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Disciplina: Geologia Aula 07: Estudo das Rochas Apresentação A distribuição das rochas, na superfície terrestre, é extremamente importante na formação dos recursos minerais, pois, além de influenciar nos relevos influenciam consequentemente na formação do solo. Para entender a estrutura geológica de um local é preciso analisar e conhecer os tipos de rochas. Rocha é um agregado sólido que ocorre de forma natural sendo constituído por um ou mais minerais. A camada externa sólida da Terra, a litosfera, é composta por rochas. O estudo das rochas é denominado de Petrologia, um ramo da Geologia. As rochas são classificadas de acordo com a composição química, sua forma estrutural, ou sua textura, contudo a maneira mais comum de classificá-las é de acordo com os processos de formação. Ao considerar sua gênese, as rochas são classificadas como ígneas, sedimentares e metamórficas. As rochas ígneas ou magmáticas foram constituídas de magma; as sedimentares pela deposição de sedimentos e posterior consolidação destes; e as metamórficas por qualquer uma das primeiras duas categorias e, posteriormente, modificadas pelos efeitos de temperatura e pressão. Objetivos Distinguir as variáveis das rochas ígneas, metamórficas e sedimentares; Avaliar os processos de formação das rochas; Reconhecer as rochas que compõem a superfície terrestre. Um pesquisador das geociências deve ser capaz de entender as propriedades das rochas e, a partir delas, deduzir a sua origem geológica, seus processos e sua dinâmica. Esse processo de dedução científica fornece não só dados sobre a formação das rochas, mas sobre potenciais recursos econômicos que podem ser obtidos por sua exploração. Arqueólogo | Fonte: Shutterstock / Elnur Exemplo O conhecimento de que petróleo se forma em rochas sedimentares ricas em matéria orgânica permite a localização e exploração de novas jazidas de um modo mais inteligente e eficiente. O conhecimento sobre a formação das rochas também nos guia na resolução de problemas ambientais, como, por exemplo, o armazenamento subterrâneo de material radioativo e outros rejeitos depende da análise da composição do substrato que vai ser usado como reservatório. Algumas perguntas são bastante importantes: Esse substrato e suas rochas componentes pode sofrer, por exemplo, terremotos ou acomodações litológicas? Uma rocha pode ser definida como um agregado sólido de minerais e/ou matéria sólida não mineral, que ocorre de maneira natural no ambiente. Nas rochas, os minerais são unidos e mantêm suas características individuais. Certas rochas ainda contêm materiais não cristalinos, rochas vulcânicas vítreas, obsidiana e pedras-pomes, como, por exemplo, o carvão, que é resto de plantas compactadas. Uma rocha é determinada por sua mineralogia e por sua textura. A Mineralogia refere-se à proporção dos minerais constituintes da rocha. A textura diz respeito, por sua vez, ao tamanho e à forma dos cristais ou grãos de uma rocha e seus arranjos. A Mineralogia e a textura são definidas pela origem geológica da rocha. Em relação a esta origem a rocha pode ser ígnea, sedimentar e metamórfica. (GROTZINGER, 2013) Rochas Ígneas As rochas ígneas são formadas pela consolidação do magma . Quando o magma alcança a superfície, é chamado de lava. Do ponto de vista físico-químico, o magma é formado por vários componentes ou fases, entre eles: Uma fase líquida de tetraedros de SiO e AlO e cátions livres (Ca , Mg , Na , K ); Várias fases sólidas, que consistem dos cristais de minerais se formando; Fase gasosa composta, principalmente, por H O acompanhada de CO , HCl, SO etc. Rochas ígneas no parque nacional dos arcos – Utá | Fonte: Shutterstock / jejim Tipos fundamentais de magma e suas características Os magmas existentes se diferenciam, sobretudo pela composição das rochas existentes na crosta no seu local de origem e pela sua temperatura. Eles podem ser: Ácidos São compostos pela fusão de rochas graníticas em profundidades que podem variar de 7 até 15km. Os magmas ácidos possuem temperaturas médias de 700°C 1 4 4 2+ 2+ + + 2 2 2 file:///C:/inetpub/wwwroot/graduacao/2018.2/Geologia__GON945/aula7.html