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REVISÃO ENEM 2019 - HISTÓRIA GERAL - @GUSTADEHISTORIA

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2 
 
CONTEÚDOS 
COM GRANDE 
RECORRÊNCIA 
NO ENEM 
 
 
 
IDADE MÉDIA ......................................................................................................................................... p. 03 
A Idade Média abrange um período de aproximadamente dez séculos, indo do século V ao século XV. Foi 
nesse período que a cristandade floresceu na Europa. Comumente é dividido pelos historiadores em duas 
partes: a Alta Idade Média e a Baixa Idade Média. As duas partes abrangem o período que vai de meados 
do século V até o fim do século X e do século XI a meados do século XV, respectivamente. Os humanistas do 
século XV e XVI chamavam a Idade Média de Idade das Trevas. Afirmavam que havia ocorrido na Europa, 
um retrocesso artístico, intelectual, filosófico e institucional, em relação à produção da Antiguidade Clássica. 
 
EXPANSÃO MARÍTIMA ........................................................................................................................ p. 05 
A partir do século XV, sob a liderança de portugueses e espanhóis, os europeus começam um processo 
de intensa globalização, a chamada Expansão Marítima. Este fato também ficou conhecido como as 
Grandes Navegações e tinha como principais objetivos: a obtenção de riquezas (atividades 
comerciais) tanto pela exploração da terra (minerais e vegetais) quanto pela submissão de outros seres 
humanos ao trabalho escravo (indígenas e africanos), pela pretensão de expansão territor ial, pela 
difusão do cristianismo (catolicismo) para outras civilizações. 
 
ERA DAS REVOLUÇÕES ....................................................................................................................... p. 07 
Revolução é uma mudança radical, profunda e permanente em relação à ordem estabelecida preexistente 
dentro das sociedades humanas; é um enfrentamento sem retorno entre dois interesses bastante diferentes, 
a ponto de, por vezes, desencadear conflitos violentos e profundos. É sempre válido entendermos as 
modificações que ocorrem no contexto de formação do nosso mundo, formando assim um censo de 
entendimento do meio em que você vive, através de uma percepção mais profundas das coisas que 
influenciaram nossas vivencias atuais dentro de nossa sociedade. Por isso, é muito importante entendermos 
quais foram algumas das grandes transformações das sociedades humanas nos últimos séculos. 
 
GRANDES GUERRAS ............................................................................................................................. p. 10 
As Guerras Mundiais ganharam grande destaque por atingir direta e indiretamente todos os países do 
globo terrestre, tomando proporções jamais vistas na história da humanidade. Se por um lado a guerra 
devastou cidades e matou milhões de pessoas, por outro lado tivemos o desenvolvimento 
tecnológico e cientifico, que ocorrera naquele período, influenciando assim a todos mais tarde. Houve 
avanço cientifico tecnológico tanto para fins militares, como o aprimoramento e criação de armas, 
quanto para a população civil como o avanço na medicina. 
 
EXERCÍCIOS DE REVISÃO .................................................................................................................... p. 16 
A revisão é um dos pontos mais importantes do estudo. Aqui você irá encontrar questões Enem sobre 
os conteúdos abordados; afinal, a revisão de conteúdo é fundamental para fixar os conceitos 
apreendidos. 
 
 
3 
 
IDADE MÉDIA 
 
 
A Idade Medieval tem seu início a partir da queda do Império Romano do Ocidente no século V, e se estende 
até o século XV, quando ocorre a queda de Constantinopla, e, também, as Grandes Navegações. Podendo 
ser dividida em duas fases: a Alta Idade Média, onde temos a consolidação e o apogeu do Feudalismo; 
e a Baixa Idade Média, em que se vê as transformações socioeconômicas europeias e, 
consequentemente, a decadência do sistema feudal. 
 
O Feudalismo era o sistema político, social e econômico típico da Europa medieval, e começou a se 
instalar dentro das sociedades europeias quando, com a decadência romana, a Europa passa por um 
processo de ruralização, onde as populações urbanas começam a buscar abrigo nos feudos que 
começavam a se formar pelo interior do continente. Com as migrações bárbaras passamos a ver, também, 
o processo de transformações culturais com a fusão entre costumes germânicos e estruturas romanas 
– exemplo disso foi o Império Franco, que tinha bases político-militares baseadas nos costumes germânicos 
e, ainda, eram cristãos. 
 
Temos como principais características do Sistemas Feudal uma política descentralizada, geralmente 
centralizada nas mãos dos senhores feudais, tendo seus poderes ampliados por laços de fidelidade, 
empregadas dentro das relações de suserania e vassalagem; e confirmados pelo sistema de servidão, 
onde o servo devia trabalhar e pagar tributos para o senhor das terras, em troca de proteção. 
 
Temos, ainda, uma sociedade estamental, onde o nascimento definia a classe social em que a pessoa 
viveria até a sua morte; e caso você pertencesse às classes servis teria, por obrigação, que sustentar todo 
as outras camadas sociais, fosse prestando serviços ou pagando tributos, como a talha, a banalidade ou a 
corveia. A economia feudal era baseada na agricultura autossuficiente, pois com o abandono das 
cidades o comércio foi praticamente esquecido, e a terra passou a ser o principal meio de riqueza naquela 
sociedade. 
 
4 
 
 
Em tempos onde a Terra era quadrada e um chá de 
camomila era bruxaria, a Igreja Católica era o 
centro de toda a produção cultural e filosófica 
de uma sociedade rural e marcada por grandes 
desigualdades (muitas delas até justificadas pela 
própria Igreja). Nenhuma outra instituição foi tão 
poderosa e influente quanto a Igreja Católica 
durante o período medieval – a Igreja era dona de 
mais de 1/3 das terras cultiváveis da Europa 
Ocidental; e sempre tinha representantes junto às 
casas mais nobres –; onde, os clérigos é que 
formavam a elite letrada e intelectual; e que 
baseando-se em princípios justificados pela 
‘Sagrada Escritura’ formatava o pensamento e os 
padrões socioculturais da época, ou seja, ditava 
os hábitos, regras, costumes e até pensamentos 
que as pessoas deveriam seguir. 
 
Entretanto, se você acha que o Medievo realmente foi a ‘Idade das Trevas’, como diziam os iluministas, 
engana-se bastante; graças aos monges copistas, que transcreveram diversas obras clássicas, muito da 
cultura greco-romana trabalhada no Iluminismo não foi esquecida no tempo. Na filosofia, mesmo que 
vinculada à suas convicções cristãs, St. Agostinho e S. Tomás de Aquino desenvolveram pensamentos que 
buscavam de alguma forma aprimorar a fé através da razão, baseada nos ensinamentos de ilustres gregos 
como Platão e Aristóteles, ou vice-versa. Mas que contribuíram de forma bem concreta para a construção 
de um pensamento que de certa forma ainda perdura nos dias atuais. 
 
Mas, mesmo com toda a sua contribuição cultural, a Igreja abusava de sua posição social vigiando e 
punindo, severamente, àqueles que contra ela se erguessem – os hereges. A Inquisição era o órgão 
encarregado pela Igreja em prender, julgar e punir esses hereges; caso o suspeito fosse condenado e não 
buscasse o caminho do arrependimento e do perdão de Deus, sofria com penas que iam da excomunhão 
do catolicismo até ser queimado vivo na fogueira e em praça pública, as penas variavam de acordo com o 
grau do crime cometido contra a Igreja. 
 
