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Paper - Seminário Interdisciplinar V

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PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE UMA ÁREA DE LIXÃO
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RESUMO
Este trabalho tem como tema de estudo “Projeto de Recuperação de uma área de lixão”, sendo a escolha justificada pela importância do tratamento dos resíduos produzidos pela sociedade. Desta forma este estudo tem os seguintes objetivos: descrever sobre importância da preservação ambiental; Abordar a necessidade da destinação correta do lixo; Discorrer sobre recuperação de uma área de lixão. A realização deste estudo ocorreu a partir da revisão da literatura, sendo o objetivo a busca do referencial teórico necessário para o seu desenvolvimento. Com a conclusão deste trabalho foi possível compreender a importância da preservação do Meio Ambiente, assim como a necessidade da correta destinação do lixo, destacando a importância da recuperação de lixões, pois estes causam grande impacto ambiental durante a sua utilização e após o encerramento de suas atividades. 
Palavras-chave: Educação Ambiental. Meio Ambiente. Lixão. 
1. INTRODUÇÃO
A preservação do Meio Ambiente está em pauta no mundo todo. Mas o que podemos fazer para que ela aconteça de forma efetiva? Por que é tão difícil parar de explorar os recursos naturais ou minimizar esta atividade de forma a não agredir significativamente o Meio Ambiente?
O sistema capitalista que vivemos e o estímulo ao consumo são sem dúvida fatores que contribuem para a situação que estamos presenciando hoje. O apelo econômico e a forma como nos desenvolvemos criou uma dependência muito grande das comodidades atuais, fazendo com que esse consumo acarrete a geração excessiva de resíduos. Assim é necessário pensar em soluções para minimizar os impactos que causamos.
A questão do lixo é um tema importante neste contexto, neste sentido este estudo aborda a seguinte questão: Como recuperar uma área de lixão?
Neste sentido este trabalho tem como tema de estudo “Projeto de Recuperação de uma área de Lixão”, o mesmo se justifica pela importância do tratamento correto dos resíduos produzidos pela sociedade e recuperação destas áreas de antigos lixões. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 REMEDIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE LIXÕES
O Meio Ambiente é fundamental para a sobrevivência de todos no planeta, os homens ao longo do tempo utilizaram os recursos naturais de forma indevida e hoje podemos perceber os reflexos destas ações.
Um dos fatores que contribuem para a degradação do Meio Ambiente é a produção de lixo, seja doméstico ou industrial. Estes resíduos quando são jogados no meio Ambiente sem qualquer tratamento causam grande impacto ambiental.
Os lixões como o nome sugere são depósitos de lixo. Quando os resíduos urbanos são depositados sem qualquer cuidado no solo causam grandes problemas para o Meio Ambiente como a poluição do lençol freático, o que pode ser considerado muito grave, além causar a proliferação de animais que podem transmitir doenças ao homem, como os roedores.
Em função da grande possibilidade de ocorrência de problemas ambientais, o simples abandono e fechamento das áreas utilizadas para disposição final de resíduos sólidos urbanos devem ser descartados, devendo os municípios buscar técnicas que minimizem os impactos ambientais. (FEMA, 2010, p. 13).
A remediação e o fechamento de lixões compreende o processo que objetiva reduzir, o máximo possível, os impactos ambientais negativos causados pela deposição do lixo, considerando-se a decisão de encerrar a operação no local, estabilizar a área e destiná-la a uma utilização adequada no futuro. Em um lixão ou mesmo aterro sanitário ao ser desativado, a meta é estabilizá-lo (física, química e biologicamente) e, após esta estabilização (período geralmente não inferior a 10-15 anos após encerramento da deposição de lixo), destiná-lo a um uso compatível (D’ALMEIDA, 2002).
Neste sentido D’Almeida (2002) fala que a remediação e o fechamento dos lixões têm por objetivo reduzir o máximo possível os impactos causados pela disposição dos resíduos no solo, sendo necessário estabilizar a área e destiná-la a uma utilização adequada no futuro.
Dentre os setores do saneamento, a problemática que gira em torno do gerenciamento de resíduos sólidos vem se destacando, uma vez que, essa questão tem sido intensificada em decorrência do alto padrão de consumo, característica marcante do atual sistema econômico, que ao induzir o consumo excessivo de produtos, vem a gerar um dos maiores problemas dos últimos tempos: a excessiva produção de lixo. Esses materiais estão sendo gerados em quantidades superiores do que o meio ambiente possa suportar. (ISMAEL; LEITE; SILVA, 2013, p. 2).
