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Índice I. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 1.1. Problema e justificativa ......................................................................................... 4 1.2. Objectivos .............................................................................................................. 5 1.2.1. Geral ................................................................................................................... 5 1.2.2. Específicos ......................................................................................................... 5 II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 6 2.1. Conceitos Básicos ...................................................................................................... 6 2.2. Tipos de viveiros ................................................................................................... 6 2.3. Construção do viveiro ............................................................................................ 7 2.3.1. Medidas .............................................................................................................. 8 2.3.2. Área do Viveiro ................................................................................................. 8 2.3.3. Métodos de produção ......................................................................................... 8 2.3.4. Os canteiros ........................................................................................................ 8 2.3.5. Substrato ............................................................................................................ 9 2.3.6. Recipientes ......................................................................................................... 9 2.3.6.1. Enchimento..................................................................................................... 9 2.3.7. Encanteiramento .............................................................................................. 10 2.4. Formação das mudas ........................................................................................... 10 2.4.1. Tipos de Mudas ................................................................................................ 10 2.4.1.3. Tipos de sementeira ...................................................................................... 11 2.4.1.4. Distribuição das sementes na sementeira ..................................................... 12 2.4.2. Reprodução Assexuada (miniestaquia) ............................................................ 12 III. METODOLOGIA ................................................................................................ 15 3.1. Localização da área de estudo ............................................................................. 15 3.2. Matérias de Aplicação ......................................................................................... 16 3.3. Material Experimental ......................................................................................... 16 3.4. Métodos ............................................................................................................... 17 3.4.1. Colheita de Sementes ....................................................................................... 17 3.4.1.1. Métodos de Colheita de Sementes e Extração ............................................. 17 3.4.1.2. Conservação ................................................................................................. 17 3.4.1.3. Etiquetagem .................................................................................................. 17 3.4.2. Construção do viveiro ...................................................................................... 17 3.4.3. Tratamento das Sementes ................................................................................ 18 3.4.4. Produção das mudas ......................................................................................... 18 2 3.4.5. Construção de Herbário de Sementes e Frutos ................................................ 20 IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 21 4.1. Colheita de Sementes .......................................................................................... 21 4.2. Actividades no Viveiro ........................................................................................ 21 4.2.1. Produção de mudas .......................................................................................... 22 4.2.1.1. Sementeira no Canteiro ................................................................................ 23 4.2.1.2. Sementeira direta .......................................................................................... 24 4.3. Propagação vegetativa do Eucalyptus grandis .................................................... 24 4.4. Herbário de Sementes e Frutos ............................................................................ 24 V. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 25 5.1. Constrangimentos ................................................................................................ 