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Unidade 6 - Sistemas de Abastecimento de Água

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Professor Dr. Ivan Julio Apolonio Callejas 
 
Grupo: Amanda Gomes Pereira, Natália Morita e Douglas Alves 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO 
FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
6.1 – ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
 A finalidade do sistema urbano de abastecimento de água é o 
provimento a toda população de água aprazível aos sentidos e 
sanitariamente pura e em quantidade suficiente a todos. 
 Podemos dizer então que a QUALIDADE e QUANTIDADE 
são duas condições primordiais a serem observadas. 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
6.2 – QUALIDADE DA ÁGUA 
 Água potável é a água adequada para consumo humano (não é água pura, 
quimicamente falando). 
 A água potável, isto é, a que perfaz predeterminados requisitos físicos, químicos e 
bacteriológicos, tem garantia higiênica. 
 A água potável é a única espécie a ser oferecida à população, para todos os usos, 
mesmo naqueles casos em que a água de qualidade inferior poderia ser admitida 
sem riscos sanitários. 
 REQUISITOS 
- organolética: não possui odor e sabor objetáveis; 
- física: ser de aspeco agradável; não ter cor e turbidez 
acima do padrão de potabilidade; 
- química: não conter substâncias nocivas ou tóxicas 
acima dos limites de tolerância para o homem; 
- biológica: não conter germes patogênicos. 
 
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DE ÁGUA 
6.2 – QUALIDADE DA ÁGUA 
 A água é um líquido com grande poder dissolvente e, desta forma, carrega 
consigo muitas substâncias dissolvidas, algumas benéficas ou inócuas, em 
pequenas concentrações em que normalmente são encontradas; 
 Por outro lado, também carrega substâncias tóxicas ou denunciadoras de 
poluição próxima ou remota. Para essas substâncias são fixadas limites de 
tolerância, que são apresentados na Tabela , que é denominado padrão de 
potabilidade da água que foram estabelecidos pela Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT NBR 12216) e Organização Mundial da Saúde (OMS). 
(Os limites em algumas substâncias podem estar presentes na água potável são 
fixados pelo padrão de potabilidade que, no Brasil, é estabelecido pela portaria do 
Ministério da Saúde (Portaria N.º 2914, de 12 de dezembro de 2011). 
 
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DE ÁGUA 
 A vasta disseminação de micro e macroparasitas no meio ambiente se estende às 
águas naturais (exceção dos lençóis aquíferos). 
 A água potável, entretanto, deve ser completamente isenta de espécies 
patogênicas. 
 A pequena tolerância para as espécies inócuas é aferida pelo critério do N.M.P 
(número mais provável), que baseado na contagem das bactérias dos grupos coli-
aerogenes. A contagem dessas bactérias constitui um bom índice para a verificação 
da contaminação ou poluição da água por matéria orgânica. 
 Quando N.M.P < 1,0, tem se a garantia sanitária quanto ao aspecto bacteriológico. 
 A seguir são apresentados os agentes de poluição e contaminação da água. 
6.2 – QUALIDADE DA ÁGUA 
 
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a) Impurezas em suspensão 
 
 
 
b) Impurezas no Estado Coloidal 
 
 
c) Substâncias dissolvidas 
- Bactérias patogênicas 
- Algas, protozoários, fungos, vírus, 
vermes, larvas (doenças) 
- Areia, silte, argila – elementos turbidez 
- Corantes de origem vegetal (cor) 
- Sílica – turbidez (poluição) 
- Vírus que provocam doenças 
- Sais de cálcio e magnésio (dureza) 
- Sais de sódio 
- Óxidos de Ferro e manganês (cor e sabor) 
- Chumbo, cobre, zinco, arsênio, selênio 
- Iodos, Flúor, Nitritos, Gases. 
6.2 – QUALIDADE DA ÁGUA 
 
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DE ÁGUA 
6.2.1 - Padrões de potabilidade da água - indicadores físicos 
• pH - É usado universalmente para exprimir a intensidade com que determinada solução é 
ácida ou alcalina (existe um pH ótimo de floculação) 
 A portaria Nº 2914/11 estabelece faixa de valores de 6,0 a 9,5 para o pH. 
• Turbidez - A turbidez das águas é devida à presença de partículas em estado coloidal, em 
suspensão, matéria orgânica e inorgânica finamente dividida, plancton e outros 
organismos microscópios 
• Alcalinidade - De modo geral, a alcalinidade das águas naturais está relacionada com a 
presença de sais de ácidos fracos, especialmente bicarbonatos. O termo alcalinidade 
traduz, para os profissionais que lidam com a potabilização de águas, a capacidade de 
certa água em neutralizar ácidos. 
• Dureza - Denomina-se genericamente de águas duras aquelas que necessitam de grandes 
quantidades de sabão para produzirem espuma, e que, além disto, incrustam caldeiras, 
aquecedores, tubulações de água quente e outras unidades em que a água escoa 
submetida a temperaturas elevadas. De modo geral, ela é devida à presença de cálcio e 
magnésio. Entretanto, podem ocorrer casos devidos à ocorrência de estrôncio, ferro 
ferroso e manganês manganoso. 
 
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6.2.1 - Padrões de potabilidade da água - indicadores físicos 
• Ferro - Quando presente na água em sua forma solúvel, ele é incolor. Porém, se, por 
alguma razão, ele é oxidado (devido à aeração ou cloração da água), por exemplo), ele se 
precipita na água. 
• Manganês - Quando presente na água em sua forma solúvel, ele é incolor. Porém, se, por 
alguma razão, ele é oxidado (devido à aeração ou cloração da água, por exemplo, ele se 
precipita na água. Esse precipitado tem cor negra e tende a assustar os consumidores. 
Não existem estudos conclusivos capazes de associar a presença de manganês à saúde 
humana. 
• Cloretos - Concentrações excessivas de cloretos aceleram a corrosão dos metais. No caso 
de sistemas distribuidores construídos utilizando tubulações metálicas, cloretos em 
excesso aumentarão a concentração dos metais na água potável, em virtude da corrosão 
das canalizações. 
• Sulfatos - O íon sulfato é pouco tóxico, mas pode ter efeito purgativo. Diversos minerais 
presentes na natureza contém sulfatos, podendo, por este motivo, atingir as águas. 
Entretanto, eles podem estar presentes em efluentes de diversas atividades industriais, 
especialmente químicas. 
 
