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A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS

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8
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA
UNINTA
A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS MARIA LUCIA DE CARVALHO DANTAS
FABIANE JESUS MATOS
JEREMOABO – BA
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA
UNINTA
A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS MARIA LUCIA DE CARVALHO DANTAS
FABIANE JESUS MATOS
Projeto de pesquisa apresentado como pré-requisito para a conclusão da disciplina de Pesquisa em Serviço Social do Centro Universitário INTA. 
Orientadora: Alberlane Pereira de Matos
JEREMOABO – BA
2020
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................6
1.1 Problemática...............................................................................................7
1.2 Justificativa.................................................................................................8
1.3 Hipóteses ...................................................................................................9
2. OBJETIVOS......................................................................................................9
2.1 Objetivo Geral............................................................................................9
2.2 Objetivos específicos ................................................................................9
3. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................9
3.1 Breve histórico do Serviço Social no Brasil................................................9
3.2 O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)..............................13
3.3 A atuação do assistente social no CRAS Mª Lúcia de Carvalho Dantas..14
4. METODOLOGIA.............................................................................................17
5. CRONOGRAMA..............................................................................................18
6. REFERÊNCIAS ..............................................................................................19
1. INTRODUÇÃO
O presente projeto de pesquisa acadêmica é um estudo feito como pré-requisito da disciplina de Pesquisa em Serviço Social. Tal estudo tem como objeto norteador de investigação a atuação do assistente social no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em Jeremoabo Bahia. Isto posto a pesquisa se desenvolverá tanto por pesquisa de campo quanto por pesquisa bibliográfica, no intuito de obter resultados satisfatórios.
O proposito desta pesquisa é mostrar a importância da atuação do Assistente social no CRAS, entender seu papel estratégico na instituição dentro do âmbito da proteção social básica e identificar quais as politicas públicas ofertadas nesta instituição, o compromisso deste profissional dentro do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), identifica as problemáticas vigentes na população assistida, e possibilita incentivar o usuário dentro das suas potencialidades.
 O Assistente Social é um agente de direitos, e como tal tem o dever de divulgar e conscientizar a sociedade no que diz respeito a sua profissão, quando se das ações sociais dentro dos órgãos de assistência, observa-se que muitos ainda vêem os órgãos como por exemplo o CRAS como um espaço de assistencialismo, onde um dos serviços sociais feitos é a concessão de benefícios eventuais, pois este é de grande importância visto que tais profissionais compartilham do processo de enfrentamento das várias demandas sociais que são decorridas da analogia adversa entre capital e trabalho.
O presente tema consoante aos limites da atuação do Assistente Social do CRAS busca solucionar as demandas e possibilitar melhorias na vida do usuário em situação de vulnerabilidade e risco social, refletindo assim, sobre a qualidade de vida da população assistida, seus direitos e deveres como cidadãos, propondo mudanças através de propostas que viabilizam o resgate da cidadania e proporcionando uma vida digna as famílias assistidas. 
O assistente social tem como objeto a intervenção das expressões da questão social, enfatizadas nas desigualdades sociais e econômicas, decorrentes do capitalismo exacerbado que vem agravando consideravelmente as condições de vida do usuário. A questão social é posta como objeto da atuação do profissional do serviço social, relacionando-se como o conjunto das expressões das desigualdades sociais e capitalistas, ou seja a apropriação dos frutos do capitalismo mantém-se monopolizada por uma pequena parte da sociedade, deixando os outros a mercê da pobreza e desigualdade. (IAMAMOTO, 1999, P 27).
