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Fisiologia Neuromuscular_TF

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30/8/2010
1
FISIOLOGIA FISIOLOGIA 
NEUROMUSCULARNEUROMUSCULAR
Prof. Thiago Matassoli Gomes
Graduado em Educação Física – UNESA
Especialista em Treinamento de Força - UNIMATH
Mestre em Biodinâmica do Movimento Humano – EEFD/UFRJ
Membro do Grupo de Pesquisas em Treinamento de Força – EEFD/UFRJ
Membro Internacional da National Strength and Conditioning Association 
(NSCA) 
UFRJ
Sistema NevosoSistema Nevoso Sistema MuscularSistema Muscular
SNC
Encéfalo
Medula
SNP
Nervos
Gânglios
Cérebro
Cerebelo
Mesencéfalo
Ponte
Bulbo
Sistema NervosoSistema Nervoso Sistema NervosoSistema Nervoso
�Ajustar o organismo animal ao ambiente;
�Processamento e integração das informações;
�Perceber e identificar as condições ambientais
externas e internas do organismo.
FunçãoFunção
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� Parte mais desenvolvida do encéfalo
� Relacionado com o pensamento, memória, fala,
inteligência, sentidos, emoções.
� Hemisfério direito: criatividade e habilidades
artísticas
� Hemisfério esquerdo: habilidades analíticas e
matemáticas
CérebroCérebro �Cerebelo: manutenção do equilíbrio corporal e
do tônus muscular
�Mesencéfalo: coordenação das informações
referentes ao estado de contração dos
músculos e postura corporal
�Bulbo: presença de centro nervosos
relacionados com batimentos cardíacos,
movimentos respiratórios e do tubo digestivo
Medula espinhalMedula espinhal
� Liga o encéfalo aos nervos espinhais;
�Relacionada com os atos reflexos – respostas
rápidas sem participação do encéfalo.
Sistema nervoso periféricoSistema nervoso periférico
�Constituído de nervos e gânglios
�Nervos: feixes de fibras nervosas envoltas por
tecido conjuntivo
�Gânglios: aglomerados de corpos de neurônios
fora do SNC
� Função: conectar o SNC as diversas partes corpo.
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Tipos de nervosTipos de nervos
�Nervos sensoriais (aferentes): contém apenas
fibras sensoriais. Impulso do órgão receptor para o
SNC;
�Nervos motores (eferentes): contém apenas fibras
motoras. Impulso do SNC para o órgão efetuador;
�Nervos mistos: contém fibras motoras e sensoriais.
Impulso do SNC para o órgão e do órgão para o SNC;
SISTEMA MOTOR
DECISÃO DE MOVIMENTODECISÃO DE MOVIMENTO
⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓
ÁREAS PLANEJAMENTO MOTOR ÁREAS PLANEJAMENTO MOTOR 
⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓
CIRCUITOS DE CONTROLECIRCUITOS DE CONTROLE
⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓
VIAS MOTORAS VIAS MOTORAS 
DESCENDENTESDESCENDENTES
⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓
INTERNEURÔNIOSINTERNEURÔNIOS
MEDULARES MEDULARES 
 ⇓⇓⇓⇓ ⇓⇓⇓⇓
MOTONEURÔNIOS INFERIORESMOTONEURÔNIOS INFERIORES
⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓⇓
MÚSCULOS ESQUELÉTICOSMÚSCULOS ESQUELÉTICOS
Sensório Motor Equilíbrio Dinâmico
Onde estou ? O que tenho que fazer ?
Determinação da 
Posição do Corpo 
Comparar, selecionar e
combinar os sentidos
Sistema 
Visual
Sistema 
Vestibular
Sensação
somática
Interação 
Ambiental
Escolha do Movimento 
Corporal
Selecionar e ajustar
o padrão de contração
Muscular
Tornozelo
Coxa
Pescoço e
Tronco
Olhos e 
Cabeça
Geração do 
Movimento Corporal
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Mecanismo de Controle Neural
• Receptores localizados nos músculos, tendões, fáscia
e na pele;
• O reflexo de estiramento é o elemento funcional mais
simples da atividade motora;
• Representam reações automáticas e consistentes ao
estímulo sensorial;
KOMI, 2006.
