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Apostila de Instalações Elétricas 3

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Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 83
17 – O PROJETO ELÉTRICO E SUAS ETAPAS 
 
 Projetar uma instalação elétrica para qualquer tipo de prédio ou local consiste essencialmente em 
selecionar, dimensionar e localizar, de maneira racional, os equipamentos e outros componentes 
necessários a fim de proporcionar, de modo seguro e efetivo, a transferência de energia elétrica desde 
uma fonte até os pontos de utilização. 
 As etapas que devem ser seguidas num projeto de instalações elétricas prediais, válidas, em 
princípio, para qualquer tipo de prédio (residencial, comercial, industrial etc.), são as seguintes: 
 
a) Análise inicial; 
b) Fornecimento de energia normal; 
c) Quantificação da instalação; 
d) Esquema básico da instalação; 
e) Seleção e dimensionamento dos componentes; 
f) Especificação e contagem dos componentes. 
 
a) Análise inicial: 
 
 Etapa preliminar do projeto de instalações elétricas de qualquer prédio, constituindo em colher 
os dados básicos para a execução do trabalho. 
 
1. Estudo, com cliente e/ou arquiteto, de todos os desenhos constantes do projeto de arquitetura 
– plantas, cortes, detalhes importantes etc. 
2. Análise dos outros sistemas a serem implantados no local (hidráulico, tubulações, ar 
condicionado etc.) e das características elétricas dos equipamentos de utilização previstos. 
3. Tipos de linhas elétricas a utilizar. 
4. Setores ou equipamentos que necessitam de energia de substituição. 
5. Resistividade. 
6. Iluminação de emergência. 
7. Localização da entrada de energia. 
 
b) Fornecimento de energia normal: 
 
 Etapa que consiste na determinação das condições em que o prédio será alimentado com 
energia elétrica. 
1. Tensões de fornecimento. 
2. Esquema de aterramento. 
3. Padrão de entrada e medição a ser utilizada. 
4. Nível de curto-circuito no ponto de entrega de energia. 
 
c) Quantificação da instalação: 
 
 Etapa em que se determina a potência instalada e a demanda (Tabela da Estimativa de \Carga). 
1. Marcação dos pontos de luz (em planta). 
2. Marcação dos pontos de tomadas de corrente e outros pontos de utilização (em planta). 
3. Divisão da instalação em circuitos (Tabela da Divisão dos Circuitos Terminais). 
4. Cálculo da potência instalada e da demanda (potência de alimentação). 
 
d) Esquema básico da instalação: 
 
 Etapa que resultará em um esquema unifilar, onde estarão indicados os componentes principais 
da instalação e suas interligações elétricas. 
 
e) Seleção e dimensionamento dos componentes: 
 
 Etapa que seleciona e dimensiona todos os componentes que fazem parte do projeto elétrico, 
desde a proteção até os condutores. 
 
f) Especificação e contagem dos componentes: 
 
 Etapa responsável pela especificação técnica dos componentes e contagem dos mesmos. 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 84
18 – ESTIMATIVA DE CARGA 
 
18.1 – Iluminação: 
 
1. No caso de residências e apartamentos, nos quais, em geral, se emprega a iluminação 
incandescente, não há necessidade da elaboração de um projeto luminotécnico. Eventualmente 
são previstas arandelas nas paredes ou sancas de luz indireta. Para a determinação das cargas 
de iluminação pode ser adotado o seguinte critério: 
 
a) Em cômodos ou dependências com área ≤ 6 m2 deve ser prevista uma carga mínima 
de 100 VA. 
 
b) Em cômodos ou dependências com área > 6 m2 deve ser prevista uma carga mínima 
de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m2 
inteiros (NBR 5410). 
 
2. No caso de escritório, estabelecimento comercial e industrial, não se dispensa o projeto de 
iluminação (projeto luminotécnico), principalmente se a iluminação for fluorescente ou a 
vapor de mercúrio (ex. fábricas, armazéns, pátios de armazenamento etc.). 
 
18.2 – Pontos de Tomada: 
 
 Os aparelhos eletrodomésticos e as máquinas de escritório são normalmente alimentados por 
tomadas de corrente. 
 
