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Seminário I DIREITO TRIBUTÁRIO E O CONCEITO DE TRIBUTO

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MÓDULO TRIBUTO E SEGURANÇA JURÍDICA
Seminário Nº 1 – DIREITO TRIBUTÁRIO E O CONCEITO DE “TRIBUTO”
ALUNA: MARIANA MASCARENHAS V. MORAIS
DATA DA ENTREGA: 10.08.2019
MÓDULO TRIBUTO E SEGURANÇA JURÍDICA
Seminário Nº 1 – DIREITO TRIBUTÁRIO E O CONCEITO DE “TRIBUTO”
ALUNA: MARIANA MASCARENHAS V. MORAIS
DATA DA ENTREGA: 10.08.2019
1.	Que é Direito? Há diferença entre direito positivo e Ciência do Direito? Explique.
A elaboração de uma resposta, adequada, para esta pergunta inicial é uma tarefa quase que impossível de se discorrer. Uma vez que, se houvesse resposta exata para tal pergunta não existiriam constantes divergências entre doutrinadores e correntes jurídicas a respeito do assunto. No entanto, as conceituações que aqui serão coligadas e interpretadas, demonstram a tentativa de estabelecer uma forma didática da noção de Direito.
De início, trago o sentido estrito da palavra, qual seja a sua descrição trazida pelo dicionário Aurélio, cujo referencial de “Direito” é abarcada como: “(...) 7. Aquilo que é justo, ou conforme à lei; 8. O que pode ser exigido em conformidade com as leis ou justiça; (...) 11. O conjunto dessas normas, vigentes num determinado país(...)” [sic], ao meu ver, por não existir definição exata para a palavra “direito”, em si, esta abrange vários sentidos, e, dentre uma das diretrizes pode ser considerado um o sistema de normas de conduta e princípios criado e imposto por um conjunto de instituições para regular as relações sociai.
Conforme já mencionado. aos longos dos séculos diversos juristas tentaram/tentam definir, de acordo com suas crenças e costumes, o que seria o “direito”. Vejamos como pensam a respeito disso os Nobres juristas: Kant, Kelsen e Reale.
O conceito de Kant se resume em “Direito é o conjunto de condições pelas quais o arbítrio de um pode conciliar-se com o arbítrio do outro, segundo uma lei geral de liberdade”. Já na visão de Hans Kelsen "O direito se constitui primordialmente como um sistema de normas coativas permeado por uma lógica interna de validade que legitima, a partir de uma norma fundamental, todas as outras normas que lhe integram".
Além disso, Miguel Reale, conceitua o direito através da formulou a Teoria Tridimensional do direito, o qual enfatiza que para explicar esse fenômeno é necessário analisar por meio de três aspectos intrínsecos e distintos entre si, quais sejam: o axiológico (onde este cinge o valor de justiça ); o fático (visa tratar da efetividade social e histórica) e por fim, o normativo (sendo compreendido pelo “dever-ser”).
Perfazendo um aglomerado de regras que guiam as condutas humanas impostas pelo Estado, sendo primordial para essa relação. E, porque não pensar que o ramo do Direito é a ciência que sistematiza as normas necessárias para o equilíbrio das relações entre o Estado e os cidadãos e destes entre si, impostas coercitivamente pelo Poder Público.
A saber, o Direito Positivo e a Ciência do Direito são formados por linguagens. Onde que o direito positivo é o direito normativo, objetivo, escrito, ou seja, são as normas jurídicas apropriadas num determinado Estado de direito que se noticiam por meio de uma linguagem, construída pelo homem, disciplinando o comportamento humano. Assim, o Direito Positivo refere-se como um conjunto de proposições destinadas a regular a conduta das pessoas, nas relações interpessoais.
Ao passo que a Ciência do Direito delineia o enredo normativo abarcado pelo direito positivo, impondo e revelando sua hierarquia, expondo as formas lógicas que governam a relação das várias unidades do sistema e oferecendo seus conteúdos de significação.
Para o excelso Paulo de Barros Carvalho a diferença entre essas duas nomenclaturas é gritante, vejamos como pensa: 
“(...)São dois corpos de linguagem, dois discursos linguísticos, cada qual portador de um tipo de organização lógica e de funções semânticas e pragmáticas diversas. (...) Por isso, não é demais enfatizar que o direito positivo é o complexo de normas jurídicas válidas num dado país. À Ciência do Direito cabe descrever esse enredo normativo, ordenando-o, declarando sua hierarquia, exibindo as formas lógicas que governam o entrelaçamento das várias unidades do sistema e oferecendo seus conteúdos de significação. (...)”
