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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
FINANÇAS 
EMPRESARIAIS
2
Finanças EmprEsariais
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
missÃO
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
VisÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
BiBLiOTECa mULTiViX (Dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Medeiros, Ricardo.
Finanças Empresariais / Ricardo Medeiros. – Serra: Multivix, 2018.
EDiTOriaL
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2018 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
FaCULDaDE CapiXaBa Da sErra • mULTiViX
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
Finanças EmprEsariais
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
Diretor Executivo do Grupo multivix
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
LisTa DE FiGUras
 > FIGURA 1 - Processo Administrativo 14
 > FIGURA 2 - Processo de Investimento 18
 > FIGURA 3 - Sistema Financeiro Nacional 29
6
Finanças EmprEsariais
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
LisTa DE QUaDrOs
 > QUADRO 1 - Opções de investimento 44
 > QUADRO 2 - Retornos dos ativos 45
 > QUADRO 3 - Retorno do investimento em porcentagem 46
 > QUADRO 4 - Retorno do investimento em porcentagem 47
 > QUADRO 5 - Retorno dos ativos 50
 > QUADRO 6 - Retorno esperado 51
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
sUmÁriO
1UNIDADE 1 impOrTÂnCia Da aDminisTraçÃO FinanCEira 141.1 FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 15
1.2 FINANÇAS E DECISÕES DE INVESTIMENTOS 17
1.3 INTEGRAÇÃO COM OS DEMAIS SETORES 20
1.4 GESTÃO FINANCEIRA E SEUS PROBLEMAS 21
2 amBiEnTE OpEraCiOnaL EXTErnO À EmprEsa 26
2.1 MERCADO FINANCEIRO 26
2.1.1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 28
2.2 MERCADO MONETÁRIO 31
2.2.1 POLÍTICA MONETÁRIA 32
2.2.2 INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MONETÁRIA 32
2.3 MERCADO DE CAPITAIS 35
2.3.1 RENDA FIXA 35
2.3.2 RENDA VARIÁVEL 36
COnCLUsÃO 38
3 anÁLisE DE risCO E rETOrnO 42
3.1 RISCO E RETORNO 42
3.1.1 RETORNO 42
3.1.1.1 RETORNO ESPERADO POR DADOS HISTÓRICOS 43
3.1.1.2 RETORNO ESPERADO COM CENÁRIOS 45
3.1.2 RISCO 48
3.1.2.1 RISCO COM DADOS HISTÓRICOS 49
3.1.2.2 RISCO COM CENÁRIOS 50
3.2 ANÁLISE DE RISCO E RETORNO 52
COnCLUsÃO 54
4 aVaLiaçÃO DE TÍTULOs E açÕEs 56
4.1 TÍTULOS DA DÍVIDA 56
4.1.1 AVALIAÇÃO DE TÍTULOS DA DÍVIDA 57
4.1.2 TITULO SOMENTE COM VALOR DE FACE 58
4.1.3 TÍTULO COM VALOR DE FACE E CUPOM 60
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
8
Finanças EmprEsariais
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
4.2 AÇÕES 61
4.2.1 AVALIAÇÃO DE AÇÕES 62
4.2.2 AÇÕES COM TEMPO FINITO 63
4.2.3 AÇÕES NA PERPETUIDADE 64
COnCLUsÃO 65
5 TÉCniCas DE FLUXO DE CaiXa, OrçamEnTO DE 
CapiTaL E TOmaDa DE DECisÃO 68
5.1 FLUXO DE CAIXA 68
5.1.1 ORÇAMENTO DE CAPITAL 69
5.1.2 ESTRUTURAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 70
5.2 TÉCNICAS DE DECISÃO DE INVESTIMENTO 72
5.2.1 PAYBACK 72
5.2.2 PAYBACK EFETIVO 72
5.2.3 PAYBACK DESCONTADO 74
5.2.4 VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) 76
5.3 TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 78
COnCLUsÃO 82
6 DECisÕEs DE FinanCiamEnTO 84
6.1 DECISÕES DE FINANCIAMENTO 84
6.1.1 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (CMPC) 85
6.2 FINANCIAMENTO POR CAPITAL PRÓPRIO 88
6.2.1 LUCROS RETIDOS 88
6.2.2 AÇÕES88
6.2.2.1 POLITICA DE DIVIDENDOS 90
6.3 CAPITAL DE TERCEIROS 92
6.3.1 LEASING 92
6.3.2 TÍTULOS CONVENCIONAIS 93
COnCLUsÃO 94
rEFErÊnCias 95
5UNIDADE
6UNIDADE
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
iCOnOGraFia
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
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Finanças EmprEsariais
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Caro (a) aluno (a), seja bem-vindo (a) a disciplina Finanças Empresariais, na qual você 
será levado a compreender o papel do administrador no contexto econômico-finan-
ceiro. Mas, como as finanças podem ajudar a empresa e a você alcançar os seus obje-
tivos? O objetivo é que você compreenda porquê e como as decisões financeiras são 
tomadas no âmbito gerencial. Já ouviu falar de maximização de riqueza? Conhece o 
conceito de risco e retorno? Compreende por que as pessoas investem dinheiro nas 
empresas ou mesmo nas organizações sem fins lucrativos? Além destas questões, 
você também entenderá o trade off entre risco e retorno, avaliação de títulos e ações 
e avaliação de projetos e decisões de financiamento, que são as etapas necessárias 
para um entendimento sobre finanças empresariais. É importante destacar que o seu 
empenho, dedicação e disciplina são fundamentais para que o seu aprendizado seja 
satisfatório. Você deve seguir adequadamente as orientações propostas, participar 
dos fóruns de discussão e ler os materiais disponibilizados, inclusive os complemen-
tares. Você é responsável pelo seu sucesso! 
AO FINAL DESTA DISCIPLINA, ESPERAMOS QUE VOCÊ:
• Defina o papel da Administração Financeira na Decisões da empresa.
• Explique o mercado financeiro e sua organização.
• Examine o trade off de risco e retorno.
• Analise títulos e ações.
• Empregue técnicas de avalição de investimentos.
• Interprete as decisões de financiamento das empresas.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Explicar o objetivo 
da Administração 
Financeira.
> Descrever como a 
gestão financeira 
pode auxiliar 
na solução de 
problemas.
> Demonstrar a 
relação das finanças 
com a decisão de 
investimentos.
UNIDADE 1
12
Finanças EmprEsariais
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, você aprenderá qual o objetivo da administração financeira e a im-
portância de relacionar as decisões de investimentos com o seu objetivo. Portanto, 
serão apresentados os conceitos da administração financeira e suas funções, os pro-
blemas de decisões empresariais, além de como a gestão financeira de uma empresa 
pode auxiliar nas suas resoluções. 
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
O objetivo de uma empresa é gerar lucro e apresentar o maior retorno possível para 
os seus proprietários, e para isso se tornar realidade é necessário que os investimentos 
sejam bem realizados e os recursos financeiros bem administrados. Portanto, todos 
os setores, funcionários e os gestores trabalham com esse objetivo. Como a adminis-
tração financeira auxilia nesse processo? Ela auxilia na tomada de decisões da em-
presa? Como podemos utilizar os recursos para aumentar o valor da empresa? Para 
responder estas questões é necessário entender o que é administração financeira, 
suas funções, sua importância na decisão de investimento, integração com os demais 
setores e como ela interage com os problemas de gestão das empresas, temas estes 
que serão abordados a seguir.
14
Finanças EmprEsariais
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1 IMPORTÂNCIA DA 
ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA
Administração é uma ciência que estuda os eventos que envolvem a administração 
de empresas e governos, através de técnicas e procedimentos metodológicos com o 
intuito de entender e explicar as melhores técnicas de aumentar a eficiência e eficá-
cia. No entanto, administração financeira, segundo Cherobim, Lemes Jr. e Rigo (2015) 
é a ciência de cuidar do dinheiro e tomar decisões de investimento, financiamento e 
destinação dos resultados.
FIGURA 1 - PROCESSO ADMINISTRATIVO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Podemos verificar na figura 1 que o processo administrativo 
empresarial inclui várias partes, como estratégia, confiança, 
sociedade, entre outras. A Administração Financeira é 
responsável por uma pequena parte desse processo.
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
Para ser mais específico, a administração financeira é encarregada pela maximização 
de valor da empresa através dessas decisões e por consequência maximiza a riqueza 
dos proprietários. As decisões básicas passam por onde alocar o dinheiro, como obter 
o dinheiro e o que fazer com os lucros do negócio.
Pode-se dizer que a Administração Financeira tem uma responsabilidade dupla junto 
a empresa. O setor é responsável pela captação de recursos através de planejamentos 
que revelam as necessidades financeiras para o bom funcionamento da organiza-
ção e pelos investimentos realizados pela empresa, ou seja, a aplicação dos recursos. 
Sempre seguindo recomendações dos gestores.
A administração financeira da empresa controla o planejamento, organização, dire-
ção e controle dos recursos financeiros usados. Seu objetivo principal é maximização 
do valor da empresa, tema que será discutido nos tópicos seguintes.
1.1 FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
As funções básicas da administração financeira são o planejamento e controle finan-
ceiro e a administração de ativos e passivos.
O planejamento financeiro evidencia às necessidades de expansão da empresa e 
identifica desajustes, fornecendo os caminhos para atingir os objetivos da empresa. 
Isso torna possível os ativos serem mais rentáveis e os resultados mais condizentes 
com os negócios da empresa.
As decisões financeiras são tomadas pelas empresas de forma continua, e não em 
um momento único. As atividades de investimento são executadas para dar suporte 
as atividades da empresa, sendo executada de forma permanente e de longo prazo. 
As atividades de financiamento têm o objetivo de suprir a empresa de recursos con-
sumidos ao longo das suas atividades operacionais. 
Já o controle financeiro se dedica a acompanhar e avaliar todo o desempenho fi-
nanceiro da empresa. O controle dos fluxos de caixa, das contas a receber, das contas 
a pagar e aplicações financeiras possibilitam estabelecer padrões de desempenho 
para o seu gerenciamento. Além disso, cabe a administração financeira gerenciar o 
processo de acompanhamento do orçamento operacional da empresa, e observar os 
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Finanças EmprEsariais
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
comprimentos das metas de custos, vendas, despesas e os padrões de desempenhos 
econômicos.
A administração de ativos deve perseguir uma melhor relação entre risco e retorno 
dos investimentos realizados pela empresa e proceder um gerenciamento eficiente 
dos seus valores. Entre os controles do ativo a ser realizado estão a gestão contábil, 
gestão do custo, gestão de crédito e contas a receber, além da situação financeira dosestoques. Essas questões estão relacionadas a administração do capital de giro.
Por último, a administração do passivo se volta para a aquisição de financiamento 
e o gerenciamento de sua composição. Entre suas obrigações com o passivo está a 
definição adequada de sua estrutura em termos de liquidez e risco financeiro.
Todas as contas (obrigações) de uma empresa precisam ser pagas, e os valores 
oriundos para esses pagamentos possuem uma origem, pode ser dinheiro 
de lucro, dinheiro dos proprietários, dinheiro de empréstimos, entre outros, 
mas como podemos saber qual valor aplicar aonde? A administração do 
passivo é responsável justamente por definir como as obrigações da empresa 
serão financiadas, isto é, qual a origem do dinheiro para pagar as contas e 
investimentos, definindo sua estrutura.
A definição da estrutura de pagamento é muito importante, pois a falta de verba para 
honrar os pagamentos coloca em perigo o funcionamento da empresa no curto pra-
zo (liquidez). Enquanto muitos empréstimos dificultam a sobrevivência da empresa 
no longo prazo (risco financeiro).
Leia o artigo “Gestão de ativos e passivos e controle do risco: um estudo aplicado ao 
Banco de Desenvolvimento de Minas gerais S/A”, de Leonardo Lelis Leão, publicado 
na Revista Gestão e Tecnologia da Fundação Pedro Leopoldo, disponível na internet, 
e aprenda um pouco mais sobre a importância da administração do ativo e passivo.
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
Essas funções da administração financeira devem se apresentar de forma bastante 
integrada entre si, ou seja, todas essas atividades são realizadas concomitantes e in-
terdependentes. Enquanto o planejamento financeiro é realizado, esse obtém infor-
mações primordiais do controle financeiro e da administração do ativo e passivo, já 
esse planejamento afeta diretamente a administração das outras atividades.
Desta forma, se estabelece um portfólio de oferta de fundos disponíveis para investi-
mentos e outra de alternativas de aplicação desses valores (ASSAF NETO, 2014). Por-
tanto, a função final do administrador financeiro é conseguir identificar as melhores 
alternativas de investimentos e encontrar a melhor fonte de financiamento para tal. 
Além disso, é necessário o acompanhamento e controle dos investimentos para veri-
ficar a continuação da sua viabilidade.
1.2 FINANÇAS E DECISÕES DE INVESTIMENTOS
Para compreender as decisões de investimento, é necessária uma breve explicação 
sobre a incerteza, que está presente em todo tipo de negócio. Em finanças, a mensu-
ração da incerteza é definida como risco. Quanto mais difícil de prever o futuro, mais 
incerto se torna o retorno esperado dos investimentos. Dois fatores determinam o grau 
de risco de um ativo, a volatilidade dos retornos e a maturidade (ASSAF NETO , 2014).
Por volatilidade podemos entender a medida estatística da possibilidade 
de um ativo subir ou cair, em determinado período de tempo. A forma mais 
comum de medir a volatilidade de um ativo é através da variância e do desvio 
padrão da rentabilidade histórica. A maturidade está associada ao tempo 
necessário para o investimento resultar em retorno, pode-se calcular em 
meses, anos, afetando diretamente o nível de incerteza das previsões.
Toda decisão financeira tem como base a relação entre risco e retorno. Como os in-
vestimentos não oferecem certeza em relação aos seus resultados futuros, os resulta-
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Finanças EmprEsariais
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
dos podem ser maiores, menores ou iguais ao projetado. Quanto maior o risco refe-
rente ao investimento, maior será o retorno exigido para atrair capital, pois existe uma 
probabilidade maior desse retorno não ocorrer como o projetado.
FIGURA 2 - PROCESSO DE INVESTIMENTO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
O processo de investimento (investment process) que é descrito na figura 2, é 
definido em cinco etapas:
• Client goals: objetivos do investimento.
• Risk profile: perfil de risco do investidor.
• Asset allocation: alocação de recursos.
• Investment strategy: estratégia de investimento.
• Regular review: revisão regular.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
Portanto, o investimento é um processo contínuo que precisa ser revisto constante-
mente. É importante que se adeque ao perfil e objetivos do investidor para uma boa 
alocação dos recursos.
Toda decisão de investimento passa por uma avaliação de risco e retorno. Quando 
estamos falando em empresas, essa situação se torna um pouco mais complexa, pois 
elas possuem vários investimentos.
Os investimentos corporativos podem se financeiros ou reais. Os investimentos finan-
ceiros são aqueles que não estão diretamente ligados à produção ou bens, enquanto 
os investimentos reais se relacionam de forma direta com bens, como imóveis, fábri-
cas ou produção.
Por essa complexidade, ao tomar decisões sobre investimentos empresariais, não po-
demos considerar somente a sua viabilidade econômica, e sim todas as questões que 
podem ser afetadas por essa decisão, como a qualidade do produto e o desenvolvi-
mento do mercado.
