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O BALANÇO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE PUBLICIDADE E VISIBILIDADE DA IMAGEM CORPORATIVA

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Isabella de Freitas Matos
Jordy Fernandes Medeiros
Lorena Morais Maciel
Marina Jessica Ribeiro Andrade
O BALANÇO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE PUBLICIDADE E VISIBILIDADE DA IMAGEM CORPORATIVA
Belo Horizonte
2018
Isabella de Freitas Matos
Jordy Fernandes Medeiros
Lorena Morais Maciel
Marina Jessica Ribeiro Andrade
O BALANÇO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE PUBLICIDADE E VISIBILIDADE DA IMAGEM CORPORATIVA
Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Ciências Contábeis da Pontífica Universidade Católica de Minas Gerais como requisito parcial para aprovação no semestre.
Belo Horizonte
2018
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância do Balanço Social como um instrumento de publicidade e visibilidade da imagem coorporativa das empresas. Este artigo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica em artigos, livros, e citações dos seus respectivos objetivos em uma organização, suas características e seus benefícios para os usuários, uma ferramenta que possui grande influência para atrair a sociedade, os sócios e os fornecedores através de ações sociais e ambientais.
Diante da competitividade no mercado de trabalho e do mundo globalizado, as entidades possuem a necessidade de se destacar entre outras. Muitas usam o balanço social como estratégia e marketing, que tem por consequência a melhoria da imagem coorporativa.
Palavras Chaves: Balanço Social, Responsabilidade Social, Marketing.
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, com a crise econômica mundial, principalmente no Brasil, observa-se que para o avanço da economia nas entidades a competividade cresce cada vez mais. Para isso, as empresas buscam estratégias para relacionar e desenvolver atividades com seus diversos usuários. As empresas utilizam o Balanço Social, uma ferramenta contábil não obrigatória no Brasil, como uma jogada estratégica de marketing.
O Balanço social é um instrumento de divulgação que tem a finalidade de tornar pública a responsabilidade social das organizações, evidenciando seus aspectos ambientais, sociais e de cidadania corporativa. Além de promover benefícios para sociedade, ela também gera benefício para si mesmo, pois a entidade que divulga seu balanço social, possuí um diferencial no mercado que está cada vez mais exigente.
A pesquisa realizada usa a metodologia de revisão bibliográficas, através de livros, legislações vigentes e artigos de acordo com o assunto estudado e também da utilização dos conhecimentos adquiridos na experiência direta.
No modelo proposto o objetivo geral é: demonstrar o Balanço Social como instrumento de publicidade e visibilidade da imagem coorporativa das entidades.
Tendo como objetivos específicos:
· Reconhecer o balanço social como ferramenta estratégia para atrair investidores e a comunidade;
· O destaque da empresa que usa o Balanço Social como ferramenta estratégica no mercado competitivo e globalizado;
· A importância da Responsabilidade Social para construção de relacionamentos éticos e transparentes com todos os púbicos.
A pergunta que inspira esse trabalho é: Qual o impacto que o Balanço Social tem nas empresas que o usam como ferramenta de estratégia para se relacionar e desenvolver atividades com os seus diversos usuários?
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
Será apresentado neste, o conteúdo teórico de acordo com as pesquisas feitas em livros acadêmicos e em outros meios de busca, e a exposição de um banner para os alunos da PUC MINAS BARREIRO.
2.1 Responsabilidade Social
A responsabilidade social dentro das organizações tem como objetivo o planejamento e a avaliação das ações voltadas a sociedade, sendo elas, fatores que contribuem para o bem e crescimento da população através de práticas sociais. Para demonstrar esses dados e essas informações o melhor instrumento para utilização é o balanço social.
De acordo com IUDÍCIBUS et al. (2000): 
O Balanço Social tem por objetivo demonstrar o resultado da interação da empresa com o meio em que está inserida, o grau de responsabilidade social assumido e assim prestar contas à sociedade pelo uso do patrimônio público, constituído por recursos naturais, humanos e o direito de conviver e usufruir dos benefícios da sociedade em que atua. 
Por tanto, a ética se encaixa perfeitamente dentro das empresas com base na responsabilidade social, ela está voltada para questões morais das atividades feitas pelas organizações de uma forma ampliada. Portanto, a sociedade exige das empresas uma postura de transparência no seu relacionamento, para então gerar grandes benefícios em conjunto. 
