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Exercícios sobre linguagem em textos jornalísticos e informativos

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CADERNO DE EXERCÍCIOS 
3 
 LINGUAGEM, CÓDIGOS 
e suas tecnologias 
 
 
 
Baseado em exercícios de vestibular 
 
 
100) (ENEM 2010) 
Assaltantes roubam no ABC 135 mil figurinhas da Copa do Mundo 
 
Cinco assaltantes roubaram 135 mil figurinhas do álbum da Copa do Mundo 2010 na noite de quarta-feira (21), em 
Santo André, no ABC. Segundo a assessoria da Treelog, empresa que distribui os cromos, ninguém ficou ferido durante 
a ação. 
O roubo aconteceu por volta das 23h30. Armados, os criminosos renderam 30 funcionários que estavam no local, 
durante cerca de 30 minutos, e levaram 135 caixas, cada uma delas contendo mil figurinhas. Cada pacote com cinco 
cromos custa R$ 0,75. 
Procurada pelo G1, a Panini, editora responsável pelas figurinhas, afirmou que a falta dos cromos em algumas bancas 
não tem relação com o roubo. Segundo a editora, isso se deve à grande demanda pelas grandes figurinhas. 
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 23 abr. 2010 (adaptado). 
 
A notícia é um gênero jornalístico. No texto, o que caracteriza a linguagem desse gênero é o uso de 
a) expressões linguísticas populares. 
b) palavras de origem estrangeira. 
c) variantes linguísticas regionais. 
d) termos técnicos e científicos. 
e) formas da norma padrão da língua. 
 
 
101) (ENEM 2015) Por que as formigas não morrem quando postas em forno de microondas? 
As microondas são ondas eletromagnéticas com frequência muito alta. Elas causam vibração nas moléculas de 
água, e é isso que aquece a comida. Se o prato estiver seco, sua temperatura não se altera. Da mesma maneira, se 
as formigas tiverem pouca água em seu corpo, podem sair incólumes. Já um ser humano não se sairia tão bem 
quanto esses insetos dentro de um forno de microondas superdimensionado: a água que compõe 70% do seu 
corpo aqueceria. Micro-ondas de baixa intensidade, porém, estão por toda a parte, oriundas da telefonia celular, 
mas não há comprovação de que causem problemas para a população humana. 
OKUNO. E. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br. 
Acesso em: 11 dez. 2013. 
Os textos constroem-se com recursos linguísticos que materializam diferentes propósitos comunicativos. Ao 
responder à pergunta que dá título ao texto, o autor tem como objetivo principal 
a) defender o ponto de vista de que as ondas eletromagnéticas são inofensivas. 
b) divulgar resultados de recentes pesquisas científicas para a sociedade. 
c) apresentar informações acerca das ondas eletromagnéticas e de seu uso. 
d) alertar o leitor sobre os riscos de usar as microondas em seu dia a dia. 
e) apontar diferenças fisiológicas entre formigas e seres humanos. 
 
102) O cartaz de Ziraldo faz parte de uma campanha contra o uso de drogas. Essa abordagem, que se diferencia 
das de outras campanhas, pode ser identificada 
 
 
a) pela seleção do público alvo da campanha, representado, no cartaz, pelo casal de jovens. 
b) pela escolha temática do cartaz, cujo texto configura uma ordem aos usuários e não usuários: diga não às 
drogas. 
c) pela ausência intencional do acento grave, que constrói a ideia de que não é a droga que faz a cabeça do jovem. 
d) pelo uso da ironia, na oposição imposta entre a seriedade do tema e a ambiência amena que envolve a cena. 
e) pela criação de um texto de sátira à postura dos jovens, que não possuem autonomia para seguir seus 
caminhos. 
 
103) (ENEM 2015) Posso mandar por e-mail? 
Atualmente, é comum "disparar" currículos na interent com a expectativa de alcançar o maior número possível 
de selecionadores. Essa, no entanto, é uma ideia equivocada: é preciso saber quem vai receber seu currículo e se 
a vaga é realmente indicada para seu perfil, sob risco de estar "queimando o filme" com um futuro empregador. 
Ao enviar o currículo por e-mail, tente saber quem vai recebê-lo e faça um texto sucinto de apresentação, com a 
sugestão a seguir: 
Assunto: Currículo para a vaga de gerente de marketing 
Mensagem: Boa tarde. Meu nome é José da Silva e gostaria de me candidatar à vaga de gerente de marketing. Meu 
currículo segue anexo. 
Guia da língua 2010: modelos e técnicas. Língua Portuguesa, 2010 (adaptado). 
 