A Ciência do Direito está acima da linguagem do direito positivo, pois discorre sobre ela, devemos citar, também, que no direito positivo temos a lógica deôntica (lógica das normas) e na Ciência do Direito temos a lógica apofântica (lógica das ciências). Por isso, quanto ao primeiro, dizemos que as normas são válidas ou inválidas e, quanto aos enunciados da Ciência, usamos os valores verdade e falsidade.
Para concluir, podemos dizer que o direito positivo forma um plano de linguagem prescritivo e a Ciência do Direito possui uma linguagem descritiva.
2.	Que é tributo (vide anexo I)? Com base na sua definição de tributo, quais dessas hipóteses são consideradas tributos? Fundamente sua resposta: (i) valor cobrado pela União a título de ressarcimento de despesas com selos de controle de IPI fabricado pela Casa da Moeda (anexo II); (ii) contribuição sindical (considerar as alterações da lei 13.467/17) (anexo III); (iii) tributo instituído por meio de decreto (inconstitucional – vide anexo IV); (iv) o tributo inserido na base de cálculo de outro tributo.
Na visão do professor Paulo de Barros Carvalho podemos extrair da palavra “tributo” seis tipos de significados diferentes quando utilizado na redação do direito positivo, nos ensinos da doutrina e nos pronunciamentos das jurisprudências, a saber: o “tributo” como quantia em dinheiro ou a prestação correspondente ao dever jurídico do sujeito passivo; como direito subjetivo de que é titular do sujeito ativo; como norma e sinônimo de relação jurídica tributária; e como fato de relação jurídica.
Pela lógica do CTN em seu artigo 3º “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, que não seja sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” No dicionário, o latim proveniente da palavra “tributo” (“tributum”) caracteriza como algo que se tributa, se venera como prova de admiração, é ofertar um elogio a outra pessoa, ou, significa também certa quantidade de dinheiro que é entregue ao Estado para ser usado para quitar as dívidas de ordem pública, fazendo essa última, mais sentido ao estudo aqui realizado.
Dentre as diversas formas de interpretação desse assunto a minha acepção sobre tal palavra é que: tributo é o coração do Estado, que bombeia e irriga riquezas para ele se manter vivo, ou também, por uma ótica mais racional, tributo é a incumbência que o contribuinte tem de pagar determinada quantia (em dinheiro) ao Estado, prevista anteriormente em lei, de natureza compulsória e que não componha uma sanção por ato ilícito.
O tributo é a principal fonte da receita do direto público (derivado), sendo sua arrecadação lícita, a ideia é colaborar com a manutenção da coletividade pública, gerando receitas para o Erário. Compactuo da ideia que a Natureza Jurídica do tributo é da corrente da pentapartição, adotada pela Constituição Federal e suas 5 (cinco) espécies de tributo, são elas: Imposto, Taxa, Contribuição de melhoria; Empréstimos compulsórios e Contribuição especial. 
	(i) Incide em vício formal a imposição de taxa relativa à aquisição de selos de controle do IPI, embora o Fisco de fato possa impor ao sujeito passivo certas obrigações acessórias por meio de ato infralegais, o mesmo não pode ocorrer no âmbito das taxas, pois elas devem obediência à regra da estrita legalidade tributaria, vide art. 97,inciso IV do CTN, ademais o relator ministro Napoleão Nunes Maia Filho a diferença fundamental entre obrigação principal e obrigação tributária acessória é a natureza da prestação devida ao Estado. Segundo o relator, enquanto a principal pressupõe entrega de dinheiro, a acessória tem natureza prestacional. Bem como, decidiu a 1ª seção do STJ em reconhecer a ilegalidade de cobrançaspor confecção e fornecimento de selos de controle de IPI instituída pelo decreto-lei 1.437/75. Para o colegiado, por se tratar de tributo, ressarcimento dos valores exige edição de lei para ser instituído.
(ii) com o advento da nova reforma trabalhista a contribuição sindical por passar a ser facultativa esta não é mais considera como tributo. Assim, a contribuição sindical não é tributo e depende de autorização do trabalhador. O entendimento do juiz do Trabalho Fábio Trifiatis Vitale, da vara de Mogi Mirim/SP, ao negar pedido de sindicato para que fosse reconhecida a inconstitucionalidade da reforma trabalhista e, consequentemente, recolhida a contribuição sindical. Na sentença, destacou que a CLT sempre disciplinou a matéria e, com a reforma, tornou facultativa a obrigação.
