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CÂMARA MUNICIPAL DE CACHOEIRA PAULISTA 
Estado de São Paulo 
 
Travessa Antônio Dabul, 01 – Centro – Tel/Fax (12) 3186-9700 – CEP 12630-000 
E-mail: secretaria@cmcp.sp.gov.br Site: www.cmcp.sp.gov.br 
 0 
 
 
 
 
LEI ORGÂNICA 
MUNICIPAL 
 
 
 
 
Última Atualização 
 15/05/2014 
 
 
 
CÂMARA MUNICIPAL DE CACHOEIRA PAULISTA 
Estado de São Paulo 
 
Travessa Antônio Dabul, 01 – Centro – Tel/Fax (12) 3186-9700 – CEP 12630-000 
E-mail: secretaria@cmcp.sp.gov.br Site: www.cmcp.sp.gov.br 
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PREÂMBULO 
O Poder Legislativo de Cachoeira Paulista, invocando a proteção de Deus, e inspirado nos 
princípios constitucionais da República e no ideal de a todos assegurar justiça e bem-estar, 
decreta e promulga a 
 
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA PAULISTA, ESTADO DE SÃO 
PAULO 
 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
CAPÍTULO I 
O Município 
 
Art. 1º O Município de Cachoeira Paulista é uma unidade do território do Estado de São Paulo, com 
autonomia política, legislativa, administrativa e financeira, nos termos estabelecidos pela 
Constituição Federal. 
 
Art. 2º São poderes do Município, independentes e harmônicos, entre si, o Legislativo e o 
Executivo. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 02/2010) 
 
Art. 3º São Símbolos Municipais: a bandeira, o brasão de armas em uso na data da promulgação 
desta Lei Orgânica, como também o hino e o selo municipal estabelecidos em Lei. (Redação 
dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 04/2010) 
 
Art. 4º O Município de Cachoeira Paulista terá como cores oficiais o “branco” e o “preto”. 
 
 
CAPÍTULO II 
Da Competência 
 
Art. 5º O Município tem como competência privativa: 
 
 I – legislar sobre o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e os Orçamentos Anuais; 
 
 II – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem 
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em 
Lei; 
 
 
 
CÂMARA MUNICIPAL DE CACHOEIRA PAULISTA 
Estado de São Paulo 
 
Travessa Antônio Dabul, 01 – Centro – Tel/Fax (12) 3186-9700 – CEP 12630-000 
E-mail: secretaria@cmcp.sp.gov.br Site: www.cmcp.sp.gov.br 
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 III – criar, organizar e suprimir distritos e subprefeituras, por Lei Municipal, observada a 
Legislação Estadual; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 01/2009) 
 
 IV – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os seus 
serviços públicos; 
 
 V – disciplinar a utilização dos logradouros públicos e, em especial, quanto ao trânsito e 
tráfego, provendo sobre: 
 
a) o transporte coletivo urbano, seu itinerário, os pontos de parada e as tarifas; 
 
b) os serviços de táxis, seus pontos de estacionamento e as tarifas; 
 
c) a sinalização, os limites das zonas de silêncio, os serviços de carga e descarga, a 
tonelagem máxima permitida aos veículos, assim como os locais de estacionamento. 
 
VI – dispor sobre administração, utilização e alienação de seus bens; 
 
VII – adquirir bens por necessidade, utilidade pública ou por interesse social; 
 
VIII – prestar serviços de atendimento à saúde da população, com a cooperação técnica e 
financeira da União e do Estado; 
 
IX – manter programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental, com a cooperação 
técnica e financeira da União e do Estado; 
 
X – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e 
controle de uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; 
 
XI – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a 
ação fiscalizadora Federal e Estadual; 
 
XII – prover sobre limpeza das vias e logradouros públicos municipais, remoção e 
destinação do lixo domiciliar; 
 
XIII – conceder aos estabelecimentos industriais, comerciais e outros licença para sua 
instalação e horário de funcionamento, observadas as normas pertinentes e revogá-las 
quando suas atividades se tornarem prejudiciais à saúde e ao sossego público; 
 
XIV – dispor sobre o serviço funerário e cemitérios, encarregando-se da administração 
daqueles que forem públicos e fiscalizando os pertencentes às entidades privadas; 
 
 
 
CÂMARA MUNICIPAL DE CACHOEIRA PAULISTA 
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XV – regulamentar e fiscalizar a fixação de cartazes e anúncios, bem como a utilização de 
quaisquer outros meios de publicidade e propaganda de qualquer natureza; 
 
XVI – dispor sobre guarda e destino dos animais apreendidos, assim como sua vacinação; 
 
XVII – dar destinação às mercadorias apreendidas em decorrência de transgressões da 
legislação municipal, reservando-se as mercadorias lícitas, a fim de serem doadas às 
entidades sociais e filantrópicas; 
 
XVIII – instituir regime jurídico único para servidores da administração pública, bem como 
planos de carreira; 
 
XIX – estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos. 
 
Parágrafo Único – O Município deverá, no que couber, suplementar a Legislação Federal e 
Estadual. 
 
 
TÍTULO II 
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
 
CAPÍTULO I 
Do Poder Legislativo 
 
Seção I 
Da Organização do Poder Legislativo 
 
Art. 6º O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, constituída de vereadores eleitos e 
investidos, na forma da legislação Federal, para uma legislatura de quatro anos. 
 
 § 1° - A Câmara Municipal de Cachoeira Paulista será composta com o número de 13 (treze) 
Vereadores. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 03/2010) 
 
 § 2° - A Câmara Municipal reunir-se-á em Sessão Legislativa, independente de convocação, 
de 11 de janeiro a 10 de julho e de 20 de julho a 23 de dezembro. (Redação dada pela Emenda à 
Lei Orgânica n°02/2006) 
 
 § 3° - No primeiro ano da Legislatura, no dia 1° de janeiro, a Câmara Municipal reunir-se-á, 
da mesma forma, em Sessão Solene de Instalação, independentemente do número, sob a 
presidência do Vereador mais votado dentre os presentes, para a posse de seus membros e 
eleição da Mesa. 
 
 
 
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 § 4° - A Sessão Legislativa não será interrompida sem aprovação do Projeto de Lei de 
Diretrizes Orçamentárias. 
 
 § 5° - A Sessão Legislativa anual poderá ser prorrogada pelo voto da maioria absoluta dos 
membros da Câmara Municipal. 
 
 § 6° - A Câmara Municipal poderá ser convocada para Sessão Extraordinária por dois terços 
de seus membros, pelo Presidente da Câmara ou pelo Prefeito Municipal, quando houver 
matérias de interesse relevante e urgente a deliberar. (Redação dada pela Emenda à Lei 
Orgânica n° 02/2009) 
 
 § 7° - Na Sessão Extraordinária, a Câmara Municipal deliberará somente sobre matéria para 
a qual foi inicialmente convocada. 
 
 § 8° - Se na data inicial do primeiro ou segundo período da Sessão Legislativa anual 
coincidir com o sábado, domingo ou feriado, a Câmara Municipal reunir-se-á no primeiro 
dia útil imediatamente seguinte. 
 
 § 9° - O Regimento Interno disporá sobre o funcionamento da Câmara Municipal nos 
sessenta dias anteriores às eleições. 
 
Art. 7º A Câmara Municipal funcionará em Sessões Públicas, presentes, pelo menos, um terço de 
seus membros. 
 
 § 1° - Excetuados os casos expressos nesta Lei Orgânica, as deliberações serão tomadas por 
maioria de votos, presentes pelo menos a maioria absoluta de seus membros. 
 
 § 2° - As deliberações da Câmara Municipal e das suas Comissões dar-se-ão sempre por 
voto aberto, inclusive nos seguintes casos: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 
04/2001) 
 
 I – na eleição dos membros da Mesa e seus substitutos; 
 
 II – na votação de Decreto Legislativo para concessão de qualquer honraria; 
 
 III – na votação de veto aposto pelo Prefeito. 
 
 § 3° - A Sessão somente poderáser secreta, por deliberação da maioria absoluta dos 
membros da Câmara Municipal, no interesse da segurança ou do decoro parlamentar, sendo 
o voto descoberto. 
 
Art. 8º Os membros da Mesa e seus substitutos serão eleitos para um mandato de 1 (um) ano. 
 
 
 
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 § 1° - A eleição far-se-á em primeiro escrutínio pela maioria absoluta da Câmara Municipal, 
em segundo escrutínio por maioria simples. 
 
 § 2° - Na constituição da Mesa assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação dos 
partidos políticos com assento na Câmara Municipal. 
 
Art. 9º A Câmara Municipal terá Comissões Permanentes e Temporárias, na forma e com as 
atribuições previstas no Regimento Interno. 
 
 § 1° - Assegurar-se-á nas Comissões, tanto quanto possível, a representação dos partidos 
políticos com assento na Câmara Municipal. 
 
 § 2° - De conformidade com o Regimento Interno, caberá às Comissões, em matéria de sua 
competência: 
 
 1 – discutir e votar Projetos de Lei na forma do Regimento Interno; 
 
 2 – convocar Secretários Municipais e dirigentes de entidades da administração municipal 
para prestar pessoalmente informações sobre assuntos previamente determinados, no 
prazo de 30 (trinta) dias, importando crime de responsabilidade a ausência sem 
justificativa; 
 
 3 – acompanhar junto ao Executivo a elaboração da proposta Orçamentária, bem como a 
sua execução; 
 
 4 – realizar audiências públicas; 
 
 5 – receber representação contra ato ou omissão de autoridade ou entidade pública; 
 
 6 – zelar pela completa adequação dos atos do Executivo que regulamentem dispositivos 
legais; 
 
 7 – tomar depoimentos de autoridade ou cidadão; 
 
 8 – emitir parecer sobre programa de obras e planos de desenvolvimento. 
 
 § 3° - Serão apreciados pelo Plenário da Câmara Municipal os Projetos aprovados na forma 
do item I, do parágrafo anterior, se assim o requerer maioria absoluta de seus membros. 
 
 § 4° - As Comissões Parlamentares de inquérito terão amplos poderes de investigação, 
próprios das autoridades judiciárias, além de outros previstos no Regimento Interno. 
 
 
 
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 § 5° - As Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas, na forma de Regimento 
Interno, a requerimento da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal, para 
proceder, em prazo estabelecido, à apuração dos fatos determinados. (Redação dada pela 
Emenda à Lei Orgânica n° 01/2007) 
 
 
Seção II 
Dos Vereadores 
 
Art. 10 Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato 
e na circunscrição do Município. 
 
 Parágrafo Único – O Vereador não está obrigado a testemunhar sobre informações 
recebidas em função do mandato. 
 
Art. 11 Os Vereadores não poderão: 
 
 I – desde a expedição do diploma: 
 
a) firmar ou manter contrato com pessoas jurídicas de direito público, autarquia, empresa 
pública, sociedade de economia mista, empresa concessionária de serviço público ou 
fundação mantida pelo poder público municipal, salvo quando o contrato obedecer 
cláusulas uniformes; 
 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam 
demissíveis “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior; 
 
 II – desde a posse: 
 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresas que gozam de favor 
decorrentes de contrato com pessoa jurídica de direito público municipal, ou nele 
exercer função remunerada; 
 
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades referidas 
na alínea “a”, do inciso I; 
 
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer entidade referida na alínea “a”, do 
inciso I; 
 
d) ser titular em mais de um cargo ou mandato eletivo Federal, Estadual ou Municipal. 
 
Art. 12 Perderá o mandato o Vereador: 
 
 
 
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 I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; 
 
 II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; 
 
 III – que deixar de comparecer a mais de 06 (seis) Sessões Ordinárias por ano legislativo, 
ressalvados os casos de licença e ausência devidamente autorizada pela Presidência da 
Câmara Municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 01/2002) 
 
 IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
 
 V – quando o decretar a justiça eleitoral, nos casos previstos na legislação pertinente. 
 
 § 1° - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos nesta Lei 
Orgânica e no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas de Vereador, ou a percepção de 
vantagens indevidas. 
 
 § 2° - Nas hipóteses dos incisos III, IV e V, a perda será declarada pela Mesa, de ofício ou 
mediante provocação de qualquer Vereador, ou de partido político representado no 
Legislativo local, assegurada ampla defesa. 
 
Art. 13 Não perderá o mandato o Vereador: 
 
 I – investido no cargo de Secretário do Município; 
 
 II – licenciado pela Câmara Municipal por motivo de doença, em licença gestante, ou para 
tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não 
ultrapasse 120 (cento e vinte) dias por Sessão Legislativa. 
 
 § 1° - O suplente será convocado imediatamente, nos casos de vaga de investidura em 
cargos previstos neste artigo ou de licença superior a 60 (sessenta) dias. 
 
 § 2° - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição, se faltarem mais de quinze 
meses para o término do mandato. 
 
 § 3° - Na hipótese do inciso I, o Vereador poderá optar pela remuneração. 
 
 § 4° - O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de 10 (dez) dias, em 
Sessão Ordinária ou Extraordinária, salvo por motivo justo, aceito pela Câmara Municipal. 
 
