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30/8/2010 1 FISIOLOGIA FISIOLOGIA NEUROMUSCULARNEUROMUSCULAR Prof. Thiago Matassoli Gomes Graduado em Educação Física – UNESA Especialista em Treinamento de Força - UNIMATH Mestre em Biodinâmica do Movimento Humano – EEFD/UFRJ Membro do Grupo de Pesquisas em Treinamento de Força – EEFD/UFRJ Membro Internacional da National Strength and Conditioning Association (NSCA) UFRJ Sistema NevosoSistema Nevoso Sistema MuscularSistema Muscular SNC Encéfalo Medula SNP Nervos Gânglios Cérebro Cerebelo Mesencéfalo Ponte Bulbo Sistema NervosoSistema Nervoso Sistema NervosoSistema Nervoso �Ajustar o organismo animal ao ambiente; �Processamento e integração das informações; �Perceber e identificar as condições ambientais externas e internas do organismo. FunçãoFunção 30/8/2010 2 � Parte mais desenvolvida do encéfalo � Relacionado com o pensamento, memória, fala, inteligência, sentidos, emoções. � Hemisfério direito: criatividade e habilidades artísticas � Hemisfério esquerdo: habilidades analíticas e matemáticas CérebroCérebro �Cerebelo: manutenção do equilíbrio corporal e do tônus muscular �Mesencéfalo: coordenação das informações referentes ao estado de contração dos músculos e postura corporal �Bulbo: presença de centro nervosos relacionados com batimentos cardíacos, movimentos respiratórios e do tubo digestivo Medula espinhalMedula espinhal � Liga o encéfalo aos nervos espinhais; �Relacionada com os atos reflexos – respostas rápidas sem participação do encéfalo. Sistema nervoso periféricoSistema nervoso periférico �Constituído de nervos e gânglios �Nervos: feixes de fibras nervosas envoltas por tecido conjuntivo �Gânglios: aglomerados de corpos de neurônios fora do SNC � Função: conectar o SNC as diversas partes corpo. 30/8/2010 3 Tipos de nervosTipos de nervos �Nervos sensoriais (aferentes): contém apenas fibras sensoriais. Impulso do órgão receptor para o SNC; �Nervos motores (eferentes): contém apenas fibras motoras. Impulso do SNC para o órgão efetuador; �Nervos mistos: contém fibras motoras e sensoriais. Impulso do SNC para o órgão e do órgão para o SNC; SISTEMA MOTOR DECISÃO DE MOVIMENTODECISÃO DE MOVIMENTO ⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓ ÁREAS PLANEJAMENTO MOTOR ÁREAS PLANEJAMENTO MOTOR ⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓ CIRCUITOS DE CONTROLECIRCUITOS DE CONTROLE ⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓ VIAS MOTORAS VIAS MOTORAS DESCENDENTESDESCENDENTES ⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓ INTERNEURÔNIOSINTERNEURÔNIOS MEDULARES MEDULARES ⇓⇓⇓⇓ ⇓⇓⇓⇓ MOTONEURÔNIOS INFERIORESMOTONEURÔNIOS INFERIORES ⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓ MÚSCULOS ESQUELÉTICOSMÚSCULOS ESQUELÉTICOS Sensório Motor Equilíbrio Dinâmico Onde estou ? O que tenho que fazer ? Determinação da Posição do Corpo Comparar, selecionar e combinar os sentidos Sistema Visual Sistema Vestibular Sensação somática Interação Ambiental Escolha do Movimento Corporal Selecionar e ajustar o padrão de contração Muscular Tornozelo Coxa Pescoço e Tronco Olhos e Cabeça Geração do Movimento Corporal 30/8/2010 4 Mecanismo de Controle Neural • Receptores localizados nos músculos, tendões, fáscia e na pele; • O reflexo de estiramento é o elemento funcional mais simples da atividade motora; • Representam reações automáticas e consistentes ao estímulo sensorial; KOMI, 2006. 