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6.1.2 - Padrões de potabilidade da água - indicadores físicos 
• Cloro residual - Cloro é adicionado à água em tratamento com a finalidade primordial de 
desinfetá-la, isto é, matar os microrganismos patogênicos que eventualmente escapem 
dos processos anteriores da estação de tratamento de água. A portaria Nº 2914/11 
estabelece que após a desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de cloro residual 
livre de 0,5 mg/L, sendo obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L em qualquer 
ponto da rede de distribuição. 
• Flúor ( fluoretos ) - Determinadas águas naturais, especialmente quando de origem 
subterrânea, podem conter quantidades excessivas de flúor, incompatíveis com a 
qualidade exigida para consumo humano; em tais casos, deve-se proceder à remoção do 
excesso de flúor, através de tratamento adequado. A fluoretação das águas de 
abastecimento vem sendo praticada em todo o país, em quase todos os sistemas 
abastecedores, como forma de prevenção da cárie dentária 
 
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6.2.1 - Padrões de potabilidade da água - indicadores físicos 
 
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6.1.2 - Padrões de potabilidade da água - indicadores físicos 
 
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6.1.2 - Padrões de potabilidade da água - indicadores físicos 
 
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6.1.2 - Padrões de potabilidade da água - indicadores físicos 
 
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6.2.2 - Padrões de potabilidade da água (indicadores biológicos) 
• Coliformes totais e fecais - A presença de coliformes fecais na água indica a 
possibilidade de contaminação por fezes humanas, embora não comprove. Por este 
motivo, diz-se que oscoliformes são indicadores de contaminação. 
• Os coliformes, por si só, não são patogênicos, quando presentes nas concentrações 
usuais no ser humano. Mas sua presença na água indica a possibilidade da presença 
de organismos patogênicos. 
 
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6.3 – QUANTIDADE DE ÁGUA 
 
Tipos de Consumo - Doméstico ou domiciliar 
 - Público 
 - Comercial 
 - Industrial 
 
Fatores que influenciam - Condições climáticas 
o consumo - Características da comunidade 
 - Características específicas do sistema de 
 abastecimento 
 
 
 
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Na tabela V.1 é apresentada um resumo sobre as necessidades domiciliares de água. 
Ao se somar os cinco primeiros itens na tabela, verifica-se que, para essas condições, uma 
pessoa consome em média de 20 a 40 litros/ por dia. Quando se dispõe de rede de distribuição de 
água, o consumo acompanha a renda das pessoas, iniciando com 100 a 150 L/pessoa/dia, 
podendo chegar a 1500 L/pessoa/dia (cidades do centro-oeste dos EUA). 
O volume solicitado, ou a demanda de água, é estimado, levando-se em consideração os diversos 
tipos de consumo (doméstico, público, comercial e industrial) e lembrando que a água durante a 
condução sofre perdas e inevitáveis desperdícios. A seguir, apresenta-se uma tabela com valores 
médios referentes ao consumo diário por habitante para as cidades brasileiras. 
 A demanda total refere-se a valores médios e é computada abstraindo-se as variações de 
consumo. Estas, entretanto, principalmente, a do dia e a hora de maior consumo, são 
fundamentais para o cálculo do dimensionamento dos diversos equipamentos do sistema de 
abastecimento. 
6.3 – QUANTIDADE DE ÁGUA 
 
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6.3 – QUANTIDADE DE ÁGUA 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
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6.3 – QUANTIDADE DE ÁGUA 
 
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http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=tabela+consumo+de+%C3%A1gua&source=images&cd=&cad=rja&docid=df6PfFFygycp1M&tbnid=MV95SKGdr-hHYM:&ved=0CAUQjRw&url=http://educando.sanepar.com.br/ensino1a4serie/%C3%A1gua-use-sem-desperdi%C3%A7ar&ei=BEE-Ue_JH8eBqQH0woDwBg&bvm=bv.43287494,d.dmQ&psig=AFQjCNGrKYu_3AWN-t-FEkLm-yMgb-nxwg&ust=1363120756584790
 O consumo diário e horário máximos são determinados em função do consumo diário 
médio durante o ano, usando-se para isso, coeficientes que modificam o consumo médio 
anual. 
 O coeficiente “k1” refere0se ao dia de maior consumo, enquanto “k2” refere-se a hora de 
maior consumo. 
 Assim, a vazão máxima horária no dia de maior consumo do ano, “Qm”, é obtida pela 
fórmula: 
6.3.1 – Consumo 
k1= 1,20 a 1,50 
 
k2 = 1,50 ou um pouco maior 
 Exemplo: Considerando o sistema de abastecimento esquematizado e sabendo-se que a 
população de projeto da área abastecida em 5 é de 30.000 habitantes, determinar as 
vazões de dimensionamento 2,4 e 5, utilizando um consumo per capita de 150l/hora/dia, 
um fator de máximo de consumo diário k1=1,25 e um fator máximo de consumo horário 
k2=1,50. 
 Solução: 
5 1 2 3 4 
Barragem 
Adutora 
Reservatório 
de 
distribuição 
Adutora 
Rede de 
distribuição 
6.3.1 – Consumo 
 
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a) Dimensionamento da adutora (2). 
 Reservatório de distribuição  regularização das vazões de 
consumo  garante a água necessária para hipótese 
desfavorável que é a ocorrência da hora de consumo máximo no 
dia de maior consumo  assim, dimensiona-se o trecho 2 
unicamente para atender as vazões do dia de maior consumo. 
 