1º - Fusos musculares dos
extensores são estimulados;
2º - Provocam excitação do
motoneurônio inibidor (Ia);
� Células de Renshaw também
são responsáveis pela
inibição dos antagonistas;
KOMI, 2006.
Inervação (inibição) recíproca ou 
Inibição dissináptica
Ação de “inibir” a ação principal do músculo antagonista
para que ocorra um movimento do músculo agonista.
“O INTERNEURÔNIO INIBIDOR Ia RECEBE RICOS 
INPUTS CONVERGENTES DE MUITAS OUTRAS 
FONTES E OS PROCESSA DE MANEIRA QUE A 
QUANTIDADE APROPRIADA DE INIBIÇÃO 
MUSCULAR ANTAGONISTA SEJA ALCANÇADA.”
KOMI, 2006.
Ações MuscularesAções Musculares
�Concêntrica: Ocasiona o
encurtamento do músculo.
Força > resistência externa.
�Excêntrica: Ocasiona o
estiramento do músculo.
Força< resistência externa
�Isométrica: não há
modificação no comprimento do
músculo. Força = resistência
externa.
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Classificação quanto a funçãoClassificação quanto a função
�Agonista: Responsável pela ação muscular
desejada;
�Antagonista: Se opõem ao movimento do
agonista;
�Sinergista: Auxiliam a ação desejada do músculo
agonista;
�Estabilizador: Estabiliza uma articulação para
que outro músculo realize o movimento.
Mecanismos da Força Muscular
� Estruturais
� Neurais
� Pré-estiramento
Fatores Neurais
� Ativação das UM;
� Coordenação 
intermuscular;
� Sincronização das UM;
� Mecanismos inibitórios;
UNIDADE MOTORA
músculo + nervos = unidade neuromuscular
� É o componente funcional básico do sistema
neuromuscular.
UM NEURÔNIO MOTOR ALFA E TODAS AS 
FIBRAS MUSCULARES QUE ELE INERVA. 
KOMI, 2006.
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SISTEMA NERVOSO E CONTROLE SISTEMA NERVOSO E CONTROLE 
DA ATIVIDADE MUSCULARDA ATIVIDADE MUSCULAR
UNIDADE MOTORA = UNIDADE BÁSICA NEUROMUSCULAR
250 milhões de fibras musculares para 420 mil nervos motores.
OLHO = 1 motoneurônio enerva 10 fibras musculares
QUADRÍCEPS = 1 motoneurônio enerva 150 fibras musculares
Particularidades:
� Cada fibra muscular é inervada no mínimo por um
motoneurônio alfa.
� O número de fibras musculares numa UM depende do
nível de controle motor.
� Duas fibras musculares adjacentes não pertencem
necessariamente à mesma UM.
Dendritos – recebem a informação;
Axônio – conduz a informação (potencial de ação);
Mielinizados – condução saltatória de impulsos;
Amielinizados – condução local;
Condução de Impulsos
O tipo de condução depende:
Tipo de motoneurônio (mielinizado e amielinizado)
Mielinizado- 60 a 100 m/s
Amielinizado – 0,5 a 10 m/s
Diâmetro do motoneurônio
Mielinizadas Aumento do calibre – Aumento
proporcional ao diâmetro da velocidade de
condução
Mielinizadas Aumento do calibre – Aumento
proporcional a raiz quadrada ao diâmetro da
velocidade de condução
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Sem impulso: interior carga negativa. Íons 
Na+(exterior) e K+(interior) 
Impulso conduzido: membrana celular do 
neurônio se torna permeável aos íons Na+ e K+, 
então:
Despolarização: Na+ - no interior do neurônio –
carga positiva.
