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Crimes Patrimoniais no Código Penal

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17/08/2018 Disciplina Portal
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Direito Penal Aplicado II
Aula 6 - Crimes Patrimoniais 2ª Parte (Código
Penal)
INTRODUÇÃO
Nesta aula, continuaremos a tratar dos crimes patrimoniais previstos no Código Penal. Como observamos na aula
anterior, os crimes patrimoniais são os mais comuns e que temos mais contato no nosso dia a dia.
Contudo, a sua importância vai além, pois verifica-se que tem um importante papel dentro da sociedade, especialmente
porque vivemos em um sistema capitalista.
Dando continuidade aos nossos estudos, os tipos que trataremos a seguir trazem importantes aspectos que o
investigador e perito devem levar em consideração quando da realização de suas atividades.
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Bons estudos!
OBJETIVOS
Analisar os crimes patrimoniais mais importantes do Código Penal;
Apontar aspectos investigativos pertinentes.
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DOS CRIMES PATRIMONIAIS 2ª PARTE (CÓDIGO PENAL)
Fonte:
Para a consumação da extorsão, a obtenção da vantagem econômica é desnecessária. Ou seja, havendo o
constrangimento mediante violência ou grave ameaça, ainda que a obtenção da vantagem não ocorra, o crime já estará
consumado (Súmula do STJ - Verbete nº 96 - O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da
vantagem indevida).
Esses crimes possuem algumas características em
comum. Veja quais são:
Dano × Dano qualificado
Fonte da Imagem:
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O crime de dano (glossário) ocorre somente na forma dolosa. Ou seja, o agente tem que destruir, inutilizar ou deteriorar
a coisa alheia com esta intenção. Desse modo, um acidente de trânsito decorrente da falta de atenção do motorista
não se mostra como uma conduta dolosa (pode ter ocorrido por negligência, por exemplo), de maneira que haverá
apenas um ilícito civil (dever de indenizar), mas não o crime de dano. No caso, essa distinção entre dolo e culpa
(essencial para a ocorrência do crime) será definida durante a investigação e durante o processo com o interrogatório e
os testemunhos.
Fonte da Imagem:
No dano qualificado (glossário), merece atenção o dano contra o patrimônio de empresa concessionária de serviços
públicos ou sociedade de economia mista. Apenas para lembrar, as concessionárias são sociedades (empresas
privadas, públicas...) que prestam serviços públicos (transporte, limpeza, telefonia...) por concessão do Estado,
Município ou União.
Tendo em vista que o serviço deveria ser prestado por esses entes, entendeu o legislador que a danificação dos bens
dessas sociedades estaria, em última análise, também afetando os bens dos entes (afinal, o custo será repassado ao
consumidor!), de maneira que deveria ser criminalizado.
Portanto, o agente que quebra ou queima um ônibus (que é o serviço de transporte público urbano concedido pelo
Município), responde por dano qualificado (inciso III).
Com base no que acabamos de ver, responda:
APROPRIAÇÃO INDÉBITA
 
 
Na apropriação indébita (glossário), tal como o próprio nome sugere, o agente deve ter a intenção de ter o
objeto para si. Aqui, não se trata do mero deixar de devolver! 
 
 
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Além disso, exige-se que o agente se comporte como se a coisa fosse dele. Dessa maneira, o fato de não
ter devolvido a coisa dentro do prazo estipulado, por exemplo, não configura este tipo penal, exceto se o
agente tiver a finalidade de se apropriar e se comportar como dono. 
 
ESTELIONATO
Para a ocorrência do estelionato (glossário), há que conjugar dois requisitos:
 
Vantagem ilícita 
O estelionatário obtém a vantagem mantendo alguém em erro por meio de um artifício fraudulento.
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Prejuízo alheio 
Deve ser em face de alguém ou um grupo identificável de acordo com a vontade do autor.
 
Se o golpe ocorrer contra pessoas de maneira aleatória (o agente não tinha uma vítima específica em
mente), estaremos diante de um crime contra a economia popular (Lei 1521/51 (glossário)) ou relações de
consumo (Lei 8137/90 - art. 7º (glossário)). 
 