Isto posto, busca-se mostrar a atuação do profissional de Serviço Social na referida instituição, diante das expressões da questão social e do capitalismo, na contemporaneidade, seus enfrentamentos, desafios e potencialidades. Muitos aspectos interferem no dia-a-dia de trabalho desses profissionais, como por exemplo, as conjunturas de poder, o assistencialismo, a falta de recursos materiais e humanos, dentre outros.
Ao se fazer uma reflexão sobre a seriedade da prática profissional do Serviço Social na contemporaneidade neste espaço, fundamenta-se com base na teoria para que possa compreender que não é assistencialismo que se pratica e sim uma relação de operacionalização das tarefas dentro do sistema de proteção básica, que visa direcionar as ações que podem ser aplicadas com base na legislação vigente que rege cada órgão como este, pois este é um serviço da proteção social básica que é direcionado para a população em vulnerabilidade e risco social.
1.1 Problemática 
A politica nacional de Assistência Social faz parte do tripé da seguridade social (saúde, assistência e previdência), instituídos pela constituição federal de 1988 e pela Lei orgânica de Assistência Social (LOAS), com base nisso a assistência social passa a ser politica publica, e não mais assistencialismo, 
A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. ( LOAS, art. 1º)
A Lei orgânica de Assistência Social (LOAS) consolidou e sistematizou com permanência os serviços Socioassistenciais , inovando a conferi a assistência social o status de politica publica, e pela universalização dos direitos sociais, introduziu-se ai o conceito dos mínimos sociais, garantindo a população carente o acesso a programas e politicas publicas sociais. 
Isto posto, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é a porta de entrada para os serviços Socioassistenciais , sendo incumbido pela sistematização e oferta de serviços da proteção social básica destinados aos usuários em situação de vulnerabilidade e risco social, diante da vivência no estagio curricular obrigatório, e de estudos e pesquisas, identificou-se a seguinte problemática, a falta de informação dos usuários mediante a atuação do assistente social no CRAS Maria Lucia de Carvalho Dantas no Município de Jeremoabo Bahia, e aos serviços ofertados pela instituição.
1.2 Justificativa
O Serviço Social trabalha, em prol de atender da melhor forma o usuário e sua família, intervindo no combate a expressão da questão social, de forma a garantir os direitos do cidadão e orientar acerca dos seus deveres. Diante do cenário contemporâneo a exclusão socioeconômica se faz mais presente a cada dia, isso não se resume as grandes cidades, mas também em pequenos municípios como Jeremoabo. A maioria dos problemas são recorrentes e demandam muito tempo e ações das equipes, que visam executar as politicas publicas com a finalidade de minimizar a situação das famílias em situação de vulnerabilidade e risco.
Hoje o CRAS Maria Lúcia de Carvalho Dantas assiste cerca de 377 famílias[footnoteRef:1], que buscam orientação, benefícios eventuais, entre outros serviços pra suprir a situação vigente, grande parte da população é beneficiário do Programa Bolsa Família.O principal serviço ofertado pelo CRAS é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família (PAIF), serviço exclusivo do CRAS, como um trabalho de caráter continuado que busca fortalecer os vínculos familiares, viabilizando o acesso dessas famílias aos serviços da rede pública municipal, bem como aos direitos dos mesmos. [1: Dados do registro mensal de atendimentos fornecidos pela instituição em dezembro de 2019 ] 
Neste Projeto busca-se enfatizar a atuação do Assistente Social e sua importância na promoção dos direitos e serviços ofertados a comunidade Jeremoabense, que durante o estágio curricular foi possível observar e entender melhor a funcionalidade do CRAS bem como a articulação da rede para o desenvolvimento do mesmo e das demais políticas públicas. 
1.3 Hipóteses 
A falta de informação dos usuários do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS), a cerca do trabalho do Assistente Social e dos Serviços Socioassistenciais.
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral 
Promover o acesso a informação a cerca do trabalho do Assistente Social no Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) Maria Lúcia de Carvalho Dantas, e aos serviços socioassistenciais ofertados pela instituição. 
2.2 Objetivos Específicos 
· Identificar as principais dúvidas dos usuários;
· Informar a cerca dos serviços socioassistenciais ofertados;
· Cientificar a cerca da atuação do Assistente Social no CRAS;
· Incentivar a interação da comunidade com o CRAS;
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 Breve histórico do Serviço Social no Brasil