Básicos São compostos maiormente pela fusão de basaltos, localizados a cerca de 40 a 100km de profundidade, já na parte superior do manto. Os magmas básicos apresentam temperaturas médias de 900°C, com picos de até 1200°C. A viscosidade dos magmas determina o quanto ele é fluido ou viscoso. Tal viscosidade varia em função: 1. De sua temperatura; 2. Da pressão de onde se localizam; 3. Do conteúdo do magma em termos de gases dissolvidos. Cristalização do magma É o processo de formação de cristais, ocorre quando eles arrefecem, ou seja, a rocha passa do estado líquido para o sólido. Em geral, os primeiros cristais a se solidificarem são os silicatos, seguindo uma ordem específica de temperatura e composição química do magma, conhecida como Série de Bowen. Ordem de cristalização dos minerais silicatados no magma organizados de acordo com a Série de Bowen.|Fonte: Adaptado de https://goo.gl/hmYKjH <https://goo.gl/hmYKjH> Como visto na imagem, a Série se diferencia em duas: https://goo.gl/hmYKjH Reação contínua Os minerais interagem com o magma fundido e alteram sua composição química várias vezes. Reação descontínua Os cristais reagem com o material fundido e alteram sua estrutura, originando cristais novos, com outras formas. Em geral, essas cristalizações ocorrem em temperaturas que variam desde 1700°C (olivinas) como 600°C (quartzos). Existe um aumento da complexidade dos cristais que se formam na Série de Bowen quando há decréscimo da temperatura. Isso está ligado à possibilidade de o oxigênio combinar-se com as estruturas de sílica, o que possibilita a formação de muitas estruturas diferentes. Comentário Os silicatos mais comuns da Série de Bowen são: as olivinas; os piroxênios; os anfibólios; a biotita/muscovita (micas); os plagioclásios; os quartzos. Plutonismo Pode ser entendido como um conjunto de processos de origem magmática que ocorrem nas regiões mais profundas da crosta, podendo dar origem a rochas chamadas plútons, rochas plutônicas ou rochas intrusivas. As rochas plutônicas são ácidas, sendo compostas principalmente de granitos e granodioritos. Isso ocorre, pois, o magma ácido tem mais probabilidade de se cristalizar na crosta do que o magma básico. As rochas que envolvem os plútons são chamadas de rochas encaixantes. Os plútons são muito diversos em termos de formas e dimensões por conta de serem resultantes de massas magmáticas que se consolidam no interior da Terra. Os corpos plutônicos podem ser diferenciados em duas categorias: Concordantes Acompanham a estrutura das rochas encaixantes, e essa estrutura determina a forma que os plútons apresentam. As formas concordantes mais frequentes na natureza são chamadas de soleiras, ou sills. Elas são caracterizadas por apresentarem grandes formas tabulares, de pouca espessura, quando vistas sob uma perspectiva de corte transversal. Em geral, essas formas são originárias de um magma com menor viscosidade, o que permite que ele penetre entre os planos paralelos das rochas encaixantes. No Brasil, são estruturas bastante comuns, sendo encontradas em soleiras de diabásio nas bacias sedimentares paleozoicas do Paraná, Amazonas e Maranhão. Discordantes Não acompanham a estrutura da rocha encaixante, e normalmente se cristalizam de forma truncada às rochas encaixantes. Geralmente, acompanham a estrutura de outros elementos, como falhas, fraturas ou aberturas provocadas por atividades vulcânicas e tectônicas. Com relação às formas discordantes, aquelas mais comuns são os diques. Essas possuem forma tabular, e normalmente preenchem fendas que já existem nas rochas encaixantes. O dique varia bastante de tamanho, indo desde pequenas estruturas chamadas microdiques, até diques com quilômetros de extensão. Se o substrato apresentar sistemas de fraturas ou outras fendas, pode-se formar sistemas dediques. Dependendo do sistema já existente, os diques podem apresentar-se de forma radial, cruzada ou com outros arranjos. Alguns diques têm sua origem ligada à ascensão de corpos magmáticos, podendo provocar fraturas que são chamadas de anelares. Principais tipos de corpos plutônicos e vulcânicos. | Fonte: https://goo.gl/1XBvtG <https://goo.gl/1XBvtG> Saiba mais Os diques