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Ebook+Protocolo+Laserterapia+na+Podologia (1)

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PROTOCOLO 
LASERTERAPIA NA 
PODOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podólogo Marcos Moura 
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RESUMO 
 
 
A Laserterapia traz ótimos resultados, procurando oferecer serviços e tratamentos 
cada vez mais eficazes, a Podologia está sempre procurando novas técnicas e 
equipamentos que possam ser utilizados nesta área, e a grande novidade foi à 
descoberta do Laser Terapêutico. Apesar de estar sendo usado já há alguns anos 
na medicina, só recentemente é que ficou provado que o Laser tem grande 
importância quando aplicado na Cicatrização de Feridas , inflamações decorrentes 
de onicocriptose, verruga plantar, rachaduras no calcanhar, tinea pedis ,e também 
tratamento para onicomicose. O uso do laser não é sentido pelo cliente, já que sua 
potência é baixa, não esquenta, não arde, não dói, não causa prurido e nem traz 
nenhum desconforto. Com isso, deixamos bem claro que não se trata de um laser 
cirúrgico, mas sim de um laser terapêutico. O laser de baixa potência acelera o 
processo de mitose das células e por isso estimula a desinflamação e a cicatrização, 
diminuindo também a dor. O laser não pode ser usado em pessoas que possuem 
tumores malignos, porque, como sabemos, ele acelera a proliferação celular. 
Também não se deve utilizá-lo em pessoas com doenças de coração sem 
autorização médica, em pessoas com idade avançada e em condições físicas 
precárias devido a alguma doença grave ou em outras situações, as quais o médico 
considere inadequado o uso do laser. Assim respeitando as contra indicações, a 
laserterapia só traz benefícios tanto para o cliente quanto para o profissional. 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 Página 
INTRODUÇÃO .........................................................................................13 
CAPÍTULO 1-PELE E SEUS ANEXOS ..................................................14 
 
CAPÍTULO 2 - REPARAÇÃO TECIDUAL................................................16 
CAPÍTULO 3 - LASERTERAPIA..............................................................19 
CAPÍTULO 4 – APLICAÇÃO DO LASER................................................22 
CAPÍTULO 5 – CUIDADOS PARA APLICAÇÃO DO LASER.................22 
CAPÍTULO 6 – CONTRA INDICAÇÕES..................................................22 
CAPÍTULO 7 – INTERAÇÃO DO LASER COM OS TECIDOS...............23 
CAPÍTULO 8 – EFEITOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS 
 DA LASERTERAPIA......................................................25 
 8.1- DOSIMETRIA GERAL..................................................25 
CAPÍTULO 9 – TRATAMENTO DO LBI NA PODOLOGIA.....................25 
 9.1-ONICOMICOSE...............................................................25 
 9.2-LASERTERAPIA(TERAPIA FOTODINAMICA)..............26 
 9.3-ONICOCRIPTOSE...........................................................26 
CAPÍTULO 10 –PERFURANTE PLANTAR E FERIDAS EM GERAL.....27 
 
REFERÊNCIAS ........................................................................................29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
INTRODUÇÃO 
 
Os efeitos terapêuticos do Led/laser são inúmeros, devido à sua amplitude nas 
possibilidades de aplicações. O laser possui 3 características básicas, ou seja, é 
uma luz: colimada (sempre com o mesmo diâmetro), coerente (com o mesmo 
comprimento de onda) e monocromática (só com uma cor) onde apenas a porção 
boa da luz é utilizada. Embora emita radiação, é uma considerada energia pura, 
possui algumas contra-indicações, como por exemplo, a aplicação em: grávidas, 
portadores de marca-passo, glândulas hiperativas e manchas irregulares. 
Sua ação regeneradora, antiinflamatória, analgésica, fungicida e cicatrizante é 
notada em curto prazo e o mais importante: o efeito é contínuo após uma única 
aplicação, ou seja, a condição de melhora é visível e se mantém por muito tempo. O 
tempo da continuidade desse efeito pode ser notado por até 45 dias após a 
aplicação, mas devemos considerar que cada organismo tem uma maneira de reagir 
aos diversos tipos de tratamentos, considerando suas condições naturais e sistema 
imunológico .Sua aplicação é pontual e trabalha cada cm² da área a ser tratada. Por 
ser energia pura e de alta intensidade, toda energia direcionada é absorvida pelas 
células, essa por sua vez reage no tecido quimicamente, por esse motivo falamos 
que o Led e o laser é um biomodulador tecidual. A principal diferença da ação do 
Led/laser das outras técnicas utilizadas na Podologia é que o benefício celular é 
produzido de dentro para fora, ou seja, a célula absorve os efeitos do laser através 
da sua ação nas mitocôndrias, promovendo sua rápida recuperação e cura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 14 
1.PELE E SEUS ANEXOS 
 