Repolarização: Saída do K+ do interior, interior 
volta a ter carga negativa
Bomba Na+ - K+: necessário para restaurar o 
potencial de repouso, promovendo o retorno 
do K+ para o interior
Ativação da UM
“As fibras musculares de uma UM não estão 
todas adjacentes umas às outras, mas sim 
dispersas ao longo do músculo.” 
Fleck e Kraemer (2006)
As unidades motoras ativadas permanecem
por algum tempo facilitadas para o uso -
“potencialização pós-ativação” que dura até alguns
minutos após a contração.
Fleck e Kraemer (2006)
Lei do tudo ou nada
As UMs não ativadas não geram força e se movem
passivamente por meio dos movimentos produzidos pelas
UMs ativadas.
Para modificar a força exercida por um músculo, o
sistema nervoso altera o número de unidades motoras
ativas ou varia o nível de ativação das unidades motoras
ativadas.
“A ATIVAÇÃO DAS FIBRAS MUSCULARES NUMA 
UM OCORRE ENVOLVENDO TODAS AS FIBRAS OU 
ENTÃO NÃO OCORRE.”
FLECK & KRAEMER (2006).
“Nem todos os indivíduos apresentam a
mesma disponibilidade de utilização das suas
UMs. Isso juntamente com as variações no
número total de fibras musculares
disponíveis, explica as diferenças em força e
potência inter-indivíduos.”
(FLECK & KRAEMER, 2006).
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Princípio do Tamanho
Para a maior parte das tarefas as 
unidades motoras são recrutadas em uma 
ordem relativamente fixa, que se origina 
das pequenas as grandes, tendo como base 
o tamanho do neurônio motor (SEMMLER & 
ENOKA, 2004).
PORQUE DEVO AUMENTAR PORQUE DEVO AUMENTAR 
SEMPRE A SEMPRE A 
SOBRECARGA???SOBRECARGA???
Graduação de força
� Quanto mais UM num músculo são estimuladas, maior é a
quantidade de força desenvolvida;
� Se todas as UMs num músculo são ativadas, a força máxima
seráproduzida;
� Também pode ser obtida pelo controle de força produzido por
uma UM (somação de ondas);
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Somação de ondas
� Controle da produção de força de uma única UM
� A UM responde a um impulso nervoso produzindo um “abalo”.
Abalo = período curto da atividade muscular
� Quando dois impulsos chegam juntos a JNM, provocam
dois abalos;
� O 2o soma-se ao 1o = � força
� Essa somação pode continuar até que a freqüência dos
impulsos permitam uma soma total dos mesmos = tetania
(força máxima da UM).
Conclusão
AA PRODUÇÃOPRODUÇÃO MÁXIMAMÁXIMA DEDE FORÇAFORÇA REQUERREQUER OO
RECRUTAMENTORECRUTAMENTO DEDE TODASTODAS ASAS UNIDADESUNIDADES
MOTORAS,MOTORAS, ALÉMALÉM DODO RECRUTAMENTORECRUTAMENTO
DESTASDESTAS EMEM ALTAALTA FREQÜÊNCIAFREQÜÊNCIA DEDE DISPARODISPARO
(SALE,(SALE, 19921992))..
Dissociação entre as alterações no tamanho e na
força do músculo
� Embora após 8 semanas de treinamento tenha
ocorrido um aumento nos níveis de força, não houve
aumento na área de secção transversa das fibras
musculares do vasto lateral (STARON et al. 1994).
� Músculo submetido a um período de
inatividade ocorre em primeiro lugar uma
diminuição da força muito superior a perda de
massa muscular (SEMMLER & ENOKA, 2004).
Os fatores neurais e alteração qualitativa
protéica (tipo de cadeia pesada, tipo de miosina
ATPase) podem explicar os ganhos iniciais de força
(2 a 8 semanas) (SALE 1986).
Ganhos iniciais de força
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“Quando um indivíduo participa de um
programa de treinamento de força, muito do
aumento da força, especialmente nas primeiras
semanas de treinamento, é geralmente atribuído às
adaptações no sistema nervoso” (SALE, 1988).
