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Macro Insper-20200324T165709Z-001

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Macro Insper/21 - Senhoriagem_e_Imposto_Inflacionário.pdf
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
Macroeconomia Anpec
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
A senhoriagem é o ganho de poder de compra que o governo obtém
através da expansão da base monetária.
O imposto inflacionário é a perda de poder de compra da quantidade
de moeda física que ocorre na presença de inflação (o termo é
empregado no contexto em que a inflação é causada por expansão
monetária).
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
Rigorosamente, a senhoriagem é o ganho de poder de compra que o
governo obtém através da expansão da base monetária menos os
custos de imprimir as notas e cunhar as moedas.
Como esses custos de emissão são pequenos, geralmente define-se
senhoriagem simplesmente como o ganho de poder de compra
obtido pelo governo com a emissão monetária.
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
A senhoriagem é o ganho de poder de compra que o governo obtém
através da expansão da base monetária:
Obs: Para simplificar vamos supor que M = B, ou seja, m=1
t
t
m
t
t
t
tt
t
t
t
tt
t
tt
t
P
M
g
P
M
M
MM
S
M
M
P
MM
P
MM
P
M
S











1
11
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
A senhoriagem é o ganho de poder de compra que o governo obtém
através da expansão da base monetária:
t
t
tt P
M
M
M
P
M 


SENHORIAGEM EXPANSÃO 
MONETARIA
SALDOS 
MONETÁRIOS 
REAIS
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
Ex. vamos trabalhar com a senhoriagem em termos do PIB, assim
divida a equação anterior por Y (renda mensal)
Suponha que o governo tenha uma déficit real de 10% do PIB. Se
ele financiar o déficit emitindo moeda, então a senhoriagem também
tem que ser de 10% do PIB. Se os saldos monetários reais
representam 2 meses de renda, então a expansão monetária deve ser
igual a 5% do PIB.
Y
PM
M
M
Y
PM // 


Senhoriagem e Imposto Inflacionário
O imposto inflacionário é a perda de poder de compra da quantidade
de moeda que ocorre na presença de inflação:
O conceito de moeda empregado na análise é o de moeda manual,
onde não são incluídos os depósitos à vista.
1

t
t
t
t
P
M
P
M
II
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
O imposto inflacionário é a perda de poder de compra da moeda que
ocorre na presença de inflação:



















 11
1
1
)1( t
t
t
t
t
t
t
t
P
M
P
M
P
M
P
M
II
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
Se a taxa de inflação for pequena, o termo (taxa de inflação / (1 +
taxa de inflação)) pode ser bem aproximado pela própria taxa de
inflação. O imposto inflacionário pode ser representado por:
t
t
t
t
P
M
P
M
II 










1
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
A inflação pode ser encarada como um imposto sobre os saldos
monetários reais. A alíquota é e a base de tributação é
t
t
P
M
II 

P
M
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
A senhoriagem será igual ao imposto inflacionário apenas no caso
em que a taxa de expansão da base monetária (ou taxa de
crescimento de M1, já que M1 é igual ao multiplicador vezes a base
monetária) for igual à taxa de crescimento dos preços:
t
t
t
t
m
P
M
II
P
M
gS


Senhoriagem e Imposto Inflacionário
O governo pode obter receitas de senhoriagem mesmo que o
imposto inflacionário seja zero.
Se a taxa de crescimento da oferta de moeda for igual à taxa de
crescimento do produto real, a inflação será zero, o imposto
inflacionário será zero e mesmo assim o governo obterá receitas de
senhoriagem.
0
0


II
S
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
1111
1111





t
t
t
t
t
t
t
t
tttt
tttt
Y
Y
P
P
V
V
M
M
YPVM
YPVM
Encontrando uma relação entre as taxas de crescimento da oferta
de moeda, dos preços e do produto, a partir da equação
quantitativa:
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
yyvmvm
yvm
t
t
t
t
t
t
t
t
gggggg
ggg
Y
Y
P
P
V
V
M
M






11
)1)(1()1)(1(
1111
Supondo velocidade constante, temos:
Note que essa é relação de demanda agregada que já havia sido derivada,
anteriormente quando falamos de Curva de Phillips
ym gg  
Senhoriagem e Imposto Inflacionário
Se a taxa de expansão monetária for igual à taxa de crescimento do
produto, a taxa de inflação é zero. A senhoriagem é positiva, mas o
imposto inflacionário é zero.
0 ym gg
0
0


t
t
t
t
m
P
M
II
P
M
gS

Senhoriagem e Crescimento da moeda
Empiricamente, observa-se que as receitas de senhoriagem
aumentam com o aumento da taxa de crescimento da oferta de
moeda, mas não indefinidamente.
A partir de certo nível da taxa de crescimento da oferta de moeda,
acréscimos na taxa de expansão monetária reduzem as receitas de
senhoriagem.
Inflação e Demanda de moeda
Os diagramas a seguir ilustram a evolução da taxa de inflação e dos
saldos monetários reais na Hungria entre os anos de 1922 e 1924,
período de hiperinflação.
Inflação e Demanda de moeda
Durante esse período, a inflação passa de praticamente zero para
cerca de 70% ao ano, em alguns meses. A explicação para esse
aumento na taxa de crescimento dos preços é o aumento da taxa de
crescimento da oferta de moeda.
Podemos então comparar a evolução da taxa de crescimento da
oferta de moeda (inflação) com a evolução dos saldos monetários
reais (M/P) e perceber uma relação inversa: aumentos na taxa de
crescimento da oferta de moeda estão em geral associados à
diminuições nos saldos monetários reais.
Inflação e Demanda de moeda
Na medida que há um aumento da taxa de crescimento da oferta de
moeda, os saldos monetários reais tendem a diminuir.
Uma explicação para esse resultado é que a demanda por moeda
depende também da taxa de inflação esperada.
Quando a inflação esperada aumenta, se torna mais custoso reter
moeda, levando as pessoas a reduzirem seus saldos monetários
reais.
Inflação e Demanda de moeda
Ex. Com inflação de 100% ao mês, a moeda manual mantida por
um mês perde metade de seu valor real.
Assim, os pagamentos de salários tendem a se tornar mais
frequentes e as pessoas correm para gastar logo o seu salário para
evitar a perda de valor da moeda.
Alem disso, o escambo se torna mais frequente, bem como a
utilização de outras moedas, por exemplo, o dólar.
Inflação e Demanda de moeda
Em suma,
O crescimento da oferta de moeda em demasia gera uma inflação
maior atual e esperada, o que leva as pessoas a tentarem se livrar da
moeda, gerando uma perda maior ainda de seu valor (inflação).
Assim, os preços sobem mais do que os saldos monetários
nominais, diminuindo os saldos monetários reais.
Hiperinflação e Crescimento da Moeda
Demanda real por moeda
Vamos reescrever a nossa LM em termos de taxa de juros real e
inflação esperada
Os saldos monetarios reais dependem da renda real (Y), da taxa de
juros real e da inflação esperada.
)( erLY
P
M

Demanda real por moeda
Durante uma hiperinflação, sofre alterações muito maiores do que
Y e r, de modo que podemos considerar essas duas constantes.
Assim, a medida que cresce a posse de moeda se torna cada vez
mais onerosa, reduzindo os saldos monetários reais.
)( erLY
P
M

e
e
Expansão constante de moeda
Expansão constante de moeda
Suponhamos que o governo escolha uma taxa constante de
expansão monetária. Quanto de senhoriagem ele pode obter?
Suponha que o crescimento do produto seja zero. Se a expansão
monetária for constante, a inflação e a inflação esperada também
serão constantes e iguais.
M
Me 
Expansão
constante de moeda
Se substituirmos a inflação esperada na LM temos
Se substituirmos os saldos reais na equação de senhoriagem temos
)(
M
M
rLY
P
M 






 


 )(
M
M
rLY
M
M
msenhoriage
Expansão constante de moeda
Assim a expansão monetária tem dois efeitos opostos sobre a
senhoriagem.
Suponha um aumento na expansão monetária
1) Dados os saldos monetários reais , aumenta a senhoriagem.
2) Mas um diminui a demanda por saldos monetários reais.





 


 )(
M
M
rLY
M
M
msenhoriage
M
M

M
M

)/( PM
Expansão constante de moeda
Resumindo os dois efeitos
1)
2)
P
M
P
M
rL
M
M ee 

 )( 
P
M
M
M 



Máxima Senhoriagem
Assim o efeito líquido de um aumento na expansão monetária sobre
a senhoriagem é ambiguo.
A relação entre a taxa de crescimento da oferta de moeda (igual à
inflação no equilíbrio) e as receitas de senhoriagem pode ser
representada através de uma curva de Laffer (em homenagem ao
economista que apresentou a relação entre receitas tributárias e
alíquota de impostos).
Máxima Senhoriagem
Modelo de Cagan
Phillip Cagan, em 1956, verificou que, nas hiperinflações, a
demanda por moeda (ou saldos monetários reais) diminuía
exponencialmente com aumentos na taxa de inflação esperada. No
seu modelo,
onde c e a são constantes. Assim, as receitas de senhoriagem do
governo podiam atingir um nível máximo. Tentativas da autoridade
fiscal de aumentar ainda mais as receitas de senhoriagem
resultariam em diminuição de receitas no equilíbrio de longo prazo.
)exp( eac
P
M