Para Cheibub e Locke (2002):
Essa responsabilização passa pela adoção de uma postura ética e transparente nas múltiplas relações que as empresas estabelecem com distintos públicos, ao operarem na sociedade – clientes, trabalhadores, fornecedores, governos, comunidades, concorrentes, financiadores, acionistas, enfim, pessoas ou organizações que impactam e são impactadas por suas atividades.
RIOS e JACQUES (2011) também afirmam que: 
As organizações devem voltar suas políticas internas principalmente ao bem estar dos colaboradores, mantendo o nível de satisfação deles na organização, ao passo que as políticas externas podem estar focadas em projetos de desenvolvimento da comunidade e o bem da sociedade como um todo. 
3. BALANÇO SOCIAL 
O Balanço Social é um demonstrativo social publicado anualmente com a finalidade de divulgar o nível de gestão econômico-social da entidade, destacando a transparência em suas ações, visando um compromisso ético e favorável ao desenvolvimento sustentável da entidade. 
O balanço social também é uma forma de assegurar aos acionistas, empregados, analistas de mercado e a sociedade de forma qualitativa e quantitativa as atividades que a entidade está gerando para a comunidade. 
Certificamos conforme Iudícibus et al. (2000, p. 31):
O Balanço Social tem por objetivo demonstrar o resultado da interação da empresa com o meio em que está inserida. Possui quatro vertentes: o Balanço Ambiental, o Balanço de Recursos Humanos, Demonstração do Valor Adicionado e Benefícios e Contribuições à Sociedade em geral.
Temos que ressaltar também que o conceito de Balanço Social não deve ser comparado com o Balanço Econômico Financeiro da empresa, como diz David (2000, p.32):
Deve-se levar em conta o conceito de que o Balanço Social não deve ser necessariamente parecido com o Balanço Econômico-Financeiro da empresa, visto que a economia e o patrimônio financeiro, estão baseados principalmente na matemática, que é uma ciência exata. Já o social, apoia-se em outras áreas da ciência, como a humana, visto que é de indivíduos que o todo de uma empresa é formado.
Além de ser uma importante ferramenta social, o balanço social é também uma ferramenta gerencial para empresa, de acordo com KROETZ (200, P.6):
O Balanço Social, antes de ser uma demonstração endereçada à sociedade, é considerado uma ferramenta gerencial, pois reunirá dados qualitativos e quantitativos sobre as políticas administrativas e sobre as relações entidade e ambiente, os quais poderão ser comparados e analisados de acordo com as necessidades dos outros internos, servindo como instrumento de controle, e auxilio para a tomada de decisões e na adoção estratégicas. 
Diante disso, o Balanço Social não é somente o resultado das exigências sociais das empresas, mas grande instrumento de diagnostico de riscos e oportunidades no processo de evolução social.
3.1 Importância do Balanço Social
O balanço social tem diversas ferramentas para uma empresa, e ele atua com a apresentação de projetos, onde abrange a preocupação geral da entidade, tanto social, ambiental e dos recursos humanos, sendo assim, a partir do desenvolvimento dele, o Governo e tantas outras organizações despertam interesse maior sobre o assunto, para obter maior reconhecimento e auxilio em suas estratégias. Os autores Rios e Jacques (2011), destaca alguns motivos importantes para a construção do balanço social:
· Por que éum demonstrativo da atitude ética é responsável por parte da empresa;
· Agrega valor ao nome da organização, além de atrair investidores, pois o Balanço demonstra que a empresa tem uma administração responsável e quer agregar valor junto aos consumidores;
· Diminui os riscos da organização na bolsa de valores, por que a organização demonstra transparência e responsabilidade. Hoje, papéis dessas empresas têm mais valor na bolsa, se destacando perante as outras organizações nacionais e internacionais que hoje começam adotar o Balanço Social para ganhar reconhecimento internacional;
·  Serve de instrumento de avaliação, análise de mercado, investidores e órgãos de financiamento (BNDES, BID e IFC), portanto o Balanço Social se tornou um documento necessário para conhecer e avaliar riscos de uma empresa;
· O Balanço Social é mais um instrumento para o gestor de uma organização poder avaliar as atividades da empresa com relação ao ambiente interno e externo (colaboradores, sócios, gestores, clientes e fornecedores);
· Além de ser forma inovadora e politicamente correta para com a sociedade e com as pessoas que participam da vida da empresa.