1º - Fusos musculares dos extensores são estimulados; 2º - Provocam excitação do motoneurônio inibidor (Ia); � Células de Renshaw também são responsáveis pela inibição dos antagonistas; KOMI, 2006. Inervação (inibição) recíproca ou Inibição dissináptica Ação de “inibir” a ação principal do músculo antagonista para que ocorra um movimento do músculo agonista. “O INTERNEURÔNIO INIBIDOR Ia RECEBE RICOS INPUTS CONVERGENTES DE MUITAS OUTRAS FONTES E OS PROCESSA DE MANEIRA QUE A QUANTIDADE APROPRIADA DE INIBIÇÃO MUSCULAR ANTAGONISTA SEJA ALCANÇADA.” KOMI, 2006. Ações MuscularesAções Musculares �Concêntrica: Ocasiona o encurtamento do músculo. Força > resistência externa. �Excêntrica: Ocasiona o estiramento do músculo. Força< resistência externa �Isométrica: não há modificação no comprimento do músculo. Força = resistência externa. 30/8/2010 5 Classificação quanto a funçãoClassificação quanto a função �Agonista: Responsável pela ação muscular desejada; �Antagonista: Se opõem ao movimento do agonista; �Sinergista: Auxiliam a ação desejada do músculo agonista; �Estabilizador: Estabiliza uma articulação para que outro músculo realize o movimento. Mecanismos da Força Muscular � Estruturais � Neurais � Pré-estiramento Fatores Neurais � Ativação das UM; � Coordenação intermuscular; � Sincronização das UM; � Mecanismos inibitórios; UNIDADE MOTORA músculo + nervos = unidade neuromuscular � É o componente funcional básico do sistema neuromuscular. UM NEURÔNIO MOTOR ALFA E TODAS AS FIBRAS MUSCULARES QUE ELE INERVA. KOMI, 2006. 30/8/2010 6 SISTEMA NERVOSO E CONTROLE SISTEMA NERVOSO E CONTROLE DA ATIVIDADE MUSCULARDA ATIVIDADE MUSCULAR UNIDADE MOTORA = UNIDADE BÁSICA NEUROMUSCULAR 250 milhões de fibras musculares para 420 mil nervos motores. OLHO = 1 motoneurônio enerva 10 fibras musculares QUADRÍCEPS = 1 motoneurônio enerva 150 fibras musculares Particularidades: � Cada fibra muscular é inervada no mínimo por um motoneurônio alfa. � O número de fibras musculares numa UM depende do nível de controle motor. � Duas fibras musculares adjacentes não pertencem necessariamente à mesma UM. Dendritos – recebem a informação; Axônio – conduz a informação (potencial de ação); Mielinizados – condução saltatória de impulsos; Amielinizados – condução local; Condução de Impulsos O tipo de condução depende: Tipo de motoneurônio (mielinizado e amielinizado) Mielinizado- 60 a 100 m/s Amielinizado – 0,5 a 10 m/s Diâmetro do motoneurônio Mielinizadas Aumento do calibre – Aumento proporcional ao diâmetro da velocidade de condução Mielinizadas Aumento do calibre – Aumento proporcional a raiz quadrada ao diâmetro da velocidade de condução 30/8/2010 7 Sem impulso: interior carga negativa. Íons Na+(exterior) e K+(interior) Impulso conduzido: membrana celular do neurônio se torna permeável aos íons Na+ e K+, então: Despolarização: Na+ - no interior do neurônio – carga positiva. Repolarização: Saída do K+ do interior, interior volta a ter carga negativa Bomba Na+ - K+: necessário para restaurar o potencial de repouso, promovendo o retorno do K+ para o interior Ativação da UM “As fibras musculares de uma UM não estão todas adjacentes umas às outras, mas sim dispersas ao longo do músculo.” Fleck e Kraemer (2006) As unidades motoras ativadas permanecem por algum tempo facilitadas para o uso - “potencialização pós-ativação” que dura até alguns minutos após a contração. Fleck e Kraemer (2006) Lei do tudo ou nada As UMs não ativadas não geram força e se movem passivamente por meio dos movimentos produzidos pelas UMs ativadas. Para modificar a força exercida por um músculo, o sistema nervoso altera o número de unidades motoras ativas ou varia o nível de ativação das unidades motoras ativadas. “A ATIVAÇÃO DAS FIBRAS MUSCULARES NUMA UM OCORRE ENVOLVENDO TODAS AS FIBRAS OU ENTÃO NÃO OCORRE.” FLECK & KRAEMER (2006). “Nem todos os indivíduos apresentam a mesma disponibilidade de utilização das suas UMs. Isso juntamente com as variações no número total de fibras musculares disponíveis, explica as diferenças em força e potência inter-indivíduos.” (FLECK & KRAEMER, 2006). 