 
Seção III 
Das Atribuições do Poder Legislativo 
 
 
 
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Art. 14 Compete à Câmara Municipal, com sanção do Prefeito, dispor sobre todas as matérias de 
competência do Município, ressalvadas as especificadas no artigo 15, especialmente sobre: 
 
 I – instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria; 
 
 II – votar o Plano Plurianual de investimentos, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento 
Anual; 
 
 III – dispor sobre a dívida pública e autorizar operações de crédito; 
 
 IV – criar e extinguir cargos públicos, fixando-lhes vencimentos e vantagens; 
 
 V – autorizar a alienação, cessão ou arrendamento de bens imóveis do Município e o 
recebimento de doações com encargos, não se considerando como tal a simples destinação 
específica do bem; 
 
 VI – concessões de auxílios e subvenções; 
 
 VII – criação, organização e supressão de distritos, mediante plebiscito. 
 
Art. 15 Compete exclusivamente à Câmara Municipal: 
 
 I – eleger a Mesa e constituir as Comissões; 
 
 II – votar o Regimento Interno, organizar sua Secretaria, criando cargos, fixando-lhes 
atribuições e vencimentos, nomeando os respectivos funcionários, promovendo, 
comissionando, concedendo gratificações, licenças, pondo em disponibilidade, exonerando, 
aposentando, punindo, reajustar salários, criar o quadro de carreira para funcionários do 
Poder Legislativo, através de Resolução; 
 
 III – dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito eleitos e conceder ao Prefeito licença para 
ausentar-se do Município por maisde quinze (15) dias; 
 
 IV – fixar, de uma para outra legislatura, a remuneração dos Vereadores, do Prefeito, Vice-
Prefeito, bem como aos Secretários do Município; 
 
 V – tomar e julgar anualmente as contas, prestadas pela Mesa da Câmara Municipal e pelo 
Prefeito; 
 
 VI – autorizar o Prefeito a efetuar ou contrair empréstimos, de qualquer natureza; 
 
 VII – examinar, em confronto com as respectivas Leis, os Decretos e Regulamentos do Poder 
Executivo, sustando os dispositivos ilegais; 
 
 
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 VIII – fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os da administração 
indireta; 
 
 IX – suspender, no todo ou em parte, a execução de Lei ou Ato Normativo, declarados 
inconstitucionais em decisão irrecorrível do Tribunal competente; 
 
 X – convocar Subprefeitos, Secretários Municipais, Secretários Adjuntos e Dirigentes 
Municipais, para prestar, pessoalmente, no plenário, informações a respeito de assunto de 
sua pasta, previamente delimitado, ressalvada a regra do art. 9°, § 2°, II desta Lei Orgânica; 
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 03/2009) 
 
 XI – requisitar, na forma do Regimento Interno, ao Prefeito aos Subprefeitos, Secretários 
Municipais, Secretários Adjuntos e Dirigentes Municipais, informações sobre assuntos de 
interesse público relacionados com a sua pasta, importando em crime de responsabilidade 
a recusa ou não atendimento, no prazo de 30 (trinta) dias, bem como o fornecimento de 
informações falsas; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 07/2014) 
 
 XII – conceder licença aos Vereadores; 
 
 XIII – movimentar livremente seu orçamento, entre as categorias funcionais programáticas; 
 
 XIV – deliberar sobre referendo e plebiscito; 
 
 XV – deliberar sobre autorização ou aprovação de convênios, acordos ou contratos a serem 
celebrados pela Prefeitura com os governos Federal e Estadual ou de outro Município, 
entidades de direito público ou privado e particulares; 
 
 XVI – criar Comissões Especiais para fim determinado que se inclua na competência 
municipal, por proposta da Mesa ou por requerimento da maioria absoluta, no mínimo, dos 
membros da Câmara, com a aprovação de dois terços; (Redação dada pela Emenda à Lei 
Orgânica n° 01/2007) 
 
 XVII – Julgar o Prefeito e o Vice-Prefeito pela prática de infrações político-administrativas 
definidas no art. 4º e Vereadores pelas práticas definidas no art. 7º, ambos Decreto-Lei nº 
201, de 27 de fevereiro de 1967, obedecendo o processo de julgamento ao rito nele previsto 
se outro não for estabelecido pela legislação estadual. (Redação dada pela Emenda à Lei 
Orgânica n° 06/2014) 
 
 XVIII – conceder Título de Cidadão Honorário a pessoas que, reconhecidamente, tenham 
prestado serviços ao Município, mediante Decreto Legislativo, aprovado pelo voto de, no 
mínimo, dois terços de seus membros. 
 
 
 
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 XIX – fixar os subsídios dos Vereadores, Presidente da Câmara Municipal, Prefeito, Vice-
Prefeito e Secretários do Município, em cada Legislatura para a subseqüente, observado o 
disposto no artigo 29, incisos V e VI, da Constituição da República e demais disposições 
legais pertinentes à matéria. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 02/2001) 
 
 
Seção IV 
Do Processo Legislativo Municipal 
 
Art. 16 O processo legislativo municipal compreende a elaboração de: 
 
 I – Emendas à Lei Orgânica; 
 
 II – Leis Complementares à Lei Orgânica; 
 
 III – Leis Ordinárias; 
 
 IV – Decretos Legislativos; 
 
 V – Resoluções. 
 
 § 1° - As Emendas à Lei Orgânica serão votadas em dois turnos, com interstício mínimo de 
dez dias, e aprovadas por maioria de dois terços da Câmara Municipal. 
 
 § 2° - As Leis Complementares à Lei Orgânica serão aprovadas por maioria absoluta. 
 
 § 3° - As Leis Ordinárias, Decretos Legislativos e Resoluções, serão aprovados por quórum a 
ser estabelecido e detalhado por Resolução competente em Regimento Interno. 
 
Art. 17 A Câmara Municipal deliberará, mediante Resolução, sobre assuntos de sua economia 
interna e, nos demais casos de sua competência privativa, por Decreto Legislativo. 
 
Art. 18 A iniciativa das Leis Ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara Municipal 
e ao Prefeito, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica. 
 
 Parágrafo Único – São de iniciativa privativa do Prefeito as Leis que disponham sobre: 
 
 1 – criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autarquias, 
bem como a fixação da respectiva remuneração; 
 
 2 – servidores públicos, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e 
aposentadoria; 
 
 
 
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 3 – criação, estrutura e atribuição de órgãos da administração pública municipal; 
 
 4 – matéria tributária e orçamentária. 
 
Art. 19 A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação à Câmara Municipal de Projetos 
de Lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, subscrito por, no 
mínimo, 1% (um por cento) do eleitorado. 
 
Art. 20 Não será admitido aumento da despesa prevista nos Projetos sobre os serviços 
administrativos da Câmara Municipal ou nos Projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, 
ressalvado o disposto no artigo subsequente. 
 
Art. 21 O Projeto de Lei do Orçamento anual ou os Projetos de Lei que o modifiquem poderão ser 
objeto de emendas, desde que, observadas as demais disposições da Constituição da 
República e da Legislação pertinente, indiquem recursos necessários, admitidos apenas os 
provenientes de anulação de despesas, excluídos os que incidem sobre: 
 
 I – dotação para pessoal e seus encargos; 
 
 II – serviços da dívida. 
 
Art. 22 O Prefeito poderá solicitar urgência, para apreciação de Projetos de sua iniciativa. 
 
Art. 23 A Câmara Municipal enviará o Projeto de Lei aprovado ao Prefeito que, aquiescendo, o 
sancionará. 
 
 § 1° - Se o Prefeito considerar o Projeto, no todo ou em parte, inconstitucional, ou contrário 
ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, 
contados da data do recebimento e comunicará ao Presidente da Câmara os motivos do 
veto, dentro de 48 horas. 
 
 § 2° - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea. 
 
 § 3° - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, o silêncio do Prefeito importará em sanção. 
 
 § 4º - O veto será apreciado dentro de 30 (trinta) dias, a contar de seu recebimento, só 
podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal. 
 
 § 5° - Se o veto for rejeitado, será o Projeto enviado para a promulgação ao Prefeito. 
 
 § 6° - Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo 4°, o veto será colocado 
na ordem do dia da sessão imediata, até a sua votação final. 
 
 
 
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 § 7° - Se a Lei não for promulgada dentro de 48 horas pelo Prefeito Municipal, nos casos dos 
§ 3° e 5°, o Presidente da Câmara Municipal o promulgará em igual prazo. 
 
Art. 24 A matéria constante do Projeto de Lei rejeitado, somente constituirá objeto de novo Projeto, 
na mesma Sessão Legislativa, mediante proposta da maioria absoluta da Câmara Municipal, 
ressalvadas as proposições de iniciativa do Prefeito. 
 
 
Seção V 
DaFiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária 
 
Art. 25 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município, 
das entidades da administração direta e indireta e das fundações instituídas ou mantidas 
pelo Poder Público, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de 
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle 
externo e pelo sistema de controle interno de cada poder, na forma estabelecida no artigo 
31 da Constituição Federal e nesta Lei Orgânica. 
 
 § 1° - Prestará conta qualquer pessoa física ou jurídica de direito público ou direito privado 
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos, ou 
pelos quais o Município responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza 
pecuniária. 
 
 § 2° - As contas relativas às subvenções, financiamentos, empréstimos e auxílios recebidos 
da União e do Estado, ou por seu intermédio, serão prestadas em separado diretamente ao 
Tribunal de Contas, sem prejuízo da fiscalização externa recebida pela Câmara Municipal. 
 
Art. 26 Os poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integrada, sistemas de controle 
interno com finalidade de: 
 
 I – avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual dos programas de 
governo e dos Orçamentos do Município; 
 
 II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e eficiência da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial, nos órgãos e entidades da administração municipal, 
bem como da aplicação dos recursos públicos por entidades de direito privado; 
 
 III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e 
haveres do Município; 
 
 IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
 
 
 
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 13 
 
 § 1° - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade, ilegalidade ou ofensa aos princípios do artigo 37 da Constituição Federal, 
dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária. 
 
 § 2° - Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical é parte legítima 
para, na forma da Lei, denunciar irregularidades perante o Tribunal de Contas do Estado. 
 
Art. 27 O movimento de caixa da semana anterior será publicado até o segundo dia útil da semana 
subsequente, por edital afixado no Edifício da Prefeitura e da Câmara. (Redação dada pela 
Emenda à Lei Orgânica n° 03/2001) 
 
Art. 28 O balancete relativo à receita e despesa do mês anterior será encaminhado à Câmara 
Municipal e publicado mensalmente até o dia 20 (vinte), mediante edital afixado no edifício 
da Prefeitura e da Câmara, conforme o caso. 
 
 Parágrafo Único – Existindo órgão oficial do Município, o balancete mensal será nele 
publicado. 
 
 
CAPÍTULO II 
Do Poder Executivo 
 
Seção I 
Do Prefeito e do Vice-Prefeito 
 
Art. 29 O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, eleito para um mandato de 04 
(quatro) anos, na forma estabelecida pela Constituição da República. 
 
Art. 30 Substituirá o Prefeito no caso de impedimento, e suceder-lhe-á no de vaga, o Vice-Prefeito. 
 
 Parágrafo Único – O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por 
Lei Complementar, auxiliará o Prefeito Municipal sempre que por ele convocado para 
missões especiais. 
 
Art. 31 A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-á noventa dias antes do término do 
mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá no dia primeiro de janeiro do ano 
subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no artigo 77 da Constituição da 
República. 
 
Art. 32 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos, 
serão sucessivamente chamados ao exercício da governança o Presidente da Câmara 
Municipal e o Assessor Jurídico do Executivo. 
 
 
 
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Art. 33 Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta 
a última vaga. 
 
 § 1° - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos de período governamental, a eleição para 
ambos os cargos será feita após a última vaga pela Câmara Municipal, na forma da Lei. 
 
 § 2° - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. 
 
Art. 34 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse perante a Câmara Municipal, prestando o 
seguinte compromisso: 
 
 “PROMETO CUMPRIR E FAZER CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, DO ESTADO E 
DO MUNICÍPIO, OBSERVAR AS LEIS E DESEMPENHAR COM LEALDADE AS FUNÇÕES QUE 
ORA ASSUMO.” 
 
 Parágrafo Único – Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou Vice-
Prefeito, salvo por motivo de força maior, não tiverem assumido o cargo, este será 
declarado vago. 
 
Art. 35 O Prefeito não poderá, sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se do Município por 
período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. 
 