3.1.2 Objetivos do Balanço Social
Kroetz (2000, p. 79-80) evidencia vários objetivos para o Balanço Social: 
a) Revelar, conjuntamente com as demais demonstrações contábeis, a solidez da estratégia de sobrevivência e crescimento da entidade; 
b) Evidenciar, com indicadores, ad contribuições à qualidade de vida da população;
c) Abranger o universo das interações sociais entre: clientes, fornecedores, associações, governo, investidores, universidades e outros; 
d) Apresentar os investimentos no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias; 
e) Formar um banco de dados confiável para analise e tomada de decisão dos mais diversos usuários; 
f) Ampliar o grau de confiança da sociedade na entidade; 
g) Contribuir para implementação, manutenção de processos de qualidade, sendo a própria demonstração do Balanço Social um parâmetro para tal;
h) Medir os impactos das informações apresentadas no Balanço Social perante a comunidade dos negócios; no amanhã da entidade; na Marca, na imagem dos negócios; 
i) Verificar a participação do quadro funcional no processo de gestão (fase da gestão participativa);
j) Servir de instrumento para negociações laborais entre a direção da entidade e sindicatos ou representantes dos funcionários;
k) Melhorar o sistema de controle interno, permitindo qualificar o ambiente organizacional, numa perspectiva de confirmar a regularidade da gestão identificada com o gerenciamento social e ecologicamente correto; 
l) Classificar os objetivos e as políticas administrativas, julgando a administração não apenas em função do resultado econômico, mas também dos resultados sociais. 
Desta forma o planejamento do Balanço Social requer diversas ações para que seu resultado seja transparente. Necessita de ações complexas que demonstrem um nível de conhecimento gerencial e social, onde as dificuldades sejam contornadas e seus objetivos alcançados. 
3.3 Evolução do Balanço Social 
De acordo com Freire (2001, p.15), entende se que a prática da responsabilidade social, num pequeno número de empresas, teve sua primeira aparição no Brasil em 1965 com a publicação da “Carta de Princípios do Dirigente Cristão de Empresas”. A partir de então, começou a ser apresentada algumas regras referentes à ação social ao longo dos anos 70.
No Brasil o projeto de Lei nº 3.116/97, que tramita no Congresso Nacional, cujo objetivo é regulamentar a obrigatoriedade de elaboração e publicação do instrumento que evidencie as ações das organizações no campo social, propõe como definição:
Balanço Social é o documento pelo qual a empresa apresenta dados que permitam identificar o perfil da atuação social da empresa durante o ano, a qualidade de suas relações com os empregados, o cumprimento das cláusulas sociais, a participação dos empregados nos resultados econômicos da empresa e as possibilidades de desenvolvimento pessoal, bem como a forma de sua interação com a comunidade e sua relação com o meio ambiente.
Nos anos 80, segundo Freire (2001, p.19), o Brasil enfrenta um período de transformações, frisado pelo aumento das participações dos sindicatos, ONGS (Organizações Não Governamentais) e algumas lutas sociais, mostrando um período de redemocracia. 
Com a mudança de pensamento da sociedade, as empresas começam a se preocuparem mais com ética, a responsabilidade social e a preservação do meio ambiente, começam a investir nas áreas sociais, trazendo a necessidade da publicação não só de um simples Relatório de Atividades Sociais, mas de algo mais claro, parecido ao que já era feito num balanço contábil e financeiro, o chamado Balanço Social. Baseado em Freire (2001, p.20), em 1984 uma empresa localizada na Bahia, chamada Nitrofértil, publica voluntariamente o primeiro Balanço Social do Brasil, demonstrando a sua atuação para o meio empresarial. Logo após veio o Sistema Telebrás e o Banespa que entregam a lista das empresas precursoras em Balanço Social do Brasil.