Modelo de Cagan
O nível máximo de senhoriagem depende da sensibilidade da
demanda por moeda em relação à inflação esperada. Quanto maior
essa sensibilidade, menor será a senhoriagem máxima que o
governo poderá obter no equilíbrio. ( No modelo de Cagan é a cte a)
Se a sensibilidade da demanda de moeda em relação à inflação
esperada for muito alta, então um pequeno aumento na inflação
(esperada) já faz com que os agentes queiram se livrar fortemente
da moeda, diminuindo muito os seus saldos reais, de maneira que a
senhoriagem (imposto inflacionário) obtida diminui.
Aumento do Deficit
Déficit e Inflação crescente:
Suponha que um governo queira financiar um aumento do deficit
via emissao de moeda. Pode levar algum tempo para que a inflação
corrente e esperada se ajustem, assim como os saldos monetários
reais das pessoas.
Portanto, aumentando a expansão de moeda o suficiente, qualquer
governo poderá gerar no curto prazo qualquer quantidade de
senhoriagem que quiser, bem acima daquele maximo no gráfico.
Aumento do Deficit
Mas com o tempo , o governo precisará aumentar cada vez mais a
expansão monetária para gerar a mesma quantidade de
senhoriagem, o que levará a uma aceleração da inflação.
Além disso, a medida que a inflação torna-se muito alta, o déficit
orçamentário costuma piorar, pois se os impostos são arrecadados
com base na renda nominal passada, cai a arrecadação real (efeito
Oliveira-Tanzi), o que pode fazer com que o governo precise
aumentar mais ainda a expansão monetária
MMdeficit /
Macro Insper/02 - Balanço_de_Pagamentos.pdf
Balanço de Pagamentos
Curso da Anpec - Macroeconomia
 Estrutura do Balanço de Pagamentos
 Contabilização
Curso da Anpec - Macroeconomia
Balanço de Pagamentos - Definições
O Balanço de Pagamentos é o registro sistemático das
transações entre residentes e não residentes de um país
durante determinado período de tempo.
Balanço de Pagamentos - Definições
A “residência” de um indivíduo é o país onde ocorre sua
participação na produção e absorção de bens e serviços.
Principais residentes:
 Pessoas que vivem permanentemente no país (inclusive
estrangeiros com residência fixa);
 Pessoas temporariamente fora do país em viagens de
negócios ou turismo;
 Pessoas jurídicas sediadas no país, inclusive filiais de
empresas estrangeiras.
Balanço de Pagamentos - Fontes 
A principal fonte de informação utilizada pelo Banco
Central para a compilação do Balanço de Pagamentos é o
contrato de compra e venda de moeda estrangeira,
denominado contrato de câmbio.
Em cada contrato existe um campo a ser preenchido o
motivo da entrada ou da saída de recursos.
Balanço de Pagamentos - Fontes 
No Brasil, os métodos contábeis utilizados pelo Banco 
Central para registrar as transações com o exterior 
seguem o Manual de Balanço de Pagamentos do FMI, 
que está em sua quinta versão (MBP5).
Apesar do Banco Central adotar o MBP5 desde 2001, só 
no exame da ANPEC de 2012 que essas modificações 
passaram a ser consideradas.
Livro
Bibliografia
“Macroeconomia”
Mario Henrique Simonsen e
Rubens Penha Cysne.
4.Edição, Editora Atlas, 2009.
Cap. 2.
Estrutura do Balanço de Pagamentos
A estrutura do Balanço de Pagamentos é dividida em três 
partes:
 Conta de Transações Correntes
 Movimento de Capitais Autônomos
 Movimento de Capitais Compensatórios
Estrutura do Balanço de Pagamentos
I) Conta Corrente:
I.1) Balanço de Bens e Serviços
I.2) Balanço de Rendas
I.3) Transferências Unilaterais Correntes
Estrutura do Balanço de Pagamentos
I.1) O Balanço de Bens e Serviços é composto por :
I.1.1) Balança Comercial
Exportações (mercadorias)(FOB)
Importações (mercadorias)(FOB)
Importações são contabilizadas com sinal negativo (débito) , e as 
exportações sinal positivo (crédito).
FOB – Free on board, não inclui Fretes e Seguros.
Estrutura do Balanço de Pagamentos
I.1.2) Balança de Serviços
Viagens Internacionais
Transportes
Seguros
Serviços Governamentais 
Serviços Financeiros
Royalties e Licenças
.
.
.
Serviços Diversos
Estrutura do Balanço de Pagamentos
I.1.2) Balança de Serviços
Os pagamentos ao exterior são contabilizados com sinal 
negativo (débito), e os recebimentos com sinal 
positivo (crédito).
Estrutura do Balanço de Pagamentos
Exemplos de Serviços :
 Pagamentos de gastos de turismo no exterior; ex. 
refeição em um restaurante na França.
 Pagamentos de um seguro de saúde internacional ao 
fazer intercambio;
 Pagamentos por serviços de encomendas internacionais, 
frete da encomenda de um livro na Amazon. 
Estrutura do Balanço de Pagamentos
Exemplos de Serviços :
 Aluguel de equipamentos do exterior; ex. uma clinica de 
estética aluga uma maquina de depilação do exterior,
 Pagamentos de assistência técnica;
 Pagamento de direitos autorais (livro de 
macroeconomia);
 Serviços governamentais; ex. gastos com embaixadas, 
consulados, representações no exterior, etc....
Estrutura do Balanço de Pagamentos
I.2) Balança de Rendas
Salários e Ordenados
Lucros e Dividendos
Juros
Demais itens de Rendas
Estrutura do Balanço de Pagamentos
I.2) Balança de Rendas
Transações relativas à remuneração dos 
fatores de produção (capital e trabalho). 
 Quando se trata de fatores de propriedade de não residentes
usados na produção interna de bens e serviços, tais itens são 
lançados a débito. 
 Simetricamente, quando se trata de fatores de propriedade de 
residentes usados na produção de bens e serviços de outros 
países, tais itens são lançados a crédito. 
Estrutura do Balanço de Pagamentos
I.3) Transferências Unilaterais Correntes (ou Donativos)
São pagamentos e recebimentos sem contrapartida de 
serviços. 
Exemplos:
 Doações entre países, de moeda ou mercadorias;
 Remessas de não residentes para suas famílias nos países de
origem.
 Reparações de guerra.
Estrutura do Balanço de Pagamentos
I) Saldo em Conta Corrente =
I.1 ) Saldo da Balança de Bens e Serviços 
+ I.2) Saldo da Balança de Rendas
+ I.3) Saldo de Transferências Unilaterais Correntes
Estrutura do Balanço de Pagamentos
II) Conta Total de Capital:
II.1) Capitais Autônomos
II.2) Erros e Omissões
II.3) Capitais Compensatórios
Estrutura do Balanço de Pagamentos
II.1) Capitais Autônomos (ou Conta Capital e Financeira)
II.1.1) Conta Capital
Transferências de Capital
II.1.2) Conta Financeira
Investimentos Diretos
Investimentos em Carteira
Ações, Títulos de Renda fixa, Derivativos
Demais Investimentos
Empréstimos, Amortizações, Financiamentos e 
Créditos Comerciais
Estrutura do Balanço de Pagamentos
II.1) Capitais Autônomos (ou Conta Capital e Financeira)
Entradas e saídas de capitais voluntários (não tem por 
objetivo principal o financiamento do balanço de 
pagamentos).
• Transferência de capital consiste no perdão de uma dívida ou 
na transferência de propriedade de algum ativo, sem 
contrapartida de bens e serviços.
 Investimentos diretos compreendem a participação no capital 
(aquisição/subscrição/ aumento de capital de empresas) e os 
empréstimos intercompanhia.
Estrutura do Balanço de Pagamentos
II.1) Capitais Autônomos (ou Conta Capital e 
Financeira)
• Os ingressos de Investimentos Diretos, Investimentos em 
Carteira e Demais Investimentos são contabilizados com 
sinal positivo (crédito). 
• Amortizações pagas ao exterior são contabilizados com 
sinal negativo (débito).
Estrutura do Balanço de Pagamentos
II.2) Erros e Omissões
As estatísticas do balanço de pagamentos em geral são 
computadas com imperfeições, que não permitem uma 
contabilização rigorosa dentro do principio das partidas 
dobradas.
Assim, esta rubrica é anexada ao subtotal dado pelas transações 
correntes mais capitais autônomos, de forma que se tenha o 
saldo total do balanço de pagamentos.
Estrutura do Balanço de Pagamentos
Saldo Total do Balanço de Pagamentos =
(I) Saldo da Conta Corrente 
+ (II.1) Saldo de Capitais Autônomos 
+ (II.2) Erros e Omissões 
Estrutura do Balanço de Pagamentos
II.3) Capitais Compensatórios
II.3.1) Reservas (ou Contas de Caixa)
Haveres no exterior
Ouro Monetário
Direitos Especiais de Saque (DES)
Posição de Reservas no FMI
II.3.2) Empréstimos de Regularização (FMI, Banco Mundial)
II.3.3) Atrasados 
Estrutura do Balanço de Pagamentos
II.3.1) Reservas (ou conta de caixa)
As contas de caixa registram o movimento dos meios de pagamento 
internacionais à disposição do país (reservas). 
 Haveres no Exterior – Estoque de moedas estrangeiras e de títulos externos 
de curto prazo, com liquidez imediata, em poder do Banco Central. 
 Ouro, DES e reservas no FMI - referem-se a liquidez internacional a 
disposição dos residentes.
 Por definição contábil, um aumento das reservas entra com um valor negativo
na conta de capitais compensatórios.
Balanço de Pagamentos - Contabilização
Na contabilização do Balanço de Pagamentos, utilizamos
o método das partidas dobradas: um crédito em
determinada conta deve corresponder a um débito em
outra conta e vice-versa.
Balanço de Pagamentos - Contabilização
Estrutura do Balanço de 
Pagamentos
A
B
Suponha uma linha 
imaginária que divida o 
Balanço de Pagamentos em 
duas partes quaisquer A e B. 
Dada a sistemática de 
lançamentos contábeis, o 
saldo da parte A do balanço 
será igual ao negativo do 
saldo da parte B
Balanço de Pagamentos - Contabilização
Exemplos de lançamentos:
 O país exporta equipamentos no valor de US$ 50
milhões: crédito na conta de “Exportações” e débito na
conta “Haveres no Exterior” (reservas).
 O país paga ao exterior US$ 5 milhões em fretes: débito
na conta “Transportes” e crédito na conta “Haveres no
Exterior”.
Balanço de Pagamentos - Contabilização
 Uma montadora alemã investe US$ 100 milhões na
construção de uma fábrica no Paraná: crédito na conta
“Investimentos Diretos” e débito na conta “Haveres no
Exterior”.
 O Brasil paga US$ 50 milhões em amortizações da
dívida externa: débito na conta “Amortizações” e crédito
na conta “Haveres no Exterior”.
Balanço de Pagamentos - Contabilização
 O Brasil paga em ouro monetário a amortização de um
empréstimo externo: débito na conta “Amortizações” e
crédito na conta “Ouro monetário” (reservas).
Balanço de Pagamentos - Contabilização
Quando as transações não são liquidadas em moeda, não
há impacto no saldo do Balanço de Pagamentos.
Exemplo:
 Um país recebe do exterior doações em medicamentos:
débito na conta “Importações” e crédito na conta
“Transferências Unilaterais Correntes”.
 Um país importa equipamentos com financiamento
externo: débito de “Importações” e crédito em
“Empréstimos”.
I) Conta corrente (I.1 + I.2 + I.3)
I.1) Balança de Bens e Serviços
 I.1.1) Balança comercial (FOB)
 Exportações 
 Importações 
 I.1.2) Serviços
 Viagens internacionais
 Transportes
 Seguros
 etc…
I.2) Rendas
 Salarios e Ordenados
 Lucros e Dividendos
 Juros
 Demais Itens de renda
I.3) Transferências unilaterais
II) Conta Total de Capital (II.1 +II.2)
II.1) Capitais Autônomos
 II.1.1) Conta de Capital
 Transferencias de Capital
 II.1.2) Conta Financeira
 Investimentos Diretos
 Investimentos em carteira
 Demais Investimentos
II.2) Erros e omissões
Saldo Total do B.P. (I + II)
II.3) Capitais Compensatórios
 Reservas
 Empréstimos de regularização
 Atrasados 
Balanço de pagamentos – Estrutura geral 
Balanço de Pagamentos – Tópicos Especiais
Atrasados 
Se um empréstimo vence e não é pago, debita-se a conta
“Amortizações” (como se pago fosse) e credita-se a conta
“Atrasados”. Quando o empréstimo for efetivamente pago,
debita-se a conta “Atrasados ” e credita-se a conta “Haveres
no Exterior”.
Balanço de Pagamentos – Tópicos Especiais
Lucros reinvestidos 
Lucros de residentes reinvestidos internamente devem ser
contabilizados como se os recursos deixassem o país e
depois voltassem. O saldo líquido das duas operações
equivale a um débito na conta de “Lucros” e a um crédito na
conta de “Investimentos Diretos”.
Balanço de Pagamentos – Tópicos Especiais
Variações de reservas não decorrentes de transações 
entre residentes e não residentes
 As contas de caixa podem variar na prática não apenas em
função das transações entre residentes e não residentes , mas
também em função das compras de ouro (pelo Banco
Central) no mercado interno, ou da valorização ou
desvalorização de ativos (reservas em moeda estrangeira).
 Entretanto, de acordo com as normas do FMI para a quinta
versão do manual de balanço de pagamentos (MBP5), este
tipo de fato contábil não é mais contabilizado no balanço de
pagamentos.
Balanço de Pagamentos – Tópicos Especiais
Investimento Direto sem Cobertura Cambial
“Ingressam no país, sob a forma de investimento direto sem
cobertura cambial, 20 milhões de dólares em equipamentos”.
 Neste caso, a transação não foi liquidada em moeda
estrangeira, portanto, não há alteração nas reservas, nem no
saldo do BP. Assim, credita-se a conta “Investimento Direto”
e debita-se a conta de “Importações”.
Balanço de Pagamentos 
Saldo em Transações Correntes 
+
Saldo dos Capitais Autônomos (mais Erros e Omissões)
______________________________________
Saldo do Balanço de Pagamentos
+
Saldo dos Capitais Compensatórios (reservas)
_____________________________________
Zero
Balanço de Pagamentos
T = saldo em conta corrente
K = saldo da conta total de capital
KA = saldo da conta de capitais autônomos mais o saldo da
conta de erros e omissões.
KC = saldo da conta de capitais compensatórios
B = saldo total do balanço de pagamentos
T + K = T +
KA + KC = 0
ou
T = - K
Balanço de Pagamentos
 Se um país apresenta déficit em transações correntes
seu Balanço de Pagamentos irá fechar ou com a entrada
de capitais autônomos, ou com a entrada de capitais
compensatórios (empréstimos do FMI, atrasados – que
são empréstimos forçados - ou diminuição das reservas).
Balanço de Pagamentos
Alternativamente, a conta de capitais compensatórios é
igual ao saldo total do balanço de pagamentos (B)
com o sinal trocado.
B+ KC = T + KA + KC = 0
ou
KC = - B
Exercício de lançamentos contábeis
a) O país importa, pagando a vista, mercadorias no valor de 
350 M US$.
b) O país importa carros no valor de 50 M US$ financiados a 
prazo longo.
c) Ingressam no país, sob a forma de investimento direto, 20 
M US$ em equipamentos, sem cobertura cambial (sem uso 
de moeda).
d) O país exporta, recebendo a vista, 400 M US$ em 
mercadorias.
e) O país paga ao exterior, a vista , 50 M US$ de fretes.
f) remetem-se para o exterior, em dinheiro, 10 M US$ de 
lucros de companhias estrangeiras, 20 M US$ de juros e 
30 M US$ de dolares de amortizações.
g) O país recebe 10 M US$ de donativos sob a forma de 
mercadorias.
h) país recebe em moeda um emprestimo compensatorio do 
FMI de 30 M US$, para ajudar na regularizaçã do deficit 
no balanco de pagamentos.
Operação
a b c d e f g h Total
exportações 400 400
importações -350 -50 -20 -10 -430
fretes -50 -50
lucros -10 -10
juros -20 -20
donativos 10 10
investimentos 20 20
financiamentos 50 50
amortizações -30 -30
emprestimos FMI 30 30
haveres no exterior 350 -400 50 60 -30 30
Balanço de Pagamentos
 Transferência Líquida de Recursos
 Hiato de Recursos
 Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE)
 Passivo Externo Líquido
Balanço de Pagamentos
Transferência Líquida de Recursos
O saldo do balanço de bens e serviços é usualmente
conhecido como “ transferencia líquida de recursos ao
exterior”.
Transferência Líquida de Recursos para o Exterior
=
Saldo da Balança Comercial + Saldo da Balança de 
Serviços
Balanço de Pagamentos
Transferência Líquida de Recursos
As exportações de bens e serviços indicam o que o
país produz e é enviado para fora de suas fronteiras.
As importações de bens e serviços indicam o que o
resto do mundo produz para ser absorvido pelo país.
A diferença entre esses saldos representa, então, a
Transferência Líquida de Recursos ao Exterior.
Balanço de Pagamentos
MXGICPIB 
Valor da Produção de Bens e Serviços
Absorção
0
0


