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11
POLÍTICAS PÚBLICAS: UMA DISCUSSÃO PARA A DIVERSIDADE
 Jaqueline Brito
 
 Josenice Boaventura 1 Laíse Santos1
 Keila Costa 1
Patrícia Queiroz²
RESUMO
Construiu-se o presente artigo, que se propõe a analisar a viabilidade do Poder Público, em promover a efetivação e a afirmação da diversidade sociocultural, enquanto traço histórico marcante da sociedade brasileira, por meio da formulação e implementação de políticas públicas nesse sentido, propõe também uma discussão em torno das políticas públicas e o seu papel na construção da cidadania. Para isto, aborda, inicialmente, alguns conceitos e paradigmas a respeito do tema e, em seguida, apresenta o potencial das políticas públicas para a emancipação social, frisando a importância de se fomentar mais ações que priorizem educação e cultura. 
Palavras-chave: Políticas Públicas. Diversidade. Discursão.
1. INTRODUÇÃO
Em qualquer lugar, garantir que todos e todas tenham acesso às mesmas oportunidades de inserção na sociedade é um desafio. Mas esse desafio é ainda maior num país como o Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes e históricas desigualdades socioeconômicas. Para fazer frente a este desafio, é fundamental que o Estado desenvolva e implemente políticas públicas voltadas para a diversidade
 Apesar de ter havido, nos últimos anos, um interesse maior na abordagem e ampliação do debate em torno de políticas públicas, tanto no meio acadêmico como na imprensa e em outras esferas da sociedade, ainda se observa que há uma lacuna a ser preenchida no que se refere à forma com que este assunto chega até os cidadãos. 
Atualmente vêm ocorrendo mudanças significativas nas políticas governamentais relacionadas à diversidade. Essas políticas estão cada vez mais alinhadas com os preceitos dos direitos humanos e da inclusão na diversidade.
Políticas Públicas e diversidade são fatores fundamentais para a construção de direitos humanos e é indispensável para qualquer projeto de desenvolvimento, os indivíduos e grupos devem ter garantidas as condições de criar e difundir suas expressões culturais; o direito à educação e à formação de qualidade que respeite sua identidade cultural; a possibilidade de participar da vida cultural de sua preferência e exercer e fruir suas próprias práticas culturais, desde que respeitados os limites dos direitos humanos. O direito à diferença, e à construção individual e coletiva das identidades através das expressões culturais é elemento fundamental da promoção de uma cultura de paz. 
O desenvolvimento desse trabalho com tema “políticas públicas: uma discursão para a diversidade” justifica-se pelo fato de que em qualquer lugar, é preciso garantir que todos e todas tenham acesso às mesmas oportunidades de inserção na sociedade e é fundamental que o Estado desenvolva e implemente políticas públicas voltadas para a diversidade.
O objetivo deste trabalho é analisar as condições teóricas, as práticas e as políticas que possibilitaram a ascensão do conceito de “diversidade” nas políticas públicas. Tendo como proposta tentar esclarecer alguns destes pontos, ou até, lançar novos questionamentos sobre os desafios e obstáculos enfrentados. 
Buscou-se resposta aos seguintes questionamentos para melhor desenvolvimento do tema, Qual a importância do respeito a diversidade? Para que servem as políticas públicas em relação a diversidade? Como são aplicadas as políticas públicas para a diversidade?
Desta forma, iniciamos trazendo alguns conceitos e a origem das políticas públicas no Brasil. Em seguida, demonstramos diferentes pontos de vista em relação à funcionalidade e às formas de implementação e gestão das mesmas, para, em seguida, abordarmos, especificamente, as razões pelas quais educação e cultura são dois caminhos que podem gerar inúmeros benefícios no sentido de suprir os direitos dos cidadãos.
2. O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS?
Políticas públicas são ações e programas que são desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis. São medidas e programas criados pelos governos dedicados a garantir o bem estar da população.
Entende-se por Políticas Públicas “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público que visa dar conta de determinada demanda, em diversas áreas.” (Guareschi, Comunello, Nardini & Hoenisch, 2004, pág. 180). 
