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TERMINOLOGIA DERMATOLÓGICA EM PEQUENOS ANIMAIS A terminologia dermatológica em medicina veterinária é utilizada com o objetivo de padronizar as lesões de pele, de modo a facilitar a comunicação entre os especialistas da área. Após anamnese completa e exame clinico detalhado, o diagnóstico definitivo das lesões dermatológicas são obtidos em três passos consecutivos: a) determinação do o padrão dermatológico predominante no paciente, que será abordado nesse material; b) elaboração de lista de diagnósticos diferenciais e c) Realização de exames complementares. Para a determinação do padrão dermatológico das lesões são utilizados os seguintes termos: Eritema: Coloração avermelhada da pele ocasionada por vasodilatação capilar. É frequentemente localizado, mas pode se estender por uma região maior da pele (Figura 1) Exantema: eritema generalizado, agudo, de duração relativamente curta. Pode ser morbiliforme ou rubeoliforme. Figura 1: Eritema em cão. Mácula: Lesão circunscrita, plana, que pode ter até um centímetro de diâmetro e por isso não é percetível por palpação (Figura 2). Manchas: Máculas maiores que 1cm. Pápula: lesão sólida, circunscrita elevada, menor que 1 cm, por processo patológico epidérmico, dérmico ou misto (Figura 3). Placa: Lesão sólida superficial, plana, circunscrita e elevada, com mais de 1cm de diâmetro. Uma pápula que aumentou em duas dimensões. Nódulo: Lesão palpável, sólida arredondada ou elíptica com profundidade/espessura (3 dimensões). Resulta de uma infiltração de células inflamatórias ou neoplásicas que se estende a camadas mais profundas da pele (Figura 4). Figura 2: Mácula em lábio felino. Figura 3: Pápula em cão. Vesículas: Elevação circunscrita, contendo líquido claro, até 1 cm de tamanho (Figura 5). Bolha: Elevação contendo líquido claro, maior que 1 cm em tamanho. Pústula: Elevação circunscrita, contendo pus até 1 cm em tamanho (Figura 6). Abscesso: Coleção de pus na pele ou subcutâneo, circunscrita, proeminente ou não, de tamanho variável. A pele pode estar ruborizada e há calor, dor e flutuação (Figura 7). Figura 4: Nódulo em cão. Figura 5: Vesícula em cão. Figura 6: Pústula em cão. Hematoma: Coleção de sangue na pele ou subcutâneo, circunscrita, proeminente ou não e de tamanho variável (Figura 8). Queratose: Espessamento da pele, duro, inelástico, amarelado e de superfície eventualmente áspera. É causado pelo aumento da espessura da camada córnea (Figura 9) Figura 7: Abscesso. Figura 8: Otohematoma em cão. Figura 9: Hiperqueratose em cotovelo canino. Liquenificação: Espessamento da pele com acentuação dos sulcos e da cor própria da pele, com aspecto quadriculado, de malhas poligonais bem definidas. É devida ao aumento da camada malpighiana (Figura 10). Quelóide: Formação elevada por proliferação fibrosa da pele, pós trauma, que não regride. Telangectasia: Evidenciação dos vasos cutâneos através da pele, decorrente de seu adelgaçamento (Figura 11). Crosta: É uma massa sólida que resulta da adesão de exsudado, transudado, pús, sangue e detritos celulares à superfície cutânea. Concreção amarelada (melicérica) ou vermelha- escura (hemorrágica), aderido na superfície cutânea (Figura 12). Figura 10: Liquenificação em cão. Figura 11: Telangectasia. Figura 12: Crosta em cão. Comedão: Folículo piloso dilatado, preenchido com células cornificadas e material sebáceo (pontos pretos) (Figura 13). Colarete epidérmico: Fragmento epidérmico organizado em aro, remanescente de pústulas, pápulas, vesículas ou bolhas. Causas: piodermite e dermatopatias autoimunes (Figura 14). Escoriação: Erosões ou úlceras causadas por arranhadura, mordida ou fricção (Figura 15): Figura 13: Comedão em cão. Figura 14: Colarete epidérmico. Figura 15: Escoriação em cão. Erosão: Defeito epidérmico pouco profundo, não penetra na membrana basal e cura sem cicatrização (Figura 16). Úlcera: lesão com exposição da derme subjacente, gera cicatrização (Figura 17). Petéquia: Área de depósito de sangue ou seus pigmentos, com até 1cm de diâmetro (pontos avermelhados de depósito de sangue). A de coloração arroxeada chama-se púrpura (Figura 18) Equimose: Área de depósito de sangue ou seus pigmentos, com mais de 1cm de diâmetro (Figura 19). Figura 16: Erosão em cão. Figura 17: Úlcera perilabial em cão Figura 18: Petéquias em orelha de cão. LITERATURA CONSULTADA 1- MARQUES JUNIOR, A.P. et al. Dermatologia em cães e gatos. Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, Belo horizonte, n.71, 2012. 2- PINHO, R. et al. Dermatologia Veterinária em Animais de Companhia: A pele e seus aspetos relevantes na prática clínica. Veterinaria.com.pt, v.5, n.1-2: e2, 2013. Figura 19: Equimose em cão.
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