TLREGICPIB
TLREGICPIB
TLRE = exportações líquidas 
de bens e serviços 
Balanço de Pagamentos
Transferência Líquida de Recursos
PIB = C + I + G + X – M
PIB – (C + I + G) = X – M = TLRE
(C + I + G) = valor da produção doméstica absorvida por
residentes + valor da produção do resto do mundo
absorvida por residentes.
PIB – (C + I + G) = Valor total da produção doméstica –
(valor da produção doméstica absorvida por residentes +
valor da produção do resto do mundo absorvida por
residentes).
Balanço de Pagamentos
Transferência Líquida de Recursos
X = PIB – (Cd + Id + Gd ) = Valor total da produção
doméstica – valor da produção doméstica absorvida por
residentes
M = valor da produção do resto do mundo absorvida por
residentes.
TLRE = X - M
Balanço de Pagamentos
Hiato de Recursos
A Transferência Líquida de Recursos com o sinal
trocado é denominada hiato de recursos, e indica o
excesso que o país absorve sobre aquilo que produz.
0,0
0,0


hiatoTLREGICPIB
hiatoTLREGICPIB
Balanço de Pagamentos
Renda Líquida Enviada ao Exterior
A renda líquida recebida (+) ou enviada (-) ao exterior
é, por definição, o saldo da conta de rendas mais o
saldo de transferências unilaterais correntes.
Balanço de Pagamentos
Renda Líquida Enviada ao Exterior
Se o Saldo da Balança de Rendas + TU > 0, então:
Renda Recebida do Exterior (RRE) > Renda Enviada ao
Exterior (REE)
Renda Líquida Recebida do Exterior = RRE – REE > 0
Renda Líquida Enviada ao Exterior = REE – RRE < 0
Balanço de Pagamentos
Renda Líquida Enviada ao Exterior
Se o Saldo da Balança de Rendas + TU < 0, então:
Renda Recebida do Exterior (RRE) < Renda Enviada ao
Exterior (REE)
Renda Líquida Recebida do Exterior = RRE – REE < 0
Renda Líquida Enviada ao Exterior = REE – RRE > 0
Balanço de Pagamentos
Saldo do Balanço de Transações Correntes
=
Transferência líquida de recursos ao exterior (saldo 
do balanço de bens e serviços) + Renda líquida 
recebida do exterior (saldo da conta de rendas mais a 
conta de donativos)
Passivo Externo Líquido
 Passivo Externo Líquido
= Saldo devedor dos empréstimos contraídos pelo país no exterior
– Saldo credor dos empréstimos concedidos pelo país ao exterior
+ Estoque de capitais estrangeiros de risco investidos no país
– Estoque de capitais nacionais de risco investidos no exterior
+ Saldo líquido dos títulos representativos de investimentos em
carteira e derivativos emitidos por residentes no país e de posse
de residentes no exterior
– Saldo das reservas internacionais (Haveres Líquidos no
Exterior , Ouro Monetário, DES e Posição de Reservas no
FMI).
Passivo Externo Líquido
 A grosso modo, o Passivo Externo Líquido de uma país é 
o quanto ele deve (dívida líquida e capital líquido 
instalado no país) menos o quanto ele tem de reservas.
 Capital instalado - Uma fabrica da GM cuja propriedade é da 
GM americana é um passivo para o Brasil, porque 
teoricamente, ela pode pegar a fabrica 
(maquinas,equipamentos e instalações) e levar embora do 
Brasil a qualquer momento.
 Um déficit em transações correntes significa aumento do 
Passivo Externo Líquido.
Passivo Externo Líquido
 Exemplo 1:
Saldo da Balança de Transações Correntes = - 100
Saldo do Movimento de Capitais Autônomos = 0
Saldo do Movimento de Capitais Compensatórios = + 100
(Diminuição de Reservas)
Variação no Passivo Externo Líquido = + 100
Passivo Externo Líquido
 Exemplo 2:
Saldo da Balança de Transações Correntes = - 100
Saldo do Movimento de Capitais Autônomos = + 200
Saldo do Movimento de Capitais Compensatórios = -100
(Aumento de Reservas)
Variação no Passivo Externo Líquido = + 100
Passivo Externo Líquido
 Exemplo 3:
Saldo da Balança de Transações Correntes = - 100
Saldo do Movimento de Capitais Autônomos = + 50
Saldo do Movimento de Capitais Compensatórios = + 50
(Diminuição de Reservas)
Variação no Passivo Externo Líquido = + 100
Passivo Externo Líquido
 Exemplo 4:
Saldo da Balança de Transações Correntes = - 100
Saldo do Movimento de Capitais Autônomos = - 500
Saldo do Movimento de Capitais Compensatórios = + 600
(Diminuição de Reservas)
Variação no Passivo Externo Líquido = + 100
Balanço de Pagamentos do Brasil em 2010
US$ (milhões)
Balança Comercial 20.221
Serviços e rendas -70.373
Transferencias Unilaterais Correntes 2.787
Saldo de Transações Correntes -47.364
Conta Capital e Financeira 99.661
Erros e Omissões -3.196
Saldo da Conta Total de Capital 96.465
Saldo do Balanço de Pagamentos 49.101
Macro Insper/16 - Consumo.pdf
TEORIAS DE CONSUMO
Curso da Anpec - Macroeconomia
Teorias de Consumo
 Teoria do Ciclo de Vida, de Franco Modigliani e Richard
Brumberg.
 Teoria da Renda Permanente, de Milton Friedman.
Ambas as teorias foram baseadas na teoria do comportamento
do consumidor de Irving Fisher, do final dos anos 20. Veremos
também o modelo de consumo em dois periodos.
Teoria de consumo keynesiana
A primeira função de consumo agregado da macroeconomia é
a função consumo keynesiana:
é o consumo autônomo
é a propensão marginal a consumir
)(10 DYccC 
0c
1c )10( 1  c
)0( 0 c
Teoria de consumo keynesiana
Para Keynes, o consumo é função da renda
pessoal disponível
(a renda menos os impostos diretos mais as transferências do
setor público).
Nos anos 40, alguns estudos com séries de curto prazo de
produção e consumo nos EUA mostraram que a função
consumo keynesiana se adequava bem à realidade. O aumento
da renda era acompanhado de aumentos no consumo, mas os
aumentos do consumo eram menores do que os aumentos de
renda.
Teoria de consumo keynesiana
Dados de orçamentos familiares indicavam que famílias com
renda mais alta consumiam mais, mas também indicavam que
o aumento do consumo era menor do que o aumento da renda.
Teoria de consumo keynesiana
A função consumo keynesiana também previa que a propensão
média a consumir da renda disponível (consumo / renda
disponível) diminuiria a medida que a renda disponível
aumentasse. Esse resultado também era encontrado nas séries
de curto prazo.
1
0
10 )(
c
Y
c
Y
C
Y
Ycc
Y
C
DD
D
D
D



