crescimento. Uma recessão, depressão, ou crise financeira pode eventualmente levar a uma queda (ou até mesmo uma quebra) do mercado. Desta forma, o movimento dos preços das ações das companhias e, de forma ampla, os índices de ações são um bom indicador das tendências da economia. - Ajudando no financiamento de projetos sociais: Os governos federal, estadual ou municipal podem contar com as bolsas de valores ao emprestar dinheiro para a iniciativa privada para financiar grandes projetos de infraestrutura, tais como 24 estradas, portos, saneamento básico ou empreendimentos imobiliários para camadas mais pobres da população. Geralmente, esses tipos de projetos necessitam de grande volume de recursos financeiros, que as empresas ou investidores não teriam condições de levantar sozinhas sem contar com a participação governamental. Os governos, para levantarem recursos, utilizam-se da emissão de títulos públicos. Esses títulos podem ser negociados nas bolsas de valores. O levantamento de recursos privados, por meio da emissão de títulos, elimina a necessidade (pelo menos no curto prazo) de os governos sobretaxarem seus cidadãos e, desta maneira, as bolsas de valores estão ajudando indiretamente no financiamento do desenvolvimento. BM&FBOVESPA S.A. No Brasil, opera hoje, como principal bolsa, a BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros - criada em maio de 2008 com a integração entre Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), tornando-se a maior bolsa da América Latina, a segunda das Américas e a terceira maior domundo. Nela são negociados títulos e valores mobiliários, tais como: ações de companhias abertas, títulos privados de renda fixa, derivativos agropecuários (commodities), derivativos financeiros, entre outros valores mobiliários. A BM&FBOVESPA também administra mercados de Balcão Organizado. O que é Mercado de Balcão Organizado O mercado de balcão é dito organizado no Brasil quando as instituições que o administram criam um ambiente informatizado e transparente de registro ou de negociação e têm mecanismos de autorregulamentação. A principal diferença entre mercado de bolsa e de balcão organizado está nas regras de negociação estabelecidas para os ativos registrados em cada um deles. Nesse mercado, onde também as instituições são autorizadas a funcionar pela CVM e por ela são supervisionadas, cria-se um ambiente de menor risco e transparência para os investidores se comparado ao mercado de balcão não organizado, em que as instituições financeiras negociam títulos e valores mobiliários sem um local físico ou sistema eletrônico definidos e organizados. 25 Atuam como intermediários no mercado de balcão organizado não somente as corretoras de valores, mas também outras instituições financeiras, como bancos de investimento e distribuidoras de valores. Além das ações, outros valores mobiliários são negociados em mercados de balcão organizado, tais como debêntures, cotas de fundos de investimento imobiliário, fundos fechados, fundos de investimento em direitos creditórios - FIDCs, certificados de recebíveis imobiliários - CRIs, entre outros. O primeiro mercado de balcão organizado destinado à negociação de ações criado no Brasil foi a Sociedade Operadora de Mercado de Ativos - SOMA, adquirida pela BOVESPA em 2002. Em seu lugar, foi implantado o SOMA FIX, atual mercado de balcão organizado de títulos de renda fixa da bolsa paulista. Cetip - Mercados Organizados A Cetip é uma companhia de capital aberto que oferece serviços de registro, central depositária, negociação e liquidação de ativos e títulos. Em maio de 2008, os associados da Cetip aprovaram, em Assembleia Geral Extraordinária, a proposta de desmutualização e a transformação da empresa em uma sociedade anônima, e, em 28 de outubro de 2009, a companhia passou a ter capital aberto, com ações negociadas no Novo Mercado. A empresa é líder no Brasil no registro e depósito de ativos de Renda Fixa e Derivativos de Balcão e concentra grande parte das negociações eletrônicas de títulos públicos e privados. Participantes do mercado brasileiro Estes são alguns dos principais agentes participantes do mercado de capitais brasileiro: √ Emissores - Companhias abertas √ Intermediários - Bancos de Investimento - Corretoras de Mercadorias - Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários - Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários - Agentes autônomos de investimento - Administradores de carteiras 26 √ Administradores de Mercado - Bolsas de Valores - Depositárias - Câmaras de Compensação e Liquidação √ Outros - Analistas de Mercado de Valores Mobiliários - Empresas de Auditoria - Consultorias √ Investidores - Pessoas Físicas - Institucionais - Empresas - Estrangeiros - Outros CONSIDERAÇÕES FINAIS O Contador é frequentemente visto como um profissional que apenas trazem impostos para os empresários pagarem, toda vez que alguém procura o serviço de um Contador, não procura por qualidade, e sim por preço, buscando verificar qual realiza o serviço mais barato e consegue tirar ou driblar mais os impostos para os empresários não pagarem. Com essa visão presente em praticamente todo o País, percebido como gerador de impostos, o Contador não consegue