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unidade I Fundamentação conceitual

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Prévia do material em texto

Biogeografia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Adriana Furlan
Revisão Textual:
Profa. Ms. Alessandra Fabiana Cavalcanti
Fundamentação Conceitual
• Introdução – Histórico da Biogeografia
• Natureza, paisagem e ecossistema
 · Introduzir os conceitos básicos da disciplina, os quais permearão as 
demais unidades de conteúdo.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Nesta Unidade, vamos aprender sobre o histórico da Biogeografia e os 
conceitos básicos relacionados a esta área do conhecimento.
Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material 
complementar. Não esqueça! A leitura é um momento oportuno para 
registrar suas dúvidas; por isso, não deixe de registrá-las e transmiti-las ao 
professor-tutor.
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais 
interativo possível, na pasta de atividades, você também encontrará as 
atividades de Avaliação, uma Atividade Reflexiva e a videoaula. Cada material 
disponibilizado é mais um elemento para seu aprendizado, por favor, estude 
todos com atenção
ORIENTAÇÕES
Fundamentação Conceitual
UNIDADE Fundamentação Conceitual
Contextualização
Observe a figura abaixo, a seguir.
 Figura 1 – Rugendas: retrato da Serra da Mantiqueira (estados de SP e MG) há cerca de 200 anos
Fonte: Wikimedia Commmons
Na Figura 1 encontramos uma das pinturas de Johann Moritz Rugendas (1802-
1858), denominada Mantiqueira. Rugendas chegou ao Brasil na época colonial, 
em 1821, e foi designado artista oficial da expedição do barão Von Langsdorff, 
que percorreu diversos trechos dos estados de São Paulo e de Minas Gerais (entre 
outros), sendo que na imagem apresentada está um retrato da serra da Mantiqueira. 
Nesta expedição, ele elaborou diversos retratos da natureza e dos nascentes centros 
urbanos brasileiros. Tais obras apresentam a visão do europeu sobre o Brasil, uma 
narrativa que leva em conta os aspectos do habitat natural até os costumes de 200 
anos atrás. (Marco Antonio Barbosa)
Em muitos dos lugares em que vivemos não encontramos mais a natureza na 
condição retratada por Rugendas. Vários são os fatores que levaram a transformação 
da natureza tanto no campo quanto das áreas urbanas do Brasil e do mundo.
O que restou da natureza retratada por Rugendas são áreas de preservação, 
onde a condição natural está presente e protegida por uma legislação.
6
7
Em grande parte do nosso país (e do mundo) as matas nativas deram lugar 
a enormes áreas de atividade agrícola e pecuária ou a aglomerados urbanos. 
Nestas áreas, além da retirada da vegetação nativa, foram adicionados elementos 
que contribuem para a degradação do que restou, como o desaparecimento de 
nascentes por conta do desmatamento.
Como consequência da retirada da vegetação ocorre a exposição do solo à 
erosão e a extinção de espécies animais.
Observe a Figura 2, a seguir.
Figura 2 – Fotos de satélite mostram a devastação ocorrida na região de Marabá (PA) de 1984 a 2006
Fonte: Landsat - Inpe/Divulgação
Na Figura 2, podemos perceber que em 22 anos (de 1984 a 2006) uma área 
extensa foi desmatada na região de Marabá para desenvolvimento de ativida-
des agropecuárias.
Durante quase 500 anos, nossas florestas foram dizimadas por conta de diversos 
interesses econômicos (desde a cana de açúcar plantada na época do Brasil colonial 
até a expansão dos centros urbanos nos séculos XX e XXI).
Para entendermos todo esse processo precisamos, em princípio, compreender a 
concepção de natureza, de paisagem e de ecossistema que permeou as sociedades 
ao longo do período que se estende das ocupações indígenas às áreas urbanas em 
que muitos de nós vivemos hoje.
7
UNIDADE Fundamentação Conceitual
Introdução – Histórico da Biogeografia
Muitos dos naturalistas que acompanhavam expedições (desde a época das 
grandes navegações) de reconhecimento de novos territórios recém-descobertos 
pelos europeus retratavam, em forma de gravuras e pinturas as paisagens por 
onde passavam. A estes pioneiros pode ser atribuída a origem da Biogeografia, 
não como área do conhecimento sistematizada, mas na qual a fauna e a flora 
eram catalogadas e classificadas de acordo com o conhecimento que se tinha na 
época. Enormes inventários dos elementos naturais (e também culturais dos povos 
nativos) eram realizados e serviram de base para os estudos que se seguiram ao 
longo dos séculos.
A Biogeografia, como uma área do conhecimento sistematizada tem suas 
formulações originais desenvolvidas no final do século XIX por Friedrich Ratzel 
(1844-1904).