 As tomadas podem ser divididas em duas categorias: 
 
A) TOMADAS DE USO GERAL (TUG´s): Nelas são ligados aparelhos portáteis como 
ventiladores, aspiradores de pó, liquidificadores, batedeiras, televisores, cd players etc. 
 
B) TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUE´s): Alimentam aparelhos fixos ou 
estacionários, que embora possam ser removidos trabalham sempre num determinado 
local. É o caso das máquinas de lavar roupa, aparelhos de ar condicionado etc. No caso do 
chuveiro elétrico consideramos como sendo um ponto de uso específico, pois se trata de 
um ponto de ligação direta, ou seja, é uma conexão sem o uso de plugue e tomada. 
 
 O projetista escolherá criteriosamente os locais onde devem ser previstas as tomadas de uso 
específico, e deverá prever o número de tomadas de uso geral que assegure conforto ao usuário. 
 
 Existem tabelas que indicam as potências nominais de aparelhos eletrodomésticos e que se 
precisa conhecer para a elaboração da lista de carga. 
 
18.3 – Número Mínimo de Pontos de Tomada de Uso Geral (TUG´s): 
 
1. Residenciais (casas e apartamentos): 
 
a) Cômodo ou dependência com área ≤ 6 m2, pelo menos 01 tomada. 
 
b) Cômodo ou dependência com área > 6 m2, pelo menos 01 tomada para cada 5 m ou 
fração de perímetro, uniformemente distribuídas. 
 
c) Banheiros, 01 tomada próximo ao lavatório (pia). 
 
d) Cozinhas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias, 01 tomada para cada 3,5 m 
ou fração de perímetro, e acima da bancada da pia devem ser previstas, no mínimo, 
02 tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos. 
 
e) Despensa, varandas, garagens e sótãos, 01 tomada no mínimo. 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 85
2. Comerciais: 
 
a) Escritórios com área ≤ 40 m2, 01 tomada para cada 3 m ou fração de perímetro, ou 
01 tomada para cada 4 m2 ou fração de área (adota-se o critério que conduzir ao 
maior número de tomadas). 
 
b) Escritórios com área > 40 m2, 10 tomadas para os primeiros 40 m2, acrescentando-se 
01 tomada para cada 10 m2 ou fração de área restante. 
 
c) Lojas, 01 tomada para cada 30 m2 ou fração, não computadas as tomadas destinadas 
a lâmpadas, vitrines e demonstração de aparelhos. 
 
18.4 – Potência a prever nas Tomadas: 
 
1. Tomadas de Uso Específico (TUE´s). Adota-se a potência nominal (de entrada) do aparelho 
a ser usado (Tabela 18-1). As tomadas de uso específico devem ser instaladas no máximo a 
1,5 m do local previsto para o equipamento a ser alimentado. 
 
2. Tomadas de Uso Geral (TUG´s) (valores mínimos). 
 
a) Instalações Residenciais: 
• Em banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, áreas de serviço: 
� ≤ 6 tomadas 600 VA para as 03 primeiras e 100 VA para as demais. 
� > 6 tomadas 600 VA para as 02 primeiras e 100 VA para as demais. 
• Outros cômodos ou dependências: 100 VA por tomada. 
 
b) Instalações Comerciais: 
• 200 VA por tomada. 
 
 
Tabela 18-1 – Potências nominais típicas de aparelhos eletrodomésticos, segundo recomendações da 
concessionária COSERN (sempre que possível utilizar informações dos fabricantes). 
 