O profissional do Serviço Social exerce um papel de suma importância no desenvolvimento das ações do Centro de Referência e Assistência Social, baseando-se nos serviços ofertados pela instituição, seja na função interventiva junto a população ou no fortalecimento de vínculos familiares, junto aos instrumentos do Serviço Social, buscando efetivar as politicas publicas dentro dos objetivos propostos na realidade contemporânea, da relação entre o Estado e a sociedade, objetivando intervir nas necessidades da classe trabalhadora.
A implantação do serviço social se dá no decorrer do processo histórico, não se baseará no entanto, em medidas coercitivas emanadas do Estado. Surge da iniciativa particular de grupos e frações de classe, que se manifestam, principalmente, por intermédio da Igreja Católica, como autora afirmar foi a partir daí que se iniciou uma base social bem delimitada e fontes de recrutamento e formação de agentes sócias formados por uma ideologia igualmente determinada, são estas especificidades que reveste o serviço social desde a sua implantação no âmbito das características que marcaram esta profissão (IAMAMOTO, 2012, p.135)
Historicamente o serviço social surge através do assistencialismo , condição essa que vigorou por muitos anos, em meio as relações entre a burguesia, igreja e Estado, que visava implementar medidas através do Serviço Social de forma populista e assistencialista. 
Para Couto (2011):
No caso da assistência social é ainda mais grave. Apoiada por décadas na matriz do favor, do clientelismo, do apadrinhamento e do mando, que configurou um padrão arcaico de relações, enraizado na cultura política brasileira, esta área de intervenção do Estado caracterizou-se historicamente como não política, renegada como secundaria e marginal do conjunto das políticas públicas. ( pg. 33)
Nessa perspectiva a assistência social apresentada por muitos anos como pratica assistencialista e não como politica publica, mesmo vista como necessária, era de caráter provisório isolada de praticas necessárias pra sua efetivação, ao longo do seu processo histórico cruzou as barreiras do assistencialismo para ser reconhecida como politica social, e passou a ser objeto de defesa e aos interesses dos menos favorecidos. Isto posto, a fragmentação e as praticas tuteladoras que foi submetida como assistência social, ocasionam em desordem do entendimento populacional que muitas vezes não diverge o que é assistencialismo do que é politica publica garantida por lei. 
Segundo MARTINELLE (2011):
O Serviço Social no Brasil remonta aos primeiros anos da década de 30, como fruto da iniciativa particular de vários setores da burguesia, fortemente respaldados pela Igreja Católica e tendo como referencial o serviço social europeu. Evidentemente não pode ser entendido como uma simples transposição de modelos ou mera importação de ideias, pois suas origens estão profundamente relacionadas com o complexo do quadro histórico conjuntural que caracterizava o país naquele momento ( p.122).
Diante disso a colocação da assistência social como politica pública e direito social é nova, no Brasil as politicas publicas de assistência social vem a ser reconhecidas como direito apenas na década de 1980, marcada por muitas lutas pela democracia, pelos direitos, e movimentos sociais, em decorrência disso nos temos a Constituição federal de 1988, conhecida como constituição cidadã, símbolo de um enorme avanço nos diretos do povo. 
A partir desse ponto reformula-se a assistência social, que passa de ação imposta pelos interesses da burguesia sobre os trabalhadores à politica publica de direito, responsabilidade do Estado, não contributiva, e inserida no tripé da seguridade social (saúde, previdência e assistência), viabilizando o enfrentamento as expressões da questão social. No entanto para isso é necessário romper com o conservadorismo enraizado.
Já em 1933, foi instituída a Lei nº 8.742 Orgânica de Assistência Social (LOAS) que dispõe da organização da assistência social , como direito de todos e dever do Estado, assegurando o provimento dos mínimos sociais para a população necessitada. 
A Politica Nacional de Assistência Social (PNAS), foi aprovada em 2004 pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), externando a assistência social como base da proteção social , no intuito de nortear a implementação da politica de assistência social no brasil.
A PNAS, aprovada pelo CNAS, promove, sobretudo, a defesa e atenção dos interesses e necessidades sociais, particularmente das famílias, seus membros e indivíduos mais empobrecidos e socialmente excluídos. Cabe, por isso, a assistência social, segundo esta política, as ações de prevenções, promoção e inserção; bem como o provimento de um conjunto de garantias ou seguranças que cubram, reduzam ou previnam a vulnerabilidade, o risco social e eventos; assim como atendam as necessidades emergentes ou permanentes, decorrentes de problemas pessoais ou sociais dos seus usuários e beneficiários. (SIMÕES 2010, P.309)