Segundo Carvalho (2005), podemos enumerar alguns fatos que indicam a 
importância das formulações de Ratzel na renovação dos fundamentos da biogeografia.
O primeiro fato é que o próprio Ratzel foi quem pela primeira vez criou a 
denominação desta disciplina, em 1880.
O segundo fato é que a apropriação cognitiva da dimensão biológica pela 
geografia pretendia não só ampliar, mas até certo ponto, romper com as abordagens 
tradicionais que se limitavam às antigas denominações, como “geografia das 
plantas”, “geografia da história natural”, entre outras.
O terceiro fato, que coincide com esforços atuais no mesmo sentido, é incluir 
a ação humana entre os principais elementos a ser considerados nas análises das 
paisagens naturais e dos ecossistemas.
O legado de Ratzel está no fato de ele considerar o potencial da biogeografia, 
considerando-se os vínculos indissociáveis existentes entre as dimensões biofísicas e 
as antropogeográficas (em seus desdobramentos econômicos, políticos e culturais), 
para a configuração da realidade dos ambientes terrestres.
Conforme Carvalho (2005), devemos sempre considerar que para o mundo de 
hoje, submetido aos imperativos de uma ordem econômica e social que se pretende 
global e em que nem mesmo os últimos redutos de concentração da biodiversidade 
(diversidade de vida animal e vegetal) terrestre podem ser observados e estudados 
fora dessa condição.
Desta forma, para compreendermos porque determinadas áreas sofrem grande 
processo de devastação, enquanto outras são foco de preservação e o destino de 
tudo que ali existe (todas as formas de vida, incluindo a humana), é necessário que 
8
9
consideremos quais as principais características econômicas, políticas e culturais (e 
ideológicas) que permeiam a nossa sociedade urbana industrial.
A biogeografia de Ratzel deve se constituir em um campo do conhecimento 
que não seja limitado à descrição e à classificação dos aspectos da flora 
(fitogeografia) e da fauna (zoogeografia), mas que seja mais abrangente, 
estabelecendo as conexões existentes entre tais aspectos e, destes, com a 
geografia das populações humanas, ou seja, para Ratzel o processo de evolução 
é o resultado das interações entre as dinâmicas da flora, da fauna e da vida 
humana, observadas em determinada escala espacial.
Importante!
Quando nos deparamos com a biogeografi a no nosso cotidiano e nos livros didáticos, 
geralmente, encontramos um inventário dos diferentes tipos de ecossistemas (que se 
tornaram, erroneamente, sinônimo de bioma) com algumas características da fl ora e da 
fauna de determinada porção do espaço terrestre e sua denominação em função desta 
classifi cação, relacionando-as com determinados aspectos físicos (clima e relevo), como 
por exemplo, Floresta Equatorial, Floresta Boreal, Savana, entre tantos outros.
Para os estudos de geografi a esta classifi cação é sufi ciente? Podemos perceber nesta 
forma de abordagem da biogeografi a algum traço dos ensinamentos de Ratzel?
Como mudar essa forma de trabalhar com a biogeografi a?
Trocando ideias...
Embora Ratzel tenha nos deixado um importante legado, fruto de sua preocupação 
com os estudos geográficos, não é da forma que ele nos ensinou que percebemos 
que se desenvolvem os estudos de biogeografia na atualidade.
Temos ainda uma concepção de Biogeografia que se aproxima muito mais da 
Biologia do que da Geografia e, como geógrafos, precisamos questionar a validade 
deste tipo de abordagem para nosso conhecimentoda realidade, a partir do ponto 
de vista da Geografia.
Vamos entender um pouco melhor como, embora tivéssemos um caminho a 
seguir, escolhemos outro. Assim, a concepção de biogeografia que escolhermos 
será aquela que direcionará nosso olhar e forma de estudar as paisagens naturais, 
ecossistemas e a natureza em sua relação com a(s) sociedade(s) ou não.
Ratzel tinha sua proposta, mas nem todos que praticam ou estudam a Geografia, 
e especificamente a Biogeografia, seguiram.
Zunino e Zuliini (2003) realizaram uma abordagem em relação à biogeografia, 
considerando que o seu objeto de estudo é a distribuição espacial dos seres vivos, 
tanto em sua dimensão atual, quanto em seu processo histórico.
9
UNIDADE Fundamentação Conceitual
Para estes autores, o elemento básico de toda investigação ou estudo bioge-
ográfico é a “área de distribuição” dos organismos, sendo estas áreas represen-
tadas em mapas, com suas fronteiras e sua estrutura, e podem ser estudadas de 
acordo com enfoques diferentes.
Vejamos de que forma estes autores concebem a biogeografia por meio dos 
enfoques propostos por eles.