 
Seção II 
Das Atribuições do Prefeito 
 
Art. 36 Compete privativamente ao Prefeito: 
 
 I – representar o Município nas suas relações jurídicas, políticas e administrativas; 
 
 II – exercer, com auxílio dos Secretários do Município, a direção superior da administração 
municipal; 
 
 III – sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis, bem como expedir regulamentos para 
sua fiel execução; 
 
 IV – vetar projetos de Lei, total ou parcialmente; 
 
 V – propor ação de inconstitucionalidade da Lei ou Ato Normativo Municipal, em face e nos 
termos desta Lei Orgânica; 
 
 VI – exercer o poder hierárquico e disciplinar sobre todos os servidores do Executivo, na 
forma que a Lei estabelecer; 
 
 
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 VII – prover os cargos públicos do Município, com as restrições da Constituição da 
República e na forma que a Lei estabelecer; 
 
 VIII – nomear livremente os Secretários do Município, os Subprefeitos, os dirigentes de 
autarquias e fundações, assim como indicar os diretores de sociedades de economia mista e 
empresas públicas; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 01/2009) 
 
a) os Secretários Municipais e Subprefeitos serão nomeados pelo Prefeito, entre cidadãos 
maiores de 18 (dezoito) anos, no pleno exercício de seus direitos políticos; 
 
b) a Administração Municipal será exercida, em nível local, através de Subprefeituras, na 
forma estabelecida em Lei, que definirá suas atribuições, números e limites territoriais, 
bem como as competências. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 01/2009) 
 
 IX – solicitar intervenção federal ou estadual no Município, nos termos da Constituição da 
República; 
 
 X – enviar à Câmara Municipal a proposta Orçamentária, na forma desta Lei Orgânica; 
 
 XI – realizar operações de crédito autorizadas pela Câmara Municipal; 
 
 XII – expedir Decretos, Portarias e praticar os demais atos de administração nos limites da 
competência do Executivo; 
 
 XIII – enviar à Câmara Municipal Projetos de Lei relativos ao plano municipal de ação 
governamental e planos regionais de desenvolvimento, na forma desta Lei Orgânica; 
 
 XIV – enviar à Câmara Municipal Projetos de Lei relativos ao Plano Plurianual, Diretrizes 
Orçamentárias, Orçamento Anual, Dívida Pública e operações de crédito; 
 
 XV – enviar à Câmara Municipal Projeto de Lei sobre o regime de concessão ou permissão 
de serviços públicos; 
 
 XVI – decretar desapropriações;XVII – prestar contas da administração do Município à Câmara Municipal; 
 
 XVIII – apresentar à Câmara Municipal, até sessenta dias após a posse, mensagem sobre a 
situação encontrada no Município; 
 
 
 
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 XIX – subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital de sociedade de economia 
mista ou empresa pública, desde que haja recursos hábeis, mediante autorização da Câmara 
Municipal; 
 
 XX – dispor a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha subscrito, 
adquirido, realizado ou aumentado mediante autorização da Câmara Municipal; 
 
 XXI – fazer públicos os atos oficiais; 
 
 XXII – colocar à disposição da Câmara, dentro de quinze (15) dias de sua requisição, as 
quantias que devem ser gastas de uma só vez; 
 
 XXIII – comunicar ao Cartório de Registro de Imóveis as denominações de vias e 
logradouros; 
 
 XXIV – aprovar projetos de edificações, planos de loteamento e arruamento; 
 
 XXV – enviar à Câmara Municipal o Projeto do Plano Diretor; 
 
 XXVI – decretar estado de calamidade pública; 
 
 XXVII – solicitar o auxílio da polícia estadual, para a garantia de cumprimento de seus atos; 
 
 XXVIII – exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica. 
 
 § 1° - A representação a que se refere o inciso I poderá ser delegada por Lei de iniciativa do 
Prefeito a outra autoridade. 
 
 § 2° - Os Projetos de Lei a que se refere o inciso XV deste artigo serão acompanhados de 
exposição circunstanciada da situação do Município, compreendendo a avaliação geral e 
regionalizada dos investimentos públicos efetuados no período anterior. 
 
 
Seção III 
Da Responsabilidade do Prefeito 
 
Art. 37 Perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou função na administração pública 
direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o 
disposto no artigo 38, I, IV e V da Constituição da República. 
 
 Parágrafo Único – A perda do mandato prevista neste artigo será declarada pela Câmara 
Municipal por provocação de Vereador ou de eleitor, assegurada ampla defesa ao Prefeito. 
 
 
 
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Art. 38 No ato da posse, o Prefeito, Vice-Prefeito, Vereadores e Secretários Municipais deverão 
desincompatibilizar-se, na forma da legislação própria, e fazer declaração pública de bens. 
 
 Parágrafo Único – Qualquer membro da Câmara Municipal poderá requisitar, ou qualquer 
cidadão poderá requerer, nos termos do artigo 5°, inciso XXXIV, alínea “b” da Constituição 
da República, certidão da declaração pública de bens apresentados. 
 
 
Seção IV 
Da Transição Administrativa 
(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 01/2001) 
 
Art. 38-A Até 30 (trinta) dias antes do encerramento do exercício respectivo, o Poder Executivo 
enviará à Câmara Municipal e fará publicar em órgãos da imprensa escrita de 
abrangência regional um relatório completo da situação da Administração Municipal, 
que conterá todas as informações necessárias e atualizadas sobre: (Incluído pela Emenda à 
Lei Orgânica n° 01/2001) 
 
a) todas as dívidas do Município, diretas ou indiretas, por credor, com as datas dos 
respectivos vencimentos, inclusive as dívidas de longo prazo, parceladas ou não, e os 
encargos decorrentes de todas as operações de crédito, informando ainda sobre a 
capacidade da Administração em realizar operações de crédito de qualquer natureza; 
(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 01/2001) 
 
b) todas as medidas necessárias e em andamento para a regularização das contas 
municipais, perante o Tribunal de Contas ou órgão equivalente, se porventura 
houver; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 01/2001) 
 
c) relação e prestação de contas de todos os convênios celebrados no exercício, com 
quaisquer órgãos ou entidades, sejam municipais, estaduais ou federais, privadas ou 
particulares, bem como todos os recebimentos e suas respectivas datas de entrada de 
quaisquer subvenções ou auxílios relativos ao exercício; (Incluído pela Emenda à Lei 
Orgânica n° 01/2001) 
 
d) a situação no momento de todos os contratos em vigor no exercício, com 
concessionárias ou permissionárias de serviços públicos na área do Município; 
(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 01/2001) 
 
e) o estado e as etapas de todos os contratos de obras e de serviços em execução ou 
apenas formalizados no Município e ainda o que já foi pago e o que existe a executar e 
pagar, com os respectivos prazos de vencimentos; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica 
n° 01/2001) 
 
 
 
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f) a previsão e relação de todas as transferências a serem recebidas do Estado ou da 
União, por força de mandamento constitucional ou convênio e as datas prováveis 
dessas transferências, no exercício seguinte; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 
01/2001) 
 
g) relação e título de todos os Projetos de Lei, de iniciativa do Poder Executivo, enviados 
à Câmara e ainda não aprovados, e ainda manifestar-se quanto à conveniência de lhes 
dar prosseguimento, acelerar o seu andamento ou intenção de retirá-los; (Incluído 
pela Emenda à Lei Orgânica n° 01/2001) 
 
h) a situação de todos os servidores municipais sob qualquer regime jurídico do 
trabalho, seu custo, quantidade, salários individuais e órgãos onde estão lotados e 
ainda onde estão exercendo as suas atividades no momento; (Incluído pela Emenda à 
Lei Orgânica n° 01/2001) 
 
 
TÍTULO III 
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 
 
CAPÍTULO I 
Administração, Bens e Serviços Municipais 
 
Seção I 
Disposições Gerais 
 
Art. 39 Administração Pública direta, indireta ou fundacional e qualquer dos poderes do Município, 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. 
 
Art. 40 Os atos administrativos serão públicos, salvo quando o interesse da administração impuser 
sigilo, declarado em Lei. 
 
Art. 41 As Leis e atos administrativos deverão ser publicados na imprensa, para que produzam 
efeitos regulares. A publicação dos atos decisórios poderá ser resumida. 
 
 Parágrafo Único – A Lei poderá estabelecer a obrigatoriedade da notificação ou da 
intimação pessoal do interessado, para determinados atos administrativos, caso em que 
produzirão efeitos a partir de tais diligências. 
 
Art. 42 A Lei deverá fixar prazo para prática dos atos administrativos e estabelecer recursos 
adequados à sua revisão, indicando seus efeitos e forma de processamento. 
 
Art. 43 Os órgãos e pessoas que recebem dinheiro ou valores públicos ficam obrigados à prestação 
de contas de sua aplicação ou utilização. 
 
 
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Art. 44 A administração pública é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, para defesa de seus 
direitos e esclarecimentos de situação de interesse pessoal, no prazo máximo de 10 dias 
úteis, certidões de atos, contratos, decisões ou pareceres, que não tenham sido previamente 
declarados sigilosos, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou 
retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverá atender ás requisições judiciais, se outro 
não for fixado pela autoridade judiciária. 
 
Art. 45 Para a organização da administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer 
dos poderes do Município, é obrigatório o cumprimento das seguintes normas: 
 
 I –os cargos, empregos ou funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em Leis; 
 
 II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação em concurso público 
de provas, ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em Lei, de livre nomeação e exoneração; 
 
 III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez 
por igual período. A nomeação do candidato aprovado obedecerá à ordem de classificação; 
 
 IV – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, obedecido ao 
disposto no artigo 8° da Constituição da República; 
 
 V – o direito de greve será exercido, nos termos e nos limites definidos em Lei 
Complementar Federal; 
 
 VI – a Lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas portadoras de 
deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
 
 VII – a Lei fixará a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores 
públicos, observados como limites máximos no âmbito dos poderes Legislativo e Executivo, 
os valores percebidos como remuneração em espécie, a qualquer título, respectivamente 
pelo Presidente da Câmara Municipal e Secretários Municipais; 
 
 VIII – até que se atinja o limite a que se refere o inciso anterior é vedada a redução de 
salários que impliquem na supressão das vantagens de caráter individual, adquiridos em 
razão de tempo de serviço, previstas no artigo 61 desta Lei Orgânica. Atingindo o referido 
limite, a redução se aplicará, independentemente da natureza das vantagens auferidas pelo 
servidor; 
 
 
 
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 X – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados, nem 
acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico 
fundamento; 
 
 XI – os vencimentos dos servidores públicos são irredutíveis e a retribuição obedecerá ao 
que dispõem os artigos 150, II, 153, III e 153 § 2°, I da Constituição da República; 
 
 XII – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, nos mesmos casos e hipóteses 
previstos no inciso XVI, do artigo 37 da Constituição da República; 
 
 XIII – as entidades da administração direta, indireta e fundacional enviarão à Câmara 
Municipal, até o dia 30 (trinta) de abril de cada ano, seu quadro de pessoal. 
 
Art. 46 Aplicam-se ao Município, no que couber, as normas da Constituição da República e da 
Legislação Federal e Estadual pertinente quanto: 
 
 I – ao exercício financeiro, à vigência, aos prazos, à elaboração e à organização do Plano 
Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Anual; 
 
 II – à gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como as 
condições para instituição e funcionamento de fundos; 
 
 III – à prestação de serviços públicos pelo Município, que dar-se-á na forma da Lei, 
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre mediante procedimento 
licitatório; 
 
 IV – à administração dos bens municipais, respeitada a competência da Câmara Municipal, 
que, quanto aos utilizados em seus serviços, cabe ao Prefeito. 
 
 Parágrafo Único – A alienação, o gravame ou a cessão de bens municipais a qualquer título 
subordinam-se à existência de interesse público devidamente justificado e serão sempre 
precedidos de autorização legislativa e de processo licitatório, salvo nas hipóteses previstas 
nesta Lei Orgânica. 
 
Art. 47 Ressalvados os casos específicos na legislação, as obras, serviços, compras e alienações 
serão contratadas mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de 
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações e pagamento, 
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da Lei, a qual somente permitirá as 
exigências de qualificação técnica e econômica, indispensáveis à garantia do cumprimento 
das obrigações. 
 
 
 
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 Parágrafo Único – As obras já em execução que necessitam de recursos de mais de um 
exercício financeiro só poderão ser iniciadas com prévia inclusão no Plano Plurianual, ou 
mediante Lei que autorize a respectiva inclusão. 
 
Art. 48 Os serviços concedidos, permitidos ou autorizados ficarão sempre sujeitos à 
regulamentação e fiscalização do Poder Público e poderão ser retomados quando não 
atendam satisfatoriamente as suas finalidades ou condições do contrato. 
 
Art. 49 Os serviços públicos, sempre que possível, serão remunerados por tarifa fixada pelo órgão 
executivo competente, na forma que a Lei estabelecer. 
 
Art. 50 O órgão competente publicará, com a periodicidade necessária, os preços médios de 
mercado de bens e serviços, os quais servirão de base para as licitações realizadas pela 
administração direta, indireta e fundacional do Município. 
 
 
Seção II 
Objetivos, Diretrizes e Prioridades 
 
Art. 51 A Organização Municipal tem por objetivo promover: 
 
 I – o planejamento regional para o desenvolvimento econômico e social do Município; 
 
 II – a gestão adequada dos recursos naturais e culturais e a proteção do meio ambiente; 
 
 III – a utilização racional do território, mediante controle da implantação de 
empreendimentos institucionais, industriais, comerciais, habitacionais e viários; 
 
 IV – a integração do planejamento e da execução de funções públicas de interesse comum 
aos Municípios; 
 
 V – a redução das desigualdades sociais. 
 
 § 1° - O planejamento, seus objetivos, diretrizes e prioridades são imperativos para a 
administração pública direta, indireta e indicativa para o setor privado. 
 
 § 2° - Com vistas à eficácia da Organização Municipal, a Lei definirá: 
 
1 – o Sistema Municipal de Cartografia; 
 
2 – o Sistema Municipal de Informações Econômico-Sociais; 
 
3 – o Sistema Municipal de Gerenciamento Integrado dos Recursos Hídricos; 
 
 
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4 – o Sistema Municipal Viário de Transportes. 
 
 
Seção III 
Das Entidades Municipais 
 
Art. 52 O Município deverá compatibilizar, no que couber, seu plano, programa, orçamento, 
investimentos e ações às metas, diretrizes e objetivos estabelecidos nos planos de 
programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento como o Plano Diretor do 
Município e as prioridades da população local. 
 