 
 
b)Dimensionamento da adutora de água (4) rede de distribuição (5) 
 
6.3.1 – Consumo 
 
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6.4 – Sistema de abastecimento de água 
 O sistema de abastecimento de água compõe-se geralmente, das seguintes 
partes: 
 
a) Fontes de suprimento de água; 
b) Captação; 
c) Adução; 
d) Recalque; 
e) Reservação; 
f) Tratamento; e 
g) Rede de distribuição. 
 
 Nem todos os sistemas devem, necessariamente conter todas as partes acima. 
O tratamento, o recalque e a reservação, por exemplo, podem ser dispensáveis 
parcial ou totalmente, dependendo das condições do manancial e do relevo do 
local a ser abastecido (ver exemplos de abastecimento). 
 
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DE ÁGUA 
 
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Elementos básicos do sistema de abastecimento de água convencional 
Bacia Hidrográfica 
Captação 
Recalque 
Adução 
Tratamento 
Distribuição 
Reservação 
 
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Elementos básicos do sistema de abastecimento de água convencional 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=esta%C3%A7%C3%A3o+de+tratamento+de+esgoto&source=images&cd=&cad=rja&docid=mEdj3Emxl5AkuM&tbnid=y4HJib6FIRWcmM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.haztec.com.br/ambiental/index.php/linhas-de-negocio/aguas-e-efluentes&ei=6dNaUbj6FI_y9gTz4YDoCQ&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNELRybk3XLvhm_R3XV38UWlyhd2tQ&ust=1364993364736676
a) Fontes de suprimento naturais de água 
A1) Água atmosférica 
 Origem – águas pluviais ou chuvas 
 Qualidade - boa, dependente das impurezas do ar. 
A2) Águas superficiais 
A2.1) Correntes 
 Origem - rios, correntes após chuva. 
 Qualidade - depende da fonte 
 - existência de materiais sólidos, dissolvidos. 
 - materiais sólidos, orgânicos, microorganismos e seres de maior dimensão. 
A2.2) Dormentes 
 Origem – lagos, lagoas, açudes, barragens e represas. 
 Qualidade – dependem da natureza do terreno em que se instalam 
 e das fontes que as alimentam, assim como as correntes. 
A3) Água subterrânea 
 Origem – lençol freático/artesiano 
 Qualidade – Boa qualidade, podem conter sais em dissolução; 
 - Não apresentam contaminação por organismos patogênicos 
 
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b) CAPTAÇÃO 
 Denomina-se captação ao conjunto de equipamentos e 
dispositivos de engenharia instalados junto à fonte de suprimento 
que tem a finalidade de retirar a água e conduzi-la pelo sistema de 
abastecimento em quantidade suficientes para satisfazer as 
necessidades de consumo da população instalada em uma 
determinada área. 
B1) Captação de águas pluviais 
 É a captação das águas que caem sobre o telhado ou superfícies 
preparadas para essa finalidade, em áreas coletoras devidamente 
determinadas. 
 
Captação das águas - Calhas coletoras e 
de Chuva - Cisternas 
 - Reservatórios (ver figura). 
 
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b) CAPTAÇÃO 
B1) Captação de águas pluviais 
 
 
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B2) Captação da água subterrânea 
• É feita por meio de caixas de tomada convenientemente protegidas que 
localizadas no local do afloramento, recolhem diretamente a água do aquífero 
ou indiretamente, através de canalizações perfuradas ou com ramificações 
penetram o lençol freático adentro. 
• As fontes emergentes as quais a água surge em diversos pontos de coleta, são 
recolhidas em galerias de infiltração combinadas com poços de coleta, os quais 
também são utilizados para água de infiltração procedentes de rios, lagos ou 
escorrimentos superficiais e para a de lençóis freáticos de pequena 
profundidade. 
• Os poços continuam também sendo um meio generalizado de extração da 
água subterrânea. 
 
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 Escavados 
 Cravados 
 Perfurados 
 Rasos – restritos profundos 
 Freáticos – restritos artesianos 
CAPTAÇÃO DOS POÇOS 
 - MÉTODO DE 
PENETRAÇÃO NO SOLO 
 
B3) Captação das águas superficiaisFORMAS DE CAPTAÇÃO: 
 
• Cursos com pequenas oscilações de nível 
 
É feita a captação junto as margens ou com tubos protegidos de tomada 
direta ou desviando-se a água para um poço rente a margem, de onde é 
retirada, ou ainda mediante a utilização de um canal lateral de derivação 
(ver figura). 
 
 
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DE ÁGUA 
• Cursos com grande variações de nível 
 
É feita em pontos afastados, mas ou menos em pontos equidistantes as 
margens, utilizando-se caixa de tomada simples ou tubos perfurados 
assentes sobre estacas. Obras de maior envergadura e na captação de 
águas de lagos e represamentos: tomada com entrada controláveis . 
 
 
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C) Adução 
• É constituído pelo conjunto de peças especiais e de obra de arte que tenha 
finalidade de conduzir as águas captadas nas fontes de abastecimento até as 
estações de tratamento e destas aos reservatórios de distribuição ou para o 
consumo final. 
 
 
Fatores que interferem no traçado das adutoras: 
 Topografia 
 Característica do solo 
 Facilidade de acesso (evita-se passar em regiões acidentadas, terrenos 
rochosos e solos agressivos) 
 
Materiais empregados: 
 Tubos de concreto armado 
 Tubos de ferro fundido 
 Tubos de aço 
 Cimento amianto (em desuso) 
 
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http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=tubos+para+adu%C3%A7%C3%A3o+de+%C3%A1gua&source=images&cd=&cad=rja&docid=na_TS97JbBf9OM&tbnid=AqmHjVPQsx9k6M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.saint-gobain-canalizacao.com.br/ln_agua/tubos.asp&ei=xDQ_UbO1GYza8ASfxoGwAw&bvm=bv.43287494,d.dmQ&psig=AFQjCNEodG2uHjffde2uoKGs_Ch7WuQwhA&ust=1363183155365237
Funcionamento das adutoras: 
a) Adução por gravidade em conduto livre - a água escoa sempre em 
declive, mantendo uma superfície. 
 