As Cruzadas foram uma serie de expedições militares 
comandadas pela Igreja Católica e pelos nobres feudais 
da Europa, ocorreram entre os séculos XI E XIII e tinham 
o intuito de expulsar os mulçumanos da região de 
Jerusalém e livrar a Terra Santa dos Infiéis. No entanto, 
as principais motivações dessas campanhascristãs 
eram de cunho político e econômico, já que nobres e 
clérigos queriam expandir suas influencias feudais para o 
Oriente, por exemplo. 
 
A partir de sua influência social, a Igreja convocou seus 
fiéis para que lutassem contra os infiéis que profanavam o 
local sagrado do cristianismo e, ainda, ameaçavam 
avançar em direção a Europa; com isso, grande parte da 
população atendeu os pedidos da Instituição, dando início 
ao movimento cruzadista; que viriam buscar, sem muito 
sucesso, a libertação da Terra Santa em pelo menos 8 
expedições oficiais. 
 
5 
 
Apesar do insucesso em tomar a região de Jerusalém, as Cruzadas contribuíram fortemente para o 
renascimento do comércio e das cidades europeias, com a retomada das rotas comerciais mediterrâneas 
pelos europeus várias feiras começaram a surgir em várias regiões Da Europa, posteriormente dando origem 
a vilarejos e cidades, algumas próximas a rios e estradas, e até mesmo próximas a feudos – esses centros 
urbanos eram conhecidos como “Burgos” e seus habitantes de “burgueses”. Com autonomia cada vez maior 
devido ao comércio, os burgueses passaram a se organizar em associações que lhes garantiam o 
monopólio comercial de suas cidades ou regiões (Ricos burgueses: Guildas / Artesãos: Corporações de 
Ofício). 
 
Com o aumento do comércio e das cidades, houve também o aumento populacional, entretanto, a produção 
agrícola não conseguiu acompanhar esse aumento (devido a problemas como esgotamento de solos e 
variações climáticas), o que levou a uma Grande Fome por toda a Europa Ocidental; ocasionada, também 
pela urbanização desenfreada, a Peste Negra dizimou cerca de um terço da população europeia da época. 
Somado a isso, ainda temos os movimentos camponeses que fervilhavam por toda o continente. Com 
isso, o Sistema Feudal entrou em pleno colapso, levando ao fim dos poderes locais, e ao mesmo tempo 
fortaleceu a burguesia e o poder real. 
 
 
 
EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL 
 
A formação dos Estados absolutistas começa a 
acontecer ainda no século XV, juntamente com o 
processo Renascentista, chegando à sua decadência 
nos séculos XVIII e XIX. Foi uma forma de governo que 
tinha como principal característica a concentração 
dos poderes políticos nas mãos de um único 
soberano, chamado de monarca ou rei, como muitos 
conhecem. 
 
Mas para essa formação sair da ideia foi necessário 
ultrapassar alguns obstáculos como, por exemplo, a 
resistência em aceitar a centralização política por muitos 
dos senhores feudais que não queriam perder seus 
poderes locais. Mas com o apoio da nobreza, que tinha 
o interesse de permanecer com seus luxos. E 
principalmente da burguesia, que queria ter uma maior 
participação nas relações comerciais do Estado – 
passando a arcar com os gastos necessários para que o 
poder do rei fosse confirmado. 
 
Os monarcas europeus conseguiram, com o patrocínio burguês, criar exércitos profissionais 
permanentes; unificar os mercados nacionais; padronizar pesos e medidas; e, também, estabelecer 
sistemas monetários nacionais – muitas dessas padronizações dinamizaram ainda mais os processos 
comerciais e, consequentemente, a exploração de novas rodas de comércio. Tendo assim, sucesso em suas 
campanhas absolutistas, que ainda passaram a ser justificadas por filósofos e cientistas políticos como 
Jacques Boussuet, Thomas Hobbes e Nicolau Maquiavel – apoiavam a formação de Estados fortes e 
plenos poderes ao monarca. 
 
Além disso, a subjugação do poder espiritual ao poder real foi bastante benéfica à consolidação de tais 
monarquias, fazendo com que a coroa aumentasse suas arrecadações ao interferir nas finanças 
eclesiásticas; e com a incorporação de clérigos a altos cargos administrativos, compondo a burocracia 
estatal. 
 
 
6 
 
Com o estabelecimento do Estado Moderno a burguesia passou a figurar entre os principais agentes 
sociais e, acima de tudo, financeiros de seus Estados, onde passaram a praticar os princípios do 
Mercantilismo. Como produto disso, passamos a ver os processos que levariam posteriormente à expansão 
marítima e comercial europeia, ainda no século XV. 
 
 
O Mercantilismo, também conhecido como Capitalismo Primitivo, era o sistema econômico empregado 
dentro dos Estados Modernos, sendo um dos principais fatores de contribuição para que a Expansão 
Marítima se tornasse viável, pois as suas práticas acabaram sendo os pilares para que essas expedições 
acontecessem. 
 
Entretanto, não chegou a constituir uma doutrina ou um conjunto de práticas e ações que dessem alguma 
fundamentação definitiva a esse sistema econômico, sendo adotado principalmente entre os séculos XVI e 
XVIII. Seus princípios foram utilizados em diversos momentos do espaço e do tempo, mas sempre 
visando o acúmulo de recursos necessários à manutenção do poder absoluto – já que são faces de 
uma mesma moeda. 
 
Tem como uma de suas características chave o forte Intervencionismo Estatal, onde o Estado ditava as 
regras de sua economia, definindo medidas e ações. Tinha, também, como umas de suas bases principais 
o Metalismo, indicativo de riqueza e poder de um Estado a partir da quantidade de metais preciosos por ele 
acumulados, fosse pela exploração colonial, fosse pelo incentivo ao comércio externo. 
 
Buscava-se, assim, manter o nível das exportações superior ao de importações, mantendo a Balança 
Comercial Favorável. O Estado buscava, ainda, restringir as importações ao impor pesadas taxas aos 
produtos estrangeiros, protegendo a produção nacional da concorrência externa, caracterizando o princípio 
do Protecionismo. 
 
Assim, ao estimular os mercados nacionais, fez-se necessário desenvolver políticas de Incentivo Industrial, 
incentivando a produção com financiamentos e isenções fiscais – o empenho inglês levou à Revolução 
Industrial no século XVIII. 
 
7 
 
Por fim, o princípio que foi utilizado basicamente por todos os países mercantilistas, o Pacto Colonial que 
se baseava no exclusivismo metropolitano, onde as colônias eram obrigadas a comerciar somente com suas 
donas europeias, as Metrópoles. 
 
Com todos esses fatores a favor, juntamente com a necessidade de se buscar novas rotas para o comércio 
oriental, as Grandes Navegações acabaram por acontecer de uma maneira quase que espontânea, bem 
aquela coisa: 'a faca e o queijo na mão'. 
 
Portugal foi o primeiro a se aproveitar dessas situações, que logo no início do século XIV já reunia diversos 
fatores que o levaram a ser o tal do pioneiro das navegações atlânticas - possuía seu monarca no 
comando; contava com uma burguesia fervilhante; passou a desenvolver técnicas e tecnologias náuticas na 
Escola de Sagres; e, ainda, estava de cara para o gol, com sua favorável posição geográfica no Atlântico. 
Primeiro passo foi achar um novo caminho para as Índias, isso foi resolvido com um contorno bem lucrativo 
pela África. 
 
No final do século, a Espanha expulsou os árabes de seu último reduto; com isso podia se lançar no Mar 
Tenebroso, assim como seu vizinho. Resultado? América achada, dominada e explorada pelos ibéricos. 
O mais importante? Essa revolução comercial levou a burguesia a um enriquecimento absurdo, o que 
levou depois às Revoluções Industriais. (Inglaterra, França e Holanda lançaram-se nas navegações já 
no século XV). 
 