Na tomada de decisão em investimentos, é necessário ter o conhecimento sobre 
o custo de oportunidade, impacto sobre o orçamento da empresa, necessidade de 
espaço, maturidade do projeto, disponibilidade de capital, opção de financiamento, 
entre outros. Como se pode concluir, não é um processo de verificar somente se o 
projeto é viável financeiramente.
O valor de uma empresa é determinado pela capacidade de 
gerar lucros futuros para seus proprietários, e não quanto foi 
investido na empresa. Portanto, o investimento constante em 
novos projetos é extremamente importante para a continuidade 
de qualquer empresa.
Assim sendo, o administrador financeiro só está realizando um bom trabalho em 
maximizar o valor da empresa se continuamente estiver realizando boas decisões 
sobre os investimentos e tiver um planejamento bem determinado com metas claras 
e objetivas.
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Finanças EmprEsariais
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1.3 INTEGRAÇÃO COM OS DEMAIS SETORES
É importante ressaltar que para atingir o objetivo de maximizar o valor da empresa, 
o administrador financeiro não pode atuar sozinho. É necessário que exista uma in-
teração entre todos os setores da empresa, pois sem isso, o planejamento não será 
eficaz e as metas propostas não refletirão o real estágio no qual a empresa está no 
momento.
Desta forma, a administração financeira precisa se relacionar com todos os setores 
existente na empresa. Principalmente porque o dinheiro é necessário em todos os 
setores, e como visto no início da unidade, essa é uma responsabilidade do setor fi-
nanceiro.
As finanças se relacionam com o marketing através das definições dos valores que 
serão gastos em propaganda, da definição dos preços dos produtos, quais são as con-
tribuições de cada produto para a empresa.
O relacionamento com a produção se dá pelo acompanhamento dos custos para 
a produção, investimento em equipamentos, desenvolvimento de novos produtos e 
até implementação de novas fábricas.
A contratação e demissão de funcionários é responsabilidade dos recursos huma-
nos, assim como a definição do plano de remunerações, promoções e treinamentos 
dos funcionários. Todas essas atividades dependem de recursos, por isso a integração 
com o planejamento financeiro é indispensável.
A logística também depende de uma boa sincronia com o setor financeiro. As deci-
sões de como será a entrega é dependente da disponibilidade financeira da empre-
sa, ela pode ser terceirizada, frota própria,ou até ser paga pelo cliente. Todos esses 
fatores são decisões que necessitam de uma relação com o dinheiro.
Como visto, a interação do setor financeiro com os demais setores ocorre de diversas 
maneiras. Pode ser uma simples decisão de comprar um novo equipamento que au-
menta a produção ou uma decisão mais complexa como a definição de como será 
realizada a distribuição da produção.
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SUMÁRIO
Toda empresa, independentemente do porte, tem quatro áreas 
internas: finanças, marketing, processos e pessoas. É importante 
que se observe, constantemente, como estão seus pontos fortes 
e pontos fracos em cada uma destas áreas. Isto “protege” a 
empresa de possíveis dificuldades financeiras decorrentes das 
constantes mudanças no contexto econômico e no mercado 
como um todo.
1.4 GESTÃO FINANCEIRA E SEUS PROBLEMAS
Como visto, a gestão financeira necessita de um planejamento e controle, além da 
administração dos seus passivos e ativos. A falta desses processos, ou sua descontinui-
dade acarretam em problemas para toda a organização.
Não analisar corretamente o desempenho da empresa é um dos principais proble-
mas financeiros em uma empresa. Manter registradas todas as informações de en-
trada e saída de caixa, estoques e financiamentos são indispensáveis para uma boa 
administração financeira.
No entanto, não é suficiente somente realizar o controle, é necessário fazer uma aná-
lise criteriosa e contínua de todas as informações disponíveis. É preciso levar em con-
sideração os custos, despesas, investimentos, vendas e impostos para identificar a real 
situação da empresa e realizar o seu acompanhamento e não somente considerar a 
diferença entre receitas e despesas.
Outra importante tarefa é controlar os prazos de vencimentos, tanto para contas a 
receber, como para contas a pagar. O ideal seria conciliar os prazos de recebimentos 
dos clientes com os pagamentos dos fornecedores, com essa medida a necessidade 
de capital de giro será reduzida. Já que nem sempre é possível realizar essa sincroni-
zação, a disponibilidade dessas informações reduz o custo da captação de recursos.
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Capital de giro significa capital de trabalho, ou seja, o capital 
necessário para financiar a continuidade das operações da 
empresa, como recursos para financiamento aos clientes (nas 
vendas a prazo), recursos para manter estoques e recursos para 
pagamento aos fornecedores (compras de matéria-prima ou 
mercadorias de revenda), pagamento de impostos, salários e demais custos e 
despesas operacionais.
Um erro muito recorrente, principalmente nas micro e pequenas empresas, é con-
fundir as contas pessoais com as contas empresariais. Com essa atitude, além de 
onerar o fluxo de caixa da empresa, se perde noção de qual a sua real situação, já que 
não é possível identificar o que foi despesa corporativa e despesa pessoal.
Se o proprietário da empresa também trabalha, é importante determinar um pró-la-
bore no qual ele será remunerado pelo tempo despendido na administração da em-
presa. Isso difere do recebimento de lucros, já que o lucro é o resultado da operação 
da empresa, e o pró-labore é a remuneração do trabalho.
A principal causa da mortalidade de pequenas e medias empresas não é a 
falta de recursos para a continuidade das suas atividades, e sim as decisões 
estratégicas e controles financeiros.
Para entender melhor as causas que levam uma micro e pequena empresa a fecha-
rem as portas, leia o artigo: “Análise quantitativa sobre a mortalidade precoce de 
micro e pequenas empresas da cidade de São Paulo”, de Luis Fernando Filardi et al, 
publicado na Revista Gestão e Produção, disponível na internet.
O conhecimento sobre a administração financeira reduz a possibilidade da empre-
sa incorrer nesses erros, acarretando um menor risco por problemas relacionados a 
gestão.
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Definir o mercado 
financeiro e sua 
importância para a 
economia.
> Esquematizar o 
Sistema Financeiro 
Nacional.
> Descrever a Política 
Monetária e seus 
instrumentos de 
controle.
> Explicar o mercado 
de capitais e renda 
fixa e variáve
UNIDADE 2
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APRESENTAÇÃO DA UNIDADE
Iremos estudar nesta unidade o ambiente financeiro externo à empresa, que pode-
mos chamar de mercado financeiro. Ele é responsável pela intermediação financeira 
dos agentes deficitários e superavitários, além de possuir uma estrutura que regula-
menta e supervisiona essas transações. Por fim, você compreenderá como funciona o 
mercado de capitais e quais são os seus principais títulos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Você imaginou como os bancos conseguem o dinheiro que oferece para emprésti-
mo? Porque eles pagam juros quando colocamos dinheiro na poupança? E quem é 
o responsável por garantir que o seu dinheiro esteja seguro no banco? Nessa unida-
de vamos conseguir entender melhor essas situações. Para isso é necessário que, na 
sociedade, existam pessoas que consigam poupar e sempre possuam dinheiro extra 
para realizar suas atividades e até investimentos. Na outra ponta, existem as pessoas 
que necessitam, ou querem, comprar bens ou realizar investimentos em negócios e 
não possuem dinheiro suficiente para isso. O mercado financeiro tem como objeti-
vo conseguir unir esses dois tipos de pessoas, um que necessita e outro que possui 
dinheiro, para isso existe toda uma estrutura que oferece apoio e liquidez para essa 
atividade de intermediação.
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2 AMBIENTE OPERACIONAL 
EXTERNO À EMPRESA 
2.1 MERCADO FINANCEIRO
O mercado financeiro é o conjunto das movimentações financeiras existentes, ele é 
formado para englobar todos os agentes de forma a serem regulados e fiscalizados 
na prestação dos seus serviços.
Na sociedade há participantes que são deficitários de recursos, ou seja, pessoas ou 
empresas que necessitam de recursos para viabilizarem as suas atividades e realiza-
rem investimentos. De forma oposta a essa, existem os participantes superavitários, 
pessoas e negócios que possuem excesso de recursos financeiros e que procuram 
boas alternativas de investimentos.
As empresas se tornam deficitárias por diversos motivos, entre eles estão as diferen-
ças entre os prazos de recebimentos dos clientes e os prazos de pagamentos aos 
fornecedores, que cria a necessidade de capital de giro para a empresa financiar as 
suas atividades, e oportunidades de investimentos que superam a capacidade de 
financiamento interno da empresa.
Enquanto as empresas superavitárias têm essa situação por geração de lucros supe-
riores aos investimentos, venda de ativos da empresa, e como política de administra-
ção de caixa, e outras formas de geração de recursos.
Já as pessoas podem necessitar recursos para realizarem compras no dia a dia, adqui-
rir bens e serviços, e de bens duráveis de maiores valores, se enquadrando também 
como agentes deficitários. As pessoas superavitárias procuram boas alternativas de 
investimentos com o objetivo de garantir recursos para uma necessidade especial, ou 
possuir recursos extras para uma velhice mais tranquila. Esse recurso extrapode ser 
proveniente de poupança prévia, venda de bens, ou valores diversos economizados 
ao longo do tempo.
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SUMÁRIO
Imagine a situação em que você necessita de dinheiro para 
comprar um carro, mas não dispõe de todo o montante de uma 
só vez. Você pode procurar o restante do valor com alguém que 
possui dinheiro guardado e lhe emprestaria esse valor para um 
pagamento futuro, só que é um processo demorado e que não 
garante que você consiga o valor. O mercado financeiro realiza justamente essa 
“procura” das pessoas com excesso de recurso com as com falta de recurso, 
através da intermediação financeira.
Segundo Cherobim, Lemes Jr. e Rigo (2015), os agentes poderiam trocar os recursos 
diretamente entre si, sem a interferência de um intermediário. Mas devido à comple-
xidade dos prazos, valores, custos, taxas de juros e a administração do risco, acaba por 
exigir uma estrutura mais complexa para viabilizar esse fluxo de recursos. Além disso, 
o processo dos participantes deficitários para encontrar os superavitários se tornaria 
mais extenuante.
O mercado financeiro permite conciliar os interesses de vários agentes econômicos, 
sejam eles empresas, pessoas ou até mesmo o próprio governo, como aponta As-
saf Neto (2014). Uma grande importância desse mercado é permitir que os diversos 
agentes econômicos atuem de forma não sincronizada, ou seja, os recebimentos e 
pagamentos não ocorrem com os mesmos prazos. Os agentes necessitam tomar re-
cursos para atenderem suas expectativas de consumo e investimento, enquanto ou-
tros agentes possuem capital disponível para emprestar.
Portanto, o objetivo do mercado financeiro é conseguir unir os agentes deficitários, 
com os agentes superavitários, através de uma intermediação financeira para que as 
transações sejam realizadas e todos os agentes da sociedade consigam alcançar seus 
planos. Para isso é necessário a organização do sistema financeiro, que será apresen-
tado no tópico seguinte.
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2.1.1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) tem o intuito de regulamentar, organizar e su-
pervisionar todos os intermediários financeiros que atuam no território nacional. Hoji 
(2012) afirma que o SFN é formado por instituições que têm como finalidade inter-
mediar o fluxo de recursos entre os poupadores, investidores e tomadores de recur-
sos.
Os órgãos normativos do SFN são responsáveis por determinar as regras gerais para o 
bom funcionamento do sistema. Existem três conselhos, como pode ser visualizado 
na figura 1, que são responsáveis por essas regras, são eles:
• Conselho Monetário Nacional (CMN).
• Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
• Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
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SUMÁRIO
FIGURA 3 - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Ó
rg
ão
s 
N
o
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at
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s
Conselho Monetário 
Nacional (CMN)
Conselho Nacional 
de Seguros Privados 
(CNSP)
Conselho Nacional 
de Previdência 
Complementar 
(CNPC)
S
u
p
er
vi
so
re
s
Banco Central 
do Brasil (BCB)
Comissão 
de Valores 
Mobiliários 
(CVM)
Superintendência 
de Seguros 
Privados (Susep)
Superintendência 
Nacional de 
Previdência 
Complementar 
(Previc)
O
p
er
ad
o
re
s
Bancos e Caixas 
Econômicas
Cooperativas 
de Crédito
Administradoras de 
Consórcios
Corretoras e 
Distribuidoras
Demais Instituições 
nao Bancárias
Bolsa de 
Valores
Seguradoras e 
Reseguradoras
Entidades 
Fechadas de 
Previdência 
Complementar 
(fundos de pensão)
Bolsa de 
Mercadoria e 
Futuros
Entidades 
abertas de 
Previdência
Sociedades 
de 
Capitalização
Fonte: ADAPTADO DO BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2018.
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O CMN é o órgão responsável por formular a política da moeda e do crédito, tendo 
como objetivo a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do 
país.
O CNSP está encarregado por fixar as diretrizes e normas da política de seguros pri-
vados, fixando as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada 
aberta, capitalização e resseguro. É responsável também por estabelecer os critérios 
de constituição das sociedades seguradoras, de capitalização, entidades de previdên-
cia privada aberta e resseguradores.
O último dos órgãos reguladores é o CNPC, que tem a função de regular o regime 
de previdência complementar operado pelas entidades fechadas, ou seja, regula os 
fundos de pensão que atuam em todo o território nacional.
As entidades supervisoras do SFN trabalham para que os indivíduos e os integrantes 
do sistema cumpram as regras previamente definidas pelos órgãos normativos. As 
entidades supervisoras são: 
• Banco Central do Brasil (BCB). 
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
• Superintendência de Seguros Privados (Susep). 
• Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
Dentre as entidades supervisoras, pode-se destacar o BCB e a CVM. O primeiro con-
trola a inflação, regula a quantidade de moeda na economia, para permitir a estabi-
lidade dos preços, regula e supervisiona as instituições financeiras, além de executar 
as orientações do CMN.
A segunda tem o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mer-
cado de valores mobiliários do Brasil. É o órgão responsável pela integridade e pelo 
desenvolvimento do mercado de capitais, promovendo o equilíbrio entre os agentes 
e protegendo os investidores.
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SUMÁRIO
Os operadores do SFN são os bancos e caixas econômicas, 
cooperativas de crédito, administradores de consórcios, corretoras 
e distribuidoras e outras instituições financeiras não bancárias. 
Embora as instituições de pagamento não componham o SFN, 
elas são reguladas e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil.
Já os operadores do SFN são as instituições que possuem um contato direto com o 
público em geral. São as entidades que de fato realizam a intermediação financeira 
do SFN e do mercado financeiro.
Portanto, o sistema financeiro está conectado aos fluxos de recursos financeiros, per-
mitindo a pulverização do risco entre todos os participantes da economia. A divisão 
do risco entre vários agentes, e o controle dos órgãos supervisores seguindo as regras 
estabelecidas pelos órgãos normativos permitem transações mais seguras tanto para 
o investidor como para o tomador de recursos.
Mas como o SFN pode regular esse fluxo de dinheiro, já que ele não atua no mercado 
de forma direta? Como podemos evitar que falte dinheiro no mercado para pessoas 
que necessitam de recursos? Esses acontecimentos ocorrem no mercado monetário, 
que é responsável pelo controle da quantidade de dinheiro existente no sistema.
