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ESTUDOS AMAZÔNICOS 7º ANO

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ESTUDOS AMAZÔNICOS 7º ANO
PROFESSOR: RAIOL
A ECONOMIA EXTRATIVISTA
	As primeiras expedições que os europeus fizeram rumo à Amazônia, ainda no século XVI, foram motivadas, em geral, pela busca das drogas do sertão, especiarias que a Europa apreciava, mas não tinha. Naquela época, a canela era uma dessas especiarias muito apreciadas pelos europeus, pois dela era possível fazer perfume, remédios e temperos alimentícios.
	As expedições espanholas não encontraram o sonhado Vale das Caneleiras, mas abriram a rota da região para que outros povos entrassem e encontrassem outros produtos apreciados no mercado capitalista da Europa. Canela, urucu, anil, pimenta-do-reino, cacau e algodão são exemplos de produtos que ficaram conhecidos comercialmente como drogas do sertão.
	Na extração das drogas utilizava-se, em larga escala, o braço de trabalho de índios escravizados. Os índios também foram utilizados na lavoura da cana-de-açúcar e nos engenhos instalados na região para a produção açúcar. 
AMAZÔNIA NO SÉCULO XVIII: O PROJETO DO MARQUÊS DE POMBAL
	Até aqui, esperamos que tenha ficado claro para você que as atividades desenvolvidas na região amazônica, nessa época, dependiam totalmente das decisões tomadas em Portugal. De lá vinham os governadores da capitania, muitos dos quais nem tomavam posse, pois a viagem era tão longa que, por inúmeras vezes, o rei nomeava outro em seu lugar, antes mesmo que o anterior chegasse a seu destino. Em muitos casos, chegavam dois governadores para ocuparem o mesmo cargo, fato que gerava desavenças, que logo eram resolvidas, pois ficava no cargo aquele que tivesse sido nomeado por último. 
	A partir do século XVIII, os fortes ventos da região trouxeram, além de embarcações, novidades para o estado do Grão-Pará e Maranhão. Começava a haver mudanças no projeto colonizador dos portugueses. Nesse período, a colônia brasileira vivia seu auge; com as descobertas das Minas Gerais, éramos a menina dos olhos dos lusitanos, com toneladas de ouro, prata e diamantes sendo levadas todos os meses do Brasil. Por aqui, era intensa a coleta de drogas do sertão, plantação de tabaco, algodão arroz e açúcar, este último em pequena quantidade. Nesse sentido, é valido lembrar que a Coroa de Portugal possuía poucos recursos econômicos e humanos para o seu projeto de colonização, fato que ajuda a explicar por que a economia de monocultura não havia se estabelecido, até então, nesta região.
	Vamos lembrar que monocultura é a produção de um único produto, por exemplo, o açúcar. Os maiores investimentos humanos e financeiros eram feitos na plantação da cana, matéria-prima do açúcar.
	A Amazônia estava distante. Os recursos eram poucos e, por outro lado, as Minas Gerais estavam oferecendo enormes ganhos. Logo, os lusitanos resolveram deixar a Amazônia para mais tarde. Alguns ainda tentaram produzir açúcar por aqui, mas a qualidade era inferior ao do produzido nas Antilhas, portanto os engenhos passaram a produzir apenas cachaça, ainda que as leis proibissem. Desse modo, por causas externas, a região escapou à monocultura. Seu destino era outro.
	Em 1750, foi assinado pelos reinos de Portugal e Espanha o tratado de Madri, importante documento que objetivava resolver o impasse das fronteiras das duas nações, em especial sobre a Colônia do Sacramento e Sete Povos das Missões, motivo de disputas diplomáticas e guerras declaradas entre as potências ibéricas. O tratado de Madri também ajudou a definir as fronteiras amazônicas. Devemos lembrar que, pelo tratado de Tordesilhas (1494), as terras amazônicas não pertenciam da Coroa portuguesa, fato que explica por que, nesse período, os lusos não estimulavam a prática da mineração, nestas terras.
	Nesse momento, foi nomeado para governar o Estado do Maranhão e Grão-Pará Mendonça Furtado, irmão de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, que era o primeiro ministro do rei de Portugal, D. José i. A partir essa nomeação, os lusitanos poderiam explorar ainda mais as riquezas minerais da região e elaborar um novo plano de desenvolvimento econômico, dentro da proposta iluminista, que estava chegando ao reino português pelas mãos de Pombal.Figura 1 Marques de Pombal
	O Marquês de Pombal foi o principal responsável pela definição de um novo projeto de colonização para a região amazônica ao longo das décadas de 1750 e 1760 do século XVIII. Pombal era um homem de origem simples, que foi aos poucos se aproximando da corte portuguesa. Tornou-se embaixador da Coroa e viveu muitos anos fora, especialmente na França e na Inglaterra. Foi o principal responsável pela assinatura do tratado de Madri, que muito beneficiou Portugal, além de solucionar questões de diplomacia religiosa em Roma. Com a coroação do jovem D. José i, Pombal voltou ao reino português, totalmente influenciado pela forma de governar de ingleses e franceses. Foi na Inglaterra e na França que ele teve contato com as ideias do liberalismo econômico e do iluminismo, para então tentar colocá-las em prática no atrasado reino de Portugal.