Além desses direitos, outros que não estejam na lei podem vir a ser garantidos através de uma política pública. Isso pode acontecer com direitos que, com o passar do tempo, sejam identificados como uma necessidade da sociedade. 
2.1 QUEM CRIA E EXECUTA AS POLITICAS PUBLICAS?
As políticas públicas existem e são executadas em todas as esferas de governo do país, ou seja, há ações em nível federal, estadual e municipal. O planejamento, a criação e a execução dessas políticas é feito em um trabalho em conjunto dos três Poderes que formam o Estado: Legislativo, Executivo e Judiciário.
O Poder Legislativo ou o Executivo podem propor políticas públicas. O Legislativo cria as leis referentes a uma determinada política pública e o Executivo é o responsável pelo planejamento de ação e pela aplicação da medida. Já o Judiciário faz o controle da lei criada e confirma se ela é adequada para cumprir o seu objetivo. 
O conjunto de etapas pelas quais uma política pública passa até que seja colocada em prática é chamado de ciclo de políticas públicas. Conheça quais são essas etapas: 
1. Identificação do problema: fase de reconhecimento de situações ou problemas que precisam de uma solução ou melhora,
2. Formação da agenda: definição pelo governo de quais questões têm mais importância social ou urgência para serem tratadas,
3. Formulação de alternativas: fase de estudo, avaliação e escolha das medidas que podem ser úteis ou mais eficazes para ajudar na solução dos problemas,
4. Tomada de decisão: etapa em que são definidas quais as ações serão executadas. São levadas em conta análises técnicas e políticas sobre as consequências e a viabilidade das medidas,
5. Implementação: momento de ação, é quando as políticas públicas são colocadas em prática pelos governos,
6. Avaliação: depois que a medida é colocada em prática é preciso que se avalie a eficiência dos resultados alcançados e quais ajustes e melhoria podem ser necessários,
7. Extinção: é possível que depois de uma período a política pública deixe de existir. Isso pode acontecer se o problema que deu origem a ela deixou de existir, se as ações não foram eficazes para a solução ou se o problema perdeu importância diante de outras necessidades mais relevantes, ainda que não tenha sido resolvido.
Essas atividades se modificam mutuamente, de forma sistêmica, e o impacto pode ser material ou nos valores da sociedade. Em governo nem sempre existem soluções para resolver problemas existentes. As vezes por falta de tecnologia, as vezes por falta de estudos das universidades sobre os problemas.
Quando se trata com grandes problemas nacionais, que envolvem muitas pessoas e muitos recursos, não se pode decidir com base na opinião dos políticos ou dos técnicos. É preciso ter teorias muito bem fundamentadas sobre a solução daquela problema, para depois iniciar os procedimentos da política pública. Por tanto, uma boa política pública tem uma boa teoria que a fundamenta.
2.2 POLITICAS PUBLICAS NO BRASIL
No Brasil, as primeiras políticas públicas surgiram ainda no governo de Getúlio Vargas (1930 – 1945) e referiam-se, em especial, embora não exclusivamente, às questões trabalhistas. Além destas, as áreas da saúde, educação profissional e habitação também foram contempladas. Antes disso, de acordo com Castro (2008, p. 70), “havia programasassistenciais e pontuais, exclusivos para determinados grupos de interesse e de profissionais (bancários, ferroviários etc.)”. Mas a autora reitera que “é importante ressaltar que as políticas propostas por ele mantêm o caráter excludente das ações existentes no período pré-Vargas” (Castro, 2008, p. 70). 
Esse caráter excludente, para ela, referia-se ao fato de que, em geral, essas políticas eram focalizadas em grupos ou categorias profissionais específicos. Somente a partir da década de 80, com o fim da ditadura, as políticas públicas brasileiras ganharam uma nova roupagem, sendo redesenhadas e ampliadas na Constituição de 1988. A partir dela, o Estado passou a ser mais responsabilizado pela regulação, implantação e gestão das mesmas. E é a partir dela também, que são previstas e propostas as políticas sociais universalistas, valendo destacar, nesse caso, um avanço específico nas áreas de educação e saúde, com a universalização do ensino fundamental e a criação do SUS (Castro, 2008). 