exercer uma das suas melhores funções, que é o auxílio na sintetização das informações para a tomada de decisões da empresa. Assim, o presente desafio profissional tem como objetivo apresentar uma desmistificação do Contador, trazendo conceitos, definições e análises que podem fazer a diferença na orientação dos micro e pequenos empresários, desde a constituição até o prolongamento da vida útil deste tipo de empresas. Em geral, os micro e pequenos empresários não buscam auxílio dos Contadores porque acreditam que não precisam deste tipo de serviço, por várias 27 justificativas: ou é muito caro, ou não sabem o que o profissional pode fazer, ou acham que o profissional os está enganando, etc. Entretanto, entendemos que os Contadores são profissionais tão importantes quanto os Administradores. Um Administrador não pode ser um Contador, mas todo Contador pode ser um Administrador de excelente qualidade, pois tendo visão do negócio, pode gerar relatórios com informações que auxiliem nas decisões da empresa, seja ela de compra de bens móveis e imóveis, tomada de empréstimos de terceiros ou integralização de sócios, dentre outros assuntos tão importantes para a empresa praticar um princípio básico que é a Continuidade. A partir dos fatos, queremos evidenciar o profissional Contador como um profissional altamente capacitado capaz de administrar melhor a empresa, desde sua constituição até na tomada de decisões, o que pode ser fundamental para a sobrevivência da empresa nesse mercado atual tão agressivo e concorrido. Por fim, podemos concluir também, que através de todas as informações colhidas e resumidas neste desafio profissional que, a Auditoria Interna cumpre um papel fundamental nas Organizações, ela é considerada um controle gerencial que funciona através de medições e avaliações da eficiência e eficácia de outros controles; auxilia o administrador com dados e informações tecnicamente elaborados, relativos às atividades para acompanhamentos e supervisões mediante o exame da adequação dos controles, integridade e confiabilidade das informações e registros; estabelece sistemas para assegurar a observância das políticas, metas, planos, procedimentos, leis, normas e regulamentos, economicidade do desempenho e da utilização dos recursos, compatibilidade das operações e programas com os objetivos, planos e meios de execução estabelecidos. O auditor interno deve ter acesso a todas as áreas e informações, terreno no qual e para o qual desenvolverá o seu trabalho. Quanto mais informações úteis e oportunas o auditor interno fornecer, maior credibilidade será dada ao seu papel funcional dentro da Organização. O auditor deverá estar de acordo com as normas de auditoria, juntamente com os procedimentos que estabelecem uma disciplina na realização do trabalho; essas normas são observadas o processo de auditoria torna-se objetivo, porém é necessário que o auditor busque constantemente seu aprimoramento, que esteja atualizado, pois o mercado de trabalho está muito competitivo. 28 E ao final deste desafio profissional, consideramos de total importância para as organizações o processo de auditoria interna contábil, pois esta é a ferramenta imprescindível para o controle das informações aos administradores e a tomada de decisões. São vários os motivos que favorecem a implantação da auditoria interna na empresa, como exemplo a eliminação de erros, as empresas de um modo geral estão preocupadas com a veracidade de suas informações contábeis. A finalidade da Auditoria Interna resume-se em auxiliar os membros da organização no desempenho de suas atividades, proporcionando-lhes análises, avaliações, recomendações, assessoria e informação relativas às atividades revisadas. O auditor interno tem o objetivo e responsabilidade de tornar possível a harmonia de todas as ações praticadas pela organização, fazendo com que as consequências dessa harmonia sejam levadas ao conhecimento a todos os setores da empresa e a todos os interessados nos seus serviços. Temque ter senso ético e moral pois manuseia informações altamente confidenciais e necessita contato direto com seus superiores facilitando o fluxo das informações. O gestor munido de uma boa auditoria interna, possui maior possibilidade de acertar continuamente o processo decisório e atingir eficácia almejada da empresa, seja sob lucro, sobrevivência empresarial ou mudanças na continuidade dos empreendimentos. De modo geral, as empresas estão se deparando com muitos desafios, necessitando assim de profissionais da área contábil para controlar suas atividades minuciosamente, ou seja, Auditoria Interna. A pesquisa foi fundamental para se alcançar o objetivo geral, pois procurou-se de modo resumido e bem claro demonstrar a importância da auditoria interna nas organizações, sua contribuição significativa para o controle das informações e adequação com as Normas Brasileiras de Auditoria conforme o exposto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares 29 Nacionais: História, Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução nº 1, de 2 de fevereiro de 2004. Institui as diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em administração, bacharelado. 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