Nos anos 90 de acordo com Freire (2001, p.21), há uma ênfase especial na criação do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), nomeado como pessoa jurídica, dedicada a referencias de responsabilidade social nas empresas brasileiras, originou o desenvolvimento das ações sociais junto ao setor empresarial. De acordo com Ioschpe (1997, p.I), o GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), já vinha atuando de maneira informal desde 1989, os programas foram sendo criados numa época que não havia lugar para um bom investimento em ações que não apresentava bons retornos. O social não trazia retornos monetários, mas sim em desenvolvimento, causando dúvidas e reflexão aos empresários. Mas como se tratava de um “processo social”, dirigido por pessoas que acreditam na ideologia do terceiro setor, foi possível conquistar um espaço e revolucionar os papéis sociais.
Tinoco (2001, p.122), demonstra que o GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), é uma das associações empresariais mais fortes por agregar as maiores empresas do país. Possuindo 48 fundações e institutos empenhados na realização de processos e programas sociais.
O Instituto Ethos também se destaca com 216 empresas de diversos setores e tamanhos, dedicados a criação e ações filantrópicas, foi criado em julho de 1998, por um grupo de empresários que acreditam na maior contribuição que as empresas podem oferecer ao país. Com o principal objetivo de provocar e ajudar as empresas a compreender e aceitar o conceito de responsabilidade social na rotina da sua gestão, preocupando-se com a qualidade ética das relações empresariais com o diverso público que o rodeia. Ressaltando que a iniciativa que foi proposta pelas empresas junto ao campo social, desfrutou das influências de organizações americanas que propõem o mesmo objetivo de contribuir com sua participação junto à comunidade que a seu redor.
Com a atuação do GIFE e do Instituto Ethos, os conceitos na mentalidade empresarial começa a se fortalecer no Brasil, algumas empresas no âmbito nacional tem despertado interesse em investir nas suas relações com a comunidade, com o meio ambiente e com seu grupo de funcionários. Essas relações tornaram-se estratégias financeiras e de conservação empresarial, com pensamentos e focos no futuro.
3.4 Obrigatoriedade do Balanço Social 
Conforme a CFC nº 1.003/04: Nenhuma empresa/entidade está obrigada a elaborar ou divulgar Informações de Natureza Social ou Ambiental no Brasil. Aquelas que optarem por sua apresentação, deve adotar as regras estabelecidas pela NBC T 15. Não compete ao Conselho Federal de Contabilidade obrigar as empresas a elaborarem Demonstrações, mas somente discipliná-las. De acordo com o item 1.5.1.3. da Resolução CFC nº 1.003/04: 
A Demonstração de Informações de Natureza Social e Ambiental, ora instituída, quando elaborada, deve evidenciar os dados e as informações de natureza social e ambiental da entidade, extraídos ou não da contabilidade,de acordo com os procedimentos determinados por esta norma.
Alguns países já adotam o balanço patrimonial como obrigatório, ele é um processo passo a passo e construtivo, que vem ganhando espaço nas empresas brasileiras através de incentivos. 
 
Tem-se na Europa, exemplos de países como França, Portugal e Bélgica que já normatizaram o balanço social. A França foi o primeiro país a tornar o balanço social obrigatório, através da Lei 77.769 de 12 de junho de 1977. Em Portugal, a Lei 141 de 14 de novembro de 1985 instituiu o modelo do balanço social. E na Bélgica, a obrigatoriedade de elaboração deste demonstrativo se deu através de um decreto real em 4 de agosto de 1996. (FREIRE & REBOUÇAS, 2001, p. 69).
 
No Rio Grande do Sul (RS), percebe-se um crescente movimento das empresas no sentido de elaborar e divulgar o Balanço Social, principalmente após a entrada em vigor da Lei Estadual n.º 11.440, em 18 de janeiro de 2000. Esta lei confere às empresas que apresentarem o seu Balanço Social à Assembléia Legislativa do Estado um Selo de Responsabilidade Social, e as três empresas que mais se destacaram nas atividades sociais, uma de cada porte (pequeno, médio e grande), recebem, também, o Troféu Responsabilidade Social. Os critérios para escolha das empresas agraciadas com este Troféu, são definidos por comissão mista composta por representantes da sociedade civil. (DAVID, 2003, p.3)
3.5 Modelos de Balanço Social
Atualmente os modelos mais usados pelas empresas são o IBASE, ETHOS e GRI, aceitos no mercado de acordo com Rocha e Gomes (2008, p.6 e 7): 
Os modelos de balanços sociais mais conhecidos no Brasil são o Balanço Social IBASE e a sugestão de roteiro para construção e divulgação dos balanços sociais elaborado pelo Instituto Ethos. Entre as muitas estratégias que visam a mobilizar as empresas a publicar balanços sociais e melhorar a sua qualidade, essas organizações lançaram, em 2002, o Prêmio Balanço Social, evidenciado a articulação entre diferentes segmentos da sociedade, no sentido de incentivar a maior transparência das práticas empresariais. 