 
 
ERA DAS REVOLUÇÕES 
 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
 
A partir de meados do século XVIII, iniciou-se na Inglaterra a mecanização industrial, provocando assim o 
desaparecimento dos restos feudais e a definitiva implantação do modo de produção capitalista. Era o 
começo da Revolução Industrial. 
 
Que teve como principais fatores de impulso o sepultamento do Absolutismo, dando assim total 
plenitude aos meios capitalistas; o acúmulo de capital ao longo do período mercantil; a abundância de 
matérias-primas, como o ferro e o carvão; e, ainda, um enorme “exército industrial”, propiciando mão-
de-obra farta e barata. 
 
Dentro desse primeiro momento industrial teremos muitos avanços importantes, como a invençãodo Tear 
mecânico e da máquina a vapor. A Revolução Industrial logo alcançou o resto do mundo - essa expansão 
industrial, posteriormente, acaba estimulando o Imperialismo do século XIX. 
 
8 
 
Já em meados do século XVIII, passa a ocorrer o segundo processo industrial, impulsionado por 
inovações técnicas, como a descoberta da eletricidade; o surgimento e o avanço dos meios de 
transporte e dos meios de comunicação. 
 
Teremos também a extrema especialização do trabalho; e, ainda, a ampliação da produção, passando-
se a produzir artigos em série, barateando os custos de produção. Com o desenvolvimento do setor 
automobilístico implantou-se os métodos de racionalização da produção em massa; surgindo os modelos 
do Fordismo e do Taylorismo. 
 
Já na segunda metade do século XX temos o terceiro desenvolvimento industrial, que é geralmente, 
associado aos avanços ultrarrápidos, especialmente na microeletrônica, na robótica industrial, na 
computadorização dos serviços, na biotecnologia, entre outros. Surgindo, assim, grandes conglomerados 
econômicos multinacionais – empresas como a Apple, Nike e Mc Donald’s, são exemplos desses 
conglomerados. A Revolução Industrial estabeleceu a definitiva supremacia burguesa na ordem 
econômica; acelerou o êxodo rural, o crescimento urbano e a formação da classe operária. 
 
 
REVOLUÇÃO AMÉRICANA 
 
 
 
Apesar de colônias da Inglaterra, as Treze Colônias sempre tiveram bastante autonomia tanto política, 
quanto econômica, o que acabou levando a um desenvolvimento colonial marcado por uma forte identidade 
local e própria. Diante à época da Revolução Industrial, a Metrópole passou a buscar novos mercados 
consumidores para que pudessem dar vazão aos manufaturados produzidos nas fábricas inglesas. 
 
Somado a isso, temos a busca da Inglaterra em recuperar seus gastos com as várias guerras e 
conflitos que vinha travando a anos. Levando, assim, a uma tentativa de arrocho do controle colonial 
na América do Norte, que foi feita de forma brusca e sem nenhum tipo de consulta aos colonos. 
 
9 
 
Essa tentativa de controle foi feita a partir da imposição de leis e impostos abusivos em produtos e 
serviços da colônia, como, por exemplo, a Lei do Melaço (1733) que proibia a compra de melaço de 
qualquer lugar que não fosse parte do Império colonial inglês - o que prejudicava bastante os colonos que 
participavam do Comércio Triangular. 
 
Com o acirramento das tensões entre a colônia e sua metrópole, é convocado o II Congresso da Filadélfia 
(1776), que com o apoio de todas as colônias e a formação da Confederação dos Estados, torna pública a 
Declaração de Independência, que com seus princípios iluministas desafiava as amarras coloniais 
 
Os conflitos duraram até o ano de 1783, com muitas perdas para ambos os lados, e com uma reviravolta 
surpreendente dos Estados Confederados, que passaram a contar com o apoio de seus antigos inimigos 
franceses, sobre a Inglaterra, que passa a reconhecer a Independência americana com a assinatura 
do Tratado de Paris. 
 
Com a Independência definitiva, em 1787, foi concebida a Constituição do recém-formado Estados 
Unidos da América, que mesmo com princípios iluministas não aboliu a escravidão (uma das 
exigências das colônias escravistas do Sul); entretanto, apresentou uma proposta federalista, com bases 
em uma República Presidencialista, com seus poderes de Estado divido em três (Executivo, Legislativo e 
Judiciário). 
 
 
 
REVOLUÇÃO FRANCESA 
 
Nada melhor do que uma Revolução Francesa para 
falarmos um pouco de política, burguesia e povão. 
No final do século XVIII a França passava por uma 
séria crise econômica e social, o que levou à sua 
população a se unir num levante organizado sobre 
os princípios iluministas, que pregavam a 
liberdade, a fraternidade e a igualdade. 
 
Levando, assim, ao fim dos privilégios do Primeiro 
e do Segundo Estado (Clero e Nobreza); e, ainda, 
livrando-se das instituições feudais do Antigo 
Regime. Com os desentendimentos sobre os votos da 
Assembleia dos Estados Gerais, e cansado de não ter 
voz dentro da política francesa, o Terceiro Estado (o 
povão) proclamou a Assembleia Nacional Constituinte, 
elaborando uma Constituição para a França. 
 
Com a adesão popular ao movimento os conflitos teriam seu auge com a Tomada da Bastilha e com a 
instauração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Com o estabelecimento da divisão de 
poderes, foi montada uma Assembleia Legislativa, formada pela alta burguesia (os girondinos), pela baixa 
burguesia e pelo povo (os jacobinos ou 'Sans-culottes'), e o grupo do Pântano, que vivia pulando de lado. 
 
Dentro da Revolução temos também períodos bem radicais, como o 'Período do Terror' liderado pelo líder 
jacobino Robespierre, que decapitou do Rei aos próprios amigos e partidários. Mas o importante sobre esse 
processo são as modificações socioculturais que ele vai promover ao longo dos contextos históricos, 
posteriores a ele. Fomentando diversos outros processos de mesmos princípios e vontades. Influenciando 
diretamente vários processos políticos, sociais e culturais de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
A GRANDE GUERRA (1914-1945) 
 
IMPERIALISMO 
 
 
 
O Imperialismo, ou Neocolonialismo, é tido como uma das principais causas do primeiro conflito que 
envolveu países de todas as partes do Mundo - a Primeira Guerra. As bases desse expansionismo estavam 
enraizadas nos processos que derivaram da industrialização desenfreada do século XIX, assim a busca de 
mercados e de matérias-primas para alimentar a fome desenbestada das fábricas se tornou o objetivo a 
ser alcançado a qualquer custo, daí termos visto tantos genocídios e estirpações culturais nos 
continentes africano e asiático. 
 
Onde o mundo passou a pertencer a poucos, e os que queriam uma fatia do bolo passaram a lutar com 
unhas e dentes por ela - a Alemanaha, unificada tardiamente, foi uma dessas que buscava a todo custo sua 
fatia de bolo. Como a busca neocolonial não tinha escrúpulos e nem um pouco de ética, os conflitos por 
lucrativos territórios começavam a se tornar constantes e cada vez mais violentos. Tendo seu cume no 
primeiro momento (1914-1919) da Grande Guerra Mundial. 
 
 
 
 
 
11 
 
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-19) 
 
Além do Imperialismo, alguns outros fatores acabaram por 
desencadear a Primeira Guerra. Dentre eles os 
nacionalismos que ferviam em países europeus como 
França, Alemanha e Rússia; exemplos desses processos 
vemos o revanchismo francês, em relação à Alemanha; e 
ainda o pan-eslavismo difundido pela Rússia - este último 
levaria ao estopim da Guerra. 
 
