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Daniel Tolotti Rodrigues

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO 
GRANDE DO SUL – UNIJUI 
 
 
 
DANIEL TOLOTTI RODRIGUES 
 
 
 
ACESSIBILIDADE URBANA: LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS 
PASSEIOS PÚBLICOS NA ÁREA URBANA CENTRAL DE PANAMBI - 
RS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ijuí 
2018 
 
DANIEL TOLOTTI RODRIGUES 
 
 
 
 
 
ACESSIBILIDADE URBANA: LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS 
PASSEIOS PÚBLICOS NA ÁREA URBANA CENTRAL DE PANAMBI - 
RS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso de 
Engenharia Civil apresentado como requisito 
parcial para obtenção do título de Engenheiro 
Civil. 
 
 
 
Orientador(a): Prof. Me Tarcisio Dorn de Oliveira 
 
 
Ijuí /RS 
2018 
 
 
 
DANIEL TOLOTTI RODRIGUES 
 
 
 
ACESSIBILIDADE URBANA: LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS 
PASSEIOS PÚBLICOS NA ÁREA URBANA CENTRAL DE PANAMBI - 
RS 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de 
ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro 
da banca examinadora. 
Ijuí, 4 de dezembro de 2018 
Prof. Mestre Tarcisio Dorn de Oliveira 
Mestre pela Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ) - Orientador 
Prof.ª Mestre Lia Geovana Sala 
Coordenador do Curso de Engenharia Civil/UNIJUÍ 
BANCA EXAMINADORA 
Prof.ª Mestre. Lia Geovana Sala 
Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 
Coordenadora do Curso de Engenharia Civil/UNIJUÍ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço a Deus e aos meus pais por me darem 
força e coragem para não desistir. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, por sempre me capacitar no meu 
aprendizado, me guiando e dando força para desenvolver todas as matérias. 
Agradeço também a minha família, que nunca mediram esforços para meu sonho se 
tornar realidade, sempre me dando suporte e incentivo para alcançar o meu objetivo. 
Aos meus amigos e colegas, que sempre estiveram presente no decorrer da faculdade, 
agradeço pelo companheirismo e pela amizade. 
Ao meu orientador ao qual admiro muito pela sua competência, professor Tarcisio Dorn 
de Oliveira, que me conduziu com muita disposição, dedicação e paciência, meus sinceros 
agradecimentos por nunca medir esforços para me assessorar, agradeço também pela sua 
amizade no decorrer deste trabalho. 
Agradeço a todos os professores e funcionários da UNIJUI que estiveram presente na 
minha caminha até este momento, e que puderam contribuir para o meu aprendizado como 
Engenheiro Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse 
por elas, eu não teria saído do lugar. 
Chico Xavier 
 
 
 
RESUMO 
RODRIGUES, Daniel Tolotti. Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios 
públicos na área urbana central de Panambi - RS. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso. 
Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do 
Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2018. 
O trabalho busca verificar as condições de acessibilidade das calçadas na área central da cidade 
de Panambi/RS. Foram utilizadas diversas metodologias, mas se teve como base norteadora a 
Norma Regulamentadora (NBR) 9050/2015, a qual foi de suma importância para uma reflexão 
acerca da temática sobre acessibilidade. Essa investigação é de grande relevância social, pois o 
assunto a respeito da acessibilidade vem sendo muito discutido nos dias atuais. Assim foi 
delimitado uma área central do município, no local onde ocorre o maior fluxo de pessoas, 
realizando levantamentos fotográficos e documentais, e foi analisado se os calçadas estão de 
acordo com a norma, e se podem receber os pedestres de uma forma segura. Foi analisado as 
calçadas quanto as suas dimensões, tipos de revestimentos utilizados, rampas de acesso, 
arborização e sinalização tátil, como também se havia vaga de estacionamento destinadas aos 
PCD’s. Foram feitos alguns croquis do quadrante estudado, mostrando a onde se encontravam 
os itens descritos acima, e foi possível constatar que muitas calçadas não estavam de acordo 
com o que as normas e bibliografias a respeito da acessibilidade comentam. 
 
Palavras-chave: Calçadas. Normas, Pedestres, Barreiras, Quadrante. 
 
ABSTRACT 
RODRIGUES, Daniel Tolotti. Urban accessibility: survey and analysis of public tours in 
the central urban área of Panambi - RS. 2018. Completion of course work. Civil Engineering 
Course, Regional University of the Northwest of the State of Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 
2018. 
The work seeks to verify the accessibility conditions of sidewalks in the central area of the city 
of Panambi/Rs. Several methodologies were used, but based on the Norma Regulamentadora 
(NBR) 9050/2015, which was extremely important for a reflection on accessibility issues. This 
research is of great social relevance, since the subject of accessibility has been much discussed 
in the present day. Thus, a central area of the municipality was delimited, where the lasgest 
flow of people occurs, carrying out photographic and documentary surveys and it was analyzed 
if the sidewalks are in accordance with the norm, and if pedestrians can be received in a safe 
way. The sidewalks were analyzed for their dimensions, types of coverings used, access ramps, 
afforestation and tactile signaling, as well as if there was parking space for PCD’s. Some 
sketches were made of the studied quadrant, showing where the items described above were 
located, and it was possible to verify that many sidewalks were not in agreement with what 
norms and bibliographies about accessibility comment. 
 
Keywords: Sidewalks. Standards, Pedestrians, Barriers, Quadrant. 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Barreira por vegetação. ................................................................................. 22 
Figura 2: Faixas de uso da calçada. .............................................................................. 27 
Figura 3: Acesso do veículo ao lote.............................................................................. 28 
Figura 4: Rampa fora da área do lote. .......................................................................... 29 
Figura 5: Rampa dentro da área do lote. ....................................................................... 29 
Figura 6: Calçada sem manutenção no piso. ................................................................ 30 
Figura 7: Rebaixamento da calçada. ............................................................................. 32 
Figura 8: Sinalização tátil de alerta em obstáculos suspensos. .................................... 33 
Figura 9: Sinalização tátil direcional - modulação do piso. ......................................... 34 
Figura 10: Delineamento de pesquisa. .......................................................................... 36 
Figura 11: Mapa de Panambi/RS. ................................................................................. 38 
Figura 12: Quadrante em estudo. .................................................................................. 38 
Figura 13: Croqui da divisão das calçadas no quadrante. ............................................ 39 
Figura 14: Distribuião das calçadas quanto as suas larguras. ....................................... 42 
Figura 15A: Largura adequada da calçada; Figura 15B: Largura inadequada da calçada
 .................................................................................................................................................. 43 
Figura 16:Distribuição das calçadas quanto aos tipos de revestimentos. ..................... 44 
Figura 17: Revestimentos de acordo com a norma....................................................... 46 
Figura 18: Revestimentos em perfeitas condições. ...................................................... 47 
Figura 19: Revestimentos com problemas. ..................................................................47 
Figura 20: Revestimentos com problema. .................................................................... 48 
Figura 21A: Barreira por obra; Figura 21B: Barreira por mobiliários urbano; ............ 49 
Figura 22: Distribuição da arborização. ....................................................................... 50 
Figura 23A: Murta de cheiro; Figura 23B: Coqueiros ................................................. 51 
Figura 24: Arborizações incorretas............................................................................... 52 
Figura 25: Distribuição das rampas de acesso. ............................................................. 53 
Figura 26A: Sem a sinalização adequada; Figura 26B: Sem as dimensões corretas. ... 54 
Figura 27A: Não foi realizado o rebaixamento da calçada; Figura 27B: Revestimento 
deteriorado. ............................................................................................................................... 55 
Figura 28A: Vaga de acordo com a norma; Figura 28B: Sem sinalização horizontal. 56 
Figura 29: Distribuição dos pisos tátil. ......................................................................... 57 
Figura 30: Calçadas com piso tátil. .............................................................................. 58 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1: Resumo das leis estudadas. ........................................................................... 25 
Tabela 2: Quantitativos das larguras. ........................................................................... 42 
Tabela 3: Tipos de piso. ................................................................................................ 45 
Tabela 4: Quantitativos de pisos de acordo com a legislação. ..................................... 45 
Tabela 5: Quantitativos a respeito da arborização. ....................................................... 51 
Tabela 6: Espácie de árvores, sua quantidade e características .................................... 52 
Tabela 7: Quantitativos dos pisos tátil. ......................................................................... 57 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
BNDS Banco Nacional de Desenvolvimento Social 
CAIXA Caixa Econômica Federal 
NBR Norma Brasileira 
PCD Pessoa com Deficiência 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 14 
1.1 CONTEXTO ................................................................................................ 15 
1.2 PROBLEMA ................................................................................................ 15 
1.2.1 Questões de Pesquisa ................................................................................... 17 
1.2.2 Objetivos de Pesquisa .................................................................................. 17 
1.2.3 Delimitação .................................................................................................. 17 
2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................. 18 
2.1 HISTÓRICO DA ACESSIBILIDADE ........................................................ 18 
2.2 CONCEITO DE ACESSIBILIDADE .......................................................... 18 
2.3 DEFICIÊNCIAS E RESTRIÇÕES .............................................................. 20 
2.4 BARREIRAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS .......................... 21 
2.5 LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS ............................................................ 23 
2.5.1 Legislações Federais .................................................................................... 23 
2.5.1.1 Lei N° 10.098, 19 de dezembro de 2000 ...................................................... 23 
2.5.1.2 Lei 13.146, 06 de junho de 2015 .................................................................. 24 
2.5.2 Legislações Estaduais ................................................................................... 24 
2.5.2.1 Lei Estadual N° 13.320, de 21 de dezembro de 2009 .................................. 24 
2.5.3 Legislações Municipais ................................................................................ 24 
2.5.3.1 Lei Complementar N°11, de 18 de agosto de 2008 ...................................... 24 
2.5.3.2 Lei Municipal 4.066, de 27 de maio de 2015 ............................................... 25 
2.6 PADRÕES DE DESENHO UNIVERSAL .................................................. 25 
2.6.1 Calçadas ....................................................................................................... 26 
2.6.1.1 Largura adequada ........................................................................................ 26 
2.6.1.2 Tipos de piso ................................................................................................ 30 
2.6.1.3 Arborização e paisagismo ............................................................................ 31 
2.6.2 Instrumentos de acessibilidade ..................................................................... 31 
 
