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AGLUTINAÇÃO DIRETA E INDIRETA,IMUNOCROMATOGRAFIA

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2
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
ISABELLE BANO BONATELLI
NAYARA DOS SANTOS LOPES
RELATÓRIO DE IMUNOLOGIA : 
AGLUTINAÇÃO DIRETA ,AGLUTINAÇÃO INDIRETA E IMOCROMATOGRAFIA
Mogi das Cruzes ,SP
2019
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
ISABELLE BANO BONATELLI
NAYARA DOS SANTOS LOPES
RELATÓRIO DE IMUNOLOGIA : 
AGLUTINAÇÃO DIRETA ,AGLUTINAÇÃO INDIRETA E IMOCROMATOGRAFIA
Relatório apresentado ao curso de Farmácia da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos de aprovação da disciplina de Imunologia. 
Prof° Orientador : Me. Fujiko Yamasiro Kretchetoff 
Prof° Co-orientador : Dra. Daniela Leite Jabes 
 Mogi das Cruzes ,SP
 2019
	SUMÁRIO	 
1.INTRODUÇÃO 	 4 
2.OBJETIVO	 6 
2.1 OBJETIVO GERAL	 6
 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	 6
3.MATERIAIS E MÉTODOS 	 7
3.1 MATERIAIS	 7
 3.1.1 Experimento 1: Aglutinação Direta	 7
 3.1.2 Experimento 2: Aglutinação Indireta 	 7
 3.1.3 Experimento 3:Imunocromatografia	 7
3.2 MÉTODOS	 8
 3.2.1 Experimento 1 : Aglutinação direta	 8
 3.2.2 Experimento 2 :Aglutinação Indireta 	 9
 3.2.3 Experimento 3:Imunocromatografia	 10
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO 	11
4.1 Experimento 1 : Aglutinação Direta	11
4.2 Experimento 2 : Aglutinação Indireta	14 
4.3 Experimento 3 : Imunogromatografia	 16 
5.CONCLUSÃO 	20
REFERÊCIAS 	21
1.INTRODUÇÃO
O sistema imunológico, em condições ideais, está preparado para responder a todas as possibilidades de ataques de organismos estranhos ao indivíduo. Contudo, a grande diversidade de elementos estranhos ,faz-se necessárias mecanismo de defesa de células especializadas para eliminar um agente invasivo. (BARROSO,YANG,2006)
A interação entre antígeno e anticorpo possuem entre si ligações de substancias chamadas de enzimas. Os anticorpos são glicoproteínas produzidas por células B, funcionando como receptor para os antígenos. Realizam proteção, através da neutralização ,impedindo a penetração e replicação de antígenos. Todavia, a produção de anticorpos só se dá mediante um estímulo antigênico.(MURO et al,2009)
 Antígenos ,no entanto são moléculas reconhecidas pela resposta imune no qual são capazes de se ligarem a anticorpos ou aos epítopos ,que as os receptores nas células B .(MURO et al,2009)
 Deste modo a interação entre antígeno e anticorpo é uma associação biomolecular semelhante à interação de enzimas com seus substratos ou de hormônios com seus receptores. A interação ocorre porque os antígenos possuem estruturas químicas que favorecem a complementaridade com o anticorpo, através de ligações não covalente (LOPES ,2016).Existem algumas características importantes a ser ressaltadas sobre a interação sendo elas:
· Afinidade: Força de ligação resultante do total de forças não-covalentes entre um único sítio de ligação do Ac e um único epítopo do antígeno.
· Avidez: Força resultante de interações múltiplas entre uma molécula de anticorpo e os epítopos de um antígeno complexo.
· Especificidade: É a habilidade do anticorpo em distinguir seu imunógeno de outros antígenos.
· Reação cruzada: Dois Ag diferentes apresentam epítopos estruturalmente semelhantes e Ac específicos para um epítopo se ligam a um epítopo não relacionado, mas com propriedades químicas similares.