no Brasil apresentam muitas origens e composições químicas distintas: Diques de diabásio são comuns nas bacias sedimentares Paleozoicas, e em algumas regiões de Viçosa e outros lugares de Minas Gerais; Diques de pegmatitos ocorrem em Minas Gerais e em alguns estados do Nordeste, e podem dar origem a minerais semipreciosos, preciosos ou que tenham algum tipo de valor econômico por sua composição. https://goo.gl/1XBvtG Classificação e identificação das rochas ígneas Existe uma grande variedade de rochas ígneas ligada diretamente às características do seu modo de formação. A classificação destas rochas é feita de acordo com diferentes critérios: 1. Profundidade de formação da rocha; 2. Granulometria; 3. Teor de SiO 4. Cor ou percentagem de silicatos ferromagnesianos; 5. Composição Mineralógica. Saiba mais Antes de continuar seus estudos, entenda melhor cada um desses critérios <galeria/aula7/anexo/Criterios_para_a_classificacao_das_rocha s_igneas.pdf> . Rochas sedimentares Os sedimentos são materiais originados da erosão de rochas preexistentes. As rochas sedimentares são formadas pela deposição e consolidação dos sedimentos. Cobrem cerca de 75% da superfície terrestre e 90% dos leitos marinhos e corresponde a 5% do volume da Terra. A formação de uma rocha sedimentar se dá por meio de uma sucessão de etapas, que constituem o chamado ciclo sedimentar. 2 file:///C:/inetpub/wwwroot/graduacao/2018.2/Geologia__GON945/galeria/aula7/anexo/Criterios_para_a_classificacao_das_rochas_igneas.pdf Processos básicos de formação de uma rocha sedimentar. | Fonte: Autor, 2018. Vamos entender melhor as etapas básicas do ciclo sedimentar: O intemperismo É o processo pelo qual as rochas são transformadas em outros materiais que, apesar de estáveis, apresentam condições físico-químicas diferentes das rochas de origem. Algumas variáveis determinaram o tipo de intemperismo e sua intensidade: o clima, a composição e as propriedades da rocha de origem, e variáveis locais, como a presença de biota, lençóis freáticos etc. Existem dois tipos de intemperismo: o físico acontece quando há desintegração da rocha em partículas menores; e o químico, que ocorre quando a rocha original se decompõe por conta da presença de água ou outras substâncias. Alguns autores citam um terceiro tipo de intemperismo, chamado de biológico, quando a causa é motivada por processos de origem biológica. O intemperismo químico tem como produtos os solutos e resíduos. Os solutos incluem principalmente Na, K, Mg e Ca, que são lixiviados e chegam até os oceanos, onde podem se precipitar e formar rochas sedimentares químicas. Os resíduos, ou materiais detríticos, são pouco solúveis em água e compostos principalmente de quartzo ou outros tipos de minerais primários resistentes. Nessa fração, incluem-se também os produtos que se formam nos processos de intemperismo químico, ou seja, os minerais secundários. Transporte dos sedimentos originados por intemperismo Essa etapa é a segunda no ciclo sedimentar, e consiste no transporte dos sedimentos por agentes e processos de origem natural. Em geral, ocorre por processos de: solução — os solutos são transportados em solução aquosa; suspensão — o transporte dos sedimentos finos; ou tração dos materiais — o transporte dos mais grosseiros. O transporte tem os nomes de: erosão — quando se dá pela superfície do solo e lixiviação — quando ocorre no interior do solo. Os principais mecanismos de transporte são: gravidade, gelo, água e vento. A intensidade de cada um dos meios de transporte serve como um separador de sedimentos, avaliado pelos parâmetros de: competência — relativa ao tamanho e à quantidade de fragmentos; enquanto poder de seleção — é relacionado à separação dos fragmentos por tamanho. A gravidade e o gelo têm maior competência, o vento tem maior poder de seleção. Deposição e consolidação dos sedimentos A deposição dos sedimentos ocorre quando há diminuição da energia do meio de transporte, mas também pode ocorrer quando a reação química termina e há precipitação de substâncias dissolvidas. A deposição dos sedimentos ocorre em locais como depressões, oceanos e lagos, ou planícies de inundação, desertos e pântanos; A consolidação (litificação ou diagênese) consiste na atuação simultânea dos processos físicos de compactação e/ou químicos de cimentação, que promovem o endurecimento dos sedimentos depositados, dando origem às rochas sedimentares. Classificação e identificação de rochas sedimentares As rochas sedimentares se formam quando termina o ciclo sedimentar. Uma das características mais importantes e intrinsecamente ligada à formação das rochas sedimentares é o processo de estratificação. Rochas sedimentares.