 
2.6.2.1 Rebaixamento das calçadas (rampas de acesso) ......................................... 31 
2.6.2.2 Vagas de estacionamento destinadas à PCD ............................................... 32 
2.6.2.3 Sinalização tátil ............................................................................................ 33 
3 MÉTODO DE PESQUISA ........................................................................ 35 
3.1 estratégia de pesquisa ................................................................................... 35 
3.2 delineamento ................................................................................................ 36 
3.3 quadrante em estudo ..................................................................................... 38 
4 RESULTADOS ........................................................................................... 41 
4.1 dimensões (Largura da calçada) ................................................................... 41 
4.2 tipos de piso .................................................................................................. 43 
4.3 barreiras arquitetônicas ................................................................................ 48 
4.4 Arborização e paisagismo ............................................................................ 49 
 52 
4.5 Instrumentos de acessibilidade ..................................................................... 52 
4.5.1 Rebaixamentos de calçadas (rampas de acesso) .......................................... 53 
4.5.2 Vagas de estacionamento para PcD ............................................................. 55 
4.5.3 Sinalização tátil ............................................................................................ 56 
5 CONCLUSÃO ............................................................................................ 59 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 61 
 
14 
 
_____________________________________________________________________________________________
Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018 
1 INTRODUÇÃO 
O termo acessibilidade vem sendo muito discutido hoje em dia para tratar do acesso de 
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida aos meios de transportes, ambientes físicos e 
serviços públicos. De forma resumida acessibilidade é a qualidade do que é acessível (do que tem 
acesso) facilidade e/ou possibilidade na aquisição, aproximação segundo Aurélio (GHIRALDI, 
2014). 
De forma simplificada, acessibilidade significa acesso. Um espaço pode ser considerado 
acessível quando este não tem nenhuma obstrução de acesso. Para termos uma melhor compreensão 
desse termo, expõem-se um item oposto – a barreira– item este que acaba dificultando ou até 
mesmo impedindo o acesso. Essas barreiras podem ser divididas de duas formas, de caráter 
atitudinal, quando ligadas ao preconceito, e físicas, quando se referem a parte arquitetônica/urbana, 
onde atividades independentes ou de informação acabam tendo sua realização dificultada, quando 
relacionadas a comunicação e à sinalização (GELPI, et al., 2013). 
Ainda os autores acima citados observam que a maioria das atividades que são realizadas 
diariamente, desde um simples caminhar matinal, até o tráfego de automóveis, e de pedestres 
acontecem nos espaços públicos. Compreende-se que não basta termos apenas uma habitação 
acessível, se em outros casos tem a dificuldade de acesso a direitos fundamentais: educação, saúde, 
espaços e passeios públicos, entre outros. Com isso as vias devem ser projetadas e executadas para 
todo o tipo de usuário e modalidades de transportes, como também para acomodar novas 
infraestruturas, mobiliários, possíveis barreiras, e todos os objetos em geral. 
Constantemente pessoas com deficiência física têm enfrentado no dia a dia limitações em 
suas vidas. Estas limitações estão ligadas a acessibilidade, ou seja, condições que permitam o 
exercício da autonomia e a participação social do sujeito, fatores que podem prejudicar e intervir 
no desenvolvimento ocupacional, psicológico, cognitivo, onde podem contribuir para a exclusão 
social dessas pessoas (SILVA; LIMA, 2013). 
O termo geral de acessibilidade é garantir a possibilidade de acesso, da aproximação, da 
utilização de qualquer objeto ou espaço. Mencionar este conceito às pessoas que tem deficiência e 
15 
 
______________________________________________________________________________
Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
mobilidade reduzida está atribuído ao fator de aproximação e deslocamento do local ou objeto 
desejado. Está relacionado as condições favoráveis que o indivíduo têm para se locomover, 
movimentar e atingir seu destino planejado dentro de suas capacidades individuais (PROGRAMA 
BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA, 2006). 
1.1 CONTEXTO 
No Brasil a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida é regulamentada pela norma 
Brasileira 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, fundamentada nos direitos humanos 
e de cidadania. Ela estabelece alguns parâmetros básicos para as edificações, os mobiliários e os 
equipamentos urbanos para que sejam projetados, montados, construídos ou implantados, como 
também, quando forem realizados reformas e ampliações, proporcionando maior conforto 
segurança e acessibilidade aos usuários (ABNT/NBR, 2015). 
Mesmo com as legislações existentes não a uma melhoria do direito à cidadania, igualdade 
e acessibilidade. Muitas pessoas não tem seus direitos garantidos em nosso meio, muito por causa 
dos problemas sociais e econômicos, onde acabam ficando a margem da sociedade. Nas grandes 
cidades é onde mais acontece problemas de acessibilidade para PcD´s, quase sempre por questões 
estruturais e culturais (ALMEIDA; OLIVER, 2001). 
Nos últimos anos a acessibilidade evoluiu consideravelmente, no momento em que saiu do 
vácuo normativo possuindo atualmente legislações voltadas a temática, porém ainda não 
devidamente consolidada, em função de um grande número de municípios não terem se adaptado 
aos aparatos legais federais existentes sobre o tema (MORAIS, 2011). 
Com o intuito de analisar o meio urbano de Panambi, verifica-se a necessidade de adaptação 
dos passeios públicos visando uma melhor locomoção dos pedestres e principalmente dos 
portadores de deficiência física. Com isso, o desenvolvimento tem papel importante uma vez que, 
o tema acessibilidade vem sendo cada vez mais comentado no dia a dia, fazendo com que os órgãos 
públicos sejam cobrados pelas melhorias. 
1.2 PROBLEMA 
Segundo Silva e Martins (2002), a estrutura urbana de muitas cidades, não estão preparadas 
para as pessoas com mobilidade reduzida, excluindo assim uma grande parcela da população. Nas 
16 
 
_____________________________________________________________________________________________
Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018 
cidades existem obstáculos que acabam prejudicando cada vez mais as pessoas ao espaço de 
atuação, forçando pessoas com deficiência ao exílio, acabando assim por não exercer sua cidadania 
dentro de um contexto econômico e social. 
Conforme Littlefield (2011), é preciso integrar os conceitos de projeto inclusivo, ao 
processo de criação de um projeto desde o início. Além dos fatores físicos, é preciso considerar 
outros elementos necessários para uma maior facilidade de acesso, levando em consideração a 
utilização de placas, iluminação, mapas de orientação, contraste visual, controles, materiais e 
portas. 
Conforme Duarte (2011), as calçadas são fundamentais para deslocamento diário de 
pedestres, com isso deve haver qualidade e alinhamento de pisos, mobiliário urbano e arborização, 
pois os mesmos recebem pessoas com restrições de mobilidade, que exigem conforto e segurança 
para transitar pela cidade. 
É necessário fazer uma análise mais especifica das condições de acessibilidade nas calçadas 
em ambientes urbanos, norteando-se nas normas regulamentadoras/técnicas de acessibilidade da 
ABNT, bem como realizar uma cobrança para que tais leis referente ao assunto sejam aplicadas, 
fazendo com que os responsáveis adequem suas calçadas. 
As barreiras arquitetônicas são encontradas em diferentes locais devido à falta de 
planejamento das cidades, mesmo em municípios pequenos onde o número de habitantes é menor, 
os problemas quanto à acessibilidade também existem. Estas barreiras dificultam o acesso das 
pessoas, por isso é de suma importância seguir as exigências mínimos das leis e normas a respeito 
da acessibilidade, para assim poder garantir uma circulação segura a todos os pedestres. 
Com o crescimento acelerado das cidades, a infraestrutura de muitas delas não são pensadas 
para atender os portadores de necessidades especiais, nota-se isso, principalmente nas calçadas, 
pois é o local por onde mais transitamos no nosso dia a dia. Muitas delas não contém as dimensões 
corretas, as sinalizações e arborizações adequadas, impedindo uma circulação segura dos pedestres. 
Com isso a pesquisa busca analisar quais calçadas estão em desacordo com o recomendado pelas 
bibliografias. 
 