A ligação de um anticorpo altera o estado físico do antígeno, por isso técnicas de imunodiagnósticos são realizadas para detecção de antígenos e anticorpos, no qual qualquer interação entre ambas as partes podem ser detectáveis. Dentre eles pode-se citar teste de reação de Aglutinação e de Precipitação.( GOUVEIA,2008)
 A aglutinação é caracterizada pela formação de agregados visíveis como resultado da interação de anticorpos específicos e partículas insolúveis que contém determinantes antigênicos na superfície. Reações de aglutinação ocorrem entre um antígeno particulado e seu anticorpo específico (aglutinação direta) ou entre uma partícula inerte e recoberta de antígeno solúvel e seu anticorpo específico (aglutinação indireta).( MONTASSIER ,2016)
 Sob outra perspectiva existe os teste imunocromatográficos ,são uma alternativa aos métodos tradicionais onde concentra a reação antígeno- anticorpo em uma fase sólida. Esta técnica é utilizada para imunodiagnósticos de diversas doenças infeciosas como dengue , infecção por vírus como HIV ,leishmaniose entre outras e muito comum para confirmação de gestação em mulheres.(OLIVEIRA,2014)
 Uma das grandes qualidades desta técnica é a alta sensibilidade, e baixo custo. Os resultados obtidos são classificados como positivos visualizando duas linhas na região teste (T) e outra na controle (C),resultados negativos possuem uma linha na região controle (C) e invalido quando nenhuma linha é visualizada.(MONTASSIER, 2016)
Assim, diante do exposto pretende-se abordar no presente relatório o processo experimental das técnicas de aglutinação direta ,indireta e Imunocromatografia ,bem como expor os resultados qualitativos obtidos e discutir contraditórias existentes.
2.OBJETIVOS
2.1.1 OBJETIVO GERAL 
· Verificar as interações entre antígeno e anticorpo nos testes realizados
2.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Realizar o teste de aglutinação direta a fim de avaliar as interações entre antígeno e anticorpo e identificar o grupo sanguíneo das amostras.
· Realizar teste de aglutinação indireta através de teste de látex com partículas de anticorpos anti-HCG, para detecção de hormônio βHCG em amostra de urina.
· Realizar teste Imunocromátografico para detecção βHCG em urina, mediante uso de sistema de capilaridade absorvente 
3.MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
3.1.1 Experimento 1 :Aglutinação direta 
a) Luvas descartáveis 
b) Pipeta de Volume fixo 20 µL
c) Ponteiras 200 µL
d) Lâminas (2 uni.)
e) Palitos descartáveis
· REAGENTES
a) Amostra de sangue
b) Anticorpo anti A
c) Anticorpo anti B
d) Anticorpo anti D
3.1.2 Experimento 2 : Aglutinação Indireta 
a) Espátulas para homogeneização 
b) Descarte com hipoclorito
c) Pipeta de volume fixo 20 µL
· REAGENTES
a) Amostra de urina ( 2 distintas) 
b) Kit Fecuntest Directo contendo Reagente Látex-anti-hCG e Controles Positivo e Negativo (prontos para uso)
3.1.3 Experimento 3 :Imunogromatografia
a) Tiras de teste de gravidez
· REAGENTES
a) Amostra de urina (2 distintas)
b) Descarte com hipoclorito
3.2 MÉTODOS
3.2.1 Experimento 1 :Aglutinação direta
 
Iniciou-se o experimento com a aplicação de 40 µl de amostra de sangue contida em um eppendorf ,sobre duas lâminas de vidro, de modo que, duas aplicação se depuseram em uma das lâminas lado a lado ,e a terceira aplicação na segunda lâmina, devido ao comprimento da placa. Todas as aplicação continham 40 µl nos pontos aplicados.
 Posteriormente ,aplicou-se uma gota de anticorpos Anti-A na primeira aplicação, uma gota de anti-B na segunda aplicação e por fim uma gota de Anti-D(anti Rh) na terceira aplicação.