1. Enfoque sistemático-descritivo: o qual se utiliza de dados sobre as áreas de 
distribuição dos organismos vivos para atender a diversas finalidades. Neste 
caso, é criada uma série de categorias (regiões, províncias, entre outras) que 
são organizadas hierarquicamente, com o intuito de classificar a superfície 
da Terra. A corologia se encarrega do reconhecimento de categorias (ou 
de corótipos), baseadas na coincidência de áreas de distribuição dos táxons 
(unidade taxonômica associada a um sistema de classificação).
Assim, a sistemática se dá em função de uma classificação advinda da Biologia e 
cabe à geografia, somente, verificar a distribuição dos seres vivos em função desta 
classificação (através de mapeamentos).
Após a classificação, passa-se a descrição destas áreas para fins de 
comparação com outras áreas, como por exemplo, se determinado gênero se 
repete em mais de uma área.
2. Enfoque causal: o qual tem por objetivo interpretar os fatores que influen-
ciam na distribuição geográfica dos seres vivos. Neste enfoque, há duas pers-
pectivas de análise: a ecológica e a histórica.
A perspectiva ecológica se baseia na comparação entre duas áreas de 
distribuição e os parâmetros abióticos (configuração geográfica, climática etc.) e 
bióticos (composição e estrutura das comunidades de seres vivos) que interferem 
no território considerado para tal finalidade. A perspectiva histórica se propõe 
a reconstruir os acontecimentos das distribuições dos seres vivos em termos de 
causas remotas, por meio da comparação entre as áreas de distribuição atuais e 
as relações filéticas (de Filos), de seus ocupantes e a história evolutiva, em sentido 
geográfico, geológico e climático, dos territórios em questão.
Vamos nos deter um momento para analisarmos a proposta de biogeografia 
destes autores.
O que podemos perceber é uma forte influência da Biologia nesta concepção. 
Na continuidade de seus estudos estes autores se dedicam a compreender como 
determinados seres vivos estão presentes em tal lugar (e não em outros) e de que 
forma a evolução destes ocorreu, considerando para tanto os chamados fatores 
físicos (ou ambientais), tais como clima, relevo e geologia, por exemplo.
10
11
Não identificamos a dimensão humana nesta concepção, diferente da 
proposta de Ratzel.
Para os estudos de caráter geográfico, esta abordagem fundamentada em 
princípios e bases teóricas e metodológicas da Biologia (ou das Ciências Biológicas) 
é suficiente? Para nós, que buscamos compreender a organização espacial em 
função da distribuição espacial dos fenômenos em sua interface humana e física, 
um sistema de classificação hierárquica dos seres vivos e o mapeamento de sua 
distribuição na superfície terrestre é o bastante?
Por muito tempo o que percebemos é que esta forma de tratar a biogeografia foi 
prioritária (ou até mesmo a única) para os estudos geográficos.
Exemplo disso são os livros didáticos de Ensinos Fundamental e Médio (e até 
mesmo indicações bibliográficas em nível Superior) que apresentam a biogeografia 
como um inventário de florestas ou de formações vegetais delimitadas no espaço 
com características estanques. No máximo, encontrávamos alguma referência a 
respeito da transformação destas formações vegetais, colocando o homem como 
o “destruidor da natureza”.
Os professores de Geografia, genericamente falando, tendem a realizar seus 
planejamentos seguindo as orientações de seu material didático, entre eles o livro 
de apoio (que se torna, em muitos casos, a principal ferramenta de trabalho do 
professor). Desta forma, o ano letivo é planejado em função dos capítulos do livro 
a ser utilizado (ou das apostilas) e estes, por muito tempo e até atualmente, dividem 
os estudos de geografia em três grandes temas: a parte física (estudos sobre a 
natureza, como clima, relevo, vegetação, hidrografia, geologia), a parte relativa à 
população (uma série de índices, taxas, números e fórmulas) e a parte econômica 
(mais índices, taxas e números).
Em um estudo realizado, sobre o livro didático no Ensino Médio, TEIXEIRA 
et al. (s/d) observa-se, de acordo com Kaercher (2003), que os temas como 
clima, relevo, hidrografia, vegetação, geologia são estudados isoladamente e sem 
a presença do homem, como se este não produzisse alterações significativas no 
espaço geográfico. No caso dos estudos sobre a população, o homem é estudado 
como parte de um conjunto de dados numéricos (taxas, índices, números, tais como 
densidade demográfica, índice de desenvolvimento humano, taxas de natalidade de 
mortalidade entre outros); o que transforma as aulas de Geografia em aulas de 
matemática, em virtude da quantidade de números e fórmulas. Nas abordagens 
sobre as questões econômicas são tratadas as diversas taxas, índices e números 
relativos à produção e ao consumo, por exemplo, tais como quantidade de um 
determinado produto que determinada região ou país produz.