2.2 MERCADO MONETÁRIO
O mercado monetário é responsável pelo dinheiro, que é executado pelo Governo 
Federal, com o objetivo de manter a fluidez dos pagamentos e recebimentos diários, 
garantindo a liquidez de todo o sistema financeiro. É um mercado de curtíssimo pra-
zo, tendo trocas diárias de recursos.
O dinheiro, como qualquer outro produto no mercado, obedece a lei da oferta e da 
procura. Entretanto, devido ao seu papel primordial para toda a economia nacional, 
o Governo utiliza de meios para promover previsibilidade e relevância da moeda ao 
longo do tempo. O conjunto de instrumentos utilizados denominamos Política Mo-
netária.32
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2.2.1 POLÍTICA MONETÁRIA
O principal reflexo da moeda possuir o mesmo tratamento de um produto, além da 
necessidade de fluidez, é a questão inflacionária. Neste sentido, o excesso ou baixa 
disponibilidade de moeda no mercado pode acarretar uma maior inflação ou uma 
deflação, respectivamente.
Na possibilidade de existir uma grande oferta de moeda no sistema, os preços serão 
pressionados para cima, pois irá existir uma maior demanda por produtos. No caso 
oposto, se existe pouca oferta de moeda no sistema os preços serão pressionados 
para baixo, já que existirá poucos recursos para a compra de produtos e serviços. O 
objetivo da Política Monetária é justamente controlar esse excesso e falta de moeda 
no sistema.
Os instrumentos que a Política Monetária utiliza para alcançar o seu objetivo são: ven-
da e compra de títulos públicos, aumento ou redução dos depósitos compulsórios, 
redesconto bancário e a variação da taxa básica de juros.
2.2.2 INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MONETÁRIA
A venda ou compra dos títulos públicos é capaz de ajustar a disponibilidade de moe-
da no sistema financeiro pois reduz ou aumenta a oferta de dinheiro para o mercado. 
Em caso de uma política em que o Governo necessite retirar moeda de circulação, 
ele efetua a venda de títulos públicos, tendo como consequência o menor poder de 
compra, reduzindo a pressão sobre a inflação de demanda.
Em caso contrário, quando o Governo deseja aumentar a disponibilidade de moeda, 
é realizado a compra dos títulos que estão no mercado, injetando recursos no merca-
do, possibilitando o aumento do poder de compra da população.
Os depósitos compulsórios são os valores que os bancos são obrigados a repassar 
ao Banco Central do Brasil, através do depósito, dos recursos captados. O aumento 
dos depósitos compulsórios retira do sistema moeda que poderia ser utilizado para 
empréstimos, e que ficariam disponíveis para a população, reduzindo a circulação de 
moeda impactando o poder de compra do mercado.
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SUMÁRIO
Já a redução do valor do compulsório, aumenta a disponibilidade de financiamentos 
e empréstimos disponíveis a sociedade, aumentando o seu poder de compra, e aju-
dando na movimentação da economia de uma maneira geral.
Outra opção para regular a quantidade de moeda no mercado é o redesconto bancá-
rio, que consiste na ajuda do Governo através de empréstimos dos recursos do Banco 
Central do Brasil as instituições financeiras. O maior rigor nesse serviço limita a quan-
tidade de dinheiro, aumentando a movimentação da economia, a flexibilização das 
regras, permite uma maior quantidade de moeda em circulação, incrementando os 
recursos para compra de bens.
Por último, a variação da taxa básica de juros (Selic) é um instrumento que eleva ou 
reduz o custo de crédito no país, já que é a taxa básica de juros paga nos títulos públi-
cos brasileiros. Se a Selic aumenta, a taxa de juros no mercado também tende a sofrer 
um aumento, enquanto uma redução na Selic possui um efeito contrário nas taxas 
de juros. Essa variação restringe ou facilita o acesso ao crédito por meio dos agentes 
financeiros a sociedade.
É importante compreender que todos esses ajustes são realizados 
diariamente, possuindo efeito em um curto prazo de tempo. A 
exceção desse efeito é a variação da taxa Selic, que não possui 
um efeito imediato, embora afete o curto prazo, pois essa taxa é 
utilizada como base de remuneração de alguns títulos públicos 
negociados pelo Governo.
Verificamos como o Governo é capaz de utilizar os instrumentos da Política Monetá-
ria para regular o mercado monetário brasileiro. Seus vários instrumentos permitem a 
redução ou o aumento da circulação da moeda no sistema financeiro, para conseguir 
atingir os objetivos traçados pelo Governo Federal.
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Se o Governo está precisando baixar a inflação corrente no país, 
a atuação pelos instrumentos da política monetária ocorre da 
seguinte forma:
• Ao ofertar títulos públicos no mercado, você, ao invés de 
comprar algo, poderá comprar esse título, reduzindo a quantidade 
de dinheiro no mercado e assim reduzindo a demanda por produtos.
• Quando o Governo aumenta o depósito do compulsório, o dinheiro que 
você deposita no banco, ao invés do banco emprestar esse recurso para outra 
pessoa, ele é obrigado a deixar uma parte maior com o Banco Central. Dessa 
forma, existem menos recursos para os bancos colocarem à disposição para 
compras e assim reduzir a demanda por produtos.
• Ao aumentar o rigor do redesconto bancário, os bancos, ao necessitarem de 
recursos, pagam mais caro para conseguir esse recurso do Governo. Com esse 
custo elevado, a instituição financeira tem acesso a menos volume de dinheiro, 
a um custo mais alto, repassando esse custo para o seu cliente. Assim sendo, 
você terá que pagar mais caro por um empréstimo e muitas vezes esse recurso 
lhe será negado, com menos dinheiro à disposição, as pessoas podem comprar 
menos e os preços não sobem.
• O aumento da taxa básica de juros afeta diretamente a taxa de juros que os 
bancos cobram pelos empréstimos. Se o Governo está oferecendo pagar uma 
taxa de 10% ao ano pelo seu dinheiro, você e o banco preferem emprestar a ele, 
do que emprestar a outra instituição com risco maior. Para ser mais claro, se o 
governo oferece uma taxa, para emprestar dinheiro para o mercado, os bancos 
irão cobrar taxas mais elevadas, aumentando o custo do dinheiro e limitando a 
sua circulação.
Todas essas intervenções reduzem a disponibilidade de dinheiro no mercado, 
reduzindo a procura por produtos e, por consequência, controlando a inflação.
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SUMÁRIO
2.3 MERCADO DE CAPITAIS
Enquanto o mercado monetário é de curtíssimo prazo, no mercado de capitais são 
negociados os títulos e recursos de médio e longo prazos. O principal objetivo dos 
recursos transacionados nesse mercado é o financiamento de produção. Podemos 
caracterizar o financiamento da produção como a abertura de uma nova fábrica, 
uma nova loja, um equipamento para aumentar a produção, investimento em novos 
produtos, entre outros. Todas essas ações necessitam de recursos, que podem ser 
obtidas no mercado de capitais.
No mercado de capitais, os títulos podem ser negociados entre a empresa emissora 
do título e terceiros, nesse caso a empresa emissora do título recebe o recurso de sua 
negociação. Quando isso ocorre, denominamos essa negociação de mercado primá-
rio. A negociação também pode ocorrer no mercado secundário.
O mercado secundário, a transação acontece entre terceiros, não tendo o envolvi-
mento direto da empresa que emitiu o título, isto é, no mercado secundário a em-
presa que emitiu o título não recebe nenhum valor referente à essa transação, muito 
embora ela continue obrigada a cumprir os temos desse título.
Os produtos e contratos financeiros negociados nesse mercado podem ser classifica-
dos em renda fixa ou renda variável.
2.3.1 RENDA FIXA
Segundo Cherobim, Lemes Jr. e Rigo (2015), “a renda fixa se caracteriza por estabele-
cer em contrato o prazo de vencimento, taxa de juros combinada (pré ou pós-fixada), 
e garantias, e o rendimento da operação é conhecido previamente”.
Portanto, todos os produtos financeiros e contratos negociados que estabelecem 
essas características citadas anteriormente são consideradas de renda fixa, inclusive 
aqueles títulos que a rentabilidade é pós-fixada. Importante entender que esses tí-tulos necessitam haver um parâmetro de remuneração, como por exemplo o IPCA 
(Índice de Preço ao Consumidor), ou a CDI, sendo comum também a remuneração 
de uma taxa de juros acrescida da variação de algum indicador especifico.
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Vamos considerar que um título remunera o IPCA do período 
mais 4%. Muito embora o valor da remuneração real não seja 
conhecido no momento do investimento, é considerado uma 
renda fixa pois sabe-se que obrigatoriamente a rentabilidade 
desse investimento será obtida pela soma do IPCA com os 4%.
2.3.2 RENDA VARIÁVEL
Cherobim, Lemes Jr. e Rigo (2015) afirma que “os produtos de renda variável caracte-
rizam-se pela alta volatilidade do ganho. Não há prazo de vencimento, taxas de juros 
ou garantias previamente estabelecidos”.
Ao contrário da renda fixa, a renda variável não traz garantias de remuneração e nem 
de vencimento. A remuneração se realiza somente com a sua valorização ou, em al-
guns casos, os títulos de renda variável oferecerem direito a receber parte dos lucros 
da empresa, sendo outra forma de remuneração. Já o vencimento ocorre somente 
quando o título é vendido, não existe uma data de vencimento preestabelecido na 
sua negociação.
O principal produto da renda variável são as Ações. A ação é uma parte de tamanho 
determinado de uma empresa, sendo essa empresa obrigatoriamente constituída na 
forma de Sociedade por ação, ou seja, quando uma empresa é uma Sociedade por 
Ação é como se todos os bens e direitos da empresa fossem divididas em milhares de 
partes, sendo uma parte chamada de ação, todas as partes juntas formam a empresa. 
Desta forma, ao adquirir uma ação, a pessoa se torna sócia proprietária de uma parte 
da empresa.
Quando se compra uma parte da empresa, o lucro ou prejuízo do seu investimento 
está diretamente atrelado ao desempenho dela, no caso da empresa obter lucros e 
melhorar seu desempenho no mercado, as ações serão valorizadas e possivelmente 
serão distribuídos dividendos, dessa forma se ganha dinheiro.
No caso contrário, quando a empresa obtém prejuízo, ou até não consegue o lucro 
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SUMÁRIO
esperado, é provável que o preço das ações diminua, e nessa situação, pode aconte-
cer de não se distribuir dividendo, reduzindo a remuneração que o investidor poderia 
ter. Nessa situação, existe a possibilidade do investimento causar prejuízo.
Existem dois tipos de ações, as ordinárias e as preferenciais. As ações ordinárias têm 
como característica principal o direito a voto nas assembleias, com participação pro-
porcional às ações em posse do investidor.
De forma diferente, as ações preferenciais não dão direito a voto nas assembleias, 
mas como compensação, têm preferência no recebimento de dividendos, tornando 
esse papel com características de títulos de dívida, pois existe uma obrigação da em-
presa pagar dividendos.
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CONCLUSÃO
Podemos aprender nessa unidade o que é o mercado financeiro e sua importância 
na estrutura da intermediação financeira, conseguindo conectar os agentes deficitá-
rios aos superavitários. De forma complementar, entendemos a importância da sua 
regulamentação para dar segurança nas transações, além de facilitar o acesso e diver-
sificar o risco entre os agentes.
Conhecemos a estrutura do Sistema Financeiro Nacional, e como se dá a sua estrutu-
ra de definição de regras e supervisão das atividades desenvolvidas pelos operadores.
Foi possível compreender o mercado monetário e a sua importância na regulação 
da economia, já que a moeda, também um produto, obedece a lei da oferta e da 
procura. Para evitar uma grande variação da moeda e fornecer previsibilidade para a 
economia, é de extrema importância uma boa Política Monetária. Aprendemos tam-
bém que os instrumentos utilizados para realizar esse controle são a negociação dos 
títulos públicos, depósitos do compulsórios, redesconto bancário, e alteração da taxa 
básica de juros (Selic).
Por fim, estudamos o que é o mercado de capitais. Identificamos a existência do 
mercado primário e secundário, e da divisão dos títulos negociados em renda fixa e 
variável, com suas respectivas características, conseguindo destacar a principal dife-
rença de previsibilidade entre o primeiro e o segundo tipo de títulos.
Dessa maneira é possível caracterizar o ambiente financeiro externo à empresa, con-
seguindo identificar sua importância para manter a estabilidade de toda a economia 
e das próprias empresas.
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OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Entender o que é risco e retorno.
> Calcular o retorno de um 
investimento.
> Pretejar o retorno esperado 
em casos de dados históricos e 
casos com cenários.
> Conceituar e mensurar risco.
> Entender o cálculo do risco com 
dados históricos e com cenários.
> Analisar o risco e retorno das 
empresas por meio do índice de 
Sharpe.
UNIDADE 3
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APRESENTAÇÃO DA UNIDADE
Estudaremos nesta unidade como quantificar o risco e o retorno de investimentos, 
aprendendo quais são as características e fatores que influenciam nos seus resulta-
dos. Além disso, compreenderemos como a análise do risco e retorno pode ser feita 
de forma conjunta, para tomar uma decisão de investimento que apresente uma 
melhor relação entre o retorno e o risco do investimento.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
O risco e o retorno são o ponto de partida de qualquer análise de investimento, seja 
ele um investimento operacional, seja financeiro. Portanto é primordial conseguir 
compreender e conseguir mensurar o risco e retorno de um investimento, conseguin-
do compreender seus fatores e características. Por último, além de conseguir calcular 
o risco e o retorno de forma independente, é de extrema importância conseguir fazer 
uma análise em conjunto destes.
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3 ANÁLISE DE RISCO E 
RETORNO
3.1 RISCO E RETORNO
Em toda decisão financeira, existe o fator da incerteza, ou seja, nenhuma decisão 
tomada é em um ambiente de total certeza. Existem elementos que não se podem 
controlar nem mensurar. A incerteza deve ser considerada como um dos aspectos 
dos estudos de finanças corporativas.
Em finanças, a incerteza é identificada como um risco, pois dificulta na previsibilida-
de dos rendimentos que poderão ser obtidos. A imprevisibilidade dos rendimentos 
resulta em um risco maior para os investidores e para a empresa. Com o risco maior, 
os investidores cobram maior rendimento.
Nessa perspectiva, uma análise entre risco e retorno ocorre de forma integrada. Pode-
mos identificar duas situações dessa relação. A primeira é que há uma recompensa 
pelo risco, e a segunda é que quanto maior a recompensa de um investimento, maior 
será o seu risco.
Os investimentos podem ser classificados em investimentos financeiros e investimen-
tos operacionais. O investimento financeiro é a aplicação de recursos em ativos de 
natureza financeira, já o investimento operacional é a aplicação de recursos em ativos 
e produtos que geram receita. Ambos ostipos de investimento seguem o entendi-
mento na análise de risco e retorno.
3.1.1 RETORNO
Precisamos primeiramente entender o que pode ser considerado retorno. Aqui foca-
remos no retorno dos investimentos financeiros. Mas esse conceito pode ser aplicado 
também à análise dos investimentos operacionais, mudando apenas os valores e ca-
racterísticas dos investimentos.
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SUMÁRIO
Quando é realizada a compra de um título, o valor desse ativo, ao longo do tempo, 
pode subir, superando o valor ao qual foi comprado, ou pode descer, sendo menor do 
que o valor de compra. A quantificação desse ganho ou perda de valor é identificada 
como retorno sobre o investimento.