26 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 27 3 I. INTRODUÇÃO As florestas são fundamentais para a vida no planeta. Além de fornecer insumos para a vida dos seres vivos, madeira para a produção de papel, combustíveis, alimentos e plantas medicinais, também armazenam carbono, ajudam a regular o clima, reduzem o impacto de inundações e deslizamentos de terra (MARTINS, s.d). As florestas plantadas alcançam produtividade maior em relação às florestas naturais, ampliando oportunidades futuras para o crescimento econômico. As florestas plantadas podem ajudar a recuperar as florestas naturais, onde a terra sofreu degradação ou erosão. (MARTINS, s.d). As práticas no viveiro contribuem para obtenção de mudas de qualidade, melhor índice de sobrevivência no plantio, maior resistência a estresses ambientais e maior crescimento inicial, influenciando diretamente na qualidade final da floresta. O sucesso de uma plantação florestal depende, dos momentos iniciais das mudas desde a colheita de sementes até o transporte das mudas para o campo definitivo. Além dos procedimentos técnicos de colecta e de produção da muda, é importante considerar o tipo do viveiro que vai ser construído: individual ou comunitário. Neste último caso, devem participar das decisões os principais actores envolvidos no processo, quer sejam da escola, quer sejam da comunidade ou da associação local. Esses grupos devem participar trazendo sugestões de maneio do local e ambiente da construção, de quais espécies serão produzidas ou mesmo decidir quais e quem vai ser responsável pelas tarefas e pelas acções necessárias nessa produção. Técnicas simples de planeamento estratégico na definição das acções e a priorização das tarefas identificadas são essenciais para uma boa organização e, dessa forma, atingir o objectivo final (OLIVEIRA, et al., 2016). 4 1.1. Problema e Justificativa O sucesso de uma plantação florestal, relaciona-se com a produção de mudas. O fraco conhecimento sobre as práticas no viveiro culminam com o fracasso profissional. Verifica-se um fraco aproveitamento por parte dos estudantes nas práticas viveiristas, acompanhado de um problema na obtenção de mudas de qualidade tanto de espécies nativas como de espécies exóticas não só por falta de sementes de qualidade, por informações sobre a produção das mudas principalmente em espécies nativas, mas também pela falta de mão-de-obra com domínionas práticas viveiristas desde a construção do viveiro até a entregas das mudas desejáveis no mercado. A implantação da floresta depende, dentre outros factores, da utilização de mudas saudáveis, com bom diâmetro de colo, raízes bem formadas, relação parte aérea / sistema radicular adequada, e nutridas adequadamente, estes factores são obtidos com mais precisão no viveiro dependendo de uma mão-de-obra com conhecimento sobre a área. Assim o conhecimento sobre a construção, a produção de mudas no viveiro garantirá mudas que apresentam, melhor índice de sobrevivência no plantio, maior resistência a estresses ambientais e maior crescimento inicial, influenciando diretamente na qualidade final da floresta. As técnicas a serem adoptadas para a produção das mudas devem atender às necessidades de cada produtor, em termos de disponibilidade e localização de área, grau de tecnologia e dos recursos financeiros disponíveis. Não sendo dispensável uma boa planificação para a produção de mudas. 5 1.2. Objectivos 1.2.1. Geral: Realizar actividades práticas para construção de um viveiro e produção de mudas florestais via sexuada e assexuada tendo em conta as aulas teóricas. 1.2.2. Específicos: Identificar os factores para implementação de um viveiro em determinada área; Localizar a área e verificar se vão de acordo com as exigências para implementação do viveiro; Identificar o tipo de viveiro a construir com base nos recursos existentes; Descrever as actividades praticadas. 6 II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Conceitos Básicos Viveiro é o local onde as mudas são produzidas, dispostas de forma regular, abrigadas em ambiente favorável, observados os critérios técnicos de instalação, visando obter material botânico de qualidade para plantação em local definitivo (GÓES, 2006). 2.2.Tipos de viveiros Os viveiros de mudas podem ter a seguinte classificação: Quanto ao tempo de permanência da actividade de produção de plantas num determinado viveiro este pode ser do tipo temporário ou permanente (SARDINHA, 2008). Viveiro temporário, diz-se daquele que é estabelecido para o fornecimento de plantas num curto intervalo de tempo. Viveiro permanente, diz-se daquele que é montado com carácter permanente e para abastecimento de plantas a uma grande região. As plantas são produzidas quer em vaso quer em plena terra. Quanto à estrutura: Segundo Góes (2006) Ao ar livre; Rústico suspenso; De palha; Ripado; Metálico; De madeira e Sombrite. Quanto a Proteção do Sistema Radicial: Segundo De Azevedo (2009) Viveiros em Raiz Nua: Corresponde a produção das mudas sem qualquer detritos de substrato aderidos às raízes. Portanto, são plantadas no campo sem o substrato o qual permanece no viveiro. Viveiros em Recipientes: Corresponde as mudas produzidas em recipientes. Portanto, são plantadas no campo com o sistema radicial protegido pelo substrato. 