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Ética e Responsabilidade Social nas Empresas

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Curso: Docência em Enfermagem
Disciplina: Ética e Responsabilidade Social e Profissional
Nome: Mariana de Abreu Rezende
 RESENHA: Ética e Responsabilidade Social.
Ao refletimos sobre a ética, podemos compreender a forma mais adequada para vivermos em sociedade. Assim, esta reflexão só possui efeito na medida em que há diálogo entre iguais, ou seja, a ética necessita de espaços dialogais para se efetivar. A ausência do diálogo impede o desenvolvimento da reflexão e da busca pelo convívio entre os seres humanos.
De um tempo pra cá, os termos responsabilidade social e ética vêm ganhando destaque no mundo empresarial. Na verdade, o Estado contribuiu com capital social para que elas crescessem, e com a mundialização das indústrias, a competitividade e rentabilidade dos investimentos a demanda por contrapartida se faz premente. A importância desse compromisso na postura das organizações e sua influência nos objetivos e estratégias de gestão das empresas são cada vez mais urgentes para que os diálogos aumentem entre setor privado, setor público e a sociedade.
A responsabilidade social e os princípios éticos podem ser vistos hoje como uma nova forma de gestão, um instrumento para melhorar e consolidar a imagem das organizações perante as comunidades, para a abertura de novos mercados e maior competitividade nas transações globalizadas. A questão da responsabilidade social empresarial vem sendo tratada, ultimamente, como um dos meios mais eficientes para atingir-se o ideal de um desenvolvimento sustentável. Segundo muitos estudiosos sobre o tema, assumir responsabilidade social não é somente seguir leis, normas ou regras morais, é também assumir um comportamento ético.
Várias empresas, em nível mundial, já têm uma visão ampliada deste cenário, com ações para melhorar o bem estar da comunidade em que está inserida, reduzir os impactos sobre o meio ambiente, aumentar os diálogos com os colaboradores, enfim, com todos os seus stakeholders. O desempenho econômico torna-se dinâmico e estratégico com os investimentos nestas áreas e trazendo importantes retornos financeiros e sociais para os envolvidos. Observa-se no atual cenário que as oportunidades do mercado tendem a privilegiar os produtos e serviços oriundos de empresas com condutas sustentáveis. Sendo a responsabilidade social um dos pilares da sustentabilidade, é possível estabelecer um diferencial frente aos concorrentes haja vista a importância deste tipo de investimento que gera uma imagem forte para a empresa, boa visibilidade, e pode transformar-se em benefícios sociais.
Mesmo cumprindo com suas obrigações legais, uma empresa poderá parecer irresponsável se suas práticas não encontrarem amparo nas leis ou nas normas. Por isso, na evolução conceitual do termo responsabilidade social empresarial, foi preciso recorrer à ética, na esperança de que, em casos como esse, a empresa com comportamento alinhado com algum princípio ético tenha maior garantia de que seus atos estejam a serviço do bem-estar social e da manutenção da integridade e dignidade humana, independentemente das circunstâncias. Assim, alguns estudiosos do tema passaram a defender a exigência de um comportamento ético, para que as empresas ditas socialmente responsáveis pudessem ser de fato qualificadas como tal. Mas nem todos se preocuparam em fundamentar tal comportamento, e uma grande parte esforçou-se mais em estabelecer manuais de condutas com base em critérios circunstanciais. Nesse sentido, uma questão que se levanta é se esses manuais, quando seguidos, poderiam garantir a existência de um comportamento ético das empresas? Além disso, esse comportamento ético pressupõe que todos integrantes da empresa tenham uma conduta ética também? Vários dilemas aparecem quando essas prescrições de conduta descritas nos manuais são colocadas em prática, pois, boa parte das vezes, elas são infundadas, enfraquecendo e desacreditando suas próprias teorias, devido à falta de embasamento filosófico. Mas, mesmo a teoria ética tem enormes dificuldades em fundamentar uma linha de conduta apropriada para as empresas, principalmente pelo fato de que muitas têm o lucro como sendo o principal valor. 
As teorias éticas existentes parecem não dar conta suficientemente das novas demandas do agir humano, pois não se pode dizer com precisão que uma determinada teoria ética tradicional consiga fundamentá-lo totalmente, face à pluralidade cada vez maior de pensamentos e o consequente vácuo de valores que se originou nos últimos tempos. Os referenciais éticos tradicionais parecem enfraquecidos, de tal maneira que é preciso resgatá-los com maior ênfase ou refutá-los de vez, ou ainda propor novos valores vindos de uma nova teoria ética que dê conta de fundamentar o comportamento humano ideal diante dessa frenética mudança que ocorre nos modos de vida, nas relações sociais e na identidade humana. Por isso, a busca por um referencial ético, que possa ajudar a justificar melhor o agir empresarial alinhado ao aspecto social e às exigências de um desenvolvimento sustentável, considera-se ser um estudo de relativa importância.
Hoje em dia, é comum encontrarmos a menção de códigos de ética para reger os atos das empresas. Eles abordam questões comportamentais, estabelecem normas, mas resta discutir como eles são reconhecidos e interpretados pelos grupos que estão envolvidos. Os códigos apontam as direções dos caminhos a serem seguidos, e paralelamente deve acontecer a tomada de consciência a qual permite a posse e a apropriação de novos saberes e conhecimentos pelos membros da organização e da comunidade do entorno. Os representantes de todos os níveis funcionais e gerenciais precisam estimular a comunicação entre as pessoas da organização e os conteúdos do código, que tipificam os discursos e as ações que visam adquirir outra visibilidade, amplitude e coerência da empresa com o processo de desenvolvimento sustentável (ASHLEY, 2005, p.21).

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