Deschenes & Kraemer (2002)
Sincronização das UM
� Se refere à ação simultânea de
diferentes UM em determinado
movimento.
� Atletas de força apresentam uma
maior sincronização das UM do que
destreinados. Um programa de
treinamento de força aumenta a taxa de
sincronização das UM.
�A sincronização das UM pode aumentar
a taxa de desenvolvimento da força
(força explosiva)
Coordenação Intermuscular
⇒ Interação entre os diferentes músculos 
que executam determinado movimento
⇒ Especificidade dos ganhos em força
� Mecânica do movimento
� Tipo de ação muscular 
⇒ Grande importância para treinamento
esportivo
Treinamento contralateral
Quando um músculo de um membro participa de um 
programa de treinamento de força, os músculos 
homólogos também apresentam aumento significativo na 
força muscular.
membro treinado 24 ± 13%
membro não treinado 16 ± 15%
(YUE & COLE, 1992).
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Especificidade dos ganhos de força
Sempre que um músculo participa de um
treinamento a melhoria na performance
depende da similaridade entre o treinamento
e o teste.
Especificidade dos
ganhos na força
� Indivíduos realizaram
treinamento dinâmico
com o agachamento 
� 8 semanas
� Testes:
� 1RM agachamento
� CVM leg-press
� CVM cadeira ext.
CO-CONTRAÇÃO
Fadiga da musculatura antagonista 
para que a agonista tenha maior 
capacidade de gerar tensão.
Curva Força-Velocidade
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Relação Comprimento-Tensão
FLECK, S.J & KRAEMER, W.J.Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. Artmed, 1999.
Mecanismos Inibitórios
Limite para a produção de força muscular por 
alguns mecanismos de proteção articular:
� Órgão Tendinoso de Golgi (OTG)
(Caiozzo et al., 1981; Wickiewicz et 
al., 1984).
Mecanismos parecem ser mais ativos quando
são produzidas grandes forças a baixa
velocidade.
Proprioceptores – Órgão 
Tendinoso de Golgi
� Estruturas sensíveis ao 
grau de tensão muscular
� Inibição dos músculos 
agonistas
� Estimulação dos 
músculos antagonistas
Proprioceptores – Fuso Muscular
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13
35,5
36,9
18,918,8
26,4
9,4
Vasto lateral Vasto medial Reto femural
0
10
20
30
40
Pré-treinamento Pós treinamento
Diminuição percentual na inibição 
neuromuscular com o treinamento de força
Aagaard et al., 2000 J Appl Physiol 
%
Fatores Estruturais
�Área da seção transversal
�Tipo de fibra
�Substratos energéticos
Bases Musculares da Força
� Principal função das fibras = gerar
força;
� Formadas em 80% por organelas
contráteis (miofibrilas);
� Possuem de 1 a 2 µm de diâmetro;
� As miofibrilas são constituídas por
séries lineares de sarcômeros;
� Os sarcômeros são posicionados
em intervalos de 2,5 µm;
Miofibrilas
O padrão do sarcômero é relativamente
homogêneo nos tipos de fibras musculares de
humanos, exceto pela linha Z , tendo as fibras tipo
I a linha Z mais larga e, esta vai afinando
progressivamente nas fibras IIA e IIB (STARON
& HIKIDA, 2003).
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� Principal proteína do filamento grosso;
� 2 cadeias pesadas de proteína e 4 cadeias leves que
tem a função de estabilizar o “braço de alavanca”;
� O local da clivagem do ATP é a cabeça da miosina;
Bases Musculares da Força
O Filamento Grosso: miosina
Bases Musculares da Força
O Filamento Fino: actina
� Consiste de dois cordões entrelaçados de actina;
� Compostas por moléculas de tropomiosina;
� A molécula de tropomiosina transporta o complexo de
troponina;
� Troponina C (halter), Troponina I (globular) e
troponina T (alongada);
O sarcolema é a membrana da fibra muscular
estriada, que invagina-se para o interior do
citoplasma, formando os túbulos transversos que,
por sua vez, permitem a transmissão de ação
potencial para o interior da fibra muscular e
terminam nas proximidades do retículo
sarcoplasmático (NADEAU; PÉRONNET, 1985).