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a1) Livre sob pressão atmosférica. Esses condutos podem ser abertos ou 
fechados afim de que seja mantida a velocidade adequada e que fiquem 
afastados dos focos de poluição, e também da necessidade de transposição de 
vales e obstáculos das elevações, muitas vezes requerem custosas obras de arte. 
Esse sistema foi muito utilizado nas cidades do império romano. 
A2) Adução por gravidade em conduto forçado - Nesse tipo de adução, a 
água apresenta pressão dentro da tubulação superior à atmosférica. Assim, a 
água pode se movimentar em trechos em sentido descendente e descendente. 
Como a tubulação é fechada, não há penetração de matéria poluente. A carga 
total disponível é fornecida pelo desnível entre a superfícies livres nos 
reservatórios situados nas extremidades da linha adutora. 
 
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http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=tubos+para+adu%C3%A7%C3%A3o+de+%C3%A1gua&source=images&cd=&cad=rja&docid=4hxk6C5TY5DKNM&tbnid=87td-MqFi9HuFM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.saint-gobain-canalizacao.com.br/ln_incendio/tubos.asp&ei=FjU_UeXRJYq09QTG_IGgCw&bvm=bv.43287494,d.dmQ&psig=AFQjCNEodG2uHjffde2uoKGs_Ch7WuQwhA&ust=1363183155365237
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=tubos+para+adu%C3%A7%C3%A3o+de+%C3%A1gua&source=images&cd=&cad=rja&docid=eqqz88XigxWOrM&tbnid=HFG5BL0rA5ka5M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.sgpam.com.br/industrial/detVantagem.php&ei=WTU_UdrIKJPQ9ATHi4GwCw&bvm=bv.43287494,d.dmQ&psig=AFQjCNEodG2uHjffde2uoKGs_Ch7WuQwhA&ust=1363183155365237
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=Adu%C3%A7%C3%A3o+por+gravidade+em+conduto+for%C3%A7ado+&source=images&cd=&cad=rja&docid=xN93YdM4Fhx3mM&tbnid=2hGPWtGBRtLDGM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.atlasdasaguas.ufv.br/exemplos_aplicativos/roteiro_dimensionamento_barragens.html&ei=ATo_UdqtGIvo8QSt1IHYBg&psig=AFQjCNGTTOKZr6cg_8jpqR0pwLr09SV3vA&ust=1363184499530635
P= Potência do conjuto elevatório, em CV; 
Q= Vazão a ser recalcada pela adutora, m3/s 
H= Altura manométrica 
r = Rendimento bomba – 0,40 ao 0,60 
 b) Adução por recalque - Estação elevatória ou de recalque, em um 
sistema de abastecimento de água, é a técnica que compreende o conjunto 
de edifícios, maquinas e demais equipamentos necessários para elevação da 
água de um nível inferior a um ponto superior em termos de nível (cota). 
Esse sistema é utilizado quando a fonte de água se encontra em um nível 
inferior ao local onde se deseja conduzir a água, não podendo desta forma, 
água ser encaminhada por gravidade. Na adução por recalque o sistema 
condutor somente pode ser feito por condutos forçados, idêntico e com 
desempenho análogo aos usados nas adutoras por gravidade sob pressão. 
O impusionamento (propulsão) da água é feita na estação de recalque, mais 
precisamente na casa de bombas. Nesse local, estão instaladas as bombas e 
acessórios para a condução da água. O tipo de bomba a utilizar é feita 
através da formula de potencia demandada: 
 
 
 
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Fórmula de Bresse - D=k.√Q 
P (hp) = γ . Q . Hm /75.r 
 
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D) Reservação 
• É a parte do sistema de abastecimento de água 
cujas finalidades são: 
1. Assegurar uma reserva de água para combate a 
incêndios 
2. Fornecer água em casos de interrupção da 
adução 
3. Melhorar as condições de pressão da água na 
rede de distribuição 
• Os reservatórios podem ser classificados em: 
 Enterrados – Concreto armado e alvenaria – 
ambos com duas camarás para propiciar a 
limpeza – paralelepípedos ou troncopiramidais 
Semi-enterrados– enterrados idem enterrados 
 Stano-pipes – São de aço, concreto ou madeira e 
se apoiam no solo (D=2h) 
 Elevados – idem anterior 
Capacidade dos reservatórios : VT= Vt + Vi + Ve 
 
 
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6.5 – Estação de Tratamento de Água (ETA) 
6.5.1Tratamento da água. 
 Constituir a parte do sistema de abastecimento de água destinado 
a adequa-las às condições necessárias ao consumo quando a 
qualidade da água captada não é satisfatória. O tratamento da 
água é realizado em estações construídas especialmente para esse 
fim, denominadas de ETA (estação de tratamento de água). 
 As impurezas encontradas na água: 
Na água em suspensão- areia, silte e argila, microorganismo, algas, 
bactérias, protozoarios, etc; 
Na água no estado coloidal- substâncias gelatinosas, sílica, etc; 
Na água dissolvido- sais minerais, cálcio, magnésio, sódio, ferro, 
manganês, gases, etc. 
 
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6.5.2 – Impurezas na Água 
 
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6.5.3 – Esquema da ETA 
 
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6.5.4 Processo de Tratamento da Água 
 O tratamento da água é conseguido utilizando-se de processos 
físicos, químicos e bioquímicos para remover as impurezas. Os 
processos de tratamento da água podem ser agrupados como 
se segue: 
Sedimentação simples; 
Aeração; 
Coagulação; 
Decantação; 
Filtração; 
Desinfecção (cloração); 
Alcanilização; e , 
Fluoretação. 
 