 
O tecido é formado por células agrupadas, similares quanto à estrutura ,função e 
origem embrionária. Mesmo que o organismo humano seja tão complexo, existem 
somente quatro tipos básicos de tecidos, o epitelial, o conjuntivo, o muscular e o 
nervoso .O epitélio pode ser definido como um conjunto de células justapostas, com 
pouco material intercelular, que recobre superfícies externas e internas do corpo .O 
epitélio é capaz de secretar e absorver substâncias e é desprovido de vasos 
sanguíneos. Possui uma alta capacidade de se regenerar, pois é o tipo de tecido 
que mais comumente sofre lesão .Os diversos tipos de células, separadas por 
material intercelular, caracteriza os tecidos conjuntivos. Eles possuem uma grande 
capacidade de se regenerar e variam na forma e na função, e desempenham as 
funções de sustentação, preenchimento, defesa, nutrição, transporte e reparação .A 
superfície do corpo é toda revestida pelo sistema tegumentar, que é constituído pela 
epiderme, porção epitelial, e pela derme, porção conjuntiva .A pele é o maior órgão 
do corpo. Um adulto é revestido por aproximadamente, 2 m² de pele, com 
aproximadamente 2 mm de espessura. Ela desempenha diversas funções 
importantes e é responsável por separar fisicamente a parte interna do corpo do 
ambiente externo .Ela corresponde a 15% do peso corporal do homem, e reveste e 
delimita o organismo protegendo o mesmo através das funções de relação com o 
meio 18 externo, através da sua resistência e flexibilidade, determinando sua 
plasticidade. Sua principal função é conservar a homeostasia, pois ela possui 
alterações constantes com um determinado grau de impermeabilidade. Uma das 
funções mais importantes da pele é agir como uma barreira de forma a proteger o 
corpo dos fatores externos nocivos preservando os sistemas interno . Porém, como 
já dito anteriormente, são inúmeras as suas funções, pois ela é o órgão sensorial 
mais extenso do corpo, sendo assim o primeiro meio de contato e o protetor do 
corpo. Entre as suas funções estão: mediadora de sensações; base dos receptores 
sensoriais, onde está localizado o sentido do tato; fonte organizadora e 
processadora de informações; fonte imunológica de hormônios para diferenciação 
de células protetoras; proteção contra os efeitos da radiação, traumas mecânicos e 
elétricos; regulação da pressão e do fluxo sanguíneo linfático, entre outros . A pele 
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 15 
possui milhares de terminações microscópicas que permitem identificar diferentes 
estímulos do ambiente, fazendo com que o organismo fique alerto aos perigos do 
exterior . A pele pode ser dividida em três camadas. A mais superficial, epiderme, a 
intermediária, derme, e a mais profunda, a hipoderme, esta última não é considerada 
por alguns autores como parte da divisão. A epiderme é uma camada fina e 
avascular, que geralmenteleva de 4 a 6 semanas para se regenerar. Suas funções 
são manter a integridade da pele e agir como barreira física . É constituída por um 
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Sua porção mais profunda é 
formada por células epiteliais que se proliferam constantemente para que seu 
número seja mantido . A epiderme é formada por cinco subcamadas: o mais 
externo, o estrato córneo; o estrato lúcido; o estrato granuloso; o estrato espinhoso; 
e o estrato germinativo ou camada de células basais, que é a camada mais interna . 
A Camada Germinativa é denominada dessa maneira, pois gera novas células e 
apresenta atividade miótica intensificada, sendo responsável pela renovação 
constante da epiderme, fornecendo células para substituir as perdidas na camada 
córnea. A Camada Espinhosa tem essa denominação porque suas células possuem 
um aspecto espinhoso, que tem função de manter a coesão das células da epiderme 
dando resistência ao atrito. A Camada Granulosa possui um citoplasma 
caracterizado por ter grânulos de queratino-hialina que estão associados ao 
fenômeno de queratinização dos epitélios. A Camada Lúcida é formada por diversas 
camadas de células achatadas e ligadas que apresentam limites indistintos. E por 
fim, a Camada Córnea que consiste de vários planos de células mortas e 
intimamente ligadas (GUIRRO E GUIRRO, 2002). 
A derme é uma camada que contém estruturas próprias e está abaixo da epiderme. 
É constituída por substância fundamental, fibras, vasos e nervos, folículos 
polissebáceos e glândulas sudoríparas . Ela é formada por duas camadas principais 
a camada papilar e a camada reticular, que possuem diferenças funcionais 
importantes e três componentes básicos. Os fibroblastos são as principais células da 
derme e, mesmo não sendo numerosos ou ativos na pele estável, são capazes de 
secretar macromoléculas importantes no processo de cicatrização. As fibras, 
principalmente as fibras elásticas e de colágeno, são comuns na derme. A 
substância que possui um substrato de base, um gel glicosaminado e aguá, forma o 
terceiro componente . A Camada Papilar é constituída por um tecido frouxo. É 
delgada e possui função de aumentar a zona de contato dreno-epidérmica, 
 16 
promovendo maior resistência. Possui suprimento sanguíneo que percorre até o 
tecido conjuntivo dentro da epiderme. A Camada Reticular encontra-se entre a 
camada papilar e a hipoderme, sendo assim a camada mais profunda da derme. Ela 
é formada por feixes de colágeno mais grossos e dispostos horizontalmente . As 
duas camadas possuem muitas fibras elásticas que são responsáveis, em parte, 
pela elasticidade da pele . A hipoderme ou panículo adiposo é a camada mais 
profunda da pele, composta por lóbulos de lipócitos delimitados por septos 
colágenos com vasos sanguíneos. Os lipócitos, ou células adiposas, são 
arredondados e grandes, e em seu citoplasma concentra-se grande quantidade de 
lipídios. O fascículo adiposo é um depósito de calorias e protege o organismo de 
traumas e do calor . Os anexos da pele são os pêlos, as unhas e as glândulas. Os 
pêlos são visíveis externamente apenas pela sua haste, e estão distribuídos por 
quase todo o corpo. Sua função é de proteção, principalmente quando estão 
anexados às aberturas naturais do corpo. As unhas são formadas por dois folhetos 
epidérmicos mais externos (camada córnea e camada lúcida). Em sua extremidade 
proximal encontra-se o eponíquio (cutícula). Elas apresentam uma coloração rosada 
por causa da rede capilar presente abaixo dela. Elas crescem aproximadamente um 
milímetro por semana através de uma matriz de células situada junto a sua raiz. As 
glândulas sebáceas são encontradas em todas as regiões do corpo, com raras 
exceções. Geralmente estão anexadas aos pêlos e estão localizadas na derme e a 
sua secreção é composta por lipídios, com função de lubrificar a pele e possui uma 
ligeira ação bactericida. As glândulas sudoríparas estão dispostas em todo o corpo e 
diminuem de número com o avanço da idade. A estimulação dos nervos simpáticos 
que se dirigem a essas glândulas as força a secretar um fluído formado por cloreto 
de sódio, com traços de uréia, sulfatos e fosfatos . 
 