Teoria do filamento deslizante – contração muscular
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Teoria do filamento deslizante – contração muscular
� A acetilcolina provoca uma corrente iônica dentro do
sarcolema, liberando os íons Ca2+;
�O Ca2+ liga-se a troponina, “expondo” os sítios ativos da
actina;
� Após a ligação ativa-se a enzima ATPase, que quebra a
molécula de ATP;
� ATP liberada faz com que a ponte transversa desloque-
se para um outro ângulo.
A tração do filamento de actina sobre
o de miosina resulta, além do encurtamento
muscular, na produção de força (GORDON
et al., 2000).
A titina é a principal responsável pela elasticidade muscular. 
Posiciona os filamentos de miosina dentro do sarcômero 
(RUBINI & GOMES, 2004).
Frontera et al. (2001) - a titina é outra
proteína encontrada no sarcômero. A sua
função principal é manter os filamentos de
miosina situados na posição central dos
sarcômeros.
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Estruturais - Área da Seção Transversal
A força 
muscular 
apresenta uma 
alta relação 
com a área de 
seção 
transversal do 
músculo. 
Ikay & Fukunaga, 1968.
Área da Seção Transversal 
Muscular
Hipertrofia
Hiperplasia
Abernethy et al., 1994 Sports Medicine 17 (1) 22-38
Mecanismo da Hipertrofia
Aumento do tamanho e do número das miofibrilas
Goldspink, 1992 in Strength and Power in Sport
Goldspink, 1992 in Strength and Power in Sport
⇒ Aumento do número de
filamentos de actina e 
miosina como resultado do 
treinamento de força
⇒ Aumento da obliquidade
dos filamentos devido ao
crescimento das miofibrilas.
⇒ A obliquidade da tração
exercida sobre a Banda Z
faz com que esta se rompa.
⇒ Duas novas miofibrilas
são formadas.
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Alterações na linha Z
�Teste de 1RM, permaneceram por 1 a 3
dias;
� Reflete a resposta inicial do músculo aos
exercícios com carga, em geral;
APÓS REALIZAÇÃO DE TESTE DE 1RM.
AST e Alongamento
Hiperplasia
Fortes evidências nos 
estudos com animais 
(GIDDINGS & GONYEA, 
1992; TAMAKI et al., 
1997);
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Hiperplasia das Fibras - Humanos
⇒ Impossibilidade
de se estudar a
hiperplasia 
diretamente em seres
humanos
⇒ Estudos realizados 
de forma indireta
� A formação dos mioblastos inicia-se por volta do 4º
mês de gestação;
� Número total de fibras atingidos logo após a gestação
(genético);
� O crescimento muscular pós-natal é o resultado do
incremento da área e do comprimento da fibra;
� O crescimento da fibra (adição de sarcômeros nas
extremidades) acompanha o crescimento ósseo;
Hiperplasia das Fibras - Humanos
1. Formação das fibras dos mioblastosresiduais;
2. Divisão longitudinal das fibras existentes;
3. Aumento do comprimento das fibras “curtas” que
previamente não atravessam o comprimento total do
músculo;
4. Separação e posterior crescimento de fibras
imaturas previamente incluídas na membrana basal;
Hiperplasia das Fibras – Humanos -
Hipóteses
“O aumento na área de secção
transversa do músculo acontece devido ao
aumento no tamanho das fibras musculares
individuais e a um determinado grau de
aumento no tecido conjuntivo,
provavelmente sem adição no número de
fibras” (Kraemer & Hakkinen, 2004).
