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Durkheim: Divisão Social do Trabalho e Solidariedade SOCIOLOGIA FILOSOFIA E ÉTICA Professores: Uipirangi Franklin da Silva Câmara – Doutor em Ciências da Religião Miguel de Jesus Castriani – Mestre em Educação Luiz Fernando Satacechen – Mestre em Sociologia ◼ As regras morais possuem uma autoridade que implica a noção de dever e, em segundo lugar, aparecem-nos como desejáveis. ◼ Temos também o prazer de partilhar interesses com outros membros da sociedade, de levar com eles uma mesma vida moral. Émile Durkheim: as regras morais ◼ Qual o elemento capaz de manter esta união entre as pessoas? São duas coisas: a solidariedade e a consciência coletiva. ◼ Sobre a consciência ele irá descrever dois tipos, uma individual e outra coletiva. ◼ a) A individual representa o pessoal, o que tem a ver com o próprio indivíduo. Émile Durkheim: solidariedade e consciência coletiva ◼ b) A coletiva seria um sistema de ideias, sentimentos e de hábitos que exprimem em nós os grupos que fazemos parte, enfim, seria a sociedade agindo e vivendo em nós. ◼ c) Na consciência coletiva entraria as crenças religiosas, as crenças e as práticas morais, as tradições nacionais ou profissionais, as opiniões coletivas de toda espécie. Seu conjunto forma então o ser social. Émile Durkheim: solidariedade e consciência coletiva ◼ Quanto maior a consciência coletiva, maior é a conformidade individual aos aspectos comuns. ◼ Na consciência coletiva o indivíduo supera a si mesmo, abre mão dos seus interesses egoístas em nome do coletivo. ◼ Quanto maior é a extensão da consciência coletiva em uma sociedade, maior é a conformidade das consciências individuais. Émile Durkheim: solidariedade e consciência coletiva ◼ Nas sociedades onde se desenvolve uma divisão do trabalho, a consciência comum passa a ocupar uma reduzida parcela da consciência total, permitindo o desenvolvimento da personalidade. ◼ A diferenciação social não diminui a coesão, ao contrário, faz com que “a unidade do organismo seja tanto maior quanto mais marcada a individualidade das partes Émile Durkheim: solidariedade e consciência coletiva ◼ Uma solidariedade ainda mais forte funda-se a na interdependência e na individuação dos membros que compõem essas sociedades. O ◼ Quando mais diferenciado for o indivíduo ou o papel que ele desempenhe, maior será a sua dependência em relação aos outros, pois ele acaba desempenhando apenas uma função (e não sabe as outras). Émile Durkheim: solidariedade e consciência coletiva ◼ Nas sociedades modernas, há cada vez mais uma individualização a partir da divisão do trabalho. Esta divisão não é específica do mundo econômico: ela se encontra em outras áreas da sociedade, como nas funções políticas, administrativas, judiciárias, artísticas, científicas etc. ◼ A coesão não diminui, pois cria-se a necessidade de uma interdependência. Émile Durkheim: a divisão do trabalho ◼ Durkheim chama de solidariedade “os laços que unem os membros entre si e o próprio grupo”, e essa pode ser orgânica ou mecânica; de acordo com o tipo de sociedade cuja coesão procuram garantir. ◼ Na solidariedade mecânica, os laços não são recíprocos, são “mecânicos”, apenas peças de um todo. Émile Durkheim: solidariedade e consciência coletiva ◼ A condensação da sociedade, ao multiplicar as relações intersociais, leva ao progresso da divisão do trabalho. ◼ À medida que se acentua a divisão do trabalho social, a solidariedade mecânica se reduz e é gradualmente substituída por uma nova: a solidariedade orgânica ou derivada da divisão do trabalho. Solidariedade mecânica: laços através de características comuns. ◼ Segundo Durkheim, somente existem indivíduos no sentido moderno da expressão quando se vive numa sociedade altamente diferenciada, ou seja, onde a divisão do trabalho está presente, e na qual a consciência coletiva ocupa um espaço muito reduzido em face da consciência individual. Durkheim: a existência do indivíduo ◼ As duas formas de solidariedade, a mecânica e a orgânica, evoluem em razão inversa: enquanto uma progride, a outra se retrai, mas cada uma delas, a seu modo, cumpre a função de assegurar a coesão social nas sociedades simples ou complexas. Durkheim: evolução das consciências ◼ Outro conceito importante relacionado com a solidariedade em Durkheim é o “estado de anomia”. ◼ Estado de anomia ou de desregramento, é quando há um enfraquecimento da moral e por consequência dos laços sociais que unem os indivíduos, os deixando em uma situação de fragilidade social. O sujeito perde a sensação dos laços sociais que o protegiam. Durkheim :o “estado de anomia”
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