Para conseguir calcular o retorno de um ativo, existem algumas alternativas. Apren-
deremos a encontrar o retorno esperado de um ativo considerando o seu histórico de 
retornos e utilizando vários cenários de um mesmo ativo para uma perspectiva futura.
3.1.1.1 RETORNO ESPERADO POR DADOS HISTÓRICOS
Todos nós procuramos investimentos que possam oferecer o maior retorno possível, 
mas como podemos calcular esse retorno? A primeira alternativa aqui apresentada é 
levar em consideração os dados históricos do ativo e considerar que o retorno espera-
do para esse ativo é a média dos seus retornos.
Para definir o perfil do investidor, é necessário avaliar uma série 
de características, como o nível de risco que ele aceita tomar, a 
renda que deseja alcançar e as despesas familiares. Existem três 
tipos de pessoas diferentes em relação aos investimentos.
Conservador: o investidor conservador é aquele que tem maior 
aversão à tomada de riscos em relação às finanças. Sendo assim, ele evita os 
investimentos arriscados e costuma poupar grande parte de seu dinheiro.
moderado: apesar de estar propenso a mudar quando necessário, o moderado 
costuma levar um tempo para aceitar o processo e realmente fazer as 
diversificações. Ele prefere fazer tudo de forma planejada e sem cometer 
nenhum excesso.
arrojado: é aquele que costuma tomar mais riscos, investindo, por exemplo, em 
produtos de renda variável, como fundos imobiliários e moedas estrangeiras. 
Esses investimentos requerem muita técnica e disponibilidade. 
Fonte: ECONOMIA - IG. Saiba o que é perfil de investidor e descubra qual é o seu. Disponível em: <http://economia.ig.com.
br/2016-08-17/perfil-investidor.html>. Acesso em: 29 Jul. 2018.
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Imagine que temos a seguinte situação: você possui a opção de investir nestes dois 
ativos, qual seria a melhor opção de investimento levando em consideração o retorno 
esperado?
QUADRO 1 - OPÇÕES DE INVESTIMENTO
Ano
Título A Título B
Valor ($) Valor ($)
2013 30,00 45,00
2014 32,00 42,00
2015 35,00 40,00
2016 33,00 44,00
2017 37,00 47,00
2018 34,00 50,00
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
A primeira coisa a se fazer aqui é calcular o retorno de cada ano. Para isso, utilizamos 
a seguinte equação:
R A A
A
xt t t
t
=
−




−
−
1
1
100
Em que: Rt = Retorno do ativo no período t.
 At = Valor do ativo no período t.
 At-1 = Valor do ativo no período t-1.
Após encontrar o retorno de cada ano, podemos calcular o retorno esperado para 
cada ativo considerando que o seu histórico de retornos é uma boa aproximação para 
os retornos futuros. Utiliza-se a seguinte equação:
R
R
nE
t
( ) =
∑
Em que: R(E) = Retorno esperado do ativo.
n = Número de períodos de retornos.
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SUMÁRIO
Nesse caso especifico, temos os seguintes retornos:
QUADRO 2 - RETORNOS DOS ATIVOS
Ano
Retornos dos ativos (%)
Ativo A Ativo B
2014
32 30
30
100 6 67−




 =x
42 45
42
100 7 14−




 = −x
2015 9,37 -4,76
2016 -5,71 10,00
2017 12,12 6,81
2018 -8,11 6,38
Retorno esperado 2,87 2,26
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Feitos todos os cálculos, encontramos que o retorno esperado do ativo A é 2,87%, en-
quanto o do ativo B é 2,26%. Levando em consideração somente o retorno esperado 
e o fato de os dados históricos serem uma boa aproximação para o futuro, o retorno 
esperado do ativo A é superior ao do ativo B. Sendo assim, o ativo A é a escolha racio-
nal para um investidor, já que sempre buscamos o maior retorno possível.
3.1.1.2 RETORNO ESPERADO COM CENÁRIOS
Quando estamos tentando prever o futuro para determinar os retornos de um investi-
mento, nos deparamos com inúmeras variáveis que não podem ser controladas nem 
previstas pela empresa. Nessa situação, trabalhamos com a formação de cenários 
previstos.
Como podemos identificar qual o cenário será o real? Na verdade, não podemos de-
terminar qual é o cenário vai ocorrer, mas podemos determinar a suas probabilida-
des de acordo com suas características e das situações do sistema.
Então a chave para conseguir encontrar o retorno esperado considerando vários ce-
nários são as probabilidades de esses cenários se realizarem. Por isso que a forma de 
calcular o retorno esperado sofre uma pequena alteração, já que os resultados não 
possuem a mesma chance de acontecer.
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Nos casos de cenários, podemos ver como calcular o retorno esperado na equação 
seguinte:
R xRE c c( ) =∑ρ
Em que: R(E) = Retorno esperado do ativo.
 ƥc = Probabilidade de ocorrer o cenário.
 Rc = Retorno do cenário.
Levando em consideração essas informações e os seguintes dados, encontre o retor-
no esperado dos seguintes investimentos, determinando qual a melhor opção para 
se investir.
QUADRO 3 - RETORNO DO INVESTIMENTO EM PORCENTAGEM
Cenário Probabilidade
Retorno do investimento (%)
X Y
Recessão 0,20 -20 5
Moderado 0,60 15 15
Expansão 0,20 50 20
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
De acordo com a fórmula apresentada:
R x x xE x( ) = −( ) + + =0 20 20 0 60 15 0 20 50 15, , , %
R x x xE y( ) = + + =0 20 5 0 60 15 0 20 20 14, , , %
Portanto, os retornos esperados de X e Y são, respectivamente, 15% e 14%, revelando 
que levando em consideração somente o retorno, a melhor opção seria investir em X, 
pois oferece um maior retorno esperado.
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Os cálculos apresentados aqui foram utilizando porcentagem 
(%), portanto o resultado também será em porcentagem. 
Mas as equações também podem ser utilizadas com valores 
monetários ($), importante ressaltar que o resultado também se 
dará em valor monetário.
QUADRO 4 - RETORNO DO INVESTIMENTO EM PORCENTAGEM
Cenário Probabilidade
Retorno do investimento ($)
X Y
Recessão 0,25 -200 50
Moderado 0,50 100 150
Expansão 0,25 500 200
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Nessa situação temos os seguintes retornos esperados:
R x x xE x( ) = −( ) + + =0 20 20 0 60 15 0 20 50 15, , , %
R x x xE y( ) = + + =0 20 5 0 60 15 0 20 20 14, , , %
Podemos verificar que o retorno esperado de Y é superior ao de X. A vantagem 
de calcular os retornos por meio da porcentagem é que facilita a comparação 
com investimentos distintos, o que nem sempre acontece com valores 
monetários.
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3.1.2 RISCO
O risco possui várias definições, dependendo do seu contexto. Na avaliação de risco 
para uma empresa, o risco pode ser considerado como a possibilidade de não conse-
guir receber os fluxos de caixa futuros.
O risco total de uma empresa é composto por várioselementos, podendo ser econô-
mico ou financeiro. Estão presentes no risco econômico as alterações na economia e 
no mercado, como o surgimento de um novo concorrente, e alterações na gestão e 
planejamento da empresa, como vendas e investimentos. O risco financeiro é relacio-
nado diretamente com o dinheiro, como o nível de dívidas que a empresa possui e 
sua capacidade de pagá-las.
Estes dois riscos, financeiro e econômico, podem ser afetados por diversos fatores, 
fazendo com que o risco aumente ou diminua. Parte desses fatores pode ser con-
trolada ou administrada pela empresa ou investidor, enquanto na outra parte nada 
temos como interferir.
A parte do risco que não podemos controlar ou interferir, chamamos de risco siste-
mático, pois esse risco faz parte do sistema. Podemos citar como risco sistemático a 
variação cambial, políticas governamentais, situação da economia, entre outras. To-
dos esses fatores afetam todas as empresas, e os gestores ou investidores não podem 
controlar, já que qualquer que seja o investimento, essa parte do risco existe. Não é 
possível evitar totalmente esse risco.
Já os riscos que podem ser controlados, são denominados risco não sistemático ou 
risco diversificável. Esse risco é inerente à própria empresa ou investimento, ou seja, 
intrínsecos ao investimento. O risco não sistemático está no planejamento e gestão 
da empresa, problemas de produção, sazonalidades de consumo, entre outras. Esse 
risco pode ser diversificável ou controlado fazendo combinações de investimentos ou 
melhorando o processo de produção e planejamento, no caso de uma empresa.
De acordo com o explicado sobre o risco total, a equação do 
risco total de uma empresa é:
Risco total=Risco sistemático+Risco não sistemático
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SUMÁRIO
Mas afinal como podemos calcular o risco de uma empresa que consiga englobar to-
das essas características? Para responder a essa pergunta, partimos do entendimento 
que os retornos das empresas e de seus ativos refletem esse risco, já que risco e retor-
no são analisados em conjunto.
Portanto, o risco de uma empresa pode ser identificado por meio da variância e do 
desvio padrão de seus retornos. O desvio padrão é uma medida estatística que facilita 
a comparação, por isso damos preferência para ela.
3.1.2.1 RISCO COM DADOS HISTÓRICOS
Conseguir mensurar o risco por meio dos dados históricos é uma situação que de-
pende e possui as mesmas características de se calcular o retorno esperado com 
dados históricos.
O primeiro passo para calcular o risco de um ativo é encontrar a sua variância, já que o 
desvio padrão é simplesmente a raiz quadrada da variância, como podemos verificar 
a seguir:
σ A
n ER R
n
2
2
1
=
−( )
−
∑ ( )
σ σA A=
2
Em que: σ2A = Variância do ativo.
 σA = Desvio padrão do ativo.
 R(E) = Retorno esperado do ativo.
 Rn = Retorno do ativo no período n.
 n = Períodos utilizados.
Aplicando o conhecimento na situação apresentada no retorno esperado com dados 
históricos, temos o seguinte:
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QUADRO 5 - RETORNO DOS ATIVOS
Ano
Retornos dos ativos (%)
Ativo A Ativo B
2014 6,67 -7,14
2015 9,37 -4,76
2016 -5,71 10,00
2017 12,12 6,81
2018 -8,11 6,38
Retorno esperado 2,87 2,26
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Utilizando esses dados para verificar qual ativo possui o melhor risco, encontramos:
σ A
2
2 2 2 26 67 2 87 9 37 2 87 5 71 2 87 12 12 2 87
=
−( ) + −( ) + − −( ) + −( ) +, , , , , , , , −− −( )
−
=
8 11 2 87
5 1
84 11
2, ,
, %
σ A = =84 11 9 17, , %
σ B
2
2 2 2 27 14 2 26 4 76 2 26 10 0 2 26 6 81 2 26
=
− −( ) + − −( ) + −( ) + −( ) +, , , , , , , , 66 38 2 26
5 1
58 80
2, ,
, %
−( )
−
=
σ B = =58 80 7 67, , %
Conseguindo mensurar o risco dos ativos A e B, podemos verificar que o ativo A pos-
sui um risco maior que o ativo B. Como investidor naturalmente avesso ao risco, o 
melhor investimento seria o ativo B, já que expõe o investidor a um risco menor.
3.1.2.2 RISCO COM CENÁRIOS
Quando estamos falando em cenários, a forma de calcular sofre uma pequena mu-
dança. Essa mudança ocorre tanto na forma de se calcular o retorno esperado dos 
ativos quanto na forma de calcular a sua variância.
Ao falarmos em cenários, estamos identificando diferentes situações que podem 
ocorrer no futuro. Essas diferentes situações também possuem diferentes probabi-
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SUMÁRIO
lidades de ocorrerem e isso deve ser levado em consideração ao se calcular o risco 
desse ativo.
Fazendo-se os ajustes, temos a seguinte equação:
σ ρA c C Ex R R
2
2
= −( )∑ ( )
σ σA A=
2
A única diferença entre calcular o risco com dados históricos e calcular o risco com 
cenários é a inserção da probabilidade dos cenários nos seus respectivos retornos. 
Agora abordando o exemplo de retorno com cenários, podemos calcular o seu risco.
QUADRO 6 - RETORNO ESPERADO 
Cenário Probabilidade
Retorno do investimento (%)
X Y
Recessão 0,20 -20 5
Moderado 0,60 15 15
Expansão 0,20 50 20
Retorno esperado 15 14
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Nessa situação, o risco será:
σ X x x x
2 2 2 20 20 20 15 0 60 15 15 0 20 50 15 490= − − + − + − =, ( ) , ( ) , ( ) %
σ X = =490 22 14, %
σY x x x
2 2 2 20 20 5 14 0 60 15 14 0 20 20 14 88 80= − + − + − =, ( ) , ( ) , ( ) , %
σY = =88 80 9 42, , %
Analisando somente o risco dos investimentos X e Y, verificamos que o investimento 
Y é a melhor opção, pois apresenta um menor risco.
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Aqui podemos perceber escolhas distintas analisando o retorno ou o risco para am-
bas a formas de calcular os seus dados, seja por dados históricos, seja por cenários. 
Qual seria a melhor escolha? Quais os critérios que devemos considerar mais impor-
tantes?
3.2 ANÁLISE DE RISCO E RETORNO
Para conseguir o melhor resultado, precisamos realizar uma análise em conjunto do 
risco e do retorno, pois como já dito no início da unidade, quanto maior o risco de um 
investimento, maior será o retorno exigido.
Conseguimos realizar essa análise conjunta por meio do índice de Sharpe, que consi-
dera o prêmio pelo risco sobre o risco de determinado ativo como uma estimativa de 
realizar essa análise conjunta.
O prêmio pelo risco parte do entendimento que existe no mercado um ativo livre de 
risco e que esse ativo também possui um retorno esperado. Se existe um ativo que 
não incorre em risco e oferece um retorno, qualquer investimento que apresente um 
risco deve apresentar um retorno maior do que o retorno do ativo livre de risco:
PR R R
IS PR
A f
A
A
= −
=
σ 
Em que: PR = Prêmio pelo risco.
 ISA = Índice de Sharpe do ativo.
 σA = Desvio padrão do ativo.
 RA = Retorno do ativo.
 Rf = Retorno do ativo livre de risco.
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Na verdade, não existe nenhum ativo que não incorra em algum 
tipo de risco. Até a poupança possui algum, como já aconteceu 
no Brasil desse tipo de investimento ser retido pelo Governo. Mas 
do ponto de vista financeiro, o ativo livre de risco é o investimento 
que possui o menor risco de não honrar o seu compromisso. 
Podemos considerar os títulos públicos negociados pelo Governo (taxa Selic).
Podemos aplicar esse conceito na análise realizada pelo risco e retorno com cenários 
considerando que o retorno do ativo livre de risco seja de 5%. Quanto maior o índice 
de Sharpe, melhor a relação entre risco e retorno:IS ISX Y=
−
= =
−
=
15 5
22 14
0 45 14 5
9 42
0 96
, ,
,
Pela análise combinada do risco e retorno por meio do índice de Sharpe, verificamos 
que o investimento que oferece a melhor relação entre risco e retorno é o investimen-
to Y. 