"A Contribuição Sindical não pode ser equiparada a tributo, pois não se insere em nenhuma das suas espécies: imposto, taxa ou contribuição social. Além disso, o Sindicato é uma instituição privada, não sofre fiscalização pelo Tribunal de Contas, sendo antidemocrática a compulsoriedade da obrigação. Não há, pois, exigência de Lei Complementar para disciplinar a matéria."
Por essas razões, afirmou não vislumbrar qualquer inconstitucionalidade nos artigos 545, 578, 579, 582, 587 e 602 da CLT, julgando improcedentes os pedidos. Concluindo que contribuição sindical não é tributo e depende de autorização do trabalhador.
(iii) o Decreto serve para aplicabilidade prática da lei, ele vai regulamentar de acordo com os limites das leis preestabelecidas, por assim dizer, o Decreto não cria tributos ele regulamenta. Isso por causa do princípio da legalidade que rege o direito tributário, garantindo ao contribuinte a existência de uma lei para criar e cobrar o tributo, pois não será imputada uma obrigação tributária ao contribuinte, sem antes observar as disposições legais quanto a criação e cobrança de um tributo. Dessa forma, os limites postos ao poder de tributar devem ser observados sob pena de inconstitucionalidade, o princípio da legalidade visa impedir abusos por partes das autoridades e uma possível discricionariedade na cobrança dos tributos.
(iv). Com base na leitura realizada pelo STF sobre o que é constitucionalmente aceito para ser posto à tributação como base de cálculo, inúmeras decisões judiciais foram e vêm sendo proferidas nas mais variadas instâncias com o fim não somente de excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS como, também, para retirar da incidência tributária outros tributos. 
Conforme amplamente noticiado, o STF, por maioria, definiu no julgamento do RE 574.706/PR que "o ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da COFINS". Assim, embora ainda estejam pendentes de análise os Embargos de Declaração opostos pela União, que requer a improvável modulação dos efeitos da decisão, já é notória a repercussão em outros casos do que foi decidido pelo STF.
Pelos votos favoráveis aos contribuintes proferidos na ocasião do julgamento, verifica-se que o núcleo da discussão recaiu, principalmente, sobre o que seria o conceito constitucional de receita bruta/faturamento e se, a partir de então, poderia o ICMS ser nele incluído, fazendo parte ou não da base de cálculo do PIS e da Cofins. A este respeito, confira-se:
Ministra Carmem Lucia: "É inegável que o ICMS respeita a todo o processo e o contribuinte não inclui como receita ou faturamento o que ele haverá de repassar à Fazenda Pública."
Nesta esteira, entendesse que o pensamento caminha para não apenas a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS, como, também, para afastar a incidência tributária sob outros tributos.
3.	Que é norma jurídica? E norma jurídica completa? Há que se falar em norma jurídica sem sanção? Justifique.
Nos mesmos moldes de dificuldade em relatar, acertadamente, o que é “direito”, se faz aqui, ao tentar responder o que é norma jurídica. Dessa maneira, com relação ao conceito de norma jurídica, há diversos posicionamentos doutrinários sobre o tema.
Para o Nobre Paulo de Barros Carvalho “a norma jurídica é juízo implicacional produzido pelo intérprete em função da experiência no trato com esses suportes comunicacionais.”. Traduzindo, constituem a base empírica do conhecimento do direito posto. A norma jurídica resulta na interpretação das leis determinadas pelo Direito positivo (conjunto de princípios e regras que regem a vida social de determinado povo em determinada época). Assim, pode-se dizer que é a forma de obter-se várias interpretações que podem ser decorrentes em mais de uma acepção.
Dessarte, alguns juristas compactuam com a ideia de que a norma jurídica representa uma prescrição legal, podendo ter seu cumprimento exigido, se, caso for necessário, a aplicação e força, apreciando dessa forma a característica da coercitividade. Além dessa, existem outras características, tais como: imperatividade, generalidade, bilateralidade ou heteronomia. Portanto, segundo essa corrente, toda norma jurídica implica uma sanção por seu cumprimento ou descumprimento.
Leciona o professor Paulo de Barros Carvalho ser impossível existir uma norma jurídica sem sanção. Afirma que não possuem normas sancionatórias que lhe correspondam, porque estas somente se associam a outras normas jurídicas prescritoras de deveres.