17 
 
______________________________________________________________________________
Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
1.2.1 Questões de Pesquisa 
A questão principal que esse trabalho se propõe é: verificar se as calçadas na área central 
da cidade de Panambi/RS estão de acordo com as normas e legislações vigentes sobre a 
acessibilidade. 
A questão secundária é: quais as principais barreiras encontradas pelos pedestres ao 
transitarem pelos passeios públicos. 
1.2.2 Objetivos de Pesquisa 
O objetivo geral do trabalho foi: 
� Analisar os passeios públicos na área central de Panambi/RS. 
Os objetivos específicos são: 
� Revisar a literatura através de autores, leis e normativas que regem as questões 
relacionadas à acessibilidade; 
� Observar se no quadrante escolhido (área delimitada) os passeios estão ou não de 
acordo com as normas de acessibilidade; 
� Identificar através de imagens passeios executados de forma correta ou errada, 
conforme as legislações sobre acessibilidade; 
� Elaborar um croqui identificando todos as calçadas a serem estudadas. 
1.2.3 Delimitação 
O estudo ficou limitado em averiguar as condições de acessibilidade nos passeios públicos 
em um quadrante delimitado, na área urbana central de Panambi – RS, no local de maior fluxo de 
pessoas. 
18 
 
_____________________________________________________________________________________________Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
2.1 HISTÓRICO DA ACESSIBILIDADE 
O termo acessibilidade começou a ser discutido na década de quarenta, afim de determinar 
as condições de acesso das pessoas com deficiência, ligadas aos serviços de reabilitação 
profissional e física. No princípio, foi determinado como uma condição de mobilidade e eliminação 
das barreiras urbanísticas e arquitetônicas, direcionadas aos meios de transporte e acessos de 
edifícios (WAGNER, et al., 2010). 
Um marco muito importante no que se refere à acessibilidade em espaços públicos e 
edifícios, foi a criação da constituição de 1988, mas só a pouco tempo no Brasil esse tema esteve 
presente em discussões voltadas a políticas públicas, pois até então as edificações não eram 
projetadas para que tivessem acesso para pessoas com mobilidade reduzida. Não só os projetistas 
esqueciam de considerar a acessibilidade em seus projetos, como também os portadores de 
mobilidade reduzida não se manifestavam para que ocorresse uma melhoria de infraestrutura 
(LIMA, 2015). 
Na época em que as cidades brasileiras surgiram não havia uma preocupação em incluir 
pessoas com necessidades especiais na sociedade. Sua formação continha aclives e ruas estreitas. 
As construções históricas dessa época, principalmente as de estilo eclético que foram construídas 
em XVIII e XIX, não facilitavam à inclusão. Pois sua arquitetura era feita principalmente com 
casas de porão alto com escadas, o que dificulta até hoje o acesso de pessoas com mobilidade 
reduzida ou necessidades especiais (ANDRADE, ELY, 2012). 
Ainda os autores acima citados observam que os centros históricos, incluindo suas 
edificações, veem passando por processos de revitalização. Hoje é de suma importância nos 
projetos de revitalização desses bens tombados aplicar a legislação de acessibilidade, para que 
quando forem abrigar nova funções, possam ser usados por um público diversificado, 
independentemente de suas limitações e capacidades locomotoras. 
2.2 CONCEITO DE ACESSIBILIDADE 
19 
 
______________________________________________________________________________
Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
Todo dia pessoas com deficiência (PCD’s) enfrentam limitações em sua vida. Limitações 
estas ligadas a acessibilidade, algumas condições que permitem que o indivíduo tenha autonomia 
e participação social, que podem acabarem interferindo ou até mesmo prejudicando no seu 
desenvolvimento ocupacional, psicológico e cognitivo, todos estes fatores acabam contribuindo 
para a exclusão social (PACHECO, et al., 2010). 
A acessibilidade é o direito que garante viver de forma independente, exercer a participação 
social e seus direitos de cidadania, todas as pessoas que tem mobilidade reduzida ou com alguma 
deficiência (BRASIL, 2015). 
Segundo Rabelo (2008), acessibilidade pode ser definida como a possibilidade de qualquer 
indivíduo/pessoa, de chegar a algum lugar, utilizar informações, espaço urbano, e serviços, com 
segurança e autonomia, tanto para a saúde, trabalho ou para educação, que são os direitos básicos 
da cidadania, independentemente da suas condições mentais ou físicas. 
Em termos gerais, o significado de acessibilidade é garantir a possibilidade de acesso, da 
utilização, da aproximação, e de manuseio de qualquer objeto. Este conceito genérico estaria a 
ligado a qualquer pessoa mas, no Brasil está direcionado principalmente as pessoas com 
deficiência. Com isso pode-se dizer que o significado de acessibilidade se associa a condição do 
indivíduo se movimentar, locomover e atingir o destino desejado, por seus próprios meios, de uma 
forma segura e com total autonomia, mesmo que precise utilizar objetos ou aparelhos específicos 
(MINISTÉRIO DAS CIDADE, 2007). 
A lei n° 10.098 estabelece alguns critérios para a acessibilidade de pessoas com mobilidade 
reduzida e de portadores de deficiência, como a remoção de obstáculos e barreiras em espaços 
públicos e vias. É definido acessibilidade como sendo uma possibilidade de alcance para utilizar 
algo, com segurança e autonomia, dos mobiliários, espaços, equipamentos urbanos, edificações, 
transportes, meios de comunicação, pelas pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade 
reduzida (BRASIL, 2000). 
Conforme a NBR 9050 (ABNT, 2015) o termo acessibilidade significa a condição e 
possibilidade de percepção, alcance e entendimento para a utilização, de espaços, equipamentos 
urbanos, mobiliários, edificações, transportes, comunicação e informação, com segurança e 
autonomia, inclusive sistemas e tecnologias, como outros serviços abertos ao público, tanto de uso 
20 
 