A Politica Nacional de Assistência Social (PNAS), dispõe a assistência social a obrigatoriedade de politica de direitos, para viabilizar o acesso dos usuários a politicas publicas sociais, e o desenvolvimento de ações que visem emancipar os usuários como sujeitos de direitos e deveres e agentes modificadores da sua própria realidade, possibilitando o enfrentamento da situação de vulnerabilidade e risco social.
Em 2005 após a IV Conferência Nacional de Assistência Social foi instituída a implantação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), depois de quase duas décadas de luta, tornou-se possível por em ação o que foi estabelecido pela Constituição Federal de 1988, passou-se a sistematizar de forma descentralizada, participativa e articulada, meios e recursos para a execução de projetos, programas, benefícios e serviços da assistência social. Tem sua organização e execução pelas três esferas governamentais, federal, estadual, municipal, e a sociedade civil, para melhor atender as necessidades da população. 
 No que concerne à classificação dos serviços socioassistenciais pela PNAS (2004), as ações, programas, projetos, benefícios e serviços são elencadas em duas categorias: 
Proteção Social Básica e Proteção Social Especial (PSB) que se caracteriza com caráter preventivo, com o intuito de fortalecer os vínculos familiares e comunitários, esse serviço é executado pela equipe de referência do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), cujoseu principal instrumento é o Programa de Atenção Integral á Família (PAIF) elencado pelos técnicos de referencia em sua maioria assistentes sociais e psicólogos, no qual vamos destrinchar no próximo subitem.
Proteção Social Especial (PSE) atribuída aos usuários que tiveram seus direitos violados e seus vínculos familiares em risco ou rompidos, com ações e programas destinados a esse público de acordo com a demanda local. A PSE é executada pela equipe de referência do Centro de Referencia Especializado de Assistência Social (CREAS), com composição semelhante a do CRAS, mas com serviços voltado ao publico alvo, como o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), Serviços Especializados em Abordagem Social, proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assistida e de prestação de serviços comunitários.
3.2 O centro de Referência de Assistência Social (CRAS)
O centro de Referência de Assistência Social (CRAS), conhecido como a casa das famílias por ser a principal porta de entrada para os serviços socioassistenciais, é uma instituição pública estatal, que visa atender e assistir os usuários e suas famílias que estão em situação de vulnerabilidade e risco social, o principal serviço ofertado pelo CRAS é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família (PAIF), como mencionado anteriormente, com um trabalho de caráter continuado que busca fortalecer os vínculos familiares, viabilizando o acesso dessas famílias aos serviços da rede pública municipal, bem como aos direitos dos mesmos, um papel fundamental no convívio sócio familiar, desenvolvendo ações, programas e projetos que visam dar apoio aos usuários, incentivar a garantia de direitos, seja através do acompanhamento familiar, visita domiciliar, do atendimento ou trabalho de sala de espera, onde os usuários são acolhidos e orientados de acordo com suas necessidades. 
As ofertas do CRAS se alinham junto as demandas vigentes na comunidade, desse modo é possível ofertar serviços direcionados para os usuários e suas famílias com melhor eficácia para sanar as necessidades vigentes, isto posto é fundamental que o território coberto pela instituição, seja conhecido pela equipe de referência, para maior estreitamento de vínculos da família com o CRAS, conhecendo a realidade de cada comunidade é possível identificar as expressões da questão social[footnoteRef:2] ali vigentes e atuar nas situações de vulnerabilidade e risco social. [2: Expressões da questão social como: falta de acesso a politicas publicas, deterioração dos vínculos familiares, descriminação, desigualdade social, racismo e a violência e suas diferentes nuances. ] 
[...] entender a ‘questão social’ é de um lado, considerar a exploração do trabalho pelo capital e de outro, as lutas sociais protagonizadas pelos trabalhadores organizados em face desta premissa central à produção e reprodução do capitalismo. Conjugadas, essas premissas derivam em expressões diversificadas da ‘questão social’ em face das quais cabe sempre um processo de investigação a fim caracterizá-la enquanto ‘unidade na diversidade’; ou seja, devemos nos esforçar, como categoria, para apontar as características e ‘formas de ser’ de cada expressão da ‘questão social’ enquanto fenômeno singular e, ao mesmo tempo, universal, cujo fundamento comum é dado pela centralidade do trabalho na constituição da vida social (SANTOS, 2012, p.133).
