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Parnasianismo no Brasil O Parnasianismo no Brasil teve como marco inicial a publicação da obra "Fanfarras", de Teófilo Dias, em 1882. Os mais importantes escritores brasileiros do período formavam a chamada "Tríade Parnasiana", a qual era composta por Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia. Os escritores parnasianos buscavam o sentido para a existência humana por meio daperfeição estética. Por isso, a preocupação residia na "Arte pela Arte", ou seja, a forma como caraterística principal da poesia. Características do Parnasianismo Arte pela arte Objetivismo e universalismo Cientificismo e positivismo Temas baseados na realidade (objetos e paisagens), fatos históricos, mitologia grega e cultura clássica Busca da perfeição Sacralidade e o culto à forma Preocupação com a estética, metrificação, versificação Utilização de rimas ricas e palavras raras Preferência por estruturas fixas (soneto) Descrição visual bem detalhada Contexto histórico O Parnasianismo é um movimento literário que surgiu na mesma época do Realismo e do Naturalismo, no final do século XIX. De influência e tradição clássica, tem origem na França. Parnaso é como se chama a montanha consagrada a Apolo e às musas da poesia na mitologia grega. De postura anti-romântica, o Parnasianismo é baseado no culto da forma, na impassibilidade e impessoalidade, na poesia universalista e no racionalismo. O fato de os parnasianos interpretarem o mundo de forma cientificista e positivista resulta do período em que esteve inserido, época de muitas invenções e avanços que traziam mudanças não só à economia, mas que transformavam a mentalidade das pessoas. Escritores Parnasianos Brasileiros Teófilo Dias (1854-1889) Foi professor, jornalista, advogado e poeta brasileiro. Patrono da cadeira 36 na Academia Brasileira de Letras, em 1882 publicou "Fanfarras", obra que marca o início do parnasianismo no Brasil. Outras obras que merecem destaque: Flores e Amores (1874), Cantos Tropicais (1878), Lira dos Verdes Anos (1878), A Comédia dos Deuses (1888). Olavo Bilac (1865-1918) Conhecido como "Príncipe dos Poetas Brasileiros", foi jornalista, tradutor, poeta e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Sua obra é caracterizada pela linguagem clássica, com conteúdos: históricos, patrióticos, emotivos, platônicos e sensuais. Vale lembrar que o Hino à Bandeira do Brasil foi escrito por Olavo Bilac. Suas principais obras são: Poesias (1888), Crônicas e Novelas (1894), Crítica e Fantasia (1904), Conferências Literárias (1906), Dicionário de Rimas (1913), Tratado de Versificação (1910), Ironia e Piedade (1916) e Tarde (1919). Alberto de Oliveira (1857-1937) Foi poeta, professor, farmacêutico e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Publicou sua primeira obra, “Canções Românticas”, em 1878. A despeito desse livro apresentar características românticas, Alberto de Oliveira foi um exímio poeta parnasiano cuja obra é caracterizada por temáticas e estruturas parnasianas, por exemplo, descrição minuciosa, composição de retratos, quadros e cenas. Suas obras que merecem destaque são: Meridionais (1884), Versos e Rimas (1895), Poesias (1900), Céu, Terra e Mar (1914), O Culto da Forma na Poesia Brasileira (1916). Raimundo Correia (1859-1911) Foium juiz, poeta e um dos fundadores do Sodalício Brasileiro. Maranhense, publicou seu primeiro livro de poesias "Primeiros Sonhos" em 1879. Sua obra apresenta características românticas, parnasianas e simbolistas. Dessa maneira, suas poesias possuem um caráter pessimista e subjetivo, ao mesmo tempo que apresentam grande preocupação métrica. Outras obras que merecem destaque são: Sinfonias (1883), Versos e Versões (1887), Aleluias (1891), Poesias (1898). Parnasianismo em Portugal Em Portugal, o movimento parnasiano não teve a representação e a força que se desenvolveu no Brasil e noutros países. Os autores parnasianos portugueses que se destacaram foram: João Penha (1838-1919), Gonçalves Crespo (1846-1883), António Feijó (1859-1917) e Cesário Verde (1855-1886).
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