Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Vigilância sanitária
Breve história da inserção da Vigilância Sanitária (VS) e organização atual: 
Teve origem na Europa e era conhecida como “Política Sanitária”, que tinha o objetivo de evitar a propagação das doenças nas cidades e evitar as epidemias.
No Brasil a Vigilância Sanitária segue a Teoria dos Miasmas e a Teoria Unicasual;
Recentemente configuram-se os sistemas de Vigilância em Saúde, que incorpora o conceito de defesa da cidadania e do direito do consumidor.
A partir da Constituição Federal de 1988, a Vigilância Sanitária passa a ser definida:
 I – o controle de bens de consumo; 
 II – o controle da prestação de serviços.
Esse novo papel da Vigilância Sanitária advém diretamente do Código de Defesa do Consumidor.
A participação da comunidade na gestão do SUS é outro mecanismo importante no controle de qualidade dos serviç̧os de saúde, através dos conselhos.
Dimensões inerentes à prática de Vigilância Sanitária:
Dimensão política: está relacionada ao propósito de transformação dos processos, tendo como prioridade a população.
Dimensão ideológica: terá que lidar com a interferência de diversos interesses, de diversos atores sociais.
Dimensão tecnológica: inclui a função de avaliação de processos, de situações, de eventos ou agravos, a partir do cumprimento de normas e padrões técnicos.
Dimensão jurídica: apresenta papel normatizador e até de polícia.
 Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNV):
É um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. É executado por instituições da Administração Pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área da Vigilância Sanitária
 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa):
Tem por missão proteger e promover a saúde da população garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços e participando da construção de seu acesso.
 Centros de Vigilância Sanitária estaduais, distrital e municipais:
Órgãos subordinados às Secretarias de Estado, do Distrito Federal ou Municipais da Saúde destinados a desenvolver ações de Vigilância Sanitária em seus âmbitos de competência, nas três esferas de governo do Sistema Único de Saúde.
 Laboratório Central (Lacen), centros de Vigilância Sanitária estaduais, distrital e municipais:
Finalidade: realização de ações de Vigilância em Saúde;
Função Básica: promover atividades voltadas para o controle epidemiológico e sanitário de uma população.
Suas principais ações estão fundamentadas em critérios epidemiológicos, tanto no campo da análise clínica quanto na resolução de problemas prioritários de saúde pública.
Instituto Nacional de Controle de Qualidade de Saúde (INCQS) Unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz):
Esse instituto atua em áreas de ensino, de pesquisa e de tecnologias de laboratório relativas ao controle da qualidade de insumos, produtos, ambientes e serviços sujeitos à ação da Vigilância Sanitária.
Tem importante papel na proteção da população contra as situações de risco e os fatores nocivos associados à produção e à comercialização de alimentos, medicamentos, cosméticos, saneantes, produtos biológicos, sangue e seus derivados, e outros de uso corrente. 
Programas de Vigilância Sanitária:
Vigilância Sanitária das tecnologias de alimentos: 
Funções e metas: 
 » cadastrar, licenciar e fiscalizar as indústrias, os locais que manipulam ou vendem alimentos e o transporte de alimentos;
 » analisar amostras de alimentos para monitorar possíveis contaminações;
 » fiscalizar o comércio ambulante, abates, açougues e produtos in natura, em parceria com o Ministério da Agricultura;
 » investigar surtos por doenças transmitidas por alimentos em parceria com a Vigilância Epidemiológica.
Vigilância Sanitária das tecnologias de beleza, limpeza e higiene: 
Funções e metas: 
 » cadastrar, licenciar e fiscalizar os estabelecimentos industriais, os locais de manipulação e de venda de cosméticos, perfumes, produtos de higiene e saneantes, assim como as empresas que comercializam ou aplicam inseticidas e raticidas;
 » analisar amostras para monitorar a qualidade dos produtos.
Vigilância Sanitária das tecnologias de produção industrial e agrícola:
Objetivo: proteção dos profissionais que manipulam e trabalham com tais produtos, a fim de prevenir danos ou acidentes de trabalho; proteção do meio ambiente no uso de agrotóxicos, adubos e produtos químicos.
Vigilância Sanitária das tecnologias médicas:
 Medicamentos e outros insumos farmacêuticos: evitar o consumo de substâncias ineficazes ou perigosas à saúde.
Equipamentos e dispositivos médico-hospitalares: garantir a qualidade dos equipamentos, acompanhar os processos técnicos de fabricação, combater as tecnólogas sem comprovação científica e sem registro no Ministério da Saúde e orientar a população sobre características dos produtos, eficácia e riscos à saúde.
Procedimentos médico-cirúrgicos: fiscaliza os serviços de saúde a fim de evitar o charlatanismo, imperícias e negligência médica.
A organização da atenção à saúde: 
Hospitais, clínicas ambulatoriais, serviços hemoterápicos, serviços de terapia renal substitutiva (hemodiálise diálise peritoneal), radiação ionizante, bancos de leite humano, banco de órgãos, bancos de sêmens e óvulos, laboratórios de análises clínicas e outras especialidades e estabelecimentos veterinários.
Vigilância Sanitária das tecnologias do lazer:
Objetivo: garantir procedimentos seguros aos usuários, coibir a aplicação ilegal de procedimentos médicos por pessoal não habilitado e a aplicação de procedimentos sem comprovação de eficácia, a fim de reduzir danos à saúde.
Vigilância Sanitária das tecnologias de educação e convivência:
Em escolas e creches a VS deve promover a manter a saúde das coletividades presentes e atuar para a melhoria das condições de organização e funcionamento desses estabelecimentos.
Vigilância Sanitária pós-comercialização/pós-uso (VIGIPÓS):
A VIGIPÓS deve produzir informações que permitem retroalimentar os sistemas de controle e orientar os cidadãos e profissionais de saúde para a prevenção de riscos e está focalizada nas seguintes frentes: 
» tecnovigilância: a visa à segurança sanitária de produtos para saúde pós-comercialização.
» hemovigilância: é um conjunto de procedimentos para o monitoramento das reações transfusionais resultantes do uso terapêutico de sangue e seus componentes, visando melhorar a qualidade dos produtos e processos em hemoterapia e aumentar a segurança do paciente.
» farmacovigilância: é o trabalho de acompanhamento do desempenho dos medicamentos que já estão no mercado. A farmacovigilância protege as populações de danos causados por produtos comercializados, por meio da identificação precoce do risco e intervenção oportuna.
» a Rede Sentinela: tem como objetivo promover melhorias relativas à segurança do paciente, de forma a prevenir e reduzir a incidência de eventos adversos no atendimento e internação.

Mais conteúdos dessa disciplina