Observe a Figura 3, a seguir, que ilustra a discussão anterior.
11
UNIDADE Fundamentação Conceitual
 
SUMÁRIO
1. O LUGAR ONDE VIVO
LOCALIZANDO ALAGOAS ....................................................................... 10
COMO ME ORIENTAR NO LUGAR ONDE VIVO? ........................................... 20
A IMPORTÂNCIA DOS MAPAS ................................................................. 38 
2. AS PAISAGENS NATURAIS DE ALAGOAS
O CLIMA ............................................................................................. 43
O RELEVO ........................................................................................... 49
A VEGETAÇÃO ...................................................................................... 56
OS RIOS E AS LAGUNAS ......................................................................... 62
3. SOCIEDADE, CAMPO E CIDADE EM ALAGOAS
FORMAÇÃO DO POVO ALAGOANO ........................................................... 77
CAMPO E CIDADE ................................................................................. 83
MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS .............................................................. 91
4. AS ATIVIDADES ECONÔMICAS E O MEIO AMBIENTE
ALAGOAS E SUA ECONOMIA ................................................................... 97
O MEU AMBIENTE E SUA IMPORTÂNCIA ..................................................110
GLOSSÁRIO ....................................................................................................121
SÍMBOLOS DO ESTADO ....................................................................................123
REFERÊNCIAS ................................................................................................126
As palavras pontilhadas ao longo das unidades estão reunidas no glssário no �nal do livro
Figura 3 – Sumário de livro didático de Geografia. Observe a compartimentação 
em três partes: física, população e economia.
Fonte:editoragrafset.com.br 
Percebe-se, conforme constatam os autores, uma enorme fragmentação na 
abordagem dos conteúdos de Geografia, o que, tratado desta forma, não contempla 
a relação homem e natureza.
Em relação, especificamente a biogeografia, que é contemplada na primeira 
temática tratada pelos livros didáticos (a parte física), a abordagem é fragmentada 
e descritiva-classificatória, o que perpetua a forma de compreensão da realidade 
“em partes” sem que haja um momento onde a junção destas partes ocorra. Qual 
a consequência disso? Dificilmente o estudante terá a percepção de uma realidade 
com diversos elementos interligados, em uma dinâmica que apresenta constantes 
transformações.
12
13
Como resolver esta questão tão importante para a Geografia? Devemos partir 
de um ponto de vista que o homem não é somente o “destruidor da natureza”, 
mas que tudo que observamos, atualmente, em termos da distribuição dos seres 
vivos pela Terra, não ocorre de forma “natural” e que desde milhares de anos 
atrás vem ocorrendo uma influência mútua entre as sociedades humanas e os 
demais seres vivos que aqui já viveram ou vivem, sendo que uns influenciam os 
outros constantemente.
Observamos que esta discussão avançou nos últimos anos e a Biogeografia 
vem sendo tratada, de forma localizada ainda, de uma forma que se aproxima 
da proposta de Ratzel, ou seja, a fragmentação está dando lugar a análises mais 
aprofundadas que levam ao entendimento da relação entre a(s) sociedade(s), 
a natureza e o desdobramento desta última que reflete na organização espacial 
(considerando-se os fatores econômicos, políticos e culturais).
Importante!
As propostas de Zunino e Zullini diferem da proposta de Raztel (elaborada muito 
tempo antes). Qual destas formas de abordagem da biogeografi a atende melhor os 
objetivos da Geografi a?
Trocando ideias...
Natureza, paisagem e ecossistema
Vamos estudar agora estes três conceitos básicos para os estudos de Biogeografia.
A natureza
Assim como as diferentes abordagens e compreensões do que é Biogeografia e a 
forma que devemos tratá-la dentro da Geografia, há também distintas concepções 
do que seja natureza, paisagem e ecossistema (para nos determos em três conceitos 
básicos presentes na Biogeografia).
Vamos partir de um princípio: as palavras e os conceitos foram criados pelos 
seres humanos ao longo de sua trajetória neste planeta. Desde os tempos dos 
povos primitivos (há milhares de anos) até hoje, a humanidade inventou palavras 
e objetos e os nomeou, bem como deu a estes significados, os quais podem ser 
chamados por definições, conceitos, palavras entre tantos outros.
Sendo assim, a partir deste princípio, todos os conceitos criados pelo homem 
em tempos históricos diferentes são passíveis de sofrer transformação, porque as 
sociedades mudam e desta forma mudam as ideias que as pessoas têm e fazem das 
coisas. As verdades não são absolutas, mas sim relativas. Referem-se à determinada 
época histórica e sociedade; e sempre passíveis de questionamentos e mudanças.