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DE ÁGUA 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=esta%C3%A7%C3%A3o+de+tratamento+de+esgoto&source=images&cd=&cad=rja&docid=mEdj3Emxl5AkuM&tbnid=y4HJib6FIRWcmM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.haztec.com.br/ambiental/index.php/linhas-de-negocio/aguas-e-efluentes&ei=6dNaUbj6FI_y9gTz4YDoCQ&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNELRybk3XLvhm_R3XV38UWlyhd2tQ&ust=1364993364736676
 
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DE ÁGUA 
a) Mistura, coagulação e floculação 
 São operações de pré-tratamento da água de grande importância para 
o funcionamento eficiente dos decantadores. 
A1) Mistura e coagulação 
 A mistura é efetuada em camarás denominadas “camarás de mistura 
rápidas” nas quais é assegurado uma “coagulação homogênea”. 
O que é coagulação? 
 É o processo de reação química do coagulante na água. Esse processoé muito rápido, ocorrendo em segundos, a partir da aplicação do 
coagulante na água. Por isso, é imprescindível uma mistura intensa no 
ponto de aplicação ao coagulante, a fim de que se possa garantir uma 
distribuição homogênea e uma exposição das partículas finais 
existentes na água ao coagulante, antes que a reação termine. 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
a) Mistura, coagulação e floculação 
Então, o que é mistura? 
 É um processo mecânico no qual a água é agitada para que nela 
se criem gradientes de velocidade, fazendo com que esta se 
misture ao coagulante de forma rápida. 
Fatores que influenciam a mistura: 
Os coagulantes se hidrolisam, ou seja, se decompõem 
quimicamente em virtude de absolverem água e se polimerizam 
em frações de segundos após o seu lançamento. Assim, o tempo 
de mistura do coagulante na água deve ser muito curto. 
O numero de partículas contidas em um mililitro de água é da 
ordem de 106, assim, a intensidade da agitação deve ser elevada 
de tal modo que termina as partículas entram em contato com o 
coagulante na água dentro do tempo de reação. 
 
 
 
 
 
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DE ÁGUA 
a) Mistura, coagulação e floculação 
a.2) Coagulação 
 É um processo químico de pré-tratamento empregado para a remoção 
substâncias no estado coloidal, produtoras de turbidez e de materiais 
finamente divididos em suspensão, que resultam da decomposição de 
vegetais, de materiais carreados durante o percurso da água. 
 Entre os coloides, que constituem partículas de tamanho muito 
pequeno, encontram-se partículas de argila, matéria orgânica, algas e 
substancias produtoras de cor. 
 A ação da coagulação de faz sentir também na remoção de compostos 
existentes na superfície da água , que são produtores de sabor e odor, 
decorrente de alga, matéria orgânica em decomposição ou de 
contaminantes provenientes de despejos industriais. 
 Esse processo químico é importante para o tratamento da água, tendo 
em vista o seu vasto campo de ação na remoção de impurezas. 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
a) Mistura, coagulação e floculação 
A.2) Coagulação 
 Os coloides possuem carga elétricas nas suas superfícies , sendo que 
estas geram de um campo eletrostático que é o principal fator de sua 
estabilização das substâncias em estado coloidal. 
 Os principais coagulantes disponíveis no mercado para o tratamento 
de água são: sulfato de alumínio, cloreto férrico, hidroxicloreto de 
alumínio e sulfato férrico. 
 O sulfato de alumínio e férrico (coagulantes) são aplicados através de 
dosadores que diluem os mesmos na água a ser tratada, na câmara de 
mistura rápida. 
 O processo de coagulação é realizado em unidades de mistura rápida, 
as quais podem ser hidráulicas (vertedores, calhas Parshall, injetores e 
difusores), mecânicas (câmara de mistura ou Backmix) e especiais 
(misturadores estáticos e in-line Blenders) 
 
 
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DE ÁGUA 
a) Mistura, coagulação e floculação 
Dosadore
s Calha 
Parshal 
Misturadores 
Dosadores 
Vertedouro 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=camara+de+mistura+r%C3%A1pida&source=images&cd=&cad=rja&docid=AqqUkOCvNM5DWM&tbnid=lKoL2QpECyifHM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.aguasdoalgarve.pt/content.php?c=47&ei=A35HUYj4G5DC9QSFyYCwBA&bvm=bv.43828540,d.dmQ&psig=AFQjCNGRUAZxzzGtWfU19fupbo7Z4HayVg&ust=1363726207547841
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=camara+de+mistura+r%C3%A1pida&source=images&cd=&cad=rja&docid=BA9GTwZL-6q-oM&tbnid=B_au71zeHk3qiM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.comusa.rs.gov.br/index.php/saneamento/tratamentoagua&ei=PH5HUciHBY-y9gTf1oGAAw&bvm=bv.43828540,d.dmQ&psig=AFQjCNGRUAZxzzGtWfU19fupbo7Z4HayVg&ust=1363726207547841
 