Porém, há outra corrente que entende que, cada leitor poderá ter uma interpretação diversa ao ler um mesmo texto, podendo ser formado mais de um juízo a respeito de determinado assunto. Em suma, o texto de lei é a norma escrita pelo legislador, dirigida a todas as pessoas de um Estado ou a determinado grupo. São textos constitucionais, legais, decretos, atos administrativos, sentenças, são veículos normativos que se constituem de enunciados.
Assim, a norma jurídica completa prevê a sanção, contudo, não se pode confundir a sanção ora prevista com as penalidades, multas ou castigos, dado que a sanção se impõe como o cumprimento forçado da obrigação mediante utilização da coerção institucionalizada.
Logo, podemos concluir que, de acordo com a corrente adotada, podemos ou não, entender que existam normas que não possuam sanção.
4.	Há diferença entre documento normativo, enunciado prescritivo, proposição e norma jurídica? Explique estabelecendo a diferença entre o conceito de norma em sentido amplo e norma em sentido estrito. 
Todas apontadas acima são consideradas normas. Ocorre que as normas jurídicas, textos de lei, denominadas documentos normativos, são normas jurídicas strictu sensu, enquanto que o enunciado prescritivo, as proposições, e as normas jurídicas latu sensu são normas em sentido amplo. Senão, vejamos:
O documento normativo seria considerado como a norma em si mesma, ou seja, em sentido estrito. A norma, em sentido estrito, é o significado que aplicamos conforme os enunciados prescritivos, ao passo que o suporte físico do direito positivo estrutura-se na forma hipotético-condicional.
Já os enunciados, estes, apresentam-se no plano do direito material, e consideram a estrutura sintático-gramatical, versando a respeito dos símbolos usados para o texto de lei. Por outro lado, as proposições abarcam o aspecto semântico que os enunciados pretendem significar, sendo o juízo hipotético de que as prescrições estarão compreendidas.
Diversos enunciados podem expressar a mesma proposição, ou proposições divergentes podem equivaler-se a um mesmo enunciado, sendo que, a medida que estes estiverem prescrevendo condutas estará diante de normas jurídicas. 
5.	Com base em sua resposta dada na questão 2, responda: 
a) O desconto de IPVA concedido para contribuintes que não incorreram em infrações de trânsito é uma utilização do tributo como “sanção de ato ilícito”? 
	O IPVA é um imposto que o dono de veículo deve pagar. Grande parte da população faz confusão entre tributo e imposto. O conceito de tributo está no artigo 3º do Código Tributário Nacional.
Todo tributo deve ser pago em dinheiro, pois tem o caráter de obrigatoriedade. É uma imposição! Já o Imposto segundo o Art. 16 é o tributo cuja obrigação tem porfato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
O desconto de IPVA concedido a quem não incorrer em infração de trânsito não é sanção de ato ilícito, mas sim, beneficio, considerado um “bônus” do Estado.
b) E a progressividade do IPTU e do ITR em razão da função social da propriedade? Responda fundamentadamente e considere para sua resposta as seguintes afirmações do autor Fernando Favacho: “a definição conotativa do art. 3º do CTN conflita com a definição denotativa do art. 182 da CF. Em suma, a Constituição traz um tributo (IPTU sancionatório progressivo) que, para o CTN, não é tributo”[footnoteRef:1] e “o IPTU sancionatório progressivo é tributo, a par do mandamento do CTN”[footnoteRef:2]. [1: FAVACHO, Fernando Gomes. Definição do conceito de tributo. São Paulo, 2010. p. 33.] [2: Idem. Loc. cit.] 
No meu entendimento, a multa advinda de atraso no IPTU por si só não tem natureza tributária, eis que mesmo cumprindo determinados requisitos previstos pelo art. 3º do CTN sua razão de existir está no sentido de punir o contribuinte pela mora com no pagamento do tributo e portanto, de acordo com o dispositivo supramencionado, um tributo não pode ter caráter sancionatório. 
Portanto, a multa decorrente de atraso no pagamento de IPTU, é uma sanção, que não o define como tributo, nos termos 
6.	Que é direito tributário? Sob as luzes da matéria estudada, efetuar crítica à seguinte sentença: “Direito tributário é o ramo do Direito público positivo que estuda as relações jurídicas entre o Fisco e os contribuintes, concernentes à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos”, e propor definição para “direito tributário”.
Integrado pelo conjunto das proporções jurídico-normativas que correspondem direta ou indiretamente à arrecadação e fiscalização de tributos. O direito tributário positivado é o ramo autônomo do direito, desta forma, entende-se que direito tributário não é ramo do direito público ou privado, considera-se um ramo autônomo do direito.
