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Aula 12 – Análise da Estabilidade de Taludes Fundações e Obras de Terra 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 14 INTRODUÇÃO ❑ Talude é qualquer superfície inclinada em relação a horizontal que delimita uma massa de solo, rocha ou outro material qualquer (minério, escória, lixo, etc.). ❑ Podem ser naturais (encostas) ou construídos pelo homem (cortes e aterros). 14/11/2019 ❑ Sob condições específicas, uma porção do material de um talude pode deslocar-se em relação ao maciço restante, desencadeando um processo genericamente denominado de movimento de massa, ao longo de uma dada superfície chamada superfície de ruptura. INTRODUÇÃO Fundações e Obras de Terra - Aula 13 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 ❑ O movimento de massa é descrito como qualquer deslocamento de um determinado volume do solo. Em geral, os autores descrevem o movimento de massa com processos associados a problemas de instabilidade de encostas. Isto resultou em diversas classificações , sendo a de Varnes,1978 a mais utilizada internacionalmente.”. MOVIMENTOS DE MASSA 14/11/2019 ❑ Rastejos (creep). Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA 14/11/2019Mecânica dos Solos ❑ Escorregamentos. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Mecânica dos Solos ❑ Quedas e tombamentos de rochas. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 ANÁLISE DA ESTABILIDADE DE TALUDES ❑ Os métodos para a análise da estabilidade de taludes, fazem uma abordagem estática dos problemas de estabilidade e baseiam-se na hipótese de haver equilíbrio numa massa de solo, tomada como corpo rígido-plástico, na iminência de entrar em um processo de escorregamento. ❑ Denominação geral de “Métodos de equilíbrio-limite”. 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 ❑ Comparação entre a resistência ao cisalhamento do solo e as solicitações atuantes ❖ Forças atuantes – peso da massa de solo e sobrecargas ❖ Determinação das tensões de cisalhamento induzidas – resistência ao cisalhamento do solo MÉTODO DO EQUILÍBRIO LIMITE ANÁLISE DA ESTABILIDADE DE TALUDES 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 ❑ Para avaliar a estabilidade de um determinado talude, é necessário definir / estimar: ❖ Geometria do talude ❖ Parâmetros de resistência ao cisalhamento do solos envolvidos (c’, ϕ’, Su) ANÁLISE DA ESTABILIDADE DE TALUDES 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 ❑ Hipóteses de geometria da superfície de ruptura ❖ Planar ▪ Taludes íngrimes ▪ Talude infinito / escorregamento de massas ❑ Circular ❖ Observações mostram tendência de superfícies de ruptura com forma conchoidal / circular ❑ Outras geometrias mais complexas ANÁLISE DA ESTABILIDADE DE TALUDES 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 ❑ Fator de Segurança (FS): estima em quanto a resistência ao cisalhamento do solo ao longo da superfície de ruptura supera os esforços solicitantes = margem de segurança → depende do tipo e do contexto da obra, separando fase construtiva daquela operacional. ❖ Equilíbrio de forças ❖ Equilíbrio de momentos Em Normas Técnicas e a Boa Prática impõe que FS ≥ 1,5 ANÁLISE DA ESTABILIDADE DE TALUDES 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 QUAL A SUPERFÍCIE GEOMÉTRICA NA QUAL SE DESENVOLVE A CONDIÇÃO DE RUPTURA MAIS CRÍTICA? ❑ Processo tentativo – busca da superfície de menor fator de segurança ANÁLISE DA ESTABILIDADE DE TALUDES 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 SUPERFÍCIES DE RUPTURA - TIPOS 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 MÉTODOS DE CÁLCULO DE ESTABILIDADE DE TALUDES ❑ Métodos de equilíbrio limite ❖ Método Sueco (das “fatias” ou lamelas) ▪ Método de Fellenius ▪ Método de Bishop / Bishop simplificado ▪ Método de Janbu / Janbu simplificado ▪ Método de Morgenstern-Price ▪ Método de Spencer ▪ Método de Sarma ❖ Método das cunhas 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 MÉTODOS DE CÁLCULO DE ESTABILIDADE DE TALUDES ❑ Os métodos se distinguem entre si pelas hipóteses simplificadoras que cada um adota, geralmente associadas à consideração da distribuição interna de esforços interlamelas. ❑ Alguns métodos são mais conservadores do que outros em função do nível de simplificação ❑ Métodos mais atuais consideram o caráter estatístico dos problemas 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 PRESSUPOSTOS DOS MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE ❑ Comportamento do solo assumido como rígido plástico perfeito. ❑ Equações de equilíbrio estático até a eminência de ruptura (na realidade o processo é evolutivo/dinâmico). ❑ O FS é constante ao longo da superfície de ruptura (na realidade o processo pode ser progressivo). 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 EQUILÍBRIO LIMITE ❑ Estática ❑ Equilíbrio dos esforços na horizontal, na vertical e somatório de momentos é nulo. 