Equipamento Potência (Watt) 
Aparelho de Som 20 
Aspirador de pó 1.000 
Aquecedor de água 4.000 a 8.000 
Barbeador elétrico 60 
Batedeira 100 a 300 
Bebedouro 160 
Cafeteira elétrica 725 
Centrífuga 300 
Chuveiro elétrico 3.800 
Circulador de ar 100 
Ar cond. 7.000 BTU 900 
Ar cond. 8.500 BTU 1.300 
Ar cond. 10.000 BTU 1.400 
Ar cond. 12.000 BTU 1.600 
Ar cond. 18.000 BTU 2.600 
Ar cond. 21.000 BTU 2.800 
Ar cond. 30.000 BTU 3.600 
Enceradeira 330 
Espremedor de frutas 140 
Exaustor doméstico 300 
Faca elétrica 750 
Ferro elétrico 1.000 
Ferro de solda 100 
Fogão residencial 9.150 
Equipamento Potência (Watt) 
Forno microondas 1.320 
Mini-forno elétrico 900 
Freezer 200 a 400 
Furadeira 360 
Geladeira doméstica 260 
Liquidificador 290 
Lixadeira 1.700 
Máquina de costura 86 
Máquina de lavar louça 1.700 
Máquina de lavar roupa 450 
Microcomputador + 
Impressora 
650 
Moedor de alimentos 330 
Multiprocessador 400 
Pipoqueira 1.000 
Rádio relógio 5 
Rádio toca-fitas 16 
Sauna 5.000 
Secador de roupa 890 
Secadorde cabelos 500 a 1.200 
Televisor 75 a 300 
Torradeira 500 a 1.200 
Ventilador portátil 60 a 100 
Videocassete 35 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 86
 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 87
19 – O QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO E SEU DIAGRAMA UNIFILAR 
 
 Um quadro de distribuição pode ser entendido como o “coração” de uma instalação elétrica, já 
que distribui energia elétrica por toda a edificação e acomoda os dispositivos de proteção dos diversos 
circuitos elétricos. 
 
19.1 – Quantidade de Circuitos Elétricos 
 
 Antes da especificação técnica (tensão nominal, corrente nominal, capacidade de curto-circuito e 
grau de proteção – segundo a NBR 6808), propriamente dita, de um quadro de distribuição, é preciso 
dimensioná-lo, começando pela quantidade de circuitos que ele deverá acomodar – e obtendo-se, com 
essa informação, uma primeira idéia das dimensões e do tipo de quadro. 
 
 A quantidade de circuitos de uma instalação elétrica depende, entre outros fatores, de sua 
potência instalada, da potência unitária das cargas a serem alimentadas, dos critérios adotados na 
distribuição dos pontos, do maior ou menor “conforto elétrico” previsto, do grau de flexibilidade que se 
pretende e da reserva assumida visando futuras necessidades (crescimento da carga). 
 
 A NBR 5410 oferece um bom ponto de partida para essa definição. É verdade que o 
posicionamento da norma, sobre quantidade de circuitos, se afigura bem mais explícito no campo das 
instalações elétricas residenciais. Aliás, ela oferece aí várias regras que podem ser encaradas como o 
receituário mínimo da instalação. Mas a utilidade desses critérios, sobretudo pela lição conceitual que 
encerram, se estende muito além do domínio residencial. 
 
19.2 – Capacidade de Reserva dos Quadros 
 
 Em seu artigo 6.5.9.2, a NBR 5410 estipula que todo quadro de distribuição, não importa se geral 
ou de um setor da instalação, deve ser especificado com capacidade de reserva (espaço), que permita 
ampliações futuras, compatíveis com a quantidade e tipo de circuitos efetivamente previstos inicialmente. 
 
 Esta previsão de reserva deve obedecer aos seguintes critérios: 
 
a) Quadros com até 6 circuitos: prever espaço reserva para no mínimo 2 circuitos; 
 
b) Quadros de 7 a 12 circuitos: prever espaço reserva para no mínimo 3 circuitos; 
 
c) Quadros de 13 a 30 circuitos: prever espaço reserva para no mínimo 4 circuitos; 
 
d) Quadros acima de 30 circuitos: prever espaço reserva para no mínimo 15% dos circuitos. 
 
 A norma frisa que a capacidade de reserva por ela indicada deverá ser considerada no cálculo do 
circuito de distribuição que alimenta o quadro em questão. 
 
19.3 – Localização do Quadro de Distribuição 
 
 O quadro de distribuição (QD) ou quadro de luz (QL) deve ser colocado: 
 
1. Em locais de fácil acesso. Exemplo: cozinha, área de serviço e corredores. 
 
2. E ... de preferência, o mais próximo possível do medidor. 
 
3. Ou ... em locais onde haja maior concentração de cargas com potências elevadas, como por 
exemplo: cozinhas, áreas de serviço, banheiros e ambientes onde possam existir aparelhos de 
ar condicionado. 
 