Fruto do capitalismo e agravando-se até a contemporaneidade, a questão social é o personagem principal no cenário da pluralidade de desigualdades sociais, que resultam na precariedade de vida do usuário, frente a isso o Estado, na maioria das vezes, isenta-se de suas responsabilidades o que agrava de forma significativa a situação vigente. 
A atuação dos técnicos de referências do CRAS viabiliza alternativas para mudar a situação e propiciar uma vida digna ao usuário, que passa a enxergar alternativas para continuar sua educação, tirar os filhos do mundo do alcoolismo e das drogas, e melhorar sua autoestima.
Casos desses tipos são vividos diariamente nas 4.005 unidades dos CRAS em funcionamento e distribuídos em mais de 3.000 municípios brasileiros. Destes, 3.200 são financiados total ou parcialmente pelo governo federal e o restante por governos municipais ou estaduais (MDS 2007, p. 2)
Isto posto, é perceptível a importância desse equipamento de promoção social nas comunidades, buscando incentivar a emancipação do usuário, e promovendo melhoras para sua qualidade de vida. 
3.3 A atuação do Assistente Social no CRAS Maria Lúcia de Carvalho Dantas
Localizado no sertão Baiano, Localizado na Avenida Deputado Luiz Eduardo Magalhães, no Centro do Município de Jeremoabo, Bahia, o CRAS Maria Lúcia de Carvalho Dantas, atende cerca de 377 famílias, oriundas de Jeremoabo e região. A equipe de Técnicos de Referência de Assistência Social é formada por quatro (4) assistentes sociais, e dois (2) psicólogos, que diante do enorme desafio de atender o grande numero de usuários e suas famílias, se desdobra para executar seus serviços com qualidade e empenho. 
Parafraseando IAMAMOTO (2011) Um dos maiores desafios do assistente social na contemporaneidade é não ser um mero executor dos serviços, mas um agente de mudança, que ao compreender uma realidade, possa propor opções interventivas e eficazes para efetivação de direitos.
Grande parte dos usuários e famílias que procuram o CRAS buscam orientação ou benefícios eventuais, em sua maioria beneficiários do Programa do Governo Federal Bolsa Família, destinado a pessoas sem renda fixa. Para entendermos as demandas adiante, vale salientar que Jeremoabo é um Município de pequeno porte II, com cerca de 40.463 habitantes[footnoteRef:3], no qual 52% tem rendimentos de no máximo meio salario mínimo , ou seja a situação de empregabilidade é quase nula, não possui muitas opções de emprego, que se resumem a prefeitura, o escasso comercio local e trabalhos informais, como mencionado acima a maioria vive da renda do Bolsa Família, em péssimas condições de vida, o que aumenta significativamente a cada dia a procura pelos benefícios eventuais para sanar a fome. [3: Fonte IBGE: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/jeremoabo/panorama] 
 A oferta dos serviços socioassistenciais viabilizam a efetivação de direitos e os encaminhamentos para a rede intersetorial (saúde, educação) e oficinas de geração de emprego e renda, bem como o empoderamento do usuário, o proposito dessa pesquisa é salientar a importância da atuação do assistente na referida instituição, compreendendo estrategicamente seu papel na PSB e as politicas publicas voltadas pra mesma. 
 A atuação do assistente social e de suma importância, visto que esse profissional traz consigo um aporte técnico-operativo, teórico e metodológico, que possibilita entender as situações vigentes com uma visão critica. , capaz de identificar as demandas e viabilizar ações que propiciem o desenvolvimento sócio comunitário, responsável por identificar as demandas e propiciar oportunidades, incentivar o desenvolvimento de potencialidades da comunidade, apresentando propostas que possibilitem o resgate da cidadania e dos direitos sociais através de politicas publicas. 
No CRAS os assistentes sociais utilizam diversos instrumentos e técnicas de trabalho que os ajudam a conduzir seu atendimento e realizar o acompanhamento das famílias e usuários. Os relatórios, por exemplo, são importantes para o registro de informações acolhidas durante o atendimento, à visita domiciliar possibilita o assistente social estar mais próximo ao usuário, entendendo melhor sua real situação e sua realidade fora do espaço da instituição. Os encaminhamentos contribuem para a utilização das redes de serviços existentes no município (saúde, educação, justiça, acesso a documentação civil, entre outros). O mais importante dos instrumentos de trabalho é que eles sejam utilizados de forma que agregue o trabalho do assistente social a responder as demandas que lhes são apresentadasno seu cotidiano. O trabalho desenvolvido pelos profissionais no CRAS é interdisciplinar, na qual existe uma interação entre o trabalho do serviço social com a psicologia e os demais profissionais dentro da instituição no intuito de promover a organização do trabalho da equipe para assim proporcionar ao usuário respostas as suas demandas. 