7 2.3. Construção do viveiro O primeiro passo para a construção do viveiro de mudas é a escolha do local adequado, que dependendo dos fatores elencados, em ordem de prioridade, pode dar a exata medida do êxito ou do fracasso do empreendimento (GÓES, 2006). Segundo Sardinha (2008), a escolha do local para o viveiro deve ser efectuada com especial cuidado e deve ser dada particular atenção aos seguintes factores: Uso anterior da área: Para instalação em locais novos, a área deverá ser examinada com cuidado, evitando tanto quanto possível locais onde a agricultura tenha vindo a ser praticada durante vários anos. Água: Condição principal para a escolha do local da instalação do viveiro. Escolher um terreno próximo de um ponto de água que não seque durante a estação seca. Tenha em atenção que a água deve ser doce, limpa e que não esteja contaminada com esgotos ou provenha de locais de permanência de gado. Condições Ambientais: Não recomenda-se construir um viveiro florestal em vales, baixadas ou localidades sujeitas a geadas ou algo semelhante. Acessibilidade: é preferível instalar o viveiro próximo da área que vai ser plantada. Caso não seja possível, o viveiro deve ser localizado próximo de uma estrada. Assim poder-se- ão transportar as plântulas do viveiro para o terreno da plantação de forma mais fácil e económica. Declive: O terreno deve ser plano. Uma ligeira inclinação permite uma boa drenagem (penetração e circulação da água no solo). O solo não deve ficar inundado na estação das chuvas, uma vez que a água matará por asfixia todas as plantas. Orientação: Deve ser escolhido um local ensolarado. Se, como por vezes sucede, durante um certo período do seu crescimento as plantas necessitarem de sombreamento, far-se-á uma estrutura temporária ou permanente de ensombramento Terra: Se a terra do local do viveiro não for boa (com calhaus, solo pouco profundo, demasiado seco ou demasiado argiloso) é necessário transportar terra de outros locais e incorporar estrume. Se for muito pesada (argilosa) é necessário misturá-la com areia para ficar mais leve e permeável à água e raízes. 8 Vigilância: O viveiro deve estar situado num local onde seja possível vigilância frequente. Mão-de-obra: de preferência o viveiro deve estar bem servido de mão-de-obra treinada sobre o assunto. 2.3.1. Medidas Limpeza: o terreno deve ser completamente limpo de ervas, arbustos e pedras. Nivelamento: se o terreno for inclinado deve ser nivelado em terraços sucessivos que seguem as curvas de nível com valas de drenagem entre os terraços, traçadas perpendicularmente à inclinação. 2.3.2. Área do Viveiro O viveiro possui dois tipos de áreas, área produtiva que é a soma das áreas de canteiros e sementeiras onde se desenvolvem as actividades de produção e áreas não produtivas constituídas por caminhos, estradas e áreas construídas. 2.3.3. Métodos de produção Segundo Sardinha (2008), Produção de plantas de raiz nua, trata-se de produzir plantas directamente na terra sem recurso a vasos ou recipientes (sacos, alvéolos, etc.). Produção de plantas em recipientes. 2.3.4. Os canteiros Forma - os canteiros devem ser traçados segundo formas geométricas, quase sempre rectangulares, onde se fazem crescer as plântulas, dispostas normalmente de uma forma ordenada por espécies. Os canteiros podem ser delimitados com tábuas, blocos, pedras, bambu ou corda. Devem ser utilizados preferencialmente materiais locais (SARDINHA, 2008). Tipos - Os canteiros podem ser de diferentes tipos: Canteiros de germinação (alfobres ou seminários); Canteiros de produção (plantórios): 9 a) em terra (plantas de raiz nua) b) em sacos Largura - 0,8 m até 1,2 m. Comprimento - pouco relevante Caminho - Entre cada canteiro deve ser feito um caminho para permitir uma circulação fácil e um espaço confortável para trabalhar nos canteiros. Use entre 0,5 m a 0,8 m de largura (se não houver problemas de espaço esta última é a preferível) (SARDINHA, 2008). 2.3.5. Substrato A qualidade de um substrato é determinada pelas características físicas como uma boa drenagem e das características químicas, como um teor elevado de nutrientes. Um bom substrato para um viveiro é ligeiro, retém a água mas não fica empapado e não possui ervas infestantes ou parasitas ou doenças nocivas às futuras plântulas (SARDINHA, 2008). 2.3.6. Recipientes Recipiente é a estrutura física utilizada para o acondicionamento de qualquer substrato para o cultivo intensivo de plantas, podendo englobar desde a germinação de sementes, crescimento de mudas até a comercialização final da muda pronta. Na escolha de recipientes deve-se considerar o tamanho inicial e final da muda, custo de aquisição, durabilidade, facilidade de manuseio e de armazenamento, dentre outros (OLIVEIRA, et al., 2016). Os recipientes mais utilizados são os sacos plásticosde polietileno negro, tubetes de polipropileno reutilizáveis e vasos de polipropileno, disponíveis no mercado em diversos tamanhos (OLIVEIRA, et al., 2016). 2.3.6.1. Enchimento A colocação do substrato nos recipientes, requer cuidados para se evitar que o mesmo torne-se compactado, prejudicando a germinação das sementes e o desenvolvimento do sistema radicular, o que pode comprometer a sobrevivência das mudas no plantio e o desenvolvimento futuro da árvore (MACEDO, 1993). 10 Enche-se o saco de terra seca até à borda. Assegurando de que o saco está cuidadosamente cheio para que não ocorram bolhas de ar que poderão provocar a secagem das raízes (Sardinha, 2006). Os recipientes escolhidos não devem ficar totalmente cheios, deixando- se de 1 cm a 2 cm livres na superfície para que possa ser retida mais água no momento da irrigação (OLIVEIRA, et al., 2016). SARDINHA (2008), sustenta que “A terra utilizada para enchimento dos sacos deve ser peneirada se contiver calhaus, pedras e sujidades”. 2.3.7. Encanteiramento Os sacos devem ser colocados no canteiro em pé um ao lado do outro bem encostados, mantendo os sacos bem verticais. Para os manter, delimite o canteiro com tábuas, tijolos, bambu ou pedras (SARDINHA, 2008). 