_____________________________________________________________________________________________
Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018 
público ou privado e de uso coletivo, por pessoa com mobilidade reduzida ou deficiência, nas zonas 
urbanas como nas rurais. 
Para as pessoas portadoras de necessidades especiais a acessibilidade é de grande 
importância, pois garante o exercício da cidadania e promove a qualidade de vida, como o direito 
de ir e vir com segurança. Mas a dificuldade de acesso não está só ligada as pessoas portadores de 
necessidades especiais, mas também as pessoas com mobilidade reduzida (idosos, grávidas, 
deficientes visuais e auditivos) que tem dificuldades para se locomover. 
2.3 DEFICIÊNCIAS E RESTRIÇÕES 
Conforme o artigo 4 da Lei 13.146 (BRASIL, 2015), fala que toda a pessoa com deficiência 
tem direito como as demais pessoas à igualdade de oportunidades, e não sofrerá nem um tipo de 
discriminação. 
O Brasil conta com um número elevado de pessoas com deficiência, que são discriminadas 
todos os dias nas comunidades em que vivem ou acabam sendo excluídas do mercado de trabalho. 
A exclusão social dessas pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial já vem 
acontecendo a bastante tempo, é tão antigo quanto a socialização do homem (MACIEL, 2000). 
Pessoa com deficiência é aquela que apresenta, perdas ou reduções de alguma estrutura, em 
caráter permanente, o que dificulta certas atividades, dentro do padrão considerado normal 
(BRASIL, 1993). Já a lei 10.098 diz que pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos 
de longo prazo de natureza, mental, intelectual ou sensorial e física, que atrelado as barreiras podem 
acabar obstruindo sua participação plena e efetiva na sociedade, comparado com as condições das 
demais pessoas (BRASIL, 2000). 
Segundo o IBGE (2010), no Brasil 23,9% da população tem algum tipo de deficiência 
(visual, auditiva, motora, mental ou intelectual), são aproximadamente 45,6 milhões de deficientes. 
A deficiência visual é a que atinge um número maior de indivíduos, cerca de 18,8% da população, 
seguida da motora com 7%, da auditiva com 5,1% e por último a mental ou intelectual com 1,4%. 
É possível perceber um aumento da população idosa, que costuma apresentar limitações quanto a 
mobilidade, realizações de atividades, devido ao envelhecimento natural. 
21 
 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
Não existe uma política efetiva de inclusão que viabilize planos integrados de urbanização, 
saúde, acessibilidade, educação, cultura, esporte, nos estados e municípios, com metas e ações para 
resguardar os direitos dos portadores de deficiência (MACIEL, 2000). 
Conforme o artigo 3 da Lei 13.146 (BRASIL, 2015), define que pessoa com mobilidade 
reduzida, é aquela que tem dificuldade de movimentação, por qualquer motivo, seja de caráter 
permanente ou temporário, que acaba gerando reduções de flexibilidade, mobilidade, percepçãoou 
da coordenação motora, estão inclusos nisso as pessoas obesas, idosas, as lactantes, gestantes, e 
com criança de colo. 
Os portadores de deficiência sempre foram marginalizados e privados de sua liberdade, não 
tinham direitos, atendimento. Desde os primórdios a estrutura da sociedade já tinha esse 
preconceito e ações impiedosas. Mas nos últimos anos, educadores e pais têm buscado a inclusão 
dessas pessoas, buscando resgatar o respeito humano e a dignidade, para que possam usufruir do 
acesso e o pleno desenvolvimento a todos os recursos da sociedade por parte desse segmento 
(MACIEL, 2000). 
2.4 BARREIRAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS 
A locomoção das pessoas com deficiência, seja ela indo a pé, de carro, táxi, por transporte 
público, ela deve ser de uma forma segura e de fácil acesso até o local esperado. Deve propiciar o 
livre percurso, sem impedimentos ou barreiras de risco para seus usuários (BENEVIDES, 2015). 
Conforme a Lei Municipal n° 2.894 de 19 de outubro de 2009, estabelece alguns critérios 
a respeito da acessibilidade, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços 
públicos, na construção e reforma de edificações, no mobiliário urbano e meios de transportes 
(PANAMBI, 2009). 
No Brasil a lei 10.098 (2000), é a que estabelece normas gerais e critérios básicos para o 
acesso das pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência. E ela define que as barreiras são, 
qualquer entrave que impeça ou limite o acesso de forma segura das pessoas, e elas são classificadas 
em 4 tipos: 
a) Barreiras arquitetônicas e urbanísticas: são as existentes nos espaços e vias públicas; 
b) Barreiras arquitetônicas na edificação: são as existentes nos edifícios; 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018 
c) Barreiras arquitetônicas nos transportes: são as barreiras nos meios de transportes; 
d) Barreira nas comunicações: qualquer entrave que impeça o recebimento de 
mensagens. 
Conforme o artigo 3 da Lei 13.146 (BRASIL, 2015), cita mais dois casos de barreiras, as 
atitudinais, e as tecnológicas. A primeira está ligada as atitudes ou comportamentos que 
prejudiquem ou impeçam a atuação social da pessoa com deficiência, não tendo a mesmas 
condições e oportunidades como as demais pessoas. E as barreiras tecnológicas são as que 
impedem o acesso das pessoas com deficiência as formas de tecnologias. 
É muito comum pessoas se depararem com barreiras de vegetação, elas acabam se 
transformando em impedimentos aéreos, pois seus galhos invadem o passeio e ocasionam 
rachaduras por causa de suas raízes, conforme mostra a Figura 1. Por isso, as espécies de árvores 
devem ser apropriadas e cuidadas, para não ocasionar tais barreiras. Outros problemas são as 
entradas de garagem e as grelhas, onde acabam interrompendo a calçada, e prejudicando a 
passagem dos usuários. Quando as grelhas estiverem transversalmente nos locais de circulação, os 
vãos devem ter dimensão máxima de 15 mm (BENEVIDES, 2015). 
Figura 1: Barreira por vegetação. 
 
Fonte: BENEVIDES, 2015. 
23 
 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
Barreira arquitetônica e qualquer ambiente natural, que está instalado ou edificado que pode 
impedir à aproximação, circulação no espaço, mobiliário ou equipamento urbano (TORRES, 
2006). 
As maiores dificuldades encontradas são as barreiras arquitetônicas e urbanísticas, que são: 
portas e circulações estreitas, escadas, elevadores pequenos, banheiros inadequados, ruas e 
calçadas com desníveis ou revestimentos inadequados (BAHIA, 1998). 
As barreiras arquitetônicas são encontradas em todo o lugar e podem estar ligadas a falta 
de planejamento de projetos. Essa barreiras acabam dificultando à acessibilidade dos usuários nas 
estruturas instaladas. Não basta que haja legislação a respeito do tema, o mais certo seria evitar 
estas barreiras, buscando melhorar os ambientes de acordo com as normas, e necessário que todos 
lutem para que as leis sejam cumpridas, reivindicando direitos frente as autoridades competentes 
ou fiscalizando (DAMASO, 2011). 
Segundo Cardoso e Cuty (2012) comentam que as barreiras arquitetônicas e urbanísticas 
são o principal desafio a ser enfrentado para viabilizar definitivamente à acessibilidade em qualquer 
local. Englobado ao conceito de inclusão social, as barreiras são entendidas como preconceitos 
sociais em relação a um grupo ou indivíduo. 
2.5 LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS 
As principais leis sobre o tema da acessibilidade, em âmbito federal, estadual e municipal, 
foram pesquisadas, e foi comentado um pouco sobre elas, como verificado abaixo. 
2.5.1 Legislações Federais 
Dentre as legislações e normas vigentes sobre acessibilidade, que englobam todo o território 
brasileiro, destaca-se as leis Federais. 
2.5.1.1 Lei N° 10.098, 19 de dezembro de 2000 
A lei N° 10.098 (BRASIL, 2000), em seu artigo 1°, ela define critérios básicos para a 
promoção da acessibilidade, como também para a supressão de barreiras em espaços públicos. Em 
seu artigo 2° inciso I e II, ela comento o conceito de acessibilidade, como também o conceito de 
barreiras urbanísticas e os seus tipos. 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018 
Ainda sobre a referida lei descrita acima, em seu artigo 4°, ela comenta que os espaços 
públicos e parques devem ser adaptados para receber os portadores de deficiência ou com 
mobilidade reduzida de uma forma acessível. Comenta também nos demais artigos, que devem se 
ter vagas de estacionamento com fácil acesso aos PCDs, que as sinalizações e os mobiliários 
urbanos (placas, árvores, postes) devem ser colocados em locais que não atrapalhem a circulação 
dos pedestres, ou se apresentarem risco devem ser sinalizados com piso tátil de alerta, entre outros 
critérios comentados nos demais artigos. 
2.5.1.2 Lei 13.146, 06 de junho de 2015 
É a lei que busca assegurar e promover a inclusão social, para que as pessoas portadoras de 
deficiência ou com mobilidade reduzida, tenham os mesmos direitos que as demais. Em seu artigo 
3°, ela define o que é acessibilidade, e o que são barreiras. No capítulo II, comenta que as pessoas 
com deficiência devem ser protegidas de qualquer tipo de discriminação, e tem o direito a igualdade 
como qualquer outro indivíduo (BRASIL, 2015). 
2.5.2 Legislações Estaduais 
2.5.2.1 Lei Estadual N° 13.320, de 21 de dezembro de 2009 
A Lei Estadual N° 13.320, em seu artigo 1°, consolida a legislação em relação as pessoas 
com deficiência no estado. No capítulo II que comenta sobre a acessibilidade de edifícios públicos, 
em seu artigo 9°, fala que os projetos na área de arquitetura e engenharia devem ser planejados 
para o fácil acesso das pessoas, tanto na construção ou quando forem realizadas reformas (BRASIL, 
2009). 
2.5.3 Legislações Municipais 
No município de Panambi/RS, existem algumas leis que comentam sobre acessibilidade. 
2.5.3.1 Lei Complementar N°11, de 18 de agosto de 2008 
Em seu capítulo II ela comenta sobre a acessibilidade, diz que seu uso é obrigatório. 
Comenta também como devem ser realizados os passeios públicos, os rebaixamentos do meio-fio, 
25 
 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
veda a colocação de qualquer equipamento que possa interferir na circulação dos cadeirantes nas 
esquinas dos passeios, entre outros casos (PANAMBI, 2008). 
2.5.3.2 Lei Municipal4.066, de 27 de maio de 2015 
Em seu artigo 4° inciso IX, ela define acessibilidade como sendo a facilidade, de alcançar, 
com autonomia, os destinos pretendidos na cidade. No artigo 12° Ela comenta quais as dimensões 
que devem ter os passeios para a circulação de pedestres, e nos demais casos deve se respeitar a 
Lei Federal 10.098 (PANAMBI, 2015). 
Foi realizado um croqui com um resumo, para identificar as principais leis comentadas 
acima sobre o tema da acessibilidade, conforme mostra a Tabela 1 logo abaixo: 
 