O texto integra um guia de modelos e técnicas de elaboração de textos e cumpre a função social de: 
A) divulgar padrão oficial de redação e envio de currículos. 
B) indicar um modelo de currículo para pleitear uma vaga de emprego. 
C) instruir o leitor sobre como ser eficiente no envio de currículo por e-mail. 
D) responder a uma pergunta de um assinante da revista sobre o envio de currículo por e-mail. 
E) orientar o leitor sobre como alcançar o maior número possível de selecionadores de currículos. 
 
104) Traído pelo vinho do padre 
O desempregado Francimar Lima Lira, morador da cidade paulista de Sorocaba, aproveitou que uma das igrejas 
da cidade estava às escuras, medida para racionar energia, e decidiu roubá-la. Era meia-noite quando ele entrou 
na sacristia. Alegrou-se ao ver um aspirador de pó e um retroprojetor ao alcance de suas mãos, e alegrou-se mais 
ainda ao deparar com duas garrafas de vinho que o padre utiliza na missa. Um gole aqui, outro ali, ele enxugou 
as duas garrafas. Ficou bêbado e foi preso. "O vinho tonteia mesmo porque é muito licoroso", disse o pároco, 
Camilo Munnaro. 
IstoÉ. 
Este texto tem a finalidade de 
a) contrapor idéias acerca dos crimes nas igrejas. 
b) demonstrar o efeito do vinho usado nas missas. 
c) denunciar roubos ocorridos em igrejas às escuras. 
d) narrar um fato que teve um desfecho inesperado. 
 
 
105) ENEM 2015 
 
 
A charge retrata um comportamento recorrente nos dias atuais: a insatisfação das pessoas com o peso. No 
entanto, do ponto de vista orgânico, o peso corporal se torna um problema à saúde quando` 
a) estimula a adesão à dieta. 
b) aumenta conforme a idade. 
c) expressa a inatividade da pessoa. 
d) provoca modificações na aparência. 
e) acomete o funcionamento metabólico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
106) (ENEM 2010) Saúde 
Afinal, abrindo um jornal, lendo uma revista ou assistindo à TV, insistentes são os apelos feitos em prol da 
atividade física. A mídia não descansa; quer vender roupas esportivas, propagandas de academias, tênis, 
aparelhos de ginástica e musculação, vitaminas, dietas… uma… uma relação infindável de materiais, 
equipamentos e produtos alimentares que, por trás de toda essa “parafernália”, impõe um discurso do 
convencimento e do desejo de um corpo belo, saudável e, em sua grande maioria, de melhor saúde. 
RODRIGUES,L. H.; GALVÃO, Z. Educação Física na escola: implicações para a prática 
pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
 
Em razão da mídia no comportamento das pessoas, no que diz respeito ao padrão de corpo exigido, podem 
ocorrer mudanças de hábitos corporais. A esse respeito, infere-se do texto que é necessário 
a) reconhecer o que é indicado pela mídia como referência para alcançar o objetivo de ter um corpo belo e 
saudável. 
b) valorizar o discurso da mídia, entendendo-o como incentivo à prática da atividade física, para o culto do corpo 
perfeito. 
c) diferenciar as práticas corporais veiculadas pela mídia daquelas praticadas no dia a dia, considerando a saúde 
e a integridade corporal. 
d) atender aos apelos midiáticos em prol da prática exacerbada de exercícios físicos, como garantia de beleza. 
e) identificar os materiais, equipamentos e produtos alimentares como o caminho para atingir o padrão de corpo 
idealizado pela mídia. 
 
107) Você já deve ter ouvido falar que nos quartéis os soldados fazem exercícios físicos todos os dias. Também 
deve saber que os bailarinos enfrentam horas de treinamento. 
A constatação desses fatos nos leva a concluir que 
a)A repetição de movimentos específicos melhora o desempenho. 
b) O bom desempenho independe de treinamento. 
c) O esforço é desnecessário para o bom desempenho. 
d) O talento é o que melhora o desempenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
108) (ENEM 2013) Manta que costura causos e histórias no seio de uma familia serve de metáfora da memória 
em obra escrita por autora portuguesa 
O que poderia valer mais do que a manta para aquela família? Quadros de pintores famosos? Joias de rainha? 
Palácios? Uma manta feita de centenas de retalhos de roupas velhas aquecia os pés das crianças e a memória da 
avó, que a cada quadrado apontado por seus netos resgatava de suas lembranças uma história. Histórias 
fantasiosas como a do vestido com um bolso que abrigava um gnomo comedor de biscoitos; histórias de 
traquinagem como a do calção transformado em farrapos no dia em que o menino, que gostava de andar de 
bicicleta de olhos fechados, quebrou o braço; histórias de saudades, como o avental que carregou uma carta por 
mais de um mês ... Muitas histórias formavam aquela manta. Os protagonistas eram pessoas da família, um tio, 
uma tia, o avô, a bisavó, ela mesma, os antigos donos das roupas. Um dia, a avó morreu, e as tias passaram a 
disputar a manta, todas a queriam, mais do que aos quadros, joias e palácios deixados por ela. Felizmente, as tias 
conseguiram chegar a um acordo, e a manta passou a ficar cada mês na casa de uma delas. E os retalhos, à medida 
que iam se acabando, eram substituídos por outros retalhos, e novas e antigas histórias foram sendo 
incorporadas à manta mais valiosa do mundo. 
LASEVICIUS, A. Língua Portuguesa, São Paulo, n. 76, 2012 (adaptado) 
 