ATENÇÃO: 
 
� Nos cômodos como cozinha e áreas de serviço, observar para que a instalação do QD ou QL não 
atrapalhe a colocação de armários. A sugestão para a sua instalação é atrás de portas, desde que não 
seja porta de correr. 
 
� O QD ou QL não deverá ser instalado em locais onde existe a possibilidade de, por determinados 
períodos, ficarem fechados com chave ou ser de alguma forma impossibilitado o acesso, como por 
exemplo: quartos, sótãos, depósitos, porões e banheiros. 
Fig. 19-1 – Quadro elétrico contendo dispositivos de proteção e barramentos de neutro e de terra.
 
 
19.4 – Partes Componentes de um Quadro de Distribuição
 
• Dispositivo de proteção ger
 
• Barramentos de interligação das fases;
 
• Dispositivos de proteção dos circuitos terminais;
 
• Barramento de neutro;
 
• Barramento de terra
 
• Estrutura: composta de caixa metálica, chapa de montagem dos component
tampa (espelho) e sobretampa.
Instalações Elétricas de Baixa Tensão
 
Quadro elétrico contendo dispositivos de proteção e barramentos de neutro e de terra.
Partes Componentes de um Quadro de Distribuição 
Dispositivo de proteção geral (DDR ou IDR+DTM); 
Barramentos de interligação das fases; 
Dispositivos de proteção dos circuitos terminais; 
Barramento de neutro; 
terra (condutores de proteção PE); 
Estrutura: composta de caixa metálica, chapa de montagem dos component
tampa (espelho) e sobretampa. 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 88
 
Quadro elétrico contendo dispositivos de proteção e barramentos de neutro e de terra. 
Estrutura: composta de caixa metálica, chapa de montagem dos componentes, isoladores, 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 89
 
Fig. 19-2 – Esquema unifilar de um quadro de distribuição de cargas. 
 
 
 
Fig. 19-3 – Esquema de montagem do QD, com proteção geral através de Disjuntor DR (3F+1N). 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 90
 
Fig. 19-4 – Esquema de montagem do QD, proteção geral com Interruptor DR (3F+1N) e Disjuntor (3F). 
 
 
Fig. 19-5 – Esquema de montagem do QD, com proteção geral através de Disjuntor Termomagnético (3F). 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 91
20 – DIMENSIONAMENTO DO CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO GERAL 
 
20.1 – Potência Instalada (ou Carga Instalada) 
 
 A potência instalada (Pinst) ou potência nominal (Pn) de uma instalação elétrica ou de um circuito 
elétrico é a soma das potências nominais dos equipamentos de utilização (inclusive tomadas de corrente) 
pertencentes ao mesmo. 
 
No projeto de instalações elétricas de baixa tensão de uma residência, a potência instalada pode 
ser calculada pela fórmula a seguir: Pinst = Piluminação + PTUG´s + PTUE´s. 
 
Piluminação – Potência instalada de iluminação. 
PTUG´s – Potência instalada das tomadas de uso geral. 
PTUE´s – Potência instalada das tomadas de uso específico. 
 
20.2 – Fator de Demanda 
 
 O fator de demanda representa uma porcentagem de quanto das potências previstas serão 
utilizadas simultaneamente no momento de maior solicitação de carga pela instalação. Este fator é 
utilizado para não superdimensionar os condutores do circuito de alimentação geral, tendo em vista que 
numa residência nem todas as lâmpadas e tomadas são utilizadas ao mesmo tempo. 
 
 A experiência do projetista e o conhecimento das circunstâncias que influem no fator de demanda 
permitirão que seja encontrado um valor aplicável a cada contexto específico de instalação. No caso das 
instalações elétricas residenciais o valor do fator de demanda pode ser determinado com o auxílio das 
Tabelas 20-1 (a) e (b). 
 