Além disso, tínhamos na Europa, como resultado dos 
acirramentos neocoloniais, a formação das alianças 
político-militares entre as principais potências 
econômicas daquela época. Com o clima esquentando, a 
qualquer momento aquele barril de pólvora daria seu 'boom'; 
e esse estopim foi aceso pelo atentado ao Arquiduque, e 
herdeiro do trono Austro-húngaro, Francisco Ferdinando 
cometido por um revolucionário de um grupo separatista 
sérvio. 
 
Com a guerra declarada (Aliança: Alemanha, Austria-Hungria e o Império Turco-Otomano | Entente: 
Inglaterra, França, Rússia e, posteriormente, EUA), iniciou-se a chamada guerra de movimento, mas 
que logo estacionaria como uma guerra em trincheiras. Mas vale ressaltar os avanços tecnológicos da 
época como a metralhadora e o blindado, que modificaram completamente a forma de guerrear. 
 
Em 1917, a Rússia se vê obrigada a se retirar do conflito por causa da Revolução Russa; mas com 
isso, querendo defender seus interesses econômicos, entra os EUA, que acabam ajudando a decidir os 
rumos da guerra. Com a vitória da Entente, foi firmado o Tratado de Versalhes (1919); que desmilitarizava 
a Alemanha, além de obriga-la a indenizar os vitoriosos. 
 
Também criada ao final da Primeira Guerra, a Liga das Nações tinha a função de manter a paz entre as 
nações do mundo, mas acaba fracassando. Maior vencedor? Os EUA que acabaram como o 'maioral 
valentão' do mundo.Detalhe Importante: As Guerras Mundiais não foram apenas conflitos armados de cunho apenas militar e 
expansionista, a Primeira Guerra inaugura um novo ramo das guerras, já que seus processos passaram ter 
significados cada vez maiores dentro do campo político e diplomático. 
 
 
REVOLUÇÃO RUSSA (1917) 
 
A Revolução Russa foi um movimento que levou os princípios de Karl Marx a um novo nível de 
entendimento, já que com a revolução o "socialismo real" passou a existir. Descontentes com a vida 
miserável que a população russa vivia e com os constantes fracassos externos, o proletariado passou 
a se organizar de maneira forte e atuante entre as massas. Com a negação do exército em marchar contra 
a população que protestava contra as péssimas condições, em fevereiro de 1917, deu-se o início do 
movimento revolucionário que viria a transformar todo um país. 
 
Ao forçar a abdicação do Czar Nicolau II, os Mencheviques organizaram a República da Duma, que tinha 
um caráter liberal. Paralelamente o partido Bolchevique se fortalecia, e com a criação da Guarda 
Vermelha por Trotsky e as incitações de Lênin ao povo para tomar o poder, as tensões só aumentavam, 
culminando numa revolta popular, que tomara o poder instaurando o Conselho dos Comissários do Povo, 
presidido por Lênin - cedeu direitos à terra aos camponeses; transferiu o controle das fábricas aos 
operários; e nacionalizou os bancos. 
 
 
 
12 
 
Mesmo com uma tentativa dos Mencheviques (contando com o apoio dos países capitalistas), o Exército 
Vermelho conseguiu conter os contrarrevolucionários. Após se fixar no poder, Lênin busca recuperar a 
economia russa criando a NEP (Nova Política Econômica) - autorizava a implantação de empresas 
privadas no país e o pedido de empréstimos à estrangeiros. 
 
Com a morte de Lênin, cria-se um impasse de sucessão entre Trotsky e Stalin, com a vitória deste último a 
URSS passa a viver uma nova fase, o Stalinismo. Durante esse período a NEP é substituída pelos Planos 
Quinquenais, que investe na indústria pesada e coletiva as terras do país. Tendo como principais 
características um governo totalitário e personalista; com uma política extrema de combate a seus 
opositores. – “Entendo que, o socialismo real morre juntamente com Lênin, pois o Stalinismo desvirtua todo 
o princípio Marxista empregado por Lênin e seus camaradas durante todo o processo revolucionário. E o 
que vemos é um sistema totalmente voltado às vontades e desejos de um louco sanguinário.” 
 
 
 
PERÍODO ENTREGUERRAS (1919-1938) 
 
Com a produção e o consumo desenfreados após a Primeira Guerra os EUA assumiram a hegemonia 
capital no mundo. Porém, o consumo não acompanhou o crescimento da produtividade; além disso, a 
concorrência europeia já começava a dar sinais de recuperação. A baixa nos preços acaba fazendo com 
que o mercado entre em colapso, onde em 1929 vários investidores faliram, empresas e bancos 
fecharam; e o índice de suicídios acompanhava o crescimento da crise. 
 
13 
 
Com o desemprego em níveis alarmantes e a 
diminuição das exportações, o governo americano 
se vê obrigado a intervir nos processos 
econômicos do país, já que o Liberalismo 
econômico incontrolável havia levado àquela 
situação. Diante a isto, foi adotado um novo plano 
econômico - o New Deal -, que buscava controlar 
o crédito e os financiamentos de exportações; 
além de tomar medidas trabalhistas e abrir 
novos postos de emprego. 
 
O resultado foi logo sentido, e uma recuperação se 
iniciou, tendo-se recuperado ainda na Segunda 
Guerra. Entretanto, a Grande Depressão de 29 
gerou efeitos em todo o mundo, no caso da Europa 
contribuiu na tomada de poder de alguns regimes 
totalitários como o Fascismo, por exemplo. 
 
 
Com a Europa em crise e arrasada após a Primeira Guerra, os caminhos para o Fascismo foram 
abertos ao propor maneiras de recuperar a economia e impedir o avanço dos ideais socialistas. Na 
Itália, Benito Mussolini fundou um partido Fascista de cunho ultranacionalista, opondo-se ao socialismo e 
à democracia liberal. Ao assumir o poder passou a impor o corporativismo aos trabalhadores do país, que 
passavam a ser controlados pelo Estado Fascista. 
 
O Nazismo alemão diferencia-se do primo italiano devido ao seu contexto de ideias arianas. Entretanto, o 
autoritarismo nacionalista era o mesmo. Onde Hitler ao assumir o poder, funda o 'III Reich', em 1934. Tendo 
como seus principais instrumentos de terror a SS (Guarda especial) e a Gestapo (Polícia política). Ainda, 
em desrespeito ao Tratado de Versalhes o Führer remilitarizou a Alemanha. O que acabaria na Segunda 
Guerra (1939-45). 
 
 
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945) 
 
A Alemanha liderada por Hitler pretendia impor uma nova 
ordem na Europa disseminando a ideologia nazista e de 
imposição da raça alemã e exclusão total de minorias 
como negros, homossexuais, judeus, ciganos e a 
perseguição de regimes comunistas e socialistas. Itália e 
Japão estavam interessados em seus próprios propósitos de 
expansão territorial. 
 
Os nazistas decidiram levar a teoria do espaço vital adiante, 
promovendo assim o expansionismo alemão, primeiramente 
com a anexação da Áustria, em 1938, depois com a tentativa 
de incorporar a região dos Sudetos, na Tchecoslováquia; 
onde, o próximo passo foi a invasão da Polônia. França e 
Reino Unido exigiram que os alemães voltassem atrás e, 
diante da negativa de Hitler, declararam guerra à Alemanha 
em 1939. 
 