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CONCLUSÃO
Conseguimos, ao longo da unidade, entender o que é risco e o que é retorno. O pri-
meiro é a quantificação da incerteza, enquanto o segundo é considerado a rentabili-
dade do investimento.
Compreendemos como é calculado o retorno de um investimento por meio da sua 
equação. Isso deve ser considerado no momento de se calcular o retorno esperado 
de um investimento, seja ele utilizando dados históricos, seja utilizando cenários. No 
retorno com dados históricos, consideramos que cada retorno possui o mesmo peso 
para calcular o retorno esperado. De forma distinta, o retorno esperado com cenários 
leva em consideração a probabilidade de cada cenário ocorrer.
Aprendemos também a mensurar a incerteza considerando que essa característica é 
identificada como risco e apresenta um reflexo no retorno. Por isso, utilizamos o des-
vio padrão dos retornos como medida de risco. Da mesma forma do retorno, conse-
guimos calcular o risco para dados históricos ou para cenários, utilizando como base 
os retornos esperados calculados anteriormente.
Por último, aprendemos a fazer a análise do risco e retorno em conjunto por meio 
do índice de Sharpe, conseguindo identificar quais investimentos possuem melhores 
relações entre essas medidas, sendo esse o ponto principal de uma análise de inves-
timento nas finanças. 
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Conseguir identificar o 
que é um titulo da divida 
e suas características;
> Aprender a calcular o 
cupom de um titulo da 
divida e seu preço inicial;
> Conseguir calcular a taxa 
de rentabilidade exigida 
em um investimento;
> Compreender o que são 
ações, dividendos e o 
preço de uma ação;
> Considerar a 
perpetuidade na avaliação 
da ação.
UNIDADE 4
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4 AVALIAÇÃO DE TÍTULOS E 
AÇÕES
Nesta unidade iremos aprender a fazer avaliação de títulos da divida e de ações. Para 
isso precisamos entender o que é e como calcular cupons dos títulos da divida e os 
dividendos das ações. Vamos entender como o preço desses títulos são formados 
e como determinar a taxa de rentabilidade de um investimento. Vamos considerar 
também o preço das ações quando não possuímos a intenção de venda.
4.1 TÍTULOS DA DÍVIDA
De acordo com Berk e DeMarzo (2008), titulo da divida é um valor mobiliário vendido 
por governos e empresas para arrecadar recursos de investidores hoje, com a promes-
sa de pagamento no futuro. Os prazos desses títulos são determinados como parte 
do certificado do titulo da divida, que indica as datas e os valores a serem pagos. O 
pagamento final também é definido, sendo o dia do seu pagamento denominado 
de data de vencimento. A diferença entre a data de emissão, ou compra do titulo, é 
conhecido como o prazo do titulo.
Além dessas informações, os títulos da divida podem fazer dois tipos de pagamentos. 
O primeiro e presente em quase todos os tipos de títulos é o pagamento na data de 
vencimento, que é chamado de valor de face. Esse pagamento é realizado uma única 
vez e ao final do período do titulo.
O outro pagamento, que também ocorre com bastante facilidade, é o que ocorre de 
uma forma periódica ao longo do prazo do titulo, esse pagamento é denominado de 
cupom. O cupom ocorre com uma periodicidade definida, podendo ser semestral, 
trimestral, anual, entre outros. Esse valor pago é definido através de uma taxa deter-
minada no próprio titulo.
Como visto, temos quatro informações básicas em um titulo da divida, o prazo, a data 
de vencimento, o valor de face e o valor de cupom. Essas informações são indispensá-
veis para qualquer titulo, pois define as suas características, estando entre as informa-
ções que devem ser consideradas no momento de realizar a avaliação de um titulo.
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Com todas essas informações o mercado é capaz de precificar o titulo, determinando 
qual o preço que ele será negociado, que pode ser chamado de preço inicial. Depen-
dendo das características da o titulo, e da qualidade da empresa que foi o emissor 
desse titulo, o preço inicial pode ser superior ou inferior ao seu valor de face.
Quando o valor negociado no mercado é superior ao valor de face, nós dizemos que o 
titulo está sendo negociado com ágio. Em caso contrário, quando o preço negociado 
é inferior ao valor de face, o titulo está sendo negociado com deságio.
Pode ser difícil visualizar um titulo sendo negociado hoje por um 
valor superior ao seu valo de face, mas se você considerar um titulo 
que faz pagamentos de cupons trimestrais ao longo do período, 
de uma empresa ou governo que representa um pequeno risco 
para o investidor. Pode valer a pena o investimento no titulo 
pagando mais que o seu valor de face somente para receber o pagamento 
trimestral do cupom, sendo suficiente para oferecer o rendimento desejado 
pelo investidor.
Portanto, é extremamente importante conseguir realizar uma boa avaliação do titulo 
da divida, para conseguir o rendimento desejado, considerando o prazo do titulo, o 
seu valor de face e o pagamento de cupons. Vamos aprender a realizar essa avaliação 
no tópico seguinte.
4.1.1 AVALIAÇÃO DE TÍTULOS DA DÍVIDA
O preço de um titulo hoje é soma de todos os valores que ele irá gerar para o inves-
tidor no futuro. Mas esses valores não podem ser simplesmente somados, pois o di-
nheiro possui valor no tempo, devido a incerteza do seu recebimento.
Por isso, precisamos saber quanto é esse valor que iremos receber no futuro, em va-
lores atuais, levando em consideração uma taxa de rentabilidade (que deve levar em 
consideração a rentabilidade desejada e o risco de não receber o valor).
Entendido isso, temos duas situações há ser levada em consideração na hora de rea-
lizar a avaliação de um titulo, que é se o pagamento será realizado somente no ven-
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cimento do titulo, através do valor de face, ou se o pagamento será realizado através 
de cupons periódicos e um valor de face ao final.
Assim, separamos o calculo do valor do preço inicial em duas etapas, a primeira con-
sidera somente o valor de face, e a segunda, leva em consideração o valor de face e 
os cupons pagos.
4.1.2 TITULO SOMENTE COM VALOR DE FACE
Se um titulo possui somente um pagamento ao final do prazo, ou seja, um paga-
mento único através do valor de face, é necessário descapitalizar o valor que remos 
receber no futuro para o valor presente.
Para que isso seja feito, utilizamos a seguinte equação:
PI VF
iT n
�
�� �1
Onde: PIT = Preço Inicial do título;
 VF = Valor de face do título;
 i = taxa de rentabilidade exigida pelo investidor;
 n = prazo até o vencimento do título.
Dessa forma, realizamos o calculo do valor presente do valor de face, dado uma taxa 
de rentabilidade. Assim, podemos saber quanto é o preço inicial de titulo que paga 
somente um valor de face no seu vencimento.
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SUMÁRIO
A empresa Quero Quero possui um Titulono mercado, que 
possui valor de face de $1.000,00 para ser resgatado daqui a 2 
anos. Se para essa empresa, os investidores exigem uma taxa 
de rentabilidade de 7% a.a., qual será o preço inicial do titulo 
praticado no mercado?
Aplicando a formula apresentada:
PIQ =
+( )
=
1 000
1 0 07
442
.
,
,873
Com essas características, o preço praticado no mercado para esse titulo é de 
$873,44, que em dois anos serão pagos $1.000,00.
Através da manipulação da equação apresentada, podemos determinar qual é a taxa 
de rentabilidade oferecida por um titulo que apresenta um valor de face e um preço 
inicial já determinados pelo mercado.
Para conseguir determinar qual a taxa de rentabilidade deum titulo, utilizamos a 
seguinte equação:
i VF
PIT
n
�
�
�
�
�
�
� �
�
�
�
�
�
�
1
1
Se a empresa Tico Tico negocia no mercado um titulo pelo valor 
de inicial de $915,00, que paga um valor de face de $1.000,00 
e possui um prazo de vencimento de 3 anos. Qual a taxa de 
rentabilidade que os investidores estão exigindo ao negociar 
esse titulo?
Utilizando a equação:
= 




 − =





1 000
915
1 0 03 3
1
3. , ou
A taxa de rentabilidade exigida pelos investidores para esse titulo é de 3% ao 
ano.
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Portanto, conseguimos avaliar quanto é o valor inicial de um titulo que possui somen-
te um valor de face como pagamento, e também aprendemos a calcular a taxa de 
rentabilidade exigida por investidores para um titulo que esta sendo negociado no 
mercado por um preço determinado e valor de face.
4.1.3 TÍTULO COM VALOR DE FACE E CUPOM
Quando estamos avaliando um titulo que paga um valor de face, valores periódicos 
de cupom, é necessário trazer para valor presente todos os valores que iremos rece-
ber no futuro, isso incluir o valor de face e todos os cupons que iremos receber ao 
longo do período.
Como dito anteriormente, o cupom é referido como uma taxa de cupom, para que 
depois seja realizada a conversão para saber o valor exato do cupom, que depende 
da taxa e do valor de face do titulo.
Portanto, precisamos saber primeiramente como calcular o valor de cupom que ire-
mos receber, que pode ser realizado através da seguinte equação:
C i xVF
NcT
c= �
�
Onde: CT = Cupom do titulo;
 ic = Taxa Cupon;
 Nc = Número de pagamentos de cupom por ano.
Após realizar o calculo do cupom, podemos realizar o calculo do preço inicial do 
titulo da divida, que precisa levar em conta tanto o valor de face do titulo, como os 
valores de cupom que serão pagos ao longo do tempo.
Assim sendo, para calcular o preço inicial nessa situação utilizamos a seguinte equação:
PI C
i
VF
iT n n
�
�� �
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
��
1 1( )
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SUMÁRIO
Precisamos ter uma pequena precaução aqui, pois a taxa e o prazo deverão está na 
mesma base, isto é, se a taxa estiver ao semestre, o período utilizado também deve 
está ao semestre.
A empresa Quero Quero esta colocando no mercado um titulo que 
possui um valor de face de $ 1.000,00, com um cupom semestral de 
8% e um prazo até o vencimento de 2 anos. Levando em consideração 
que os investidores exigem uma taxa de rentabilidade de 5% ao 
semestre. Qual o preço inicial desse titulo?
Primeiramente precisamos realizar o calculo do valor de cupom:
C = =0 08 1 000
2
40, .
Após conseguir o valor que será pago de cupom, podemos realizar o calculo 
do preço inicial do titulo.
PI =
+





 + +





 + +





 +
40
1 0 05
40
1 0 05
40
1 0 05
4
1 2 3( , ) ( , ) ( , )
00
1 0 05
1 000
1 0 05
964 544 4( , )
.
( , )
,
+





 + +





 =
Portanto, o preço inicial do titulo é $ 964,54. Podemos verificar que os dois 
últimos valores são devidos por (1+i)4, isso ocorre pois tanto o ultimo cupom, 
como o valor de face é recebido na mesma data, que ocorre no quarto 
semestre (final dos 2 anos).
Desse modo, foi apresentado as formas de avaliação dos títulos da dívida para em-
presas e Governos que emitem esse tipo de titulo. Sendo ele com pagamento único 
ao final do prazo com valor de face, ou com pagamentos periódicos de cupons mais 
o valor de face.
4.2 AÇÕES
As ações são pequenas partes de uma empresa que são negociadas nas Bolsas de 
Valores. O objetivo de uma empresa lançar ações é obter recursos financeiros no mer-
cado para realizar investimentos, esses recursos são obtidos no mercado primário, 
quando as ações são negociadas pela primeira vez. Após isso, as negociações das 
ações ocorrem entre terceiros.
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Dessa forma, precisamos conseguir avaliar o preço de uma ação para saber o momento 
de realizar o investimento, minimizando a possibilidade de perda do valor investido.
Da mesma forma que ocorre na avaliação dos títulos da divida, o preço das ações é de-
finido por quanto ela irá render para o seu portador. Só que de forma distinta ao que 
ocorre com os títulos da divida, as ações não possuem um pagamento determinado 
nem ao longo do tempo, e nem ao final do seu vencimento, já que não tem vencimento.
Embora não haja pagamento determinados, existem formas de remuneração do pro-
prietário da ação, são os dividendos e a venda do ativo em algum tempo. Os dividendo 
são definidos pelos gestores da empresa, e remuneram os proprietários da empresa 
(acionistas), e normalmente ocorrem de forma periódica ao longo do tempo. Já a ven-
da da ação é uma decisão do investidor, e ocorre pelo preço negociado no mercado.
4.2.1 AVALIAÇÃO DE AÇÕES
Para realizar a avaliação de uma ação, precisamos descapitalizar os valores que serão 
recebidos no futuro, pelos mesmos motivos que descapitalizamos os valores recebi-
dos pelos títulos da divida.
Portanto, seguimos o mesmo principio adotado no calculo do preço dos títulos da di-
vida, existindo duas pequenas diferenças. Ao invés de pagamento de cupons, ao longo 
do tempo existe o pagamento de dividendo, e ao invés de pagamento de valor de face, 
a forma de receber um valor que equivale a esse, é necessário realizar a venda da ação.
O dividendo é uma parte do lucro da empresa que é distribuída para o proprietário 
da ação. Assim sendo, para se calcular o valor que será distribuído para cada ação (Di-
videndo) precisamos do valor do lucro líquido e do numero de ações que a empresa 
possui negociadas no mercado.
D LL
NA A
=
Onde: DA = Dividendo da ação;
 LL = Lucro liquido da empresa;
 NA = Numero de ações da empresa.
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SUMÁRIO
As empresas não são obrigadas a distribuir todo o lucro através 
de dividendos. A empresa possui a liberdade de reter parte do 
lucro para realizar novos investimentos para a empresa.
No Brasil existe uma lei que determina o pagamento de 25% do 
lucro liquido anual através de dividendos, essa situação pode ser 
revertida caso a empresa apresente prejuízo no ano fiscal.
Conseguindo identificar os dividendos, podemos realizar o calculo do preço unitário 
da ação. Existem duas situações básicas para realizar esse calculo. O primeiro é quan-
do existe um tempo finito para a posse da ação, ou seja, por um tempo determinado. 
E a segunda é quando não se pretende vender a ação, calculando o seu valor de con-
siderando a perpetuidade.
4.2.2 AÇÕES COM TEMPO FINITO
Para avaliar o preço de uma ação quando existe um tempo determinado, precisamos 
além do valor dos dividendos, do possível valor de venda dessa ação no futuro.
Nesse caso, utilizamos a seguinte equação:
PU DIV
i
VV
iA
n
n n� �
�
�� ( )( )1 1
Onde: PUA = Preço unitário da ação;
 DIVn = Dividendo no tempo n;
 i = taxa de rentabilidade exigida;
 VV = Valor de venda da ação;
 n = período que é realizado o pagamento.
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Dessa forma conseguimos realizar o calculo do valor de uma ação, considerando que 
iremos ficar com ela somente por um tempo determinado.
Você está pensando em investir em ações da empresa Quero 
Quero, mas ainda não sabe qual é o seu preço ideal. De posse da 
previsão dos próximos dividendo que serão pagos pela empresa, 
e tendo a intenção de ficar com a ação por 3 anos e venda-la pelo 
preço de $ 50,00, é possível realizar o calculo do preço da ação. 
Considere que você exige uma taxa de retorno de 12%.