20.3 – Potência de Demanda (Demanda Provável ou Potência de Alimentação) 
 
 Na realidade, não se verifica o funcionamento de todos os pontos ativos simultaneamente, de 
modo que não seria econômico dimensionar os alimentadores do quadro geral (situado no muro) ao 
quadro terminal (situado dentro da casa), considerando a carga como sendo a soma de todas as potências 
nominais instaladas. Portanto, considera-se que a potência realmente demandada pela instalação (Pd) 
seja inferior à potência instalada (Pinst), e a relação entre ambas é designada como fator de demanda, que 
se representa pela letra g. A potência de demanda (Pd) também é chamada de potência de alimentação 
(Palim) ou de demanda máxima. 
 
No projeto de instalações elétricas de baixa tensão de uma residência, a potência de demanda 
pode ser calculada pela fórmula a seguir: Pd = (Piluminação + PTUG´s).g1 + PTUE´s .g2. 
 
g1 – Fator de demanda para potência de Iluminação e TUG´s. 
g2 – Fator de demanda para potência de TUE´s. 
 
EXEMPLO: 
 
Piluminação = 2.440 VA; PTUG´s = 7.900 VA; PTUE´s = 16.480 VA (Nº de TUE´s = 08). 
 
Pinst = Piluminação + PTUG´s + PTUE´s = 2.440 VA + 7.900 VA + 16.480 VA. 
 
Pinst = 26.820 VA x 0,9 = 24.138 W = 24,14 kW. 
 
Pd = (Piluminação + PTUG´s) x g1 +PTUE´s x g2. 
(Piluminação + PTUG´s) = (2.440 VA x 1,0 + 7.900 VA x 0,8) = 8.760 W, pela tabela 20-1 (a) temos g1 = 0,31. 
NºTUE´s = 08, pela tabela 20-1 (b) temos g2 = 0,57. 
 
Pd = (2.440 VA + 7.900 VA) x 0,31 + 16.480 VA x 0,57 = 10.340 VA x 0,31 + 16.480 VA x 0,57. 
 
Pd = 3.205,4 + 9.393,6 = 12.599,0 VA = 12,60 kVA. 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 92
Tabela 20-1 – Fator de demanda para (a) potências de iluminação + tomadas de uso geral – TUG´s e 
(b) para tomadas de uso específico – TUE´s em projetos de instalações elétricas residenciais. 
 
 
(a) Iluminação + TUG´s 
 
 
 
(b) TUE´s 
 
 
20.4 – Dimensionamento da Proteção Geral, dos Condutores do Ramal de Ligação e dos 
Eletrodutos da Entrada de Energia dos Consumidores da COSERN 
 
Tabela 20-2 – Padrão da COSERN para circuitos alimentadores de instalações elétricas residenciais. 
 
 
 
CARGA 
INSTALADA 
[PInstalada] 
(kW) 
 
DEMANDA 
PROVÁVEL 
[PAlimentação] 
(kVA) 
 
RAMAL DE 
LIGAÇÃO 
(Cu - mm2) 
 
RAMAL DE 
ENTRADA 
(Cu - mm2) 
 
ELETRODUTO 
RÍGIDO 
(mm) 
PROTEÇÃO 
[Disjuntor] 
(A) 
ATERRAMENTO 
[Condutor Cu/ 
Eletroduto PVC] 
(mm2 / mm) F (N) F (N) PVC / Aço 
T
IP
O
 D
E
 C
O
N
SU
M
ID
O
R
 
M
on
of
ás
ic
o C ≤ 3 
— 
6 (6) 6 (6) 32 / 25 16 6 / 20 
3,1 < C ≤ 6 6 (6) 6 (6) 32 / 25 32 6 / 20 
6,1 < C ≤ 8 6 (6) 6 (6) 32 / 25 40 6 / 20 
8,1 < C ≤ 10 10 (10) 10 (10) 32 / 25 50 10 / 20 
10,1 < C ≤ 15 10 (10) 16 (16) 32 / 25 70 10 / 20 
T
ri
fá
si
co
 