Apesar desse avanço, conforme aponta Oliveira (2001) no trecho a seguir, o projeto Constitucional brasileiro sofreu um entrave de natureza política e econômica:
No Brasil, a obtenção de direitos sociais a partir de 1930, se deu sem que os direitos civis e políticos estivessem sido consolidados como conquistas da sociedade. Ao contrário, foi a aquisição de certos direitos sociais pelos trabalhadores que, contraditoriamente, acabaram por impulsionar, a sociedade no sentido da obtenção mais plena de direitos políticos e civis elementares. Portanto, o percurso da história da cidadania no Brasil se deu em sentido inverso ao caminho experimentado pela Inglaterra, onde a conquista de direitos sociais no presente século foi precedida dos direitos civis, no século XVIII, e dos direitos políticos, no século XIX.
A partir da década de 30 o país modernizou-se e cresceu o número de direitos sociais. Em 1930 foi criado o Ministério do Trabalho e anos mais tarde a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Ainda nessa década surgiram programas voltados aos pagamentos de aposentadoria e pensões em diversas profissões. Com a imposição da ditadura pelo governo militar, muitos direitos civis, sociais e políticos foram retirados da população brasileira. 
A partir da Constituição de 1988 o Brasil passou a investir menos nas políticas públicas com o aumento da dependência internacional, o crescimento da desigualdade social, da pobreza e exclusão. As atuais políticas públicas brasileiras não conseguem reverter a desigualdade e investem, em sua maioria, em pequenos grupos sociais. Para a população pobre são criadas políticas de compensação no intuito de “distrair” para os verdadeiros problemas. Apesar de ter sido implementada como uma forma de garantia dos direitos sociais dos brasileiros, a Constituição Federal de 1988, tem sido pouco eficaz quando se trata do bem estar da população. Facilitou o acesso a diversos serviços essenciais, mas não se preocuparam com a questão financeira. O objetivo era reduzir a desigualdade do Brasil.
A implementação de políticas públicas de qualidade no Brasil não costuma ser tão debatido pelos parlamentares do país. Além disso, não é feito um estudo aprofundado do assunto e como esses processos podem ser implantados de maneira mais dinâmica e eficiente. As políticas públicas deveriam ser criadas para distribuir de forma igualitária os recursos de caráter individual e social. Elas seriam a garantia da qualidade de vida, uma vida desenvolvida de maneira agradável e digna. Entretanto, para ter essa qualidade de vida é importante diversos fatores, como moradia, vestuário, educação, saúde, segurança e lazer.
3 DIREITO A DIVERSIDADE
Segundo Fernandes e Paludeto (2010, p. 234), a discussão internacional sobre direitos humanos iniciou-se logo após o genocídio imposto pelo nazismo na Segunda Guerra, culminando com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), que introduz uma concepção de direitos humanos universais e indivisíveis e traz como um dos objetivos comum a ser atingido por todos os povos e nações, que o Estado, cada indivíduo e cada órgão da sociedade se esforcem, por meio do ensino e da educação em geral, por promover o respeito aos direitos humanos proclamados e pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, para assegurar sua observância universal e efetiva. 
Na dimensão da diversidade cultural brasileira, a partir da comparação entre o discurso e a realidade de uma nação singular com indivíduos culturalmente diversificados - alicerçados em intenso processo de miscigenação e mestiçagem – o cotidiano é mascarado com “inúmeras práticas preconceituosas, discriminatórias e racistas em relação a alguns segmentos da população, como as mulheres, os indígenas e os afro-descendentes” (ABRAMOWICZ, 2006, p. 47). 
O Estatuto dos Direitos da Criança e dos Adolescentes (ECA) - a Lei n 8.069/90 dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. É dever da família, comunidade, sociedade e do poder público assegurar os direitos à vida, saúde, alimentação, educação, esporte, lazer, profissionalização, cultura, dignidade, respeito, liberdade e convivência familiar, direitos prioritários nas políticas públicas. Com isso, nenhuma criança ou adolescente deve sofrer negligências, discriminação, exploração. 