 Realizou-se a homogeneização das aplicações ,misturando cada gota com um palito descartável distinto (conforme ,mostra a figura 1).Logo, verificou-se as aglutinações ou ausência delas, depois de alguns instantes e realizou a interpretação dos resultados.
 Figura 1 : Esquema representativo do processo de Aglutinação Direta
 Fonte : Elaborado pelo integrante, adaptado de Moreira,2012.
 3.2.2 Experimento 2 : Aglutinação Indireta 
Utilizando a placa de Látex-anti-hCG fornecida com o teste ,posicionada na vertical adicionou-se uma gota de controle negativo em uma zona da placa (zona 1) , e uma gota de controle positivo na zona 2 .Em seguida ,misturou-se com espatulas distintas em cada gota por 5 segundos até obter uma suspensão uniforme em toda a superfície zona.
Na superfície da zona 3 ,adicionou-se 40 µl da amostra de urina ,e na zona 4 adicionou-se também 40 µl de urina de amostra diferente. Misturou-se com espátula individual cada uma das amostras e observou macroscopicamente os resultados. A figura 2 exemplifica o processocitado.
 Figura 2 :Esquema representativo de Aglutinação Indireta
 Fonte: Elaborado pelo integrante ,adaptado de RAMIRES,2016
3.2.3 Experimento 3 :Imunogromatografia
 
 Com o kit fornecido, imergiu a tira teste até o limite máximo indicado, durante 10 segundos em uma das amostras de urina. Realizou-se o mesmo procedimento com a segunda amostra .
 Em seguida ,depositou-se as tiras sobre papel filtro limpo ,deixando descansar de 3 a 5 minutos, obtendo o resultado em seguida. A figura 3 exemplifica o processo.
 
 Figura 3 : Esquema representativo do processo de Imunocromatografia
Fonte: Elaborado pelo integrante
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Experimento 1 :Aglutinação direta
Através dos procedimentos realizados obteve-se a aglutinação nos pontos A e D, ou seja , a inserção dos anticorpos anti-A e Anti-rh nestes pontos, resultou na interação antígeno x anticorpo caracterizando o sangue como sendo do tipo A , e possuindo fator positivo devido a aglutinação do fator Rh. Contudo ,não houve interação visível para o anticorpo anti-B, sendo a amostra sanguínea negativa para o tipo B. Conforme exibido na figura 4.
 Figura 4 : Resultados obtidos na Aglutinação Direta
 Fonte: Acervo pessoal ,Isabelle Bonatelli
O principal sistema de grupos sanguíneos humanos é o ABO. Nesse sistema existem quatro tipos de sangue: A,B,AB e O, sendo eles caracterizados pela presença ou não de substancias na membrana das hemácias os-aglutinogênios e pela presença ou ausência de outras substancias -as aglutinas, no plasma sanguíneo.(FRIDMAN, 2003)
 Outro padrão conhecido é o sistema Rh , o mais complexo e o 2º mais importante, depois do sistema ABO, na medicina transfusional e sua classificação referese somente a presença ou ausência do antígeno RhD, conhecido como Rh , positivo ou negativo.(FERREIRA et al, 2014)
Na realização de uma tipagem sanguínea um dos métodos existentes é a aglutinação direta, que consiste em pôr em contato sorosteste conhecidos antiA, antiB e antiAB com glóbulos vermelhos (GV) a serem testados, para identificar a presença ou não dos antígenos A e B. Assim, serão definidos os grupos sanguíneos: A, B, AB, O. (FERREIRA et al, 2014)
De acordo com Liu (2012) a tipagem sanguínea é realizada como procedimentos de rotina em serviços de hemoterapia ,bem como outros exames imuno hematológicos para qualificação do sangue do doador ,a fim de garantir a eficácia terapêutica e a segurança de uma futura doação.