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a) Mistura, coagulação e floculação 
A.3) Floculação 
 É a aglomeração de compactação de partículas de coagulante é de 
matéria em suspensão na água, formando conjuntos maiores e mais 
adensados, denominados “Flocos”. 
 Ela é efetuada por meio de um processo mecânico que produz 
agitação lenta na água, com o objetivo de nelas se criarem gradientes 
de velocidade que causam turbulências capaz de provocar choques ou 
colisões entre as partículas coaguladas e sulfato de alumínio ou 
férrico e as existentes em suspensão e no estado coloidal de água. 
 A floculação pode ocorrer de forma hidráulica ou mecânica. 
 A hidráulica apresenta menor custo de construção e manutenção e 
maior simplicidade de operação, mas não possui a flexibilidade 
quanto a alteração dos valores de gradientes de velocidade média, o 
que pode tornar inadequada a sua aplicação em ETAs em que a água 
bruta apresenta, sazonalmente, grande variação de qualidade. 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
a) Mistura, coagulação e floculação 
A.3) Floculação 
 A floculação é função do gradiente de velocidade criado, do número, 
tamanho e concentração das partículas existentes na água. 
 A floculação é realizada em canais providos de “chicanas” ou 
misturados mecânicos, operados por pás. 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=floculadores+hidraulicos&source=images&cd=&cad=rja&docid=KvNAquWRznZAvM&tbnid=Ua7F4G6lifVyHM:&ved=0CAUQjRw&url=http://tratamientodelagua-ana.blogspot.com/2011_05_01_archive.html&ei=qYBHUc-KFpTS9QS27YCYCQ&bvm=bv.43828540,d.dmQ&psig=AFQjCNG9-oS0Nl9YjtJaY89Fv_cr05cgNA&ust=1363726853984363
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=floculadores+mec%C3%A2nicos&source=images&cd=&cad=rja&docid=2LkpvUQCQVj1XM&tbnid=VIyzwY3jzN2ncM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.wasserlink.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=120&Itemid=158&ei=woFHUZKXCZTo9gTDwIGoBw&bvm=bv.43828540,d.dmQ&psig=AFQjCNH7oh8tB-UmMiowI7jDCmWT3k9Gew&ust=1363727154302106
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=floculadores+mec%C3%A2nicos&source=images&cd=&cad=rja&docid=bM4R4ed4xY5e2M&tbnid=09I9HyGlyPgGkM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.revistatae.com.br/noticiaInt.asp?id=5464&ei=8IFHUYiDHYi29QSypoD4Cg&bvm=bv.43828540,d.dmQ&psig=AFQjCNH7oh8tB-UmMiowI7jDCmWT3k9Gew&ust=1363727154302106
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=floculadores+mec%C3%A2nicos&source=images&cd=&cad=rja&docid=oHuCevSZ-PovYM&tbnid=5bNLYXukCz7fSM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.saaebjlapa.com.br/tratamento.php&ei=joJHUeDBBIjq8wSsnYGICg&psig=AFQjCNH7oh8tB-UmMiowI7jDCmWT3k9Gew&ust=1363727154302106
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=floculadores+mec%C3%A2nicos&source=images&cd=&cad=rja&docid=oHuCevSZ-PovYM&tbnid=5bNLYXukCz7fSM:&ved=0CAUQjRw&url=http://wwwveronicaelenacom.blogspot.com/&ei=woJHUdDGLY7C9QSzjoHQDg&psig=AFQjCNE9XFDw-5Mimxs3c-EdOHwOxSsFGw&ust=1363727422834355
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
B) Decantação 
 A decantação é um fenômeno físico natural e corresponde a etapa de 
deposição das impurezas, aglutinadas em flocos no processo nas 
etapas anteriores do tratamento da água (coagulação e floculação), 
devido a ação da força gravitacional. 
 A sedimentação ocorre devido ao efeito da gravidade sobre as 
partículas suspensas em um líquido de densidade inferior aos das 
partículas. Sob a influência da gravidade qualquer partícula com 
densidade maior que a água se sedimentará com a velocidade 
crescente até o momento em que a resistência do líquido se igualar 
ao peso efetivo da partícula. 
 É a separação de uma suspensão diluída pela ação da força do campo 
gravitacional, para obter um fluído límpido e uma “lama” com a 
maior parte de sólidos. 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
B) Decantação 
 A velocidade de sedimentação de uma partícula 
esférica em um líquido viscoso é expressa por: 
 