A autora descreve a importância da manta para aquela família, ao verbalizar que “novas e antigas histórias foram 
sendo incorporadas à manta mais valiosa do mundo”. Essa valorização evidencia-se pela 
a) oposição entre os objetos de valor, como joias, palácios e quadros, e a velha manta. 
b)descrição detalhada dos aspectos físicos da manta, como cor e tamanho dos retalhos. 
c)valorização da manta como objeto de herança familiar disputado por todos. 
d)comparação entre a manta que protege do frio e a manta que aquecia os pés das crianças. 
e)correlação entre os retalhos da manta e as muitas histórias de tradição oral que os formavam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
109) (ENEM 2009). Distantes uma da outra quase 100 anos, as duas telas seguintes, que integram o patrimônio 
cultural brasileiro, valorizam a cena da primeira missa no Brasil, relatada na carta de Pero Vaz de Caminha. 
Enquanto a primeira retrata fielmente a carta, a segunda — ao excluir a natureza e os índios — critica a narrativa 
do escrivão da frota de Cabral. Além disso, na segunda, não se vê a cruz fincada no altar. 
 
Ao comparar os quadros e levando-se em consideração a explicação dada, observa-se que 
a) A influência da religião católica na catequização do povo nativo é objeto das duas telas. 
b) A ausência dos índios na segunda tela significa que Portinari quis enaltecer o feito dos portugueses. 
c) Ambas, apesar de diferentes, retratam um mesmo momento e apresentam uma mesma visão do fato histórico. 
d) A segunda tela, ao diminuir o destaque da cruz, nega a importância da religião no processo dos 
descobrimentos. 
e) A tela de Victor Meirelles contribuiu para uma visão romantizada dos primeiros dias dos portugueses no Brasil. 
 
 
110) (ENEM 2009) Quatro olhos, quatro mãos e duas cabeças formam a dupla de grafiteiros "Osgemeos". Eles 
cresceram pintando muros do bairro Cambuci, em São Paulo, e agora têm suas obras expostas na conceituada 
Deitch Gallery em Nova lorque, prova de que o grafite feito no Brasil é apreciado por outras culturas. Muitos 
lugares abandonados e sem manutenção pelas prefeituras das cidades tornam-se mais agradáveis e humanos 
com os grafites pintados nos muros. Atualmente, instituições públicas educativas recorrem ao grafite como forma 
de expressão artística, o que propicia a inclusão social de adolescentes carentes, demonstrando que o grafite é 
considerado uma categoria de arte aceita e reconhecida pelo campo da cultura e pela sociedade local e 
internacional. Disponível em: http://www.fIickr.com. Acesso em: 10 set. 2008 (adaptado). 
No processo social de reconhecimento de valores culturais, considera-se que 
a) grafite é o mesmo que pichação e suja a cidade, sendo diferente da obra dos artistas. 
b) a população das grandes metrópoles depara-se com muitos problemas sociais, como os grafites e as pichações. 
c) atualmente, a arte não pode ser usada para inclusão social, ao contrário do grafite. 
d) os grafiteiros podem conseguir projeção internacional, demonstrando que a arte do grafite não tem fronteiras 
culturais. 
e) lugares abandonados e sem manutenção tornam-se ainda mais desagradáveis com a aplicação do grafite. 
 