Atualmente esta técnica de aglutinação pode ser realizada através de outros métodos mais precisos como tubos de ensaio, microplacas escavadas ou gel-centrifugação ,e o mesmo se aplica ao fator Rh . Entretanto, o método em lâmina é o que apresenta maior difusão nas rotinas laboratoriais de análises clinicas, por ser de fácil execução, rápida e barata .(BONMANN et al, 2014)
No entanto Bonmann et al (2014) infere ainda que ,mesmo sendo uma pratica de simples realização, o método apresenta algumas desvantagens em relação aos outros métodos disponíveis, como a sensibilidade reduzida, ocorrência de reações cruzadas e de resultados falso positivos ou negativos, reações mais fracas e de difícil interpretação e ainda homogeneização incorreta ou ineficiente.
Assim sendo, pode-se notar no presente experimento que na realização dos procedimentos, houve a homogeneização ineficiente a princípio , obtendo resultado negativo para o fator Rh, o que difere do resultado final . 
Uma característica peculiar do antígeno D é o chamado D Fraco. Consiste numa variante fenotípica do antígeno Rh, que reage fracamente nos testes de tipagem Rh, e que essa menor expressão da proteína RhD na membrana eritrocitária se deve a alterações qualitativas na sua porção intermembranar.(SANTOS, 2014)
 Outra variante é o D parcial caracterizado pela ausência de um ou mais epítopos do antígeno D, que foram substituídos por epítopos da proteína CcEe. Nos testes sorológicos rotineiros para tipagem Rh é difícil distinguir entre o D fraco e o D parcial.(SANTOS , 2014)
Deste modo, para Santos (2014) o antígeno D Fraco é uma variante do antígeno D e necessita de testes adicionais para sua identificação. Essa pesquisa do antígeno D fraco é realizada em amostras de sangue que apresentam reações fracas/nulas em testes de aglutinação direta com soro anti- D. Logo, a homogeneização insuficiente identificada nos primeiros instantes dos resultados, pode também ter correlação com a perspectiva descrita por Santos sobre apresentações fracas ou nulas.
De outro modo, a detecção dos grupos sanguíneos através da tipagem sanguínea é importante, como para a prevenção do desenvolvimento da doença hemolítica do recém-nascido (DHRN) em mulheres Rh- e principalmente nas transfusões de sangue.(LIMA et al,2016)
Referindo-se a incompatibilidade do fator Rh, ocorre principalmente na Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN) ou Eritroblastose Fetal (incompatibilidade materno-fetal). Nessa doença, mulheres fator Rh-negativo (Rh-) que engravidam de maridos Rh positivo (Rh+) sofrem uma sensibilização no sangue após o parto do primeiro filho Rh+, ou após uma transfusão sanguínea onde acidentalmente ela teve um contato com sangue Rh+, criando anticorpos contra os antígenos presentes nas hemácias caracterizadas pelo Rh+(LIMA et al ,2016)
No caso de transfusões sanguíneas com sangue incompatível podem ocorrer reações transfusionais graves e potencialmente fatais. As transfusões incompatíveis podem acontecer quando a bolsa de sangue é trocada por erros de identificação do paciente que acaba recebendo um tipo sanguíneo (A, B, AB ou O) incompatível com o seu ou com o fator Rh (positivo ou negativo) trocado. (CAVALCANTE, 2017).
Com isso a identificação correta e necessidade e o hábito de ler o rótulo de todo material de trabalho para os profissionais de saúde são uma forma importante de prevenir riscos devido a manipulação inadequada de materiais biológicos.(BARRETO et al, 2011). 
Arruda et al (2015) ressalta que é essencial que se conheça o próprio grupo sanguíneo e o de seus familiares e que os profissionais de saúde tenham a compreensão correta dos sistemas ABO e Rh pois esses conhecimentos são utilizados nas seleções de doadores.
4.2 Experimento 2 : Aglutinação Indireta (βHCG)
Realizado o método proposto, obteve-se para as amostras disponíveis resultados positivo e negativo em correspondência a presencia no hormônio βHCG na urina, onde a amostra de n° 31 não houve aglutinação, caracterizando-a como amostra negativa (não-grávida) e a amostra n° 8 promoveu aglutinação, sendo então uma amostra positiva (grávida).Os padrões positivo e negativo, identificados como 2 e 4 respectivamente na figura 5,se mostraram autênticos quando a característica anti- βHCG, no qual o padrão positivo houve aglutinação e o padrão negativo não houve aglutinação.