2.4.Formação das mudas 2.4.1. Tipos de Mudas Reprodução Sexuada = Sementes a) Semeadura Direta e Indireta Reprodução Assexuada = Estacas 2.4.1.1.Produção de mudas via Sexuada (Sementes) Segundo Macedo (1993), o primeiro passo para que um viveiro florestal possa constituir um empreendimento de sucesso, é a atenção especial na escolha das sementes. A semente é o factor principal no processo de produção de mudas, já que representa um pequeno custo no valor final da muda e tem uma importância fundamental no valor das plantações. Portanto, um cuidado especial deve ser tomado com a produção e aquisição de sementes. As sementes devem ser de boa qualidade genética e fisiológica. Devem ser colhidas em bons talhões, representativos da espécie, com todas as técnicas de beneficiamento e armazenamento (MACEDO, 1993). O sucesso da produção dependerá, dentre outros aspectos, de um adequado estabelecimento de plântulas no campo, factor este diretamente relacionado com a qualidade das sementes. Sementes de baixa qualidade tendem a originar estandes desuniformes, com falhas na emergência de plântulas que comprometem não apenas a 11 produtividade como também a qualidade e padronização do produto colhido (NASCIMENTO, et al., 2011). Por outro lado, a utilização de sementes de alta qualidade e a semeadura sob condições ambientais que permitam a máxima germinação no menor tempo possível, são factores importantes que contribuem para se obter uniformidade na emergência em campo (NASCIMENTO, et al., 2011). Em geral, considera-se semente de alta qualidade aquela que germina rapidamente, originando uma plântula normal e sadia, livre de contaminações, com todas as estruturas essenciais desenvolvidas (NASCIMENTO, et al., 2011). Deve-se escolher sementes de boa procedência, exigindo-se os atestados de fitossanidade e, os resultados analíticos do grau de pureza e germinação. Estes cuidados devem-se ao facto que o uso de sementes de boa qualidade favorecera a obtenção de floresta produtivas (EMBRAPA FLORESTAS). O principal problema é a colheita de sementes das espécies nativas. Há dificuldade de se colher sementes na floresta nativa, como seria o ideal. Por isso, é muito comum o uso de poucas árvores (às vezes uma só). Isso acarreta problemas genéticos, que podem afectar o sucesso da futura plantação (MACEDO, 1993). 2.4.1.2. Conservação das sementes O ideal seria semear as sementes imediatamente após colheita. Mas isso é difícil ou impossível para uma grande maioria de espécies porque a data de sementeira depende da data do período de plantação e da altura que pretendemos para as plantas a colocar na terra. Assim, as sementes cuja maturação só se verifique, por exemplo, em Junho, devem ser conservadas até à data de sementeira no viveiro. Algumas sementes contudo, perdem a sua faculdade germinativa muito rapidamente pelo que é necessário utilizá-las o mais depressa possível (SARDINHA, 2008). 2.4.1.3. Tipos de sementeira Antes da semeadura é importante selecionar sementes livres de predação ou doenças. Depois de beneficiadas e selecionadas, as sementes deverão ser colocadas para germinar em diferentes tipos de recipientes ou na sementeira. Em muitos casos, deve-se evitar, 12 quando possível, o armazenamento das sementes. A semeadura poderá ser direta ou indireta (OLIVEIRA, et al., 2016). A semeadura direta acontecerá quando as sementes forem colocadas directamente nos recipientes definitivos (sacos plásticos, tubetes, vasos ou outros), ou seja, onde a muda vai se desenvolver até ser transferida para o campo. Esse tipo de semeadura é utilizado geralmente para espécies com percentagem de germinação alta e regular, significando que todas as sementes germinam mais ou menos ao mesmo tempo (OLIVEIRA, et al., 2016). A semeadura indireta acontece quando as sementes são colocadas para germinar na sementeira (alfobre) e depois de germinadas são transferidas, por meio de repicagem, para os recipientes definitivos (sacos plásticos, tubetes, vasos ou outros), onde irão se desenvolver no viveiro. Geralmente, esse tipo de semeadura é utilizado para espécies com germinação baixa e irregular, isto é, a germinação de todas as sementes não ocorre simultaneamente (OLIVEIRA, et al., 2016). 2.4.1.4. Distribuição das sementes na sementeira A distribuição das sementes na sementeira poderá ser a lanço ou em sulcos. No primeiro caso, as sementes são jogadas homogeneamente com as mãos, tomando-se cuidado para não ficarem amontoadas. Em seguida, elas serão cobertas com uma fina camada de vermiculita ou terra. No segundo caso, em sulcos, as sementes são distribuídas em pequenas valas paralelas e depois cobertas com uma fina camada de vermiculita ou terra. A distância e o número de sementes por linha dependerão do tamanho da semente considerada (OLIVEIRA, et al., 2016). 2.4.2. Reprodução Assexuada (miniestaquia) A propagação vegetativa consiste na produção de plantas, utilizando partes vegetativas como caules, raízes e folhas, sem haver a recombinação gênica, resultando em indivíduos geneticamente idênticos. (ALCANTARA, 2005). Dentre as várias técnicas de propagação vegetativa, destacam-se a estaquia, enxertia, alporquia, mergulhia e técnicas de micropropagação. 