13
UNIDADE Fundamentação Conceitual
Se considerarmos este princípio como verdadeiro, entenderemos com mais 
clareza as diferentes concepções de natureza, de ecossistema e de paisagem 
encontrada ao longo do tempo. Até os conceitos e as palavras têm suas histórias, 
sempre sendo estas as histórias contadas.
Vejamos como a concepção de natureza já foi retratada!
Conforme Carvalho (2003), a natureza para os primitivos e outros povos e 
sociedades que habitaram este planeta, ao longo do tempo, não é a mesma. Para 
os primitivos que davam explicações para os fenômenos “naturais” observados 
(chuva, raio, trovão etc.) com base em deuses e seres sobrenaturais, aos quais 
tinham adoração e realizavam rituais de acordo com suas necessidades. Está é a 
natureza mítica, mágica.
Na Idade Média, sobre domínio do Cristianismo e os dogmas e ensinamentos 
da igreja católica, a natureza é obra de Deus e todos os fenômenos “naturais” 
observados têm sua origem e explicação na criação divina. Está é a natureza divina, 
criação de Deus e perfeita.
Na Idade Moderna, com o surgimento da ciência, a partir de René Descartes 
(1596-1650), a natureza passa a ser vista como uma máquina perfeita, já que a 
partir do conhecimento de seu funcionamento é possível controlá-la e fazer uso 
dela em benefício da humanidade. A partir deste momento as crenças míticas 
e religiosas começam a ser colocadas em discussão, mas levará ainda bastante 
tempo para que esse paradigma de sociedade e de natureza seja modificado. A 
contribuição de Descartes foi a “matematização” da natureza, através da explicação 
de equações matemáticas por meio de seus estudos sobre metafísica (verdades 
absolutas e inquestionáveis – base da chamada ciência moderna). Assim, ocorre 
a separação entre a fé e a razão; às ciências cabe usar a razão na explicação dos 
fenômenos. Esta é a natureza máquina, que funciona perfeitamente e pode ser 
apreendida e explicada pela razão.
Isso ocorrerá, em sua totalidade, somente no século XIX, com Charles Darwin 
(entre outros que o sucederam), pois através do desenvolvimento de pesquisas e 
da elaboração de novas teorias sobre os seres vivos e sua evolução, modificou-se a 
forma como a natureza era vista, discutida e interpretada. A maior contribuição de 
Charles Darwin foi sua explicação de que os seres vivos evoluem em função de um 
processo de seleção natural, através do qual somente os mais aptos sobrevivem, 
pois em função de conseguir se adaptar às modificações impostas pelo ambiente, 
são selecionados para perpetuar a espécie.
Estas formulações de Darwin estão em seus principais livros: “A Origem 
das Espécies” e “A Descendência do Homem”. Estas obras revolucionaram o 
conhecimento científico a respeito da origem e da evolução dos seres vivos no planeta, 
contrariando as explicações religiosas. Com o passar do tempo e das transformações 
da sociedade, as ideia de Darwin foram sendo aceitas no mundo científico.
14
15
Segundo as explicações de Charles Darwin, o motivo de existir pequenas diferenças 
na descendência, entre os animais e as plantas, faz com que determinadas espécies 
possam viver mais tempo do que outras. As espécies que vivem mais podem gerar 
um número maior de descendentes, fato que permite o aparecimento de novos 
tipos de variações. Ao contrário, tanto as características não necessárias para a 
sobrevivência da espécie, quanto os seres mais fracos, tendem a desaparecer. Essa 
é a natureza evolutiva.
As ideias de Darwin foram adaptadas e aplicadas às sociedades humanas, 
originando o chamado “Darwinismo Social”. Os conceitos de luta pela existência e 
pela sobrevivência dos mais aptos foram adaptados para justificar a sobrevivência 
daqueles que lutam para se manter no sistema capitalista, ficando para os que 
não se adaptam ao fracasso e à “morte” social. Esse conceito acabou sendo 
muito utilizado para explicar a competição entre os indivíduos (especialmente no 
Capitalismo Laissez-faire - símbolo do liberalismo econômico, em que o mercado 
deve funcionar livremente, sem interferência) o que motivou, de forma semelhante, 
as ideias de eugenia, de imperialismo, de fascismo, de nazismo e da luta entre 
grupos e etnias nacionais.
Eugenia - processo de criação de uma “nova” espécie humana, a partir da seleção das 
melhores características a serem transmitidas para a futura geração. Ciência que desenvolve 
um intenso processo de pesquisa e de aprimoramento genético da espécie humana.