2.6 PADRÕES DE DESENHO UNIVERSAL 
O desenho universal é indicado para todas as pessoas, indiferente de sua idade, 
característica pessoal, ou habilidades. A ideia dele é que todos possam utilizar o ambiente/objetos 
com segurança e autonomia, que cada espaço ou produto possa ser alcançado usado e manipulado, 
NORMAS REGULAMENTADORAS SOBRE ACESSIBILIDADE
Legislações 
Estaduais
Lei N° 10.098, de 19 de 
dezembro de 2000 
Lei Estadual N° 13.320, de 
21 de dezembro de 2009
Lei Complementar N° 11, 
18 de agosto de 2008 
Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção 
da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou 
com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
Trata das condições de igualdade, e os padrões universais que 
projetos novos devem seguir, e edificações já existentes 
devem adaptar.
Trata de construções e edificações públicas, que deverão 
facilitar acesso a pessoa com deficiência física.
Lei 13.146, de 06 de julho 
de 2015
Legislações 
Federais
Lei Municipal 4.066, de 27 
de maio de 2015
Institui o código de posturas do município de Panambi, RS, e 
dá outras providências.
Institui o plano de mobilidade urbana sustentável do município 
de Panambi, e dá outras providências. 
Legislações 
Municipais
Tabela 1: Resumo das leis estudadas. 
Fonte: Autoria Própria. 
26 
 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018 
independentemente do indivíduo, de sua postura ou sua mobilidade (CARLETTO, CAMBIAGHI, 
2008). 
2.6.1 Calçadas 
Os parques, vias públicas, e demais espaços públicos, devem ser projetados, planejados e 
urbanizados, de forma a tornar esses lugares acessíveis as pessoas com mobilidade reduzida e 
portadoras de deficiência. O passeio público é um local segregado e em nível diferente, que destina 
a circulação de pedestres, e quando possível recebe a vegetação e os mobiliários urbanos. Os 
mobiliários urbanos (sinais de tráfego, postes de iluminação, semáforos e qualquer elemento de 
sinalização vertical) que devem ser disposto em espaço de acesso de pedestres, devem ser 
instalados de forma a não prejudicar ou impedir o fluxo (BRASIL, 2000). 
Já a NBR 9050 (ABNT, 2015) define calçada como sendo parte da via, em nível diferente, 
não recomendada a circulação de veículos, local que poderá ser implantado sinalizações, 
mobiliários urbanos e vegetação, reservado para circulação de pedestres. Já o passeio é a parte da 
calçada, destinado só para a circulação exclusiva de pedestres e ciclistas. 
As calçadas devem permitir a inclusão entre as equipamentos e mobiliários urbanos, as 
edificações, os espações públicos e o comércio. Estas integrações devem ser realizadas por rotas 
contínuas, com dimensões adequadas e acessíveis, para que os usuários se desloquem de uma forma 
fácil e segura. Não podem ser criados elementos que dificultem ou impeçam o livre deslocamento, 
pois as calçadas não são extensões das edificações, por isso os proprietários devem estar ciente 
desses fatores (Torres, 2006). 
2.6.1.1 Largura adequada 
De acordo com a NBR 9050 (ABNT, 2015), as inclinações da calçada devem ter no máximo 
3% no sentido transversal, e inferior a 5% no sentido longitudinal ou acompanhar a inclinação das 
vias lindeiras. 
A Figura 2 mostra que a largura da calçada é dividida em três faixas de uso, que são: 
27 
 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
a) Faixa livre ou passeio: é destinado somente para a circulação dos pedestres, não 
pode conter nem uma barreira, ter largura mínima de 1,20m e 2,10m de altura livre, 
a inclinação pode ser de até 3%; 
b) Faixa de serviço: é usada para acomodar os canteiros, os mobiliários, postes e 
árvores. O recomendado é uma largura mínima de 0,70m nas calçadas a serem 
construídas; 
c) Faixa de acesso: é a passagem da área pública para o lote. Essa faixa só é usada em 
calçadas com largura superior a 2,00m e serve para acomodar as rampas de acesso 
aos lotes, com a autorização do município para as propriedades já construídas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já a lei municipal 4.066 de Panambi comenta que para o fluxo de pedestres nos passeios 
públicos, este deve ter dimensão de no mínimo 1,20m, permitindo a passagem simultânea de 2 
pessoas (PANAMBI, 2015). 
Figura 2: Faixas de uso da calçada. 
Fonte: ABNT / NBR, 2015. 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
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O recomendado é que a faixa livre em ambos os sentidos consiga absorver um tráfego de 
25 pedestres por minuto com conforto e segurança, a cada metro de largura. Os veículos que 
acessam aos lotes e seus espaços de circulação não podem interferir a faixa livre, por onde os 
pedestres circulam, não pode conter degraus ou desníveis. Nas faixas de acesso e de serviço pode 
conter rampas, conforme mostrado na Figura 3 (ABNT/NBR, 2015). 
 
Figura 3: Acesso do veículo ao lote. 
Fonte: ABNT / NBR, 2015. 
29 
 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
Segundo Torres (2006), o acesso dos veículos as residências não podem gerar barreiras no 
passeio, como desníveis ou inclinações, se existirem rampas de garagem eles devem estar dentro 
do lote, a Figura 4 abaixo, mostra a rampa fora da área do lote, já a Figura 5 está de acordo com o 
recomendado, pois está dentro da área do lote. O rebaixamento do meio fio deve ser perpendicular 
ao alinhamento da rua, visando um melhor acesso dos veículos à edificação, este rebaixamento 
deve ter a mesma largura do veículo, respeitando os parâmetros da lei. A legislação do município 
deve ser consultada para saber quais são os recuos mínimos e máximos, e o afastamento frontal, 
para que as rampas não fiquem sobre o passeio. 
 
Figura 4: Rampa fora da área do lote. 
Fonte: TORRES, 2006. 
Figura 5: Rampa dentro da área do lote. 
Fonte: TORRES, 2006. 
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2.6.1.2 Tipos de piso 
Conforme a Lei complementar n° 11 (PANAMBI, 2008), é obrigatório a garantia de 
acessibilidade e de condições que permitam a circulação de pessoas com deficiência. Os passeios 
públicos devem ser feitos com material contínuo, firme, sem desníveis ou degraus. 
Já a NBR 9050 (ABNT, 2015), comenta que as calçadas e vias exclusivas para pedestres 
devem ter acabamento com superfície regular, estável, firme, antiderrapante e que com a passagem 
de dispositivos com rodas não sofra trepidações. 
Conforme Torres (2006) os pisos para as faixas livres devem ser antiderrapante, e na 
escolha dos materiais deve sempre procurar comprar um material com qualidade, durabilidade e 
facilidade de reposição, tudo isso deve estar atrelado a estética e a segurança. A pedra portuguesa 
não é muito indicada, pois gera trepidações nascadeiras de rodas e carrinhos de bebês, mas pode 
ser mantida em áreas de interesse histórico. Quando forem construídas calçadas é necessário que 
seja a partir de um meio fio, pois esse meio fio faz parte do arremate entre o passeio e a rua, deve 
ser feitas manutenções em locais em que o piso encontra-se deteriorado, conforme mostra a Figura 
6. 
 
Ainda conforme o autor acima citado, os pisos devem ser construídos sobre um lastro 
regularizado ou um contra piso, nunca deve ser realizado diretamente sobre o solo. Recomenda-se 
Figura 6: Calçada sem manutenção no piso. 
Fonte: TORRES, 2006. 
31 
 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
alguns tipos de revestimentos como: pavimento intertravado, placa pré-moldada de concreto, 
ladrilho hidráulico e concreto. 
Segundo Torres (2006), o pavimento intertravado é um pavimento de blocos de concreto 
pré-fabricados, assentado sobre uma base de areia; as placas pré-moldadas são fabricadas com 
concreto de alto desempenho, que pode se assentada diretamente sobre a base; os ladrilhos são 
placas de concreto de alta resistência, assentadas com argamassa sobre uma base de concreto; o 
concreto pode ser fabricado in loco, e é utilizado armadura como aço soldados e telas. Independente 
do material, não é recomendado a pintura das calçadas, encerar e impermeabilizar, pois podem 
ocasionar pisos escorregadios e virem a causar acidentes. 
2.6.1.3 Arborização e paisagismo 
Conforme a Lei complementar n° 11 (PANAMBI, 2008), se for projetado canteiros nos 
passeios, não devem ser plantadas árvores que invadam o local de circulação ou agridam os 
usuários, nem colocado qualquer equipamento em esquinas que impeçam a circulação dos 
cadeirantes. 
A NBR 9050 (ABNT, 2015), comenta que o plantio de vegetação não deve interferir na 
área de circulação dos pedestres. Nessas áreas de circulação não é recomendado o plantio de 
espécies que tenham espinhos, raízes que afetem o pavimento, e princípios tóxicos. 
2.6.2 Instrumentos de acessibilidade 
Os instrumentos de acessibilidade para a realização do estudo foram as rampas de acesso, 
vagas destinadas a PCD e sinalização tátil. 
2.6.2.1 Rebaixamento das calçadas (rampas de acesso) 
A lei municipal 4.066 de Panambi, busca proporcionar melhoria nas questões de 
acessibilidade e mobilidade urbana, como também visa realizar rebaixamentos das calçadas em 
cruzamentos, nas faixas de pedestres, rampas de acesso, para atendimento as pessoas com 
necessidades especiais, crianças e idosos (PANAMBI, 2015). 
Conforme a Lei complementar n° 11 (PANAMBI, 2008), as edificações privadas ou 
públicas, que não estiverem no mesmo nível da calçada, devem ser feitas rampas de acesso com 
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piso antiderrapante, com guarda-corpo e corrimão, para à acessibilidade das pessoas com 
necessidades especiais e mobilidade reduzida. Os passeios devem ser construídos sem nem um 
obstáculo, e ter continuidade de mesmo nível ao redor de todo quarteirão, sendo que, no final do 
mesmo ou no local de melhor acesso ser feito o rebaixamento do cordão para trânsito dos 
portadores de necessidades especiais. 
A NBR 9050 (ABNT, 2015), recomenda que os rebaixamento das calçadas para a via 
pública, não podem ser superior a 8,33% no sentido longitudinal da rampa, e não pode diminuir a 
faixa de circulação, que é no mínimo 1,20 m da calçada, como mostra a Figura 7. As rampas com 
2,00m devem ter no mínimo 1,20 m de largura na rampa principal e abas laterais de largura mínima 
de 0,50m 
 