13 2.4.2.1. Microestaquia A microestaquia é uma técnica de propagação vegetativa na qual são utilizados propágulos (microestacas) rejuvenescidos em laboratório de micropropagação, para serem posteriormente enraizados, visando a obtenção de mudas (WENDLING, 2003). Segundo Assis (1996b) e Xavier & Comério (1996) citados por Wendling (2003), o jardim microclonal localiza-se em tubetes sobre mesas metálicas no viveiro, o que permite o melhor manejo e controle, bem como maior produção de propágulos, com maior grau de juvenilidade. 2.4.2.1. Factores que afectam o enraizamento O enraizamento adventício pode ser afetado por diversos fatores, dentre os quais estão: genótipo, idade da planta matriz, fitorreguladores, estações do ano de coleta das estacas e a manipulação das condições ambientais como a luminosidade, temperatura, umidade e substrato (HARTMANN et al., 2002 citado por ALCANTARA, 2005). 2.4.3. Cuidados com as mudas no viveiro Durante a fase em que as mudas crescem no viveiro, são necessários cuidados como rega, limpeza, adubação e controle de pragas e doenças, entre outros (OLIVEIRA, et al., 2016). 2.4.3.1. Rega Todo ser vivo necessita de água para seu desenvolvimento. Assim, deve-se molhar o substrato das mudas pelo menos duas vezes ao dia, recomendam-se o início da manhã e o final da tarde (MACEDO, 1993 citado por OLIVEIRA, et al., 2016).2.4.3.2. Limpeza do viveiro e dos recipientes O viveiro, de maneira geral, deve ser mantido limpo. Devem-se limpar seus recipientes, corredores e suas laterais externas. Essas práticas evitam que as mudas carreguem ervas daninhas, pragas ou doenças para outras áreas quando transportadas (PEREIRA; PEREIRA, 2004 citado por OLIVEIRA, et al., 2016). 14 2.4.3.3. Controle de doenças, pragas e ervas daninhas A presença de folhas murchas, amarelas ou cortadas indica que as mudas podem estar doentes ou sendo atacadas por pragas. 2.4.3.4. Sombreamento As plântulas jovens e frágeis da maioria das espécies precisam de sombra contra o sol quente, principalmente na altura da germinação. 2.4.3.5. Cobertura A cobertura protege igualmente as plantas contra o excesso de evaporação, a chuva forte, o frio nocturno, o vento, etc. Conforme for a necessidade de protecção deve ter em atenção que se o viveiro estiver demasiado sombreado as plantas ficarão fracas e amareladas. A cobertura deve ser móvel. A estrutura de suporte pode ser fixa mas o tecto móvel. Não se retira definitivamente a cobertura duma vez, mas progressivamente para adaptar as plantas ao novo regime de luz (SARDINHA, 2006). 2.4.3.5.1. Altura da cobertura Segundo Sardinha (2006), a altura deve ser tal que permita os cuidados culturais das plantas e um bom arejamento, nunca sendo inferior a 80 cm. 15 III. METODOLOGIA 3.1. Localização da área de estudo As actividades foram realizadas na faculdade de ciências agrárias da Universidade Lúrio Localizada no posto administrativo de Unango, que se localiza no centro do Distrito de Sanga. O posto administrativo de Unango dista 12 km da Sede Distrital de Malulu, a Norte, faz fronteira com Posto Administrativo de Macaloge, a Sul com distrito de Lichinga através de uma linha imaginária, a Este com distrito de Muembe através do rio Lucheringo e Oeste com Posto Administrativo de Lucimbesse (RAPAU, 2014). Figura 1: Localização da área de estudo (Unango). 3.1.1. Descrição da área de estudo A superfície do distrito de Sanga é de 12.545 km2 e a sua população está estimada em 67 mil habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 5,4hab/km2 (MAE, 2014). O Posto Administrativo de Unango apresenta uma extensão de 3000 km2 e contém 9 (nove) comunidades: Nhamuedje, Mapudje, Miala, Malulu, Burundi, Cavago 1, Selenje, Ngongote, Cazizi. Portanto, Unango não possui nenhuma localidade (RAPAU, 2014). 16 3.1.1.1. Solos Os solos do distrito de Sanga são predominantemente argilosos, vermelhos, profundos e bem drenados, associados a climas húmidos e sub-húmidos, ocupando manchas consideráveis nas regiões altas, muito chuvosas da Cordilheira de Sanga. Os solos desta área destacam-se pela elevada fertilidade e grande potencial agrícola constituindo, assim, a Zona Agro-ecológica 10 (MAE, 2014). 3.1.1.2. Temperatura Os valores médios das temperaturas durante a estação quente e húmida são de 20 e 23°C na zona planáltica e na Cordilheira de Sanga. Estes valores aumentam para 23 a 26°C na faixa Norte, na zona de planícies, ao longo do Rio Rovuma (MAE, 2014). 3.2. Matérias de Aplicação Os materiais utilizados para a efectuação das actividades foram obtidos no armazém de materiais de campo, da faculdade de ciências agrarias. Os materiais e as respectivas aplicações foram: enxadas e ancinhos para a limpeza do espaço para o estabelecimento do viveiro e preparação das camas de sementeira; faca de cozinha para corte de cordas; fita métrica para a medição das áreas de produção e não produtivas; uma parte de rede mosquiteiras para ceifa dos constituintes do substrato (areia, argila, casca de pinho, casca de feijão soja, folhas de pinhos e esterco bovino); carinho de mão para transporte dos constituintes do substrato; estacas para construção da estrutura, limite do viveiro e manter os sacos plásticos arrumados e verticais; regador; recipientes; pás e baldes de 12 litros para medição das proporções; capim, estacas menores e bambu para a cobertura; canivetes e tesouras para o processo de extração e produção de microestacas e uso de verniz, cola, pinceis, contraplacado para construção do herbário de sementes e frutos. 3.3. Material Experimental Os materiais experimentais utilizados nesse trabalho foram sementes de Delonix regia e microestacas de Eucalyptus grandis. As sementes estavam armazenadas em garrafa durante um determinado tempo. E as miniestacas de Eucalyptus grandis foram extraídas nas plantas localizadas na área do viveiro da faculdade de ciências agrarias. 