| Fonte: shutterstock / Minikhan Normalmente, os estratos são bastante visíveis, e apresentam diferentes cores, granulometrias e estruturas, que têm origem na composição mineralógica dos sedimentos e com a seleção dos sedimentos durante o ciclo sedimentar. Aqui entendemos que existem dois grupos principais de sedimentos: detríticos e químicos. Essas categorias são ligadas ao tipo de ciclo sedimentar. Esses grupos de sedimentos, por sua vez, dão origem a dois grupos de rochas sedimentares: clásticas (fragmentárias ou detríticas) e químicas e orgânicas. Saiba mais Antes de dar continuidade, saiba mais sobre os dois grupos de rochas sedimentares <galeria/aula7/anexo/Grupos_de_rochas_sedimentares.pdf> . file:///C:/inetpub/wwwroot/graduacao/2018.2/Geologia__GON945/galeria/aula7/anexo/Grupos_de_rochas_sedimentares.pdf Rochas metamórficas As rochas sedimentares, assim como as magmáticas, quando submetidas a elevadas pressões e temperaturas (que oscilam entre 100°C e 600°C), tornam-se instáveis. Por conta disso, os minerais originais tendem a se transformar através de reações químicas ou mudanças em sua cristalização, ou ainda, modificam a sua forma e/ou o seu tamanho caso venham a se recristalizar. Assim, a rocha passa a ter uma nova composição mineral e novas texturas e estruturas se desenvolvem. O resultante da transformação das rochas, sedimentares ou não, sob a influência de fatores como pressão, temperatura e gases (CO e H O, principalmente) é chamado de rocha metamórfica. O conjunto de processos que levam a criação de uma rocha metamórfica é chamado de metamorfismo. O processo de metamorfismo se dá com diferentes intensidades, de tal forma que as rochas podem ser mais ou menos metamorfizadas, em função de maiores ou menores temperaturas e pressões. Para diferenciar esses estágios, o metamorfismo é dividido em graus metamórficos, que são denominados: incipiente; fraco; médio e forte. De maneira geral, o aumento do grau metamórfico causa mudanças na mineralogia e aumento do tamanho dos grãos minerais das rochas. O grau metamórfico incipiente geralmente provoca poucas alterações na rocha, quando comparada com a original. Já o alto grau metamórfico provoca tantas alterações que as rochas apresentam pouca semelhança com as 2 2 originais. Caso as condições de temperatura e pressão forem mais intensas, há refusão parcial da rocha . Uma sequência comum de graus metamórficos crescentes é: Sequência dos graus de mateformismo. | Fonte: Adaptado de Popp (2004). Atenção Nessa sequência, percebe-se as modificações mineralógicas e texturais relacionadas ao aumento do grau metamórfico. Em geral, a pressão exercida nas rochas metamórficas é cisalhante, ou seja, orientada. As rochas submetidas a esse tipo de pressão mostram uma estrutura denominada xistosidade. A xistosidade é uma característica que consiste na orientação de alguns minerais passíveis de seremorientados, ou seja, são planares ou angulados. Se, em alguma rocha, houver crescimento da proporção de minerais não orientáveis, como os quartzos e os feldspatos, ao invés de haver xistosidade, há uma segregação de minerais chamada de foliação gnáissica. Perturbações das rochas Na aula quatro, falamos sobre essas situações, agora, podemos entender que as estruturas das rochas e suas feições estruturais são ligadas diferentemente à sua gênese, e ao seu modo de formação. Assim: 2 file:///C:/inetpub/wwwroot/graduacao/2018.2/Geologia__GON945/aula7.html as rochas magmáticas possuem corpos de formas características, tais como soleiras, diques etc.; as rochas sedimentares ocorrem em estratos paralelos entre si, podendo apresentar fósseis; as rochas metamórficas apresentam xistosidade. As