2.6.2.2 Vagas de estacionamento destinadas à PCD 
Conforme a lei 10.098, em vias e espaços públicos onde tenham estacionamento de 
veículos, é necessário que se tenham vagas para pessoas portadoras de deficiência ou com 
dificuldade de locomoção, estas devem estar próximas dos acessos de circulação. Devem ter no 
Fonte: ABNT / NBR, 2015. 
Figura 7: Rebaixamento da calçada. 
33 
 
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mínimo 2% de vagas do total garantida, e pelo menos uma vaga com as especificações técnicas 
recomendadas e devidamente sinalizada (BRASIL, 2000). 
Conforme a NBR 9050 (ABNT, 2015) as vagas destinadas as pessoas com mobilidade 
reduzida ou com deficiência, devem ser marcadas com símbolo internacional de acesso, ou com 
descrição de idoso. As sinalizações que forem instaladas na vertical, a borda inferior da placa deve 
ficar a uma altura livre 2,10m e 2,50m em relação ao piso. 
2.6.2.3 Sinalização tátil 
A NBR 9050 (ABNT, 2015) define piso tátil como sendo: piso caracterizado por cores 
diferentes as do piso adjacente, destinado a constituir uma linha guia para orientação e alerta. 
Conforme a NBR 9050 (ABNT, 2004), a sinalização tátil no piso serve para orientação de 
pessoas com deficiência visual, e ele pode ser do tipo alerta ou direcional. Ambas devem ter uma 
cor diferente do piso existente, em que estão sobrepostas ou integradas. Quando estiverem 
sobrepostas, o desnível não pode exceder 2 mm entre o piso existente e a superfície do piso 
implantado, e não deve haver desnível quando estiverem integrados. 
A sinalização tátil de alerta tem um relevo em forma de tronco-cônicos, e é usada nas 
situações de rebaixamento de calçadas, junto a portas de elevadores, junto a desníveis, tais como 
plataformas de embarque e desembarque, obstáculos suspensos entre 0,60 m e 2,10 m do piso 
acabado, e que tenham um volume maior na parte superior do que na base, e devem estar afastados 
0,60m do obstáculo, conforme mostra a Figura 8. 
Figura 8: Sinalização tátil de alerta em obstáculos suspensos.
Fonte: ABNT / NBR, 2004. 
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A sinalização tátil direcional consiste em relevos lineares, conforme mostra a Figura 9, é 
usada em áreas de circulação, em espaços amplos e indicando o caminho a ser percorrido, deve ter 
seção trapezoidal, ter largura entre 20 cm e 60 cm, ser instalada no sentido do deslocamento e ser 
cromo diferenciada em relação ao piso existente. 
 
As sinalizações tátil de alerta e direcional devem atender as seguintes condições: 
a) Quando ocorrer mudança de direção do piso tátil direcional, este deve conter uma 
área de alerta, mostrando que a mais alternativas de trajeto; 
b) Se a mudança de direção for maior que o ângulo de 90°, deve ser sinalizado com piso 
direcional; 
c) Em rebaixamentos de calçadas, a sinalização direcional deve encontrar a de alerta; 
d) Nas portas de elevadores, a sinalização direcional deve encontrar a de alerta na 
direção da botoeira; 
e) Deve ser instalado piso tátil de alerta nas faixas de travessia, perpendicular ao 
deslocamento, e a sinalização direcional deve conectar um lado da calçada ao outro, 
no sentido do deslocamento; 
f) No ponto de ônibus deve ser colocado piso tátil direcional onde será feito o embarque 
e desembarque de passageiros, e ao longo do meio fio o piso tátil de alerta. 
Fonte: ABNT / NBR, 2004.
Figura 9: Sinalização tátil direcional - modulação do piso. 
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3 MÉTODO DE PESQUISA 
3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA 
A primeira fase do desenvolvimento do trabalho embasou-se na pesquisa bibliográfica 
referentesao tema, fazendo com que haja uma definição a respeito do assunto, e adquirir o máximo 
de informações e conhecimento sobre o mesmo. Após foi realizado as etapas de visita exploratória, 
para identificar e registrar os passeios/calçadas quanto a acessibilidade do local. Será identificado 
as facilidades e dificuldades encontradas pelos usuários na circulação desses locais. 
Para Gil (2002) a pesquisa bibliográfica é realizada em cima de um material já publicado, 
podendo ser principalmente por artigos científicos e livros, mas pode ser desenvolvidas a partir de 
fontes bibliográficas. O estudo de caso consiste num estudo aprofundado e exaustivo de 
determinado assunto, de modo que atinja um amplo e detalhado conhecimento. 
Conforme Gonsalves (2001), conforme os objetivos propostos, esta pesquisa pode ser 
definida como de campo, através de visita in loco, por que são coletados dados com observação e 
medição. Essa pesquisa exige um encontro mais direto, pois é necessário que o pesquisador 
compareça ao local onde será feito o estudo, e reúna as informações a serem documentadas. 
Segundo Selltiz (1974), após ser realizado a formulação do problema em questão, se define 
quais são as informações necessárias, então o pesquisador monta o seu planejamento de pesquisa, 
que pode vim a variar conforme seu objetivo. 
Para a realização do trabalho de campo foi feita a verificação dos seguintes itens: 
a) Dimensões das calçadas (largura); 
b) Tipos de piso; 
c) Arborização e paisagismo; 
d) Barreiras arquitetônicas encontradas em local de circulação de pedestres; 
e) Rampas de acesso; 
f) Vagas para estacionamento, destinadas para PCD; 
g) Sinalização tátil. 
 
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Após o levantamento de campo foi possível analisar os resultados, e verificar se estavam 
de acordo com as bibliografias e normas vigentes. Esse estudo terá por finalidade demonstrar e 
analisar as dificuldades encontradas pelos portadores de necessidades especiais ou com mobilidade 
reduzida, quanto as condições de acessibilidade nesses locais estudados. 
3.2 DELINEAMENTO 
Essa investigação e de grande relevância social, pois o assunto vem sendo cada vez mais 
discutido nos dias atuais, e é de suma importância locais acessíveis a todos os usuários, 
independentemente da sua condição. Quanto aos benefícios, a presente pesquisa visa possibilitar 
uma nova visão a respeito da acessibilidade, para que os direitos das pessoas com mobilidade 
reduzida ou necessidades especiais sejam respeitados. 
A pesquisa se determinou em etapas, conforme mostra a Figura 10 logo a baixo. 
Figura 10: Delineamento de pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
LEVANTAMENTO DOS DADOS 
ATRÁVES DE PESQUISA DE 
CAMPO NO MUNICÍPIO
CRIAÇÃO DOS CROQUIS
ANÁLISE DOS RESULTADOS 
ENCONTRADOS
Fonte: Autoria Própria. 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
O estudo foi realizado em 5 etapas, que estão descritas na imagem acima. Primeiramente 
foi realizado uma pesquisa bibliográfica em normas e legislações a respeito da acessibilidade, para 
ter um melhor conhecimento sobre o assunto. Após foi feito um levanto dos dados, e verificado as 
condições que se encontravam as calçadas, quanto à largura, tipos de pisos, arborização, entre 
outros, e também registros fotográficos na área delimitada. 
Foi percorrido todos os passeios públicos no quadrante delimitado, para levantamento dos 
itens descritos acima: 
a) Foi feito a medição da calçada, essa medida vai do lote até o meio fio. 
b) Nos pisos foi verificado os tipos de acabamento, se haviam buracos, desníveis, 
degraus, que poderiam atrapalhar a circulação dos pedestres. 
c) A questão da arborização, foi feito um levantamento quanto ao número de árvores, 
canteiros e gramados existentes. 
d) Para a identificação das barreiras arquitetônicas, foi feito registros fotográficos, para 
identificar quais atrapalhavam a circulação dos pedestres. 
e) Quanto as rampas de acesso, foi verificado se tinham as dimensões corretas 
conforme as normas, e se havia a predominância delas em cada esquina do 
quadrante em estudo, e se elas possuíam continuidade nos dois lados dos passeios. 
f) Para a identificação dos pisos tátil, foi feito registro fotográfico para analisar o 
número correspondente de pisos encontrados no quadrante. 
g) As vagas de estacionamento para PCDs, foi verificado se seu desenho estava de 
acordo com o correspondente nas normas estudadas, se havia a sinalização correta 
e as rampas de acesso. 
Assim foi feito os croquis do local onde seria realizado o estudo, para uma melhor 
classificação do trabalho realizado. Foi usado o software AutoCad, e o Google Maps para a 
visualização do mapa do município de Panambi/RS. A quarta etapa, foi feita a análise dos 
resultados obtidos, onde foi possível classificar as calçadas que estavam de acordo com o 
recomendado nas normas. 
Nas considerações finais foi explicado os dados obtidos, e as melhorias que poderiam ser 
realizadas no local, quanto à acessibilidade, para uma melhor circulação dos pedestres. 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018 
3.3 QUADRANTE EM ESTUDO 
A área utilizada para a pesquisa desse trabalho, encontra-se no centro da cidade, no local 
onde ocorre o maior fluxo de pessoas. Pois é um local com várias lojas comerciais. Na Figura 11 é 
possível analisar a dimensão da cidade de Panambi / RS. 
 