17 3.4. Métodos 3.4.1. Colheita de Sementes 3.4.1.1. Métodos de Colheita de Sementes e Extração Os frutos foram colhidos directamente da árvore via escalada, duas árvores frutos de Delonix regia, duas árvores frutos de Albizia lebbeck e quatro árvores frutos de Pilostigma thonnigii colecta no chão, respectivamente. Tratam-se de frutos secos indescentes, para sua extração necessitam-se de ferramentas: para a extração da semente de Delonix regia foram usadas pedras que consistia em bater o fruto num único sentido e uso de facas; Para a extração da semente de Albizia lebbeck foram usadas as mãos; para a extração da semente de Pilostigma thonnigii consistiu no uso de pedras. 3.4.1.2. Conservação As sementes foram conservadas em garrafas de maionese grande, constituindo um lote. 3.4.1.3. Etiquetagem O lote ou a garrafa de maionese que contém as sementes foram coladas informações desde, nome cientifico e vernacular; os nomes dos colectadores da semente; o loca de colecta e família. 3.4.2. Construção do viveiro Para a montagem do viveiro florestal, foi localizada uma área, seguida de uma limpeza e posterior nivelamento em terraços ou blocos, em que possuíam as seguintes dimensões 1 m de largura, 3 m de comprimento, e a distância entre eles de 0,50 m. Para a estrutura dos blocos a nível de comprimento utilizou-se estacas de 3 m comprimento, e para marcação dos limites a nível de largura estacas de 1 m de comprimento foram usados somente material local. 18 3.4.2.1. Alfobre Foram feitas seis (6) camas de sementeira consoante o número de grupos presentes e o número de espécies a se produzir, possuíam as seguintes medidas: 2,5 m de comprimento, 1 m de largura e a distância entre camas ou canteiros de 0,5 m. 3.4.2.2. Nivelamento O terreno apresentou uma declividade, não foi possível a mensuração por falta de instrumento apropriado mas fez-se um nivelamento em terraços. Segundo SARDINHA (2008), se o terreno for inclinado deve ser nivelado em terraços sucessivos que seguem as curvas de nível com valas de drenagem entre os terraços, traçadas perpendicularmente à inclinação. 3.4.2.3. Cobertura Usando-se material local, capim, bambus e estacas, foi feita a cobertura no alfobre e nos canteiros de produção (em sacos) após emergência das plântulas, com uma altura de 1 m e um comprimento igual as dimensões dos canteiros e uma largura de 1,2 m. 3.4.3. Tratamento das Sementes As sementes de Delonix regia foram submetidas ao teste de germinação, um total de 20 sementes todas testadas na presença de luz antecedendo-se de quebra de dormência cujo tratamento foi escarificação mecânica. Na propagação vegetativa do Eucalyptus grandis, foi feita a selecção da planta com as características desejáveis, seguida de corte de estacas com dimensões entre 6 a 7 cm de comprimento, somando um total de 128 microestacas, e posterior utilização do hormônio de enraizamento. Após preparação do substrato, ocorreu o enchimento dos tubetes, e a rega constante do substrato. 3.4.4. Produção das mudas 3.4.4.1. Sementeira no canteiro, realizada em 20/08/2018 em terreno pertencente ao viveiro. No preparo do canteiro usou-se a terra presente no local sem nenhuma 19 mistura, revirou-se o solo seguida deum nivelamento. Na semeadura foram empregadas sementes, distribuídas em sulco de 6x8 cm. As sementes foram cobertas com leve camada de terra. A humidade foi mantida através de regas normais feitas por regador manual. 3.4.4.2. Sementeira direta – realizada em 05/08/2018, a sementeira foi feita directamente nos sacos plásticos. Os recipientes depois de bem humedecidos receberam individualmente uma (1) semente em iguais condições (tratamento da semente: uso do fogo). Para o cálculo da taxa de germinação foi aplicada a seguinte formula: %𝐺 = 𝑁𝑡𝑠𝐺 𝑁𝑡𝑠𝐴 ∙ 100 3.4.4.3. Substrato No alfobre ou na sementeira indirecta, foi utilizado o solo presente na área. Enquanto na sementeira directa nos sacos plásticos foi uma mistura do solo presente na área e esterco bovino nas proporções 1:1. Nos tubetes utilizados para a propagação vegetativa do Eucalyptus grandis foi utilizado um substrato com a seguinte composição: casca de pinho triturada, micorrizas, NPK 18kg e farelo de milho nas proporções 1:1:1:1. 3.4.4.4. Recipientes e Tratamento Foram utilizados dois tipos de recipientes, os sacos plasticos e os tubetes. Os sacos plásticos foram apanhados e reutilizados aplicando a esterilização usando omo e/ou sabão, os tubetes foram também esterilizados com o mesmo processo. Os sacos plásticos somavam um total de 500 mas foram utilizados 189 de tamanho 9 x 14cm e 0,07mm de espessura apresentando dois orifícios iguais tanto na parte superior como na parte inferior. 3.4.4.5. Cuidados aplicados durante o período de germinação e emergência Rega em dois períodos, de manha e de tarde; Eliminação de ervas daninhas; Construção de cobertura; Verificação do estado da semente face ataque de pragas. 20 3.4.5. Construção de Herbário de Sementes e Frutos Ocorreu uma selecção, dos melhores frutos e sementes que todos grupos possuíam, para posterior colagem com cola de madeira num material de contraplacado, secagem ao sol. Os frutos abertos foram colados, os frutos passaram por um processo de vernizacão para uma boa conservação e estética do herbário; algumas sementes foram coladas dentro do seu fruto antecedendo-se de uma vernizacao visando prevenir a perda de uma parte da composição da semente. 