111) (ENEM 2000) Em muitos jornais, encontramos charges, quadrinhos, ilustrações, inspirados nos fatos 
noticiados. Veja um exemplo: 
 
O texto que se refere a uma situação semelhante à que inspirou a charge é: 
a) Descansem o meu leito solitário 
Na floresta dos homens esquecida, 
À sombra de uma cruz, e escrevam nela 
– Foi poeta – sonhou – e amou na vida. (AZEVEDO, Álvares de. Poesias escolhidas. Rio de Janeiro/Brasília: José Aguilar/INL,1971) 
b) Essa cova em que estás 
Com palmos medida, 
é a conta menor 
que tiraste em vida. 
É de bom tamanho, 
Nem largo nem fundo, 
É a parte que te cabe 
deste latifúndio. (MELO NETO, João Cabral de. Morte e Vida Severina e outros poemas em voz alta. Rio de Janeiro: Sabiá, 1967) 
c) Medir é a medida 
mede 
A terra, medo do homem, a lavra; 
lavra 
duro campo, muito cerco, vária várzea. (CHAMIE, Mário. Sábado na hora da escutas. São Paulo: Summums, 1978) 
d) Vou contar para vocês 
um caso que sucedeu 
na Paraíba do Norte 
com um homem que se chamava 
Pedro João Boa-Morte, 
lavrador de Chapadinha: 
talvez tenha morte boa 
porque vida ele não tinha. (GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983) 
(E) Trago-te flores, – restos arrancados 
Da terra que nos viu passar 
E ora mortos nos deixa e separados. (ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1986) 
 
 
112) (ENEM 2014) 
 
O objeto escultórico produzido por Lygia Clark, representante do Neoconcretismo, exemplifica o início de uma 
vertente importante na arte contemporânea, que amplia as funções da arte. Tendo como referência a obra Bicho 
de bolso, identifica-se essa vertente pelo(a) 
A) participação efetiva do espectador na obra, o que determina a proximidade entre arte e vida. 
B) percepção do uso de objetos cotidianos para a confecção da obra de arte, aproximando arte e realidade. 
C) reconhecimento do uso de técnicas artesanais na arte, o que determina a consolidação de valores culturais. 
D) reflexão sobre a captação artística de imagens com meios óticos, revelando o desenvolvimento de uma 
linguagem própria. 
E) entendimento sobre o uso de métodos de produção em série para a confecção da obra de arte, o que atualiza 
as linguagens artísticas. 
 
 
113) (ENEM 2009) 
 
A figura é uma adaptação da bandeira nacional. O uso dessa imagem um anúncio tem como principal objetivo: 
a) mostrar à população que a Mata Atlântica é mais importante para o país do que a ordem e o progresso. 
b) criticar a estética da bandeira nacional, que não reflete com exatidão a essência do país que representa. 
c) informar à população sobre a alteração que a bandeira oficial do país sofrerá. 
d) alertar a população para o desmatamento da Mata Atlântica e fazer um apelo para que as derrubadasacabem. 
e) incentivar as campanhas ambientalistas e ecológicas em defesa da Amazônia. 
 
114) (ENEM 2015) Na exposição "A Artista Está Presente", no MoMA, em Nova Iorque, a performer Marina 
Abramovic fez uma retrospectiva de sua carreira. No meio desta, protagonizou uma performance marcante. Em 
2010, de 14 de março a 31 de maio, seis dias por semana, num total de 736 horas, ela repetia a mesma postura. 
Sentada numa sala, recebia os visitantes, um a um, e trocava com cada um deles um longo olhar sem palavras. Ao 
redor, o público assistia a essas cenas recorrentes. 
ZANIN, L. Marina Abramovic, ou a força do olhar. Disponível em: http://blogs.estadao.com.br. Acesso em: 4 nov. 
2013. 
O texto apresenta uma obra da artista Marina Abramovic, cuja performance se alinha a tendências 
contemporâneas e se caracteriza pela 
A) inovação de uma proposta de arte relacional que adentra um museu. 
B) abordagem educacional estabelecida na relação da artista com o público. 
C) redistribuição do espaço do museu, que integra diversas linguagens artísticas. 
D) negociação colaborativa de sentidos entre a artista e a pessoa com quem interage. 
E) aproximação entre artista e público, o que rompe com a elitização dessa forma de arte. 
 
 
115) Mesmo tendo a trajetória do movimento interrompida com a prisão de seus dois líderes, o tropicalismo não 
deixou de cumprir seu papel de vanguarda na música popular brasileira. A partir da década de 70 do século 
passado, em lugar do produto musical de exportação de nível internacional prometido pelos baianos com a 
“retomada da linha evolutória”, instituiu-se nos meios de comunicação e na indústria do lazer uma nova era 
musical. 
TINHORÃO, J. R. Pequena história da música popular: da modinha ao tropicalismo. São Paulo: Art, 1986 
(adaptado). 
A nova era musical mencionada no texto evidencia um gênero que incorporou a cultura de massa e se adequou à 
realidade brasileira. Esse gênero está representado pela obra cujo trecho da letra é: 
a) A estrela d'alva / No céu desponta / E a lua anda tonta / Com tamanho esplendor. (As pastorinhas, Noel Rosa 
e João de Barro) 
b) Hoje / Eu quero a rosa mais linda que houver / Quero a primeira estrela que vier / Para enfeitar a noite do 
meu bem. (A noite do meu bem, Dolores Duran) 
c) No rancho fundo / Bem pra lá do fim do mundo / Onde a dor e a saudade / Contam coisas da cidade. (No rancho 
fundo, Ary Barroso e Lamartine Babo) 
d) Baby Baby / Não adianta chamar / Quando alguém está perdido / Procurando se encontrar. (Ovelha negra, 
Rita Lee) 
e) Pois há menos peixinhos a nadar no mar / Do que os beijinhos que eu darei / Na sua boca. (Chega de saudade, 
Tom Jobim e Vinicius de Moraes) 
 