Outra referência que vem ganhando adesão no Brasil são os Princípios da Global Reporting Initiative (GRI) para elaboração de relatórios de sustentabilidade. A GRI é uma organização da sociedade civil que atua no âmbito global, em diálogo com diversos segmentos da sociedade, visando a promover canais de diálogo e de exposição pública de informações sobre as empresas. 
Segundo David (2003, p.7) os aspectos que mais se diferenciam entre os balanços sociais são:
· faturamento; 
· lucro; 
· número de empregados e folha de pagamento; 
· valores gastos com tributos e outros encargos sociais; 
· despesas com alimentação do quadro funcional; 
· treinamento e qualificação profissional; 
· saúde e segurança do trabalhador; 
· especificação de benefícios concedidos; 
· investimentos em meio ambiente; 
· investimentos e doações para a comunidade, entre outras formas de participação na vida da sociedade.
4. PUBLICIDADE E VISIBILIDADE DA IMAGEM CORPORATIVA
Segundo Jacques (2011), o balanço social é uma importante ferramenta para melhorar a imagem da organização diante diversos públicos como; dirigentes, colaboradores, fornecedores, consumidores, estado e a própria empresa. 
Para os dirigentes: torna possível mensurar e analisar as áreas que a organização esta atuando e os resultados obtidos, servindo de base para as decisões que serão tomadas relativas a programas sociais.
Para os colaboradores: estimula o engajamento nos propósitos da organização, participando ativamente nas ações sociais que ela desenvolve. Também existem empresas que se propõe a diminuir os danos ao meio ambiente, nestas é possível que os colaboradores comecem se preocupar com a preservação ambiental também fora do ambiente de trabalho.
Para os fornecedores: pode servir como estímulos para que outras empresas também criem responsabilidades sociais através de parcerias.
Para os consumidores: transmite uma imagem de empresa preocupada com o desenvolvimento da sociedade e que não visa apenas o lucro, gerando mais confiabilidade na qualidade do produto e serviço que ela oferece. Indiretamente aumenta o número de vendas devido a simpatia que foi despertada nesses consumidores.
Para o estado: é possível identificar as empresas que contribuem para o desenvolvimento social e idealizar políticas públicas baseadas em ações que já demonstraram resultado.
Para as empresas: o Balanço Social agrega valor, porque atrai visibilidade e confiança de todos os públicos mencionados. Desta forma se torna uma empresa sólida no mercado, sendo referência e contribuindo para o desenvolvimento social.
4.1 O uso do Balanço Social na publicidade e no marketing social
Como citado em tópicos anteriores, o Balanço Social é usado para demonstrar os impactos sociais e ambientais das empresas com base nas suas produções e atividades, sendo assim, ele também pode ser considerado como um instrumento de marketing para as empresas. As organizações que melhor usufruírem desse benefício, passarão à frente de outras, pois chamará maior do público, da mídia e de empresários. 
De acordo com Trevisan (2012, p.7), podemos notar a importância do marketing social dentro das entidades:
O marketing social visa definir a correta aplicação dos recursos em uma causa determinada, de modo a tornar essa atuação social mais eficiente e criar uma identidade perante o público.
O marketing social utilizado pelas organizações tem como o objetivo agregar uma marca com uma boa imagem à empresa e não somente reconhecida pelo seu produto final, definindo uma companhia com um conteúdo maior, uma integridade e transparência a mais com seus consumidores. Para causar uma boa aparência no mercado de trabalho, os acionistas, administradores, ou contadores da empresa devem buscar novas formas, sendo mais econômicas e eficientes, que represente uma diferenciação no âmbito comercial.
A atuação voltada para a sociedade, para a construção de valores, imagens e projetos coletivos está se tornando parte indissociável de uma empresa de sucesso. A prática social nas empresas é um negócio; pode e deve ser utilizada como instrumento de Marketing nos dias de hoje. (TREVISAN, 2012, p.11).