15 < C ≤ 75 
D ≤ 24 3x10 (10) 3x10 (10) 40 / 32 40 10 / 20 
24,1 < D ≤ 36,8 3x10 (10) 3x16 (16) 40 / 32 63 10 / 20 
36,9 < D ≤ 42,3 3x16 (16) 3x25 (25) 40 / 32 70 10 / 20 
42,4 < D ≤ 48,4 3x35 (35) 3x35 (35) 50 / 40 80 10 / 20 
48,5 < D ≤ 60,7 3x35 (35) 3x35 (35) 50 / 40 100 10 / 20 
60,8 < D ≤ 75 3x35 (35) 3x50 (50) 50 / 40 125 16 / 20 
 
 
21 – DIVISÃO DOS CIRCUITOS TERMINAIS 
 
 A divisão da instalação elétrica em circuitos terminais segue critérios estabelecidos pela 
NBR 5410. Deve-se procurar dividir os pontos ativos (luz e tomadas) de modo que a carga, isto é, que a 
potência se distribua, tanto quanto possível, uniformemente entre as fases do circuito alimentador 
principal, e de modo que os circuitos terminais tenham aproximadamente a mesma potência. Além disso, 
deve-se atender aos critérios especificados a seguir. 
 
21.1 – Objetivos da Divisão da Instalação em Circuitos 
 
 A divisão da instalação em circuitos terminais tem os seguintes objetivos: 
 
1. Limitar as conseqüências de uma falta, quando ocorrerá apenas o desligamento do circuito defeituoso; 
 
2. Facilitar as verificações, os ensaios e a manutenção; 
 
3. Evitar os perigos que possam resultar da falha de um circuito único, como no caso de iluminação. 
Potência (W) g1 
0 a 1.000 0,86 
1.001 a 2.000 0,75 
2.001 a 3.000 0,66 
3.001 a 4.000 0,59 
4.001 a 5.000 0,52 
5.001 a 6.000 0,45 
6.001 a 7.000 0,40 
7.001 a 8.000 0,35 
8.001 a 9.000 0,31 
9.001 a 10.000 0,27 
Acima de 10.000 0,24 
Número de 
TUE´s 
g2 Número de 
TUE´s 
g2 
01 1,00 11 0,49 
02 1,00 12 0,48 
03 0,84 13 0,46 
04 0,76 14 0,45 
05 0,70 15 0,44 
06 0,65 16 0,43 
07 0,60 17 0,41 
08 0,57 18-19-20 0,40 
09 0,54 21-22-23 0,39 
10 0,52 24-25 0,38 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 93
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 94
21.2 – Critérios para a Divisão da Instalação em Circuitos Terminais 
 
� Os circuitos terminais devem ser divididos pela função dos equipamentos que alimentam. Em 
particular, devem ser previstos circuitos distintos para: ILUMINAÇÃO e TOMADAS; 
 
� Devem ser previstos circuitos individuais para tomadas de uso geral (TUG´s) da cozinha, copa-
cozinha e área de serviço; 
 
� Para cada equipamento eletrodoméstico fixo corresponde uma tomada de uso específico (TUE); 
 
� Devem ser previstos circuitos independentes para equipamentos de corrente nominal superior a 10 A; 
 
� Limitar em 2.200 VA (no caso de 220 V) a potência nominal máxima dos circuitos, exceto para os 
circuitos exclusivos das TUE´s; 
 
� Cada circuito partindo do quadro terminal de distribuição deve sempre que possível ser projetado para 
corrente de 16 A, podendo chegar a 20 A e, no caso de chuveiros e torneiras elétricas em circuito 
fase-neutro, para correntes nominais ainda maiores; 
 
� Cada circuito deve ter seu próprio condutor neutro; 
 
� Cada circuito deve ter seu próprio condutor de proteção (terra); 
 
� Sempre que possível, deve-se projetar circuitos independentes para: quartos (ambientes íntimos), 
salas (ambientes sociais) e cozinhas (dependências de serviço). 
 
� Para unidades residenciais, a norma francesa NFC 15-100 recomenda um máximo de 8 pontos para os 
circuitos terminais de iluminação e de tomadas (adotaremos um máximo de 10 a 12 pontos ativos); 
 
� Nas instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre as fases, de 
modo a obter-se o maior equilíbrio possível (principalmente durante a utilização dos equipamentos). 
 