 
 
 2.REPARAÇÃO TECIDUAL 
 
Quando ocorre alteração da integridade da pele e aparece uma ferida ocorre o 
processo de cicatrização . A cicatrização corresponde à substituição do tecido que 
foi destruído por um tecido cicatricial (conjuntivo neoformado). É necessário que haja 
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 17 
eliminação dos agentes agressores , a manutenção do poder de regeneração das 
células e da irrigação e nutrição adequada, para que a cicatrização seja completa . 
As feridas podem lesar apenas a epiderme, apenas uma parte da derme, ou toda a 
espessura da derme, e pode ainda se estender ao tecido subcutâneo . Quando 
ocorre lesão no tecido, as células locais vão produzir uma série de mensagens 
neuro-humorais que tem como objetivo restabelecer a integridade dos tecidos. Essas 
mensagens irão atrair as células de defesa e de cicatrização para o local, além de 
produzir condições mais propícias para que ocorram estes processos . O processo 
de reparação tecidual é dividido, de maneira didática, em três fases, a de 
inflamação, a de proliferação, e a de remodelamento. Cada fase é marcada por uma 
série de interações entre as principais células, os fatores de crescimento e a matriz 
extracelular. As fases não ocorrem de maneira separada, elas se sobrepõem e se 
completam . A Fase Inflamatória é caracterizada por edema, eritema, calor e dor. Ela 
tem início no momento da lesão e dura de 4 a 6 dias . A inflamação que ocorre na 
fase de cicatrização é uma reação de defesa local restrita a área sujeita à agressão 
de agentes lesivos (BORGES, 2006). Durante a fase da inflamação acontece 
ativação do complemento, fazendo com que ocorra uma seqüência de eventos da 
inflamação, incluindo o recrutamento de macrófagos e neutrófilos . 
Após quatro dias do início da lesão, os macrófagos (células derivadas dos 
monócitos) vão migrar para o local para destruir as bactérias e limpar os resíduos 
celulares presentes na região da ferida . Os linfócitos aparecem no local da lesão 
somente uma semana após a mesma. Sua função não é bem definida, mas sabe-se 
que eles têm uma importante influência sobre os macrófagos, através das suas 
linfocinas . Nesta fase ocorre a regeneração da arquitetura tecidual e o retorno da 
função fisiológica ou formação de tecido cicatricial para restituir o que não pode ser 
reparado. Na cirurgia plástica o mecanismo de lesão vai ocorrer pelo trauma 
mecânico causado pelo instrumento cirúrgico . Na Fase Proliferativa vai ocorrer 
reepitelização e formação do tecido de granulação. Vai ocorrer também, em algumas 
feridas, a contração. A reepitelização acontece dentro das primeiras 24 horas e 
oferece proteção. A granulação do tecido, que inicia em 3 a 5 dias , e a contração 
vão preencher a falha no tecido . Esta fase dura de 4 a 24 dias, e nela ocorre 
preenchimento do local com tecido de granulação, que consiste em macrófagos, 
fibroblastos, colágeno imaturo, vasos sanguíneos e substância matricial. Conforme 
esse tecido vai se proliferando, os fibroblastos vão estimular a produção de colágeno 
 18 
que vai proporcionar força de tensão ao tecido e sua estrutura . Os fibroblastos vão 
permitir que as bordas da lesão se aproximem, pois eles são responsáveis pela 
retração do tecido de granulação e pela síntese de matriz extracelular . Durante a 
epitelização as células vão migrar das bordas da ferida e se unir uma as outras, 
fazendo com que ocorra isolamento da ferida do meio externo. Porém isso só é 
possível quando há tecido vascular viável, e quando isso termina origina a cicatriz . 
A contração da ferida ocorre nessa fase e é quando ocorre uma redução no 