Entre estas questões a destinação do lixo produzido deve receber atenção especial, reduzir ou reutilizar é importante, mas o que fazer com os resíduos que sobram do processo de produção e consumo? O que fazer com o lixo?
Diante deste cenário foram criadas medidas para reduzir o impacto que o acúmulo de lixo pode causar, onde na legislação brasileira os lixões, locais onde os resíduos urbanos eram depositados sem qualquer tratamento são considerados ilegais.
Dentre os processos utilizados para a recuperação da área, podem ser citados: 
[...] drenagem superficial e drenagem profundas para coleta do chorume existente, bem como a recomposição de uma estrada municipal que corta a área de projeto. A terraplenagem é composta por uma movimentação de material que evita a erosão dos solos e após a conformação é inserida uma camada de 15 centímetros de calcário granular, 50 centímetros de argila compactada, seguido de 30 centímetros de solo construído (chamado também de solo gordo, que dá suporte para a vegetação crescer). A malha de drenagem superficial foi elaborada em concreto assim como as escadas hidráulicas. Além disso, um sistema de ventes foi desenvolvido formado por tubos de PVC. Segundo Ramos, esse dispositivo foi instalado para que o gás produzido pelos resíduos saia, mesmo que as medições apontaram para pouca produção de gás, já que o lixão parou de funcionar há algum tempo (PORTAL LITORAL SUL, 2018, p. 1). 
Possamai et al. (2007) também descreve alguns processos que geralmente são utilizados para a recuperação destas áreas: 
· O ideal é a retirada da massa de lixo destinando-a a um aterro sanitário, recuperando o solo natural da região, mas tem alto custo; 
· Pensando na redução dos custos deste processo é possível realizar uma série de medidas como: eliminação de fogo e fumaça; limpeza da área; efetuar a cobertura do local; drenar águas superficiais, o biogás e o percolato do lixo; monitoramento geotécnico e ambiental; realizar a manutenção da área; elaboração de projeto paisagístico; entre outras. 
No que se refere às condições sanitárias, as ações necessárias correspondem à movimentação e conformação da massa de lixo; eliminação de fogo e fumaça; delimitação da área, identificação dos locais onde houve ou não a disposição de lixo e, por fim, a limpeza da área de domínio. Os aspectos ambientais são tratados através das seguintes ações: drenagem das águas superficiais; drenagem, coleta e tratamento de gases e chorume; cuidados para evitar / minimizar a contaminação do lençol freático e arborização do entorno da área (ALBERTE; CARNEIRO; KAN, 2005, p. 5). 
Atualmente, existe uma legislação regulamenta os aterros sanitários definindo como estes locais devem tratar os resíduos produzidos na sociedade.
Mas de acordo com Ismael, Leite e Silva (2013) a realidade brasileira não acompanha a legislação, onde a grande maioria dos resíduos é depositada em lixões, sendo que nas regiões Norte e Nordeste em torno de 90% do lixo produzido é destinado para lixões enquanto no Sul e Sudeste a média é de 15% a 18% respectivamente. 
Neste sentido é possível perceber que o país ainda precisa melhorar muito na questão da gestão dos resíduos produzidos.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa bibliográfica foi o método utilizado na busca por maior conhecimento sobre o tema de estudo. De acordo com Fonseca (2002, p. 32) “A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas,e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites”.
Figura 1: Vista parcial de um lixão
Fonte: Dias; Marques; Dias (2013, p. 7)
A figura apresentada retrata uma área de lixão, onde é possível perceber a degradação Meio Ambiente totalmente coberto de lixo e alguns animais se alimentando destes resíduos, o que é totalmente inadequado. 
Para melhor entendimento de como funciona o processo de recuperação de área de lixão foi pesquisado um exemplo de área de lixão que foi recuperada, o lixão em questão era utilizado pelas cidades e Forquilhinha, Criciúma e Nova Veneza em Santa Catarina, onde o local recebeu rejeito proveniente dos processos industriais da antiga ICC (Indústria Carboquímica Catarinense) e posteriormente, resíduos sólidos urbanos provenientes dos municípios. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O acúmulo de lixo e a forma como este vem sendo tratado ao longo do tempo, trouxe grandes impactos ambientais. No Brasil, a legislação não permite o uso dos lixões, mas infelizmente a realidade é que muitas regiões ainda utilizam esta forma de tratamento dos resíduos urbanos.
No caso dos lixões desativados é necessário o desenvolvimento de um plano de ação para a recuperação da área que pode envolver aterramento do local e utilização da área, esta opção geralmente é adotada por questões econômicas, já que a recuperação de uma área de lixão é onerosa ou a recuperação que permita sua utilização.