 Parágrafo Único – O Município e as entidades de sua administração direta deverão 
observar os planos e programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento e a 
ordenação do território. 
 
Art. 53 O Município destinará recursos financeiros específicos nos respectivos Plano Plurianual e 
Orçamento, para o desempenho de funções de interesse comum. 
 
 Parágrafo Único – O Plano Plurianual e o Orçamento do Município estabelecerão as 
diretrizes, objetivos e metas da administração municipal. 
 
Art. 54 Fica assegurada, nos termos de Lei Complementar, a participação da população no processo 
de planejamento e tomada de decisões, bem como na fiscalização de serviços ou funções 
públicas em nível municipal. 
 
Art. 55 Lei Complementar disporá sobre a política de incentivos, visando a redução das 
desigualdades regionais e o desenvolvimento harmônico do Município. 
 
 Parágrafo Único – Os incentivos compreenderão, entre outros: 
 
 1 – redução de preços e tarifas, de responsabilidade do Poder Público; 
 
 2 – concessão de juros favorecidos para atividades prioritárias; 
 
 3 – isenção,redução ou diferimento temporário de tributos municipais devidos por pessoas 
físicas ou jurídicas. 
 
 
CAPÍTULO II 
Dos Servidores Públicos do Município 
 
 
 
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Seção I 
Servidores Públicos Municipais 
 
Art. 56 A Lei, observado o inciso II do artigo 45 desta Lei Orgânica, instituirá regime jurídico e 
planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações instituídas pelo Poder Público. 
 
 Parágrafo Único - Aplica-se aos servidores, a que se refere este artigo, o disposto no artigo 
7°, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição 
da República. 
 
a) o Município concederá aos servidores públicos adotantes as licenças previstas no artigo 
7°, incisos XVIII e XIX da Constituição da República; 
 
b) licença especial de 120 (cento e vinte) dias será concedida ao pai, servidor público, no 
caso de morte da parturiante. 
 
Art. 57 O exercício de mandato eletivo por servidor público far-se-á com observância ao artigo 38 
da Constituição da República. 
 
 Parágrafo Único – O servidor municipal, quando investido em mandato de Vereador, não 
poderá ser deslocado, removido ou dispensado, inclusive mesmo após o cumprimento de 
seu mandato conferido pelo povo. 
 
Art. 58 Aplica-se aos servidores públicos municipais, para efeito de estabilidade, o disposto no 
artigo 41 da Constituição da República. 
 
Art. 59 O servidor será aposentado conforme prevê o artigo 40 da Constituição Federal. 
 
Art. 60 As vantagens de qualquer natureza só poderão ser concedidas por Lei e quando atendam 
efetivamente ao interesse público e às exigências do serviço. 
 
Art. 61 Ao servidor público municipal é assegurado o percebimento do adicional por tempo de 
serviço, sempre concedido por anuênios e vedada sua limitação, bem como a sexta parte 
dos vencimentos integrais, concedida após os 20 (vinte) anos de efetivo exercício, que se 
incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos. 
 
Art. 62 Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresa fornecedora, ou que 
realize qualquer modalidade de contrato com o Município, sob pena de demissão do serviço 
público, salvo quando o contrato obedecer à cláusula uniforme. 
 
 
 
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Art. 63 O Município responsabilizará os seus servidores por alcance e outros danos causados à 
administração, ou por pagamentos efetuados em desacordo com as normas legais, 
sujeitando-os aos sequestros e perdimento de bens, nos termos da Lei. 
 
Art. 64 Os servidores públicos do Município, desde que tenham completado 05 (cinco) anos de 
efetivo exercício, terão computados para efeitos de aposentadoria compulsória e a pedido, o 
tempo de serviço prestado em atividade de natureza privada regulamentada por Lei 
Federal. 
 
Art. 65 Os servidores municipais estáveis, com mais de 05 (cinco) anos efetivos de serviço, terão 
direito a uma promoção anual, recebendo cada um uma referência a mais. 
 
 Parágrafo Único – As promoções serão consideradas anualmente, a partir da data base de 
reajuste salarial. 
 
Art. 65-A Fica proibida a nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de 
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função de agente público na 
administração direta e indireta do Município de pessoa condenada, em decisão 
transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, pelas condutas 
caracterizadas como: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 I – crime contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio 
público; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 II – crime contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os 
previstos na lei que regula a falência; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 III – crime contra o meio ambiente e a saúde pública; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 
05/2012) 
 
 IV – crimes eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; (Incluído 
pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 V – abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à 
inabilidade para o exercício de função pública; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 
05/2012) 
 
 VI – lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica 
n° 05/2012) 
 
 VII – tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; 
(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 
 
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 VII – redução à condição análoga à de escravo; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 
05/2012) 
 
 IX – contra a vida e a dignidade sexual; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 X – praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando; (Incluído pela Emenda à Lei 
Orgânica n° 05/2012) 
 
 XI – improbidade administrativa, nos termos da Lei Federal n° 8429, de 2 de junho de 
1992. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
Art. 65-B Estão impedidos de exercer cargos e funções comissionadas da administração pública 
municipal direta e indireta: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 I – os que se enquadrarem nas circunstâncias previstas no art. 65-A e seus incisos; 
(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 II – os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas 
rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade 
administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido 
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 
(oito) anos seguintes, contadas a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no 
inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem 
exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição; (Incluído pela Emenda à Lei 
Orgânica n° 05/2012) 
 
 III – os que, detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, 
beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso de poder econômico ou político, que forem 
condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, 
para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se 
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 IV – os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão 
judicial colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de 
sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta 
vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do 
registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição; (Incluído pela 
Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 V – os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada 
em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade 
administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a 
condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o 
cumprimento da pena; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 
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 VI – os que foram excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão 
profissional competente, em decorrência de infração ético-profissioanl, pelo prazo de 8 
(oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário; 
(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 VII – os que forem demitidos do serviço público nas esferas municipal, estadual ou 
federal em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) 
anos, contados da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder 
Judiciário. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 05/2012) 
 
 
CAPÍTULO III 
Da Segurança Pública 
 
Art. 66 O Município, por meio de Lei Municipal, poderá constituir Guarda Municipal, destinada à 
proteção de seus bens, serviços e instalações, obedecidos os preceitos da Lei Federal. 
 
 Parágrafo Único – Mediante convênio com o Estado, o Município, por meio da Guarda 
Municipal, poderá colaborar na segurança pública. 
 
 
TÍTULO IV 
DA TRIBUTAÇÃO, DAS FINANÇAS E DOS ORÇAMENTOS 
 
CAPÍTULO I 
Do Sistema Tributário Municipal 
 
Seção I 
Dos Princípios Gerais 
 
Art. 67 A receita pública será constituída por tributos, preços e outros ingressos. 
 
 Parágrafo Único – Os preços públicos serão fixados pelo Executivo, observadas as normas 
de direito financeiro e as leis atinentes à espécie. 
 
Art. 68 Compete ao Município instituir: 
 
 I – os impostos previstos nesta Lei Orgânica e outros que venham a ser de sua competência; 
 
 
 
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 II – taxas em razão do exercício do poder de polícia, ou pela utilização efetiva ou potencial 
de serviços públicos de sua atribuição, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou 
postos à sua disposição; 
 
 III – contribuição de melhoria, decorrentes de obras públicas. 
 
Art. 69 Os tributos municipais, as taxas e a contribuição de melhoria serão instituídos por Lei 
Municipal, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e as normas gerais 
de direito tributário. 
 
Art. 70 A Lei poderá isentar, reduzir ou agravar tributos com finalidade extra-fiscal de 
favorecimento de atividades úteis ou de contenção das atividades inconvenientes ao 
interesse público, observadas as restrições da legislação Federal. 
 
 
Seção II 
Da Tributação 
 
Art. 71 Compete ao Município instituir impostos sobre: 
 
 I – propriedade predial e territorial urbana; 
 
 II – transmissão “inter vivos” a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por 
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre móveis, exceto de garantia, bem como 
cessão de direitos à sua aquisição; 
 
 III – vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel; 
 
 IV – serviço de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, I, “b”, da Constituição 
Federal, definidos em lei complementar. 
 
 § 1° - O imposto previsto no inciso I deste artigo poderá ser progressivo, nos termos de Lei 
Municipal, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade. 
 
 § 2° - O imposto previsto no inciso II deste artigo não incide sobre a transmissão de bens ou 
direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre 
a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de 
pessoa jurídica, salvo se a atividade preponderante do adquirente for de compra e venda 
desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. 
 
 § 3° - O imposto previsto no inciso III deste artigo não exclui a incidência do imposto 
estadual previsto no artigo 155, I, “b”, da Constituição Federal sobre a mesma operação. 
 
 
 
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 § 4° - Cabe à Lei Complementar fixar as alíquotas máximas dos impostos previstos nos 
incisos II e IV deste artigo, e excluir a incidência do imposto previsto no inciso IV, 
exportações de serviços para o exterior. 
 
Art. 72 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Município: 
 
 I – exigir ou aumentar tributo, sem Lei que o estabeleça; 
 
 II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por 
eles exercidas, independentemente de denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos; 
 
 III – cobrar tributos: 
 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da Lei que os houver 
instituído ou aumentado; 
 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a Lei que os instituiu ou 
aumentou. 
 
IV – utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos; 
 
VI – instituir impostos sobre: 
 
a) patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado ou de outros Municípios; 
 
b) templo de qualquer culto; 
 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das 
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência 
social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos de Lei; 
 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua publicação. 
 
Art. 73 Lei Ordinária Municipal determinará medidas para que as contribuições sejam esclarecidos 
sobre os impostos Municipais, bem como a respeito daqueles que incidam sobre 
mercadorias e serviços. 
 
Art. 74 Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributo lançado pelo 
Executivo sem prévia notificação. 
 
 
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 Parágrafo Único – A notificação ao contribuinte ou, na ausência deste, ao seu 
representante ou preposto, far-se-á mediante termo de ciência, datado e assinado. 
 
 
Seção III 
Das Finanças 
 
Art. 75 A despesa de pessoal ativo e inativo ficará sujeita aos limites estabelecidos na Lei 
Complementar a que se refere o artigo 169, parágrafo único, inciso I e II da Constituição 
Federal. 
 
Art. 76 O Município consignará no Orçamento dotação necessária ao pagamento de 
desapropriações e outras indenizações, suplementando-o sempre que revelar insuficiente 
para o atendimento das requisições judiciais. 
 
Art. 77 O pagamento da despesa regulamentar processada e não constante da programação 
financeira trimestral da unidade importará na imputação de responsabilidade ao seu 
ordenador. 
 
Art. 78 O numerário correspondente às dotações orçamentárias do Poder Legislativo, 
compreendidos os créditos suplementares e especiais, sem vinculação a qualquer tipo de 
despesa, será entregue em duodécimos até o dia 20 (vinte) de cada mês, em contas 
estabelecidas na programação financeira, com participação percentual nunca inferior a 
10% (dez por cento) do total da receita orçamentária do Município, exceto os auxílios da 
União e do Estado. 
 
 
Seção IV 
Dos Orçamentos 
 
Art. 79 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão, com observância nos preceitos 
correspondentes da Constituição Federal: 
 
 I – o Plano Plurianual; 
 
 II – as Diretrizes Orçamentárias; 
 
 III – os Orçamentos Anuais. 
 
 
 
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 § 1° - A Lei que instituir o Plano Plurianual estabeleceráas diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública municipal para as despesas de capital e outras delas 
correspondentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
 
 § 2° - A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
Administração Pública Municipal, inclusive as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as 
alterações na legislação tributária. 
 
 § 3° - Os planos e programas municipais serão elaborados em consonância com o Plano 
Plurianual e apreciados pela Câmara Municipal. 
 
 § 4° - A Lei Orçamentária Anual compreenderá: 
 
 I – o Orçamento Fiscal referente ao Município, entidades da administração direta ou 
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
 
 § 5° - O Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo dos efeitos 
decorrentes de isenção, anistia, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, 
tributária e creditícia. 
 
 § 6° - Os Orçamentos previstos no § 4°, inciso I, deste artigo, compatibilizados com o Plano 
Plurianual, terão, entre suas funções, a de reduzir as desigualdades municipais. 
 
 § 7° - A Lei Orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação 
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para a abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de créditos, ainda que por antecipação da receita 
nos termos da Lei. 
 
 § 8° - Cabe à Lei Complementar, com observância da Legislação Federal: 
 
 1 – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização 
do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual. 
 
 2 – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e 
indireta, bem como condições para instituição e funcionamento de fundos. 
 
Art. 80 Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias, ao Orçamento 
Anual e aos créditos adicionais, bem como suas emendas, serão apreciadas pela Câmara 
Municipal na forma da Lei. 
 
 § 1° - As emendas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual, ou aos projetos que os 
modifiquem, serão admitidas desde que: 
 
 
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 1 – sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; 
 
 2 – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de 
despesa, excluídas as que incidam sobre: 
 
a) dotação de pessoal e seu cargo; 
b) serviço da dívida. 
 
3 – sejam relacionadas: 
 
a) com correção de erros e omissões; 
 
b) com os dispositivos do texto do Projeto de Lei. 
 