 
 
 
 
116) `Pinturas pré-históricas de dançarinos foram encontradas em paredes de cavernas da África e no sul da 
Europa. Nessas pinturas, que podem ter mais de vinte mil anos, a dança aparece ligada a celebrações religiosas. 
O Texto acima indica que a dança 
a) Foi desenvolvida pelo homem moderno. 
b) Faz parte da religiosidade contemporânea. 
c) Está presente nos primeiros registros da história. 
d) Perdeu a importância como manifestação de cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
117) (ENEM 2012) LXXVIII (Camões, 1525?-1580) 
Leda serenidade deleitosa, 
Que representa em terra um paraíso; 
Entre rubis e perlas doce riso; 
Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa; 
Presença moderada e graciosa, 
Onde ensinando estão despejo e siso 
Que se pode por arte e por aviso, 
Como por natureza, ser fermosa; 
Fala de quem a morte e a vida pende, 
Rara, suave; enfim, Senhora, vossa; 
Repouso nela alegre e comedido: 
Estas as armas são com que me rende 
E me cativa Amor; mas não que possa 
Despojar-me da glória de rendido. 
CAMÕES, L. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008. 
 
 
SANZIO, R. (1483-1520) A mulher com o unicórnio. Roma, Galleria Borghese. Disponível em: 
www.arquipelagos.pt. Acesso em: 29 fev. 2012. (Foto: Reprodução/Enem) 
A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo 
contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos 
a) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos 
usados no poema. 
b) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal e na variação de atitudes da mulher, 
evidenciadas pelos adjetivos do poema. 
c) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela 
postura, expressão e vestimenta da moça e os adjetivos usados no poema. 
d) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evidenciado 
pelos adjetivos usados no poema. 
e) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidenciados 
pela expressão da moça e pelos adjetivos do poema. 
 
 
 
118) (ENEM 2011) Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os 
brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro, acompanhado pelo 
violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da 
música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo 
com urtigas bravas. E seguiram-se outra notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram 
dois instrumentos que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, 
como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de beijos 
e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo. 
AZEVEDO, A. O Cortiço . São Paulo: Ática, 1983 (fragmento). 
No romance O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo, as personagens são observadas como elementos coletivos 
caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto entre 
brasileiros e portugueses revela prevalência do elemento brasileiro, pois 
a) destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas. 
b) Exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo. 
c) mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português. 
d) destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses. 
e) atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais. 
 
 
119)Leia: 
 'Causo' de amor 
Boldrin, paulista de São Joaquim da Barra, criado em Guaíra, perto de 
Barretos, tem, digamos, um causo de amor com o Brasil. 
(Texto adaptado. Fonte: Jornal do Brasil. Caderno B, 27/07/2005) 
 
Observe a palavra causo, empregada no texto. Ela faz parte de uma variante regional da língua portuguesa, 
encontrada especialmente no sertão brasileiro. No texto, retirado de um jornal, ela aparece entre aspas ('causo') 
e em itálico (causo). Esse destaque na redação do termo sugere que o autor quer 
a) afirmar que ele pertence ao grupo de falantes de uma variante, regional. 
b) ensinar a forma correta de escrever essa palavra na variante padrão culta. 
c) abolir o uso dessa expressão nos textos publicados pela imprensa escrita. 
d) marcar o uso intencional dessa palavra dentro do texto em norma culta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
120) O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois 
desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. 
ROSA. J. G. Grande sertão: veredas. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1986. 
No romance Grande sertão: veredas, o protagonista Riobaldo narra sua trajetória de jagunço. A leitura do trecho 
permite identificar que o desabafo de Riobaldo se aproxima de um(a) 
a) diário, por trazer lembranças pessoais. 
b) fábula, por apresentar uma lição de moral. 
c) notícia, por informar sobre um acontecimento. 
d) aforismo, por expor uma máxima em poucas palavras. 
e) crônica, por tratar de fatos do cotidiano. 
 
 
121) (ENEM 2012) Verbo ser 
QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? 
Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a 
ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? 
Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. 
Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer. 
 