perturbações das rochas são consideradas estruturas impressas nas rochas após a sua formação ou durante a fase de diagênese dos sedimentos, quando estamos tratando de rochas sedimentares. Essas perturbações são rupturas, arqueamentos e ondulações produzidas por diversas causas, principalmente os esforços tectônicos. Tais estruturas predominam amplamente nas rochas metamórficas. Se considerarmos uma rocha hipotética submetida a esforços, essa rocha sofrerá mudança de forma e/ou de volume após um tempo proporcional à intensidade dos esforços. As características desta mudança dependem do tipo de rocha e sua plasticidade. Uma rocha mais plástica tende a se dobrar; já rochas pouco plásticas tendem a se romper no sentido do esforço. Uma rocha pouco plástica também pode se dobrar quando o esforço aplicado sobre ela é lento e gradual, isto é, atua de modo contínuo, aos poucos, durante muito tempo (tempo geológico). A plasticidade é função da temperatura e da duração do esforço: o aumento dessas características facilita a mobilidade das partículas que compõem a rocha, permitindo maior deformação plástica. Isso acaba gerando os seguintes produtos: Dobras Ondulações impressas nas rochas devido a um caráter plástico das mesmas. Denomina-se sinclinal a dobra com a concavidade voltada para cima e anticlinal a dobra com a concavidade voltada para baixo. Falhas São fraturas que causam deslocamento relativo entre os blocos rochosos. O deslocamento ocorre ao longo do plano de fratura. De acordo com o tipo de deslocamento entre os blocos rochosos, as falhas podem ser: de gravidade, de empurrão ou de deslocamento horizontal. Diáclases, juntas ou fraturas São rupturas que separam duas partes de um bloco rochoso que era inicialmente inteiro. Não há deslocamento entre os blocos. As fraturas podem ocorrer isoladas ou em sistemas, que apresentam arranjos característicos tais como fraturas paralelas, cruzadas, radiais etc. Classificação e identificação de rochas metamórficas A classificação das rochas metamórficas não obedece a critérios específicos, pois são muito variáveis. A seguir, as principais classes de rochas metamórficas: Ardósias Rochas de baixo grau metamórfico (incipiente), originais de argilito/siltito. Possuem granulação muito fina e elevada xistosidade. Filitos Rochas de granulação fina com boa xistosidade. Os planos de xistosidade apresentam brilho acetinado promovido pelas micas. São rochas de baixo grau metamórfico (fraco), originadas de argilito/siltito. Xistos Rochas xistosas com minerais visíveis. Constituídas essencialmente de micáceos, e menor proporção de quartzo e feldspatos. São rochas de grau metamórfico médio, originadas de argilito/siltito, basaltos, gabros e rochas ultrabásicas. Gnaisses Rochas constituídas por quartzo, feldspatos, micas, e anfibólios, onde os minerais claros se alternam em bandas com os minerais escuros, constituindo a foliação gnáissica. Têm grau metamórfico médio a forte, e derivam de rochas ígneas ou sedimentares. Quartzitos Rochas metamórficas de arenitos compostas por grande parte de quartzo. A xistosidade que apresentam é devida à presença de micas. Estas rochas têm uso ornamental e como revestimento, e são conhecidas como “Pedra de São Tomé” ou “Pedra de Minas”. Mármores Rochas metamórficas de calcários, compostas basicamente de calcita e/ou dolomita. Raramente apresentam xistosidade. Anfibolitos Rochas compostas de anfibólios e feldspatos (plagioclásios), originadas do metamorfismo de rochas ígneas básicas. Apresentam orientação de minerais. Itabiritos São um tipo especial de quartzito, originadas do metamorfismo de um tipo especial de rocha sedimentar química. Os itabiritos se caracterizam por apresentarem bandas alternadas de quartzo e hematita. As jazidas de minério de ferro estão geralmente associadas a estas rochas. Esteatitos (pedra-sabão) Rochas compostas essencialmente por talco e clorita com xistosidade pouco pronunciada, originadas do metamorfismo de rochas ígneas ultrabásicas. Atividade 1 - Observe a charge abaixo e perceba que o Calvin não se referiu a todos os tipos de rochas. Para compor um mosaico sobre os tipos de rochas você conseguiria dizer o que é uma metamórfica? Charge de Calvin, personagem das tirinhas do autor Bill Watterson. 