Foi o primeiro conflito militar de escala global, a Segunda Guerra envolveu nações de todos os continentes, 
estendendo-se de 1939 a 1945 e deixando um saldo de cerca de 50 milhões de mortos. O confronto foi 
resultado dos problemas sociais e políticos da Europa do entre guerras, do nacionalismo exacerbado 
e das pretensões da Alemanha de ampliar seus domínios. As consequências foram a destruição do 
III Reich, de Adolf Hitler, o declínio das nações da Europa e a emergência de duas superpotências 
mundiais – EUA e URSS –, que passariam a disputar o controle do planeta durante a Guerra Fria 
(1945-89). 
14 
 
 
O maior conflito da História transformou o mundo num palco de atrocidades sem precedentes. O 
Holocausto, por exemplo, pode ser considerado a pior cometida durante a guerra. Onde, paralelamente 
aos combates, Hitler colocara em prática, uma terrível política de perseguição aos judeus, considerados 
uma raça inferior; além de serem responsabilizados pelo Füher, como um dos principais culpados da crise 
que a Alemanha passava. Inicialmente, eram confinados aos montes nos Guetos. 
 
Mas, a partir de 1942, foi implementada a "solução final", que previa a execução em massa daqueles que 
estavam em Campos de trabalho, concentração e extermínio na Polônia e na Alemanha. No fim do conflito, 
cerca de 6 milhões de judeus haviam sido mortos, num dos maiores genocídios da História. 
 
A Alemanha, derrotada na Guerra, foi dividida em Alemanha Ocidental, ficando debaixo da 
autoridade dos Estados Unidos, e Alemanha Oriental, ficando sob a tutela da União Soviética. Quanto 
a Berlim, capital da Alemanha, também foi dividida em Berlim Ocidental (capitalista, controlada pelos EUA) 
e Berlim Oriental (comunista, controlada pela URSS). 
 
Como forma de oficializar esta divisão entre as duas maiores potências mundiais, foi construído o Muro de 
Berlim fazendo com que a cidade se tornasse o símbolo da tensa disputa fria entre os dois blocos 
(capitalistas e comunistas). Outra medida de extrema importância no Pós-Guerra foi a fundação da 
Organização das Nações Unidas (ONU), órgão responsável por mediar conflitos internacionais; 
substituindo, assim, a ineficiente Liga das Nações – criada o fim do Primeiro conflito. 
 
Motivos da liderança estadunidense no mundo capitalista: 
▪ Entrou somente na segunda metade da Guerra (em 1941); 
▪ Seu território não foi comprometido com o conflito; 
▪ Tornou-se credor dos países em guerra, ao longo do conflito; 
▪ Não sofreu com ataques à suas fontes de energia; 
▪ Desenvolveu uma avançada tecnologia militar, o que lhe trouxeganhos pós-Guerra. 
 
 
http://www.historialivre.com/contemporanea/segundaguerra.htm
15 
 
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
 
▪ BOULOS JÚNIOR, Alfredo. 360º História, sociedade e cidadania: volume único. 2 ed. São Paulo: 
FTD, 2015. 
▪ CALMON, Andrea. Almanaque do estudante extra: História. 20ª ed. – São Paulo: Online, 2014. 
▪ MATOS, Myriam Brecho. História: das cavernas ao terceiro milênio, volume único. / Myriam Brecho 
Mota, Patrícia Ramos Brauick – 4 ed. – São Paulo: Moderna, 2012. 
▪ VICENTINO, Cláudio. Projeto Múltiplo: História, volume único. Cláudio Vicentino, José Vicentino, 
Gianpaolo Dorigo – São Paulo: Scipione, 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
EXERCÍCIOS DE 
REVISÃO 
 
 
IDADE MÉDIA 
 
1. (Enem 2011) 
Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo 
sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, 
pois que uma das características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha. 
 
DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da 
Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado). 
 
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elas 
assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com 
A. o crescimento das atividades comerciais e urbanas. 
B. a migração de camponeses e artesãos. 
C. a expansão dos parques industriais e fabris. 
D. o aumento do número de castelos e feudos. 
E. a contenção das epidemias e doenças. 
 
2. (Enem 2009) 
A Idade Média é um extenso período da História do Ocidente cuja memória é construída e reconstruída 
segundo as circunstâncias das épocas posteriores. Assim, desde o Renascimento, esse período vem sendo 
alvo de diversas interpretações que dizem mais sobre o contexto histórico em que são produzidas do que 
propriamente sobre o Medievo. 
Um exemplo acerca do que está exposto no texto acima é 
A. a associação que Hitler estabeleceu entre o III Reich e o Sacro Império Romano Germânico. 
B. o retorno dos valores cristãos medievais, presentes nos documentos do Concílio Vaticano II. 
C. a luta dos negros sul-africanos contra o apartheid inspirada por valores dos primeiros cristãos. 
D. o fortalecimento político de Napoleão Bonaparte, que se justificava na amplitude de poderes que tivera 
Carlos Magno. 
E. a tradição heroica da cavalaria medieval, que foi afetada negativamente pelas produções 
cinematográficas de Hollywood. 
 
3. (Enem 2008) 
A Peste Negra dizimou boa parte da população europeia, com efeitos sobre o crescimento das cidades. O 
conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di 
Tura escreveu: "As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas 
cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco 
filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo." 
 
Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky, The 
Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações). 
 
O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra que assolou a Europa durante parte do 
século XIV, sugere que 
A. o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos. 
B. a Igreja buscou conter o medo, disseminando o saber médico. 
C. a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e 
identificáveis. 
D. houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste. 
E. o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados. 
 
 
 
17 
 
4. (Enem cancelado 2009) 
Para uns, a Idade Média foi uma época de trevas, pestes, fome, guerras sanguinárias, superstições, 
crueldade. Para outros, uma época de bons cavaleiros, damas corteses, fadas, guerras honradas, torneios, 
grandes ideais. Ou seja, uma Idade Média “má” e uma Idade Média “boa”. 
 
Tal disparidade de apreciações com relação a esse período da História se deve 
A. ao Renascimento, que começou a valorizar a comprovação documental do passado, formando 
acervos documentais que mostram tanto a realidade “boa” quanto a “má”. 
B. à tradição iluminista, que usou a Idade Média como contraponto a seus valores racionalistas, e ao 
Romantismo, que pretendia ressaltar as “boas” origens das nações. 
C. à indústria de videojogos e cinema, que encontrou uma fonte de inspiração nessa mistura de fantasia e 
realidade, construindo uma visão falseada do real. 
D. ao Positivismo, que realçou os aspectos positivos da Idade Média, e ao marxismo, que denunciou o lado 
negativo do modo de produção feudal. 
E. à religião, que com sua visão dualista e maniqueísta do mundo, alimentou tais interpretações sobre a 
Idade Média. 
 
5. (Enem 2014) 
Sou uma pobre e velha mulher, Muito ignorante, que nem sabe ler. Mostraram-me na igreja da minha terra 
Um Paraíso com harpas pintado E o Inferno onde fervem almas danadas, Um enche-me de júbilo, o outro 
me aterra. 
VILLON, F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC, 1999. 
 
Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos templos católicos 
medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas como objetivo de 
A. Refinar o gosto dos cristões. 
B. Incorporar ideias heréticas. 
C. Educar os fiéis através do olhar. 
D. Divulgar a genialidade dos artistas católicos. 
E. Valorizar esteticamente os templos religiosos. 
 
6. (Enem 2015) 
A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em três: uns oram, outros combatem, outros, 
enfim trabalham. Essas três que coexistem não suportam ser separadas; os serviços prestados por uma são 
a condição das obras das outras duas; cada uma por sua vez encarrega-se de aliviar o conjunto... Assim a 
lei pode triunfar e o mundo gozar da paz. 
 
ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos 
históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981. 
 
A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. Um objetivo de tal 
ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente, em: 
A. Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas. 
B. Subverter a hierarquia social / centralização monárquica. 
C. Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas. 
D. Controlar a exploração econômica / unificação monetária. 
E. Questionar a ordem divina / Reforma Católica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
7. (Enem 2015) 
 
 
Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que expressam a concepção de tempo das 
sociedades. Essas imagens compõem um calendário medieval (1460-1475) e cada uma delas representa 
um mês, de janeiro a dezembro. Com base na análise do calendário, apreende-se uma concepção de tempo 
A. cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno. 
B. humanista, identificada pelo controle das horas de atividade por parte do trabalhador. 
C. escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho. 
D. natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações do ano. 
E. romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade. 
 
 
EXPASÃO MARÍTIMA 
 
1. (Enem 2012) 
 
 
19 
 
Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam sedimentar 
uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demonstra 
A. a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos próprios à vestimenta real. 
B. a unidade entre o público e o privado, pois a figura do rei com a vestimenta real representa o público 
e sem a vestimenta real, o privado. 
C. o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do público a figura de um rei 
despretencioso e distante do poderpolítico. 
D. o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos de outros 
membros da corte. 
E. a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, pois o corpo político adornado 
esconde os defeitos do corpo pessoal. 
 
2. (Enem 2010) 
O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo 
unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por 
muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo. 
 
MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009. 
 
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. 
A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na 
A. inércia do julgamento de crimes polêmicos. 
B. bondade em relação ao comportamento dos mercenários. 
C. compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas. 
D. neutralidade diante da condenação dos servos. 
E. conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe. 
 
3. (Enem 2007) 
A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma 
diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo 
processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus 
habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações 
mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente 
africano e de seus povos. 
 
K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: 
"Diversidade na educação: reflexões e experiências". Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37. 
 
Com relação ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que 
A. a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente. 
B. a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente. 
C. o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil. 
D. a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna. 
E. a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa. 
 
4. (Enem 2014) 
Todo homem de bom juízo, depois que estiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre 
manifesto ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua peregrinação; tanto mais que 
há tantos outros acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que aí 
navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando querem empreender suas viagens. 
 
Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas da época moderna, expressa um sentimento 
de 
A. Gosto pela aventura. 
B. Fascínio pelo fantástico. 
C. Temor do desconhecido. 
D. Interesse pela natureza. 
E. Purgação dos pecados. 
 
20 
 
 
ERA DAS REVOLUÇÕES 
 
1. (Enem 2012) 
Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cumprimento. 
 
Que é ilegal toda cobrança de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto de 
prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos designados por ele próprio. 
 
Que é indispensável convocar com frequência os Parlamentos para satisfazer os agravos, assim como para 
corrigir, afirmar e conservar as leis. 
 
Declaração de Direitos. Disponível em http://disciplinas.stoa.usp.br. 
Acesso em: 20 dez. 2011 (adaptado). 
 
No documento de 1689, identifica-se uma particularidade da Inglaterra diante dos demais Estados europeus 
na Época Moderna. A peculiaridade inglesa e o regime político que predominavam na Europa continental 
estão indicados, respectivamente, em: 
A. Redução da influência do papa — Teocracia. 
B. Limitação do poder do soberano — Absolutismo. 
C. Ampliação da dominação da nobreza — República. 
D. Expansão da força do presidente — Parlamentarismo. 
E. Restrição da competência do congresso — Presidencialismo. 
 
2. (Enem 2012) 
 
Na imagem do início do século XX, identifica-se um modelo produtivo cuja forma de organização fabril 
baseava-se na 
A. autonomia do produtor direto. 
B. adoção da divisão sexual do trabalho. 
C. exploração do trabalho repetitivo. 
D. utilização de empregados qualificados. 
E. incentivo à criatividade dos funcionários. 
 
3. (Enem 2010) 
A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira 
lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, 
seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando 
mais a escravização do homem que seu poder. 
 
http://disciplinas.stoa.usp.br/
21 
 
DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado). 
 
Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução 
Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX? 
A. A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços 
privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista. 
B. O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial. 
C. A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos 
trabalhadores das periferias até as fábricas. 
D. A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da 
arquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística. 
E. O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados 
urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene. 
 
4. (Enem 2ª aplicação 2010) 
Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados como sínteses das transformações que levaram 
à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque sua especialização exigiu uma 
articulação fundamental com o mercado. Como se concentravam na atividade de produção de lã, a 
realização da renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias de beneficiamento do produto e do 
emprego de novos tipos de ovelhas. Em segundo lugar, concentrou-se na inter-relação do campo com a 
cidade e, num primeiro momento, também se vinculou à liberação de mão de obra. 
 
RODRIGUES, A. E. M. “Revoluções burguesas”. In: REIS FILHO, D.A.etal (Orgs.). O 
século XX, v. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 (adaptado). 
 
Outra consequência dos cercamentos que teria contribuído para a Revolução Industrial na Inglaterra foi o 
A. aumento do consumo interno. 
B. congelamento do salário mínimo. 
C. fortalecimento dos sindicatos proletários. 
D. enfraquecimento da burguesia industrial. 
E. desmembramento das propriedades improdutivas. 
 
5. (Enem 2009) 
A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia uma acentuada perda de 
prestígio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões temporários, passaram a ser 
denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais. Exceto em alguns ramos especializados, os 
velhos artesãos foram colocados lado a lado com novos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros-
tecelões abandonaram suas pequenas propriedades para se concentrar na atividade de tecer. Reduzidos 
à completa dependência dos teares mecanizados ou dos fornecedores de matéria-prima, os tecelões 
ficaram expostos a sucessivas reduções dos rendimentos. 
 
THOMPSON, E. P. The making of the english working class. 
Harmondsworth: Penguin Books, 1979 (adaptado). 
 
Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar alterou-se 
porque 
A. a invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais. 
B. os tecelões mais hábeisprevaleceram sobre os inexperientes. 
C. os novos teares exigiam treinamento especializado para serem operados. 
D. os artesãos, no período anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistência. 
E. os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas fábricas. 
 
 
6. (Enem 2010) 
 Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, 
as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo 
desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor 
à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela 
verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do 
homem. 
22 
 
 
HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada: da 
Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado). 
 
O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a 
qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa? 
A. À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante. 
B. Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia. 
C. A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam 
reorganizar a França internamente. 
D. À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato, com os intelectuais iluministas, desejava extinguir 
o absolutismo francês. 
E. Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça 
social e direitos políticos. 
 
7. (Enem 2004) 
Algumas transformações que antecederam a Revolução Francesa podem ser exemplificadas pela 
mudança de significado da palavra "restaurante". Desde o final da Idade Média, a palavra 'restaurant' 
designava caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, raízes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, 
um local onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as forças dos trabalhadores. Nos anos que 
precederam a Revolução, em 1789, multiplicaram- se diversos 'restaurateurs', que serviam pratos 
requintados, descritos em páginas emolduradas e servidos não mais em mesas coletivas e mal cuidadas, 
mas individuais e com toalhas limpas. Com a Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus 
patrões, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta própria. Apenas 
em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou a utilização da palavra restaurante com o sentido 
atual. 
 
A mudança do significado da palavra restaurante ilustra 
A. a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza. 
B. a apropriação e a transformação, pela burguesia, de hábitos populares e dos valores da nobreza. 
C. a incorporação e a transformação, pela nobreza, dos ideais e da visão de mundo da burguesia. 
D. a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à Idade 
Média. 
E. a institucionalização, pela nobreza, de práticas coletivas e de uma visão de mundo igualitária. 
 