Igualmente, não existe o estudo limitado entre as relações do Fisco e os contribuintes. Isto posto, existe relação direta e indireta com o Fisco, não sendo restrita a forma de interpretação conforme descrita na sentença. Uma possível definição de direito tributário seria positivação de norma infraconstitucional autônoma responsável pela regulação das obrigações positivas e negativas dos contribuintes perante a arrecadação e fiscalização das Fazendas Públicas.
7.	Dada a seguinte lei (exemplo fictício):
Estado de Minas Gerais, Lei Estadual nº 2.017, de 10/10/2017
A Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais Decretou e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º Esta Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização de Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Hídricos, que tem como fato gerador o exercício do poder de polícia do Estado sobre estas atividades.
Art. 2º A base de cálculo dessa taxa é a receita bruta obtida com a comercialização de mercadorias ou de serviços que utilizem recursos hídricos.
Art. 3o. A alíquota é de 3%.
Art. 4º Contribuinte é Pessoa, física ou jurídica, que utilize recursos hídricos com a finalidade de exploração ou aproveitamento econômico.
Art. 5º A taxa será apurada mensalmente e recolhida, mediante preenchimento da guia de recolhimento, até o último dia útil do mês seguinte ao da exploração ou do aproveitamento do recurso hídrico, sob pena de multa de 10% sobre o valor do tributo devido.
Art. 6º Na ausência de apuração e recolhimento da taxa pelo contribuinte,a autoridade fiscal competente deverá lavrar “Auto de Infração e Imposição de Multa”, aplicando multa de 50% sobre o valor da taxa devida.
Art. 7º É isenta do pagamento da taxa a utilização de recurso hídrico na captação e consumo destinados à atividade agropecuária
(...)
Pergunta-se:
a) Quantas normas há nessa lei? Identifique-as. 
Existem 6 normas nessa lei, a saber:
(i) RMIT: a principal delas, sua sigla significa Regra Matriz de Incidência Tributária, perfazendo o RMIT do tributo em questão;
(ii) Norma de Isenção
(iii) Norma de Dever instrumental do contribuinte pelo art. 7º;
(iv) Norma de Dever instrumental da receita pelo art. 4º;
(v) Norma que institui a Multa de 10% pelo art. 5º
(vi) Norma que institui a Multa de 50% pelo art. 6º 
De forma mais visível acima identifico as 6 normas nessa lei fictícia, para uma melhor compreensão.
b) Qual dessas normas institui tributo?
	O artigo 1º que é referente ao RMIT.
c) Qual dessas normas é estudada pela Ciência do Direito Tributário? Justificar.
	Todas, dado que o direito tributário estuda o tributo e suas acepções. Nesse viés todas as normas acima são estudadas pelo Direito Tributário, uma vez que cada uma delas remetem à tributos, e matérias financeiras. Insta frisar que o Direito Tributário vem para definir como serão cobrados os contribuintes os tributos e outras obrigações a ele relacionadas. Essas obrigações geram receita para o Estado (fisco). E essa estrutura aqui apresentada é exatamente o que pode ser observado da lei fictícia supramencionada.
d) O texto legal, acima transcrito, é Ciência do Direito? Justificar.
	Lei é direito positivo, ciência do direito é a interpretação. O Nobre professor Para Paulo de Barros Carvalho, ressalta que “à Ciência do Direito cabe descrever esse enredo normativo, ordenando-o, declarando sua hierarquia, exibindo as formas lógicas que governam o entrelaçamento das várias unidades do sistema e oferecendo seus conteúdos de significação”.
Ademias, o professor acertadamente remete sobre a questão da norma jurídica em seu sistema, que o elemento da Ciência do Direito existe por ser exatamente o estudo desse feixe de proposições, por assim dizer, o contexto normativo que tem por desígnio ordenar o procedimento dos seres humanos, na vida comunitária. 
Em suma, conforme o pensamento de Paulo Barros é coerente afirmar que todas essas normas que foram trazidas na Lei acima serão estudadas pela Ciência do Direito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Paulo de Barros, Curso de direito tributário / Paulo de Barros Carvalho – 29. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018.
KANT, Emmanuel. Introducción a la teoría del derecho. Madrid: Instituto de Estudios Políticos, 1954, p. 80.
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. 6ª ed. Coimbra: Armênio Amado Editora, 1984, p. 57
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. São Paulo: Bushatsky-Editora da Universidade de São Paulo, 1973, p. 88.
XIMENES, Sérgio, Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa, editora: Ediouro - Editora do Brasil, 200, p. 327.

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