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AULA 1 História e Conceitos da Epidemiologia

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06/09/2019
1
EPIDEMIOLOGIA
Conceitos e História
Prof. Fernando Toledo de Oliveira
Epidemiologia
Estudo da distribuição e determinantes dos estados 
e eventos relacionados à saúde em populações, e a 
aplicação desse estudo no controle de problemas 
de saúde.
Last JM: A Dictionary of Epidemiology
06/09/2019
2
História da Epidemiologia
Observações de Hipócrates: 
– há mais de 2000 anos;
– fatores ambientais influenciam
a ocorrência de doenças.
Século XIX:
– a distribuição das doenças em grupos humanos 
específicos passou a ser medida em larga escala.
História da Epidemiologia
 A abordagem epidemiológica que compara os 
coeficientes (ou taxas) de doenças em subgrupos 
populacionais tornou-se uma prática comum no 
final do século XIX e início do século XX.
A sua aplicação foi inicialmente feita visando o 
controle de doenças transmissíveis e, 
posteriormente, no estudo das relações entre 
condições ou agentes ambientais e doenças 
específicas.
06/09/2019
3
Primeiras observações
 John Snow identificou o local de moradia de cada 
pessoa que morreu por cólera em Londres entre 
1848 e 1853, e notou uma evidente associação 
entre a origem da água utilizada para beber e as 
mortes ocorridas. A partir disso, Snow comparou 
o número de óbitos por cólera em áreas 
abastecidas por diferentes companhias e verificou 
que a taxa de mortes foi mais alta entre as pessoas 
que consumiam água fornecida pela companhia 
Southwark.
Primeiras observações
Baseado nessa sua investigação, Snow construiu a 
teoria sobre a transmissão das doenças infecciosas 
em geral e sugeriu que a cólera era disseminada 
através da água contaminada. 
Dessa forma, foi capaz de propor melhorias no 
suprimento de água, mesmo antes da descoberta 
do micro-organismo causador da cólera; além 
disso, sua pesquisa teve impacto direto sobre as 
políticas públicas de saúde.
06/09/2019
4
Primeiras observações
O trabalho de Snow relembra que medidas 
de saúde pública, tais como melhorias no 
abastecimento de água e saneamento, têm 
trazido enormes contribuições para a saúde 
das populações. Ficou ainda demonstrado 
que, desde 1850, estudos epidemiológicos 
têm identificado medidas apropriadas a 
serem adotadas em saúde pública.
História da Epidemiologia
Na segunda metade do século XX, esses 
métodos foram aplicados para doenças 
crônicas não transmissíveis tais como 
doença cardíaca e câncer, sobretudo nos 
países industrializados.
06/09/2019
5
A epidemiologia
A epidemiologia é uma ciência 
fundamental para a saúde pública.
 A epidemiologia tem dado grande 
contribuição à melhoria da saúde das 
populações.
 A epidemiologia é essencial no processo 
de identificação e mapeamento de doenças 
emergentes.
Problema Epidemiológico
Em epidemiologia, o problema tem origem 
quando doenças acometem grupos humanos
É a necessidade de remover fatores 
ambientais contrários à saúde ou de criar 
condições que a promovam, que determina 
a problemática própria da epidemiologia.
06/09/2019
6
Alvo do estudo epidemiológico
O alvo de um estudo epidemiológico é sempre 
uma população humana, que pode ser definida em 
termos geográficos ou outro qualquer. 
Por exemplo, um grupo específico de pacientes 
hospitalizados ou trabalhadores de uma indústria 
pode constituir uma unidade de estudo.
 Em geral, a população utilizada em um estudo 
epidemiológico é aquela localizada em uma 
determinada área ou país em um certo momento 
do tempo.
Epidemiologia clínica
 A epidemiologia está, também, preocupada 
com a evolução e o desfecho (história 
natural) das doenças nos indivíduos e nos 
grupos populacionais.
 A aplicação dos princípios e métodos 
epidemiológicos no manejo de problemas 
encontrados na prática médica com 
pacientes, levou ao desenvolvimento da 
epidemiologia clínica.
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7
Epidemiologia
Tradicionalmente dividida:
Descritiva: estuda a freqüência e a 
distribuição dos parâmetros de saúde ou de 
fatores de risco das doenças nas populações.
Analítica: testa hipóteses de relações 
causais
06/09/2019
8
Estado de saúde das populações
A epidemiologia é frequentemente utilizada 
para descrever o estado de saúde de grupos 
populacionais.
 O conhecimento da carga de doenças que 
subsiste na população é essencial para as 
autoridades em saúde. 
Conhecimento da carga das 
doenças
Esse conhecimento permite melhor 
utilização de recursos através da 
identificação de programas curativos e 
preventivos prioritários à população. Em 
algumas áreas especializadas, tais como na 
epidemiologia ocupacional e ambiental, a 
ênfase está no estudo de populações com 
exposições muito particulares.
06/09/2019
9
Estado de saúde da população
Medir saúde e doença
Medir saúde e doença é fundamental para a 
prática da epidemiologia.
 Diversas medidas são utilizadas para 
caracterizar a saúde das populações.
 O estado de saúde da população não é 
totalmente medido em muitas partes do 
mundo, e essa falta de informações constitui 
um grande desafio para os epidemiologistas.
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10
Medidas de saúde
Existe dificuldade de medir saúde
Para avaliar o nível de saúde de uma 
população buscam-se os dados negativos 
(não-saúde):
MORTE, DOENÇA E AGRAVOS
Medindo a falta de saúde
“Saúde é um estado de completo bem-estar 
físico, mental e social e não apenas a mera 
ausência de doença”.