2. Sabemos que a indústria petrolífera é uma das mais ricas do mundo e possui grande poder de influência. Nesse sentido, qual é a importância das rochas sedimentares para esse tipo de indústria? 3. A fossilização é um fenômeno muito observado nas investigações de tempos pretéritos. Esse fenômeno só pode ocorrer em rochas sedimentares, pois: a) Essas rochas não possuem densidade suficiente para destruir os fósseis. b) São estruturas geologicamente antigas, quando os primeiros animais surgiram. c) Ocorre durante o processo de diagênese, com a formação das rochas sedimentares. d) São as únicas rochas encontradas abaixo da superfície. e) Originam-se a partir do congelamento dos sedimentos, conservando a estrutura dos restos fósseis. 4. As rochas metamórficas são constituídas a partir das transformações de outras rochas preexistentes. Essa transformação ocorre graças à alteração das condições de ambiente, temperatura e pressão em relação ao ponto em que essas rochas se originaram. Com base nessas informações e em seus conhecimentos em Geografia Física, assinale a alternativa que indica um local onde é mais provável a ocorrência do fenômeno citado. a) Chapada Diamantina, Brasil. b) Parque Nacional de Yellowstone, Estados Unidos. c) Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Fusce eu ultricies dolor, eu ultricies massa. Maecenas imperdiet elementum placerat. d) Cordilheira dos Andes, América do Sul. e) Golfo pérsico, Oriente Médio. 5. (UEM) Sobre as rochas que compõem a crosta terrestre, assinale a alternativa correta. a) As rochas sedimentares formaram-se pelo resfriamento e pela solidificação de minerais da crosta terrestre, isto é, o magma. b) As rochas metamórficas formaram-se a partir das transformações sofridas pelas rochas magmáticas e sedimentares quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra. c) As rochas magmáticas formaram-se a partir da compactação de sedimentos de outras rochas. d) O arenito e o calcário são exemplos de rochas metamórficas. e) O gnaisse e o mármore são exemplos de rochas sedimentares. 6. (UFC) A crosta terrestre é constituída por grande variedade de rochas, classificadas em ígneas, metamórficas e sedimentares, exemplificadas nos grupos a seguir. I. Granito e basalto II. Gnaisse e mármore III. Arenito e calcário Assinale a alternativa que indica, respectivamente, exemplos de rochas ígneas e rochas sedimentares. a) II e III b) I e II c) III e I d) II e I e) I e III Notas Magma O magma, que é a fusão de rochas silicatadas, em sua maioria, de alta temperatura, é proveniente do interior do globo terrestre. Refusão parcial da rocha Parcial, pois os minerais têm diferentes pontos de fusão, e se formam rochas metamórficas/ígneas, de natureza híbrida, como os migmatitos. Referências GROTZINGER, John; JORDAN, Tom. Para entender a Terra. 6. ed. São Paulo: Bookman, 2013. 1 2 POPP, JoséHenrique. Geologia geral. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. TEIXEIRA, Wilson. FAIRCHILD, Thomas Rich. TOLEDO, M. Cristina Motta de. TAIOLI, Fabio. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. Próximos Passos Dinâmica externa da Terra e intemperismo; Processos erosivos; Transporte e deposição. Explore mais O portal do CPRM nos traz uma discussão sobre a polêmica entre os termos mineral, rocha e pedra. Bastante legal! BRANCO, Pércio de Moraes. Mineral, rocha ou pedra. Disponível em: https://goo.gl/qTYv54 <https://goo.gl/qTYv54> . Acesso em 05 mar. 2018. Na versão brasileira do site BBC, foi criada uma lista interessante. Veja lá! DASGUPTA, Shreya. As quinze paisagens de rochas mais impressionantes do mundo. Disponível em: https://goo.gl/FWMQNe <https://goo.gl/FWMQNe> . Acesso em 05 mar. 2018. O caderno de ciências do portal O Globo traz uma reportagem sobre a catalogação de rochas no mundo. Interessantíssimo. BAIMA, Cesar. Cientistas catalogam os mais de cinco mil tipos de rocha da Terra. Disponível em: https://goo.gl/psZ7wh <https://goo.gl/psZ7wh> . Acesso em 05 mar. 2018. https://goo.gl/qTYv54 https://goo.gl/FWMQNe https://goo.gl/psZ7wh
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