Determinismo geográfi co - ideia de que o ambiente em que vivemos infl uencia 
diretamente na diversidade cultural existente e nas atividades desenvolvidas, levando a 
um desenvolvimento ou subdesenvolvimento econômico, político e cultural das diversas 
sociedades. As ideias de Ratzel, as quais foram utilizadas no momento em que ocorria o 
processo de reunifi cação alemã e também para justifi car o processo neocolonialista na 
África, traziam em sua essência a questão de sermos o que somos em função do ambienteem que vivemos. Como exemplo, podemos citar o atraso do continente africano em relação 
ao europeu, pois o clima quente faz com que as pessoas (africanas) sejam menos propensas 
a trabalhar, o que explica o subdesenvolvimento deste continente em detrimento do 
desenvolvimento do continente europeu onde, por conta do clima mais frio, as pessoas são 
motivadas a trabalhar. Essa forma de explicação justifi cou, também, o domínio dos povos 
americanos (Américas Central e do Sul), África e Ásia, pelos europeus.
Ex
pl
or
Muito das ideias de subdesenvolvimento e do determinismo geográfico estão 
associadas a esta forma de explicar o desenvolvimento (ou não) das sociedades.
Na atualidade, após a afirmação do Capitalismo como sistema socioeconômico 
hegemônico, tudo que existe na natureza se torna recurso a ser disponibilizado 
para a perpetuação e desenvolvimento deste sistema. Assim, tudo passa a ser 
recurso, inclusive o homem (recurso humano); e a utilização ou não de tais recursos 
(naturais e humanos) vai depender da demanda da produção industrial. Essa é a 
natureza, fonte de matéria prima.
15
UNIDADE Fundamentação Conceitual
A paisagem
Várias são as conceituações de paisagem, mas temos no imaginário (de nossa 
sociedade moderna) uma ideia semelhante de paisagem. Faça a você e a outros a 
seguinte pergunta e anote as respostas: O que vem em sua mente quando ouve a 
palavra paisagem? Qual a imagem que se forma? Em que você pensa?
Já tendo feito estes questionamentos a diversas pessoas, a resposta obtida, na 
maioria dos casos, está relacionada à ideia de “paisagem natural”, com elementos 
como praia, campos, matas, riachos, pássaros e outros elementos da “natureza”.
Por que quando pensamos em paisagem pensamos em natureza?
Uma explicação possível é que as pinturas do passado procuravam retratar a 
paisagem e como naquela época não havia grandes centros urbanos e o ambiente 
mais propício para o artista buscar inspiração eram as áreas rurais ou de matas 
acabou por gerar nas nossas mentes esta associação entre paisagem e natureza.
Segundo Ferreira (2010), as pinturas rupestres seriam as primeiras 
representações espontâneas da paisagem e (citando Alves, 2001), afirma que o 
termo paisagem teria sido utilizado pela primeira vez por Jean Molinet, em 1493: 
“quadro representando uma região”, ou seja, quando pintando uma paisagem de 
uma região francesa. Desde então, o conceito foi sendo modificado, especialmente, 
por meio da inclusão de novos aspectos, ora objetivos, ora subjetivos, de ordem 
estética ou afetiva.
Como categoria de análise geográfica a paisagem foi sendo conceituada levando-
se em conta os avanços e os objetivos pertinentes à Geografia.
Desta forma, temos algumas conceituações de paisagem definidas por geógrafos, 
ao longo do tempo, e que são utilizadas na análise da realidade e do espaço geográfico.
Vamos verificar agora algumas destas conceituações, considerando que não 
há a mais certa ou a mais errada, sendo todas, dentro de suas perspectivas, 
aplicáveis em certa situação em função do olhar que se tem sobre a realidade a 
ser desvendada e explicada.
Para Jean Tricart (1981), a paisagem em termos científicos se difere daquela 
do senso comum. Tricart fez algumas adaptações na formulação original de J. P. 
Deffontaines e conceituou paisagem como “uma porção perceptível a um observador 
onde se inscreve uma combinação de fatos visíveis e invisíveis e interações as quais, 
num dado momento, não percebemos senão o resultado global”. Por analogia, 
para Tricart, a paisagem pode ser comparada a um iceberg, sendo que a parte 
visível seria a parte emersa (a ponta do iceberg) e a parte invisível (e a maior) o que 
está por baixo da água. Como exemplo, podemos observar uma paisagem urbana, 
onde temos uma favela ao lado de um condomínio luxuoso.
16
17
Figura 4 – Bairro do Morumbi em São Paulo-SP. Favela de Paraisópolis ao lado de 
condomínio de alto padrão. Observe as piscinas nas sacadas dos apartamentos 
em contradição às construções precárias da comunidade de Paraisópolis.