BANCO DO BRASIL
O Banco do Brasil S.A. é uma instituição financeira brasileira, constituída na forma de sociedade de economia mista, com participação da União brasileira em 54% das ações. O Banco do Brasil possui 5.429 agências, estando presente na maioria dos municípios do país, com uma estrutura de mais de 109.191 funcionários, além de 4.066 estagiários, contratados temporários e adolescentes trabalhadores.
Para o Banco do Brasil a gestão da ética se alicerça em um conjunto de bons princípios que orientam o comportamento e as relações no universo da Empresa e de seus negócios, objetivando: conscientizar o corpo funcional sobre o caráter imprescindível do comportamento ético no cotidiano do trabalho, capacitar para prevenção, coibir desvios e identificar os riscos e as consequências dos desvios de conduta ética. No Banco do Brasil, todas as unidades têm por tradição agir em consonância com os princípios éticos, as normas e a cultura da organização. Além disso, todos na Empresa são responsáveis pela promoção de condutas e práticas pautadas por nobres valores.
Essa forte cultura do Banco do Brasil, construída ao longo de mais de 200 anos de história, reforça a utilização de práticas administrativas e negociais baseadas em integridade, transparência, respeito e responsabilidade socioambiental. E para manter perene seu compromisso com a ética, o BB formaliza seus valores e princípios norteadores, viabilizando meios para que todos compreendam e vivenciem os padrões éticos, e assumam suas responsabilidades na construção dos objetivos coletivos.
A seguir será apresentado uma pequena parte do Balanço Social do Banco do Brasil, referente ao ano de 2014/2015, no modelo Ibase:
(Fonte: Balanço Social Banco do Brasil 2015)
(Fonte: Balanço Social Banco do Brasil 2015)(Fonte: Balanço Social Banco do Brasil 2015)
As distribuições abaixo são referentes ao total da Receita Líquida do Banco do Brasil S.A. no ano de 2015 que constatou em R$18.211.848,00 milhões, com base nesse valor foram distribuídos os Indicadores Sociais Internos (ISI) que contribuem para a geração e distribuição de riqueza, gerando a receita líquida (RL) da organização bancária. Dentro desse valor Total em (RL) foram agregados ao setores:
 
CONCLUSÃO
O trabalho interdisciplinar realizado no quinto período do curso de Ciências Contábeis é de extrema importância para a formação do profissional contábil, a realização desse trabalho proporciona um conhecimento muito amplo para o aluno, pois o direciona para um tema especifico onde o aluno adquire profundo conhecimento sobre o tema estudado, possuindo diferencial e conhecimento abrangente do mesmo. 
O principal objetivo desse artigo foi demonstrar o Balanço Social como instrumento de publicidade e visibilidade da imagem coorporativa das entidades.
Podemos concluir que o Balanço Social é de fato uma ferramenta de comprometimento com a responsabilidade social e sustentabilidade empresarial. A responsabilidade social visa a construção de relacionamentos éticos e transparentes com todos os púbicos, para assegurar a transparência daquilo a que ela se comprometeu, o que é justamente o que vai garantir uma boa imagem do mercado
O Balanço Social é de fato a ferramenta que mostra para o mercado e sociedade a sua identidade social, ele deve conter informações de natureza social e ambiental, divulgando de forma transparente a geração e a distribuição de riqueza, os recursos humanos, a interação da entidade com o ambiente externo e a interação com o meio ambiente.
É importante que o Balanço Social seja publicado e crie um reflexo positivo na sociedade, para a construção de valores da imagem corporativa. Como diz Kroetz (1999), "o Balanço Social, antes de ser uma demonstração endereçada à sociedade, é considerada uma ferramenta gerencial, pois reúne dados qualitativos e quantitativos sobre as políticas administrativas, sobre as relações entidade/ambiente e outros, os quais poderão ser comparados e analisados de acordo com as necessidades dos usuários internos, servindo como instrumento de controle e de auxílio para a tomada de decisões e adoção de estratégias".
 Sendo ele, um precioso instrumento de avaliação de uma organização, que deve ser utilizado como instrumento de publicidade e marketing da imagem coorporativa da empresa, pois em um mercado tão competitivo que vivenciamos hoje, destaca a empresa que cumpri com a sua responsabilidade social, contribuindo para a evolução da sociedade e do meio ambiente. 