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Células-satélite
� As fibras musculares são células pós-mitóticas (após a
completa diferenciação embriônica, não ocorre mais
divisão celular);
� Fornecem o núcleo para o crescimento pós-natal;
� Estão envolvidas no reparo e na regeneração induzidos
por lesão;
� Se encontram geralmente na lâmina basal;
“...RECENTEMENTE DEMONSTROU“...RECENTEMENTE DEMONSTROU--SE SE 
QUE O NÚMERO DE MIONÚCLEOS E QUE O NÚMERO DE MIONÚCLEOS E 
O NÚMERO DE CÉLULASO NÚMERO DE CÉLULAS--SATÉLITE SATÉLITE 
É MAIOR EM INDIVÍDUOS QUE É MAIOR EM INDIVÍDUOS QUE 
ADEREM REGULARMENTE A UM ADEREM REGULARMENTE A UM 
PROGRAMA DE EXERCÍCIOS COM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS COM 
PESOS (KAIDI & THORNELL, 2000).”PESOS (KAIDI & THORNELL, 2000).”
Número estimado de fibras em 13 indivíduos não Número estimado de fibras em 13 indivíduos não 
treinados (GC), 7 fisiculturistas de nível treinados (GC), 7 fisiculturistas de nível 
intermediário e 5 fisiculturistas de elite intermediário e 5 fisiculturistas de elite 
submetidos há 6 anos de treinamentosubmetidos há 6 anos de treinamento
MacDougall, 1986.
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Tipos de Fibras
• Um dos métodos mais populares para
delinear os tipos de fibras utiliza as
diferenças na sensibilidade ao PH da
ATPase miofibrilar (mATPase).
• Engel (1962) descreveu dois grupos de
fibras pela atividade da mATPase. Chamou
os grupos de tipo I e II
• Investigação posterior revelou a existência
de outros tipos de fibras (I, IIA, IIB e
IIC) (STARON e HIKIDA, 2003);
• Por esse método já foram encontrados 7
tipos diferentes de fibras - I, IC, IIC,
IIAC, IIA, IIAB e IIB (STARON e
HIKIDA, 2003);
Determinação de Tipo de Fibra pela 
Cadeia Pesada de Miosina
• A miosina possui duas cadeias pesadas 
(MHCs) e 4 cadeias leves. 
• MHCI, MHCIIa e MHCIIb.
• Tipos híbridos(IIAB, IC, IIC e IIAC) usam 
combinações. Ex..
IIAB - MHCIIa e MHCIIb
II B em IIX ou IID
Segundo McCall (1996), as fibras musculares
podem ser divididas em fibras tipo I (CL) e fibras tipo
II (CR). De uma forma geral, as fibras CR podem ser
subdivididas em CRa e CRb (KERNELL, 1998;
ABERNETHY et al., 1994). Staron et al. (1991),
acrescenta a essa classificação os subtipos IIAB,
IIAC e IC.
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As fibras CR produzem uma força máxima por
área transversa 10 a 20 % maior que a produzida pelas
fibras CL, sendo essa diferença na produção de força
creditada ao fato das fibras CR possuírem mais
pontes cruzadas por área transversa (POWERS;
HOWLEY, 2000).
Tipos de fibras muscularesTipos de fibras musculares
Tipo I : - vermelhas
 - contração lenta
 - oxidativas
Tipo II: - brancas
- contração rápida
- oxidativas glicolíticas rápidas
 - glicolíticas rápidas.
TIPOS DE FIBRA
 
TTiippoo IIII:: 
CCoorrrriiddaa ddee 4400mm,, lleevvaannttaammeennttoo ddee 11 RRMM ee 
sséérriieess ccoomm ccaarrggaass ppeessaaddaass ((22 sseettss XX 44 
rreeppss)) 
TTiippoo II :: 
EEnndduurraannccee,, 2200 rreeppss oouu mmaaiiss.. 
 
FFlleecckk ee KKrraaeemmeerr 11999977.. 