 
 Pela análise das expressões percebe-se que a 
velocidade é função da densidade do líquido (, 
da água que é função de temperatura), do 
tamanho e forma das partículas. (D – diâmetro) 
e da viscosidade do fluido () Assim, percebe-se 
que esse processo é influenciado pela eficiências 
do processo da mistura -coagulação- floculação, 
por que osflocos mais adensados se depositam 
com mais facilidade que os menos adensados. 
tempo 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
B) Decantação 
• A sedimentação se processa em 
tanques especiais denominadas 
decantadores. 
• A forma mais utilizada é a 
retangular. 
• Detenção = 3 a 6 horas 
• V < 15mm/s 
• Características do efluente 
 Água límpida; 
 Sabor e odor; 
 Redução de até 90% 
das bactérias; 
Canal de Água 
Floculada
Escoamento preferencial
Canal de Água Decantada
Descarga de 
Lodo
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=decantadores&source=images&cd=&cad=rja&docid=sgu2XdkFm3lHKM&tbnid=H_qjmdroVjkxsM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Tratam05_dec1.htm&ei=6lFIUZLiKYyY9QSYj4GgAg&bvm=bv.43828540,d.dmg&psig=AFQjCNGmGqMbzcLqvc2TVfkqfROCLQ1iuw&ust=1363780424386750
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
C) Filtração 
• É um processo físico e químico empregado na purificação 
da água que tem a função de remover impurezas coloidais 
através da passagem da água por um meio poderoso que é 
constituído normalmente de um leito de área ou outro 
material granular. A água, ao encher os poros do leito 
filtrante, deixa as impurezas nas aberturas ou sobre o 
próprio material granular. 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=filtro+eta&source=images&cd=&cad=rja&docid=Aq41sDbiLs8uMM&tbnid=5cCVs61Phuxa0M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Tratam08_rap.htm&ei=GFdIUeGnBZP68QSpn4CgDQ&psig=AFQjCNFmsdlnz6x_cl3FfEQGljMIJ1DSIw&ust=1363781748911669
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=filtro+eta&source=images&cd=&cad=rja&docid=Aq41sDbiLs8uMM&tbnid=VIbqe5QS10z8oM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.ppe.ufrj.br/cgabh/Visita_Campo/Relat?rio da Visita Rio Para?ba/&ei=sVdIUaG7BpCm9gTIp4HQDA&psig=AFQjCNFmsdlnz6x_cl3FfEQGljMIJ1DSIw&ust=1363781748911669
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=filtro+eta+sanecap&source=images&cd=&cad=rja&docid=UgFi_yoRDZUWeM&tbnid=IXCo-KgLX5t_GM:&ved=&url=http://www.sanecap.com.br/TNX/galeria.php?id=undefined&idfoto=468&ei=61dIUeHGErDj4APyqoDwCg&psig=AFQjCNHIqFgQHrJikg3vIIjGz0apunUtyw&ust=1363781995700490
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
C) Filtração 
Os mecanismos de natureza físico ou químico na filtração são: 
 Absorção  é a adesão das impurezas à superfície dos grãos do leito 
filtrante; é um fator importante no trabalho dos filtros e depende das 
características físicas da suspensão e do filtro (função da 
granulometria do filtro de flocos). 
 Floculação e sedimentação  depende dos processos anteriores, 
quanto mais os flocos existentes (que não foram decantados), mais 
fáceis será o processo de filtração. Esses processos ocorrem no 
interior dos poros devendo-se a elas o crescimento que se processa 
em alguns flocos no interior do filtro em virtude da oportunidade 
permitida pelo contato entre as partículas, graças ao qual os flocos 
ficam retidos nas contrações existentes nos poros. 
• Coagem  É a retenção pura e simples que se processa nos flocos de 
maior tamanho que os poros existentes no interior do filtro. 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
C) Filtração 
Tipos de filtro: 
De acordo com o tipo de material do meio filtrante, os filtros podem 
ser: 
 De areia; 
 De carvão ou antracito; 
 De carvão e areia; 
 De terra diatomácea; 
 De antracito, areia e Garnet; 
 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=filtro+eta&source=images&cd=&cad=rja&docid=Aq41sDbiLs8uMM&tbnid=VIbqe5QS10z8oM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.ppe.ufrj.br/cgabh/Visita_Campo/Relat?rio da Visita Rio Para?ba/&ei=sVdIUaG7BpCm9gTIp4HQDA&psig=AFQjCNFmsdlnz6x_cl3FfEQGljMIJ1DSIw&ust=1363781748911669
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
C) Filtração 
Tipos de filtro 
De acordo com disposição do leito filtrante: 
 Em camadas superpostas de areia com granulometria 
 diferentes (um só meio filtrante.) 
 Em camadas de areia e carvão (duas camadas) 
 Em camadas de antracito, areia e Garnet (tripla camada) 
 De leito misturado. 
 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=filtro+eta&source=images&cd=&cad=rja&docid=Aq41sDbiLs8uMM&tbnid=VIbqe5QS10z8oM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.ppe.ufrj.br/cgabh/Visita_Campo/Relat?rio da Visita Rio Para?ba/&ei=sVdIUaG7BpCm9gTIp4HQDA&psig=AFQjCNFmsdlnz6x_cl3FfEQGljMIJ1DSIw&ust=1363781748911669
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
C) Filtração 
De acordo com o sentido de escoamento da água: 
 Filtro de escoamento descendente (down-flow) 
 Filtro de escoamento ascendente (up-flow) 
 Duplo escoamento (bi-flow) 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=filtro+descendente&source=images&cd=&cad=rja&docid=Aq41sDbiLs8uMM&tbnid=5cCVs61Phuxa0M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Tratam08_rap.htm&ei=VFxIUcj8NZKG9QTWsIHYBQ&psig=AFQjCNE7F_FrByFfyb9OSY0G__6RFbQp9g&ust=1363783019669700
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
C) Filtração 
De acordo com a velocidade ou da taxa de filtração: 
 Filtros lentos -> 0,935 m³/m² x dia a 9,35 m³/m² x dia; 
 Filtros rápidos -> 116 m³/m² x dia a 187 m³/m² x dia; 
De acordo com a pressão: 
 De gravidade ou de pressão. 
Os filtros lentos exigem grandes áreas e foram utilizados 
quando não havia pré-tratamento. 
A limpeza dos filtros é feitas por reversão do escoamento 
executada no próprio leito filtrante. 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
D) Desinfecção (Cloração) 
• A desinfecção é um processo de purificação cuja finalidade é 
destruir bactérias patogênicas e outros microorganismo que 
podem infectar o homem. 
• Vale ressaltar, como já foi dito, que esses microorganismos 
também são removidos por outros processos de tratamento 
com ciências diferentes, como acontece na coagulação, 
floculação, sedimentação, filtração e absorção. 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
D) Desinfecção (Cloração) 
Os microorganismo podem ser destruídos (eliminados) de 
outras formas: 
 Por morte natural como ocorre em águas armazenadas por 
determinado período; 
 Por ação da radiação ultravioleta de origem solar ou 
artificial; 
 Por ação de produtos químicos introduzidos na água para 
fins de desinfecção; 
 Por meio de agentes químicos desinfetantes que podem ser 
oxidantes como cloro, ozônio, etc. 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
D) Desinfecção (Cloração) 
 Quando o cloro é adicionado a uma água quimicamente pura 
ocorre a seguinte reação: 
 