tamanho da ferida causado pelo movimento centrípeto da pele circunjacente, emtoda a sua espessura. Porém quando ocorre uma contração excessiva da ferida 
percebe-se uma complicação da cicatrização . A Fase de remodelamento é um 
processo de longo prazo da ferida. Porém a matriz extracelular se modifica 
continuamente. A matriz celular irá apresentar diferenças entre a periferia e o centro 
da ferida . Esta é a fase final da cicatrização, a fase de maturação, que corresponde 
à evolução da cicatriz constituída, podendo durar anos . 
As fibras de colágeno vão se reorganizar, remodelar e amadurecer, ganhando força 
de tensão. Isso vai ocorrer até que o tecido cicatricial tenha recuperado em média de 
80% da força original da pele. Isso faz com o risco de destruição do mesmo seja 
maior que a do tecido não lesado . Quando as fibras de colágeno não se orientam 
ao longo das linhas da fenda, mas sim e espiral, fazendo com que haja projeção da 
mesma sobre a superfície da pele, chama-se a cicatriz de hipertrófica ou quelóide . 
A primeira regride espontaneamente e a hipertofria ocorre dentro dos limites da 
lesão. Os quelóides são, em geral, definitivos e a fibrose formada se estende além 
dos limites da lesão. Ambas caracterizam um problema estético significativo e 
possuem uma aparência grosseira . O processo de cicatrização pode ser 
classificado de duas maneiras, de acordo com o tipo e a quantidade de tecido, 
como: cicatrização por primeira intenção ou cicatrização por segunda intenção . A 
cicatriz por primeira intenção ocorre por planos, com uma menor quantidade de 
colágeno, por aposição de tecido por tecido, e o tempo de recuperação é menor. A 
de segunda intenção ocorre quando existe perda tecidual, e o reparo vai ocorrer por 
proliferação do tecido de granulação, podendo apresentar comprometimento 
funcional. Uma ferida é considerada crônica quando ocorre falência na cicatrização . 
As feridas cirúrgicas são classificadas, geralmente, como de primeira intenção, por 
causa da aproximação das bordas da pele. Elas vão ter um risco menor de infecção, 
pois a perda de tecido é menor e o resultado da cicatriz é mínimo. Quando não há 
 19 
aproximação das bordas, como nas úlceras de decúbito, a cicatriz ocorre por 
segunda intenção, e além de o tempo de cicatrização ser maior, também é maior o 
risco de contaminação. As feridas podem, ainda, ser classificadas como por terceira 
intenção ou primeira intenção tardia, que é quando uma cicatriz cirúrgica é mantida 
aberta por de 3 a 5 dias para que ocorra resolução do edema ou infecção e a 
drenagem do exsudato, e depois disto são fechadas através de suturas, grampos ou 
adesivos cutâneos. O risco de infecção e a perda tecidual são maiores no período 
em que a ferida encontra-se aberta . Alguns fatores podem levar a um atraso ou até 
mesmo impedir a cicatrização. Os fatores locais como: pressão, infecção, nutrição e 
fluxo sanguíneo inadequado, estresses exercidos sobre a ferida, ambiente seco, 
edema, necrose, e incontinência urinária e fecal. E os fatores sistêmicos: idade, 
temperatura, substâncias cáusticas, corticóides, deficiência de vitamina C, 
radioterapia, imunossupressão, insuficiências vasculares, doenças crônicas, 
condições nutricionais . 
As complicações que mais comumente ocorrem na cicatrização são: infecção, que 
quando não controlada pode causar osteomielite, bacteriemia e sepse; hemorragia, 
interna ou externa; deiscência, que consiste na separação das camadas de pele e 
tecido; evisceração, que é a protrusão dos órgãos viscerais pela abertura da ferida; 
fístula, que é caracterizado pela comunicação anormal entre um órgão e a superfície 
do corpo ou entre dois órgãos . 
 