 
 
 
 
 
Na Figura 12 mostra a área delimitada para o estudo, nas ruas e calçadas deste local, ocorre 
uma intensa circulação de pessoas, pois é onde centraliza suas atividades. O estudo concentrasse 
nas vias principais, que são a rua da Holanda e a Sete de Setembro, onde será verificado as 
condições das calçadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Quadrante em estudo. 
Fonte: Google Maps. 
Figura 11: Mapa de Panambi/RS. 
Fonte: Google Maps, 2018. 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
Através do mapa disposto pelo Google Maps, foi possível elaborar um croqui no AutoCad, 
onde foi dividida as calçadas no quadrante em estudo. Foram utilizadas as cores azul, vermelho e 
magenta, para visualizar a quantidade de calçadas estudadas. Estas foram divididas pelo número 
de lotes na quadra, mesmo se a calçada tivesse as mesmas dimensões ou piso que o lote ao lado, 
foi considerado como se fosse uma calçada diferente. 
As calçadas foram distribuídas no sentido de ida e volta, o valor total de calçadas apresenta-
se ao lado do número do quadrante. Por exemplo, no quadrante 1, foi totalizado as calçadas nos 
dois sentidos, contabilizando um valor de 27 calçadas, representado ao lado do número do 
quadrante. As cores em azul, foram das calçadas situadas nas ruas principais, que são os números 
1 e 2, o restante, na cor preta são das ruas adjacentes, como mostra a Figura 13. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13: Croqui da divisão das calçadas no quadrante. 
Fonte: Autoria Própria. 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018 
Nesse quadrante em estudo, fica localizada a praça central da cidade, assim como o 
supermercado da Cotripal, o Banrisul ea Caixa Econômica Federal, áreas com bastante fluxo de 
pessoas. Após este estudo, foi contabilizado um total de 133 calçadas, as quais serão utilizadas para 
desenvolver as etapas do capítulo seguinte. 
41 
 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
4 RESULTADOS 
Neste capítulo é apresentado os resultados de toda a pesquisa, mostrando as condições 
encontradas acerca da acessibilidade no quadrante em estudo, assim como croquis para situar as 
condições dos passeios, registros fotográficos, e tabelas com os quantitativos analisados. 
4.1 DIMENSÕES (LARGURA DA CALÇADA) 
Inicialmente, foi verificado as dimensões das calçadas, com a ajuda de uma trena a laser 
mediu-se suas larguras, verificando se as mesmas estavam de acordo com o recomendado nas 
bibliografias e norma vigentes sobre o assunto. Foi percorrido todo o quarteirão para a realização 
das medidas, os mobiliários urbanos e outros equipamentos foram desprezados nesse caso. 
Para verificar se as calçadas tinham a mesma largura na quadra inteira, foram feitas 
medições em três pontos, início, meio e fim. Estas medições foram realizadas no dois sentidos da 
ruas principais 1 e 2, demonstradas no croqui (Figura 14), como das ruas adjacentes 3,4,5,6,7 e 8. 
Ao final das medições foi feito um croqui no mapa, para demonstrar as larguras encontradas, 
conforme mostra a Figura 14. 
O recomendado pela ABNT, é que as calçadas tenham no mínimo 1,20m de largura livre, 
para que as pessoas possam transitar com segurança, já para a acomodação dos mobiliários urbanos, 
canteiros, postes e árvores, o recomendado é uma largura mínima de 0,70m. No local analisado, 
foi constatado que a maioria das calçadas estavam de acordo com o recomendado, todas tinham 
uma largura maior que 1, 20m, apenas em uma das ruas essa dimensão era inferior, onde dificultava 
a circulação dos pedestres. 
Conforme mostra a Figura 14 abaixo, as medidas foram divididas por cotas médias, com 
larguras inferiores à 1,50m até larguras superiores à 4,50m, onde, é possível verificar que as 
calçadas com larguras superiores estão localizadas no quadrante 8, que obteve uma dimensão de 
4,90m. As calçadas que tiveram uma largura menor que 1,50m, estão situadas no quadrante 6, estás 
por sua vez tiveram dimensões variando de 1,11m até 0,28m, uma largura bem inferior a 1,20m, 
que seria o recomendado pela norma, dificultando muito a passagem dos pedestres, onde muitas 
vezes transitavam pela rua, colocando em risco sua segurança. 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
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Em relação aos quantitativos, as calçadas que tiveram uma maior ocorrência quanto a sua 
largura, foram as de 1,51 à 2,50m, com um total de 36,09%, e as de 2,51 à 3,50m, com um total de 
42,11%, conforme mostra a Tabela 2 abaixo. 
 
 
 
 
Figura 14: Distribuião das calçadas quanto as suas larguras. 
Fonte: Autoria Própria. 
Menor de 1,50m 12 (9,02%)
48 (36,09%)
56 (42,11%)
14 (10,52%)
3 (2,26%)
LARGURA DA CALÇADA 
Acima de 4,51m
3,51 à 4,50m
2,51 à 3,50m
1,51 à 2,50m
Fonte: Autoria Própria. 
Tabela 2: Quantitativos das larguras. 
43 
 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
 
Em relação aos mobiliários urbanos instalados nas calçadas, como árvores, lixeiras, postes, 
placas, estes foram medidos e estavam de acordo com o recomendado na legislação, pois mesmo 
com esses equipamentos instalados, as calçadas tinham uma largura livre adequada para a 
circulação dos pedestres, como mostra a Figura 15A abaixo. Apenas o quadrante 6 não estava de 
acordo, pois a largura da calçada era inviável para a sua inserção, como mostra a Figura 15B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2 TIPOS DE PISO 
É essencial que as estruturas dos pisos sejam adequadas, para que possam proporcionar 
segurança e conforto aos portadores de necessidades especiais e pessoas com mobilidade reduzida, 
assim como os demais pedestres que transitam pelas calçadas. Nesse sentido foi verificado os 
materiais utilizados na confecção das calçadas, assim como suas irregularidades e as condições que 
se encontravam. 
Em alguns lugares as condições dos pisos se encontravam bem críticas, continham buracos, 
desníveis e rachaduras, dificultando a passagem dos pedestres. Foram encontrados vários tipos de 
pisos no local analisado, como: 
a) Pisos com cerâmica antiderrapante; 
b) Pisos com cerâmica escorregadia; 
Fonte: Autoria Própria. 
Figura 15A: Largura adequada da calçada; Figura 15B: Largura inadequada da calçada 
A B 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018 
c) Piso sem revestimento, apenas com concreto; 
d) Piso com concreto e pintado; 
e) Piso com intertravado; 
f) Pisos com placas de cimento; 
g) Pisos com pedra grês. 
No croqui pode ser verificado a distribuição dos materiais no quadrante estudado, como 
mostra a Figura 17 abaixo. É possível verificar a predominância das calçadas feitas em concreto, 
totalizando 55 calçadas, seguidas das feitas em pedra grês (com um total de 18 calçadas), depois 
as feitas com intertravado (16 calçadas), as em placas de cimento (14 calçadas), das concretadas e 
pintadas (13 calçadas), das feitas com cerâmica antiderrapante (11calçadas), e por fim as com 
cerâmicas escorregadias, com apenas 6 calçadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria. 
Figura 16:Distribuição das calçadas quanto aos tipos de revestimentos. 
45 
 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
A Tabela 3 abaixo, mostra os materiais utilizados na fabricação das calçadas e a quantidade de cada 
uma. 
Tabela 3: Tipos de piso. 
 