Teoria de consumo keynesiana
Como o consumo autônomo é constante, um aumento de renda
disponível seria acompanhado de um aumento menos do que
proporcional do consumo. Se a renda disponível crescesse 10%,
por exemplo, o consumo aumentaria em 5%.
1
0
10 )(
c
Y
c
Y
C
Y
Ycc
Y
C
DD
D
D
D



PMEC decrescente ou cte?
Em 1946, Simon Kuznets apresentou um trabalho com
estimativas inéditas do PIB e de consumo das famílias nos
EUA de 1869 até aquela data. Com os dados de Kuznets, foi
possível verificar que a propensão média a consumir da renda
disponível havia permanecido constante no longo prazo, um
resultado que contrariava a previsão da teoria keynesiana.
Os dados revelaram que, no longo prazo, os aumentos do
consumo eram proporcionais aos aumentos de renda.
PMEC decrescente ou cte?
Os resultados de Kuznets sugeriram que existiam problemas na
especificação da função consumo keynesiana.
Os economistas ficaram intrigados. Por que a propensão média
a consumir diminuía a medida que a renda aumentava no curto
prazo (ou aumentava quando a renda diminuía no curto prazo)
mas permanecia constante no longo prazo? Quais eram os
problemas de especificação na função consumo keynesiana? A
falta de conciliação entre teoria e realidade motivou a pesquisa
subsequente na área de consumo.
PMEC decrescente ou cte?
Nos anos 50 duas teorias surgiram para explicar o fato da
propensão média a consumir ser declinante com aumentos de
renda no curto prazo e constante no longo prazo: a teoria do
ciclo de vida de Modigliani e a teoria da renda permanente de
Milton Friedman.
Ambas as teorias foram baseadas na teoria do comportamento
do consumidor de Irving Fisher.
Modelo de 2 períodos
As predições da teoria de Fisher sobre o comportamento do
consumidor podem ser sintetizadas nos resultados de um
modelo de escolha intertemporal de dois períodos.
Modelo de 2 períodos
No modelo, o problema do indivíduo é:
r
y
y
r
c
c
ts
ccccUMax





11
..
)10(loglog),(
2
1
2
1
2121 
Modelo de 2 períodos
1c é o consumo do indivíduo no primeiro período.
é o consumo do indivíduo no segundo período.
é a renda do indivíduo no primeiro período.
é a renda do indivíduo no segundo período.
2c
1y
2y
Modelo de 2 períodos
é a taxa de juros real.
é o fator de desconto intertemporal.
r

Modelo de 2 períodos
O consumo no presente (período 1) e no futuro (período 2) são
as variáveis endógenas no modelo.
Na solução, isole o consumo futuro na restrição orçamentária e
substitua o resultado na função de utilidade. Encontre o valor
do consumo presente maximizando a função de utilidade e o
consumo futuro usando a restrição orçamentária.
Modelo de 2 períodos
Resolução do modelo:
])1)(log[(log)(
loglog),(
)1)((
11
21111
2121
2112
2
1
2
1
yrcyccU
ccccU
yrcyc
r
y
y
r
c
c









Modelo de 2 períodos
Resolução do modelo:
])1)([(
)1(1
0
])1)([(
)1)(1(1)(
])1)(log[(log)(
2111
21111
1
21111
yrcy
r
c
yrcy
r
cdc
cdU
yrcyccU











Modelo de 2 períodos
Resolução do modelo:
211
2111
2111
2111
)1()1)(1(
)1()1()1(
)1)(()1(
])1)([(
)1(1
yyrrc
yyrcrrc
yrcyrc
yrcy
r
c










Modelo de 2 períodos
Resolução do modelo:











r
y
yc
yyrrc
11
1
)1()1)(1(
2
11
211


Modelo de 2 períodos
Substituindo o consumo presente na restrição orçamentária,
encontramos o consumo futuro:
 212
2
12
)1(
1
1
)1(
1
yyrc
r
y
yrc

















Modelo de 2 períodos
Um aumento da renda no primeiro período aumenta o consumo
no primeiro período e no segundo período. O indivíduo
maximiza a utilidade total suavizando o consumo.
Pela mesma razão, um aumento da renda futura gera aumentos
de consumo nos dois períodos. O indivíduo transfere uma parte
do consumo do futuro para o presente, poupando menos ou
tomando recursos emprestados.
Modelo de 2 períodos
Um aumento do fator de desconto intertemporal significa que o
agente está mais paciente ou está valorizando mais o consumo
futuro. O consumo futuro aumenta e o consumo presente
diminui.
Modelo de 2 períodos
Um aumento da taxa de juros real torna o consumo presente
mais caro em termos do consumo futuro. Com uma taxa de
juros real mais alta, consumir no presente significa abrir mão
de um acréscimo ainda maior de consumo no futuro. O
indivíduo substitui consumo presente por consumo futuro
(efeito substituição).
Modelo de 2 períodos
A relação entre consumo e taxa de juros real na teoria
econômica, na verdade, é ambígua. A função de utilidade
utilizada nesse modelo permite que seja capturado apenas o
efeito substituição.
Modelo de 2 períodos
Mas existe também um efeito renda: o aumento da taxa de juros
real amplia o fluxo de renda dos credores e reduz o fluxo de
renda dos devedores. O efeito de um aumento da taxa de juros
sobre o consumo presente depende também do impacto das
trasferências de renda que ocorrem entre os dois grupos sobre o
consumo.
Para maiores detalhes ver pág 343 e 344 do Livro do Mankiw.
Consumo, taxa de juros e desconto 
intertemporal
Note que a utilidade é maximizada quando
a TMGS = (1 + r)
)1(
/
/1
)(
)(
11
1
1
)1(
1
1
2
2
1
2
1
2
11
2
12
r
c
c
c
c
cU
cU
r
y
yc
r
y
yrc



























Consumo, taxa de juros e desconto 
intertemporal
12
12
12
1
2
1)1(
1)1(
1)1(
)1(
ccrcaso
ccrcaso
ccrcaso
r
c
c








Consumo, taxa de juros e desconto 
intertemporal
O fator de desconto pode ser expresso em termos de uma taxa
de desconto intertemporal. O aumento da taxa de desconto
intertemporal significa uma redução do fator de desconto. O
indivíduo valoriza menos o consumo futuro.
onde é a taxa de desconto intertemporal.
0,
1
1


 



Consumo, taxa de juros e desconto 
intertemporal
Podemos expressar o consumo nos dois períodos em termos da
taxa de desconto intertemporal. Os resultados são:
 212
2
11
)1(
2
1
12
1
yyrc
r
y
yc

















Consumo, taxa de juros e desconto 
intertemporal
Uma taxa de juros real positiva contribui para que o consumo
futuro seja maior do que o consumo presente. A existência de
uma taxa de desconto intertemporal positiva contribui para que
o individuo valorize mais o consumo presente do que o consumo
futuro, ou seja, ele é impaciente.
Quando a taxa de
juros real é igual à taxa de desconto
intertemporal, ou analogamente, quando beta(1+r) = 1, esses
dois efeitos contrários se anulam e o consumo é igual nos dois
períodos. Há uma perfeita suavização do consumo.
Teoria da renda permanente
De acordo com a teoria da renda permanente de Milton
Friedman, o consumo depende dos recursos da vida toda do
indivíduo, e não apenas da renda corrente.
Aumentos temporários de renda geram pequenos aumentos no
consumo, por conta da suavização. Aumentos permanentes de
renda geram aumentos mais significativos do consumo.
Aumentos na renda futura esperada também elevam o consumo
hoje.
Teoria da renda permanente
A renda permanente é um nível de renda constante cujo valor
presente é igual ao valor presente dos recursos da vida toda do
indivíduo.
Em outras palavras, é a renda que o indivíduo pode gastar a
cada período de modo que seu consumo seja constante, mesmo
que a renda tenha variações ao longo de sua vida.
Teoria da renda permanente
Exemplo: cálculo da renda permanente no modelo com dois
períodos:
Neste caso, o individuo consome exatamente yp nos dois
períodos. Note que, se a taxa de juros real for igual à zero, a
renda permanente é a média dos rendimentos do individuo.
c
r
y
y
r
r
y
r
y
y
r
y
y
p
p
p