Existem diferentes meios de recuperar uma área de lixão um dos grandes impasses é o custo, pois geralmente são grandes áreas e o tempo para a sua reutilização quando possível, pode levar décadas. 
O lixão de Forquilhinhas deixou de receber os resíduos dos municípios em 2005 após a implantação do aterro sanitário de Içara. 
O Ministério Público em 2010 obteve uma liminar que obriga as empresas Petrobrás Gás (Gaspetro) e Indústria Carboquímica Catarinense (ICC) a recuperarem a área do lixão de Forquilhinhas, o que deu início um grande projeto de recuperação da área. 
Foram envolvidos neste processo a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em Criciúma, o Instituto de Pesquisa Ambiental e Tecnológica (IPAT), um dos institutos do Iparque (Parque Científico e Tecnológico) da Universidade, foi responsável pelo projeto executivo para a recuperação ambiental. O projeto do PRAD-Lixão foi elaborado em 2014, a execução iniciou em 2015 e foi concluída em 2016, passando por diferentes etapas, desde a sua desativação em 2005 até 2016, com a finalização do projeto de recuperação, como pode ser visto nas imagens a seguir.
Figura 2: Lixão desativado em 2005
Fonte: Possamai (2014)
Figura 3: Topografia do terreno
 
Fonte: Manogeo Engenharia (2016)
Figura 3: Preparação da drenagem Figura 4: Instalação do sistema de ventes
Fonte: Portal Litoral Sul (2018)
Figura 5: Área já recuperada
Fonte: Portal Litoral Sul (2018)
Pode-se perceber que este é um processo complexo que envolve planejamento e acompanhamento para a verificação dos resultados.
No exemplo utilizado do lixão de Forquilhinhas, pode-se perceber a complexidade do projeto, onde o objetivo é a reutilização da área para fins industriais ou empresariais em alguns pontos, mas para isso é necessário um acompanhamento e monitoramento de no mínimo 5 anos, o que demostra como o depósito inadequado causa impactos ambientais, como também econômicos, pois se o processo fosse o correto desde o principio estas medidas poderiam não ser necessários ou mais paliativas. 
5. CONCLUSÃO
Os lixões ainda são um grande problema no Brasil, mesmo com a legislação vigente os municípios principalmente na região Norte e Nordeste do país não conseguiram abolir esta forma de tratamento dos resíduos urbanos, o que é preocupante.
A recuperação de uma área de lixão é onerosa e lenta, entre 10 a 15 anos, onde na maioria dos casos a recuperação só ocorre após intervenção do Estado, por isso, a sociedade como um todo precisa compreender a importância da destinação correta do lixo.
A educação ambiental neste sentido é fundamental, pois é ele que cria uma consciência sobre o consumo e o descarte dos resíduos produzidos e vai desta forma influenciar toda a cadeia produtiva. 
REFERÊNCIAS
ALBERTE, E.P.; CARNEIRO, A.P.; KAN, L. Recuperação de áreas degradadas por disposição de resíduos sólidos urbanos. Diálogos & Ciência - Revista Eletrônica da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana. Ano III, n. 5, jun. 2005. 
D’ALMEIDA, M.L.O. (org). Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. Brasília: CEMPRE, 2002.
DIAS, L.S.; MARQUES, M.D.; DIAS, L.S. Lixão: tem solução? Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades, v. 1, n. 5, 2013.
FONSECA, J.J.S. de. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. Reabilitação de áreas degradadas por resíduos sólidos urbanos. Belo Horizonte: FEAM, 2010.
ISMAEL, F.C.M; LEITE, J.C.A; SILVA, K.B da. Proposta de um Plano de Recuperação para a Área do Lixão em Pombal-PB. Informativo Técnico do Semiárido, v. 7, n. 1, p. 01-10, jan./dez. 2013.
MANOGEO ENGENHARIA. Acompanhamento, para recuperação de área degradada. Disponível em: http://www.manogeo.com.br/obras. Acesso em: 06 Dez. 2019.
PORTAL LITORAL SUL. Área com 97 hectares ocupada por um “lixão” será recuperada: Trata-se de um dos maiores projetos de recuperação ambiental em curso no Brasil com participação da Unesc. 2018. Disponível em: https://www.portallitoralsul.com.br/area-com-97-hectares-ocupada-por-um-lixao-sera-recuperada/. Acesso em: 30 Ago. 2019. 
POSSAMAI, F.P.; VIANA, E.; SCHULZ, H.E.; COSTA, M.M.; CASAGRANDE, E. Lixões inativos na região carbonífera de Santa Catarina: análise dos ricos à saúde pública e ao meio ambiente. Ciência e Saúde Coletiva, mar. 2007. 
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