21 IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1. Colheita de Sementes Foram extraídas um total de duas garrafas de maionese de Delonix regia constituindo dois (2) lotes; uma (1) de Albizia lebbeck; e uma (1) de Pilostigma thonnigii. A colheita foi feita directamente nas árvores e no chão para Pilostigma thonnigii; foram os métodos mais apropriados pelo tipo de sementes e pela facilidade. Segundo NOGUEIRA (2010), a escolha do método adequado para a colheita de sementes de espécies florestais depende das condições do sítio, da prática da equipe e, principalmente, das características da matriz e do fruto. Sendo assim, o método mais eficiente é aquele que quando usado consegue-se colher maior quantidade de sementes com menor custo, sem arriscar na qualidade da semente, na segurança da equipe e sem prejudicar a futura produção de sementes. 4.2. Actividades no Viveiro As actividades no viveiro não foram terminadas, mas a estrutura do viveiro desde a localização do área, controlo e consideração de alguns aspectos possíveis de verificação para a construção de um viveiro, o alfobre (camas de sementeira), preparação do substrato, enchimento dos sacos plásticos e tubetes, encanteiramento e cobertura foram realizados. Os aspectos considerados na localização da área para implantação do viveiro foram: Disponibilidade de Água Existe fonte de água permanente (poço) e torneira, para o consumo, água doce, limpa e livre de patogenos e próxima do local de construção do viveiro. De acordo Sardinha (2008), a água é condição principal para a escolha do local da instalação do viveiro. Escolher um terreno próximo de um ponto de água que não seque durante a estação seca. Tenha em atenção que a água deve ser doce, limpa e que não esteja contaminada com esgotos ou provenha de locais de permanência de gado. 22 Acessibilidade Acesso facilitado para o interior e circulação no viveiro, que permite a entrada de mão- de-obra, carinho de mão e de todo o material preciso no local, mas não de automóveis, e grandes máquinas. Mas encontra-se próximo a uma estrada. De acordo ALKCMIN (2014), o acesso é um dos factores mais importantes a ser avaliado para a implantação de um viveiro florestal. As estradas devem permitir o trânsito de veículos pesados, mesmo em épocas de chuva, quando, em geral, ocorrem a maior parte das expedições de mudas a campo. SARDINHA (2008), sustenta que é preferível instalar o viveiro próximo da área que vai ser plantada. Caso não seja possível, o viveiro deve ser localizado próximo de uma estrada. Orientação O loca escolhido é abrangido por radiação solar que condicionou a construção de cobertura, para a redução de sua incidência. Segundo SARDINHA (2008), deve ser escolhido um local ensolarado. Se, como por vezes sucede, durante um certo período do seu crescimento as plantas necessitarem de sombreamento, far-se-á uma estrutura temporária ou permanente de ensombramento. Vigilância O viveiro não esta localizado numa área de possível vigilância frequente. Segundo MACEDO (1993), o viveiro deve estar situado num local onde seja possível vigilância frequente. Mão-de-obra O viveiro dispõe como mão-de-obra estudantes do 2º ano engenharia florestal, num total de 17 estudantes organizados em seis (6) grupos no qual adquiriam experiencia sobre as práticas e construção de viveiros. Segundo DE AZEVEDO (2009), de preferência o viveiro deve estar bem servido de mão-de-obra treinada sobre o assunto. 4.2.1. Produção de mudas No teste de germinação, aplicado a amostra de 20 sementes, quebradas a dormência por escarificação mecânica. Verificou-se uma taxa de germinação nos dias 29/07/18 de 0,05 23 ou 5% que representa uma semente germinada entre as 20. Significando que se extrapolarmos os resultados para todo lote teríamos poucas sementes germinando. As sementes fornecidas não foram viáveis, devido as condições e o tempo de armazenamento, bem como a não retirada de impurezas. De acordo SARDINHA (2008), o ideal seria semear as sementes imediatamente após colheita. Mas isso é difícil ou impossível para uma grande maioria de espécies porque a data de sementeira depende da data do período de plantação e da altura que pretendemos para as plantas a colocar na terra. Algumas sementes contudo, perdem a sua faculdade germinativa muito rapidamente pelo que é necessário utilizá-las o mais depressa possível. Tendo-se em conta a pureza do lote de sementes, foram encontrados pequenos fragmentos de galhos, sementes com aspecto imaturo, sementes de menor dimensão em relação as outras. Segundo (EMBRAPA FLORESTAS), deve-se escolher sementes de boa procedência, exigindo-se os atestados de fitossanidade e, os resultados analíticos do grau de pureza e germinação. Uma das causas da não sanidade do lote de semente deveu-se a dificuldade de extração e utilização de várias árvores matrizes de espécies nativas. Segundo MACEDO (1993), o principal problema é a colheita de sementes das espécies nativas. Há dificuldade de se colher sementes na floresta nativa, como seria o ideal. Por isso, é muito comum o uso de poucas árvores (às vezes uma só). 4.2.1.1. Sementeira no Canteiro As sementes apresentaram baixa taxa de germinação no teste de germinação, consequentemente apresentaram %G (percentagem de germinação) de zero (0) no canteiro de sementeira. Segundo NASCIMENTO, et al. (2011), Sementes de baixa qualidade tendem a originar estandes desuniformes, com falhas na emergência de plântulas que comprometem não apenas a produtividade como também a qualidade e padronização do produto colhido.Segundo NASCIMENTO, et al. (2011), considera-se semente de alta qualidade aquela que germina rapidamente, originando uma plântula normal e sadia, livre de contaminações, com todas as estruturas essenciais desenvolvidas. 