12
1
11
2
1
2
1
Teoria da renda permanente
Não por acaso, este resultado pode ser derivado do resultado do
modelo de de dois períodos quando delta = r. Verifique!
Teoria da renda permanente
Um outro resultado da teoria é que apenas aumentos não
antecipados na renda da data t geram aumentos do consumo na
data t. Aumentos já antecipados produzem mudanças no
consumo no momento em que são antecipados, mas não no
momento em que ocorrem.
Ao contrario da hipotese do ciclo de vida, que afirma que a
renda registra um padrão regular ao longo da vida, a hipotese
da renda permanente destaca que a renda varia de acordo com
um componente aleatorio.
Teoria da renda permanente
Friedman define renda transitória como um desvio da renda
corrente em relação ao nível permanente:
A média da renda transitória é zero.
pT YYY 
Teoria da renda permanente
Exemplo de aumento na renda permanente: aumento de salario
de US$ 10.000 ao ano. Neste caso o consumo annual deve
aumentar em US$ 10.000.
Exemplo de aumento na renda transitoria: ganhar na loteria
US$ 10.000. Neste caso, se o consumidor esperar viver mais 50
anos o consumo anual deve aumentar em US$ 200. (supondo
taxa de juros zero.)
Teoria da renda permanente
No caso de perfeita suavização do consumo, o consumo em cada
período é igual à renda permanente. No entanto, Friedman
concluiu que devemos considerar a função de consumo como
aproximadamente:
pt YC 
Teoria da renda permanente
Com perfeita suavização (o principal caso discutido pela teoria),
a constante alfa é igual a um. O agente, ao consumir a renda
permanente em cada período, esgota os recursos da vida toda
no último período de consumo.
Aumentos transitórios de renda geram pequenos aumentos na
renda e pequenas mudanças no consumo, enquanto aumentos
permanentes de renda geram mudanças no consumo mais
significativas.
r
Teoria da renda permanente
No entanto, agentes com taxa de desconto intertemporal maior
do que a taxa de juros real consomem mais do que a renda
permanente nos períodos iniciais e menos do que a renda
permanente nos períodos finais.
O contrário vale para agentes com taxa de desconto
intertemporal menor do que a taxa de juros real. Essa discussão
pode ser facilmente verificada com os resultados do modelo de
dois períodos. r
r
PMEC
Friedman, argumentou que as oscilações de ano para ano na
renda são dominadas pela renda transitoria, assim anos de alta
renda devem ser anos de baixa PMeC.
Y
Y
Y
C p

PMEC
Entretanto, de uma decada para outra, a variação da renda é
oriunda do componente permanente, logo a PMeC tende a ser
aproximadamente constante, como observado por Fisher.
Y
Y
Y
C p

PMEC
A teoria da renda permanente de Friedman explica o fato da
propensão média a consumir ser função inversa da renda no
curto prazo e constante no longo prazo. No curto prazo, as
mudanças na renda são de natureza temporária e produzem
pouco efeito sobre a renda permanente e o consumo.
Por exemplo, um aumento de 2% na renda do primeiro período,
produzirá um aumento de ordem bem menor na renda
permanente e no consumo.
Curto prazo
No curto prazo predominam variações temporárias na renda,
que são resultado de choques de demanda ou choques de oferta
temporários.
Os choques de demanda, por exemplo, causam um desvio
temporário do produto em relação ao nível natural, que
perdura enquanto não houver o completo ajustamento dos
preços. Aumentos (reduções) na renda são acompanhados de
pequenos aumentos (reduções) na renda permanente e no
consumo. A propensão média a consumir varia inversamente
com a renda.
Longo prazo
No longo prazo, as variações na renda são permanentes.
Nenhum indivíduo, por exemplo, perceberá uma variação na
renda num horizonte de 30 anos como algo temporário.
Nesse caso, os aumentos de renda são acompanhados de
mudanças significativas no consumo, resultado que contribui
para a manutenção de uma propensão média a consumir
relativamente estável no longo prazo. Consumo e renda
tendem a crescer na mesma proporção, mantendo inalterada a
propensão média a consumir.
A teoria do ciclo de vida
Hipóteses:
 Agentes maximizadores de utilidade
 O consumo é função dos recursos da vida toda
 A renda varia de modo sistemático ao longo do horizonte de
vida das pessoas:
Renda é baixa no início da carreira.
Atinge um ápice na metade do horizonte de vida.
Declina na época da aposentadoria.
A teoria do ciclo de vida
A poupança permite aos agentes transferir consumo do
período onde a renda é alta para o período onde a renda é
baixa, e assim maximizar a utilidade.
A teoria do ciclo de vida
Nas duas teorias existe um agente que utiliza os recursos da
vida toda para maximimizar um fluxo de utilidade que
depende do consumo. O consumidor típico nas duas teorias é
aquele que maximiza a utilidade mantendo o consumo
constante ao longo do tempo.
Nessas teorias, os indivíduos querem suavizar o consumo ao
longo da vida.
A teoria do ciclo de vida
O consumo nas duas teorias aparece como função não apenas
da renda disponível corrente (como no caso da teoria
keynesiana de consumo), mas em função dos recursos da vida
toda do indivíduo. O consumo depende da renda corrente e
também das expectativas quanto aos rendimentos futuros.
A teoria do ciclo de vida
A diferença entre as duas teorias é que a teoria do ciclo de vida
leva em conta o fato da renda do indivíduo variar de modo
sistemático ao longo do horizonte de vida. A renda é baixa no
início da carreira (ou época da juventude), atinge um ápice na
meia idade e declina na aposentadoria. Na teoria de
Modigliani, a poupança do indivíduo depende do ciclo de vida.
Na teoria de Friedman não há nenhuma hipótese sobre o
comportamento da renda ao longo do horizonte de vida.
A teoria do ciclo de vida
renda
tempo
Comportamento típico da renda ao longo da vida (Modigliani)
A teoria do ciclo de vida
Para um indivíduo típico, que suaviza o consumo, a poupança
depende do ciclo de vida. Os individuos poupam na meia idade,
quando a renda é máxima, para manterem o mesmo padrão de
vida na velhice, quando a renda é mais baixa.
Os jovens possuem expectativa de renda mais alta no futuro,
logo gastam mais do que ganham contraindo dívidas (por
exemplo, os jovens financiam estudos de graduação, financiam a
compra de bens e as viagens ao exterior).
A teoria
do ciclo de vida
Renda,
consumo
tempo
consumo
renda
A teoria do ciclo de vida
De acordo com a teoria do ciclo de vida, a poupança (renda
menos consumo) depende da posição ocupada pelo indivíduo
no ciclo de vida. Com a hipótese de consumo constante e renda
variável ao longo do horizonte de vida, teremos em geral:
 Jovens em início de carreira com renda baixa e poupança
negativa;
A teoria do ciclo de vida
 Indivíduos de meia idade com poupança positiva para o
pagamento de dívidas contraídas na juventude e para garantir o
mesmo padrão de consumo na fase de aposentadoria;
 Aposentados com poupança negativa.
A teoria do ciclo de vida
Por exemplo, considere um indivíduo que espere viver por
mais T anos, tenha uma riqueza correspondente W e espere
receber a renda Y até se aposentar, daqui a R anos.
Os recursos do consumidor ao longo da vida W+RY devem ser
divididos entre os T anos de vida que lhe restam. Assim,
TRYWC /)( 
A teoria do ciclo de vida
Podemos escrever a função consumo como
Assim, alpha é a propensão marginal a consumir da riqueza e
beta é a propensão marginal a consumir da renda.
YWC
YTRWTC
 