 Figura 5 : Resultados obtidos na técnica de Aglutinação Indireta
 Fonte: Acervo pessoal, Isabelle Bonatelli
Muitos métodos caseiros e imprecisos foram utilizados ao longo dos séculos para confirmar ou não uma suspeita de gravidez. A maioria desses procedimentos, porém, sempre teve uma prática em comum: o uso da urina para obter a confirmação .(PUC apud LINARDI,2019)
No Egito antigo, a possível futura mãe urinava sobre sementes de trigo ou de cevada por dias seguidos. Ocorrendo a germinação, era sinal de que estava à espera de um bebê. Era comum também os egípcios observarem a coloração da urina, procurando mudanças em seu visual. Já na Europa da Idade Média a aparência do líquido era valorizada. Uma amostra era colhida e misturada a vinho para ver se os fluidos produziam reações químicas interpretadas como indícios de uma provável gestação.(PUC apud LINARDI,2019)
Por volta dos anos 1920, o hormônio hCG (gonadotrofina coriônica humana), presente na placenta e, consequentemente, na urina, começou a ser usado como uma forma de reconhecer a gravidez. Nas décadas seguintes, a presença do hCG começou a ser identificada em exames de laboratório.(PUC apud LINARDI,2019)Entre as diferentes formas de diagnóstico laboratorial subsiste a reação de aglutinação indireta ou passiva que é fundamentada pela fixação de um anticorpo ou um antígeno que se pretende estudar a uma célula ou partícula inerte. Em um teste de gravidez laboratorial considera-se a aglutinação indireta como inibitória que se baseia na competição entre antígenos particulados e solúveis por um número limitado de sítios combinatórios em moléculas de anticorpos. A inibição da aglutinação é um indicador de reação positiva.(BARONE , FERNANDES , 2011)
O Kit Fecund directo utilizado é um teste qualitativo para detecção de gonadotrofina coriônica (hCG) na urina proveniente deste tipo de aglutinação ,no qual o hormônio HCG é detectado por meio de inibição. Para isso, partículas de látex são revestidas de anticorpos monoclonais anti- HCG e são adicionadas a uma amostra de urina que possa conter o HCG naturalmente.(ROSARIO,2000)
 A gonadotrofina coriônica humana (hCG) é um hormônio glicoproteico produzido pela placenta durante a gravidez. Está estruturada em duas subunidades: a subunidade alfa (αhCG), com cadeia polipeptídica de 92 aminoácidos, é idêntica às alfa das outras glicoproteínas hipofisárias numa mesma espécie. A subunidade beta do hCG (βhCG) confere especificidade biológica e imunológica à molécula de hCG na sua forma dimérica completa (MEDEIROS,NORMAN ,2006)
 Conforme Medeiros e Norman (2006) discorrem ,na excreção das moléculas de hCG ,cerca de 22% da moléculas são excretadas sem qualquer modificação e 78% restantes são retidos no corpo captadas por outros tecidos como fígado e ovário para metabolizarem este hormônio, ou excretadas pelo rim com a estrutura molecular alterada. 
Na gestação, os mecanismos que modulam tanto a filtração glomerular quanto a captação tubular das moléculas de hCG podem variar com a idade gestacional, de modo que com o avançar da gestação a molécula do hCG tornam-se mais ácida e sua concentração aumenta exponencialmente no primeiro trimestre, dobrando a cada dois dias e alcança as maiores concentrações entre a 11-13ª semana . No segundo trimestre diminui em 80% até a 20ª semana e permanece nesta concentração até o parto, onde cai rapidamente voltando ao normal. (MEDEIROS,NORMAN,2006)
A detecção imunológica do hormônio gonadotrofina coriônica (hCG) é universalmente reconhecida como um teste de confirmação da gravidez. No entanto Menezes (2014) ressalta que a detecção de hCG é útil não apenas na confirmação e acompanhamento gestacional, como também marcador no diagnóstico de algumas doenças relacionadas ou não à gestação como perda fetal prematura, doença trofoblástica gestacional, gravidez ectópica , câncer testicular, e tumores não trofoblásticos, onde ocorre variação brusca na concentração de hCG seja para mais para ou menos.