Ano Dividendo Preço de Venda
1 5
2 4
3 5 50
De acordo com a equação:
PUQ = +
+
+
+
+
+
+
=
5
1 0 12
4
1 0 12
5
1 0 12
50
1 0 12
46 801 2 3 3( , ) ( , ) ( , ) ( , )
,
O preço ideal dessa ação hoje seria de $ 46,80, considerando essas informações e que 
ficaríamos com essa ação por três anos.
4.2.3 AÇÕES NA PERPETUIDADE
No caso de ficar com a ação de forma indefinida, não existe valor de venda da ação, 
pois ela não será vendida. Mas por não existir um tempo definido, também existirá o 
recebimento de dividendo por tempo indeterminado.
PUQ = +
+
+
+
+
+
+
=
5
1 0 12
4
1 0 12
5
1 0 12
50
1 0 12
46 801 2 3 3( , ) ( , ) ( , ) ( , )
,
Com base nisso, podemos realizar uma pequena alteração na nossa equação, partin-
do do pressuposto que os dividendos quanto mais no futuro, quando forem descapi-
talizadas, terão um valor cada vez menor, chegando a um ponto de ser irrisório.
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SUMÁRIO
Levando isso em consideração, existem duas situações, uma quando o dividendo é es-
tável ao longo do tempo, e outra quando o dividendo possui uma taxa de crescimento.
Podemos calcular o preço da ação nessas situações da seguinte maneira:
PU DIV
i
PU DIV
i gA A
� �
�
� � � � � � � �
Onde: g = taxa de crescimento do dividendo.
Utilizamos a primeira equação para calcular o preço da ação quando o dividendo 
permanece estável ao longo do tempo, e a segunda para quando o existe uma taxa 
de crescimento para o dividendo.
Existem duas opções de investimentos em ações, a ação A paga um 
dividendo de $ 3, e esse valor permanecerá o mesmo para sempre. 
E a ação B, que pagara um dividendo no valor de 1,50 no final do 
primeiro ano e crescerá a uma taxa de 6% ao ano. Se for ficar com a 
ação por tempo indeterminado e exige uma taxa de rentabilidade 
de 15%. Qual o valor das ações hoje?
Utilizando as equações apresentadas:
PU PUA B= = = −
=
3
0 15
1 50
0 15 0 06
67
,
,
, ,
,20 16
O preço da ação A é de $ 20,00, enquanto o de B é de $ 16,67.
CONCLUSÃO
Aprendemos nessa unidade que um titulo da divida é um titulo que as empresas, 
ou o governo, emitem para arrecadar recursos e financiar suas atividades. Para isso 
prometem pagamentos futuros, com prazos determinados, cupons e valor de face.
Para avaliar de forma correta um titulo da divida, foi necessário primeiro entender 
que o cupom é o pagamento periódico de um juros com taxa determinada, e que o 
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valor de face é o valor pago no vencimento do titulo. Descapitalizando esses valores 
para o valor atual, através de uma taxa de rentabilidade, conseguimos avaliar qual o 
valor desse titulo hoje.
Também vimos como podemos identificar a taxa de rentabilidade de um titulo que 
já é negociado por um preço especifico hoje. Essa informação é importante para 
conseguirmos fazer um bom planejamento dos investimentos e de seus retornos ao 
longo do tempo.
Compreendemos que ações são pequenas partes da empresa, e sua posse o torna 
proprietário da empresa, com direito a recebimento dos lucros, que chamamos de 
dividendos. Para isso vimos que dividendo é a parte do lucro liquido da empresa 
pago para cada ação.
Verificamos também como realizar a avaliação do preço de uma ação levando em 
conta os valores de dividendo recebidos ao longo do tempo e da venda da ação, com 
a mesma metodologia utilizada para avaliar os títulos da divida.
Também foi mostrado como realizar a avaliação de uma ação quando não há a inten-
ção de venda, pois o recebimento dos dividendos ocorrerá de forma perpetua. Essa 
avaliação pode ser realizada considerando que os dividendos serão constantes ou 
que terão crescimento ao longo do tempo.
Portanto, somos capazes de realizar a avaliação de títulos da divida e de ações, co-
nhecendo todas suas características. Isso pode influenciar na tomada de decisão de 
investimentos.
67
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Definir o que é fluxo de 
caixa;
> Calcular o fluxo de caixa 
de um projeto;
> Estimar o payback, VPL e 
TIR;
> Analisar a viabilidade de 
investimento.
UNIDADE 5
68
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5 TÉCNICAS DE FLUXO DE 
CAIXA, ORÇAMENTO DE 
CAPITAL E TOMADA DE 
DECISÃO
Vamos estudar nessa unidade o que é um fluxo de caixa e qual a sua importância 
para a administração da empresa e tomada de decisões. Vamos aprender também 
como avaliar a viabilidade de um projeto através do uso das técnicas de payback, va-
lor presente liquido e taxa interna de retorno.
5.1 FLUXO DE CAIXA
O primeiro passo para conseguir compreender o que é fluxo de caixa é entender que 
existe uma diferença entre rendimentos e fluxo de caixa. Os rendimentos incluem 
débitos e créditos que não são de caixa, ou seja, valores que não necessariamente 
desembolsados pela empresa são considerados no calculo dos rendimentos, como a 
depreciação.
Já o fluxo de caixa considera somente os valores de caixa, isto é, valores que realmen-
te são pagos ou recebidos no caixa da empresa. Para calcular o fluxo de caixa de uma 
empresa, precisamos realizar alguns ajustes nos resultados dos lucros da empresa.
Um ajuste necessário para conseguir o fluxo de caixa é com o valor da depreciação. A 
depreciação não é um valor que a empresa realmente paga, mas uma técnica con-
tábil ou tributaria para distribuir o custo original, de um bem ou ativo, ao longo de 
sua vida útil. Portanto, a depreciação não deve ser considerara como valor de fluxo 
de caixa.
Ao invés de distribuir o valor do investimento ao longo do tempo, através da deprecia-
ção, contabilizamos o custo do investimento no momento que ele acontece. Dessa 
forma, temos que acrescentar o valor gasto no investimento no momento que ele 
ocorre no fluxo de caixa.
69
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SUMÁRIO
Mas para que se dá ao trabalho de realizar todas essas alterações? Como utilizamos o 
fluxo de caixa e realizamos a sua estruturação será exposto nos tópicos a seguir.
5.1.1 ORÇAMENTO DE CAPITAL
O orçamento de caixa é utilizado para verificar a possibilidade de falta ou excesso 
de recurso no caixa da empresa. Tem a importância de analisar o risco de falta de 
dinheiro para os pagamentos de curto prazo, determinando se existe a necessidade 
de capital de terceiros para capital de giro.
O orçamento de caixa considera as entradas e saídas de caixa. Para realizar o plane-
jamento através do orçamento de caixa utilizamos como como base o fluxo de caixa 
da empresa.
Tomando como base o fluxo de caixa, é possível fazer oplanejamento diário, sema-
nal ou mensal das necessidades de recursos da empresa. Dessa maneira, é possível 
programar os pagamentos da empresa, reduzindo a probabilidade da interrupção de 
seus projetos ou atividade por falta de recursos.
De acordo com Cherobim, Lemes Jr. e Rigo (2015), as vantagens do orçamento de 
caixa são:
• Demonstra o momento adequado para as retiradas de caixa, sem acarretar 
problemas financeiros;
• Possibilita o investimento das disponibilidades de caixa, aumentando sua lu-
cratividade;
• Permite o pagamento antecipado de contas, aproveitando possíveis descon-
tos;
• Viabiliza a estimativa de saldos de caixa e os períodos em que eles ocorrem;
• Possibilita o planejamento da necessidade de capital de giro, antecipando a 
negociação de linhas de credito para períodos de déficit, reduzindo riscos e 
custos de empréstimos.
Portanto, utilizamos o fluxo de caixa para realizar o planejamento das retiradas e re-
cebimentos do caixa, determinando a necessidade de empréstimos ou possibilidade 
de investimentos. Mas como realizamos sua estruturação será demonstrado no tópi-
co seguinte.
70
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5.1.2 ESTRUTURAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Para estruturar o fluxo de caixa da empresa, precisamos encontrar o lucro liquido não 
alavancado do período, e para isso utilizamos os dados realizados, ou projetados, de 
receitas, despesas e impostos.
Utilizamos o lucro liquido da empresa, pois no fluxo de caixa não consideramos os va-
lores pagos com juros e amortização das dividas da empresa. Esses valores serão con-
siderados no custo de capital da empresa. Se fossem considerados nesse momento, 
estaríamos contabilizando esses valores duas vezes.
Portanto, para calcular o fluxo de caixa da empresa consideramos as seguintes contas:
FLUXO DE CAIXA
(=) Faturamento
(-) Custo de Mercadoria Vendidas
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas gerais e administrativas
(-) Depreciação
(=) Lucros antes de juros e imposto de renda (LAJIR)
(-) Imposto de renda
(+) Depreciação
(-) Investimento Inicial (somente quando necessário)
(=) Fluxo de Caixa
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018
Podemos perceber que embora a depreciação não seja levada em consideração para 
o calculo final do fluxo de caixa, é necessário colocar o seu valor devido ao seu impac-
to no valor do imposto de renda pago.
Se não reduzíssemos o valor da depreciação antes do importo de renda, pagaríamos 
um valor maior desse imposto, fato que não ocorre. Por isso subtraímos a deprecia-
ção, pagamos o imposto e depois retornamos com o valor da depreciação, já que não 
pagamos de fato pela depreciação.
O valor de investimento inicial só será necessário quando realmente houver um dis-
pêndio para se obter os fluxos de caixa. Como exemplo podemos utilizar a implan-
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tação de uma fabrica, para o recebimento de fluxo de caixa necessitamos realizar os 
investimentos em equipamentos e local, isso são considerados investimento iniciais.
A empresa Speed está pensando em investir em um novo 
equipamento por $ 200.000 que pode gerar um faturamento, 
com as vendas dos produtos, de $ 150.000 por ano, durante 7 
anos. As despesas com os custos de mercadorias vendidas são 
de 40% do seu faturamento, já as despesas administrativas são 
de 10%, também do faturamento. A depreciação é de $ 25.000 por ano e a 
empresa se encaixa na alíquota de 34% de imposto. Qual o fluxo de caixa que 
esse equipamento oferece para a empresa ao longo dos 7 anos?
Usando o modelo apresentado na unidade:
Ano 0 1 2 3 4 5 6 7
(=)
Faturamento 
(X 1.000)
150 150 150 150 150 150 150
(-) CMV (40%) 60 60 60 60 60 60 60
(=) Lucro Bruto 90 90 90 90 90 90 90
(-)
Despesas adm. 
(10%)
15 15 15 15 15 15 15
(-) Depreciação 25 25 25 25 25 25 25
(=) LAJIR 50 50 50 50 50 50 50
(-) IR (34%) 17 17 17 17 17 17 17
(+) Depreciação 25 25 25 25 25 25 25
(-)
Investimento 
Inicial
200
(=) Fluxo de Caixa (200) 58 58 58 58 58 58 58
Portanto, o fluxo de caixa oferecido por esse investimento é de $ 50.000 por 
ano. Para isso, é necessário um investimento inicial de $ 200.000.
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5.2 TÉCNICAS DE DECISÃO DE INVESTIMENTO
Nós aprendemos a encontrar o fluxo de caixa que o investimento pode gerar, mas isso 
é uma boa oportunidade de investimento? Será que vale a pena investir $ 200.000 
para obter um fluxo de caixa de $ 58.000 durante 7 anos? Qual a taxa de retorno que 
estamos obtendo ao investir nesse equipamento?
Para esse investimento ser viável, necessitamos que os retornos obtidos sejam maio-
res que os valores investidos inicialmente e que apresente um retorno, pelo menos, 
igual ao exigido pelos investidores. Além disso, deve oferecer um tempo de retorno 
compatível com o requerido pela empresa.
Vamos aprender a identificar essas situações a seguir.
5.2.1 PAYBACK
O payback é uma técnica que determina em quanto tempo o investidor obtém o 
retorno do investimento, os seja, em quanto tempo ele irá recuperar o valor investido. 
É uma boa alternativa quando temos uma restrição de tempo para utilizar o dinheiro 
em outra situação.
Para conseguir encontrar o payback de um investimento, levamos em consideração o 
valor investido e os valores de fluxos de caixa gerada por esse investimento. Podemos 
utilizar duas formas para isso, uma que considera o valor do dinheiro no tempo, e 
outra que desconsidera isso.
5.2.2 PAYBACK EFETIVO
O payback efetivo não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. Dessa 
forma, essa técnica considera que os valores de fluxos de caixa que receberemos no 
futuro serão os mesmos no valor presente.
Como queremos identificar o tempo que iremos obter o retorno do investimento, 
precisamos identificar o tempo que o retorno, ao longo do tempo, soma o valor do in-
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SUMÁRIO
vestimento inicial. Nos casos que o retorno não for obtido de forma exata, realizamos 
uma regra de três para conseguir esse valor de forma mais precisa.
Podemos visualizar essa situação melhor continuando o exemplo anterior.
Qual o payback efetivo do investimento da Speed? se ela 
realizar o investimento na compra do novo equipamento.
Usando as informações de investimento inicial e fluxos de caixa 
já calculados, temos:
Ano I. Inicial FC Falta recuperar
0 200.000 (200.000)
1 58.000 (142.000)
2 58.000 (84.000)
3 58.000 (26.000)
4 58.000 32.000
5 58.000
6 58.000
7 58.000
Nós identificamos que o payback do investimento será entre o terceiro e o 
quarto ano, mas qual será o tempo exato? Para isso, utilizaremos a regra de três.
Fazemos o mesmo para encontrar quantos dias é equivalente a 0,38 meses.
D=valor em meses X 30 dias=0,38 x 30=11,40 dias
Dessa forma, o payback desse investimento é 3 anos, 5 meses e 12 dias. Esse é 
o tempo necessário para a empresa obter o retorno do seu investimento.
A forma de analisar o payback é bastante simples. Se o investidor exige um tempo de 
retorno superior ao payback do investimento, o investimento pode ser realizado. Em 
caso contrario, quando o tempo de retorno exigido e inferior ao payback, rejeitamos 
a oportunidade.
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Existem algumas criticas ao modelo de payback efetivo. O primeiro deles é que esse 
modelo não considera o valor do dinheiro no tempo. O segundo afirma que essa téc-
nica só considera os valores de fluxos de caixa ate obter o retornodo investimento, 
ignorando os demais valores que possam ser gerados.
A ultima critica é que o payback considera que o recebimento do valor no fluxo de 
caixa é constante ao longo do ano, fato esse que pode não ocorrer em uma empresa 
de fato, devido a sazonalidade.
Embora existam essa criticas, é um modelo muito utilizado, principalmente se existe 
uma restrição de tempo no investimento.
5.2.3 PAYBACK DESCONTADO
O payback descontado possui as mesmas características do payback efetivo, com 
uma única diferença, considera o valor do dinheiro no tempo. Dessa forma, ao con-
tabilizar os fluxos de caixa para determinar o tempo de retorno do investimento, eles 
serão descontados com a taxa de rentabilidade exigida pelos investidores.
Portanto, o primeiro passo para calcular o payback descontado é descontar os fluxos de 
caixa do investimento. Realizamos esse procedimento utilizando a seguinte equação:
FCD FC
in
n
n� �( )1
Onde: FCDn = Fluxo de caixa descontado do tempo n;
 FCn = Fluxo de caixa do tempo n;
 i = Taxa de rentabilidade exigida;
 n = Periodo do fluxo de caixa.