 4 DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO
Fernandes e Paludeto (2010, p. 237) entendem educação como sendo este conceito, em si mesmo, um direito humano. É na educação como prática de liberdade, na reflexão, que o indivíduo toma para si seus direitos como fatos e realidade. É através dela que reconhecemos o outro e os elementos que nos cercam enquanto indivíduos sociais, como: valores, direitos, moral, injustiça. Assegurar o direito à educação significa não só o acesso e permanência, mas a qualidade do ensino, estruturas escolares adequadas, condições básicas de trabalho aos profissionais da escola, tornando as leis um fato, saindo do texto e se direcionando para o contexto. 
A educação assume papel especial na promoção dos direitos humanos, pois é ao mesmo tempo um direito humano em si e condição para a garantia dos demais direitos. No artigo 26, da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) especifica algumas características do direito à educação:
 §1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, baseada no mérito. §2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. O direito a educação previsto na declaração foi alçado a
É de nosso entendimento que as escolas, por se constituírem num espaço sociocultural por excelência, têm a obrigação de oferecerem condições para educadores, educandos, pais e comunidades refletirem sobre a diversidade cultural estabelecendo referências de valores no processo de construção de formação humana do sujeito. Não pode a escola contemporânea deixar de abordar as questões das drogas, das DSTs, da prostituição infantil, do respeito ao cidadão e das diversidades (especialmente a homofobia e o racismo), se a maioria dos seus alunos as observa em seu entorno. As escolas precisam desconstruir seus (pré) conceitos, repensar o currículo e inserir novas temáticas, sobretudo a diversidade sexual, entendendo esta como um elemento 
A relação escola-família deve, no lugar de constituir uma parceria de recrudescimento da opressão, possibilitar a compreensão, a tolerância, o respeito e a valorização da diversidade.
A educação, um dos maiores instrumentos de empoderamento, deve ser trabalhada como meio de reconhecimento e afirmação dos direitos humanos e da diversidadeexistente entre as pessoas. É a partir da educação que é possível incluir essa imensa parcela da população brasileira no desenvolvimento, garantindo-lhe o pleno exercício da cidadania. Entretanto, para que se possa dar efetividade a essa proposta de Educação Inclusiva, faz-se imperioso garantir o acesso a uma educação de qualidade, pluralista e emancipatória - aqui compreendida enquanto aquela que, muito mais que possibilitar a formação acadêmica, científica, cultural e humanista, estimula a curiosidade, a criatividade e a busca por aprimoramento a todas as pessoas.
Com a redemocratização do Brasil tem sido de extrema importância para a consolidação e efetivação dos ideais humanísticos a educação em direitos humanos, diante de uma diversidade cultural que se apresenta de diversas formas no plano temporal e espacial, revelando a pluralidade de identidades e expressões culturais da sociedade brasileira. A escola é um espaço de convivência, reafirmação de direitos e como parte da sociedade, como instituição social na qual, diferentes interesses produzem situações de conflitos. Transformar a escola em ambiente de tolerância, igualdade de oportunidades, respeito às diferenças, cooperação, solidariedade e forte disposição no enfrentamento a todo o tipo de violência, preconceito e discriminação é um dos desafios trazidos a educação brasileira, pela Política Nacional de Direitos Humanos.
 A EDH estabelece as condições da prática cidadã no cotidiano social e possibilita a vivência democrática e de enfrentamento às situações de desrespeito ao ser humano, através do desenvolvimento de perspectivas culturais inovadoras. É uma educação que potencializa o respeito ao ser humano na sua dignidade, a convivência com a diversidade e a diferença, estimulando os indivíduos a serem protagonistas da sua história.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A metodologia de pesquisa foi de coleta de dados com abordagem qualitativa do tipo exploratória (em que busca fazer um levantamento bibliográfico sobre o tema para melhor compreendê-lo através de livros, artigos, revistas e redes eletrônicas entre outros, referentes ao assunto abordado).
Tomou-se como base a abordagem qualitativa, a partir dos seguintes instrumentos: leitura, observação e analise de livros, revistas e artigos sobre o tema abordado.
Nesta pesquisa, o método utilizado para obtenção de dados foi: A análise de documentos que para (apud CALADO; FERREIRA, 2004, p.3), “A pesquisa documental permite a investigação de determinada problemática não em sua interação imediata, mas de forma indireta, por meio do estudo dos documentos que são produzidos pelo homem e por isso revelam o seu modo de ser, viver e compreender um fato social.”