3.LASERTERAPIA 
 
O termo Laser é a abreviação da expressão inglesa Light Amplification by Stimulated 
Emission of Radiation, que significa amplificação de luz por emissão estimulada de 
radiação . 
Em 1917, Albert Einstein expôs o princípio físico da emissão estimulada, na qual o 
fenômeno laser está apoiado. Porém foi apenas em 1960 que Maiman produziu o 
primeiro laser sólido, o laser a rubi . Desde sua origem, os lasers tiveram uma 
aplicação imediata na medicina, em especial na área cirúrgica, sendo usados para 
cortar, soldar e destruir o tecido. 
Pesquisadores se voltaram para possíveis aplicações clínicas das interações 
atérmicas da luz do laser com os tecidos. Os resultados desta pesquisa indicaram o 
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 20 
potencial da irradiação por lasers de baixa intensidade, quando aplicada diretamente 
nos tecidos, para a modulação de alguns processos biológicos, como 
fotobioestimulação do processo de cicatrização dos tecidos . A absorção de luz 
incidente por um átomo que faz saltar um dos elétrons do nível energético 
fundamental para um nível superior é constituída pela emissão estimulada. Este 
átomo em estado metaestável recupera em breve tempo os estados fundamentais, 
emitindo um fóton e uma radiação de luz de comprimento de onda definido. O fóton 
pode colidir e estimular a emissão em outro átomo, pois são emitidos dois fótons 
também com mesmo comprimento de onda. Este fenômeno é iniciado com uma 
incidência de luz sobre um cristal de rubi ou num tubo com hélio neônio, com dois 
espelhos nos extremos fazendo que a emissão estimulada se multiplique 
enormemente por reflexão. A luz emitida e amplificada sai por um dos espelhos que 
é semi-refletor. O feixe obtido é de luz potente, monocromática e coerente, e as 
características do laser e seu comprimento de onda vão depender do gás ou mescla 
de gases do tubo gerador. O laser pode, ainda, ser gerado por diodos ou 
semicondutores que deixam passar a corrente melhor numa direção do que em 
outra. 
O laser é uma luz com características especiais que se diferem da luz normal ou de 
uma lâmpada de infravermelho, sendo assim um conjunto de ondas 
eletromagnéticas que apresentam característica ou propriedades precisas: 
monocromoticidade, coerência e polarização . A monocromoticidade indica o 
comprimento de onda gerado pelo laser é único e possui uma freqüência definida. A 
luz produzida pelo laser possui uma só cor, e essa cor é de tal pureza que raramente 
ocorre na natureza .A coerência refere-se à perfeita organização do deslocamento 
ordenado das ondas que oscilam uniformemente, pois todos os picos e depressões 
dos campos elétricos e magnéticos ocorrem ao mesmo tempo, caracterizando 
acoerência temporal, e ocorrem na mesma direção, chamado de coerência espacial . 
A polarização permite o direcionamento do feixe para um ponto determinado com 
mínima dispersão, pois são paralelos, sem divergência e com elevada colimação. A 
colimação faz com que uma grande quantidade de energia seja transmitida a um 
alvo preciso. 
Os lasers são classificados, de acordo com sua potência e seus perigos, em 
categorias I, II, IIIA, IIIB e IV. I e II são de potência muito baixa e sem aplicações 
terapêuticas. IIIA e IIIB possuem potência média com luz vermelha visível ou 
 21 
infravermelha invisível, são utilizados na área da Fisioterapia , Odontologia e 
Podologia , e são conhecidos como laserterapia de baixa intensidade. IV tem 
potência elevada e são de uso médico. 
A laserterapia de baixa intensidade consiste na aplicação terapêutica de lasers e 
diodos superluminosos monocromáticos de intensidade relativamente baixa. Eles 
não geram nenhum aquecimento dos tecidos irradiados, o que os torna uma 
modalidade atérmica . 
O efeito bioquímico produz reações a nível celular, estimulando a produção de 
energia e causando a aceleração da mitose celular. Ele estimula a liberação de 
substâncias pré-formadas como histamina, serotonina e bradicinina; ocorre 
modificação das reações enzimáticas normais; aumento do número de leucócitos e 
da atividade fagocitária; aumento do fluxo hemático; ação fibrinolítica (aumento da 
lise da fibrina) e antibacteriana; estimula a produção de ATP no interior das células, 
acelerando a mitose . 
O efeito bioelétrico normalizaa potência da membrana celular e atua sobre a 
mobilidade iônica, de maneira direta. De maneira indireta aumenta a quantidade de 
ATP produzido na célula, restabelecendo o equilíbrio da atividade funcional celular . 
O efeito bioenergético ocorre devido à radiação proporcionar às células dos tecidos 
e do organismo uma energia válida que estimula seu trofismo fisiológico, 
restabelecendo a normalidade funcional . 
O laser possui ações indiretas que darão origem aos efeitos fisiológicos: estímulo da 
microcirculação, acarretando no aumento da vasodilatação das arteríolas e vênulas, 
melhorando o trofismo zonal; aumento do trofismo local e da reparação; aumento da 
velocidade de regeneração das fibras nervosas; ação sobre a aceleração do calo 
ósseo; aumento da troficidade da pele; aumento do colágeno após irradiação; 
incremento da atividade fagocitária dos linfócitos e macrófagos; aumento do tecido 
de granulação; neoformação de vasos sanguíneos e regeneração dos vasos 
linfáticos . 
O laser proporciona os seguintes efeitos terapêuticos: efeito analgésico, pois reduz 
a inflamação provocando a reabsorção de exudatos e favorecendo a eliminação de 
substâncias alógenas; efeito antiinflamatório, pois o laser interfere na síntese de 
prostaglandinas determinando uma sensível redução nas alterações proporcionadas 
pela inflamação; efeito antiedematoso, pois o estímulo da microcirculação 
proporciona melhores condições para resolução da congestão causada pelo 
 22 
extravasamento de plasma que causa o edema, a ação fibrinolítica resolve 
efetivamente o isolamento causado pela coagulação do plasma; efeito cicatrizante 
devido ao aumento da velocidade mitótica e da formação dos novos vasos que 
geram melhores condições para uma cicatrização mais rápida e esteticamente 
superior. 
 
4.APLICAÇÃO DO LASER 
 
Aplicação do laser de baixa potência pode ocorrer por duas maneiras, aplicação 
pontual ou por varredura. A pontual se refere aquela em que a aplicação do feixe de 
laser é feita sobre diversos pontos numa determinada área, distanciando os pontos 
entre 1 ou 2 cm e deixando a caneta sempre perpendicular à área. Para isso a 
caneta deve ficar a uma pequena distância da pele ou encostada. A por varredura 
requer muita atenção, e uma maneira simples e fácil para sua aplicação é 
confeccionar uma rede onde cada quadro tenha 1 cm e faz-se uma aplicação 
pontual em cada quadro . 
 
