Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Potencial de Membrana O fenômeno da Eletricidade animal é central para o entendimento dos processos fisiológicos. As funções dos diferentes tecidos e órgãos estão relacionadas com sinais elétricos nas membranas das células. A condução elétrica nas membranas celulares se dá pelo fluxo de elétrons. Essa condução de corrente acontece devido as diferenças e movimentos de íons inorgânicos nos fluidos fisiológicos: Ca 2+; Na+; K+; Cl-. Tais íons fluem através de proteínas integrais de membrana: Canais Iônicos, Bombas de íons e Transportadores elétricos. Quando uma célula recebe elétrons fica carregada negativamente, já quando ela doa, fica carregada positivamente. Pode-se dizer, que cada uma dessas células apresenta um potencial elétrico. Quando existem duas células com diferentes potenciais elétricos, diz-se que existe entre elas uma diferença de potencial. Consequentemente, se essas duas células forem ligadas através de um fio condutor, no caso o axônio, haverá uma corrente elétrica (impulso nervoso) no sentido da célula que possui mais elétrons para a que possui menos. As células apresentam diferença de potencial entre seu meio intercelular e extracelular. Esse fenômeno é conhecido como potencial de membrana, existente sob duas formas: o potencial de repouso e o potencial de ação. Potencial de Repouso Existe uma diferença de potencial elétrico, da ordem de algumas dezenas de mV (milivolt), entre o espaço intracelular e o extracelular de todas as células, denominada Potencial de Repouso. No potencial de repouso, ocorre a alternância entre o transporte passivo e ativo de íons. Há a entrada passiva de íons sódio, que posteriormente são expulsos ativamente, ao mesmo tempo em que íons potássio entram ativamente. Em seguida, o potássio sai passivamente da célula, tornando o meio externo positivo em relação ao meio interno. Com isso, a célula fica polarizada. Quando está em repouso, a diferença de potencial do neurônio é negativa. O potencial de repouso ocorre quando o potencial de membrana não é alterado. Potencial de Ação O potencial de ação consiste na rápida despolarização do potencial de membrana. Os potenciais de ação são os mecanismos básicos para a transmissão da informação no sistema nervoso e em todos os tipos de músculos. Esses estímulos podem variar quanto a frequência e o padrão de transmissão. Quando uma célula é excitada ao ponto de atingir o seu limiar de despolarização, um potencial de ação é gerado. O potencial de ação é caracterizado por três etapas diferentes: Despolarização: O potencial de repouso da membrana é a diferença de potencial que existe através da membrana das células excitáveis, como as nervosas e as musculares, no período entre dois potenciais de ação. Quando uma célula excitável, recebe um estímulo, sua diferença de potencial de repouso é elevada até o limitar de despolarização, desencadeando o potencial de ação. Neste momento, na membrana celular abrem-se canais de sódio. A membrana fica subitamente permeável a íons sódio, permitindo que um grande número de Na+ se difunda para o interior do axônio. Essa entrada na célula, torna seu interior mais positivo e seu exterior mais negativo. Este mecanismo é conhecido como despolarização. Em resumo, é um processo que torna o potencial de membrana menos negativo. A despolarização torna o interior da célula menos negativo, ou pode, até mesmo, fazer com que fique positivo. Repolarização: A entrada de grande quantidade de sódio na célula estimula o fechamento dos canais de Na+ e a imediata abertura de canais de potássio, ocorrendo a saída do mesmo. Nesta fase, a bomba de sódio-potássio faz com que o sódio saia e o potássio entre pela membrana, contra sua concentração, e com gasto de energia. Para voltar, o sódio para dentro, e o potássio para fora, não há necessidade de gasto de energia, e estes íons passam por canais específicos, os quais são muito mais permeáveis ao potássio do que ao sódio, fazendo com que sempre fique mais sódio fora do que potássio dentro, mantendo a membrana negativa por dentro e positiva por fora. Portanto, o potencial de repouso é garantido pela bomba de sódio e potássio que envia 3 sódios para fora, enquanto joga 2 potássios para dentro. Garantindo que durante o repouso, a membrana interna sempre seja mais negativa do que a externa. Hiperpolarização: Quando uma célula recebe um estímulo inibitório, ocorre a saída do íon potássio e a entrada do íon cloro, tornando o meio interno da célula mais negativo e o meio externo mais positivo, inibindo a propagação do potencial de ação. A hiperpolarização dura alguns milissegundos e, nesta fase, a diferença de potencial torna a membrana negativa. Referências Bibliográficas: http://www.scielo.br/pdf/fm/v24n3/18.pdf http://www.ufrgs.br/mnemoforos/arquivos/potenciais2005.pdf http://revista.fmrp.usp.br/2007/vol40n3/tem_fundamento_eletrofisiolo gia.pdf http://www.scielo.br/pdf/fm/v24n3/18.pdf http://www.ufrgs.br/mnemoforos/arquivos/potenciais2005.pdf http://revista.fmrp.usp.br/2007/vol40n3/tem_fundamento_eletrofisiologia.pdf http://revista.fmrp.usp.br/2007/vol40n3/tem_fundamento_eletrofisiologia.pdf
Compartilhar