4 – as emendas não poderão inviabilizar a execução de serviços e obras prioritárias à 
população. 
 
§ 2° - As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser aprovadas 
quando incompatíveis com o Plano Plurianual. 
 
§ 3° - O Prefeito poderá enviar mensagem ao Legislativo para propor modificações nos 
projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada, na comissão competente, a 
votação da parte cuja alteração é proposta. 
 
§ 4° - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto 
nesta seção, as demais normas relativas ao Processo Legislativo. 
 
§ 5° - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do Projeto de Lei 
Orçamentária anual, ficarem sem despesa correspondente, poderão ser utilizados conforme 
o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização 
legislativa. 
 
Art. 81 São vedados: 
 
 I – o início de programas, projetos e atividades não incluídos na Lei Orçamentária Anual; 
 
 II – a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais; 
 
 III – a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, 
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade 
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; 
 
 
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 IV – a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundos ou despesas, ressalvadas as 
permissões previstas no inciso IV, do artigo 167 da Constituição Federal; 
 
 V – a abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia autorização legislativa e sem 
indicação dos recursos correspondentes; 
 
 VI – a transposição, remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação a outra, ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
 
 VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
 
 VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscais 
da seguridade social para suprir necessidades ou cobrir déficit de empresas, fundações e 
fundos, inclusive dos mencionados no artigo 165, § 5°, da Constituição Federal; 
 
 IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa; 
 
 § 1° - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciado sem prévia inclusão no Plano Plurianual, ou sem Lei que autorize a inclusão, sob as 
penas da Lei. 
 
 § 2° - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que 
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses 
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados no 
Orçamento do exercício financeiro subsequente. 
 
 
TÍTULO V 
DA ORDEM ECONÔMICA 
 
CAPÍTULO I 
Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica 
 
Art. 82 A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e livre iniciativa, tem por 
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os 
princípios estabelecidos no artigo 170 da Constituição Federal. 
 
Art. 83 Incumbe ao Poder Público, na forma da Lei, a prestação de serviços diretamente ou sob 
regime de concessão ou permissão, que se fará unicamente, mediante procedimento 
licitatório. 
 
 
 
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 Parágrafo Único – A Lei disporá sobre: 
 
 1 – regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, caráter 
especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como condições de caducidade, 
fiscalização das concessões e permissões; 
 
 2 – direitos e deveres dos usuários; 
 
 3 – política tarifária; 
 
 4 – obrigatoriedade de manutenção e prestação ou execução de serviços de boa qualidade; 
 
 5 – acompanhamento e avaliação de serviços pelo órgão cedente. 
 
Art. 84 O Município dispensará às micro-empresas, às empresas de pequeno porte, aos micro e 
pequenos produtores rurais e instituições filantrópicas, assim definidas em Lei, tratamento 
jurídico diferenciado, visando incentivá-los pela simplificação administrativa, tributária e 
creditária, ou pela eliminação ou redução destas, por meio de Lei. 
 
Art. 85 A Lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo. 
 
 
CAPÍTULO II 
Do Desenvolvimento Urbano 
 
Art. 86 No estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano, o 
Município assegurará: 
 
 I – o pleno desenvolvimento das funções sociais do Município e a garantia do bem-estar de 
seus habitantes; 
 
 II – a participação das respectivas entidades comunitárias no estudo, encaminhamento e 
soluções dos problemas,planos, programas e projetos que lhe sejam concernentes; 
 
 III – a preservação, proteção e recuperação do meio ambiente urbano e cultural; 
 
 IV – a criação e manutenção de áreas de especial interesse histórico, urbanístico, ambiental, 
turístico e utilização pública; 
 
 V – o respeito aos direitos de eventuais proprietários ou possuidores, com a observância 
das normas urbanísticas, de segurança, higiene e qualidade de vida, sem prejuízo do 
cumprimento de obrigações legais dos responsáveis pelos danos causados aos adquirentes 
de lotes, ao Poder Público e ao Meio Ambiente; 
 
 
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 VI – a restrição à utilização das áreas de riscos geológicos; 
 
 VII – as áreas definidas em projetos de loteamento como “áreas verdes” ou institucionais, 
não poderão, em qualquer hipótese, ter seu destino, finalidades e objetivos originalmente 
estabelecidos, alterados. 
 
Art. 87 A Lei estabelecerá, em conformidade com as diretrizes do Plano Diretor, normas sobre 
zoneamento, loteamento, parcelamento, uso e ocupação do solo, índices urbanísticos, 
proteção ambiental e demais limitações administrativas pertinentes. 
 
 § 1° - O Plano Diretor deverá considerar a totalidade do território municipal. 
 
 § 2° - O Município observará, quando for o caso, os parâmetros urbanísticos de interesse 
regional, fixados em lei Estadual, prevalecendo, quando houver conflito, a norma de caráter 
mais restritivo, respeitadas as respectivas autonomias. 
 
 § 3° - O Município estabelecerá, observadas as diretrizes fixadas para a região, critérios 
para regularização e urbanização, assentamentos e loteamentos irregulares; 
 
 § 4° - As licenças e permissões outorgadas para os parcelamentos, uso do solo e edificações 
não prevalecerão, no que conflitar, sobre as normas legais supervenientes, quando não se 
tenha concretizado o início das atividades correspondentes ao seu objeto, respeitando o 
direito à justa indenização. 
 
Art. 88 Incumbe ao Município promover programas de construção de moradias populares, de 
melhorias nas condições habitacionais e de saneamento básico. 
 
Art. 89 O Município, de acordo com respectivas diretrizes do desenvolvimento urbano, deverá, por 
lei, criar e regulamentar as zonas industriais, obedecidos os critérios estabelecidos pelo 
Estado, e respeitadas as normas relacionadas ao uso e ocupação do solo e ao meio ambiente 
urbano e natural. 
 
Art. 90 Ao estabelecer diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano, o Município 
deverá providenciar a adequada articulação no âmbito do planejamento e da prestação dos 
serviços públicos, compatibilizando e harmonizando com o respectivo Plano Urbanístico 
Municipal. 
 
 
CAPÍTULO III 
Da Política Agrícola, Agrária e Fundiária 
 
Art. 91 Caberá ao Município, isoladamente ou em colaboração com o Estado: 
 
 
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 I – promover a agropecuária, orientando o desenvolvimento rural, baseado em dados 
fornecidos por representantes das entidades de classe, técnicos especializados e 
comunidade rural, com a finalidade de aumentar a produção e a produtividade, bem como 
garantir o bem-estar do homem do campo; 
 
 II – manter a estrutura de assistência técnica e extensão rural, podendo criar o serviço 
municipal de assistência técnica e extensão rural; 
 
 III – orientar a utilização racional dos recursos naturais de forma sustentada, compatível 
com a preservação do meio ambiente, especialmente quanto à proteção do solo e da água; 
 
 IV – manter um sistema de defesa sanitária animal e vegetal; 
 
 V – criar um sistema de inspeção e fiscalização de insumos agropecuários; 
 
 VI – criar um sistema de inspeção, fiscalização, normatização, padronização e classificação 
de produtos de origem animal e vegetal; 
 
 VII – manter e incentivar a pesquisa, desenvolvendo a experimentação agropecuária no 
Município; 
 
 VIII – criar programas especiais para expansão da eletrificação e telefonia na zona rural, e 
programas especiais de forma favorecida, com o objetivo de amparar e estimular a 
irrigação; 
 
 IX – criar programas específicos de créditos, de forma favorecida para aquisição e custeio 
de insumos, objetivando incentivar a produção de alimentos básicos e a horticultura; 
 
 X – promover condições de armazenagem e escoamento da produção rural, através, 
prioritariamente, da construção de armazéns comunitários e da manutenção permanente 
das condições de tráfego das estradas municipais; 
 
 XI – as cooperativas e associações de produtores rurais receberão do Município tratamento 
jurídico diferenciado, visando seu desenvolvimento e incentivando a criação de novas 
unidades; 
 
 XII – criar mecanismos que propiciem ao homem do campo acesso à educação, saúde, 
transporte, moradia e lazer, de acordo com as características peculiares da comunidade 
rural; 
 
 XIII – incentivar e promover exposições, feiras e outros eventos agropecuários; 
 
 
 
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 XIV – criar, mediante Lei, departamento específico que, através de planejamento técnico, 
execute trabalhos de conservação de solo e água nas propriedades produtivas do Município, 
pagando, os usuários, os serviços planejados, com ressarcimento ao Município apenas do 
custo dos combustíveis e salários dos operários utilizados. 
 
 § 1° - Para implantar a política agrícola, agrária e fundiária, o Poder Público destinará, em 
cada orçamento anual, recursos financeiros proporcionais à população rural, na forma a ser 
estabelecida em Lei. 
 
§ 2° - O Município, mediante Lei, criará um Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, 
com o objetivo de propor diretrizes à sua política agropecuária, garantida a participação de 
representantes da comunidade agropecuária, tecnológica e agronômica, organismos 
governamentais e de setores empresariais e trabalhadores. 
 
 § 3° - Fica o Município autorizado a criar rurovilas, ou seja, núcleo de casas populares na 
zona rural. 
 
Art. 92 As ocupações de terras públicas rurais serão regularizadas por meio de concessão de 
direito real de uso, de legitimação de posse ou de venda, observadas as condições e 
vedações estabelecidas em Lei. 
 
Art. 93 A concessão real de uso de terras públicas far-se-á de acordo com o estabelecido no artigo 
187 e incisos da Constituição Estadual. 
 
 
CAPÍTULO IV 
Do Meio Ambiente, dos Recursos Naturais e do Saneamento 
 
Seção I 
Do Meio Ambiente 
 
Art. 94 Observados os princípios e normas da Constituição Federal, com o fim de assegurar a sadia 
qualidade de vida, o Município providenciará, com a participação da coletividade, a 
preservação e a defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente natural, artificial e do 
trabalho, atendidas as peculiaridades locais em harmonia com o desenvolvimento social e 
econômico. 
 
Art. 95 A execução de obras, atividades, processos produtivos, empreendimentos e a exploração de 
recursos naturais de qualquer espécie, quer pelo Poder Público, que pelo setor privado, só 
será admitida se houver resguardo do meio ambiente, ecologicamente equilibrado, 
mediante a outorga de licença ambiental por órgãos ou entidade governamental 
competente, integrante de sistema unificado para esse efeito, observados os critérios, 
 
 
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normas e padrões estabelecidospelo Poder Público e em conformidade com o planejamento 
e zoneamento ambientais. 
 
 Parágrafo Único – A licença ambiental, renovável na forma da Lei, para a execução e a 
exploração mencionadas no “caput” deste artigo, quando potencialmente causadoras de 
significativa degradação do meio ambiente, será sempre precedida, conforme critérios que 
a legislação especificar, da aprovação do estudo prévio de impacto ambiental e respectivo 
relatório a que se dará prévia publicidade, garantida a realização de audiências públicas. 
 
Art. 96 Respeitadas as competências da União e do Estado, bem como as diretrizes do Plano 
Diretor, o Município deve elaborar política de preservação ambiental, para preservar e 
recuperar o meio ambiente, buscando o bem-estar da população e o equilíbrio dos 
ecossistemas. 
 
 § 1° - A política municipal de meio ambiente será instituída por Lei Complementar, 
aprovada pela Câmara Municipal, pelo voto da maioria absoluta dos seus membros, exigido 
o mesmo quórum para as demais leis que versarem sobre matéria ambiental. 
 
 § 2° - Cabe ao Poder Público estimular a ampla cooperação das entidades ambientalistas 
representativas da sociedade civil local, dos órgãos do Poder Público, das escolas 
secundárias e superiores, durante o processo de elaboração das leis mencionadas no 
parágrafo anterior. 
 
Art. 97 O Município, mediante Lei, criará um sistema de administração da qualidade ambiental, 
proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso adequado dos recursos 
naturais para organizar, coordenar e integrar as ações de órgãos e entidades da 
administração pública direta ou indireta, assegurada a participação da coletividade com o 
fim de: 
 
 I – propor uma política municipal de proteção ao meio ambiente; 
 
 II – adotar medidas, nas diferentes áreas públicas e junto ao setor privado, para manter e 
promover o equilíbrio e a melhoria da qualidade ambiental, prevenindo a degradação em 
todas as formas e impedindo ou mitigando impactos ambientais negativos e recuperando o 
meio ambiente degradado; 
 
 III – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais das espécies e dos 
ecossistemas; 
 
 IV – proteger a flora e a fauna, nestas compreendidos todos os animais silvestres, exóticos e 
domésticos, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica e que 
provoquem extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade, fiscalizando a 
 
 
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extração, captura, produção, transporte, comercialização e consumo de suas espécies e 
subprodutos; 
 
 V – estabelecer normas para a utilização dos solos, que evitem a ocorrência ou permitam a 
reversão de processos erosivos; 
 
 VI – controlar e fiscalizar a produção, armazenamento, transporte, comercialização, 
utilização e destino final de substâncias, bem como o uso de técnicas, métodos e instalações 
que comportem riscos, efetivos ou em potencial, para a qualidade de vida e meio ambiente, 
inclusive a do trabalho; 
 
 VII – disciplinar a restrição à participação em concorrência pública e o acesso a benefícios 
fiscais e créditos especiais a pessoas físicas e jurídicas condenadas por atos de degradação 
ao meio ambiente; 
 
 VIII – estimular e contribuir para a recuperação da vegetação em áreas urbanas, com 
plantio de árvores, preferencialmente frutíferas, objetivando especialmente a consecução 
de índices mínimos de cobertura vegetal; 
 
 IX – incentivar e auxiliar tecnicamente as associações de proteção ao meio ambiente, 
constituídas na forma da lei, respeitando a sua autonomia e independência de atuação; 
 
 X – controlar e fiscalizar obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos que, 
direta ou indiretamente, possam causar degradação do meio ambiente, adotando medidas 
preventivas ou corretivas e aplicando as correções administrativas pertinentes. 
 