5.CUIDADOS PARA APLICAÇÃO DO LASER 
 
Ao aplicar o laser devem-se ter alguns cuidados e prevenções. O uso de óculos de 
proteção apropriados para o terapeuta e para o paciente é fundamental, pois o 
contato direto da irradiação do laser na córnea pode causar queimadura da retina. É 
importante que se use os dispositivos somente nas áreas designadas e evitar refletir 
o feixe do laser em superfícies brilhantes. O laser deve ser ligado apenas quando o 
aplicador já estiver em contato com a pele . 
 
6.CONTRA INDICAÇÔES 
 
As contra-indicações do laser são: irradiação sobre a retina; gestantes; neoplasias e 
processos tumorais; processos bacterianos e infecções agudas; pacientes com 
epilepsia; aplicação sobre área hemorrágica, especialmente em pacientes 
hemofílicos; irradiação sobre glândulas, pois existe o risco de hiperativá-las; 
aplicação sobre linfonodos e glândulas mamárias. 
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7.INTERAÇÃO DO LASER COM OS TECIDOS 
 
Varia de acordo com o comprimento da onda, potencia de entrega do LASER, 
densidade de energia, modo de entrega, absorção, reflexão , difusão/transmissão e 
tipo de pele. 
· Comprimento de onda: cada onda no espectro eletromagnético possui um 
comprimento diferente e esse e um fator determinante na ação terapêutica do 
LASER. A luz vermelha cujo comprimento de onda vai de 620nm a 670nm age na 
superfície da pele penetrando muito pouco, apenas alguns milímetros, nesse tecido 
e a sua absorção acontece na membrana da mitocôndria estimulando a produção de 
Adenosina Trifosfato (ATP) que e a energia utilizada pela célula. Já a onda no 
comprimento do infravermelho (IR), entre 780nm e 960nm chega a penetrar em 
torno de 10mm nos tecidos corpóreos e chega a atingir o tecido subcutâneo, fáscias, 
músculos, tendões, articulações, ligamentos, periósteo e o osso, porem suas ondas 
são absorvidas pela membrana citoplasmática estimulando a bomba de sódio e 
potássio (Na +k+), um tipo de transporte ativo, portanto dependente de ATP. Vale 
dizer que além dessas diferenças entre os comprimentos de ondas mais comuns nos 
terapêuticos (660nm e 780nm)comprimento de uma onda e proporcional a sua 
frequência, ou seja, quanto menor a onda maior e a sua frequência e a sua 
quantidade de energia; quanto maior a onda menor e a sua quantidade de energia. 
.Potencia de entrega equipamento emissor de LASER menor será o tempo 
necessário para depositar uma quantidade de energia (J = Joule) num tecido alvo. 
· Densidade de energia: e a quantidade de energia que e depositada no tecido alvo 
e é medida em Joule por centímetro quadrado J/cm2. 
 
DE (J) = P (W) x (t) (s) 
 A (cm2) 
 
· Modo de entrega e área da ponteira: dependendo do modo de entrega a relação da 
potencia x tempo de aplicação / área pode estar alterada, resultando que um LASER 
com 100mW de potencia pode demorar mais do que um LASER com 30mW de 
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potencia para depositar 1 J de energia sobre um determinado tecido. O que 
determina esta variável e a proximidade do emissor de fótons da lente de colimação 
e da entrega. O tempo e maior quando o emissor esta mais distanciado da saída e é 
menor quando o emissor esta mais próximo. Sem contar que a distancia entre o 
emissor e a saída resulta em perda de energia. 
· Absorção: a proximidade da emissão em relação ao tecido alvo indica que os 
fótons são direcionados sobre esse tecido e que os fotorreceptores, dessa forma, 
absorvem a maior quantidade possível de energia, produzindo o efeito esperado 
devido as reações fotobiológicas “in sito”. 
· Reflexão: pode acontecer quando parte dos fótons que são emitidos sobre um 
determinado tecido encontram um obstáculo que promove ação parecida com um 
espelho fazendo uma reflexão, como no caso da presença de exsudato sobre o 
tecido ou se algum tipo de medicamento, cosmeceutico ou cosmético for aplicado 
antes da laserterapia. Isto significa que uma parte considerável dos fótons se perde 
através do fenômeno da reflexão diminuindo o efeito desejado. 
· Difusão/transmissão: este mecanismo faz com que parte dos fótons emitidos 
transpasse o tecido no sitio da aplicação atingindo tecidos mais profundos. E o que 
acontece comumente com o LASER infravermelho cuja absorção se da em tecidos 
mais profundos. 
· Tipo de pele: algumas variáveis estão associadas ao tipo de pele,seja pela 
espessura ou pela cor (melanina) presente. A presença de melanina influencia no 
aumento da absorção dos fótons, o que significa maior absorção por parte de pele 
negra e menor absorção na pele branca. Mas, em se tratando da planta dos pés a 
presença de melanina praticamente não importa, devido a ausência de 
pigmentação, porem a espessura da pele e um fator importante que 
deve ser levado em consideração. 
 