8. (Enem 2007) 
Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que vieram inicialmente a constituir os Estados Unidos da América 
(EUA) declaravam sua independência e justificavam a ruptura do Pacto Colonial. Em palavras 
profundamente subversivas para a época, afirmavam a igualdade dos homens e apregoavam como seus 
direitos inalienáveis: o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Afirmavam que o poder dos 
governantes, aos quais cabia a defesa daqueles direitos, derivava dos governados. 
Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Iluminismo foram retomados com maior vigor e amplitude 
treze anos mais tarde, em 1789, na França. 
 
Emília Viotti da Costa. Apresentação da coleção. In: Wladimir Pomar. Revolução 
Chinesa. São Paulo: UNESP, 2003 (com adaptações). 
 
Considerando o texto acima, acerca da independência dos EUA e da Revolução Francesa, assinale a opção 
correta. 
A. A independência dos EUA e a Revolução Francesa integravam o mesmo contexto histórico, mas se 
baseavam em princípios e ideais opostos. 
B. O processo revolucionário francês identificou-se com o movimento de independência norte-americana 
no apoio ao absolutismo esclarecido. 
C. Tanto nos EUA quanto na França, as teses iluministas sustentavam a luta pelo reconhecimento dos 
direitos considerados essenciais à dignidade humana. 
D. Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa exerceu forte influência no desencadeamento da 
independência norte-americana. 
E. Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução Francesa abriu o caminho para as independências das colônias 
ibéricas situadas na América. 
23 
 
 
9. (Enem 2ª aplicação 2010) 
“O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século 
XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se organizavam em 
uma classe específica, a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução 
Francesa lhes deu confiança: a Revolução Industrial trouxe a necessidade da mobilização permanente.” 
 
HOBSBAWN, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977. 
 
No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe 
operária. Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do significado da vitória 
revolucionária sobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela 
Revolução Industrial, decorria da compreensão de que 
A. a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o 
enfrentamento do desemprego. 
B. a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários. 
C. a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para os 
operários. 
D. o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos 
novos tempos industriais. 
E. a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações coletivas em 
favor dos direitos trabalhistas. 
 
 
A GRANDE GUERRA 
 
1. (Enem 2007) 
William James Herschel, coletor do governo inglês, iniciou na Índia seus estudos sobre as impressões 
digitais que firmavam com o governo. Essas impressões serviam de assinatura. Aplicou-as, então, aos 
registros de falecimentos e usou esse processo nas prisões inglesas, na Índia, para reconhecimento dos 
fugitivos. Henry Faulds, outro inglês, médico de hospital em Tóquio, contribuiu para o estudo da datiloscopia. 
Examinando impressões digitais em peças de cerâmica pré-histórica japonesa, previu a possibilidade de se 
descobrir um criminoso pela identificação das linhas papilares e preconizou uma técnica para a tomada de 
impressões digitais, utilizando-se de uma placa de estanho e de tinta de imprensa. 
 
Internet: <www.fo.usp.br> (com adaptações) 
 
Que tipo de relação orientava os esforços que levaram à descoberta das impressões digitais pelos ingleses 
e, posteriormente, à sua utilização nos dois países asiáticos? 
A. De fraternidade, já que ambos visavam os mesmos fins, ou seja, autenticar contratos. 
B. De dominação, já que os nativos puderam identificar os ingleses falecidos com mais facilidade. 
C. De controle cultural, já que Faulds usou a técnica para libertar os detidos nas prisões japonesas. 
D. De colonizador-colonizado, já que na Índia, a invenção foi usada em favor dos interesses da coroa 
inglesa. 
E. De médico-paciente, já que Faulds trabalhava em um hospital de Tóquio. 
 
2. (Enem 2006) 
No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil em missão científica para 
fazerobservações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, 
ele afirmou: 
 
"Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera, 
nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo (...). Esse 
estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as 
tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz." 
 
Carl Von Martius. O estado do direito entre os autóctones do Brasil. 
Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982. 
 
http://www.fo.usp.br/
24 
 
Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius 
A. apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fazia a 
missão europeia, respeitavam a flora e a fauna do país. 
B. discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogava o extermínio dos 
índios. 
C. defendia uma posição progressista para o século XIX: a de tornar o indígena cidadão satisfeito e feliz. 
D. procurava impedir o processo de aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das populações 
originárias da América. 
E. desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão 
"civilizadora europeia", típica do século XIX. 
 
3. (Enem 2002) 
"O continente africano em seu conjunto apresenta 44% de suas fronteiras apoiadas em meridianos e 
paralelos; 30% por linhas retas e arqueadas, e apenas 26% se referem a limites naturais que geralmente 
coincidem com os de locais de habitação dos grupos étnicos". 
 
MARTIN, A. R. Fronteiras e Nações. Contexto, São Paulo, 1998. 
 
Diferente do continente americano, onde quase que a totalidade das fronteiras obedecem a limites naturais, 
a África apresenta as características citadas em virtude, principalmente, 
A. da sua recente demarcação, que contou com térmicas cartográficas antes desconhecidas. 
B. dos interesses de países europeus preocupados com a partilha dos seus recursos naturais. 
C. das extensas áreas desérticas que dificultam a demarcação dos "limites naturais". 
D. da natureza nômade das populações africanas, especialmente aquelas oriundas da África Subsaariana. 
E. da grande extensão longitudinal, o que demandaria enormes gastos para demarcação. 
 
4. (Enem 2012) 
TEXTO I 
A Europa entrou em estado de exceção, personificado por obscuras forças econômicas sem rosto ou 
localização física conhecida que não prestam contas a ninguém e se espalham pelo globo por meio de 
milhões de transações diárias no ciberespaço. 
 
ROSSI, C. Nem fim do mundo nem mundo novo. Folha de S.Paulo, 11 dez. 2011 (adaptado). 
 
TEXTO II 
Estamos imersos numa crise financeira como nunca tínhamos visto desde a Grande Depressão iniciada 
em 1929 nos Estados Unidos. 
 
Entrevista de George Soros. Disponível em: www.nybooks.com. Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado). 
 
A comparação entre os significados da atual crise econômica e do crash de 1929 oculta a principal 
diferença entre essas duas crises, pois 
A. o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento dos EUA na I Guerra Mundial e a atual crise é o 
resultado dos gastos militares desse país nas guerras do Afeganistão e Iraque. 
B. a crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de superprodução industrial nos EUA e a atual crise 
resultou da especulação financeira e da expansão desmedida do crédito bancário. 
C. a crise de 1929 foi o resultado da concorrência dos países europeus reconstruídos após a I Guerra e 
a atual crise se associa à emergência dos BRICS como novos concorrentes econômicos. 
D. o crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de proteções ao setor produtivo estadunidense e a 
atual crise tem origem na internacionalização das empresas e no avanço da política de livre mercado. 
E. a crise de 1929 decorreu da política intervencionista norte-americana sobre o sistema de comércio 
mundial e a atual crise resultou do excesso de regulação do governo desse país sobre o sistema 
monetário. 
 