Após descontar os fluxos de caixa, realizamos as mesmas etapas do payback efetivo, 
para saber o tempo de retorno do investimento.
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SUMÁRIO
Continuando com o exemplo, qual o payback descontado do 
investimento da empresa Speed? Considere que a taxa de 
rentabilidade exigida pela empresa é de 14% ao ano.
Utilizando a equação, conseguimos calcular os fluxos de caixa descontado.
FCD FCD1 1 2 2
58 000
1 0 14
50 877 19 58 000
1 0 14
44=
+
= =
+
=
.
( , )
. , .
( , )
.. ,
.
( , )
. , .
(
629 12
58 000
1 0 14
39 148 35 58 000
1 03 3 4
FCD FCD=
+
= =
+ ,, )
. ,
.
( , )
. ,
14
34 340 66
58 000
1 0 14
30 123 38 58
4
5 5 6
=
=
+
= =FCD FCD ..
( , )
. ,
.
( , )
. ,
000
1 0 14
26 424 02
58 000
1 0 14
23 178 96
6
7 7
+
=
=
+
=FCD
Após calcular o fluxo de caixa descontado, realizamos a mesma analise 
realizada no payback efetivo.
Ano I. Inicial FC FCD Falta recuperar
0 200.000 (200.000)
1 58.000 50.877,19 (149.122,81)
2 58.000 44.629,12 (104.493,69)
3 58.000 39.148,35 (65.345,34)
4 58.000 34.340,66 (31.004,69)
5 58.000 30.123,38 (881,04)
6 58.000 26.424,02 25.542,72
7 58.000 23.178,96
Sabemos que o payback descontado está entre cinco e seis anos, para 
determinar o tempo exato, realizamos a regra de três:
M no ultim ano
de ano
x= =12 8881 04
26 424 02
12 0 40,
. ,
, meses=
Fazemos o mesmo para encontrar quantos dias é equivalente a 0,40 meses.
D=valor em meses X 30 dias=0,40 x 30=12 dias
Dessa forma, o payback descontado desse investimento é 5 anos e 12 dias. 
Podemos observar que o tempo do retorno aumentou consideravelmente 
quando consideramos o valor do dinheiro no tempo.
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Essa técnica consegue solucionar o problema do valor do dinheiro no tempo. Quan-
do realizamos o desconto dos fluxos de caixa e calculamos os seus valores presentes, 
estamos justamente considerando essa situação.
Mas as demais criticas continuam validas. Continua levando em consideração somen-
te os fluxos de caixa até obter o retorno do investimento, e considera que os valores 
serão recebidos de forma constante ao longo do ano.
Mas se necessitamos identificar o tempo de retorno para tomada de decisão de um 
investimento, o mais indicado é a utilização do payback descontado.
5.2.4 VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)
O valor presente liquido (VPL) é o valor monetário que o investimento irá gerar para a 
empresa, e como o nome já indica, é um valor liquido e considera o valor do dinheiro 
no tempo (através do valor presente).
Para avaliar o VPL de um investimento, precisamos primeiramente calcular o valor pre-
sente dos fluxos de caixa. Em segundo lugar, realizar a somatória dos fluxos de caixa 
descontados. E por ultimo, realizar a subtração da somatória pelo investimento inicial.
Dessa forma, a equação do VPL é:
VPL FC
i
In n i� �
��
( )1
Onde: VPL = Valor presente líquido;
 Ii = Investimento inicial.
Se a somatória dos fluxos de caixa descontados for maior que o investimento inicial, 
isso significa que os recebimentos serão maiores que o gasto realizado no investi-
mento. Isso é a situação desejada para um bom investimento, que ele lhe ofereça um 
bom retorno.
Nesse caso, se o VPL for maior ou igual a zero, o investimento está conseguindo ofere-
cer a remuneração a empresa, e o projeto poderá ser aceito. No caso contrario, quan-
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SUMÁRIO
do o VPL é negativo, isso significa que o investimento é superior aos recebimentos, in-
dicando que o projeto representa um prejuízo para a empresa, devendo ser rejeitado.
Um VPL igual a zero também é considerado um bom 
investimento. Isso ocorre porque para realizar o desconto dos 
fluxos de caixa, utilizamos a taxa de rentabilidade exigida pelo 
investidor. Assim sendo, quando o VPL é igual a zero, o projeto 
está oferecendo exatamente o retorno exigido pelo investidor, 
sendo um projeto aceitável.
Podemos verificar a aplicação dessa técnica na continuação do exemplo utilizado ao 
longo dessa unidade.
Calcule o VPL e indique se o investimento deve ser aceito pela 
empresa Speed. Considerando que a taxa de rentabilidade exigida 
pelos investidores é 14% ao ano.
Considerando os fluxos de caixa, o investimento inicial, e aplicando 
isso na equação, temos:
VPL �
�
�
�
�
�
�
58 000
1 0 14
58 000
1 0 14
58 000
1 0 14
58 000
1 2 3
.
( , )
.
( , )
.
( , )
.
(( , )
.
( , )
.
( , )
.
( , )
1 0 14
58 000
1 0 14
58 000
1 0 14
58 000
1 0 14
4 5 6
7
�
�
�
�
�
�
�
�� �200 000 48 721 68. . ,
O VPL do novo equipamento é $ 48.721,68, dessa forma, aceitamos o projeto 
pois ele consegue remunerar a empresa de forma superior ao exigido pela 
empresa, em um montante superior a $ 48.000. Podendo ser considerado um 
bom investimento.
No caso de realizar a analise de duas ou mais opções de investimentos, o projeto que 
obtiver um VPL maior é a escolha preferida, já que quanto maior o VPL do projeto, 
mais dinheiro ele está gerando para o investidor.
O VPL também recebe algumas criticas devido a sua metodologia. A primeira é que 
ele considera o reinvestimento total dos fluxos de caixa ao longo do tempo, isto é, a 
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técnica do VPL considera que não haverá retiradas de valores ao longo do projeto, 
somente no seu termino. Fato esse que não ocorre de maneira corriqueira.
A segunda critica que o VPL recebe, é que projetos que possuem um tempo de vida 
maior, possui uma probabilidade de representar um VPL maior. Quando estamos 
comparando dois projetos, e um apresenta resultados por 10 anos, e outro por 5 anos, 
o projeto que apresenta retornos por 10 anos possui uma probabilidade maior de 
possuir um maior VPL somente por ter um tempo maior.
Embora existam essas criticas, o VPL é uma das melhores técnicas de tomada de de-
cisão de investimentos, principalmente quando estamos querendo obter uma anali-
se de quanto (em valor) o investimento irá gerar para o investidor.
5.3 TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
A taxa interna de retorno (TIR), é a taxa de rentabilidade que o projeto oferece ao 
investidor. É um resultado percentual, que facilita a comparação entre diferentes pro-
jetos.
A TIR é derivada do VPL, isso porque a taxa de rentabilidade (i) utilizada para realizar 
o desconto dos fluxos de caixa, afeta diretamente o valor final do VPL. Quanto maior a 
taxa de desconto utilizada, menor o VPL do projeto, equanto menor essa taxa, maior 
o seu VPL.
Para ficar mais claro, vamos observar o exemplo.
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SUMÁRIO
Qual o VPL do investimento no novo equipamento da empresa 
Speed, considerando a seguinte taxa de rentabilidade: a) 10% 
b) 20%
Para 10%, temos:
VPL �
�
�
�
�
�
�
58 000
1 0 10
58 000
1 0 10
58 000
1 0 10
58 000
1 2 3
.
( , )
.
( , )
.
( , )
.
(( , )
.
( , )
.
( , )
.
( , )
1 0 10
58 000
1 0 10
58 000
1 0 10
58 000
1 0 10
4 5 6
7
�
�
�
�
�
�
�
�� �200 000 82 368 29. . ,
Para 20%, temos:
VPL �
�
�
�
�
�
�
58 000
1 0 20
58 000
1 0 20
58 000
1 0 20
58 000
1 2 3
.
( , )
.
( , )
.
( , )
.
(( , )
.
( , )
.
( , )
.
( , )
1 0 20
58 000
1 0 20
58 000
1 0 20
58 000
1 0 20
4 5
6 7
�
�
�
�
�
�
�
�� �200 000 9 066 32. . ,
Conforme o exemplo, vemos que a alteração da taxa de rentabilidade representa 
uma alteração no VPL final. Dessa forma, podemos afirmar que existe uma taxa de 
desconto no qual o VPL é igual a zero. Quando isso ocorre, denominamos essa taxa 
de TIR.
Ou seja:
VPL FC
i
I i TIRn n i= +
− = ⇔ =∑ ( )1 0
Isso ocorre porque quanto maior a taxa de desconto, menor o VPL, podemos visuali-
zar através do gráfico:
80
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Fonte: Elaborado pelo autor, 2018
Portanto, para encontrar a TIR de um investimento, precisamos identificar qual a taxa 
que torna o VPL igual a zero. Pelo gráfico podemos identificar que a TIR do nosso pro-
jeto se encontra entre 21% e 22%. Para ser mais exato, a TIR desse projeto é 21,64%.
Para identificar a viabilidade do projeto pela TIR, fazemos a seguinte analise. Se a TIR 
for maior que a taxa de rentabilidade (i) exigida pelos investidores, o VPL se torna po-
sitivo e podemos aceitar o projeto. Já quando ocorre o contrario, a TIR é inferior a taxa 
exigida, o VPL é negativo, tornando o projeto inviável financeiramente.
O principal problema dessa técnica é que ela só pode ser utilizada quando temos um 
fluxo de caixa tradicional. O fluxo de caixa tradicional é aquele que passa de negativo 
para positivo uma única vez. Quando esses valores são alternados, o fluxo de caixa 
não é tradicional, e a TIR não pode ser calculada.
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SUMÁRIO
Fluxo de Caixa Tradicional
58000
-200000
1 2 3 4 5 6 7
58000 58000 58000 58000 58000 58000
0
Fluxo de Caixa Não Tradicional
4000
-100000
-20000
1 2 3 4 5 6 7
40000 40000
50000 50000
40000
0
82
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CONCLUSÃO
Conseguimos definir que o fluxo de caixa de uma empresa, ou projeto, é o resultado 
das entradas e saídas dos valores no seu caixa. Aprendemos também a sua importân-
cia para o controle do orçamento de caixa, oferecendo a possibilidade de um maior 
controle sobre a necessidade de capital de giro.
Calculamos o fluxo de caixa de um projeto, levando em consideração as receitas e des-
pesas que afetam diretamente o caixa. Identificamos a importância da depreciação 
ao estimar o fluxo de caixa, mesmo ele não sendo contabilizada ao final do processo.
Estudamos também como estimar o payback efetivo e descontado, VPL e TIR utili-
zando os fluxos de caixa estimados. Verificamos também quais os principais proble-
mas de cada uma dessas técnicas.
Por fim, analisamos a viabilidade de um investimento de acordo com cada uma das 
técnicas aprendida. Vale destacar que o uso em conjunto de todas as técnicas aqui es-
tudadas, oferece uma analise mais completa possível sobre as características do projeto.
Também podemos destacar a importância do fluxo de caixa para a estimação da 
viabilidade econômica dos investimentos.
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Calcular o custo médio 
ponderado de capital;
> Escolher a melhor fonte 
de capital próprio;
> Estimar como a política 
de dividendo afeta o valor 
da ação;
> Examinar as opções 
de financiamento de 
terceiros.
UNIDADE 6
84
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6 DECISÕES DE 
FINANCIAMENTO
Como você, uma empresa precisa determinar como pagar as suas contas, e qual 
a origem dos recursos utilizados para realizar os investimentos. Dessa forma, a em-
presa precisa decidir se vai financiar suas atividades através de capital próprio ou de 
terceiros. Qual são as características de cada uma dessas fontes de financiamentos? 
E como abordar podemos utilizar esse conhecimento para escolher a melhor fonte 
para a nossa empresa?
6.1 DECISÕES DE FINANCIAMENTO
O objetivo da administração financeira é maximizar o valor da empresa e dos seus 
proprietários. A principal forma de conseguir esse objetivo é com boas decisões de 
investimentos, mas para realizar investimento são necessários recursos. Em caso con-
trario, quando há falta de recursos, a empresa pode deixar de realizar investimentos, 
diminuindo sua capacidade de competição no mercado.
Dessa forma, é importante que a empresa possua boas fontes de financiamento, se-
jam elas bancos ou investidores dispostos a aplicar em seus projetos. Existem dois 
tipos de recursos que podem financiar os investimentos, o capital próprio e o capital 
de terceiros.
O capital próprio é o recurso que pertence diretamente a empresa ou aos seus acio-
nistas. Exemplos de capital próprios são os lucros retidos, dinheiro arrecadado pela 
venda de ações no mercado primário, aporte dos proprietários, entre outras. Ou seja, 
capital próprio são recursos oriundos da própria empresa.
Já o capital de terceiros são recursos oriundos de agentes externos a empresa. O capi-
tal de terceiros são os empréstimos, dividas negociadas pela empresa, prazo ofereci-
do pelos fornecedores, entre outros. Todo o recurso oriundo de fora da empresa pode 
ser considerado como capital de terceiros.
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Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
Outra forma simples de identificar o capital de terceiro ou capital 
próprio, é tomar como base o Balanço Patrimonial da empresa.
O capital próprio são todos os valores no Patrimônio Líquido, 
enquanto o capital de terceiros são os valores no Passivo.
Ativo Passivo
Patrimônio 
Líquido
Capital de Terceiros
Capital Próprio
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Portanto, é normal que os investimentos realizados por uma empresa possuam re-
cursos de próprios e de terceiros, e esses recursos têm custos distintos. Dessa forma, o 
custo de capital da empresa deve ser uma media ponderada desses capitais.
6.1.1 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (CMPC)
Para conseguir calcular o médio ponderado de capital (CMPC), precisamos dos cus-
tos de capitais individuais de cada fonte de recurso para o investimento realizado. 
Para completar a analise, precisamos da porcentagem em relação ao total de cata 
tipo de recurso.
Os riscos assumidos pelos acionistas (proprietários) são maiores do que os assumidos 
por terceiros. Isso ocorre principalmente por dois motivos:
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• Os acionistas só recebem a remuneração após todas as demais obrigações 
serem pagas, pois essa remuneração depende do lucro liquido da empresa;• Os retornos dos acionistas não são garantidos, podendo se tornar muito me-
nor do que o esperado, dependendo de sua variação.
Além disso, em caso de falência da empresa, os acionistas são os últimos na lista para 
receberem algum dinheiro, ou seja, primeiro são pagas as responsabilidades traba-
lhistas, fornecedores, financiamentos, impostos, e se sobrar algum valor os acionistas 
conseguem recuperar algum valor investido. O que muitas vezes não ocorre.
O custo de capital de terceiros normalmente é menor, já que normalmente esses fi-
nanciamentos exigem garantias para ofertarem o recurso, além do pagamento ocor-
rer ao longo do tempo, independentemente da obtenção de lucro por parte da em-
presa. Em caso de não pagamento, o credor pode exigir o bem dado como garantia.