 )/()/1(
A teoria do ciclo de vida
Supondo que o individuo espera viver por mais 50 anos e
trabalhar durante 30 anos temos que
YWC 6,002,0 
A teoria do ciclo de vida
Nesse modelo, a propensão media (PMEC) a consumir é
Como a riqueza não varia proporcionalmente à renda de
pessoa para pessoa ou de ano para ano, olhando para dados
entre indivíduos ou em períodos curtos de tempo devemos
constatar que uma alta renda corresponde a uma baixa
PMEC.
  )/(/ YWYC
A teoria do ciclo de vida
Nesse modelo, a propensão media (PMEC) a consumir é
No entanto, ao longo de extensos períodos de tempo, a riqueza
e a renda crescem juntas, de modo que a PMEC tende a ser
constante.
  )/(/ YWYC
Caso Particular
O diagrama seguinte mostra a evolução da riqueza e a
poupança durante o ciclo de vida, em um caso particular,
supondo um estoque inicial de ativos igual a zero e renda
constante;
Caso Particular
Consumo
Renda
Poupança
Riqueza
Despoupança
Tempo
Início da aposentadoria
Restrições ao crédito
Restrições ao crédito, no entanto, podem fazer com que as
predições da teoria não sejam verificadas.
Aumentos na renda futura esperada podem não alterar o
consumo presente se o indivíduo não tiver acesso ao mercado
de empréstimos. Por exemplo, se o jovem não puder tomar
emprestado quando ganha pouco.
Restrições ao crédito
Assim, restrições ao crédito podem fazer com que o individuo
consuma de acordo com a sua renda (e riqueza) corrente, e não
de acordo com os recursos da vida toda, impedindo a
suavização do consumo.
Assim, a presença de restrições ao crédito enfraquece a teoria
do ciclo de vida (e também a teoria da renda permanente).
Macro Insper/19 - Inconsistencia PM.pdf
Inconsistencia Temporal da Política Monetária: 
Regras X Discricionariedade
Em relação à política econômica, o governo deve seguir um
conjunto de regras ou agir de forma discricionária dependendo da
situação?
Regras - os formuladores devem anunciar antecipadamente qual
será a resposta da política econômica em cada caso, sem provocar
surpresas nos agentes.
Discricionária – Os formuladores identificam determinada situação
e decidem a maneira mais adequada de agir sobre ela.
Política econômica
Para os monetaristas, o Banco Central deve manter a oferta de
moeda monetária crescendo a um ritmo estável, por exemplo, 3% ao
ano.
Esse é um tipo de regra passiva, pois não tenta atuar sobre os
ciclos econômicos.
Eles acreditam que as oscilações na oferta monetária são
responsáveis pela maioria das grandes oscilações da economia. Um
crescimento lento e constante da oferta de moeda geraria preços
estáveis e baixa oscilação do produto e do emprego.
Regras
Entretanto, o crescimento estável da oferta de moeda só estabiliza a
demanda agregada se a velocidade da moeda for estável, o que não
acontece quando a economia passa por choques, tais como
deslocamentos na demanda de moeda (não relacionados com o
aumento da renda), que fazem com que a velocidade passe a ser
instável.
No caso de um aumento inesperado na demanda de moeda, por
exemplo, o banco central deveria aumentar a oferta de moeda para
acomodar o choque, mas ele está preso na regra.
Regras
Outro tipo de regra é a meta de inflação. Neste caso o banco
central anuncia uma meta para a taxa de inflação e então ele ajusta a
oferta de moeda ( ou os juros) para atingir a meta. Esse é um tipo de
regra ativa.
A meta da inflação isola a economia das variações na velocidade da
moeda, além de ter a vantagem política de ser fácil explicar para a
população.
Regras
Regra de Taylor (1993)
1) a taxa nominal de juros deve aumentar mais do que a razão de
um para um com a inflação, de maneira que a taxa de juros real
aumente.
2) A taxa de juros deve aumentar quando o produto está acima do
potencial
Regras
)ln(ln ttttt YYcbai  
Chamando de a taxa de juros real que prevaleceria caso
E assumindo que ela seja constante ao longo do tempo temos que
onde
Regras
)ln(ln)( * ttttt YYcbri  
tt YY r
bar /)(* 
Assim, o Banco Central deve aumentar a taxa de juros acima da
taxa de equilíbrio de longo prazo quando a inflação exceder a meta
e quando o produto estiver acima do potencial.
Taylor argumenta que b = c = 0,5 e gera uma boa
descrição da política monetária do FED desde que o mesmo passou
a usar a taxa de juros como o principal instrumento de controle da
inflação (1985).
Regras
)ln(ln)( * ttttt YYcbri  
%2* r
Uma maneira de interpretar a Regra de Taylor é como um
complemento ( e não um substituto) para a meta de inflação.
O estabelecimento de metas de inflação oferece um plano para o
banco central no médio prazo, mas não restringe rigidamente suas
decisões de política econômica de mês para mês.
A regra de Taylor pode ser um bom procedimento operacional de
curto prazo para se alcançar uma meta de inflação de médio prazo.
Regras
Em uma artigo famoso, Kydland & Prescott (1977) mostraram que a
inabilidade dos policymakers de se comprometerem com uma taxa
de inflação baixa pode gerar uma inflação excessiva apesar da
ausência do trade-off de longo prazo.
Se a inflação esperada é baixa, o custo de gerar uma inflação um
pouco maior é baixo. Então os policymakers vão ter um incentivo
de perseguir políticas expansionistas de maneira a fazer com que o
desemprego fique temporariamente abaixo do natural (produto
acima do potencial).
Inconsistência Temporal da Política 
Monetária 
Mas ao saber disso o publico não irá esperar de fato uma inflação
baixa.
O resultado final é que a possibilidade dos policymakers de fazerem
uma política discricionária resulta em uma inflação adicional sem
que haja nenhum aumento de produto.
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
Suponha uma curva de Phillips que descreve o trade-off entre
inflação e desemprego.
Inflação acima da esperada gera um desemprego abaixo do nível
natural.
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
)( en auu  
Suponha que o Banco Central escolha a taxa de inflação da
economia. Na verdade ele controla a oferta de moeda e esta
determina a inflação.
O Banco Central, pensando no bem estar das pessoas, acredita que
a inflação acima de um determinado valor é custosa, e que o
custo marginal da inflação cresce quando a inflação aumenta. Da
mesma maneira, o Banco Central aprecia baixos índices de
desemprego. Assim, podemos determinar uma função de perda de
bem estar
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
22 )(  buL

Em que b representa o quanto o Banco
Central não aprecia inflação
comparativamente ao desemprego.
O objetivo do banco central é que a perda seja a menor possível.
Considere duas maneiras de conduzir a política monetária:
1) Regra
2) Discricionária
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
1) Na regra o Banco Central se compromete com um nível
determinado de inflação. Enquanto os agentes privados
acreditarem que o banco central está comprometido com essa
regra , o nível de inflação esperado será o nível que o Banco
Central está comprometido em produzir.
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
Neste caso, como a inflação esperada é igual à inflação real o
desemprego é igual ao natural.
Substituindo na função perda temos que
Logo a inflação que minimiza a função perda é
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
n
e uu 
nuu 
22 )(  buL n
* 
2) Considere agora o caso da política discricionária. Neste caso o
Banco Central escolhe a taxa de inflação tomando a inflação
esperada como dada. Com base no poder discricionário, temos
• Os agentes privados formam suas próprias expectativas sobre a
inflação
• O Banco Central escolhe então a taxa de inflação.
• Com base na inflação esperada e na inflação real, o desemprego
passa a ser determinado.
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
Substituindo a Curva de Phillips na função perda do banco central
temos que
Logo a inflação que minimiza a função perda é dada por
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
22 ][)]([   bauL en
ba
baau en




2
2 

Contudo, como os agentes privados são racionais, eles
compreendem o objetivo do Banco Central, e vão esperar que a
taxa de inflação que ele vai escolher é exatamente essa. Assim,
no equilíbrio temos que , logo
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
ba
baau en




2
2 

e 
nu
b
a
 *
Neste caso, quanto mais o Banco Central se preocupar com a
inflação (b) menor a inflação de equilíbrio e quanto maior o
trade-off inflação – desemprego (a) maior a inflação de
equilibrio.
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
nu
b
a
 *
Neste caso também, como a inflação esperada é igual à inflação real
o desemprego é igual ao natural.
Inconsistência Temporal da Política 
Monetária 
n
e uu 
Compare agora o resultado da política discricionária ótima com o
resultado da regra.
Regra
Discricionária
Nos dois casos o desemprego se encontra no nível natural, mas no
caso da política discricionária, a inflação é maior do que no caso
da regra.
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
nu
b
a
 *
* 
Assim, a política econômica discricionária ideal é pior do que a
política econômica sob uma regra ideal.
Neste caso, chamamos o termo de viés inflacionário.
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
nu
b
a
Esse viés ocorre exatamente por causa do fato de que a taxa de
desemprego desejada pela sociedade é menor do que a taxa de
desemprego natural.
Isto pode ocorrer, por exemplo, pelo fato de haver impostos
distorcivos sobre o trabalho, de maneira que as pessoas
trabalham menos do que gostariam caso não houvessem
impostos, de maneira que o produto potencial é
permanentemente menor.
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
Assim, o Banco Central, pensando no bem estar dos agentes, tem
um incentivo para escolher uma taxa de desemprego menor que
a natural, inflacionando a economia.
Note que, de acordo com a função perda, a taxa desejada pela
sociedade é zero.
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
22 )()0(  buL
O resultado final é que a possibilidade dos policymakers de fazerem
uma política discricionária resulta em uma inflação adicional
sem que haja nenhum aumento de produto.
Assim, é melhor para o Banco Central “amarrar suas próprias mãos”
, ou seja, seguir uma regra clara, pois assim ele gera um
resultado melhor.
Inconsistência Temporal 
da Política Monetária 
nuu 
Entretanto, existe a possibilidade de o Banco Central com poder
discricionário reduzir o viés inflacionário, ou seja, conseguir
uma inflação próxima da inflação do caso de regras.
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
Se ele for muito avesso à inflação, ou seja, se b na função perda 
for muito elevado, o viés inflacionário pode ser bastante 
reduzido. 
Assim, a solução seria escolher um dirigente do Banco Central 
que é considerado pelos agentes econômicos como muito 
preocupado (austero) com a inflação.
Inconsistência Temporal da 
Política Monetária 
nu
b
a
Anpec 2010 – questao 9
Anpec 2010 – questao 9
Anpec 2010 – questao 9
Macro Insper/01 - Contas_Nacionais.pdf
CONTAS NACIONAIS
Curso da Anpec - Macroeconomia
CONTAS NACIONAIS
Objetivo das contas nacionais: aferir o valor em unidades
monetárias dos principais agregados, durante um
determinado período de tempo.
 Quanto a economia produz?
 Quanto a economia consome?
 Quanto a economia investe?
 Como o investimento é financiado?
 Quais as remunerações dos fatores de produção?
CONTAS NACIONAIS
A contabilidade nacional desenvolve-se a partir de sete 
conceitos básicos:
 Produto
 Renda
 Consumo
 Poupança
 Investimento
 Absorção
 Despesa
PRODUTO
Produto é o valor da produção de bens e serviços de
uma economia, durante determinado período de tempo.
Considera-se para o cálculo do produto apenas os bens
e serviços finais – bens e serviços que não são usados
na produção de nenhum outro bem ou serviço - para
evitar dupla contagem.
Ex: Minério de ferro usado na produção de aço não é
computado no produto.
PRODUTO
 Produto - Somatória do valor dos bens finais 
produzidos
),...,3,2,1(
1
nifinaisserviçosebensi
ibemdoquantidadeQ
ibemdopreçoP
QPproduto
i
i
i
n
i
i