 
 
 
 
 
Das calçadas analisadas, algumas apresentaram rachaduras, buracos, trincas, desníveis, 
fissuras, o que acaba dificultando a circulação dos pedestres, principalmente para os cadeirantes, e 
os portadores de necessidades especiais. Por isso foi elaborado um croqui para mostrar os pisos 
que estavam de acordo com as normativas, se estes não apresentavam problemas, e estavam em 
boas condições. 
A Tabela 4 abaixo, mostra os quantitativos encontrados, para mostrar a porcentagem das 
calçadas em acordo e desacordo com a NBR 9050. Do total analisado 66,17% das calçadas estavam 
em boas condições. 
 
 
 
 
Pode-se perceber que no croqui, há um número elevado de calçadas que não estão de acordo 
com o que a legislação recomenda, são 45 calçadas em desacordo com a norma, um número bem 
elevado, por se tratar de um local no centro da cidade, e ter uma grande circulação de pessoas nesta 
área, como mostra a Figura 17 abaixo. 
Placas de cimento 14 calçadas
Pedra grês 18 calçadas
Concretado 55 calçadas
Concretado e pintado 13 calçadas
Intertravado 16 calçadas
TIPOS DE PISOS
Cerâmica antiderrapante 11 calçadas
Cerâmica escorregadia 6 calçadas
Fonte: Autoria Própria. 
De acordo com a legislação
Com problemas
REVESTIMENTOS ANALISADOS
88 (66,17%)
45 (33,83%)
Tabela 4: Quantitativos de pisos de acordo com a legislação. 
Fonte: Autoria Própria. 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018Os materiais encontrados nas calçadas que estavam de acordo com as legislações, eram 
feitos com placas de cimento, intertravado e concreto, eles estavam em perfeitas condições, com 
uma superfície regular e aderente, proporcionando uma circulação segura para os pedestres, pois 
mesmo com os pisos molhados, eles não ficavam escorregadios, a Figura 18 abaixo, mostra as 
calçadas feitas com estes materiais. 
 
Fonte: Autoria Própria. 
Figura 17: Revestimentos de acordo com a norma. 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
 
 
 
 
 
 
 
 
O número de calçadas com problemas, foram 45, totalizando 33,83%, elas estavam situados 
em vários quadrantes, e eram encontradas principalmente nos revestimentos feitos com a pedra 
grês, conforme mostra a Figura 19. Elas tinham vários buracos, trincas e degraus (desníveis), 
gerando obstáculos para os cadeirantes e portadores de necessidades especiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outros revestimentos que causavam bastante insegurança para os pedestres, eram as 
calçadas feitas com cerâmica escorregadia, concretadas e pintadas, pois quando estavam molhadas 
se tornavam bastante escorregadias, podendo ocasionar acidentes, como mostra a Figura 20. 
Fonte: Autoria Própria. 
Figura 18: Revestimentos em perfeitas condições. 
Figura 19: Revestimentos com problemas. 
Fonte: Autoria Própria. 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
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Pode-se perceber que as calçadas que estão em perfeitas condições, estão localizadas em 
regiões onde há predominância de comércio e bancos, pois podem atrair maior público, em frente 
ao supermercado da Cotripal também estão bem conservadas, visto que ela está adequando suas 
calçadas conforme a norma. Os locais deveriam receber uma maior fiscalização pelo poder local, 
para se adequarem, principalmente as residências, que são os locais com maiores problemas 
encontrados. 
4.3 BARREIRAS ARQUITETÔNICAS 
Em questão as barreiras arquitetônicas no local analisado, foram poucas as situações 
encontradas, os problemas verificados no quadrante, envolviam obras, que acabavam invadindo o 
passeio, e deteriorando o mesmo, dificultando a circulação dos cadeirantes e deficientes, pois a 
faixa livre de circulação ficava menos que 1,20m, que seria o recomendado pela norma, como 
mostra a Figura 21A. 
Outros casos que geravam barreiras para os pedestres, eram os mobiliários urbanos, na 
Figura 21B, é possível verificar que do lado esquerdo foi instalada uma lixeira, e do direito foi feito 
um canteiro, o que acabou por diminuir a faixa livre, dificultando a passagem dos pedestres. Outro 
caso que foi notado eram as barreiras por vegetação, pois seus galhos invadiam a calçada, gerando 
impedimentos aéreos, podendo ocasionar algum acidente, como mostra a Figura 21C. 
Fonte: Autoria Própria. 
Figura 20: Revestimentos com problema. 
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4.4 ARBORIZAÇÃO E PAISAGISMO 
Locais onde a arborização é realizada de uma forma correta, com espécies que não 
prejudiquem as calçadas, acabam tornando as cidades mais bonitas, gerando também ganhos 
sociais e ambientais. No croqui abaixo (Figura 22), foi considerado qualquer tipo de paisagismo 
para o estudo, qualquer árvore no local, arbusto ou canteiro, foi contabilizado como sendo 
arborização. 
A partir do croqui, pode-se perceber que o número de calçadas sem arborização, é muito 
maior que os locais com arborização. As áreas com vegetação ficaram dispostas principalmente 
nas ruas adjacentes, pois é onde se concentram as residências. Nas ruas principais o número de 
calçadas com arborização é praticamente mínimo, por serem lugares comerciais. 
Figura 21A: Barreira por obra; Figura 21B: Barreira por mobiliários urbano; 
Figura 21C: Barreira por vegetação 
Fonte: Autoria Própria. 
A B 
C 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
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A Tabela 5 abaixo, mostra os quantitativos das calçadas com arborização e sem arborização. 
Pode-se perceber que foram 94 das calçadas sem paisagismo, o que representa 70,68% do total 
analisado, estas não possuíam nem canteiros para arborizações futuras. No quadrante 3 onde fica 
localizado a praça central da cidade, nota-se que não tem nem um tipo de vegetação na calçada, 
assim como no quadrante 2, que é uma das principais ruas do município, está por sua vez continha 
apenas uma calçada com vegetação. 
 
Figura 22: Distribuição da arborização. 
Fonte: Autoria Própria. 
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Acessibilidade urbana: levantamento e análise dos passeios públicos na área urbana central de Panambi - RS 
 
 
 
A Figura 23 abaixo, mostra alguns exemplos de paisagismo em perfeitas condições, 
respeitando os 0,70m de faixa de serviço. A espécie mostrada na figura A é uma murta de cheiro 
ou dama da noite, ela é considerada um arbusto ou arvoreta, e as da figura B são coqueiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cidades com um plano de arborização adequado, tornam-nas mais atraentes, diminuem a 
poluição sonora, reduzem as ilhas de calor, também limpam os poluentes atmosféricos. Só que é 
necessário, uma escolha adequada da espécie de árvore a ser plantada, pois elas podem danificarem 
as calçadas. Principalmente pelas suas raízes, onde acabam gerando rachaduras, elevações, buracos 
nos passeios, dificultando assim a passagem de cadeirantes e portadores de necessidades especiais, 
a Figura 24 abaixo, mostra alguns exemplos. 
Por isso é de suma importância que os municípios tenham um plano de arborização, para 
explicarem aos cidadãos o manejo correto, de como plantar, podar, entre outras recomendações 
ARBORIZAÇÃO/PAISAGISMO
Com paisagismo 39 (29,32%)
Sem paisagismo 94 (70,68%)
Fonte: Autoria Própria. 
Tabela 5: Quantitativos a respeito da arborização. 
A B 
Figura 23A: Murta de cheiro; Figura 23B: Coqueiros 
Fonte: Autoria Própria. 
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Daniel Tolotti Rodrigues (daniel.tolotti@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 
2018 
necessárias. Assim como as espécies adequadas a serem plantadas nas calçadas, para que não 
ocasionem obstáculos para os pedestres que transitam no local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.5 INSTRUMENTOS DE ACESSIBILIDADE 
Em relação aos instrumentos de acessibilidade, que são as vagas de estacionamento, 
rebaixamentos das calçadas (rampas de acesso) e a sinalização tátil, neste capitulo encontram os 
resultados analisados sobre os mesmos. 
Figura 24: Arborizações incorretas. 
Fonte: Autoria Própria. 
5 Inadequada
4 Adequada
6 Adequada
18 Adequada
5 Inadequada
TIPOS DE VEGETAÇÃO
Médio porte
Pequeno porte
Médio porte
Pequeno porte
Médio porte
Resedá
Canela 
Coqueiros 
Murta de cheiro
Ipê amarelo
Tabela 6: Espácie de árvores, sua quantidade e características 
Fonte: Autoria Própria. 
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4.5.1 Rebaixamentos de calçadas (rampas de acesso) 
Com o intuito de analisar e quantificar as rampas

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