Art. 98 Aquele que explorar recursos naturais fica obrigado a recuperar o meio ambiente 
degradado, de acordo com solução exigida pelo órgão público competente, na forma da Lei. 
 
Art. 99 Na concessão, permissão e renovação de serviços públicos serão consideradas, 
obrigatoriamente, a avaliação dos serviços a serem prestados e seu impacto ambiental. 
 
Art. 100 As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas 
ou jurídicas, inclusive as procedentes do poder público, às sanções penais e 
administrativas, com a aplicação de multas diárias e progressivas no caso de continuidade 
da infração ou reincidência, incluídas a redução do nível de atividade e a interdição, 
independentemente da obrigação dos infratores de reparação dos danos causados. 
 
Art. 101 O Município poderá formar consórcios com outros Municípios objetivando a solução de 
problemas comuns relativos à proteção ambiental, em particular, à preservação dos 
recursos hídricos e ao uso equilibrado dos recursos naturais. 
 
 
 
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Art. 102 Há responsabilidade por danos ao meio ambiente, a bens e direito de valor artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico, por acidentes com resíduos tóxicos ou 
perigosos, independentemente da existência de culpa. 
 
Art. 103 As áreas declaradas de utilidade pública, para fins de desapropriação, objetivando a 
implantação de unidades de conservação ambiental, serão consideradas espaços 
territoriais especialmente protegidos, não sendo nelas permitidas atividades que 
degradem o meio ambiente, ou que, por qualquer forma, possam comprometer a 
integridade das condições ambientais que motivaram a expropriação. 
 
Art. 104 Os métodos de abate de animais destinados ao consumo serão definidos na forma da Lei. 
 
 
Seção II 
Dos Recursos Hídricos 
 
Art. 105 Para proteger e conservar as águas e prevenir seus efeitos adversos, o Município adotará 
medidas no sentido: 
 
 I – da instituição de áreas de preservação de águas utilizáveis para abastecimento às 
populações e da implantação, conservação e recuperação das matas ciliares; 
 
 II – do zoneamento de áreas inundáveis, com restrições a uso incompatível, nas sujeitas às 
inundações frequentes e da manutenção da capacidade do solo; 
 
 III – da implantação de sistemas de alerta e defesa civil para garantir a segurança e a 
saúde pública, quando de eventos hidrológicos indesejáveis; 
 
 IV – do condicionamento à aprovação prévia por organismos estaduais de controle 
ambiental e de gestão de recursos hídricos, na forma da Lei, dos atos de outorga de 
direitos que possam influir na qualidade ou quantidade das águas superficiais e 
subterrâneas; 
 
 V – da instituição de programas permanentes de racionalização do uso das águas 
destinadas ao abastecimento público e industrial e à irrigação, assim como de combate às 
inundações e à erosão. 
 
 Parágrafo Único – Ficam consideradas área de preservação permanente ambiental os 15 
(quinze) metros das margens dos rios, córregos, ribeirões e riachos, que nascem e passam 
pelo Município. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica n° 01/1996) 
 
Art. 106 Fica vedado o lançamento de afluentes de esgoto urbano e industrial, sem o devido 
tratamento, em qualquer corpo de água. 
 
 
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Art. 107 O Município adotará medidas essenciais para controle da erosão, estabelecendo-se 
normas de conservação do solo em áreas agrícolas e urbanas. 
 
 
Seção III 
Dos Recursos Minerais 
 
Art. 108 Compete ao Município registrar, fiscalizar e acompanhar as concessõesde direitos de 
pesquisa e exploração de recursos minerais, conjuntamente com a União e o Estado. 
 
Art. 109 A Lei instituirá: 
 
 I – as diretrizes da política municipal de mineração; 
 
 II – os mecanismos institucionais e operacionais, definindo sua organização e 
assegurando recursos financeiros para o cumprimento do disposto no artigo anterior. 
 
 
Seção IV 
Do Saneamento 
 
Art. 110 A Lei instituirá o sistema de saneamento e estabelecerá a política das ações e obras de 
saneamento básico no Município. 
 
Art. 111 O Município instituirá, por Lei, o Plano Plurianual de saneamento, estabelecendo as 
diretrizes e os programas para ações neste campo. 
 
 Parágrafo Único – O Plano, objeto deste artigo, deverá respeitar as peculiaridades 
regionais e locais, e as características das bacias hidrográficas e dos respectivos recursos 
hídricos, bem como lei municipal disporá sobre sanções a serem aplicadas àqueles que 
infringirem quaisquer dispositivos deste capítulo. 
 
 
TÍTULO VI 
DA ORDEM SOCIAL 
 
CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 
 
Art. 112 Ao Município cumpre assegurar o bem-estar social, garantindo o pleno acesso aos bens e 
serviços essenciais ao desenvolvimento individual e coletivo. 
 
 
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CAPÍTULO II 
Da Seguridade Social 
 
Seção I 
Disposição Geral 
 
Art. 113 O Município garantirá, no seu território, o planejamento e o desenvolvimento de ações 
que viabilizem, no âmbito de sua competência, os princípios de seguridade social, 
previstos nos artigos 194 e 195 da Constituição Federal. 
 
 
Seção II 
Da Saúde 
 
Art. 114 A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público, assegurada mediante 
políticas sociais e econômicas que visem à eliminação do risco de doenças e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços, para sua promoção, 
proteção e recuperação, observado o quanto mais disposto na Constituição Estadual e 
nesta Lei Orgânica. 
 
Art. 115 O direito à saúde implica nos seguintes direitos fundamentais: 
 
 I – condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação, transporte 
e lazer; 
 
 II – respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental; 
 
 III – opção quanto ao tamanho da prole; 
 
 IV – acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município às ações e serviços 
de promoção, proteção e recuperação da saúde, sem qualquer discriminação, inclusive 
transporte em casos qualificados como emergência médica e de natureza social; 
 
 V – proibição de cobrança ao usuário do SUS, pela prestação de serviços de assistência à 
saúde pública e contratada, conforme legislação. 
 
Art. 116 As ações de saúde são de natureza pública, devendo sua execução ser feita através de 
serviços públicos de saúde, cabendo ainda ao Poder Público dispor, nos termos da Lei, 
sobre sua regulamentação, fiscalização e controle. 
 
 
 
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 § 1° - As instituições privadas poderão participar de forma suplementar do sistema 
municipal de saúde, mediante contrato ou convênio, tendo preferência as entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos, ficando sujeitas às suas diretrizes e normas 
administrativas e técnicas. 
 
 § 2° - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenções, às entidades 
privadas com fins lucrativos. 
 
Art. 117 As ações e serviços de saúde realizadas no Município integram uma rede regionalizada e 
hierarquizada e constituem o Sistema Municipal de Saúde, organizado de acordo com as 
seguintes diretrizes: 
 
 I – a Secretaria Municipal de Saúde é gestora do sistema de saúde, ao nível do Município; 
 
 II – descentralização, com direção única no âmbito municipal sob a direção de profissional 
de saúde, preferencialmente da área médica; 
 
 III – participação, em nível de decisão, de entidades representativas dos usuários, dos 
trabalhadores de saúde e dos representantes governamentais na formulação, gestão e 
controle da política municipal e das ações de saúde através da constituição de conselho 
municipal de caráter deliberativo e paritário; 
 
 IV – adequação e integração das ações e serviços de saúde ao atendimento individual e 
coletivo, e às realidades epidemiológicas; 
 
 V – criação de um conselho comunitário, formado pelos representantes dos vários 
segmentos da sociedade, com participação ativa na formulação da política de saúde e 
saneamento básico; 
 
 VI – demais diretrizes emanadas da conferência municipal de saúde, que se reúne a cada 
ano com representações dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde do 
Município e estabelecer as diretrizes da política municipal de saúde, convocada pelo 
Secretário Municipal de Saúde ou, extraordinariamente, pelo Conselho Municipal de 
Saúde; 
 
 VII – a toda unidade de serviço corresponderá um conselho gestor, paritário e tripartite, 
formado pelos usuários, trabalhadores de saúde e representantes governamentais. 
 
Art. 118 Compete ao Município, através da Secretaria de Saúde: 
 
 I – no que couber, o disposto no artigo 223 da Constituição Estadual; 
 
 
 
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 II – a elaboração e atualização periódica do Plano Municipal de Saúde, em termos de 
prioridades e estratégias municipais, em consonância com o Plano Estadual de Saúde, de 
acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde, bem como sua execução e 
controle; 
 
 III – a elaboração e atualização da proposta orçamentária do SUS, para o Município; 
 
 IV – a proposição de projetos de lei municipal, que contribuam para viabilizar e 
concretizar o SUS no Município; 
 
 V – a administração do fundo municipal de saúde; 
 
 VI – a compatibilização e complementação das normas técnicas do Ministério da Saúde e 
da Secretaria de Estado da Saúde, de acordo com a realidade municipal; 
 
 VII – criação e implementação do sistema de informação em saúde, no âmbito municipal; 
 
 VIII – o planejamento e execução das ações de vigilância epidemiológica e sanitária e de 
saúde do trabalhador no âmbito do Município, bem como o acompanhamento, avaliação e 
divulgação dos indicadores de morbi-mortalidade; 
 
 IX – o planejamento e execução de ações de controle do meio ambiente e de saneamento 
básico no âmbito do Município, em articulação com os demais órgãos governamentais; 
 
 X – a execução, no âmbito do Município, dos programas e projetos estratégicos para o 
enfrentamento das prioridades nacionais, estaduais e municipais, assim como situação 
emergencial; 
 
 XI – a complementação das normas referentes à celebração de contratos e convênios com 
o setor privado, de abrangência municipal; 
 
 XII – a celebração de consórcios intermunicipais para a formação de sistema de saúde, 
quando houver indicação técnica e consenso das partes; 
 
 XIII – o Município cooperará com o Estado para a criação de banco de órgãos, tecidos e 
substâncias humanas, observado o disposto na Constituição Estadual; 
 
 XIV – o planejamento e execução das ações de controle das condições e dos ambientes de 
trabalho e dos problemas de saúde, com eles relacionados; 
 
 XV – a administração e execução das ações e serviços de saúde e de promoção nutricional 
de abrangência municipal ou intermunicipal; 
 
 
 
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 XVI – a formulaçãoe implementação da política de recursos humanos na esfera municipal, 
de acordo com as políticas nacional e estadual de desenvolvimento de recursos humanos 
para a saúde; 
 
 XVII – a normatização e execução, no âmbito do Município, da política nacional de 
insumos e equipamentos para a saúde. 
 
Art. 119 O sistema municipal de saúde será financiado com recursos do orçamento do Município, 
do Estado, da Seguridade Social, da União, além de outras fontes que constituirão o fundo 
municipal de saúde. 
 
 § 1° - O volume mínimo dos recursos destinados à saúde pelo Município corresponderá, 
anualmente, a treze por cento das respectivas receitas. 
 
 § 2° - Os recursos financeiros do sistema municipal de saúde serão vinculados à Secretaria 
Municipal de Saúde e subordinados ao planejamento e controle do Conselho Municipal de 
Saúde. 
 
 § 3° - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às 
instituições privadas com fins lucrativos. 
 
 § 4° - O Sistema Municipal de Saúde poderá incluir no seu plano municipal, mediante 
contrato ou convênio, as entidades filantrópicas sem fins lucrativos. 
 
Art. 120 O gerenciamento do sistema municipal de saúde deve seguir critérios de compromisso 
com o caráter público dos serviços e da eficácia no desempenho. 
 
 § 1° - A avaliação será feita pelos órgãos competentes em nível municipal e estadual. 
 
 § 2° - As pessoas que assumirem papéis diretivos no SUS não poderão ter relação 
profissional (propriedade, sociedade, consultoria, emprego) com o setor privado 
conveniado. 
 
 
Seção III 
Da Promoção Social 
 
Art. 121 As ações do Poder Público Municipal, através de programas e projetos na área da 
Promoção Social, serão organizadas, elaboradas, executadas e acompanhadas com base 
nos seguintes princípios: 
 
 I – participação da comunidade, considerada como instância básica para o atendimento e 
realização dos programas; 
 
 
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 II – descentralização administrativa, respeitadas as legislações federal e estadual, cabendo 
a coordenação e execução de programas à esfera municipal; 
 
 III – A promoção de desenvolvimento pleno de pessoa humana, tornando-a sujeito de 
direito, eliminando a dependência; 
 
 IV – As ações governamentais e os programas de assistência social, por sua natureza 
emergencial e compensatória, não deverão prevalecer sobre a formulação e aplicação de 
políticas sociais básicas nas áreas de saúde, educação, abastecimento, transporte e 
alimentação; 
 
 V – a participação dos usuários será uma constante em todos os passos da ação, incluindo 
o direito à participação no processo de tomada de decisão e também na revisão dos 
programas propostos à luz do conhecimento teórico-prático. 
 