	Portugal era um reino, em certos aspectos, atrasado e, como diziam alguns, fortemente influenciado pelos jesuítas. Pombal, desde muito cedo, não se relacionou bem com a igreja católica, que era vista por ele como a principal responsável pelo atraso econômico de seu país. Ele acreditava que a influência que os religiosos exerciam sobre o rei era prejudicial, pois por causa da igreja católica, dizia-se que as ciências não se desenvolveram no reino como tinham se desenvolvido em nações como a França e a Inglaterra.
	Lembremos que na França e na Inglaterra houve uma forte reforma protestante, e a igreja reformada era maioria nesses países. Em território protestante, o trabalho, o dinheiro e as ciências eram vistos como motores do desenvolvimento nacional, coisa bem diferente da realidade de Portugal. Assim que assumiu o posto de primeiro-ministro, Marquês de Pombal começou a colocar em prática suas ideias de progresso econômico para o país. O ensino, que era todo de caráter religioso e controlado pelos padres jesuítas, com o tempo passou a ser laico, ou seja, ministrado por professores que, em geral, nada tinham a ver com a igreja. Isso foi um golpe para a igreja católica e um choque para a sociedade de Lisboa.
	Desse momento em diante, foi declarada uma verdadeira guerra entre Pombal, a nobreza, que o odiava, e a igreja católica. O ministro tinha carta branca do rei para colocar seu plano em prática, que era desenvolver a economia do reino e tornar Portugal uma nação competitiva no mercado mundial; era preciso recuperar o atraso. Durante o período em que Pombal foi primeiro-ministro, Portugal sofreu um terremoto e Lisboa teve que ser praticamente toda reconstruída. O Marquês revelou-se um administrador de primeira qualidade, abrigando vítimas, socorrendo os feridos e trabalhando incansavelmente para recuperar a nação, fato que chamou a atenção de toda Europa para os seus dotes de estadista; até seus inimigos foram obrigados a reconhecer seu valor.
	As reformas do Marquês de Pombal não tardaram a chegar à Amazônia. Foi pensado um grande projeto para a região. Pombal sabia que o desafio era muito grande, mas estava convencido de que algo tinha de ser feito, ou Portugal estaria destinado ao fracasso. Lembremos que o reino português tinha pouca terra e pouca gente.
	A realidade da Amazônia era bem diferente. Havia muita terra, muita mão de obra e estava bem próxima de Lisboa. Começaram, então, as mudanças. Primeiramente, foi decretado fim da escravidão dos índios, depois criado um diretório, órgão que administrava o trabalho dos nativos, já que os jesuítas foram expulsos da região em 1759. Foram incentivados os casamentos inter-raciais e cidades inteiras, como Mazagão, foram transplantadas da áfrica para a Amazônia, tudo com o objetivo de fortalecer o braço de trabalho na região. Essas mudanças estavam na base do novo projeto português. Era preciso fazer uma revolução urgente na agricultura e produzir alimentos, pois tanto Portugal quanto as duas principais cidades da Amazôniasofriam uma grande escassez. Por outro lado, era preciso desenvolver uma política demográfica de branqueamento da população e criar uma população nativa da região, fruto dos casamentos entre índios e brancos, pois para desenvolver a agricultura era preciso ter gente para trabalhar, e essa mão de obra viria da união dos povos que aqui viviam.
	A expulsão dos jesuítas era justificada pelo fato de essa ordem representar uma ameaça política, uma vez que toda a educação do reino de Portugal e do Brasil estava nas mãos dos religiosos. Com a saída dos jesuítas, a educação sofreu um duro golpe, pois não havia gente com a formação necessária na região; muitas obras de arte e livros foram levados embora pelos padres. Começaram os casamentos inter-raciais, fato que causava espanto em muitos, pois até o momento um branco casar-se com uma índia era considerado grave transgressão. A direção dos aldeamentos dos índios saiu das mãos da igreja e passou para comerciantes, que em muitos casos exploravam os índios bem mais do que os padres.