Nesse caso, ainda que se identifiquem as vítimas, não será estelionato, pois o agente visava qualquer um e
não uma pessoa/grupo específico. A vítima também deve ter discernimento, não podendo ser uma criança
ou um doente mental, por exemplo. Isto porque elas vivem na "ilusão", não podendo ser mantidas em erro.
No caso, pode haver abuso de incapaz ou mesmo furto. 
 
Agora, vamos analisar algumas situações.
Escreva sua resposta aqui.
Resposta Correta
Escreva sua resposta aqui.
Resposta Correta
O referencial de valor do estelionato é diferente do furto.
Observe:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L1521.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8137.htm
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RECEPTAÇÃO
O crime de receptação (glossário) requer a ocorrência de um crime anterior. Obviamente, o agente receptor deve saber
que o objeto é produto de outro crime (furto, roubo...), pois, do contrário, será atípico. Esse é o caso das pessoas que
compram DVD pirata, perfume produto de descaminho etc.
O tipo pode ser dividido em receptação própria e imprópria, que consistem em:
Temos, ainda, outro tipo de receptação. Veja:
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Imagem: Macrovector / Shutterstock
No §1º, temos a receptação qualificada praticada pelo comerciante. Veja que o tipo inclui a situação em que o
comerciante "devia saber" que o produto comprado é produto de crime. Ou seja, é a situação em que o empresário
compra produtos bem mais baratos sem se preocupar com a procedência. Neste caso, a investigação será crucial para
mostrar que o comerciante deveria desconfiar que o produto não era de procedência legal. Este seria o caso, por
exemplo, do empresário que compra remédios para a sua farmácia sempre por um preço e passa a comprar o mesmo
remédio pela metade do preço de um fornecedor que não está credenciado na Anvisa.
A situação do exemplo acima é explícita no §3º e aplicável para situações que não sejam de atividade comercial ou
industrial. Seria o caso, por exemplo, do agente que compra algo de um desconhecido por um preço irrisório (compra
um telefone celular de última geração por R$ 200,00) sem nota fiscal ou qualquer outra prova da procedência legal do
objeto. A intenção é evitar as situações em que as pessoas querem se beneficiar de situações que, obviamente, não
podem se revestir de legalidade.
 
