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13 UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC ENGENHARIA CIVIL ALEXSANDER RANGEL SOETHE GABRIEL ALEXANDRE VENTURI OTÁVIO SANTOS LANDARIM CURVAS DE NÍVEL: TOPOGRAFIA I MAFRA 2019 ALEXSANDER RANGEL SOETHE GABRIEL ALEXANDRE VENTURI OTÁVIO SANTOS LANDARIM CURVAS DE NÍVEL: TOPOGRAFIA I Projeto de Pesquisa apresentado como exigência para obtenção de nota na disciplina de Topografia I, do curso de Engenharia Civil, ministrado pela Universidade do Contestado – UnC, Campus Mafra, sob Orientação do(a) Professor(a) Frederico Mercer Guimarães Junior. MAFRA 2019 INTRODUÇÃO Para a representação do relevo terrestre na Cartografia, o método mais usual é o de curvas de nível, visto que é possível se obter um valor aproximado da altitude em qualquer ponto da representação cartográfica. As curvas de nível se consistem, basicamente, por linhas imaginárias na superfície, sendo que todos os pontos da mesma linha possuem a mesma cota. Podendo ser abaixo ou acima de uma superfície de referência, normalmente, o nível do mar. As representações das linhas na carta permitem o visualizador ter uma noção da sinuosidade do terreno, como a identificação de vales, montanhas, depressões, divisores de água, etc. Elas são igualmente espaçadas e a distância varia de acordo com a escala da carta. Curvas muito espaçadas representam terrenos mais planos. Curvas mais próximas, terrenos com mais aclividade. A função das curvas de nível varia de acordo com a área de aplicação. Como por exemplo: para a Arquitetura é usada na implantação, cortes e aterros; no transporte podem ser determinados os melhores traçados de uma via; no planejamento urbano, usado em redes de esgoto, drenagem e distribuição de água; na área ambiental, de inundação de uma represa, etc. ESCALA A escala horizontal e a vertical serão escolhidas de acordo com o uso que se fará do perfil e dentro das possibilidades de representação A escala vertical deverá ser maior que a horizontal, senão, as variações de relevo não serão perceptíveis, por outro lado, com a escala vertical muito grande, o relevo teria um formato exagerado. A relação entre as escalas horizontal e vertical é chamada de “exagero vertical”. Dentro de um mesmo intervalo de distância – determinado de acordo com a escala – é adotado o sistema de curvas mestras, as quais são representadas com um traço mais grosso a cada cinco curvas, que visa facilitar a leitura da carta. ESCALA EQUIDISTÂNCIAS CURVA MESTRA 1:25.000 10m 50m 1:50.000 20m 100m 1:100.000 50m 250m 1:250.000 100m 500m 1:500.00 100m 500m 1:1.000.000 100m 500m DATUM VERTICAL Deve-se adotar uma superfície de referência para as curvas de nível: o chamado Datum Vertical ou altimétrico. A determinação desse ponto de referência envolve um marégrafo ou uma rede de marégrafos que medem o nível do mar. No Brasil, o Datum Vertical localiza-se em Imbituba/SC. CLASSIFICAÇÃO DAS CURVAS DE NÍVEL As curvas de nível são classificadas de acordo com o traçado Mestras: Curvas múltiplas de 5m ou 10m. São representadas por linhas mais grossas e são cotadas; Intermediarias: Curvas múltiplas da equidistância vertical; Meia-equidistância: São utilizadas na representação de terrenos muito planos. CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS DE NÍVEL a) Todos os pontos de uma mesma linha representam a mesma cota; b) Tem a tendência de serem paralelas entre si; c) A curva sempre tem o seu ponto fechado sobre ela mesma d) As diferentes curvas de níveis nunca se cruzam, somente é possível se tocarem, em penhascos, por exemplo; e) Cruzam os cursos de água em forma de “V”, com o vértice apontando sempre para a nascente; f) Formam um “M” acima das confluências fluviais; g) Geralmente formam um “U” onde ocorrem as elevações. ACIDENTES VERTICAIS Elevação: As cotas vão aumentando gradativamente de fora para dentro. Depressão: As cotas vão diminuindo gradativamente de fora pra dentro. Morro ou colina: A primeira é uma elevação suave com altura entre 200m e 400m. A segunda possui forma variável com altura entre 200 a 300m. A terceira é uma elevação com formato próximo do monte e altura entre 100 e 200m. Espigão: elevação alongada com origem em um contraforte. Corredor: faixa de terreno entre duas elevações de grande extensão. CLASSIFICAÇÃO DO TERRENO A PARTIR DAS CURVAS DE NÍVEL Um terreno pode ser classificado em plano, ondulado, movimentado, acidentado, montuoso e montanhoso, de acordo com suas elevações e curvas de níveis. - Plano: elevação próxima a zero - Ondulado: elevação de até 20m - Acidentado: elevação de 20 à 50m - Acidentado: elevação de 50 a 100m - Montuoso: elevação de 100 a 1000m - Montanhoso: elevação superior a 1000m MÉTODOS CLÁSSICOS DE SE OBTER CURVAS DE NÍVEL Após o levantamento planimétrico é possível obter as curvas de nível de três formas: quadriculação, irradiação taqueométrica, seções transversais. a) Quadriculação: É o método mais preciso e o mais trabalhoso. Normalmente usado em áreas pequenas. Consiste na quadriculação do terreno com piquetes e nivelação. É feita com o auxílio do teodolito, que marca as direções perpendiculares, e da trena, que marca as distâncias entre os piquetes. Para a determinação das curvas de nível, os quadriculados são lançados em escala, os pontos de cota são interpolados e, as curvas, traçadas. b) Irradiação Taqueométrica Recomendado para áreas grandes e planas. Esse método consiste no levantamento de poligonais principais maiores e secundários, menores. Todos interligados. Com o auxílio de teodolito e trena, ou estação total é feito a irradiação a partir das poligonais, nivelando os pontos notáveis do terreno e determinando a posição através dos ângulos das distâncias horizontais. As poligonais são calculadas, os pontos que foram irradiados são interpolados e as curvas de nível são feitas. c) Seções transversais Método usado em terrenos longos e estreitos que consiste na implantação planialtimetrica dos pontos que definem as linhas transversais à linha longitudinal definida por uma poligonal. A poligonal e as linhas são desenhados, os pontos de cada seção são interpolados e as curvas são representadas. INTERPOLAÇÃO A interpolação das curvas de nível pode ser tanto gráfica quanto numérica. a) Interpolação Gráfica É determinado entre dois pontos de cotas fracionárias, o ponto de cota cheia. Dois pontos A e B de cota e distancia horizontal conhecidos, é traçado perpendiculares alinhadas a reta AB. Sobre as perpendiculares, é lançado o valor que excede a cota inteira e o valor faltante para completar a cota inteira. Esses valores resultam nos pontos C e D, que determinam uma linha. A intersecção da linha CD com AB é ponto de cota inteira. b) Interpolação Numérica Consiste em determinar os pontos de cota inteira e múltiplos da equidistância vertical através da técnica de semelhança de triângulos. Como representado na figura: ERRO MÉDIO DE UM NIVELAMENTO A tolerância ou erro médio de um nivelamento é feito em função da distância percorrida com o nível (em km). Com o aumento da distância, o valor do erro admitido é aumentado, sendo representado em mm/km. Sendo classificado em: • Alta ordem: o erro admitido ≅1,5mm/km • Primeira ordem: o erro médio admitido ≅2,5mm/km • Segunda ordem: o erro médio admitido ≅1,0cm/km • Terceira ordem: o erro médio admitido ≅3,0cm/km • Quarta ordem: o erro médio admitido ≅10,0cm/km Para poligonais fechadas é a soma algébrica das diferenças de nível parciais entre todos os pontos representados. Para poligonais abertas é a soma algébrica das diferenças de nível parciais entre todos os pontos no nivelamento e no contranivelamento. PERFIL TOPOGRÁFICO Perfil Topográfico é a representação cartográfica nos planos cartesianos por meio de um corte, sendo possível representar os desníveis e a topografia de um terreno. Sobre um mapa traça-se uma reta, correspondente a secção transversal I, cujo perfil pretende-se construir. Com o auxílio de uma folha de papelmilimetrado, orienta-se de tal forma que o eixo horizontal sobre o qual deseja-se construir o perfil, seja paralelo à reta traçada anteriormente. Projeta-se sobre o eixo horizontal a intersecção de todas as curvas de nível com a reta, levando em consideração a cota que cada uma representa. Traça-se um eixo vertical, representando a altitude ou cotas. No eixo vertical, localiza-se e marca a cota de cada curva de nível projetada. Por fim, com todos os pontos marcados, são ligados e dão origem ao perfil topográfico. REFERÊNCIAS NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA. Disponível em: < http://www.cartografica.ufpr.br/portal/wp-content/uploads/2013/09/Nocoes-Basicas-Cartografia.pdf> Acesso em: 06/12/2019 Conceitos de Geoprocessamento. Disponível em: < https://www3.ufpe.br/latecgeo/images/PDF/g2.pdf> Acesso em: 06/12/2019 REPRESENTA REPRESENTAÇÃO DO RELEVO DO RELEVO. Disponível em:<f> Acesso em: 06/12/2019 Curvas de nível. Disponível em: <http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1062&evento=1#menu-galeria> Acesso em: 07/12/2019 Nivelamento geométrico. Disponível em: < http://www.cartografica.ufpr.br/docs/nadal%20-%20topo%20d/Nivelamento%20geom%C3%A9trico.pdf> Acesso em: 07/12/2019 Apostila 11 – TOPOGRAFIA/UEFS. Disponível em: < http://www2.uefs.br/geotec/topografia/apostilas/topografia(11).htm> Acesso em: 08/12/2019 PERFIL TOPOGRÁFICO: TIPOS DE RELEVO. Disponível em: <http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/11211704042012Cartografia_Basica_Aula_18.pdf> Acesso em: 09/12/2019 APOSTILA 3 TOPOGRAFIA/UFC. Disponível em: < http://www.gpeas.ufc.br/disc/topo/apost03.pdf > Acesso em: 09/12/2019
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