4.3 Experimento 3 :Imunogromatografia
Realizado o teste imunocromatografico,obteve-se como resultado :amostra n° 8 positiva,identificada com dois traços na tira-teste, e na amostra n° 31 resultado negativo, sendo vizualizado apenas um traço na tira-teste. Conforme figura 6.
Figura 6: Resultados do teste de Imunocromatografia
Fonte :Acervo Pessoal ,Isabelle Bonatelli
Os testes urinários de gravidez têm sido largamente utilizados como primeiro passo na detecção de uma gestação ,pois além de rápidos ,os atuais testes qualitativos possuem sensibilidade similar aos soros.(MORAES et al,2011)
Foram introduzidos no mercado na década de 80,e desde então diversas marcas passaram a disponibilizar estes testes ,aumentando a produção de anticorpos monoclonais contra subunidade β do HCG e a utilização de imunoensaios enzimáticos.(MORAES et al,2011)
O princípio do teste de Imunocromatografia é fundamentado na detecção do HCG, que é o hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana. Esse hormônio pode ser um indicativo de gravidez ,podendo ser encontrado em alguns fluidos biológicos, como a urina. (SILVA , 2014)
Os ensaios imunocromatográficos ,também chamados de fluxo lateral são imunoensaios adaptados para o formato de teste em tira  em que em sua composição encontra-se o filtro de amostra, suporte do conjugado, membrana de nitrocelulose e filtro de adsorção. Conforme figura 7.
 Figura 7 : Interpretação do Teste Imunocromátografico
	
 Fonte :PROCOP et al (2017 p 133)
Previamente ,os componentes da tira são fixados a um material de suporte inerte e podem ser formatados em uma única fita demonstrando as zonas de captura (teste) e de controle. Na região de extremidade da tira absorvente é aplicado a amostra. Em paralelo encontra-se uma tira com reagente ou conjugado, que contém anticorpos específicos para o analito-alvo, fundido com partículas coloridas como de ouro coloidal ou microesferas de látex. Neste estágio ocorre a ligação de antígeno e conjugado. (PROCOP et al,2017)
O espécime( amostra) continua a migrar através da membrana, até que alcança a zona de captura, onde o complexo analito/conjugado liga-se aos anticorpos imobilizados, formando uma linha visível na membrana. Subsequentemente a amostra migra ainda mais ao longo da fita, até que alcança a zona de controle, onde o excesso de conjugado liga-se e forma uma segunda linha visível na membrana(PROCOP et al,2017)
Linhas nítidas na zona de controle e na área de teste da membrana indicam que o resultado é positivo. Uma única linha na zona de controle indica resultado negativo.(PROCOP et al,2017)
Comumente os testes de Imunocromatografia demonstraram desempenho satisfatório. Possuem sensibilidades na faixa de 33% a mais de 80% e especificidades acima de 97%, resultando em valores preditivos positivos de 57 a 100%, dependendo da população testada e do tipo de espécime analisado.(PROCOP et al ,2017)
No caso no hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana detectado como indicador prévio de gravidez ,possuem concentração aumentada de forma consistente até cerca da semana 10-12 de gestação e decaindo até as 20 ° semana de gestação. No entanto já é possível detectar o βHCG em amostra urinária com precisão após a 3 semana de atraso menstrual. Neste sentido, indica-se a realização do teste após a terceira semana de indícios de gestação ,no qual exames realizados anteriormente a esse período denotam resultados negativos ou falso negativo, devido as concentrações ainda baixas de HCG.(MEDEIROS,NORMAM ,2006)
Portanto ,conforme exposto, é possível então discutir os resultados obtidos e a princípio considera-los como adequados. Apesar de notar-se que ,a intensidade de coloração na amostra n°8 na região da linha teste é fraca. Essa intensidade de cor na região da linha teste (T) pode variar dependendo da concentração de β-HCG presente na amostra. Portanto, não se caracteriza o resultado como invalido ,onde qualquer intensidade de cor na linha teste (T) indica resultado positivo. (BIOCON,2010)
São considerados resultados inválidos quando não aparece linha na região controle (linha superior na tira-teste).As razões mais comuns para a falha da linha controle (C) são o volume de amostra insuficiente ou técnica de procedimento incorreta. (BIOCON, 2010)
Por meio dos resultados pode-se ainda realizar uma comparação entre os resultados obtidos no teste de Aglutinação Indireta (experimento 2). Evidenciou-se que os resultado obtido tanto na técnica de Aglutinação Indireta como no teste de Imunocromatografia, foram equivalentes, por serem realizados com as mesmas amostras.