Fonte: www.tucavieira.com.br 
O que vemos é o contraste entre os tipos de construção (a parte visível) e as 
condições de vida de cada morador. O que não vemos, mas que é responsável 
pela existência de tal paisagem, é a parte invisível (oculta) da paisagem. Nesta 
parte invisível estão todos os fatores que combinados e em interação produzem 
tal paisagem. Dentre estes, podemos citar as contradições do sistema capitalista 
que gera os dominantes e os dominados, os ricos e os pobres, os patrões e os 
empregados, o que é a base da desigualdade social. Todos esses são fatores que não 
vemos, mas que são os responsáveis pelo resultado (paisagem) que observamos. 
Portanto, para compreendermos tal paisagem, precisamos buscar a essência de sua 
existência e não ficarmos somente na aparência, ou seja, devemos ir além do visível 
(as formas), buscando o invisível (o conteúdo), senão corremos o risco de oferecer 
sempre explicações superficiais e de senso comum ao analisarmos as paisagens.
Outra forma de conceituar paisagem, podemos encontrar em Santos (2008). 
Para Milton Santos, a paisagem é um conjunto de formas que, num dado momento, 
exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre 
homem e natureza. Ainda para este autor, as paisagens são somente as formas 
que observamos, as quais podem ser atuais ou passadas, constituindo um sistema 
material e imutável, sendo que estas formas são criadas em momentos históricos 
diferentes, porém coexistindo no momento atual. Pensemos em um centro histórico 
de uma cidade qualquer. Encontraremos diversos tipos de construção que nos 
remetem a diferentes momentos históricos (como por exemplo, a igreja construída 
há muitos anos, casarões antigos e casas com padrão moderno). Para Santos, esse 
conjunto de formas construídas em momentos diferentes são somente formas e 
estão todas juntas no momento atual. E a dinâmica da sociedade, a vida? Como 
Santos entende isso?
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UNIDADE Fundamentação Conceitual
Santos criou a concepção de espaço como o conjunto das formas mais a vida 
que os anima. Diferente de Tricart que não separa as formas (construções) do 
conteúdo (a vida), Santos faz esta distinção; e as formas (construções) são somente 
formas (sem vida) e o que anima esta vida não faz parte de sua ideia de paisagem, 
mas sim de espaço (um outro conceito). Portanto, até o momento, temos dois 
conceitos diferentes de paisagem.
Vamos a um terceiro conceito, baseado em Aziz Ab´Saber (2003). Para este autor, 
a ideia fundamental é a de que a paisagem é sempre uma herança. Esta herança diz 
respeito aos processos fisiográficos e biológicos, sendo a paisagem um patrimônio 
coletivo dos povos que historicamente as herdaram como território de atuação de 
suas comunidades. Aziz propõe dois níveis de abordagem, quando tratamos de 
determinada paisagem: 1) devemos considerar que a paisagem é uma herança de 
processos de atuação antiga, remodelados e modificados por processos de atuação 
recente. Toda a transformação do clima e do relevo, por exemplo, ocorridas há 
milhões de anos estão sendo remodelados pelos agrupamentos humanos que nelas 
se instalaram; 2) as nações herdaram fatias – maiores ou menores – daqueles mesmos 
conjuntos paisagísticos de longa e complicada elaboração fisiográfica e ecológica. 
Estes povos herdeiros (todos que já estiveram e os que estão vivendo na Terra) são 
responsáveis (ou deveriam ser) pelo que herdaram, devendo assim, contribuir para 
sua preservação. Desde os mais altos escalões do governo e da administração até o 
mais simples cidadão, todos têm uma parcela de responsabilidade permanente, no 
sentido da utilização não predatória dessa herança única que é a paisagem terrestre.
Como consequência de sua conceituação de paisagem, Aziz privilegia, sempre, 
em suas análises de que forma se dá a relação entre a(s) sociedade(s) e a natureza, 
pois desde os primórdios a forma como esta relação ocorre é que define apaisagem, 
a qual, um grupo humano, após o outro, herdou.
A abordagem biogeográfica com base na definição de paisagem de Aziz é a que 
tem sido mais utilizada entre os geógrafos brasileiros, pois considera os aspectos 
físicos em sua interpelação com os aspectos humanos e de que forma isso se 
define na organização do espaço (contemplando, também, a dimensão econômica, 
política e cultural).
Podemos, após o discutido sobre a paisagem, perceber que há distintas formas de 
conceituá-la e dependendo da opção que fizermos, seguiremos por um determinado 
caminho e obteremos resultados diferentes em nossas análises.
O ecossistema
Originário da Biologia e aplicados a estudos desta disciplina, o conceito de 
Ecossistema, por muito tempo foi utilizado pelos geógrafos em suas análises 
biogeográficas. Com o passar do tempo, em função dos avanços teórico-
metodológicos da Geografia, o conceito advindo da Biologia não correspondia 
mais às necessidades dos geógrafos em suas análises espaciais.