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 14 EQUILÍBRIO LIMITE BISHOP E FELLENIUS: ❑ Superfície de ruptura – arco de circunferência. ❑ Massa de solo subdividida em lamelas. 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 FATOR DE SEGURANÇA – Dedução da fórmula com base no equilíbrio de momentos ❑ Momento das forças atuantes: ❑ Momento das forças resistentes: 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 FATOR DE SEGURANÇA ❑ No equilíbrio – eminência da ruptura ❑ Fator de segurança – relação entre o esforço resistente disponível e o esforço solicitante. 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 MÉTODO DE FELLENIUS ❑ Método conservativo : tende a fornecer valores baixos de FS ❑ Equilíbrio de forças na direção normal às bases das lamelas ❑ Para pressões neutras elevadas o método pode induzir ao erro 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 MÉTODO DE FELLENIUS 14/11/2019 PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA ❑ Resistência ao cisalhamento depende: ➢ Nível de tensões (vertical efetiva) ➢ Condições de drenagem ➢ Trajetória e história de tensões ➢ Estrutura dos solos ❑ Parâmetros de resistência ➢ Coesão efetiva (c´) ➢ Coesão não drenada (Su) ➢ Ângulo de atrito interno (f´) 14/11/2019 PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA ❑ Análise de estabilidade de barragem de terra: ➢ Final de construção ❑ Talude de jusante ❑ Não há tempo para dissipação da pressão neutra (parâmetros rápidos, sem dissipação). Ensaios UU (Não adensando, não drenado) ➢ Barragem em operação ❑ Talude de jusante ❑ NA máximo ❑ Ensaios rápidos ou lentos, adensados (CU ou CD) ➢ Rebaixamento rápido ❑ Talude de montante ❑ Ensaios rápidos, adensados não drenados 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO ❑ Muros de gravidade são estruturas cuja estabilidade é função apenas do seu peso próprio. ➢ Concreto; ➢ Alvenaria de pedras (secas ou argamassadas); ➢ Gabiões; ➢ ‘Crib Wall’; ➢ Sacos de solo – cimento; ➢ Pneus, etc 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS Muros de Gravidade: resiste aos empuxos horizontais pelo peso próprio. Para conter pequenos desníveis (até 5 metros). TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS ➢ Muros de gabiões: ➢ Muros tipo ‘Crib Wall’: Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS ➢ Outras variantes de muros de gravidade: muros de sacos de solo – cimento e muro de pneus 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 ➢ Muros de Flexão: seção transversal em forma de L ou T invertido, que resistem aos empuxos por flexão, utilizando parte do peso próprio do maciço que se apoia sobre a base do L ou T. Em geral são antieconômicos para alturas acima de 5 a 7 metros. TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 ➢ Muros de Contrafortes: são estruturas em concreto armado dotadas de contrafortes para aumentar a rigidez do muro. TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 ❑ Aterros Reforçados: ➢ Terra Armada; ➢ Geossintéticos. TIPOS DE CONTENÇÃO – ATERROS REFORÇADOS 14/11/2019Fundaçõese Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – CORTINAS ❑ Cortinas de estacas – pranchas: 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 ❑ Solo Grampeado (‘Soil Nailing’): é um sistema de contenção, aplicado a cortes, que emprega chumbadores, concreto projetado e drenagem (superficial e profunda). A partir do corte executado ou existente, inicia-se a execução da primeira linha de chumbadores, aplicação do revestimento de concreto projetado e execução da drenagem, e assim sucessivamente, até o fundo da escavação. Para um talude já cortado, pode-se trabalhar de forma ascendente ou descendente, de acordo com a conveniência da obra. TIPOS DE CONTENÇÃO – SOLO GRAMPEADO 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – SOLO GRAMPEADO 1 - Escavação 2 – Instalação dos grampos 3 – Jateamento do concreto 4 - Escavação 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – SOLO GRAMPEADO Concreto Projetado Drenos Horizontais Profundos (DHP’s) 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 ❑ Cortinas Atirantadas: são estruturas constituídas por placas de concreto que são ancoradas no terreno por tirantes, elementos que permitem transferir, por tração, esforços para o interior do maciço. Os tirantes podem ser de barra, de fios e de cordoalha e sua instalação ocorre de cima para baixo, de acordo com o avanço da escavação (comumente com um sistema de drenagem associado). TIPOS DE CONTENÇÃO – CORTINA ATIRANTADA 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – CORTINA ATIRANTADA 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – CORTINA ATIRANTADA 14/11/2019Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – CORTINA ATIRANTADA Tirante Drenos
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