	Enquanto Pombal foi primeiro-ministro de Portugal (17501777), as reformas foram mantidas, no entanto quando Dom José I faleceu logo Pombal perdeu o poder. tudo voltou a ser igual, ou pior do que era antes. Os inimigos de Pombal invalidaram suas ações. Desterraram-no de Lisboa e condenaram-no por muitos crimes contra a nobreza. Assumiu o trono D. Maria i, que logo restaurou a antiga forma de exploração da região amazônica. Os índios voltaram a ser oficialmente escravizados e utilizados como principal mão de obra na exploração das riquezas regionais. Eram os anos finais do século XVIII e as águas dos rios da região traziam novas ideias. Ficaram as lembranças do segundo grande projeto de colonização português para a Amazônia.
REFLETINDO SOBRE A LEITURA
Responda em seu caderno:
2- De acordo com o texto, como se deu a relação entre os jesuítas e o Marquês de Pombal?
3- Por que a cidade de Mazagão foi “transplantada” da África para a Amazônia?
4- Por que os casamentos inter-raciais foram importantes para o projeto de Pombal?
5- Após a morte de Pombal, quais rumos foram dados aos seus projetos políticos e econômicos na Amazônia?
SOBRE AS CIDADES COLONIAIS AMAZÔNICAS
	O processo geral da formação das cidades no Brasil está ligado à ocupação dos espaços vazios. Na Amazônia, não foi diferente.
	
	As pesquisas arqueológicas têm mostrado que na Amazônia pré-colonial havia sociedades sedentárias vivendo em grandes núcleos populacionais desenvolvidos, mas as primeiras cidades no sentido moderno da palavra foram fundadas na região pelos europeus. Ficavam, em sua maioria, às margens dos rios largos, o que possibilitava a navegação, o embarque e o desembarque de mercadorias.
	Os interesses territoriais e comerciais eram colocados como os mais importantes. As cidades tinham suas origens nos fortes ou nas missões. Diversas, receberam nomes de cidades portuguesas, por exemplo Santa Maria de Belém, Santarém e Óbidos.
	As cidades que foram originadas das missões dos jesuítas eram diferentes em alguns aspectos: não eram portos de embarque e desembarque de mercadoria, as construções eram mais simples, geralmente de madeira e barro. Os moradores, tapuios, trabalhavam na agricultura para a subsistência, produzindo frutas e legumes, tecendo roupas de algodão e construindo embarcações. Essas cidades recebiam nomes indígenas, quase sempre das tribos que deram origem ao lugar, por exemplo tucuruí, Marabá, Moju e Cametá. No período da administração do Marquês de Pombal várias cidades foram criadas, com o objetivo de povoar, com europeus e seus descendentes, a região.
	A vida nas cidades era simples, pois a maioria da população branca vinha para cá obrigada. Era gente que tinha dívidas financeiras com a Coroa, criminosos desterrados e mulheres acusadas de bruxaria condenadas a viver em uma terra distante e inóspita. A falta de alimentos e a luta diária contra os índios e os animais da floresta representavam os maiores desafios dos moradores.
	As cidades que foram originadas das missões, em geral, ficavam bem distantes das grandes cidades, para evitar que os comerciantes aprisionassem os índios e os transformassem em escravos. Nas regiões de Cametá, no Baixo Tocantins, foram constantes as lutas dos religiosos com os comerciantes. À medida que iam avançando no território amazônico, os portugueses fundavam cidades, o símbolo maior da posse das terras da região. 
Responda em seu caderno:
6- Com quais finalidades foram fundadas as primeiras cidades amazônicas?
7- O que caracterizou as cidades fundadas pelos padres jesuítas?
8- Quais os maiores desafios enfrentados pelos missionários?
9- O que caracterizava as cidades originadas das missões religiosas?
AS FRONTEIRAS COLONIAIS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
	O século XVIII também conheceu de perto uma intensa disputa entre as nações europeias pelo domínio das fronteiras do vale amazônico. Um caso exemplar dessa luta foi travado entre Portugal e a França. A colônia de caiena, parte da Amazônia Francesa, foi palco de disputas ferrenhas. Na ocasião, a falta de homens para guardar as fronteiras era um sério problema para a Coroa lusitana.
	Os franceses aproveitaram-se desse fato para praticar o extrativismo das drogas do sertão, saquear as missões portuguesas mais distantes da vigilância e roubar escravos africanos para suas possessões.
	Ao longo do século, as lutas foram intensas para que a posse da terra fosse garantida. As duas nações utilizavam-se do braço escravo indígena e africano para expulsar os inimigos de “suas” terras.