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Desta forma, buscou-se uma forma de abordagem dos ecossistemas que se 
adaptasse às necessidades dos geógrafos, chagando-se assim à aplicação da Teoria 
dos Geossistemas, na qual os seres vivos e sua distribuição são analisados na sua 
interação com as sociedades humanas e de que forma as sociedades interferem e 
influenciam na distribuição destes seres vivos no planeta.
Embora tenhamos encontrado um caminho que melhor se encaixa nas necessi-
dades de uma análise de caráter geográfico, ainda encontramos, com muita frequên-
cia, a aplicação do conceito de Ecossistema baseado nas concepções das Ciências 
Biológicas. Aplicado desta forma, à Geografia, o conceito de Ecossistema nos leva 
a uma abordagem que se aproxima dos objetivos da Biologia e não da Geografia.
Qual o conceito de Ecossistema que permeia, tradicionalmente, os estudos 
de Biogeografia?
Tricart (1981) define Ecossistema como “um conjunto constituído por um grupo 
de seres vivos de diversas espécies, e por seu meio natural, conjunto estruturado 
pelas interações que esses seres vivos exercem uns sobre os outros e que existe 
entre eles e o meio”.
Esta noção de ecossistema apresenta uma ausência de um caráter concreto, 
essencial para uma análise geográfica: a espacialização e a influência e interferência 
humana nos ecossistemas; interferência essa não somente negativa (“o homem 
destruidor da natureza”), mas também positivo (diversas plantas existentes hoje 
são resultantes de inúmeros cruzamentos e transformações realizadas pelos 
agrupamentos humanos ao longo do tempo).
Assim, cabe aos geógrafos a tarefa de aplicar o conceito de Ecossistema em suas 
análises espaciais, considerando a dimensão econômica, política e cultural que nele 
tem atuado ao longo do tempo.
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UNIDADE Fundamentação Conceitual
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Conceitos em Geografia
Prof. João, que trata dos conceitos fundamentais para a Geografia. Atente como a Paisagem é conceituada 
ao longo da apresentação e no depoimento de Aziz Ab´Saber. 
https://youtu.be/focuvpq3VOw
Economia Verde.
Observe de que forma nossa sociedade está lidando com a escassez de recursos naturais e quais são as 
opções para a utilização destes recursos. 
https://youtu.be/Myk6eHD8ikY
 Leitura
O livro Pensar a natureza – problemas e respostas na Idade Média (séculos IX-XIV)
Discute outras concepções de natureza além das apontadas nesta Unidade. Leitura interessante e de 
aprofundamento sobre o tema.
https://goo.gl/p5LiIl
Leia o artigo (Relatório síntese do PNUMA): Economia verde – valorização da natureza.
Este artigo nos leva a uma reflexão sobre o valor que a fauna e a flora, e demais recursos naturais, 
adquirem em nossa sociedade.
http://goo.gl/sf6pvJ
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Referências
AB´SABER, A. N. Os domínios de natureza no Brasil – potencialidades 
paisagísticas. 2 ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
CARVALHO, M. B. de. Novos fundamentos para a biogeografia: a revolução 
biotecnológica e a cartografia dos mananciais de biossociodiversidade. In: Olhares 
Geográficos – meio ambiente e saúde. RIBEIRO, H. (Org.). São Paulo: Editora 
Senac, 2005. (15-30)
________. O que é natureza. 2 ed. São Paulo: Brasiliense, 2003.
FERREIRA, V. de O. A abordagem da paisagem no âmbito dos estudos 
ambientais integrados. GeoTextos, vol. 6, n. 2, dez. 2010. (187-208).
KAERCHER, N. A. Desafios e Utopias no ensino da geografia. 3. ed. Santa 
Cruz do Sul: EDUNISC, 2003.
SANTOS, M. A natureza do espaço. 4 ed. São Paulo: Edusp, 2008.
TEIXEIRA, F. G. et al. Reflexões sobre o ensino de biogeografia a partir 
da avaliação de livros didáticos de ensino médio. Disponível em: http://
docplayer.com.br/13820420-Reflexoes-sobre-o-ensino-de-biogeografia-a-partir-
da-avaliacao-de-livros-didaticos-de-ensino-medio-1.html 
TRICART, J. I. Paisagem e Ecologia. São Paulo: IGEO/USP, 1981.
ZUNINO, M.; ZULLINI, A. Biogeografía: la dimensión espacial de la evolución. 
Ciudad de México: FCE, 2003. Disponível em https://www.researchgate.net/
publication/264435473_Biogeografia_La_dimension_espacial_de_la_evolucion 
Sites consultados
<http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/paisagens_do_brasil_do_seculo_
xix.html>
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