PRODUTO
Suponha que o pais só produza banana e pão.
Neste caso,
Produto = preço da banana X quantidade de banana +
preço do pão X quantidade de pão.
PRODUTO
 Existe um procedimento alternativo para se 
contabilizar o produto, que não pela soma direta dos 
bens e serviços finais produzidos.
 Valor adicionado - Este procedimento contabiliza o 
valor que foi adicionado em cada etapa produtiva ao 
valor dos bens intermediarios.
PRODUTO
 Por ex. Suponha que um país só produza pão
 Neste caso o produto e a soma do valor adicionado na 
producao de trigo, farinha e pão, ou seja,
10+5+5=20
Produto Valor do produto Insumo intermediário Valor adicionado
Trigo 10 0 10
Farinha 15 10 5
Pão 20 15 5
RENDA
O conceito de renda é o de remuneração dos fatores de
produção. Inclui-se na renda:
 Salários (remuneração do trabalho)
 Juros (remuneração do capital de empréstimo)
 Lucros (remuneração do capital de risco)
 Aluguéis (remuneração do capital físico)
RENDA
Para evitar dupla contagem, só incluímos na renda os
juros e alugueis pagos a pessoas físicas.
Os juros e aluguéis pagos as pessoas jurídicas já são
contabilizados nos lucros.
CONSUMO
O Consumo corresponde ao valor de bens e serviços
adquiridos pelos indivíduos para a satisfação de seus
desejos.
O Consumo do Governo corresponde ao valor dos bens e
serviços que o governo coloca à disposição da
população. Exemplos: educação gratuita, serviços de
policiamento e serviços médicos.
POUPANÇA e INVESTIMENTO
 Poupança : renda não consumida.
 Investimento: acréscimo no estoque de capital
fixo mais variações nos estoques .
ABSORÇÃO
 Absorção: Consumo (público e privado) +
Investimento (público e privado).
 Numa economia fechada absorção = produto.
 Numa economia aberta se as exportações são maiores
(menores)
que as importações o produto é maior
(menor) que a absorção.
DESPESA
 A despesa corresponde aos destinos do produto:
consumo, investimento e exportações menos
importações.
IDENTIDADES
Duas identidades fundamentais:
PRODUTO = RENDA = DESPESA
POUPANÇA = INVESTIMENTO
PIB
MENSURAÇÃO DO PIB
Podemos mensurar o PIB através de 3 óticas:
 Ótica da Produção
 Ótica da Renda
 Ótica da Demanda ou Despesa
PIB
PIB = PRODUTO INTERNO BRUTO
PIB pela ótica da produção:
 O PIB é o valor dos bens e serviços finais produzidos
em uma economia durante um determinado período.
 O PIB é a soma do valor adicionado na economia em
um dado período.
As duas formas de mensuração são equivalentes.
PIB
PIB pela ótica da renda:
 O PIB é a soma de toda a renda gerada na economia em
um determinado período.
PIB
PIB pela ótica da demanda ou despesa:
 O PIB é a soma dos itens de despesa de uma economia
em um determinado período.
PIB
PIB PELA ÓTICA DA DEMANDA OU DESPESA
Onde:
C = Consumo Pessoal (Consumo das Famílias)
I = Investimento (Público e Privado)
G = Consumo do Governo
X = Exportações de bens e serviços 
M = Importações de bens e serviços 
PIB = C + I + G + X - M
INVESTIMENTO
Onde:
FBCF = Formação Bruta de Capital Fixo
VE = Variação de Estoques
Obs.: Formação Bruta de Capital = FBCF + VE
INVESTIMENTO = FBCF + VE
PIB
Por que subtraimos as importações no cálculo 
do PIB? 
PIB
Porque C , I e G incluem bens e serviços produzidos no 
exterior, além dos bens e serviços produzidos 
domesticamente. Seja
Cf = Consumo de bens e serviços produzidos no exterior
If = Investimento de bens e serviços produzidos no exterior
Gf = Consumo do Governo de bens e serviços produzidos no 
exterior
Cd = Consumo de bens e serviços produzidos domesticamente
Id = Investimento de bens e serviços produzidos domesticamente
Gd = Consumo do Governo de bens e serviços produzidos 
domesticamente
PIB
C = Cd + Cf
I = Id + If
G = Gd + Gf
PIB = Cd + Id + Gd + X
= (C – Cf) + (I – If) + (G – Gf) + X
= C + I + G + X – (Cf + If +Gf)
= C + I + G + X – M 
EXEMPLO 1 
 Considere uma economia composta por duas empresas:
Mineradora (Empresa 1)
Receitas de vendas $ 100
Despesas $ 80
Salários $ 80
Lucro $ 20
Siderúrgica (Empresa 2)
Receita de vendas $ 210
Despesas $170
Salários $ 70
Compra de minério de ferro $ 100
Lucro $ 40
EXEMPLO 1
Mineradora (Empresa 1) Siderúrgica (Empresa 2)
Receitas de vendas $ 100 Receita de vendas $ 210
Despesas $ 80 Despesas $170
Salários $ 80 Salários $ 70
$ 100
Lucro $ 20 Lucro $ 40
Compra de minério de ferro
 PIB pela ótica da produção: valor dos bens e serviços
finais produzidos em uma economia durante um
determinado período.
 Bens e serviços finais = $ 210 = PIB
EXEMPLO 1
 PIB pela ótica da produção: soma do valor adicionado na
economia em um dado período.
 Valor adicionado = Valor da produção – Consumo de
bens intermediários.
 Valor adicionado = $ 100 + ($ 210 - $ 100)
= $ 210 = PIB
Mineradora (Empresa 1) Siderúrgica (Empresa 2)
Receitas de vendas $ 100 Receita de vendas $ 210
Despesas $ 80 Despesas $170
Salários $ 80 Salários $ 70
$ 100
Lucro $ 20 Lucro $ 40
Compra de minério de ferro
EXEMPLO 1
 PIB pela ótica da renda: soma de toda a renda gerada na
economia em um determinado período.
 Renda gerada = Renda do Trabalho + Renda do
Capital (Lucro) = ($80 + $70) + ($20 + $40) = $ 210 =
PIB .
Mineradora (Empresa 1) Siderúrgica (Empresa 2)
Receitas de vendas $ 100 Receita de vendas $ 210
Despesas $ 80 Despesas $170
Salários $ 80 Salários $ 70
$ 100
Lucro $ 20 Lucro $ 40
Compra de minério de ferro
EXEMPLO 2
Vejamos um exemplo com impostos, em que parte do
valor adicionado no âmbito das empresas é transferido ao
governo.
EXEMPLO 2
Receitas de vendas $ 110 Receita de vendas $ 220
Despesas $ 90 Despesas $190
Impostos $ 10 Impostos $ 10
Salários $ 80 Salários $ 70
$ 110
Lucro $ 20 Lucro $ 30
Compra de minerio
 O PIB é o valor dos bens e serviços finais produzidos 
em uma economia durante um determinado período.
 Bens e serviços finais = $ 220 = PIB .
EXEMPLO 2
 O PIB é a soma do valor adicionado na economia em um
dado período.
 Valor adicionado = Valor da produção – Consumo de
bens intermediários.
 Valor adicionado = $ 110 + ($ 220 - $ 110)
= $ 220 = PIB .
Receitas de vendas $ 110 Receita de vendas $ 220
Despesas $ 90 Despesas $190
Impostos $ 10 Impostos $ 10
Salários $ 80 Salários $ 70
$ 110
Lucro $ 20 Lucro $ 30
Compra de minerio
EXEMPLO 2
 O PIB é a soma de toda a renda gerada na economia
em um determinado período.
 Renda gerada = Renda do Trabalho + Renda do
Capital (Lucro) + Impostos (Renda do Governo) = $150
+ $50 + $20 = $ 220 = PIB .
Receitas de vendas $ 110 Receita de vendas $ 220
Despesas $ 90 Despesas $190
Impostos $ 10 Impostos $ 10
Salários $ 80 Salários $ 70
Compra de minerio$ 110
Lucro $ 20 Lucro $ 30
EXEMPLO 3
Vejamos um exemplo com receitas de aluguel (a
mineradora aluga maquinário para a siderúrgica) e
variação de estoques (em que parte da produção de aço
não é vendida e parte da produção de minério de ferro não
é usada para a produção de aço).
EXEMPLO 3
Mineradora
Receita de vendas de minério de ferro $ 900
Receitas de aluguel $ 100
Despesas:
Salários $ 500
Lucros $ 500
EXEMPLO 3
Siderúrgica
Receita de vendas de aço $ 1900
Variação de estoques de aço $ 100
Variação de estoques de minério de ferro $ 100
Despesas:
Aluguéis $ 100
Compra de minério de ferro $ 900
Salários $ 500
Lucros $ ?
EXEMPLO 3
PIB da economia:
Soma do valor dos bens e serviços finais:
= Receitas de vendas de aço + variação do estoque de aço
+ variação do estoque de minério de ferro
= 1900 + 100 + 100 = 2100
EXEMPLO 3
PIB da economia:
Soma dos valores adicionados:
Valor adicionado pela mineradora = valor da produção –
consumo de bens intermediários = 900 + 100 - 0 = 1000
EXEMPLO 3
PIB da economia:
Soma dos valores adicionados:
Valor adicionado da siderúrgica = valor da produção –
consumo de bens e serviços intermediários.
= 2000 - (100 + (900 – 100) = 1100
EXEMPLO 3
PIB da economia:
Soma dos valores adicionados:
Valor adicionado da siderúrgica + valor adicionado da
mineradora = 1100 + 1000 = 2100
EXEMPLO 3
Lucro da siderúrgica:
Lucro Bruto = Venda de Bens e Serviços – Compra de
Bens e Serviços (inclui também aluguéis e salários) +
Investimento Bruto
Lucro Bruto = 1900 – 900 – 100 – 500 + 200 = 600
EXEMPLO 3
PIB da economia
Soma das rendas = salários da mineradora + lucro da
mineradora + salários da siderúrgica + lucro da
siderúrgica = 500 + 500 + 500 + 600 = 2100
PIB DO BRASIL
 Sistema de Contas Nacionais do IBGE, dados preliminares 
para 2010, em milhões de reais. Fonte: www.ipeadata.gov.br
PIB C I G X M
nominal 3.674.964 2.226.056 707.414 778.013 409.868 446.386
% PIB 61% 19% 21% 11% 12%
RENDA
PIB PELA ÓTICA DA RENDA
PIB = Renda Pessoal Disponível + Renda Disponível 