 
 
 
 
 
 
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8.EFEITOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS DA LASERTERAPIA 
 
Efeitos primários: 
· Fotobioelétrico: significa o estimulo na produção de ATP; 
· Fotobioquímico: indução de mitoses através da síntese de DNA e RNA; estimulo na 
produção e liberação de histamina, serotonina, bradicinina e prostaglandina, entre 
outras substancias; 
· Fotobioenergético: reequilíbrio do bioplasma. 
Efeitos secundários: 
· Estimulo a microcirculação (efeito anti-edematoso) 
· Estimulo do sistema imunológico (efeito anti-inflamatório); 
· Estimulo as mitoses (cicatrização); 
· Efeito analgésico; 
 
8.1.DOSIMETRIA GERAL1 a 3 J/cm2 = anti-inflamatório 
4 a 6J/cm2 = cicatrizante 
≥ 8J/cm2 = analgésico 
 
9.TRATAMENTO DO LBI(LASER BAIXA INTENSIDADE) NA 
PODOLOGIA 
 
9.1.ONICOMICOSE 
A onicomicose e uma infecção causada por fungos que destroem o corpo da unha. 
Os fungos podem ser dermatófitos, outros fungos filamentosos e oportunistas ou 
leveduras. O tratamento das onicomicoses pode ser realizado através de 
antimicóticos administrados por via oral ou tópicos, mas muitas vezes se associa a 
administração combinada dessas duas apresentações farmacêuticas; o uso de 
fitoterápicos, bem como de óleos essenciais também são formas de tratamento 
usualmente encontradas; outra terapia pode ser o uso do ozônio, porem a terapia 
fotodinâmica, que associa o LASER com um agente fotossensível, tem se mostrado 
eficiente na maioria dos casos de onicomicose. Mecanismo de ação: a associação 
do LBI, 660nm, feixe de cor vermelha, com um agente fotossensibilizador aplicados 
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sobre o tecido alvo produz uma espécie reativa de oxigênio, cuja ação se resume na 
destruição da célula irradiada através de dois mecanismos: apoptose e oxidação das 
membranas celulares. 
 
9.2.LASERTERAPIA (Terapia Fotodinâmica): 
 
Aplicação nas unhas: deve-se desbastar o corpo da unha, limpar com solução 
fisiológica ou alcool 70; apos secar a região, aplicar o fotossensibilizador e esperar a 
sua absorção pelo tecido, o que pode levar em torno de dez minutos, em media; 
depois aplica-se o LBI vermelho, pontual, 18J por cm2 da área afetada e 4 J/cm2do 
LBI infravermelho na região da matriz ungueal para estimular o crescimento da 
lâmina ungueal, as aplicações devem ser repetidas uma a duas vezes por semana 
até que a unha apresente aspecto saudável. 
 
9.3.ONICOCRIPTOSE 
 
A onicocriptose e uma das mais frequentes causas de procura por tratamento 
podológico. 
Estágios da onicocriptose: 
· Grau I: com presença de espicula; 
· Grau II: com presença de inflamacao; 
· Grau III: com presença de granuloma; 
· Grau IV: com presença de granuloma piogênico. 
Intervenção podológica: 
· Remoção da espicula (espiculectomia); 
· Antissepsia da área lesada; 
Laserterapia: 
Irradiação do LBI com comprimento de onda de 660nm, cor vermelha, para a terapia 
da ferida ocasionada pela onicocriptose. Mecanismo de ação: o LBI quando 
irradiado sobre um determinado tecido, em condições adequadas, ele age na 
membrana da mitocôndria estimulando a produção de ATP, que e a energia utilizada 
pela célula para realizar o seu metabolismo. A seguir uma reação em cadeia e 
estimulada e são obtidos efeitos de mediação do processo inflamatório induzindo o 
tecido lesado a cicatrizar mais rápido. Aplicação sobre o granuloma ou sobre a área 
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da remoção da espicula: após a espiculectomia deve ser realizada a limpeza da area 
com solução fisiológica e bactericida, aplicando posteriormente o LBI com feixe de 
onda de 660nm, cor vermelha, sobre a área lesada. As aplicações devem ser 
pontuais, respeitando-se o limite de 1cm2 por ponto. A dose pode ser: 3J para a 
inflamação; 4J para cicatrização. O limite da dose deve ser respeitado da seguinte 
forma: de 1J a 3J por cm2 para inflamação e de 4J a 6J para cicatrização. A 
aplicação de doses iguais ou maiores do que 8J por cm2 induzem a analgesia. 
Doses superiores a 12J por cm2 podem levar a inibição de processos metabólicos e 
devem ser utilizadas apenas na TFD (Terapia Fotodinâmica). 
 