Imagem: Mangsaab / Shutterstock
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ATIVIDADES
1 - Leia o informativo “Quais são os números da justiça criminal no Brasil? (glossário)” produzido pelo Conselho
Nacional de Justiça e elabore um pequeno texto abordando a situação do sistema carcerário brasileiro e suas
fragilidades a partir de dados oficiais.
Escreva sua resposta aqui.
Resposta Correta
2 - (2016-UFTM-DPE) Mévio, mediante grave ameaça, subtraiu um telefone celularde Maria Rosa, avaliado em R$
2.000,00 (dois mil reais), mantendo-a em seu poder, restringindo sua liberdade por duas horas, com o propósito de
garantir o êxito da empreitada criminosa. Mévio responderá por:
Roubo circunstanciado.
Roubo e sequestro, em concurso formal.
Sequestro, já que este absorve o roubo.
Roubo e sequestro, em concurso material.
Roubo impróprio.
Justificativa
3 - (2014-FCC-Promotor de Justiça) Quanto ao roubo e à extorsão,
não comportam a continuidade delitiva, posto que ofendem bens jurídicos de natureza personalíssima (vida, integridade física
ou moral e liberdade).
embora ambos sejam crimes patrimoniais, tutela-se no roubo a integridade e a vida, e na extorsão, tutela-se de modo a
liberdade autonômica da vítima e sua capacidade decisória, bens sempre ainda remanescentes nessa respectiva situação
normativa.
são, precípua e respectivamente, crimes contra o patrimônio e contra a liberdade.
ambos são crimes materiais, no atual entender do Superior Tribunal de Justiça.
tem-se, respectivamente, figuras penais mais e menos graves ao olhar da própria lei, em vista das sanções nela cominadas.
Justificativa
4 - (2010-FCC-Assessor Jurídico) O meliante que, se intitulando falsamente agente policial, exige quantia em dinheiro
de particular, sob a ameaça de prendê-lo por ter adquirido veículo produto de furto, responderá pelo crime de:
Estelionato
Corrupção passiva.
Concussão.
Extorsão.
Extorsão indireta.
http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2016/02/b948337bc7690673a39cb5cdb10994f8.pdf
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Justificativa
5 - (2014-FUNCAB) Segundo o Código Penal, apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção
tipifica o crime de:
Furto.
Roubo.
Extorsão.
Extorsão indireta.
Apropriação indébita.
Justificativa
6 - (2014-FGV-Guarda Municipal) O crime de estelionato é praticado quando alguém:
Constrange outrem, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem
econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa.
Subtrai, para si ou para outrem, coisa alheia móvel consistente em vantagem ilícita, em prejuízo alheio, com abuso de
confiança, ou mediante fraude.
Obtém, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício,
ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.
Apropria-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção, mediante grave ameaça ou recurso fraudulento.
Apropria-se de coisa alheia com valor econômico vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza, mediante
fraude.
Justificativa
7 - (2005-NCE-UFRJ-Delegado de Polícia) Fulano pede a Beltrano, seu amigo de longa data, que guarde em sua casa um
computador de sua propriedade, até que volte de uma viagem que fará para a Europa. Dias após ter recebido o
aparelho de boa-fé, quando Fulano já se encontrava no passeio, como se fosse seu, Beltrano vende o computador para
terceira pessoa. A conduta de Beltrano se amolda à prática de:
Receptação.
Receptação qualificada.
Furto.
Apropriação indébita.
Estelionato.
Justificativa
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Glossário
EXTORSÃO
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida
vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior.
§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da
vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte,
aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2º e 3º, respectivamente.
SIM
Pela leitura da lei de crimes hediondos, apenas a extorsão do §2º é considerada crime hediondo (lei 8.072/90, no art. 1º, III).
NÃO
Pela leitura da lei de crimes hediondos, apenas a extorsão do §2º é considerada crime hediondo (lei 8.072/90, no art. 1º, III).
SEQUESTRO
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Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate:
Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90. (Vide Lei nº 10.446, de 2002) Pena - reclusão, de oito a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº
8.072, de 25.7.1990)
§ 1º Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta)
anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado,
terá sua pena reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996)
DANO
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
DANO QUALIFICADO
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave;
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia
mista; (Redação dada pela Lei nº 5.346, de 3.11.1967)
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
SIM
A conduta se enquadrará no art. 65 da Lei 9605 - Lei de Crimes Ambientais, portanto a resposta é não. Lembre-se que existe o
grafite e, embora seja manifestação artística, somente poderá ser legal no caso de autorização de quem de direito.
O “motivo egoístico” previsto no §4º se refere à situação realizada apenas para satisfazer um capricho ou incentivar um desejo de
vingança/ódio pela vítima. Trata-se do dano motivado por um motivo torpe, bobo e egoísta. Neste caso, a conduta é qualificada e
a pena majorada!
NÃO
Correto! A conduta se enquadrará no art. 65 da Lei 9605 - Lei de Crimes Ambientais. Lembre-se que existe o grafite e, embora seja
manifestação artística, somente poderá ser legal no caso de autorização de quem de direito.
O “motivo egoístico” previsto no §4º se refere à situação realizada apenas para satisfazer um capricho ou incentivar um desejo de
vingança/ódio pela vítima. Trata-se do dano motivado por um motivo torpe, bobo e egoísta. Neste caso, a conduta é qualificada e
a pena majorada!
APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Aumento de pena
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:
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I - em depósito necessário; 
II - na qualidade de tutor,curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial; 
III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
ESTELIONATO
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
Disposição de coisa alheia como própria 
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria; 
 
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria 
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que
prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; 
 
Defraudação de penhor 
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a
posse do objeto empenhado; 
 
Fraude na entrega de coisa 
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém; 
 
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro 
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as consequências
da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro; 
 
Fraude no pagamento por meio de cheque 
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de
economia popular, assistência social ou beneficência.
RECEPTAÇÃO
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou
influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Receptação qualificada (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de
qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser
produto de crime: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino,
inclusive o exercício em residência. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a
oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. (Redação dada
pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a
pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos
ou sociedade de economia mista, a pena prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

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