5. (Enem simulado 2009) 
A crise de 1929 e dos anos subsequentes teve sua origem no grande aumento da produção industrial e 
agrícola, nos EUA, ocorrido durante a 1ª Guerra Mundial, quando o mercado consumidor, principalmente 
o externo, conheceu ampliação significativa. O rápido crescimento da produção e das empresas valorizou 
as ações e estimulou a especulação, responsável pela "pequena crise" de 1920-21. Em outubro de 1929, 
http://www.nybooks.com/
25 
 
a venda cresceu nas Bolsas de Valores, criando uma tendência de baixa no preço das ações, o que fez 
com que muitos investidores ou especuladores vendessem seus papéis. De 24 a 29 de outubro, a Bolsa 
de Nova York teve um prejuízo de US$ 40 bilhões. A redução da receita tributária que atingiu o Estado fez 
com que os empréstimos ao exterior fossem suspensos e as dívidas, cobradas; e que se criassem também 
altas tarifas sobre produtos importados, tornando a crise internacional. 
 
RECCO, C. História: a crise de 29 e a depressão do capitalismo. Disponível em: 
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u11504.shtml>. Acesso em: 26 out. 
2008. (com adaptações). 
 
Os fatos apresentados permitem inferir que 
A. as despesas e prejuízos decorrentes da 1ª Guerra Mundial levaram à crise de 1929, devido à falta de 
capital para investimentos. 
B. o significativo incremento da produção industrial e agrícola norte-americana durante a 1ª Guerra 
Mundial consistiu num dos fatores originários da crise de 1929. 
C. a queda dos índices nas Bolsas de Valores pode ser apontada como causa do aumento dos preços de 
ações nos EUA em outubro de 1929. 
D. a crise de 1929 eclodiu nos EUA a partir da interrupção de empréstimos ao exterior e da criação de 
altas tarifas sobre produtos de origem importada. 
E. a crise de 1929 gerou uma ampliação do mercado consumidor externo e, consequentemente, um 
crescimento industrial e agrícola nos EUA. 
 
6. (Enem 2009) 
Os regimes totalitários da primeira metade do século XX apoiaram-se fortemente na mobilização da 
juventude em torno da defesa de ideias grandiosas para o futuro da nação. Nesses projetos, os jovens 
deveriam entender que só havia uma pessoa digna de ser amada e obedecida, que era o líder. Tais 
movimentos sociais juvenis contribuíram para a implantação e a sustentação do nazismo, na Alemanha, e 
do fascismo, na Itália, Espanha e Portugal. 
 
A atuação desses movimentos juvenis caracterizava-se 
A. pelo sectarismo e pela forma violenta e radical com que enfrentavam os opositores ao regime. 
B. pelas propostas de conscientização da população acerca dos seus direitos como cidadãos. 
C. pela promoção de um modo de vida saudável, que mostrava os jovens como exemplos a seguir. 
D. pelo diálogo, ao organizar debates que opunham jovens idealistas e velhas lideranças conservadoras. 
E. pelos métodos políticos populistas e pela organização de comícios multitudinários. 
 
7. (Enem 2009) 
A primeira metade do século XX foi marcada por conflitos e processos que a inscreveram como um dos mais 
violentos períodos da história humana. Entre os principais fatores que estiveram na origem dos conflitos 
ocorridos durante a primeira metade do século XX estão 
A. a crise do colonialismo, a ascensão do nacionalismo e do totalitarismo. 
B. o enfraquecimento do império britânico, a Grande Depressão e a corrida nuclear. 
C. o declínio britânico, o fracasso da Liga das Nações e a Revolução Cubana. 
D. a corrida armamentista, o terceiro-mundismo e o expansionismo soviético. 
E. a Revolução Bolchevique, o imperialismo e a unificação da Alemanha. 
 
8. (Enem 2008) 
Em discurso proferido em 17 de março de 1939, o primeiro-ministro inglês à época, Neville Chamberlain, 
sustentou sua posição política: "Não necessito defender minhas visitas à Alemanha no outono passado, 
que alternativa existia? Nada do que pudéssemos ter feito, nada do que a França pudesse ter feito, oumesmo a Rússia, teria salvado a Tchecoslováquia da destruição. Mas eu também tinha outro propósito ao 
ir até Munique. Era o de prosseguir com a política por vezes chamada de 'apaziguamento europeu', e Hitler 
repetiu o que já havia dito, ou seja, que os Sudetos, região de população alemã na Tchecoslováquia, eram 
a sua última ambição territorial na Europa, e que não queria incluir na Alemanha outros povos que não os 
alemães." 
Internet: <www.johndclare.net> (com adaptações). 
 
Sabendo-se que o compromisso assumido por Hitler em 1938, mencionado no texto, foi rompido pelo líder 
alemão em 1939, infere-se que 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u1150
http://www.johndclare.net/
26 
 
A. Hitler ambicionava o controle de mais territórios na Europa além da região dos Sudetos. 
B. a aliança entre a Inglaterra, a França e a Rússia poderia ter salvado a Tchecoslováquia. 
C. o rompimento desse compromisso inspirou a política de 'apaziguamento europeu'. 
D. a política de Chamberlain de apaziguar o líder alemão era contrária à posição assumida pelas potências 
aliadas. 
E. a forma que Chamberlain escolheu para lidar com o problema dos Sudetos deu origem à destruição da 
Tchecoslováquia. 
 
9. (Enem 2012) 
 
 
Com sua entrada no universo dos gibis, o Capitão chegaria para apaziguar a agonia, o autoritarismo militar 
e combater a tirania. Claro que, em tempos de guerra, um gibi de um herói com uma bandeira americana no 
peito aplicando um sopapo no Furer só poderia ganhar destaque, e o sucesso não demoraria muito a chegar. 
 
COSTA, C. Capitão América, o primeiro vingador: crítica. Disponível 
em: www.revistastart.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado). 
 
A capa da primeira edição norte-americana da revista do Capitão América demonstra sua associação com 
a participação dos Estados Unidos na luta contra 
A. a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial. 
B. os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial. 
C. o poder soviético, durante a Guerra Fria. 
D. o movimento comunista, na Segunda Guerra do Vietnã. 
E. o terrorismo internacional, após 11 de setembro de 2001. 
 
10. (Enem 2015) 
A participação da África na Segunda Guerra Mundial deve ser apreciada sob a ótica da escolha entre vários 
demônios. O seu engajamento não foi um processo de colaboração com o imperialismo, mas uma luta contra 
uma forma de hegemonia ainda mais perigosa. 
 
MAZRUI, A. “Procurai primeiramento o reino político...”. In:MAZRUI, A.; WONDJI, C. 
(Org.). História geral da África: África desde 1925. Brasília: Unesco, 2010. 
 
Para o autor, a “forma de hegemonia” e uma de suas características que explicam o engajamento dos 
africanos no processo analisado foram: 
A. Comunismo / rejeição da democracia liberal. 
B. Capitalismo / devastação do ambiente natural. 
C. Fascismo / adoção do determinismo biológico. 
D. Socialismo / planificação da economia nacional. 
E. Colonialismo / imposição da missão civilizatória. 
 
http://www.revistastart.com.br/
27 
 
GABARITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IDADE MÉDIA 
1. A 
2. A 
3. A 
4. B 
5. C 
6. A 
7. D 
 
EXPANSÃO MARÍTIMA 
1. E 
2. E 
3. D 
4. C 
 
ERA DAS REVOLUÇÕES 
1. B 
2. C 
3. E 
4. A 
5. D 
6. E 
7. B 
8. D 
9. B 
 
A GRANDE GUERRA (1914-45) 
1. D 
2. E 
3. B 
4. B 
5. B 
6. A 
7. A 
8. A 
9. B 
10. C 
PROFESSOR GUSTAVO BONFIM 
Pai integral, 29 anos. Professor e Historiador. Licenciado em História pela Universidade Tiradentes. 
Pesquisador independente em História local e do Brasil; e em Educação Digital e suas tecnologias. 
Atuante em sala de aula há 10 anos. Especialista no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

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