O desafio do trabalho interdisciplinar é a descontinuidade das equipes, devido à grande precarização do trabalho e dos vínculos fragilizados. É constante dentro do CRAS a troca da equipe, o que dificulta a organização do trabalho e o acompanhamento de alguns casos, pois com as constantes mudanças é preciso sempre uma nova atualização do profissional que começa integrar a equipe o que pode vir a causar um atraso das atividades. Apesar de ser um avanço na organização do processo de trabalho, um dos problemas que a interdisciplinaridade pode trazer é a indefinição das tarefas dentro da equipe e o assistente social acaba incorporando para si atribuições que não são suas. Por isso é importante para o profissional saber de forma clara suas atribuições e competências dentro da instituição para que isso não ocorra.
Segundo Guerra (2011), muitos CRAS possuem más condições de trabalho e infraestrutura (ausência de móveis, equipamentos, tecnologia e acessibilidade) as quais vão trazer condicionalidades para o exercício profissional do assistente social no que diz respeito aos seus limites e possibilidades. 
Atualmente, as demandas encontradas pelos assistentes sociais em seus locais de trabalho vêm crescendo e se diversificando cada vez mais, no CRAS existe demandas postas a eles tanto pela instituição como pelos usuários, uma das principais demandas são os benefícios Eventuais (B.E), por vezes em forma de cestas básicas, essas práticas atrapalham, pois muitos usuários não vêm ao CRAS para buscar seus direitos e politicas publicas, como se inserir nos projetos e oficinas de geração de renda, mas sim para a aquisição de uma contribuição alimentar que não resolve o problema e nem da autonomia a estas famílias. A maioria dos usuários referenciados e suas famílias sofrem com um acesso precário as politicas publicas municipais e incluem-se na economia informal, com uma renda baixa, que não é suficiente para prover o básico para sua família, diante disso o assistente social atua intervindo na situação, junto a rede municipal, no intuito de proporcionar a essas famílias uma vida digna, direcionando politicas publicas voltadas para cada demanda identificada. 
Na instituição é o assistente social que realiza o primeiro atendimento aos usuários, o atendimento socioassistencial básico. Na verdade, esse profissional vai dar respostas aos usuários que não necessariamente vão resolver suas demandas, pois muitas vezes estão além das possibilidades de resolução desse profissional como, por exemplo, a questão do desemprego, e outras vezes eles só precisam de uma orientação simples. A instituição busca responder as demandas vigentes através dos projetos e políticas públicas que já estão disponíveis na rede municipa, é perceptível a importância desse equipamento de promoção social nas comunidades, buscando incentivar a emancipação do usuário, e promovendo melhoras para sua qualidade de vida, tendo como seu protagonista o assistente social.
Com relação à falta de conhecimento sobre o exercício profissional do assistente social que ainda é muito grande, é necessário que esses profissionais estarem sempre divulgando qual é o objetivo do Serviço Social dentro da instituição e como funciona esse trabalho, pois só assim será possível começar uma mudança dessa visão distorcida sobre o exercício profissional do assistente social. 
4. METODOLOGIA
Com a finalidade de nortear essa proposta metodológica, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, através do levantamento de publicações em livros, revistas, e produções científicas, para referenciar o tema, como a PNAS, NOB-SUAS NOB-SUAS-RH, código de ética profissional, entre outros. 
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. (FONSECA 2002,p.32)
A pesquisa exploratória deu-se desde o estagio curricular obrigatório, onde foi possível ter maior proximidade ao tema deste projeto de pesquisa, consoante ao material bibliográfico, parafraseando Gil (2002) a pesquisa exploratória tem o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torna-lo mais explicito ou a construir hipóteses. . Ainda preocupando-se com o resgate as concepções, opiniões e significados, usou-se a pesquisa qualitativa, com amostragem probabilística e intencional, visto que o interesse não é quantitativo, nem baseado no caráter numérico, observou-se uma quantidade de profissionais e sua atuação, suas rotinas, e modo de funcionamento com os usuários e as famílias, destes, 4 assistentes sociais. 
5. CRONOGRAMA 
	Fases/Meses
	2019
	2020
	