Bruta das Empresas + Renda Líquida do Governo + 
Renda Líquida Enviada ao Exterior
RENDA
RENDA PESSOAL DISPONÍVEL
Renda Pessoal Disponível = Salários + Juros pagos aos 
indivíduos + aluguéis pagos aos indivíduos + lucros 
distribuídos aos indivíduos + transferências do governo 
aos indivíduos – impostos diretos
RENDA
Transferências do governo aos indivíduos =
aposentadorias, pensões, seguro-desemprego, juros da
dívida pública interna, etc..
Impostos diretos = impostos que incidem sobre renda e
patrimônio. Ex.: Imposto de renda, IPTU, etc..
RENDA
RENDA DISPONÍVEL BRUTA DAS EMPRESAS
Renda Disponível Bruta das Empresas = lucros retidos + 
depreciações
RENDA
RENDA LÍQUIDA DO GOVERNO
Renda Líquida do Governo = Impostos diretos dos 
indivíduos + impostos diretos das empresas + impostos 
indiretos + outras receitas correntes líquidas do governo 
– transferências do governo aos indivíduos –
transferências do governo às empresas - subsídios
RENDA
Outras receitas correntes líquidas do governo = aluguéis
e dividendos recebidos pelo governo – juros da dívida
pública externa.
RENDA
IMPORTANTE:
Tanto os juros da dívida interna como da dívida externa
não são considerados como prestação efetiva de serviços,
portanto não adicionam valor ao PIB.
Isso porque considera-se que o Governo não se endivida
para investir em atividades lucrativas, mas apenas para
cobrir o seu déficit orçamentário.
RENDA
RENDA LÍQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR
(RLEE)
Renda Líquida Enviada ao Exterior = Renda Enviada ao 
Exterior – Renda Recebida do Exterior
GOVERNO
SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE
SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE = 
POUPANÇA DO GOVERNO
Obs. o Governo pode ter déficit mesmo com uma poupança 
positiva.
SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE = 
RENDA LÍQUIDA DO GOVERNO – CONSUMO DO 
GOVERNO
GOVERNO
SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE
SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE = 
RECEITAS CORRENTES – GASTOS CORRENTES
GOVERNO
RECEITAS CORRENTES DO GOVERNO
RECEITAS CORRENTES DO GOVERNO = IMPOSTOS 
DIRETOS + IMPOSTOS INDIRETOS + OUTRAS 
RECEITAS CORRENTES LÍQUIDAS
GOVERNO
GASTOS CORRENTES DO GOVERNO
GASTOS CORRENTES DO GOVERNO = CONSUMO 
DO GOVERNO + TRANSFERÊNCIAS (ÀS EMPRESAS 
E AOS INDIVÍDUOS) + SUBSÍDIOS
GOVERNO
SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE
SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE = 
RECEITAS CORRENTES (IMPOSTOS DIRETOS + 
IMPOSTOS INDIRETOS + OUTRAS RECEITAS 
CORRENTES LÍQUIDAS) – GASTOS CORRENTES
(CONSUMO DO GOVERNO + TRANSFERÊNCIAS (ÀS 
EMPRESAS E AOS INDIVÍDUOS) + SUBSÍDIOS)
GOVERNO
DÉFICIT PÚBLICO NOMINAL
DÉFICIT PÚBLICO = INVESTIMENTO DO GOVERNO –
SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE
GOVERNO
DÉFICIT PÚBLICO NOMINAL
DÉFICIT PÚBLICO = INVESTIMENTO DO GOVERNO –
(RLG – CONSUMO DO GOVERNO)
GOVERNO
DÉFICIT PÚBLICO NOMINAL
DÉFICIT PÚBLICO = INVESTIMENTO DO GOVERNO –
(IMPOSTOS DIRETOS + IMPOSTOS INDIRETOS + OUTRAS
RECEITAS CORRENTES LÍQUIDAS –TRANSFERÊNCIAS –
SUBSÍDIOS – CONSUMO DO GOVERNO)
DÉFICIT
DÉFICIT PÚBLICO NOMINAL
DÉFICIT PÚBLICO = INVESTIMENTO DO GOVERNO +
CONSUMO DO GOVERNO + TRANSFERÊNCIAS + 
+ SUBSÍDIOS – IMPOSTOS DIRETOS – IMPOSTOS 
INDIRETOS – OUTRAS RECEITAS CORRENTES LÍQUIDAS 
DÉFICIT
DÉFICIT PÚBLICO PRIMÁRIO
Nas transferências do governo, retiramos os pagamentos de juros 
da dívida pública interna. 
Em outras receitas correntes líquidas, retiramos pagamentos de
juros da dívida pública externa.
DÉFICIT
DÉFICIT PÚBLICO PRIMÁRIO = 
INVESTIMENTO DO GOVERNO +
CONSUMO DO GOVERNO + 
TRANSFERÊNCIAS (NÃO INCLUI JUROS) + 
SUBSÍDIOS – IMPOSTOS DIRETOS – IMPOSTOS 
INDIRETOS – OUTRAS RECEITAS CORRENTES LÍQUIDAS 
(NÃO INCLUI JUROS) 
DÉFICIT
DÉFICIT PÚBLICO REAL = 
INVESTIMENTO DO GOVERNO +
CONSUMO DO GOVERNO + 
TRANSFERÊNCIAS (INCLUI APENAS JUROS REAIS)+ 
SUBSÍDIOS – IMPOSTOS DIRETOS – IMPOSTOS 
INDIRETOS – IMPOSTO INFLACIONÁRIO -
OUTRAS RECEITAS CORRENTES LÍQUIDAS (INCLUI 
APENAS JUROS REAIS)
DÉFICIT
DÉFICIT PÚBLICO OPERACIONAL = DÉFICIT PÚBLICO
REAL + IMPOSTO INFLACIONÁRIO 
O déficit operacional inclui apenas juros reais em
transferências e juros reais em outras receitas correntes
líquidas, não inclui o imposto inflacionário como fonte de
receita do governo (aumentamos o déficit operacional
somando o imposto inflacionário ao déficit real).
ECONOMIA ABERTA
POUPANÇA EXTERNA
POUPANÇA EXTERNA = DÉFICIT NA BALANÇA DE 
TRANSAÇÕES CORRENTES
ECONOMIA ABERTA
IDENTIDADE POUPANÇA = INVESTIMENTO 
NUMA ECONOMIA ABERTA
PIB PELA ÓTICA DA DEMANDA:
PIB = C + I + G + X – M
IDENTIDADE DE ALOCAÇÃO DA RENDA (PIB PELA 
ÓTICA DA RENDA):
PIB = RPD + RDBE + RLG + RLEE
ECONOMIA ABERTA
IDENTIDADE POUPANÇA = INVESTIMENTO 
NUMA ECONOMIA ABERTA
IDENTIDADE DE ALOCAÇÃO DA RENDA (PIB PELA 
ÓTICA DA RENDA):
PIB = RPD + RDBE + RLG + RLEE
RPD = CONSUMO PESSOAL (C) + POUPANÇA PESSOAL
RDBE = LUCROS RETIDOS + DEPRECIAÇÕES
ECONOMIA ABERTA
IDENTIDADE POUPANÇA = INVESTIMENTO 
NUMA ECONOMIA ABERTA
IDENTIDADE DE ALOCAÇÃO DA RENDA (PIB PELA 
ÓTICA DA RENDA):
PIB = RPD + RDBE + RLG + RLEE
PIB = C + POUPANÇA PESSOAL + LUCROS RETIDOS + 
DEPRECIAÇÕES+ RLG + RLEE
ECONOMIA ABERTA
IDENTIDADE POUPANÇA = INVESTIMENTO 
NUMA ECONOMIA ABERTA
PIB = C + POUPANÇA PESSOAL + LUCROS RETIDOS + 
DEPRECIAÇÕES + RLG + RLEE
PIB = C + S + RLG + RLEE
ONDE S = POUPANÇA BRUTA DO SETOR PRIVADO 
(POUPANÇA PESSOAL + LUCROS RETIDOS + 
DEPRECIAÇÕES)
ECONOMIA ABERTA
Igualando as duas identidades, temos:
C + I + G + X - M = C + S + RLG + RLEE
I = S + (RLG – G) + RLEE – (X - M)
((RLG - G) = Poupança do Governo)
( (X – M) - RLEE = - Poupança Externa)
( RLEE - (X - M)= + Poupança Externa)
ECONOMIA ABERTA
Como RLEE – (X – M) = Saldo da Balança de Transações 
Correntes com sinal trocado = Poupança Externa, temos:
I = POUPANÇA PRIVADA + POUPANÇA DO GOVERNO + 
POUPANÇA EXTERNA
PRODUTO
PIB A PREÇOS DE MERCADO = DESPESA INTERNA 
BRUTA = RENDA INTERNA BRUTA
PRODUTO
PIB A CUSTO DE FATORES (PIBCF)
PIBCF = PIB A PREÇOS DE MERCADO – IMPOSTOS 
INDIRETOS LÍQUIDOS DE SUBSÍDIOS
 Equivale ao valor da produção de bens e serviços finais que é 
destinado a remunerar os fatores de produção.
PRODUTO
PRODUTO INTERNO LÍQUIDO (PIL)
PIL = PIB - DEPRECIAÇÃO
PRODUTO
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB)
PNB = PIB - RLEE
PNB = PIB – Renda Enviada ao Exterior (REE) + Renda Recebida 
do Exterior (RRE)
REE = Renda gerada por fatores de produção de propriedade de não 
residentes, que operam dentro do território nacional.
RRE = Renda gerada por fatores de produção de propriedade de 
residentes, que operam no resto do mundo.
PRODUTO
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB)
PNB = PIB – (REE – RRE)
PNB = PIB - RLEE
Equivale à renda gerada por fatores de produção de propriedade de
residentes, que operam dentro do território nacional e no resto do
mundo.
PRODUTO
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB)
Ex. os lucros de uma fabrica brasileira de propriedade britânica são
contabilizados no PIB do Brasil, mas fazem parte do PNB da Grã-
Bretanha.
Para calcular o PNB do Brasil devemos subtrair de seu PIB os
serviços que o capital britânico fornece para ele.
De maneira análoga, para calcular o PNB da Grã-Bretanha
devemos adicionar ao seu PIB os serviços que o capital britânico
fornece para o Brasil.
Conceitos adicionais (pág. 33 Manual de 
Macro da USP)
RENDA NACIONAL = PNL A CUSTO DE FATORES 
(PNLCF) 
RENDA PESSOAL = RENDA NACIONAL 
- LUCROS RETIDOS PELAS EMPRESAS 
- IMPOSTOS DIRETOS SOBRE AS EMPRESAS 
- OUTRAS RECEITAS DO GOVERNO 
+ TRANSFERENCIAS DO GOVERNO AS EMPRESAS
+ TRANSFERENCIAS DO GOVERNO AS FAMÍLIAS
OU 
RENDA PESSOAL= RENDA PESSOAL DISPONÍVEL +
IMPOSTOS DIRETOS SOBRE AS FAMÍLIAS
SISTEMA DE 5 CONTAS NACIONAIS
Sistema de contas obedece a dois princípios:
a) Equilíbrio interno de cada conta
Total de créditos igual ao total de débitos
b) Equilíbrio externo do sistema
Cada lançamento devedor de uma conta corresponde a 
igual lançamento credor em outra
SISTEMA DE 5 CONTAS NACIONAIS
 Supomos, para simplificar, que o Governo contrate uma 
empresa sem fins lucrativos para pagar seus funcionários 
e conduzir todas as suas transações com o exterior.
 As receita de vendas dessa empresa fictícia é igual ao 
total dos salários dos funcionários públicos. A empresa 
repassa integralmente suas receitas para seus 
funcionários a título de salários. 
 O lucro da empresa é zero, e o valor adicionado igual

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