 O cloro existente na água sob as formas de ácido hipocloroso 
e de íon hipoclorito é definido como cloro residual livre. 
 O cloro é o produto de desinfecção mais utilizado e elimina 
principalmente as bactérias e outros organismos tais como 
protozoários e vírus. A ação bactericida do cloro se processa 
inicialmente com a penetração do desinfetante químico com 
o sistema de enzimas essencial a oxidação da glicose e à 
atividade metabólica celular desses organismos (bactérias). 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
D) Desinfecção (Cloração) 
Fatores que interferem na eficiência da desinfecção: 
 Espécie, concentração, condição e capacidade de resistência dos 
microorganismos a serem destruídos; 
 Tipo e concentração dos desinfetantes na água; 
 Características físicas e temperatura da água. 
A cloração é aplicada na fase final do tratamento podendo também se 
feita em uma fase intermediária. 
A cloração é introduzida na água através de cloro liquido armazenado 
em cilindros de aço sob pressão. A introdução na água é feita por 
aparelhos chamados de cloradores que gaseificam e injetam na água. 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
6.5.4 Qualidade da água nos processos apresentados. 
1)Coagulação, floculação e sedimentação. 
 Água límpida; 
 Sabor e odor corriqueiros; 
 Redução de até 90% das bactérias existente; 
 2)Filtração 
 Lentos – 95% de redução de bactérias; 
 Rápidos – 90 a 99% de redução de bactérias; 
3)Desinfecção (cloração) 
 Eliminapor completo os germes patogênicos e reduz o 
N.M.P de coliformes a zero ou abaixo de 1 por 100 ml. 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
6.6 Sistemas de distribuição 
 É constituído pelos reservatórios que recolhem a água aduzida 
(já descrito) e pela a rede tubos que conduzem para o consumo 
ou a rede de distribuição. 
6.6.1 Reservatórios de distribuição 
6.6.2 Rede de distribuição 
 Rede de distribuição de água é a parte do sistema de 
abastecimento formada de tubulações e órgãos acessórios, 
destinados a colocar água potável à disposição dos 
consumidores, de forma contínua, em quantidade, qualidade e 
pressão adequadas (NBR 12.218). 
  Do ponto de vista do urbanista, é a parte mais importante do sistema de abastecimento de água, pois é ela que fornecerá os 
diferentes traçados que diretamente interferem nos custos de 
urbanização (infraestrutura). 
 Na rede de distribuição são encontrados basicamente dois 
tipos de condutos ou canalizações: condutos principais e 
secundários. 
 Assim, a rede é constituída por uma sequencia de tubulações 
de diâmetros decrescentes, com inicio no reservatório 
superior ou na estação de tratamento de água (recalque). No 
inicio da rede, tem-se o conduto principal ou tronco ou ainda 
chamado de conduto-mestre. São canalizações de maior 
diâmetro e pressão, responsáveis pela alimentação dos 
condutos secundários. 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
 São responsáveis pelo abastecimento de extensas áreas da 
cidade. As tubulações, em termos de materiais, que podem 
ser utilizados são: 
 Ferro fundido com juntas de chumbo ou borracha; 
 Tubos de aço; 
 Tubos de cimento-amianto (em desuso) e; 
 Tubos de plásticos. 
 Os condutores secundários são de menor diâmetro e pressão, 
sendo que estes efetivamente comunica-se com os prédios a 
abastecer. A área servida por um conduto secundário é 
restrita e situa-se na vizinhança. 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
  Complementando os condutos principais e secundários, 
temos as peças de conexão dos trechos das tubulações ou 
ramais, válvulas, registros, hidrantes, os aparelhos medidores 
e outras acessórios que completam o sistema. 
 Em via de regra, em cada rua e em toda a sua extensão, tem-
se instalado (ou deve) um elemento de rede, ou seja, uma 
canalização simples ao longo do eixo longitudinal ou a 1/3 da 
largura da via. Em alguns casos, como por exemplo, ruas 
largar (maior que 18m), tem-se canalização dupla. 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
 Conforme o sentido da alimentação de cada trecho, a rede tem as seguintes designações: 
a) Rede ramificada (também chamada de aberta) 
 A água flui em só sentido, do conduto principal para as 
duas ramificações; 
 São de custo baixo no memento da implantação no 
serviços de rede como por exemplo, manutenção; 
 Variedades: “espinha de peixe”, “em grelha” e “com 
desenvolvimento”. 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
 b) Rede malhada 
 As tubulações primárias e secundárias acham-se fechadas 
(interligadas), formando anéis; 
 Assim, a água provem dos dois sentidos em todos os trechos 
após a primeira derivação ao conduto-mestre; 
 A forma adotada, fornece maior garantia de alimentação e o 
isolamento de trecho para manutenção, não implicará em 
prejuízo de fornecimento aos demais, desde que sejam 
previstos registros nas extremidades; 
 Apresenta cálculos mais complexos e dificuldade do 
equilíbrio das pressões; 
 É o modelo que oferece mais eficiência e segurança -> é o 
mais empregado; 
 Três modalidade de redes malhadas: 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
 
B1) Rede com alimentação central - É feita com um conduto 
tronco que atravessa a parte central da água a ser abastecida e 
dele partem, de um lado e do outro, as derivações secundárias 
e terciárias, interconectadas em suas extremidades. 
B2) Rede com alimentação anular – É feita com tubulações 
“condutos-mestres” que circulam (“envolvem”) as formas de 
maior consumo da área a ser abastecida e dos quais partem as 
derivações. 
B3) Rede com alimentação periférica ou de cintura -> É feita por 
um conduto-mestre que envolve toda a área a abastecer com 
derivações para o interior. 
 As redes malhadas são de custo mais alto no momento da 
implantação, porem apresentam um alto grau de segurança de 
serviço. 
 
 
UNIDADE 6 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
DE ÁGUA 
 6.3.3_ Recomendações para as redes 
 Pressão dinâmica mínima – 10kPa (10 m.c.a) 
 Pressão máxima – 50kPa (50 m.c.a) 
 Velocidade mínima: 0,60m/s – acumulo de sedimentos. 
 Velocidade máxima – diâmetro do tubo [0,6 m/s - 50 mm ] 
 [1,8 m/s - 600 mm ] 
 Recobrimento do tubo – 0,60 a 1,20 m 
 
 
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DE ÁGUA 
 6.3.3 - Recomendações para as redes 
 
 
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