REFERÊNCIAS 
JACQUES, Eugenio; Balanço Social: sua importância para as organizações, 2011. Disponível em: < http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/balanco-social-sua-importancia-para-as-organizacoes/59152/> Acesso em: 28. Abril. 2018.
SUCUPIRA, J. A responsabilidade social das empresas. Disponível em: <http://www.ibase.org.br>. Acesso em: 07. Jun. 2002.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE; Manual de procedimentos contábeis e prestação de contas das entidades de interesse social. Brasília: CFC, 2007.
ROSA, Alexandre Moraes da et al. Marco legal do terceiro setor: aspectos teóricos e prático. Florianópolis: Tribunal de Justiça/ Divisão de Artes Gráficas, 2003.
HECKERT, Cristiano Rocha. Qualidade de serviços em organizações do terceiro setor. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia de Produção. São Paulo, 2001.
HUDSON, Mike. Administrando organizações do terceiro setor. São Paulo: Makron Books, 1999.
ECONÔMICO, Valor. Editorial: Ação social, investimento com dividendos garantidos. Ano 3, Nº 526, 1º Caderno. 11 de junho de 2002.
TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Balanço Social: uma abordagem da transparência e da responsabilidade pública das organizações. São Paulo: Atlas, 2001.
TINOCO, João Eduardo Prudêncio; KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Contabilidade e Gestão Ambiental. São Paulo: Atlas, 2004.
INSTITUTO ETHOS. Sobre o Instituto Ethos. Disponível em:
<http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?Alias=Ethos&Lang=pt-BR&tablD=3334> Acessado em: 05abril.2018.
KROETZ, Cesar Eduardo Stevens. Balanço social: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000.
FREIRE, Fátima de Souza; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Balanço Social: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas,2001.
IUDÍCIBUS, S. de; et al. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. São Paulo: Ed. Atlas, 2000
DAVID, Afonso Rodrigo de; A IMPLANTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO BALANÇO SOCIAL PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS. Disponível em: < www.urisan.tche.br/~rseibert/balançosocial.doc>. Acesso em: 30. Abr. 2018.
FREIRE, Fátima de Souza & REBOUÇAS, Tereza Raquel da Silva. “Uma Descrição Sucinta do Balanço Social Francês, Português, Belga e Brasileiro”. In: SILVA, César Augusto Tibúrcio & FREIRE, Fátima de Souza (Orgs.). Balanço Social: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2001.
DAVID, Afonso Rodrigo de; BALANÇO SOCIAL: UMA ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES EVIDENCIADAS PELAS EMPRESAS. Disponível em: < http://www.ccontabeis.com.br/conv/t30.pdf>. Acesso em: 01. Maio. 2018.
RIOS, Allan; JACQUES, Eugenio Hoffmann; Balanço Social: sua importância para as organizações. Disponível em:< http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/balanco-social-sua-importancia-para-as-organizacoes/59152/>. Acesso em: 01. Maio. 2018.
CHEIBUB, Zairo B. e LOCKE, Richard M. “Valores ou interesses? Reflexões sobre a responsabilidade social das empresas” in Cappellin, P.; Gomes, E. R. e Kirschiner, A. M. Empresas, Empresários e Globalização, Rio de Janeiro: Relume Dumará: FAPERJ, 2002.
GOMES, Eduardo R; ROCHA, Fabio; O BALANÇO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E DE TRANSPARÊNCIA DE GESTÃO. Disponível em:< http://www.inovarse.org/sites/default/files/T6_0115_0438.pdf>. Acesso em: 01. Maio. 2018.
TREVISAN, Fernando Augusto; BALANÇO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE MARKETING. Disponível em: < http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S1676-56482002000200017.pdf>. Acesso em: 02. Maio. 2018.
INDICADORES SOCIAIS INTERNOS
Alimentação	[VALOR]
1357855	Saúde	[VALOR]
1013570	Educação	[VALOR]
29012	Cultura	[VALOR]
19657	Auxilio ao filho com deficiência	[VALOR]
2274	Outros	[VALOR]
150571	
INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS
Educação	[VALOR]
16098	Esporte	[VALOR]
111274	Cultura	[VALOR]
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