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. 
A inquietação existencial do autor com a autoimagem corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões 
existenciais que têm origem 
a) no conflito do padrão corporal imposto contra as convicções de ser autêntico e singular. 
b) na aceitação das imposições da sociedade seguindo a influência de outros. 
c) na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e culturas familiares. 
d) no anseio de divulgar hábitos enraizados, negligenciados por seus antepassados. 
e) na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de seus pares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
122) Mas não era eu! Eram as botas que falavam entre si, suspiravam e riam, mostrando, em vez de dentes, umas 
pontas de tachas enferrujadas. Prestei o ouvido; eis o que diziam as botas: 
BOTA ESQUERDA — Ora, pois, mana, respiremos e filosofemos um pouco. 
BOTA DIREITA — Um pouco? Todo o resto da nossa vida, que não há de ser muito grande... 
ASSIS, Machado de. Filosofia de um par de botas. In: O Cruzeiro. Rio de Janeiro, 23/abril/1878. 
O texto acima é o fragmento de um diálogo entre dois personagens inanimados apresentados por um narrador. 
A expressão que introduz estes personagens para o leitor é: 
a) “... eis o que diziam as botas...” 
b) “Mas não era eu...!” 
c) “...umas pontas de tachas enferrujadas...” 
d) “... filosofemos um pouco...” 
 
 
123) (ENEM 1999) E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. 
Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O 
que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de 
plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de 
elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que 
assim é o amor, oh! Minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas 
meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico. (BRAGA, Rubem. Ai de ti, 
Copacabana. 20.ed.) 
 
O poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu assim sobre a obra de Rubem Braga: 
 
O que ele nos conta é o seu dia, o seu expediente de homem, apanhado no essencial, narrativa direta e econômica. 
(...) É o poeta do real, do palpável, que se vai diluindo em cisma. Dá o sentimento da realidade e o remédio para 
ela. 
 
Em seu texto, Rubem Braga afirma que “este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo 
de elementos”. Afirmação semelhante pode ser encontrada no texto de Carlos Drummond de Andrade, quando, 
ao analisar a obra de Braga, diz que ela é 
 
a) uma narrativa direta e econômica. 
b) real, palpável. 
c) sentimento de realidade. 
d) seu expediente de homem. 
e) seu remédio. 
 
 
 
124) (ENEM 1998) A discussão sobre gramática na classe está “quente”. Será que os brasileiros sabem gramática? 
A professora de Português propõe para debate o seguinte texto: 
PRA MIM BRINCAR 
Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar. As cariocas que não sabem 
gramática falam assim. Todos os brasileiros deviam de querer falar como as cariocas que não sabem gramática. 
¾ As palavras mais feias da língua portuguesa são quiçá, alhures e miúde. 
(BANDEIRA, Manuel. Seleta em prosa e verso. Org: Emanuel de Moraes. 4ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1986. 
Pág. 19) 
 
Com a orientação da professora e após o debate sobre o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram à seguinte 
conclusão: 
a) uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi a busca da identidade do povo brasileiro e o registro, no 
texto literário, da diversidade das falas brasileiras. 
b) apesar de os modernistas registrarem as falas regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em relação às 
cariocas. 
c) a tradição dos valores portugueses foi a pauta temática do movimento modernista. 
d) Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros exaltaram em seus textos o primitivismo da nação brasileira. 
e) Manuel Bandeira considera a diversidade dos falares brasileiros uma agressão à Língua Portuguesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
125) (ENEM 2015) Carta ao Tom 74 
Rua Nascimento Silva, cento e sete 
Você ensinando pra Elizete 
As canções de canção do amor demais 
Lembra que tempo feliz 
Ah, que saudade, 
Ipanema era só felicidade 
Era como se o amor doesse em paz 
Nossa famosa garota nem sabia 
A que ponto a cidade turvaria 
Esse Rio de amor que se perdeu 
Mesmo a tristeza da gente era mais bela 
E além disso se via da janela 
Um cantinho de céu e o Redentor 
É, meu amigo, só resta uma certeza, 
É preciso acabar com essa tristeza 
É preciso inventar de novo o amor 
MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente. São Paulo: Universal; Philips,1975 (fragmento). 
 