Art. 122 O Município poderá subvencionar os programas desenvolvidos pelas entidades sociais 
filantrópicas e sem fins lucrativos, com especial atenção às que se dediquem à assistência 
aos portadores de deficiência, conforme critérios definidos em Lei, desde que cumpridas 
as exigências de fins dos serviços de assistência social a serem prestados. 
 
 Parágrafo Único – Compete ao Município a fiscalização dos serviços prestados pelas 
entidades citadas no “caput” deste artigo. 
 
Art. 123 Fica mantido o funcionamento do Fundo Social de Solidariedade do Município de 
Cachoeira Paulista, presidido por pessoa indicada diretamente pelo Chefe do Executivo, e 
que contará com trabalho técnico de um assistente social. (Redação dada pela Emenda à Lei 
Orgânica n° 01/1998) 
 
Art. 124 As ações da política social do Município serão executadas através de: 
 
 I – entidades sociais do Município, grupos autônomos da sociedade, Sociedades Amigos de 
Bairro, Poder Público Estadual e Federal; 
 
 II – o Poder Público incumbirá um órgão específico para o setor e/ou área de promoção 
social do Município. 
 
Art. 125 A política social municipal pressupõe: 
 
 I – programas com caráter emergencial e compensatório, visando os segmentos 
pauperizados da população, tais como crianças e adolescentes, desempregados e 
trabalhadores de baixa renda, idosos, desamparados, deficientes físicos e mentais, 
 
 
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mendigos, migrantes, egressos de hospitais e penitenciárias e outros, sempre em parceria 
com os recursos já existentes no Município; 
 
 II – programas com caráter educativo, promocional e libertador, visando à transformação 
social. 
 
Art. 126 O Município instalará e manterá núcleos de atendimento especial e casas destinadas ao 
acolhimento provisório de homens e mulheres, inclusive crianças, adolescentes e idosos, 
vítimas de violência doméstica, bem como a criação de serviços jurídicos de apoio às 
mesmas, integradas a atendimento psicológico e social. 
 
Art. 127 Para a execução de todas estas ações, o Poder Público contará com recursos advindos do 
Orçamento Geral do Município: 
 
 I – 5% (cinco por cento), no mínimo, de sua receita tributária; 
 
 II – 5% (cinco por cento), no mínimo, das transferências para o Município advindos das 
obrigações constitucionais. 
 
Art. 128 É vedada a distribuição de recursos públicos na área de promoção social, diretamente ou 
por indicação e sugestão a órgão competente, por ocupante de cargos eletivos. 
 
 
CAPÍTULO III 
Da Educação, Cultura, Lazer e Esportes 
 
Seção I 
Da Educação 
 
Art. 129 O Poder Público Municipal organizará o sistema municipal de ensino, atendendo ao 
disposto na Constituição Estadual em seu artigo 239 e parágrafos. 
 
Art. 130 O Município ampliará, anualmente, na manutenção e desenvolvimento de ensino público, 
no mínimo, 25% da receita resultante dos impostos, inclusive dos recursos provenientes 
de transferências. 
 
 § 1° - É vedada a utilização dos recursos referidos no “caput” deste artigo para financiar 
ou manter programas suplementares de alimentação, transporte ou assistência à saúde, 
bem como para assistir instituições de ensino filantrópicas, comunitárias ou 
confessionais. 
 
 
 
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 § 2° - O emprego dos recursos públicos destinados à educação, consideradas no 
orçamento municipal ou decorrentes de contribuição da União, Estados, outros 
municípios ou de outras fontes, ainda que sob forma de convênios, far-se-á de acordo com 
as diretrizes fixadas no plano plurianual de educação, devidamente articulados com os 
planos estadual e nacional de educação. 
 
 § 3° - O Município publicará até 30 dias após o encerramento de cada trimestre 
informações completas sobre receitas arrecadadas e transferências de recursos 
destinados à educação, neste período, discriminadas por nível de ensino. 
 
Art. 131 A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das 
necessidades do ensino fundamental. 
 
 Parágrafo Único – Parcela dos recursos públicos destinados à educação poderá ser 
utilizada em programas integrados de aperfeiçoamento e atualização para os educadores 
em exercício no ensino público municipal. 
 
Art. 132 O dever do Poder Público Municipal e Estadual com a educação pública e gratuita será 
efetivado através de programas suplementares, devidamente orçamentados no setor 
específico, especialmente através de material didático escolar, transporte, alimentação e 
assistência integral à saúde, no ensino fundamental e pré-escolar, bem como nas creches 
mantidas pelo Poder Público. 
 
Art. 133 O órgão próprio de educação do Município, em conjunto com o Estado, será responsável 
pela definiçãode normas, autorização para funcionamento, supervisão e fiscalização das 
creches e pré-escolas públicas e privadas no Município. 
 
Art. 134 Os convênios ou acordos firmados pelo Município na área da educação só poderão ocorrer 
com instituições desprovidas de finalidade lucrativa. 
 
 Parágrafo Único – Os convênios ou outras formas de parcerias firmadas com entidades 
de direito público interno ou instituições privadas sem fins lucrativos deverão ser 
aprovados pela Câmara Municipal e pelo Conselho Municipal de Educação. 
 
Art. 135 Ao Poder Público Municipal compete a manutenção e a universalização do ensino pré-
escolar, dirigido à criança de 0 a 6 anos e a organização de programas destinados à 
erradicação do analfabetismo. 
 
 Parágrafo Único – O Município somente atuará em outros níveis ou modalidades de 
ensino quando as demandas relativas à educação pré-escolar e à educação de adultos 
estiverem plenamente atendidas. 
 
 
 
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Art. 136 O Município organizará seu sistema municipal de ensino, o qual abrangerá todos os níveis 
em que atuar, será coordenado por uma Secretaria própria e terá como órgão deliberativo 
superior o Conselho Municipal de Educação. 
 
Art. 137 Ao Poder Público Municipal compete elaborar o Plano Municipal de Educação, que deve 
apontar as necessidades locais para a universalização do ensino pré-escolar, fundamental 
e médio, e a erradicação do analfabetismo. 
 
 Parágrafo Único – O plano referido no “caput” deste artigo e estabelecido em Lei será 
elaborado pelo Conselho Municipal de Educação, mediante coordenação do Poder 
Executivo. 
 
Art. 138 Fica obrigatoriamente criado o Conselho Municipal de Educação, órgão consultivo, 
deliberativo, normativo, do sistema municipal de educação, cuja composição e atribuições 
serão definidas em Lei. 
 
Art. 139 O plano municipal de carreira dos profissionais de ensino será definido em Lei, através de 
estatuto próprio do magistério. 
 
 
Seção II 
Da Cultura 
 
Art. 140 O Município deverá incentivar, valorizar, proteger e conservar as diferentes 
manifestações culturais. 
 
Art. 141 Constituem patrimônio cultural municipal os mencionados no artigo 216 e incisos da 
Constituição da República. 
 
Art. 142 O Poder Público Municipal incentivará a livre manifestação cultural, através de: 
 
 I – criação, manutenção e abertura de espaços públicos devidamente equipados e capazes 
de garantir a produção, divulgação e apresentação das manifestações culturais e 
artísticas; 
 
 II – planejamento e gestão de conjunto das ações, garantida a participação de 
representantes da comunidade; 
 
 III – acesso aos acervos das bibliotecas, museus, arquivos e congêneres; 
 
 IV – compromisso do Município de resguardar e defender a integridade, pluralidade, 
independência e autenticidade das culturas brasileiras em seu território; 
 
 
 
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 49 
 
 V – promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura; 
 
 VI – cumprimento, por parte do Município, de uma política cultural não intervencionista, 
visando à participação de todos na vida cultural; 
 
 VII – desenvolvimento do intercâmbio cultural e artístico entre os Municípios da região; 
 
 VIII – preservação dos documentos, obras e demais registros de valor histórico ou 
científico. 
 
Art. 143 A Lei estimulará, através de mecanismos específicos, os empreendimentos privados que 
se voltem à preservação e à restauração do patrimônio cultural do Município, bem como 
incentivar os proprietários de bens culturais tombados que atendam às recomendações 
de preservação do patrimônio cultural. 
 
Art. 144 A Lei exporá sobre a fixação de datas comemorativas de fatos relevantes para a cultura. 
 
Art. 145 Os danos ao patrimônio cultural serão punidos na forma da Lei. 
 
Art. 146 Cria-se o Conselho Municipal de Cultura, o qual terá sua composição, organização e 
competência, fixados em lei, garantida a participação de representantes da comunidade e 
do Poder Público Municipal. 
 
 
Seção III 
Dos Esportes e Lazer 
 
Art. 147 O Município apoiará e incentivará as práticas desportivas formais e não formais, com 
direito de todos. 
 
 Parágrafo Único – Dentre as práticas esportivas, o esporte amador gozará de preferência, 
sendo assegurado aos órgãos públicos municipais, encarregados de sua promoção, os 
recursos orçamentários próprios capazes de permitir a sua plena realização. 
 
Art. 148 O Município apoiará e incentivará o lazer, como forma de integração social. 
 
Art. 149 Ações do Poder Público Municipal e a destinação de recursos orçamentários para o setor, 
priorização: 
 
 I – o esporte educacional e o esporte comunitário; 
 
 II – o lazer popular; 
 
 
 
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 III – a construção e a manutenção de espaços devidamente equipados, para as práticas 
esportivas e o lazer; 
 
a) o Poder Público poderá criar área de recreação e lazer em todos os bairros do 
Município, destinadas ao bem-estar da população. 
 
 IV – promoção, estímulo e orientação à prática e difusão da educação física; 
 
 V – a adequação dos locais já existentes e previsão de medidas necessárias quando da 
construção de novos espaços, tendo em vista a prática de esportes e atividades por parte 
das pessoas deficientes, idosos e gestantes, de maneira integrada aos demais cidadãos. 
 
 Parágrafo Único – O Poder Público Municipal estimulará e apoiará as entidades e 
associações da comunidade, dedicadas às práticas esportivas. 
 
Art. 150 O Poder Público Municipal incrementará a prática esportiva às crianças, aos idosos e aos 
portadores de deficiências. 
 
Art. 151 O Município, mediante Lei, criará um Conselho Municipal de Esportes e Lazer, com o 
objetivo de propor diretrizes à sua política desportiva, garantida a participação de 
representantes da comunidade, associações e clubes esportivos. 
 
 
CAPÍTULO IV 
Da Comunicação Social 
 
Art. 152 O Município reconhece a liberdade de expressão como direito inalienável de toda pessoa e 
incentivará: 
 
 I – o acesso dos profissionais às fontes de informação; 
 
 II – o desenvolvimento de empresa de produção teatral e a programação de tele-
radiodifusão regionalizadas; 
 
 III – o surgimento de emissoras de rádiodifusão de baixa potência, geridas por entidades 
educacionais, culturais e sindicais. 
 
Art. 153 A ação do Município no campo da comunicação far-se-á sobre os seguintes princípios: 
 
 I – democratização do acesso às informações; 
 
 II – pluralismo e multiplicidade das fontes de informação; 
 
 
 
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 51 
 
 III – enfoque pedagógico da comunicação dos órgãos e entidades representativas da 
sociedade civil na direção, programação e controle dos veículos de comunicação por ela 
instituídos. 
 
Art. 154 Os órgãos de comunicação social, pertencentes ao Município, ou quaisquer entidades 
sujeitas direta ou indiretamente ao seu controle econômico, serão utilizados de modo a 
assegurar a possibilidade de expressão e confronto das diversas correntes de opinião. 
 
Art. 155 Ficam obrigadas as rádios e televisões existentes neste Município a destinarem, pelo 
menos 30 minutos semanais, gratuitamente, divididos em partes iguais ao Legislativo e ao 
Executivo, para os mesmos divulgarem suas atividades. 
 
 
CAPÍTULOV 
Da Defesa do Consumidor 
 
Art. 156 O Município promoverá a defesa do consumidor, através de Lei própria, mediante Sistema 
Municipal de Defesa do Consumidor. 
 
 Parágrafo Único – Lei Complementar disporá, detalhadamente, das sanções a serem 
aplicadas àqueles que infringirem quaisquer dispositivos legais que protejam o 
consumidor. 
 
 
CAPÍTULO VI 
Da Proteção Especial 
 
Seção I 
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Idoso e das Pessoas Deficientes 
 
Art. 157 Cabe ao Poder Público assegurar à família o direito à vida digna aos seus membros, 
garantindo-lhes condições favoráveis de saúde, alimentação suplementar às famílias de 
baixa renda, educação, profissionalização, cultura, lazer, saneamento básico e moradia. 
Uma vez garantidos os direitos básicos de sobrevivência, que a família seja efetivamente 
respeitada, livre e estimulada a organizar-se com outra família na comunidade ou bairros, 
de forma a participar da transformação social, denunciando os casos de negligências, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e agressão, conforme prescreve a 
Constituição Federal e Estadual. 
 
 Parágrafo Único – Considera-se “família de baixa renda” as famílias cuja renda familiar 
não ultrapasse os 03 (três) salários mínimos. 
 
 
 
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Art. 158 Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o 
planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Município propiciar 
recursos educacionais e incentivos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma 
coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. 
 