O termo “doença” compreende todas as 
mudanças desfavoráveis em saúde, 
incluindo acidentes e doenças mentais.
Várias medidas da ocorrência de doenças 
são baseadas nos conceitos fundamentais de 
incidência e prevalência.
06/09/2019
11
Medindo a falta de saúde
Um importante fator a considerar no cálculo das 
medidas de ocorrência de doenças é o total de 
pessoas expostas, ou seja, indivíduos que podem 
vir a ter a doença. Idealmente, esse número deveria 
incluir somente pessoas que são potencialmente 
suscetíveis de adquirir a doença em estudo. 
Por exemplo, os homens não deveriam ser 
incluídos no cálculo da ocorrência de câncer de 
colo uterino.
População de risco no estudo de 
carcinoma de colo uterino
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12
População de risco
As pessoas susceptíveis a determinadas 
doenças são chamadas de população em 
risco e podem ser estudadas conforme 
fatores demográficos, geográficos e 
ambientais.
Por exemplo, acidentes de trabalho só 
ocorrem entre pessoas que estão 
trabalhando. Assim, a população em risco é 
constituída somente por trabalhadores.
Risco e Fator de Risco
Devido ao seu caráter eminentemente
observacional, a lógica de base da moderna
epidemiologia estrutura-se em torno de um
conceito fundamental – RISCO - e de um
conceito correlato – FATOR DE RISCO.
De modo simplificado podemos dizer que o objeto
da epidemiologia é “o risco e seus determinantes”.
.
06/09/2019
13
Risco
 É o conceito epidemiológico do conceito
matemático de probabilidade.
 É a probabilidade de ocorrência de uma
doença, agravo, óbito ou condição
relacionada à saúde (incluindo cura,
recuperação ou melhora), em uma população
ou grupo, durante um período determinado.
Risco
É estimado sob a forma de uma proporção (razão 
entre duas grandezas, na qual o numerador se 
encontra necessariamente contido no 
denominador).
A definição epidemiológica de risco compõe-se 
obrigatoriamente de três elementos:
– ocorrência de casos de óbito-doença-saúde (numerador)
– base de referência populacional (denominador)
– base de referência temporal (período)
06/09/2019
14
Fator de risco
Pode ser definido como o atributo de um
grupo da população que apresenta maior
incidência de uma doença ou agravo à saúde
em comparação com outros grupos definidos
pela ausência ou menor exposição a tal
característica.
Fator e marcador de risco
Fator de risco – cujo efeito pode ser prevenido
(sedentarismo, obesidade, fumo, colesterol sérico,
contraceptivos orais para a doença coronariana)
Marcadoresde risco – atributos inevitáveis, já
dados, cujo efeito encontra-se, portanto, fora da
possibilidade de controle (sexo e grupo étnico para
d.coronariana).
06/09/2019
15
Fontes de informação
Sistemáticas:
censos demográficos
sistemas de informação em saúde
registros de doenças, policiais, etc.
Assistemáticas:
Levantamentos especiais (população total ou amostra)
 dados primários e dados secundários
Medidas de Freqüência de Doenças
Incidência
 freqüência de casos novos de uma doença ou problema de saúde
 São obtidas nos estudos que envolvem seguimento.
 Medem a freqüência com que as pessoas adoecem independentemente do 
tempo que ficam doentes
- oriundos de uma população sob risco de adoecimento, 
ao longo de um determinado período de tempo
 necessário que cada indivíduo seja observado em no mínimo duas ocasiões
t0 (“sadio”)-------------------------------------------------------------------------------------------------------- t (caso novo)
06/09/2019
16
Conceito de taxa
Uma taxa é calculada dividindo-se o 
número de casos pelo número de pessoas 
em risco e é expressa como casos por 10n 
pessoas.
Prevalência
 É uma medida de frequência das doenças (ou outras características em 
um momento determinado)  casos “antigos” + casos novos
 Descreve a força com que subsistem as doenças nas coletividades
 Descreve a proporção da população afetada por uma doença em um 
momento determinado
nº de indivíduos doentes (novos+antigos) em t
P = ---------------------------------------------------------------
nº total de indivíduos da população em t
 Pontual ou Instantânea
 De período
 De toda a vida
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Prevalência
É uma proporção e como tal não tem 
dimensões
valores entre 0 e 1 ou 0 e 100 (percentagem)
é uma medida valiosa para o administrador 
sanitário na sua ação de planejar em função 
do número de doentes/óbitos na 
comunidade
Óbitos
Curas
Doentes 
que 
emigram
Prevalência
Número de casos
Doentes 
novos
Doentes 
que 
imigram
06/09/2019
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Medidas de Freqüência de Doenças
Prevalência 
Fatores que podem aumentar a prevalência
• Maior duração da doença;
• Aumento da incidência (I);
• Aumento da sobrevida, sem cura;
• Imigração de casos ou emigração de pessoas sadias;
• Melhoria dos recursos diagnósticos;
• Melhoria do sistema de informação.
Medidas de Freqüência de Doenças
Prevalência 
Fatores que podem diminuir a prevalência
• Menor duração da doença;
• Diminuição da incidência (I);
• Maior letalidade;
• Imigração de pessoas sadias ou emigração de casos;
• Aumento da taxa de cura.
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Prevalência e Incidência
A medida da prevalência e da incidência envolve, 
basicamente, a contagem de casos em uma 
população em risco
 A simples quantificação do número de casos de 
uma doença, sem fazer referência à população em 
risco, pode ser utilizada para dar uma idéia da 
magnitude do problema de saúde ou da sua 
tendência, em curto prazo, em uma população 
como, por exemplo, durante uma epidemia

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