	JAN
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	JAN
	Levantamento
 Bibliográfico
	
	
	
	
	
	
	x
	x
	
	
	
	
	
	Análise e Revisão do Material
	
	
	
	
	
	
	
	xx
	
	
	
	
	
	Leituras e 
Fichamentos
	
	
	
	
	
	
	
	
	xx
	
	
	
	
	Redação 
(1º Capítulo)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	xx
	xx
	
	
	Redação 
(2º Capítulo)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	xx
	xx
	
	Redação 
(3º Capítulo)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	XX
	
	Conclusão
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	xx
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. BRASIL, 1988. ______. _______________________________________________. Secretaria Nacional de Assistência Social. LOAS anotada. Lei Orgânica de Assistência Social. Brasília, MDS, 2009 a. 129 ______. _______________________________________________. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. 1ª. Ed. – Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009 b. ______. _______________________________________________. Conselho Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Resolução CNAS n.º 109, de 11 de novembro de 2009. Brasília: MDS, CNAS, 2009 c. ______. _______________________________________________. Lei 12.435, de 6 de Julho de 2011. Dispõe sobre a Lei do Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Diário Oficial da União, 2011. Brasil, 2011.______________________ Política Nacional de Assistência Social. 2004
CAMPOS, M. S; REIS, D. S. Metodologias do trabalho social no CRAS. In: CRAS: marcos legais. São Paulo: Prefeitura Municipal de São Paulo, 2009.
COUTO, Berenice Rojas. O Direito Social e Assistência Social na Sociedade Brasileira: uma equação possível? São Paulo: Cortez, 2006; 2008.
CRAS, um lugar de (re)fazer histórias. Ano 1, n. 1, 2007. – Brasília :MDS, 2007.
CRESS 11° REGIÃO. Legislação social: cidadania, políticas publicas e exercício profissional. Edição 21° Curitiba Paraná, 2007.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4º ed. - São Paulo: Atlas, 2002.______________ Métodos e técnicas de pesquisa social. 6º ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade do Serviço Social/ Yolanda Guerra – 9. Ed. – São Paulo: Cortez, 2011.
IAMAMOTO, Marilda V.. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2006. Disponível em : Acesso em 04/2015._________________________________ O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo, 20 ed., Cortez, 2011.
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