CONCLUSÃO
Conclui-se diante dos métodos realizados que foi possível obter resultados satisfatórios em todas as técnicas propostas ,alçando o objetivo principal de verificação de interação entre antígeno e anticorpo, pelas amostras sanguíneas e urinária disponíveis. Ressalta-se ainda que os métodos imunológicos estão distribuído amplamente para diagnósticos de doenças e cuidado clinico ,bem como confirmação de fluidos biológicos como hormônios ou outras substâncias, sendo assim importantes mecanismo para a área de medicina diagnóstica.
REFERÊNCIAS
ARRUDA, Edson Henrique Pereira de etal. Compreensão sobre tipagem sanguínea entre os acadêmicos de farmácia de uma Universidade de Tangará da Serra/MT. Destaques Acadêmicos-CCBS/UNIVATES, Lajeado -RS, p. 132, 2015. Disponível em: http://www.univates.br/revistas/index.php/destaques/article/download/486/478. Acesso em: 2 maio 2019.
BARONE, Alessandra ; FERNANDES, Archangelo P. Testes Laboratoriais Aplicados à Imunologia Clínica., [S. l.], p. 34, 2011. Disponível em: http://www.profbio.com.br/aulas/ac3_11.pdf. Acesso em: 2 maio 2019.
BONMANN, Tainara Jungton et al. XIX Seminário Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e Extensão. Tipagem sanguínea abo/rh: discrepâncias
entre a técnica em tubo e em lâmina, Cruz Alta- RS, 2014. 
CAVALCANTE, Manoella Maria Saraiva. Aplicação da Análise de Componentes Principais na Identificação de Tipos Sanguíneos em Tubos de Ensaios. Orientador: Carlos Danilo Miranda Regis. 2017. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, João Pessoa-PB, 2017.
FERREIRA, Ângela Melgaço et al. ImunoHematologia laboratorial. 1. ed. Brasília-DF: Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, 2014. 25,29,33 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/imuno_hematologia_laboratorial.pdf. Acesso em: 26 abr. 2019
FRIDMAN, Cíntia (org.). Replicação de DNA, Genótipo / Fenótipo , e Herança Quantitativa: Genética e Bioestatística. São Paulo: USP/Univesp, 2003. 70 p. Disponível em: https://midia.atp.usp.br/plc/plc0030/impressos/plc0030_top03.pdf. Acesso em: 26 abr. 2019.
 GOUVEIA, Ana Cláudia Carvalho. Interações antígeno-anticorpo. 2008 Disponível em: www.ufjf.br/imunologia/files/2010/08/Técnicas-de-Imunodiagnóstico-3.ppt. Acesso em: 26 maio 2019.
MEDEIROS, Sebastião Freitas de ; NORMAN, Robert John. Formas moleculares da gonadotrofina coriônica humana: características, ensaios e uso clínico. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Cuiabá-MT, v. 28, n. 4, p. 254, 8 fev. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v28n4/a08v28n4.pdf. Acesso em: 2 maio 2019.
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