30/8/2010 8 Princípio do Tamanho Para a maior parte das tarefas as unidades motoras são recrutadas em uma ordem relativamente fixa, que se origina das pequenas as grandes, tendo como base o tamanho do neurônio motor (SEMMLER & ENOKA, 2004). PORQUE DEVO AUMENTAR PORQUE DEVO AUMENTAR SEMPRE A SEMPRE A SOBRECARGA???SOBRECARGA??? Graduação de força � Quanto mais UM num músculo são estimuladas, maior é a quantidade de força desenvolvida; � Se todas as UMs num músculo são ativadas, a força máxima seráproduzida; � Também pode ser obtida pelo controle de força produzido por uma UM (somação de ondas); 30/8/2010 9 Somação de ondas � Controle da produção de força de uma única UM � A UM responde a um impulso nervoso produzindo um “abalo”. Abalo = período curto da atividade muscular � Quando dois impulsos chegam juntos a JNM, provocam dois abalos; � O 2o soma-se ao 1o = � força � Essa somação pode continuar até que a freqüência dos impulsos permitam uma soma total dos mesmos = tetania (força máxima da UM). Conclusão AA PRODUÇÃOPRODUÇÃO MÁXIMAMÁXIMA DEDE FORÇAFORÇA REQUERREQUER OO RECRUTAMENTORECRUTAMENTO DEDE TODASTODAS ASAS UNIDADESUNIDADES MOTORAS,MOTORAS, ALÉMALÉM DODO RECRUTAMENTORECRUTAMENTO DESTASDESTAS EMEM ALTAALTA FREQÜÊNCIAFREQÜÊNCIA DEDE DISPARODISPARO (SALE,(SALE, 19921992)).. Dissociação entre as alterações no tamanho e na força do músculo � Embora após 8 semanas de treinamento tenha ocorrido um aumento nos níveis de força, não houve aumento na área de secção transversa das fibras musculares do vasto lateral (STARON et al. 1994). � Músculo submetido a um período de inatividade ocorre em primeiro lugar uma diminuição da força muito superior a perda de massa muscular (SEMMLER & ENOKA, 2004). Os fatores neurais e alteração qualitativa protéica (tipo de cadeia pesada, tipo de miosina ATPase) podem explicar os ganhos iniciais de força (2 a 8 semanas) (SALE 1986). Ganhos iniciais de força 30/8/2010 10 “Quando um indivíduo participa de um programa de treinamento de força, muito do aumento da força, especialmente nas primeiras semanas de treinamento, é geralmente atribuído às adaptações no sistema nervoso” (SALE, 1988). Deschenes & Kraemer (2002) Sincronização das UM � Se refere à ação simultânea de diferentes UM em determinado movimento. � Atletas de força apresentam uma maior sincronização das UM do que destreinados. Um programa de treinamento de força aumenta a taxa de sincronização das UM. �A sincronização das UM pode aumentar a taxa de desenvolvimento da força (força explosiva) Coordenação Intermuscular ⇒ Interação entre os diferentes músculos que executam determinado movimento ⇒ Especificidade dos ganhos em força � Mecânica do movimento � Tipo de ação muscular ⇒ Grande importância para treinamento esportivo Treinamento contralateral Quando um músculo de um membro participa de um programa de treinamento de força, os músculos homólogos também apresentam aumento significativo na força muscular. membro treinado 24 ± 13% membro não treinado 16 ± 15% (YUE & COLE, 1992). 30/8/2010 11 Especificidade dos ganhos de força Sempre que um músculo participa de um treinamento a melhoria na performance depende da similaridade entre o treinamento e o teste. Especificidade dos ganhos na força � Indivíduos realizaram treinamento dinâmico com o agachamento � 8 semanas � Testes: � 1RM agachamento � CVM leg-press � CVM cadeira ext. CO-CONTRAÇÃO Fadiga da musculatura antagonista para que a agonista tenha maior capacidade de gerar tensão. Curva Força-Velocidade 30/8/2010 12 Relação Comprimento-Tensão FLECK, S.J & KRAEMER, W.J.Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. Artmed, 1999. Mecanismos Inibitórios Limite para a produção de força muscular por alguns mecanismos de proteção articular: � Órgão Tendinoso de Golgi (OTG) (Caiozzo et al., 1981; Wickiewicz et al., 1984). Mecanismos parecem ser mais ativos quando são produzidas grandes forças a baixa velocidade. Proprioceptores – Órgão Tendinoso de Golgi � Estruturas sensíveis ao grau de tensão muscular � Inibição dos músculos agonistas � Estimulação dos músculos antagonistas Proprioceptores – Fuso Muscular 30/8/2010 13 35,5 36,9 18,918,8 26,4 9,4 Vasto lateral Vasto medial Reto femural 0 10 20 30 40 Pré-treinamento Pós treinamento Diminuição percentual na inibição neuromuscular com o treinamento de força Aagaard et al., 2000 J Appl Physiol % Fatores Estruturais �Área da seção transversal �Tipo de fibra �Substratos energéticos Bases Musculares da Força � Principal função das fibras = gerar força; � Formadas em 80% por organelas contráteis (miofibrilas); � Possuem de 1 a 2 µm de diâmetro; � As miofibrilas são constituídas por séries lineares de sarcômeros; � Os sarcômeros são posicionados em intervalos de 2,5 µm; Miofibrilas O padrão do sarcômero é relativamente homogêneo nos tipos de fibras musculares de humanos, exceto pela linha Z , tendo as fibras tipo I a linha Z mais larga e, esta vai afinando progressivamente nas fibras IIA e IIB (STARON & HIKIDA, 2003). 30/8/2010 14 � Principal proteína do filamento grosso; � 2 cadeias pesadas de proteína e 4 cadeias leves que tem a função de estabilizar o “braço de alavanca”; � O local da clivagem do ATP é a cabeça da miosina; Bases Musculares da Força O Filamento Grosso: miosina Bases Musculares da Força O Filamento Fino: actina � Consiste de dois cordões entrelaçados de actina; � Compostas por moléculas de tropomiosina; � A molécula de tropomiosina transporta o complexo de troponina; � Troponina C (halter), Troponina I (globular) e troponina T (alongada); O sarcolema é a membrana da fibra muscular estriada, que invagina-se para o interior do citoplasma, formando os túbulos transversos que, por sua vez, permitem a transmissão de ação potencial para o interior da fibra muscular e terminam nas proximidades do retículo sarcoplasmático (NADEAU; PÉRONNET, 1985). Teoria do filamento deslizante – contração muscular 30/8/2010 15 Teoria do filamento deslizante – contração muscular � A acetilcolina provoca uma corrente iônica dentro do sarcolema, liberando os íons Ca2+; �O Ca2+ liga-se a troponina, “expondo” os sítios ativos da actina; � Após a ligação ativa-se a enzima ATPase, que quebra a molécula de ATP; � ATP liberada faz com que a ponte transversa desloque- se para um outro ângulo. A tração do filamento de actina sobre o de miosina resulta, além do encurtamento muscular, na produção de força (GORDON et al., 2000). A titina é a principal responsável pela elasticidade muscular. Posiciona os filamentos de miosina dentro do sarcômero (RUBINI & GOMES, 2004). Frontera et al. (2001) - a titina é outra proteína encontrada no sarcômero. A sua função principal é manter os filamentos de miosina situados na posição central dos sarcômeros. 30/8/2010 16 Estruturais - Área da Seção Transversal A força muscular apresenta uma alta relação com a área de seção transversal do músculo. Ikay & Fukunaga, 1968. Área da Seção Transversal Muscular Hipertrofia Hiperplasia Abernethy et al., 1994 Sports Medicine 17 (1) 22-38 Mecanismo da Hipertrofia Aumento do tamanho e do número das miofibrilas Goldspink, 1992 in Strength and Power in Sport Goldspink, 1992 in Strength and Power in Sport ⇒ Aumento do número de filamentos de actina e miosina como resultado do treinamento de força ⇒ Aumento da obliquidade dos filamentos devido ao crescimento das miofibrilas. ⇒ A obliquidade da tração exercida sobre a Banda Z faz com que esta se rompa. ⇒ Duas novas miofibrilas são formadas. 