 
Tipologia das Fibras MuscularesTipologia das Fibras Musculares
Características ST FTa FTb
Fibras por motoneurônio 10-180 300-800 300-800
Tamanho do motoneurônio Pequeno Grande Grande
Vel. de condução Impulso Lenta Rápida Rápida
Vel. De contração(m/s) 50 110 110
Tipo de miosina ATPase Lenta Rápida Rápida
Desenv. Do Retículo Sarcoplas. Baixo Alto Alto
Força da Unidade Motora Baixo Alto Alto
Capacidade Aeróbica Alta Baixa Baixa
Capacidade Anaeróbica Baixa Alta Alta
Resistência a Fadiga Alta Moderada Baixa
(Wilmore & Costil,1998)
Características Estruturais e FuncionaisCaracterísticas Estruturais e FuncionaisCaracterísticas Estruturais e FuncionaisCaracterísticas Estruturais e Funcionais
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Modificações nos Tipos de Fibra
• Grande influência 
genética
• Conversão dentro 
dos subtipos
Komi et al., 1977 Acta Physiol Scand
Alguns estudos antigos que não utilizaram um grande
espectro de perfil dos tipos de fibras sugeriram que a
transformação das fibras pode ocorrer, com o
treinamento (HOWALD, 1982).
Entretanto, agora parece que as alterações ocorrem
somente dentro dos subtipos (FLECK & KRAEMER,
2006).
Staron et al., 1994 J. Appl. Physiol.
⇒ 33 indivíduos de ambos os sexos divididos em dois grupos:
treino força (n=21 - 13H e 8M) e controle (n=12 - 7H e 5M)
⇒ Treinaram 2 vezes por semana durante 9 semanas nos exercícios
agachamento, leg-press e cadeira extensora
⇒ 3 séries de 6-8 RMs (segunda) e 3 séries de 10-12 RMs (sexta)
com intervalo de 2 minutos entre séries.
⇒ Biópsia do m. vasto lateral pré-treinamento e nas semanas 3,5,7
e 9 para análise da composição das fibras.
Alteração
no percentual
dos tipos de 
fibra com o 
treinamento
de força
Staron et al., 1994 J. Appl. Physiol.
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32 homens destreinados;
8 semanas de treinamento com pesos (leg press, agachamento, cad.
extensora);
Divididos em 4 grupos: Low Rep. ( 4 x 3-5 RM), Int Rep (3 x 9-11
RM), High Rep (2 x 25-28 RM);
Força Máxima, endurance muscular, parâmetros cardiorrespiratórios
e alterações nos tipos de fibras.
Inativas - 12% IIb 
Atletas - 1,3% Tipo IIb 
Com o treinamento de força ocorre uma mudança 
do Tipo IIb para o Tipo IIa (KADI et al., 1999; 
KRAEMER et al., 1995; STARON et al., 1989).
% de fibras do tipo I em 9 jovens do sexo % de fibras do tipo I em 9 jovens do sexo 
masculino, antes (1), após (2) seis meses de masculino, antes (1), após (2) seis meses de 
TF e após seis semanas de imobilização (3) TF e após seis semanas de imobilização (3) 
MacDougall, 1986.
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% de fibras do tipo I em 13 indivíduos não % de fibras do tipo I em 13 indivíduos não 
treinados (GC) (4), 7 fisiculturistas de nível treinados (GC) (4), 7 fisiculturistas de nível 
intermediário (5) e 5 fisiculturistas de elite (6) intermediário (5) e 5 fisiculturistas de elite (6) 
MacDougall, 1986.
I ? IIA IIB
Treinamento
Destreinamento
Fatores que afetam a produção da força e 
potência (RESUMO)
�Estruturais 
Área da seção transversal 
Tipo de fibra 
Comprimento da fibra (relação comprimento-tensão)
Disponibilidade de substratos energéticos
�Neurais 
Número de unidades motoras recrutadas
Freqüência de estimulação
Sincronização das unidades motoras
Coordenação intermuscular
Mecanismos inibitórios

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