O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes apresenta marcas do gênero textual carta, possibilitando 
que o eu poético e o interlocutor 
 
a) compartilhem uma visão realista sobre o amor em sintonia com o meio urbano. 
b) troquem notícias em tom nostálgico sobre as mudanças ocorridas na cidade. 
c) façam confidências, uma vez que não se encontram mais no Rio de Janeiro. 
d) tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e da vida citadina. 
e) aceitem as transformações ocorridas em pontos turísticos específicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
126) (ENEM 2009) Como se assistisse à demonstração de um espetáculo mágico, ia revendo aquele ambiente tão 
característico de família, com seus pesados móveis de vinhático ou de jacarandá́, de qualidade antiga, e que 
denunciavam um passado ilustre, gerações de Meneses talvez mais singelos e mais calmos; agora, uma espécie 
de desordem, de relaxamento, abastardava aquelas qualidades primaciais. Mesmo assim era fácil perceber o que 
haviam sido, esses nobres da roça, com seus cristais que brilhavam mansamente na sombra, suas pratas semi- 
empoeiradas que atestavam o esplendor esvanecido, seus marfins e suas opalinas – ah, respirava-se ali conforto, 
não havia dúvida, mas era apenas uma sobrevivência de coisas idas. Dir-se-ia, ante esse mundo que se ia 
desagregando, que um mal oculto o roía, como um tumor latente em suas entranhas. 
CARDOSO, L. Crônica da casa assassinada. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002 (adaptado). 
 
O mundo narrado nesse trecho do romance de Lúcio Cardoso, acerca da vida dos Meneses, família da aristocracia 
rural de Minas Gerais,apresenta não apenas a história da decadência dessa família, mas é, ainda, a representação 
literária de uma fase de desagregação política, social e econômica do país. O recurso expressivo que formula 
literariamente essa desagregação histórica é o de descrever a casa dos Meneses como 
a) ambiente de pobreza e privação, que carece de conforto mínimo para a sobrevivência da família. 
b) mundo mágico, capaz de recuperar o encantamento perdido durante o período de decadência da 
aristocracia rural mineira. 
c) cena familiar, na qual o calor humano dos habitantes da casa ocupa o primeiro plano, compensando a 
frieza e austeridade dos objetos antigos. 
d) símbolo de um passado ilustre que, apesar de superado, ainda resiste à sua total dissolução graças ao 
cuidado e asseio que a família dispensa à conservação da casa. 
e) espaço arruinado, onde os objetos perderam seu esplendor e sobre os quais a vida repousa como 
lembrança de um passado que está em vias de desaparecer completamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
127) (ENEM 2009) Canção do vento e da minha vida 
 
O vento varria as folhas, 
O vento varria os frutos, 
O vento varria as flores... 
 E a minha vida ficava 
 Cada vez mais cheia 
 De frutos, de flores, de folhas. 
[...] 
O vento varria os sonhos 
E varria as amizades... 
O vento varria as mulheres... 
 E a minha vida ficava 
 Cada vez mais cheia 
 De afetos e de mulheres. 
 
O vento varria os meses 
E varria os teus sorrisos... 
O vento varria tudo! 
 E a minha vida ficava 
 Cada vez mais cheia 
 De tudo. 
 
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. 
Predomina no texto a função da linguagem 
a) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação. 
b) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões. 
c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação. 
d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais. 
e) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
128) 
 
 
 
Os meios de comunicação podem contribuir para a resolução de problemas sociais, entre os quais o da violência 
sexual infantil. Nesse sentido, a propaganda usa a metáfora do pesadelo para 
 
a) informar crianças vítimas de violência sexual sobre os perigos dessa prática, contribuindo para erradicá-la. 
b) denunciar ocorrências de abuso sexual contra meninas, com o objetivo de colocar criminosos na cadeia. 
c) dar a devida dimensão do que é abuso sexual para uma criança, enfatizando a importância da denúncia. 
d) destacar que a violência sexual infantil predomina durante a noite, o que requer maior cuidado dos 
responsáveis nesse período. 
e) chamar a atenção para o fato de o abuso infantil durante o sono, sendo confundido por algumas crianças 
com um pesadelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
129) (ENEM 2009) 
 
O efeito de humor foi um recurso utilizado pelo autor da tirinha para mostrar que o pai de Mafalda: 
 
a) Revelou desinteresse na leitura do dicionário. 
b) Tentava ler um dicionário, que é uma obra muito extensa. 
c) Causou surpresa em sua filha, ao se dedicar à leitura de um livro tão grande. 
d) Queria consultar o dicionário para tirar uma duvida, e não ler o livro, como sua filha pensava. 
e) Demonstrou que a leitura do dicionário o desagradou bastante, fato que decepcionou muito sua filha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
130) (ENEM 1998) 
 
 
 
O poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese, relação de oposição de palavras 
ou idéias. Assinale a opção em que essa oposição se faz claramente presente. 
 
a) “Amor é fogo que arde sem se ver.” 
b) “É um contentamento descontente.” 
c) “É servir a quem se vence, o vencedor.” 
d) “Mas como causar pode seu favor.” 
e) “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
131) (ENEM 2013) 
 
 
 
Um leitor interessado nas decisões governamentais escreve uma carta para o jornal que publicou o edital, 
concordando com a resolução sintetizada no Edital da Secretaria de Cultura. 
 