30/8/2010 17 Alterações na linha Z �Teste de 1RM, permaneceram por 1 a 3 dias; � Reflete a resposta inicial do músculo aos exercícios com carga, em geral; APÓS REALIZAÇÃO DE TESTE DE 1RM. AST e Alongamento Hiperplasia Fortes evidências nos estudos com animais (GIDDINGS & GONYEA, 1992; TAMAKI et al., 1997); 30/8/2010 18 Hiperplasia das Fibras - Humanos ⇒ Impossibilidade de se estudar a hiperplasia diretamente em seres humanos ⇒ Estudos realizados de forma indireta � A formação dos mioblastos inicia-se por volta do 4º mês de gestação; � Número total de fibras atingidos logo após a gestação (genético); � O crescimento muscular pós-natal é o resultado do incremento da área e do comprimento da fibra; � O crescimento da fibra (adição de sarcômeros nas extremidades) acompanha o crescimento ósseo; Hiperplasia das Fibras - Humanos 1. Formação das fibras dos mioblastosresiduais; 2. Divisão longitudinal das fibras existentes; 3. Aumento do comprimento das fibras “curtas” que previamente não atravessam o comprimento total do músculo; 4. Separação e posterior crescimento de fibras imaturas previamente incluídas na membrana basal; Hiperplasia das Fibras – Humanos - Hipóteses “O aumento na área de secção transversa do músculo acontece devido ao aumento no tamanho das fibras musculares individuais e a um determinado grau de aumento no tecido conjuntivo, provavelmente sem adição no número de fibras” (Kraemer & Hakkinen, 2004). 30/8/2010 19 Células-satélite � As fibras musculares são células pós-mitóticas (após a completa diferenciação embriônica, não ocorre mais divisão celular); � Fornecem o núcleo para o crescimento pós-natal; � Estão envolvidas no reparo e na regeneração induzidos por lesão; � Se encontram geralmente na lâmina basal; “...RECENTEMENTE DEMONSTROU“...RECENTEMENTE DEMONSTROU--SE SE QUE O NÚMERO DE MIONÚCLEOS E QUE O NÚMERO DE MIONÚCLEOS E O NÚMERO DE CÉLULASO NÚMERO DE CÉLULAS--SATÉLITE SATÉLITE É MAIOR EM INDIVÍDUOS QUE É MAIOR EM INDIVÍDUOS QUE ADEREM REGULARMENTE A UM ADEREM REGULARMENTE A UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS COM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS COM PESOS (KAIDI & THORNELL, 2000).”PESOS (KAIDI & THORNELL, 2000).” Número estimado de fibras em 13 indivíduos não Número estimado de fibras em 13 indivíduos não treinados (GC), 7 fisiculturistas de nível treinados (GC), 7 fisiculturistas de nível intermediário e 5 fisiculturistas de elite intermediário e 5 fisiculturistas de elite submetidos há 6 anos de treinamentosubmetidos há 6 anos de treinamento MacDougall, 1986. 30/8/2010 20 Tipos de Fibras • Um dos métodos mais populares para delinear os tipos de fibras utiliza as diferenças na sensibilidade ao PH da ATPase miofibrilar (mATPase). • Engel (1962) descreveu dois grupos de fibras pela atividade da mATPase. Chamou os grupos de tipo I e II • Investigação posterior revelou a existência de outros tipos de fibras (I, IIA, IIB e IIC) (STARON e HIKIDA, 2003); • Por esse método já foram encontrados 7 tipos diferentes de fibras - I, IC, IIC, IIAC, IIA, IIAB e IIB (STARON e HIKIDA, 2003); Determinação de Tipo de Fibra pela Cadeia Pesada de Miosina • A miosina possui duas cadeias pesadas (MHCs) e 4 cadeias leves. • MHCI, MHCIIa e MHCIIb. • Tipos híbridos(IIAB, IC, IIC e IIAC) usam combinações. Ex.. IIAB - MHCIIa e MHCIIb II B em IIX ou IID Segundo McCall (1996), as fibras musculares podem ser divididas em fibras tipo I (CL) e fibras tipo II (CR). De uma forma geral, as fibras CR podem ser subdivididas em CRa e CRb (KERNELL, 1998; ABERNETHY et al., 1994). Staron et al. (1991), acrescenta a essa classificação os subtipos IIAB, IIAC e IC. 30/8/2010 21 As fibras CR produzem uma força máxima por área transversa 10 a 20 % maior que a produzida pelas fibras CL, sendo essa diferença na produção de força creditada ao fato das