10.PERFURENTE PLANTAR E FERIDAS EM GERAL 
 
A lesão por solução de continuidade esta definida como a perda da integridade da 
epiderme atingindo a derme e em muitas ocasiões podendo atingir o tecido 
subcutâneo, músculos, tendões, articulações e ossos. No diabético existe um 
agravante que e o “pé diabético”, caracterizado pela neuropatia, vasculopatia e a 
predisposição para processos inflamatórios, lesões e instalação de infecções que 
costumam resultar em amputações e óbito. Em qualquer situação em que esteja 
presente uma lesão tecidual com a ruptura de células, as membranas 
citoplasmáticas destruidas liberam ácido araquidônico, lipídeo constituinte da 
membrana, e este serve como substrato para a cicloxigenase II tendo como produto 
as prostaglandinas que atuarão como agentes inflamatórios provocando 
vasodilatação, migração de células do sistema imune e levando a uma reação em 
cadeia que se constitui no processo inflamatório propriamente dito. A terapia esta 
baseada na identificação do tipo de lesão, se tem ou não um processo infeccioso 
instalado, na detecção da presença de neuropatia clinicamente identificada pela 
diminuição ou ausência de sensibilidade tátil, pressórica, dolorosa, vibratória e 
térmica, além da verificação da presença de vasos sanguíneos pérvios, tanto na 
macro quanto na microcirculação. 
 
Intervenção podológica: 
 
A lesão deve ser limpa com soro fisiológico aplicado sob pressão (irrigação) e os 
tecidos desvitalizados devem ser removidos. Uma vez que o leito da ferida esteja 
preparado e iniciado o processo de aplicação da laserterapia , lembrando que o 
tecido devera estar seco e sem nenhuma cobertura a fim de evitar a reflexao e o 
retroespalhamento. 
 
Laserterapia: 
 
Utilização do LBI com feixe de onda de 660nm (vermelho) associado ou não ao LBI 
com feixe de onda de 780nm (infravermelho próximo). O mecanismo de ação e o 
mesmo descrito para a terapia da onicocriptose. Acrescenta-se apenas a irradiação 
pontual ao redor da lesão com LBI com feixe de onda de 780nm (infravermelho). 
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A associação do LBI vermelho com o infravermelho, sendo o vermelho sobre o leito 
da ferida e infravermelho sobre o tecido adjacente a ferida estimula a mediação do 
processo inflamatório em nível superficial (LBI vermelho) e profundo (LBI 
infravermelho), acelerando o processo de cicatrização. A ação de LBI com feixe de 
onda de 780nm acontece na membrana citoplasmática através da indução da 
bomba de NaK (sódio e potássio), denominado transporte ativo pois utiliza ATP para 
acontecer. Uma vez que o ATP e requisitado para a bomba de NaK a mitocôndria e 
estimulada indiretamente para efetuar a produção de ATP. A diferença entre o LBI 
vermelho e o infravermelho se da em nível do local de absorção dos fótons, pois o 
LBI vermelho e absorvido na membrana da mitocôndria, agindo sobre receptores 
não especializados em fótons, como o caso do citocromo P, estimulando o ciclo de 
Krebs e a cadeia transportadora de elétrons na produção da energia celular (ATP); 
já o LBI infravermelho, como já foi citado, age na membrana da célula. No entanto a 
resposta celular e a mesma para ambos os comprimentos de onda. Outra diferença 
entre o LBI vermelho e o infravermelho e o local (macro absorção), uma vez que o 
LBI vermelho penetra muito pouco nos tecidos, agindo superficialmente, na 
epiderme e na derme, por isso ele e aplicado sobre o leito da ferida. Já o LBI 
infravermelho penetra em tecidos mais profundos, atingindo a hipoderme, músculos, 
tendões, articulações, ligamentos, periósteo e ossos. O aumento do tempo de 
irradiação pode fazer com que um LBI vermelho penetre mais profundamente no 
tecido alvo, por transmissão. Esta e uma possibilidade de utilização do LBI vermelho 
quando o podólogo nao dispõe um LBI infravermelho para associar a terapia. 
 
Dose: 
 
· FERIDA NA FASE INFLAMATÓRIA: 3J/cm2 (vermelho sobre a ferida); 3J/cm2 
(infravermelho) ao redor da ferida (pontualmente, respeitando-se o limite de uma 
aplicação por ponto (cm2); 
· FERIDA NA FASE DE CICATRIZAÇÃO (GRANULAÇÃO): 4J/cm2 (vermelho sobre 
a ferida); 4J/cm2 (infravermelho) ao redor da ferida (pontualmente, respeitando-se o 
limite de uma aplicação por ponto (cm2) Não deve ser realizada aplicação sobre 
ferida infectada (com a presença de exsudato purulento). Nessescasos o uso do LBI 
pode estar associado a um agente fotossensibilizador estéril aplicado sobre o leito 
da ferida, constituindo-se em TFD (Terapia Fotodinâmica). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
AGNE, Jonas E. Eletrotermoterapia, teoria e prática. Santa Maria, RS: Orium, 2005. 
 
 
 Armando Bega , Protocolo Clínico de Podologia, uso LBI(laser de baixa intensidade) 
 
 
 
FELICE, T.D. et al.. Utilização do Laser de Baixa Potencia na Cicatrização de 
Feridas. Revista Interbio v.3 n.2 2009 - ISSN 1981-3775. Disponível em: < 
http://www.unigran.br/interbio/vol3_num2/arquivos/artigo6.pdf >. 
Acessado:27/10/2009. 
 
 
GUIRRO, Elaine Caldeira de Oliveira; GUIRRO, Rinaldo. Fisioterapia 
dermatofuncional: fundamentos-recursos-patologias. 3.ed São Paulo: Manole, 2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.unigran.br/interbio/vol3_num2/arquivos/artigo6.pdf
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