Outra situação que beneficia o uso de capital de terceiro, é que o seu pagamento 
ocorre antes do pagamento de imposto de renda, isto é, o financiamento de terceiro 
tem um beneficio fiscal, pois se não houvesse o pagamento do financiamento, paga-
ríamos mais de imposto de renda.
Todas essas situações resultam na preferencia pelo uso de capital de terceiro. Mas é 
impossível realizar investimento com 100% financiado, sempre é necessário o uso de 
alguma parte de capital próprio.
Portanto, o CMPC é a media ponderada dos custos de capital próprio com o capital 
de terceiros, ponderado pela porcentagem de tipo de recurso. Dessa forma, a equa-
ção é a seguinte:
CMPC K x IR xP K xPt t e e� � �( )1
Onde: CMPC = Custo médio ponderado de capital;
 Kt = Custo de capital de terceiros;
 Ke = Custo de capital próprio;
 Pt = Porcentagem de capital de terceiros;
 Pe = Porcentagem de capital próprio;
 IR = Aliquota de Imposto de renda.
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Finanças EmprEsariais
SUMÁRIO
Podemos destacar que a multiplicação do custo de capital de 
terceiros por um menos a alíquota de imposto de renda {Kt(1-
IR)}, é para conseguir capturar o efeito do beneficio fiscal do 
financiamento, como explicado anteriormente.
Já para identificar a porcentagem de cada capital que está empregado no projeto, 
basta utilizar a seguinte formula:
P C
C C
P C
C Ct
t
t e
e
e
t e
�
�
�
�
� � � � � � � � � � � � �
Onde: Ct = Valor de capital de terceiros;
 Ce = Valor de capital próprio.
Dessa forma conseguimos calcular o CMPC de um projeto.
A empresa Office está realizando investimento em uma 
nova fabrica, que requer um investimento de $ 500.000,00. 
A empresa conseguiu um financiamento bancário de $ 
300.000,00 a uma taxa de juros de 14% ao ano. O restante 
do valor vai ser investido pela própria empresa, que exige um 
retorno de 22% ao ano, pelo capital investido. Considerando que a empresa 
se enquadra na alíquota de 34% de imposto de renda, qual o CMPC da nova 
fábrica?
Pt e= +
= =
+
300 000
300 000 200 000
0 6 200 000
300 000 200
.
. .
, .
. ..
,
000
0 4=
CMPC x x x ou= −( ) + =0 14 1 0 34 0 6 0 22 0 4 0 18 18, , , , , , %
O CMPC desse projeto é de 18% ao ano.
Visto como realizamos o calculo do CMPC, podemos verificar as fontes de recursos 
que uma empresa possui, além de conseguir calcular o seu custo. Os tópicos seguin-
tes irão abordar quais as fontes que a empresa pode recorrer para obter recursos.
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6.2 FINANCIAMENTO POR CAPITAL PRÓPRIO
Como dito anteriormente, as fontes de financiamento por capital próprio são as ações 
e a retenção de lucros da empresa. Mas como exatamente essas formas de financia-
mentos funcionam e conseguem gerar recursos para investimentos?
Vamos abordar primeiramente os lucros retidos, que é bastante simples. Todo lucro 
da empresa pertence automaticamente aos seus acionistas, sendo ele distribuído ou 
não. Por isso que consideramos os lucros retidos fonte de capital próprio.
6.2.1 LUCROS RETIDOS
Se uma empresa obtém lucro, mas não realiza a sua distribuição de forma completa, 
essa parcelo que ficou retida deve ser utilizada na empresa de alguma forma. Entre-
tanto, essa forma de autofinanciamento possui suas restrições, a principal delas é que 
dificilmente uma empresa consegue gerar lucros suficientes para financiar todos os 
seus investimentos.
Em especial empresas novas e que apresentam um grande crescimento, possuem 
uma maior dificuldade em se autofinanciar. Uma empresa com alto crescimento 
significa que ela está com uma alta demanda de recursos para financiamento, sendo 
incapaz de se auto financiar.
Empresas mais maduras normalmente conseguem lucros mais consistentes, e pos-
suem menores demanda para novos projetos, conseguindo um equilíbrio melhor 
entre a retenção de lucro para financiamento. Mas mesmo essas empresas, não são 
capazes atender toda sua demanda dessa forma.
6.2.2 AÇÕES
Outra forma de financiamento de capital próprio é a emissão de ações pela empresa. 
A ação é uma parte da empresa, e a sua posse significa que você é proprietário da 
empresa emitente da ação.
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SUMÁRIO
Para ficar mais fácil o seu entendimento, imagine que uma empresa decide emitir 
ações no mercado. O que ela faz é pegar toda sua empresa e dividir em pequenos 
pedaços, e cada pedaço significa uma parte especifica da empresa, essa parte nos 
chamamos de ação. Ao adquirir uma ação, você está se tornando dono daquela parte 
da empresa, e quando mais ações se tiver, maior sua participação.
Portanto uma empresa com capital aberto pode ter milhares de donos, já que qual-
quer pessoa ou empresa pode comprar e vender as ações dessa empresa nas bolsas 
de valores.
são de ações é capaz de financiar os investimentos necessários da empresa? Quando 
uma empresa decide lançar ações no mercado pela primeira vez, ou seja, no merca-
do primário. Isso significa que a empresa possui a posse de todas as ações que serão 
negociadas, quando é realizado a sua venda, todo o dinheiro arrecadado pela sua 
venda irá para o caixa da empresa, podendo ser utilizada para investimentos.
As vantagens da emissão de ações é a sua alta liquidez e a grande quantidade de re-
cursos disponíveis, isto é, as ações são facilmente negociadas no mercado. Contudo, 
essa forma de financiamento não é a mais utilizado.
A emissão de ações são situações complexas e custosas para a empresa, deman-
da um grande período de preparação. Por isso, as empresas evitam ficar realizando 
emissões constantes de ações. Além disso, essa ação constante resulta na desvalori-
zação das ações existentes, reduzindo a arrecadação proveniente desse método.
Leia a dissertação “Porque uma empresa faz IPO – um estudo de 
caso”, de Vera Lucia de Assis Campos, defendida na Fundação 
Getúlio Vargas, disponível na internet, e aprenda um pouco mais 
sobre a emissão de ações e seus custos.
Do mesmo modo, as ações exigem um custo adicional, que é a remuneração para os 
acionistas. Essa remuneração pode ocorrer através de pagamento de dividendos ou a 
valorização do valor da ação.
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6.2.2.1 POLITICA DE DIVIDENDOS
A politica de dividendos da empresa é a definição de como ela irá realizar a remune-
ração dos seus acionistas. Existem algumas decisões a serem tomadas nessa situação.
A primeira situação é se a empresa irá distribuir todo o lucro obtido, ou irá reter al-
guma parte desse lucro para realizar investimentos. Essa definição é importante pois, 
determina qual será o nível de remuneração oferecida aos acionistas, afetando a es-
trutura de financiamento da empresa. Já que se não houver lucros retidos, será ne-
cessário a outra forma de financiamento.Outra decisão a ser tomada quando a politica de dividendo é a forma de remunera-
ção do acionista da empresa, existindo basicamente duas formas:
• Pagamento de dividendos: a empresa decide realizar a distribuição do lucro 
através de dividendos, seja ele de forma total ou a parte não retida dos lucros. 
Essa forma de remuneração distribui o dinheiro diretamente para os proprie-
tários das ações;
• Recompra de ações: a recompra de ações com os lucros obtidos pela empresa 
significa uma remuneração para o acionista pois, com a redução de ações no 
mercado, significa que cada acionista possui uma parte maior da empresa, va-
lorizando o seu preço. Diferente do pagamento de dividendos, a valorização da 
ação só remunera o acionista se o mesmo decidir vender a ação no mercado.
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SUMÁRIO
Considere que a empresa Pack SA obteve um lucro de 
$ 2.000.000 esse ano, e prevê obter um lucro de $ 3.000.000 
do próximo ano até o infinito. Atualmente a empresa 
possui 1.000.000 de ações no mercado e exige uma taxa de 
rentabilidade de 12% ao ano. Considerando as seguintes 
situações calcule o valor da ação:
a) a empresa irá distribuir todo o lucro obtido na forma de dividendos.
b) a empresa irá realizar a recompra de ações com o lucro obtido nesse 
ano pelo valor de $ 27,00 cada ação, e irá distribuir os demais através de 
dividendos.
a) podemos calcular o preço da ação:
PA � � �2
3
0 12
27 00
,
,
O preço da ação distribuindo o valor através de dividendos é de $ 27,00.
b) O primeiro passo é calcular quantas ações podemos recomprar ao preço 
de $ 27,00:
R = =
2 000 000
27
74 074 07. . . , ações recompradas
Qa � � �1 000 000 74 074 07 925 925 93. . . , . , Ações no mercado
Restam 925.923,93 ações no mercado, dessa forma os dividendos pagos seram 
de 3,24 por ação:
DIV = =3 000 000
925 925 93
3 24
. .
. ,
,
PA = =
3 24
0 12
27 00
,
,
,
O preço da ação recomprando as ações e depois distribuindo os dividendos é 
de $ 27,00.
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Como podemos perceber no exemplo, a forma de remuneração escolhida não afeta 
o valor da remuneração, mas somente a sua forma. Com o pagamento somente de 
dividendos, os acionistas irão receber um valor inferior de dividendo, mas por mais 
tempo. Enquanto que para a recompra de ações, o acionista não receberá dividendos 
hoje, mas receberá um valor maior de dividendos no futuro.
6.3 CAPITAL DE TERCEIROS
O capital de terceiros é todo recurso que não pertence aos proprietários da empresa, 
isso incluem os fornecedores, empréstimos, promessas de pagamentos e qualquer 
prazo que a empresa recebe para realizar um pagamento.
Como os prazos ofertados pelos fornecedores nem sempre podem ser negociados, e 
possuem uma limitação aos produtos ofertados, dificilmente essa é a principal forma 
de financiamento.
Vamos abordar aqui formas de capital de terceiros que não são muito acessíveis para 
as pessoas de uma forma geral. Explicaremos como funciona o financiamento atra-
vés do leasing, lançamento de títulos, nos tópicos seguintes.
6.3.1 LEASING
O leasing é considerado como um aluguel de um bem. Dessa forma, ele só pode ser 
utilizado para bens moveis, como veículos, equipamentos, moveis, entre outros. A par-
te operacional do leasing é basicamente a mesma que um empréstimo convencional.
Quando realizamos o leasing de uma bem, estamos alugando o bem por um valor 
mensal fixo por um período determinado. Após esse período, a empresa pode ficar 
com o bem com o pagamento de um valor residual garantidor (VRG).
Mas porque escolheríamos realizar o leasing de um bem, ao invés de realizar um fi-
nanciamento tradicional? Existem dois motivos principais para que isso ocorra:
• Primeiro é a necessidade de manter os equipamentos ou veículos sempre no-
vos, não possuindo o interesse de mantê-lo ao final do contrato;
• O segundo é o beneficio fiscal que o leasing oferece.
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SUMÁRIO
Vamos abordas esses dois pontos a seguir.
Quando necessitamos sempre ter os equipamentos novos, não faz muito sentido 
comprar equipamentos e com pouco tempo vende-los. Repetindo essa situação va-
rias vezes por um curto período.
Assim sendo, o leasing soluciona essa situação. Quando se realiza o leasing do bem, 
pagamos um valor mensal, ao termino do contrato, como não possuímos o interesse 
de ficar com ele, devolvemos e realizamos um novo leasing com um equipamento 
novo. Dessa forma mantemos sempre o equipamento mais atualizado, sem ter que 
desembolsar valores para comprar o bem, nem na logística para realizar a sua venda.
Já o beneficio fiscal dessa forma de financiamento é simplesmente uma questão 
técnica. Como é considerado um aluguel, todo o valor gasto com esse financiamento, 
é considerado uma despesa financeira com aluguel. Enquanto que, quando realiza-
mos um empréstimo, o único valor que podemos considerar como despesa financei-
ra é os juros pago pelo empréstimo.
Portanto, ao realizar um leasing, pagamos menos imposto de renda, ao comparar 
com o mesmo financiamento feito através de um empréstimo. E como é sempre 
bom pagar o menor valor de imposto, consideramos um beneficio fiscal por está rea-
lizando um aluguel.
Mas esse tipo de financiamento só pode ser realizado com bens determinados, por 
isso possui uma limitação na sua utilização. Como alternativa para essa questão, te-
mos a opção de realizar a emissão de títulos, como vamos ver no tópico seguinte.
6.3.2 TÍTULOS CONVENCIONAIS
A emissão de títulos convencionais por uma empresa é utilizada quando é necessá-
rio recursos para investimentos diversos. A emissão desse titulo nada mais é que a 
promessa de pagamento de um valor no futuro e com um prazo determinado.
Ou seja, a empresa promete pagar um valor no futuro, em uma data especifica, e 
para isso, vende esse titulo no mercado hoje. Dependendo da reputação da empre-
sa, esse titulo pode ser mais valorizado ou menos.
A emissão de um titulo por uma empresa segue as mesmas características de um 
titulo da divida publica, a única diferença é que a segunda é emitida pelo Governo, 
enquanto a primeira é por uma empresa, podendo ela ser privada ou publica.
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O titulo de uma empresa também pode realizar pagamentos periódicos ao longo 
do tempo, que são chamados de cupons. Além disso, o valor pago no vencimento 
do titulo é chamado de valor de face e seu período ate o vencimento é o prazo de 
vencimento.
As vantagens da utilização de títulos, é que o recurso arrecadado no mercado não 
possui a obrigatoriedade de um bem atrelado, isto é, a empresa pode utilizar o valor 
arrecadado para realizar vários tipos de investimentos. Além de não ser obrigado 
haver um bem como garantia.
Dessa forma, o titulo nada mais é que um contrato que a empresa se compromete a 
realizar um pagamento, ou pagamentos, no futuro.
A desvantagem é que quando comparado com um empréstimo tradicional, a emis-
são de um titulo possui um custo inicial mais alto que o empréstimo, e que depen-
dendo da situação que a empresa se encontra no mercado, ela não será capaz de 
arrecadar os recursos necessários para o investimento.
CONCLUSÃO
Nesta unidade aprendemos a importância de se tomar a decisão correta quanto a 
forma de financiamento de uma empresa. E para que essa decisão seja tomada de 
forma correta aprendemos a realizar o calculo do custo médio ponderado de capital 
(CMPC).
Vimos também que nas opções de capital próprio podemos reter os lucros obtidos 
ao longodo tempo para financiar novos investimentos e as atividades da empresa, ou 
podemos emitir novas ações para esse fim.
Ao escolher essas formas de financiamento, estudamos o impacto que a politica de 
dividendo possui no preço da ação, sendo uma parte importante a ser considerada 
quando estamos decidindo qual forma de financiar a nossa empresa.
Aprendemos também que possuímos a opção de financiar nossas atividades através 
de capital de terceiros. Nessa alternativa, examinamos que possuímos varias alterna-
tivas, dependendo da finalidade do recurso necessários e das características que a 
empresa deseja transparecer.
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ASSAF Neto, Alexandre - Finanças Corporativas e Valor, 7ª edição - Editora Atlas- São Paulo 2014.
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Finanças Empresariais - Técnicas e Práticas Essenciais. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
DANA, Samy. Introdução a Finanças Empresariais. São Paulo: Editora Érica, 2015.
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