fibras CR possuírem mais pontes cruzadas por área transversa (POWERS; HOWLEY, 2000). Tipos de fibras muscularesTipos de fibras musculares Tipo I : - vermelhas - contração lenta - oxidativas Tipo II: - brancas - contração rápida - oxidativas glicolíticas rápidas - glicolíticas rápidas. TIPOS DE FIBRA TTiippoo IIII:: CCoorrrriiddaa ddee 4400mm,, lleevvaannttaammeennttoo ddee 11 RRMM ee sséérriieess ccoomm ccaarrggaass ppeessaaddaass ((22 sseettss XX 44 rreeppss)) TTiippoo II :: EEnndduurraannccee,, 2200 rreeppss oouu mmaaiiss.. FFlleecckk ee KKrraaeemmeerr 11999977.. Tipologia das Fibras MuscularesTipologia das Fibras Musculares Características ST FTa FTb Fibras por motoneurônio 10-180 300-800 300-800 Tamanho do motoneurônio Pequeno Grande Grande Vel. de condução Impulso Lenta Rápida Rápida Vel. De contração(m/s) 50 110 110 Tipo de miosina ATPase Lenta Rápida Rápida Desenv. Do Retículo Sarcoplas. Baixo Alto Alto Força da Unidade Motora Baixo Alto Alto Capacidade Aeróbica Alta Baixa Baixa Capacidade Anaeróbica Baixa Alta Alta Resistência a Fadiga Alta Moderada Baixa (Wilmore & Costil,1998) Características Estruturais e FuncionaisCaracterísticas Estruturais e FuncionaisCaracterísticas Estruturais e FuncionaisCaracterísticas Estruturais e Funcionais 30/8/2010 22 Modificações nos Tipos de Fibra • Grande influência genética • Conversão dentro dos subtipos Komi et al., 1977 Acta Physiol Scand Alguns estudos antigos que não utilizaram um grande espectro de perfil dos tipos de fibras sugeriram que a transformação das fibras pode ocorrer, com o treinamento (HOWALD, 1982). Entretanto, agora parece que as alterações ocorrem somente dentro dos subtipos (FLECK & KRAEMER, 2006). Staron et al., 1994 J. Appl. Physiol. ⇒ 33 indivíduos de ambos os sexos divididos em dois grupos: treino força (n=21 - 13H e 8M) e controle (n=12 - 7H e 5M) ⇒ Treinaram 2 vezes por semana durante 9 semanas nos exercícios agachamento, leg-press e cadeira extensora ⇒ 3 séries de 6-8 RMs (segunda) e 3 séries de 10-12 RMs (sexta) com intervalo de 2 minutos entre séries. ⇒ Biópsia do m. vasto lateral pré-treinamento e nas semanas 3,5,7 e 9 para análise da composição das fibras. Alteração no percentual dos tipos de fibra com o treinamento de força Staron et al., 1994 J. Appl. Physiol. 30/8/2010 23 32 homens destreinados; 8 semanas de treinamento com pesos (leg press, agachamento, cad. extensora); Divididos em 4 grupos: Low Rep. ( 4 x 3-5 RM), Int Rep (3 x 9-11 RM), High Rep (2 x 25-28 RM); Força Máxima, endurance muscular, parâmetros cardiorrespiratórios e alterações nos tipos de fibras. Inativas - 12% IIb Atletas - 1,3% Tipo IIb Com o treinamento de força ocorre uma mudança do Tipo IIb para o Tipo IIa (KADI et al., 1999; KRAEMER et al., 1995; STARON et al., 1989). % de fibras do tipo I em 9 jovens do sexo % de fibras do tipo I em 9 jovens do sexo masculino, antes (1), após (2) seis meses de masculino, antes (1), após (2) seis meses de TF e após seis semanas de imobilização (3) TF e após seis semanas de imobilização (3) MacDougall, 1986. 30/8/2010 24 % de fibras do tipo I em 13 indivíduos não % de fibras do tipo I em 13 indivíduos não treinados (GC) (4), 7 fisiculturistas de nível treinados (GC) (4), 7 fisiculturistas de nível intermediário (5) e 5 fisiculturistas de elite (6) intermediário (5) e 5 fisiculturistas de elite (6) MacDougall, 1986. I ? IIA IIB Treinamento Destreinamento Fatores que afetam a produção da força e potência (RESUMO) �Estruturais Área da seção transversal Tipo de fibra Comprimento da fibra (relação comprimento-tensão) Disponibilidade de substratos energéticos �Neurais Número de unidades motoras recrutadas Freqüência de estimulação Sincronização das unidades motoras Coordenação intermuscular Mecanismos inibitórios