24 As sementes foram atacadas por praga após um determinado período. Segundo SARDINHA (2008), tanto os animais domésticos (galinhas, cabras, porcos) como os selvagens (toupeiras,...) são a causa de inúmeros prejuízos num viveiro. A vigilância do viveiro não foi frequente culminando na não identificação da praga. Segundo MACEDO (1993), o viveiro deve estar situado num local onde seja possível vigilância frequente. 4.2.1.2. Sementeira direta 27/08/2018, ocorreu a sementeira directa. As sementes apresentaram baixa taxa de germinação no teste de germinação e na sementeira indirecta (no alfobre), consequentemente apresentaram %G (percentagem de germinação) de zero (0) nos vasos. As sementes também foram atacadas por praga após um determinado período. Segundo SARDINHA (2008), tanto os animais domésticos (galinhas, cabras, porcos) como os selvagens (toupeiras,...) são a causa de inúmeros prejuízos num viveiro. 4.3. Propagação vegetativa do Eucalyptus grandis Verificou-se percentagem de enraizamento de zero (0). Devido a influência ambiental, o estado fitossanitário das microestacas e falta de condições como casa de vegetação e casa de sombra que tornam possível o controlo dos factores ambientais. Segundo HARTMANN et al. (2002) citado por ALCANTARA (2005), o enraizamento adventício pode ser afectado por diversos factores, dentre os quais estão: genótipo, idade da planta matriz, fitorreguladores, estações do ano de coleta das estacas e a manipulação das condições ambientais como a luminosidade, temperatura, humidade e substrato. 4.4. Herbário de Sementes e Frutos O herbário é constituído de sementes juntamente com seus frutos somando um total de 22 espécies; etiquetadas (nome cientifico, nome comum, família) desde espécies de baixo custo comercial, de grande importância ecológica até as espécies preciosas e de alto valor comercial. 25 V. CONCLUSÃO Os factores para implementação de um viveiro em determinada área são: disponibilidade de água, uso anterior de terra, acessibilidade, declive, orientação, condições ambientais, vigilância, terra e mão-de-obra. A área localiza-se na faculdade de ciências agraria em Unango e cumpri com os seguintes factores de implementação, disponibilidade de água, acessibilidade, orientação favorável e terra. O viveiro foi contruído na base de material local, sendo este quanto a sua permanência temporário, quanto a sua estrutura é de palha e quanto a protecção do sistema radiacial é viveiro em recipiente. Contudo, as actividades ocorridas foram: limpeza do terreno, sendo necessária para a remoção de restos, ervas daninhas, graminhas, entre outros; nivelamento o terreno apresentava um declive sendo necessário a nivelação em terraços; quebra de dormência via escarificação mecânica pela dureza do tegumento da Delonix regia; esterilização dos recipientes, pelo motivo de terem sido reutilizados, formação do substrato; enchimento dos recipientes; construção das camas de sementeira onde as sementes foram colocadas em sulcos; cobertura do alfobre e dos canteiros de plantório; extração de microestacas e uso de hormônio de enraizamento; rega no período de manha e de tarde com um regador manual e eliminação de ervas daninhas com as mãos. 26 5.1. Constrangimentos As actividades ocorridas para a construção e produção de mudas no viveiro, passou-se por situações de falta de material para todos grupos para que houve-se flexibilidade no trabalho, consequentemente os grupos realizaram algumas actividades em dias diferentes. As sementes de Delonix regia e Afzelia quanzensis foram atacas por pragas nos canteiros de sementeira, culminando assim com a mudança para sementeira directa e não cumprimento do tempo para germinação influenciando assim no mau desempenho da analise de germinação e falta de plântulas para repicagem e outras actividade. Na extração de microestacas, o uso de tesouras e canivetes antigos e não desinfetados pode ter influenciado no enraizamento das microestacas. 27 VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALCANTARA, Giovana Bomfim de (2005). MINIESTAQUIA DE Pinus taeda L., CURITIBA. ALKCMIN, G. R. (2014). Implantação de viveiro de mudas. São paulo-Brasil: Secretaria do meio ambiente. DE AZEVEDO, S. M. (2009). Produção e controlo de qualidade de mudas florestais. Victória da conquista: UESB. GÓES , Antônio Carlos Pereira (2006). Viveiro de Mudas - Construção, Custos e Legalização 2º. edição atualizada e ampliada. EMBRAPA FLORESTAS. MACEDO, A. C. (1993). Produção de Mudas em viveiros florestais de espécies nativas. São Paulo. MARTINS, Lauri Tadeu Corrêa (s.d.). Como montar um viveiro de mudas florestais. Brasil. Ministério da Administração Estatal (MAE),. (2014). O Perfil do Distrito de Sanga. Maputo Moçambique. OLIVEIRA, Maria Cristina, et al. (2016). Manual de viveiro e Produção de Mudas. Rede de sementes de serrado. 1ed. Brasília. RAPAU. (2014). Relatório das actividades desenvolvidas durante um ano, de Janeiro a Dezembro 2014. SARDINHA, Raul Manuel de Albuquerque. (2008). Manual do viveiro florestal. Huambo. WENDLING, Ivar (2003). PROPAGAÇÃO VEGETATIVA. Embrapa Florestas, Colombo-PR.
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