	Em muitos casos, os escravos do lado português fugiam e iam se refugiar em Caiena, pois lá as condições da escravidão eram em alguns pontos diferentes. Na segunda metade do século XVIII, foi concedida a liberdade aos escravos de Caiena pelo rei da França, fato que fez com que muitos negros fugissem para lá, gerando a revolta dos portugueses do lado brasileiro. Essa realidade só se agravou a partir de 1755, com a criação da Companhia do Comércio do Grão-Pará e Maranhão. Durante seus vinte e dois anos de existência trouxeram para a região aproximadamente treze mil escravos da África.
	Aumentavam os cativos e, consequentemente, as fugas e as revoltas. Sempre que entravam em território estrangeiro para buscar seus escravos, os portugueses procuravam alargar seus domínios.
	Estabeleciam relações comerciais com índios e garantiam a posse da terra para a Coroa de Portugal. Essa prática foi decisiva ao logo do século XVIII, para que o tamanho do território amazônico fosse definido.
REFLETINDO SOBRE A LEITURA
10- Qual a causa do conflito entre portugueses e franceses em Caiena?
11- Qual a importância da Companhia do Comércio do Grão-Pará e Maranhão?
12- Qual a mão de obra utilizada pelos portugueses e franceses? 
UMA ECONOMIA DE POLICULTURA
	Ao longo do século XVIII, por falta de recursos financeiros e humanos, Portugal não pôde montar na Amazônia a empresa de monocultura que foi instalada no resto do Brasil. Deixada um pouquinho mais à vontade, a população local desenvolveu suas atividades econômicas baseadas na policultura, ou seja, produzia-se um pouco de quase tudo. Nesse cenário verde, plantava-se arroz, algodão, feijão, soja e principalmente mandioca. Não podemos esquecer a coleta das drogas do sertão. A posse da terra também deu-se de outra forma. As propriedades, em sua maioria, eram pequenas, e a grande maioria produzia para o sustento familiar.
	A proximidade da Amazônia com Portugal fazia com que as ordens do rei viessem diretas de Lisboa para cá, sem obrigatoriamente passar pelo governo do Rio de Janeiro, fato que criava uma série de conflitos internos, pois havia certa autonomia do Estado do Grão-Pará e Maranhão com relação ao resto do Brasil. respirava-se, aqui, certo ar de liberdade econômica e política, algo muito prezado pela população branca e livre que vivia por estes lados.
	Os inventários da época mostram que grandes extensões de terra eram cultivadas com mandioca, fato revelador da liberdade econômica que se vivia à época. Outroelemento que deve ser mencionado é que uma quantia significativa de tribos indígenas vivia da coleta das drogas do sertão, estando, portanto, fora dos engenhos de produção do açúcar.
	Dessa forma, ao longo do século XVIII, criou-se na Amazônia uma atmosfera de relativa liberdade, pelos menos em relação ao governo do Rio de Janeiro, que, aliás, naqueles anos estava mais preocupado com o ouro das Minas Gerais. Mas os anos setecentos foram terminando e os oitocentos chegaram trazendo outras novidades, e uma delas foi a chegada da família real ao Brasil, em 1808. Esse acontecimento trouxe mudanças profundas para todo o território brasileiro. Outro projeto administrativo foi criado, pois, a partir daquele ano, o Brasil não era mais colônia de Portugal, sendo elevado à condição de reino. Nos anos finais do século XVIII, estavam cada vez mais claras as disputas entre portugueses de Portugal e os brasileiros. Havia um forte sentimento de lusofóbico, ou seja, português bom era português longe do Brasil. Com relação à Amazônia, a única política viável naquele momento era a de que esta região só servia mesmo para fornecer riquezas naturais.
	Como Estado ligado diretamente à Metrópole portuguesa, viveu o Grão-Pará até a vinda da família real para o Brasil. tal fato levou o governo local a iniciar um relacionamento com o Rio de Janeiro, inexistente até então. Em dezembro de 1815, foi transformado em província (estado) e teve como único governador Antônio José de Sousa, que governou até 1817. No ano de 1821, os deputados portugueses instalaram as Cortes de Lisboa, e o Pará foi elevado à categoria de Província Ultramarina de Portugal, ficando separada novamente do Rio de Janeiro e recebendo ordens diretamente de Portugal.
	Evidencia-se, portanto, que não havia vínculos político, econômico e cultural do Pará com o resto do Brasil. A singularidade do processo de ocupação e colonização do vale amazônico deve ser observada com cuidado, pois esse projeto influenciou de forma marcante os movimentos sociais que eclodiriam ao longo >do século XIX.
REFLETINDO SOBRE A LEITURA
Responda em seu caderno:
24- Escolha uma palavra do texto e comente seu significado no contexto estudado.
25- Escreva um texto, a partir do que você acabou de ler, destacando as consequências da aproximação geográfica entre a Amazônia e Portugal.

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