 A Análise de documentos foi escolhida como técnica utilizada neste estudo, por se tratar de um instrumento de pesquisa documental, enquanto método de investigação da realidade social, que não traz uma única concepção filosófica de pesquisa, podendo ser utilizada tanto nas abordagens de natureza positivista como também naquelas de caráter compreensivo, com enfoque mais crítico. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 O estudo que aborda o tema “políticas públicas: uma discursão para a diversidade” tomou como base de desenvolvimento o levantamento teórico e documental por meio de livros, revistas e artigos.
 A Pesquisa visou contextualizar historicamente a legislação e as políticas públicas nas áreas voltadas à educação e sociedade, especialmente na área de diversidade, educação e saúde.
 Entende-se que vivemos hoje em uma época de globalização, tanto da economia quanto das tecnologias e informações que vêm sendo modificadas constantemente e refletem diretamente na cultura da sociedade. 
Observa-se que a escola de hoje precisa encontrar seu caminho para a diversidade, engajando as crianças no mundo das diferenças, preparando-os para ser legítimos cidadãos. Na sala de aula há alunos de diversas culturas, o que requer do professor um olhar diferenciado para seu planejamento, bem como para o currículo escolar, através de adaptações aos conteúdos e atividades desenvolvidas em sala de aula
Embora possamos argumentar que os impactos das políticas para a diversidade ainda sejam poucos diante da imbricada e tensa relação entre garantia dos direitos, superação das desigualdades e reconhecimento à diversidade, é certo que algumas mudanças sobre o tema foram realizadas em nosso país.
Compreende-se que direitos iguais significam a presença dos sujeitos diversos em condições de igualdade nos vários lugares, setores e espaços sociais. Não há políticas públicas para a diversidade sem democracia, assim como não há democracia sem políticas públicas para a diversidade
Analisou-se que ainda há muita coisa a se fazer a respeito do tema abordado, e para que essas políticas duramente conquistadas possam avançar e não sofram ainda mais retrocessos do que já vêm sofrendo, é necessário que o país retome a normalidade democrática.
5. CONCLUSÃO
 O presente trabalho possibilitou maior compreensão sobre o tema “Políticas Públicas: Uma discursão para a diversidade” a partir do levantamento teórico e coleta de dados.
Destacou-se, como são feitas e aplicadas as políticas públicas, e como estão relacionadas a diversidade.
Observou-se que apesar de ter havido avanços no reconhecimento da diversidade em nosso pais, ainda há muito que se fazer em relação as políticas públicas voltadas para a diversidade.
Entendemos que todos tem o direito de ser autêntico, de ser diferente, ainda que pareça uma conquista longe de ser alcançada em nossa sociedade, ignora-se muitas vezes que o que realmente deveria ser posto em prática, que são a consciência e a razão, e não os aspectos sociais, econômicos, raciais, religiosos e culturais, esquecendo que isso sim, é requisito indispensável para que possamos /ter uma equidade social. Num país tão rico culturalmente como o Brasil, não se justifica haver tanto preconceito e discriminação, eles se tornaram uma arma contra a nossa civilização e cabe a nós combatê-lo. 
Compreendemos assim que, a consciência de ser diferente é algo bom e que deve ser respeitado, é algo que necessita ser buscado frequentemente em nossa sociedade e principalmente no ambiente escolar.
Concluímos que no caso das políticas para a diversidade, significa tensionar para que elas não se percam dentro das políticas universais. Significa, também, continuar a luta por mais políticas de ações afirmativas. 
REFERÊNCIAS
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� Inserir aqui o vínculo Institucional, endereço(s) e o contato eletrônico (com este estilo de letra: Times New Roman, itálico, 10). 
Prof da Escola Municipal Paulo Freire, Curitiba, PR. xviepea@gmail.com.
1 Jaqueline Brito, Josenice Boaventura, Laíse Santos, Keila Costa.
2 Patrícia Queiroz
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (2336) – Prática do Módulo I - 01/10/2018

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