Art. 159 Cabe ao Poder Público promover programas educacionais voltados para a promoção e 
assistência às famílias, especialmente as de baixa renda, em parceria com outros órgãos 
governamentais, tendo como princípios: 
 
 I – a promoção da família através da organização e participação comunitária, de forma a 
intervir no desenvolvimento das ações do Executivo e Legislativo; 
 
 II – a assistência educativa e material às famílias de baixa renda, em situações 
emergenciais, e às vítimas de calamidade. 
 
Art. 160 O Poder Público concederá incentivo às empresas privadas, que garantem benefícios aos 
seus funcionários e aos seus familiares, além daquilo que a Constituição Federal e 
Estadual determinam. 
 
Art. 161 O Poder Público manterá, em todos os seus setores e organismos, serviços específicos 
destinados a promover a igualdade entre mulheres e homens, com a finalidade de 
erradicar todas as formas de discriminação e preconceito na família, no trabalho, na 
esfera sócio-política, econômica e cultural. 
 
Art. 162 O Poder Público Municipal, na sua competente esfera de influência, garantirá a proteção à 
mulher gestante, de modo especial à mulher trabalhadora, adequando ou mudando 
temporariamente os tipos de trabalho comprovadamente prejudiciais à sua saúde e ao 
nascituro. 
 
Art. 163 Cabe ao Poder Público assegurar à criança e ao adolescente a permanência na família até 
que estejam aptos a se auto manterem, conforme prescrevem os artigos da família. Caso 
os pais exerçam atividades fora do lar ou por impossibilidade real de cuidar dos filhos, 
cabe ao Poder Público: 
 
 I – promover a instalação de creches e pré-escolas municipais, favorecer a instalação de 
creches e pré-escolas particulares nas empresas e em entidades sociais, que garantirão 
em espaço educacional às crianças de 0 a 10 anos em regime de semi-internato e 
externato, através de incentivos fiscais, subvenções e sistemáticas; 
 
 II – promover convênios, tendo em vista a instalação de centros educacionais e 
promocionais nas empresas e entidades sociais voltadas ao desenvolvimento de 
atividades ocupacionais para crianças de 7 a 18 anos; 
 
 
 
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 53 
 
 III – promover a instalação de oficinas profissionalizantes e semi-profissionalizantes nas 
empresas e entidades sociais, para adolescentes de 15 a 18 anos, evitando-se a exploração 
de mão-de-obra da criança e adolescente; 
 
 IV – garantir o acesso das crianças e adolescentes ao sistema global de saúde municipal, e 
a obrigatoriedade em freqüentar e permanecer na rede formal de ensino no Município. 
 
Art. 164 Cabe ao Poder Público garantir a assistência promocional às crianças e adolescentes 
órfãos e/ou abandonados, através de ações próprias ou em convênios com entidades 
sociais particulares especializadas na área. 
 
Art. 165 Cabe ao Poder Público incentivar as entidades sociais particulares no desenvolvimento de 
programas de atendimento às crianças e adolescentes, que fazem da rua seu espaço de 
trabalho, com ou sem vínculo familiar, através de convênios específicos. 
 
Art. 166 Cabe ao Poder Público incentivar as entidades sociais particulares no desenvolvimento de 
programas de prevenção e orientação contra entorpecentes, álcool, drogas e afins, bem 
como no encaminhamento de denúncias e na realização de atendimento especializado às 
crianças e adolescentes. 
 
Art. 167 Cabe ao Poder Público, através do Conselho de Promoção Social, prever mecanismos de 
proteção à criança e adolescente apreendido em flagrante por ato infracional, 
proporcionando-lhe igualdade na relação processual, representação legal, 
acompanhamento psicológico e social de defesa por profissionais habilitados. 
 
Art. 168 Cabe ao Poder Público, na sua competente esfera de influência: 
 
 I – garantir às pessoas idosas condições de vida apropriada, freqüência e participação em 
todos os equipamentos, serviços e programas culturais, educacionais, esportivos, 
recreativos e de lazer, defendendo sua dignidade e visando sua integração à sociedade; 
 
 II – incentivar e promover implantação de Centro de Convivência do Idoso, através de 
atividades recreativas, ocupacionais, de geração de renda, com incentivos fiscais e 
subvenções periódicas e sistemáticas das empresas; 
 
 III – assegurar aos idosos todas as garantias discriminadas na seção família. Na presente 
Lei ainda será colocada a salvo qualquer tipo de discriminação, negligência, exploração, 
violência, crueldade ou agressão; 
 
 IV – elaborar e executar programas que atendam às necessidades das pessoas idosas, em 
conjunto com órgãos e entidades públicas particulares. 
 
 
 
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 54 
 
Art. 169 Aos maiores de 60 (sessenta) anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos 
urbanos. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 01/2010) 
 
Art. 170 Cabe ao Poder Público assegurar ao portador de deficiência, com prioridade, o direito à 
vida, garantindo-lhe saúde, educação, profissionalização, transporte, locomoção, trabalho, 
cultura, lazer. 
 
Art. 171 O Poder Público promoverá programas especiais, com a participação de entidades sociais 
e tendo como propósito: 
 
 I – garantir condições adequadas de educação aos portadores de deficiência mental, física, 
auditiva ou visual; 
 
a) elaboração de um recenseamento municipal de pessoas portadoras de deficiência 
mental, visual, auditiva e física; 
b) criação de novas salas especiais no ensino público municipal. 
 
 II – Garantir programas de saúde que assegurem: 
 
a) condições de prevenção contra doenças aos deficientes, com prioridade para 
assistência pré-natal e à infância; 
b) tratamento médico especializado aos portadores de deficiência; 
c) aquisição de equipamentos que se destinem ao uso pessoal e que permitam correção, 
diminuição ou superação de suas limitações.III – integração social aos portadores de deficiência, mediante treinamento para o 
trabalho, convivência e facilitação de acesso aos bens e serviços; 
 
 IV – criação de centros profissionalizantes para treinamento, habilitação, reabilitação 
profissional dos portadores de deficiência, oferecendo meios adequados para esse fim aos 
que não tenham condições de acompanhar a rede formal de ensino; 
 
 V – concessão de incentivo às empresas para adequação de seus equipamentos, 
instalações, roteiros de trabalho e admissão de portadores de deficiência. 
 
Art. 172 É assegurado, na forma da Lei, aos portadores de deficiência, acesso adequado aos 
logradouros e edifícios de uso público, bem como aos veículos de transporte coletivo. 
 
 Parágrafo Único – É garantido o transporte permanente e efetivo aos deficientes físicos, 
mentais, auditivos e visuais, bem como aos seus familiares e responsáveis, quando 
necessário, às entidades que freqüentam. 
 
 
 
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 55 
 
Art. 173 Fica o Poder Público Municipal autorizado a promover publicidade particular remunerada 
nos bens municipais, móveis e imóveis, tomadas as cautelas devidas, podendo ser 
utilizados para veicular publicidade comercial de particulares, desde que remunerada, 
exceto à regra da remunerabilidade, vedada, nos termos do artigo 37, § 1° da Constituição 
Federal, a configuração de nome, símbolo ou imagem que caracterize promoção pessoal 
de autoridade ou servidor público. 
 
 
TÍTULO VII 
DA ORDEM SOCIAL 
 
Art. 174 Todas as casas comerciais que revendem gás, para uso de cozinha, obrigatoriamente 
deverão ter o alvará fornecido pelo Corpo de Bombeiros, como forma de se normalizar 
este tipo de comércio, não só as atuais como aquelas que futuramente venham a 
comercializar o “gás liquefeito” e produtos inflamáveis. 
 
Art. 175 Os prazos previstos nesta Lei Orgânica serão contados de acordo com as normas 
processuais civis. 
 
 
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS 
 
Art. 1º O pagamento do adicional da sexta-parte, na forma prevista no artigo 61, será devido a 
partir do 1° dia do mês seguinte da publicação desta Lei Orgânica, vedada sua acumulação 
com vantagens já percebidas a esses títulos. 
 
Art. 2º Os servidores públicos municipais, da administração direta ou indireta, autarquia e 
fundações instituídas pelo Poder Público em exercício na data de 05 de outubro de 1988, há 
pelo menos 05 anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no 
artigo 37 da Constituição Federal, são considerados estáveis no serviço público. 
 
 § 1° - O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos ou 
comissões, nem aos que a Lei declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será 
computado para os fins do “caput” deste artigo, exceto se tratar de servidor. 
 
 § 2° - Para os integrantes das carreiras docentes do magistério público municipal não se 
considera para os fins previstos no “caput” a interrupção ou descontinuidade de exercício 
por prazo igual ou inferior a 90 dias, exceto nos casos de dispensa ou exoneração solicitada 
pelo servidor. 
 
Art. 3º A Câmara Municipal terá, a partir da promulgação desta Lei Orgânica, 90 dias para 
elaboração de seu Regimento Interno, conforme Lei específica. 
 
 
 
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 56 
 
Art. 4º No prazo de três meses, o Poder Executivo deverá criar o Plano de Carreira para servidores 
do Município. 
 
Art. 5º O Poder Público Municipal, deverá constituir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – 
CIPA, de acordo com a Lei em vigor. 
 
Art. 6º O Setor Social da Prefeitura Municipal criará um plano para dar assistência médica e 
hospitalar a todos os funcionários municipais, incluindo-se os aposentados e pensionistas. 
 
 
SALA DAS SESSÕES, EM 05 DE ABRIL DE 1990. 
 
 
VEREADORES CONSTITUINTES: 
 
Gabriel Benedito Issaac Chalita – Presidente 
Mariza Cardoso de Miranda Hummel – Vice-Presidente 
Hilton Oliveira Souza – 1° Secretário 
Edmar Soares – 2° Secretário 
João Luiz do Nascimento Ramos – Relator Comissão Sistematização 
Nilson Luiz de Souza – Presidente Comissão Sistematização 
Ailton Vieira 
Antonio Sebastião da Silva Hummel 
Benedito Galvão Mafra 
Élbon Fontes de Souza 
Joaquim José Martins Cardoso 
José Mauro Moreira Barbosa 
José Sebastião Neco Hummel Mendonça 
Maria Zuleika de Amorim Pereira 
Newton Celso Leite 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
TÍTULO I 
 
 
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 57 
 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 1 
CAPÍTULO I 
O Município 1 
CAPÍTULO II 
Da Competência 1 
 
TÍTULO II 
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 3 
CAPÍTULO I 
Do Poder Legislativo 3 
Seção I 
Da Organização do Poder Legislativo 3 
Seção II 
Dos Vereadores 6 
Seção III 
Das Atribuições do Poder Legislativo 7 
Seção IV 
Do Processo Legislativo Municipal 9 
Seção V 
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária 11 
CAPÍTULO II 
Do Poder Executivo 12 
Seção I 
Do Prefeito e do Vice-Prefeito 12 
Seção II 
Das Atribuições do Prefeito 13 
Seção III 
Da Responsabilidade do Prefeito 15 
Seção IV 
Da Transição Administrativa 
 16 
 
TÍTULO III 
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 16 
CAPÍTULO I 
Administração, Bens e Serviços Municipais 
 16 
Seção I 
Disposições Gerais 17 
Seção II 
Objetivos, Diretrizes e Prioridades 19 
Seção III 
Das Entidades Municipais 20 
 
 
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 58 
 
CAPÍTULO II 
Dos Servidores Públicos do Município 20 
Seção I 
Servidores Públicos Municipais 20 
CAPÍTULO III 
Da Segurança Pública 
 22 
 
TÍTULO IV 
DA TRIBUTAÇÃO, DAS FINANÇAS E DOS ORÇAMENTOS 22 
CAPÍTULO I 
Do Sistema Tributário Municipal 22 
Seção I 
Dos Princípios Gerais 
 22 
Seção II 
Da Tributação 
 22 
Seção III 
Das Finanças 24 
Seção IV 
Dos Orçamentos 24 
 
TÍTULO V 
DA ORDEM ECONÔMICA 27 
CAPÍTULO I 
Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica 27 
CAPÍTULO II 
Do Desenvolvimento Urbano 
 28 
CAPÍTULO III 
Da Política Agrícola, Agrária e Fundiária 29 
CAPÍTULO IV 
Do Meio Ambiente, dos Recursos Naturais e do Saneamento 30 
Seção I 
Do Meio Ambiente 30 
Seção II 
Dos Recursos Hídricos 32 
Seção III 
Dos Recursos Minerais 33 
Seção IV 
Do Saneamento 33 
 
 
 
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 59 
 
TÍTULO VI 
DA ORDEM SOCIAL 34 
CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 34 
CAPÍTULO II 
Da Seguridade Social 
 34 
Seção I 
Disposição Geral 34 
Seção II 
Da Saúde 34 
Seção III 
Da Promoção Social 37 
CAPÍTULO III 
Da Educação, Cultura, Lazer e Esportes 39 
Seção I 
Da Educação 39 
Seção II 
Da Cultura 40 
Seção III 
Dos Esportes e Lazer 
 41 
CAPÍTULO IV 
Da Comunicação Social 42 
CAPÍTULO V 
Da Defesa do Consumidor 43 
CAPÍTULO VI 
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Idoso e das Pessoas Deficientes 43 
 
TÍTULO VII 
DA ORDEM SOCIAL 46 
 
ATO DAS DISPOSIÇÕESCONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS 46

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