Observações importantes: 
 
� Se os circuitos ficarem muito carregados, os condutores adequados para suas ligações irão resultar em 
uma seção nominal (bitola) muito grande, dificultando: 
• a colocação dos condutores dentro dos eletrodutos; 
• as conexões terminais dos interruptores e das tomadas. 
 
� Sempre que possível a seção nominal dos condutores deve ser menor ou igual a 4 mm2. 
 
 
21.3 – Casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade como 
proteção adicional é obrigatório 
 
 Deve ser objeto de proteção adicional por dispositivos a corrente diferencial-residual de alta 
sensibilidade (I∆N ≤ 30 mA): 
 
a) os circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro; 
 
b) os circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação; 
 
c) os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar 
equipamentos no exterior; 
 
d) os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas-
cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso 
normal ou sujeitas a lavagens; 
 
e) os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada situados em cozinhas, 
copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em áreas internas molhadas em 
uso normal ou sujeitas a lavagens. 
 
Observação: Admite-se a exclusão, na alínea d), dos pontos que alimentem aparelhos de iluminação 
posicionados a uma altura igual ou superior a 2,50 m. 
 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
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22 – EXEMPLO DE UMA TABELA DE ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL 
 
 Em um projeto de instalações elétricas, todos os materiais utilizados devem estar especificados 
tecnicamente e ter suas quantidades definidas. 
 
 
Tabela 22-1 – Relação dos materiais, com seus quantitativos (especificação e contagem). 
 
ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL QUANTIDADE 
 Condutor isolado, Cu/PVC, 450/750 V, tipo BWF, com 
isolação em camada dupla, de acordo com a NBR 6148 
(PIRASTIC SUPER ANTIFLAM). 
 
1,5 mm2, isolação preta 150 metros 
1,5 mm2, isolação azul-claro 150 metros 
2,5 mm2, isolação preta 200 metros 
2,5 mm2, isolação azul-claro 200 metros 
2,5 mm2, isolação verde ou verde-amarelo 200 metros 
4 mm2, isolação preta 30 metros 
4 mm2, isolação azul-claro 30 metros 
4 mm2, isolação verde ou verde-amarelo 30 metros 
 Eletroduto rígido de PVC, de acordo com a NBR 6150 
(barras ou “varas” de 3 metros). 
 
16 (aproximadamente 16 mm ou ½ ”) 96 metros 
20 (aproximadamente 20 mm ou ¾ ”) 57 metros 
25 (aproximadamente 25 mm ou 1 ”) 15 metros 
32 (aproximadamente 32 mm ou 1 ¼ ”) 6 metros 
 Disjuntor termomagnético de acordo com a NBR NM 60898: 
disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações 
domésticas e similares. 
 
Monofásico, 10 A (Unipolar) 4 peças 
Monofásico, 16 A (Unipolar) 7 peças 
Monofásico, 25 A (Unipolar)2 peças 
Monofásico, 32 A (Unipolar) 1 peça 
Trifásico, 40 A (Tripolar) 2 peças 
 Interruptor diferencial-residual com corrente diferencial-
residual nominal de atuação igual a 30 mA (I∆∆∆∆N). 
 
Trifásico, 40 A (Tetrapolar) 1 peça 
 Equipamento (com espelho) 
Interruptor de 1 seção (simples), 10 A 7 peças 
Interruptor de 2 seções (duplo), 10 A 2 peças 
Interruptor de 3 seções, 10 A 1 peça 
Interruptor paralelo (three-way), 10 A 4 peças 
Interruptor intermediário (four-way), 10 A 1 peça 
Tomada fixa para embutir, bipolar com terra - 10 A/250 V 17 peças 
Tomada fixa para embutir, bipolar com terra - 20 A/250 V 5 peças 
Porta-lâmpadas devidamente protegido contra riscos de 
contatos acidentais com partes vivas. 
18 peças 
Botão de campainha 1 peça 
Campainha 1 peça 
 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
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23 – EXEMPLO DO PADRÃO DE ENTRADA (INSTALAÇÃO EM MURO) 
 
 
 
 
 
Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
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24 – EXEMPLO DE UM PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO 
 
 
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