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PORTIFOLIO - PROCESSO DE IMIGRACAO E EMEGRACAO DO BRASIL

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Centro Universitário Internacional Uninter
Curso: Bacharelado em Serviço Social
Disciplina (s): Formação Sócio Histórica do Brasil - Fundamentos de Filosofia
Tutora: Daniella Hoisel
Local: Polo Ilhéus
Nome do Aluno (A), RU: Jaqueline Costa de Lima, 3112610 
 Rosemeire Santos da Silva, 444793
O PROCESSO DE IMIGRAÇÃO E EMIGRAÇÃO NO BRASIL
Introdução
Esta pesquisa busca relatar os diversos movimentos migratórios que ocorreu ao longo da história do Brasil. O objetivo deste trabalho é entender os movimentos migratórios no país relacionados com sua dinâmica demográfica e fatores de atração e repulsa que os motivaram ao longo da história.
O desenvolvimento de imigração estrangeira para o Brasil dar-se a partir da segunda metade do século XIX devido a fatores interno e externos que, nesse período, vieram a calhar, contribuindo para seu advento. Internamente, o Brasil passava por um processo de abolição da escravidão. Com o fim do tráfico de escravos em 1850, ante a eminência da abolição da escravidão, que veio a se concretizar em 13 de maio de 1988 com a “Lei Áurea” pela princesa Isabel, o governo passou a incentivar o ingresso de imigrantes no país. Com a falência do regime escravocrata, o país passa a necessitar de mão de obra qualificada para substituir os escravos.
A Imigração estrangeira para o Brasil embora esteja vinculada á abolição da escravidão em 1888, possui relação de proximidade com outros condicionamentos externos, A Imigração que já havia se intensificado a partir de 1818 com o ingresso de não portugueses durante a regência de D. João VI, teve grande importância para o desenvolvimento do Brasil no século XIX, devido ao enorme tamanho do território brasileiro (TOGNI, 2015).
Externamente, a Europa vinha passando por um período de crise e desemprego generalizados devido à crise agrícola, opressão fiscal, políticas comerciais insatisfatórias e deficiência dos sistemas econômicos (desenvolvimento do capitalismo e 2ª revolução industrial). A política de substituição de escravos por trabalhadores imigrantes, adotada pelo estado brasileiro, neste contexto, despertou o interesse de trabalhadores rurais italianos. Portanto, o contexto interno e os estímulos que eram divulgados pelo governo brasileiro associado à precária condição de vida na Europa contribuíram, inicialmente, para imigração no Brasil. 
A partir da década de 50, novamente o Brasil passa a despertar a atenção de imigrantes, principalmente da Europa e Japão, em decorrência da grande destruição e crise econômica que se abateu sobre essas regiões no período pós segunda guerra mundial. Esses imigrantes juntamente com aquele já instalado no país passaram a contribuir significativamente para o processo de crescimento industrial e desenvolvimento brasileiro, agregando não só suas experiências de produção agrícola, mas também industrial. A imigração no Brasil foi o processo mais racional de ocupação e colonização das terras devolutas que exerceu um papel civilizatório contribuindo para o seu desenvolvimento. Os imigrantes que aqui se estabeleceram formaram núcleos e colônias, num modelo diferente do sistema escravagista (SEYFERTH, 2002).
A partir da política de austeridade implantada pelo regime militar na década de 1960 e crise econômica vivenciada de 1970 e 1980 houve uma redução sensível do interesse de trabalhadores migrantes em se instalar no território brasileiro. A década de 1980 foi marcada pelo fim da ditadura militar e pela crise econômica que marcou a América Latina em tal período como década perdida. Com o cenário da economia decadente aliado a falta de uma legislação de migrações, despertava mais interesse em brasileiros em migrarem de seu território do que de estrangeiro em migrar para o Brasil. 
A crise de 1980 ficou marcada pelo esgotamento do projeto de desenvolvimento e da matriz industrial, a crise da divida externa, o redirecionamento de capitais, agravando-se frente à inexistência de um novo projeto nacional (BRUM, 2001).
A mudança em país de emigração, além dos motivos já mencionados fez com que um contingente de 600 mil brasileiros deixasse o país na década de 1980 e início de 1990, sendo os destinos mais procurados os Estados Unidos, o Paraguai, o Japão, Uruguai e Bolívia (Adas & Adas, 2004). Entretanto, este movimento perdeu força e foi reduzido expressivamente a partir do início do século motivado pela retomada do crescimento econômico brasileiro. Essa redução pode ser atribuída tanto aos efeitos da crise econômica na Europa, EUA e Japão, como, inversamente, ao crescimento econômico do Brasil.
Com o crescimento econômico brasileiro a partir do início do século XXI, o país ganhou credibilidade no mercado, com destaque a indústria automobilística, que trouxe mais de uma dezena de montadoras de automóveis, caminhões e motocicletas. Inicia-se, assim, uma nova fase econômica que passou para a história como um ponto de inversão na trajetória socioeconômica brasileira, superando a regressão vívida em duas décadas anteriores. Esse ciclo de expansão foi interrompido em 2004 com o aumento da crise bancária e financeira que assolou a economia mundial. Embora sobre crescente desafio, foi retomada em 2010.
Neste novo cenário a economia brasileira vem ocupando papel de destaque no contexto econômico internacional, fato que vem despertando o interesses só de empresas transnacionais, como também de trabalhadores imigrantes, que para o Brasil tem se deslocado em grande número. O atual cenário econômico brasileiro tem atraído à atenção de migrantes de várias partes do mundo. Os números no sítio eletrônico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE demonstram que na primeira década do século XXI houve um expansivo aumento do contingente de imigrantes em território brasileiro, passando de 143.644 em 2000 para 286.468 em 2010 (IBGE, 2014).
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o número de imigrantes que têm solicitado autorização de trabalho no Brasil vem aumentando nos últimos anos atingindo números expressivos, sendo o segundo de maior volume do último quadriênio. Conforme pontua Campos (2011, p. 195), “[...] com base nas estimativas apresentadas, nota-se que o Brasil teria experimentado um saldo migratório internacional positivo de mais de 2,2 milhões de pessoas na década de 2000, sendo um milhão de homens e 1,2 milhões de mulheres”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em análise, é possível destacar que a quantidade de imigrantes no Brasil cresce exponencialmente. Ressalta-se que a imigração no país ocorreu por diversos motivos, tais como: guerra, perseguições políticas e religiosas dentre outros. Logo, desde o Brasil colonial até os dias atuais, os movimentos migratórios causam grandes influencias no processo de imigração brasileira.
BIBLIOGRAFIA
ADAS, M., & ADAS, S. (2004). Panorama geográfico do Brasil: contradições, impasses e desafios socioespaciais. São Paulo, SP: Moderna.
BRUM A.J. (2011). O desenvolvimento econômico brasileiro. (28ª. Ed.) Petrópolis, RJ: Vozes.
CAMPOS, M. B. (2011). Reversão do saldo migratório internacional negativo do Brasil? Evidências preliminares com base no censo 2010. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, (121), 189-200.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (2015). Área territorial brasileira. Recuperado em 24 de outubro de 2015 em HTTP://www.inge.gov.br/homegeociencias/cartografia/default_territ_area.shtm
SCYFERTH, G. (2002). Colonização, imigração e a questão social no Brasil. Revista USP, (53) 117-149
TOGNI, M. A. (2015). O café e a imigração no Brasil. Revista Eletrônica Mark Coffe Maganizi. Recuperado de http://www.murkcafe.com.br/o-cafe/historia/1117-ocafecaimigracaonobrasil

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