Uma frase adequada para expressar sua concordância é: 
 
a) Que sábia iniciativa! Os prédios em péssimo estado de conservação devem ser derrubados. 
b) Até que enfim! Os edifícios localizados nesse trecho descaracterizam o conjunto arquitetônico da Rua 
Augusta. 
c) Parabéns! O poder público precisa mostrar sua força como guardião das tradições dos moradores locais. 
d) Justa decisão! O governo dá mais um passo rumo à eliminação do problema da falta de moradias 
populares. 
e) Congratulações! O patrimônio histórico da cidade merece todo empenho para ser preservado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
132) (ENEM 2008) 
 
 
 
Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da linguagem. 
a) “Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!” 
b) “E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres cairão!” 
c) “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a rua...” 
d) “...e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro” 
e) “mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia, onde um dragão...” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
133) (ENEM 2012) 
 
Extra, extra. Este macaco é humano. 
Não somos tão especiais 
Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais, ainda que 
em menor grau. 
 
INTELIGÊNCIA 
A ideia de que somos os únicos animais racionais tem sido destruída desde os anos 40. A maioria das aves e mamí 
feros tem algum tipo de raciocínio. 
AMOR 
O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, é parecido em várias espécies, como os corvos, que também 
criam laços duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte. 
CONSCIÊNCIA 
Chimpanzés se reconhecem no espelho. Orangotangos observam e enganam humanos distraídos. Sinais de que 
sabem quem são e se distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes. 
CULTURA 
O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e primatas que são capazes de aprender 
novos hábitos e de transmiti-los para as gerações seguintes. O que é cultura se não isso? 
 
BURGIERMAN, D. Superinteressante, n.° 190, jul. 2003. 
O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relação aos outros 
animais. As estratégias argumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista são 
 
a) definição e hierarquia. 
b) exemplificação e comparação. 
c) causa e consequência. 
d) finalidade e meios. 
e) autoridade e modelo. 
 
 
134) 
Recado ao senhor 903 
Vizinho. 
Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta 
em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. (...) Peço-lhe desculpas e prometo silêncio. 
Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e com outro mundo, em que um homem batesse à porta do 
outro e dissesse: Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou. E o outro respondesse: 
Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois descobrimos 
que a vida é curta e a lua é bela. 
Rubem Braga.100 CrônicasEscolhidas. Rio de Janeiro: José Olímpio, 
A reação do autor do texto acima diante da reclamação que lhe foi feita é de 
a) cordialidade. 
b) indiferença. 
c) animosidade. 
d) antipatia 
 
135) (ENEM 2009) 
Texto 1 
 
 
Texto 2 A Constituição Federal no título VII da Ordem Social, em seu Capítulo VII, Art. 226, § 7°, diz: “Fundado 
nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre 
decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício deste 
direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas”. Disponível em 
www.planalto.gov.br. Acesso em: 21 set. 2008. A comparação entre o tratamento dado ao tema do planejamento 
familiar pela charge de Henfil e pelo trecho do texto da Constituição Federal mostra que 
a) a charge ilustra o trecho da Constituição Federal sobre o planejamento familiar. 
b) a charge e o trecho da Constituição Federal mostram a mesma temática sob pontos de vista diferentes. 
c) a charge complementa as informações sobre planejamento familiar contidas no texto da Constituição Federal. 
d) o texto da charge e o texto da Constituição Federal tratam de duas realidades sociais distintas, financiadas por 
recursos públicos. 
e) os temas de ambos são diferentes, pois o desenho da charge representa crianças 
 
136) (ENEM 2014) O Brasil é sertanejo 
 
Que tipo de música simboliza o Brasil? Eis uma questão discutida há muito tempo, que desperta opiniões 
extremadas. Há fundamentalistas que desejam impor ao público um tipo de som nascido das raízes socioculturais 
do país. O samba. Outros, igualmente nacionalistas, desprezam tudo aquilo que não tem estilo. Sonham com o 
império da MPB de Chico Buarque e Caetano Veloso. Um terceiro grupo, formado por gente mais jovem, escuta e 
cultiva apenas a música internacional, em todas as vertentes. E mais ou menos ignora o resto. 
 
A realidade dos hábitos musicais do brasileiro agora está claro, nada tem a ver com esses estereótipos. O gênero 
que encanta mais da metade do país é o sertanejo, seguido de longe pela MPB e pelo pagode. Outros gêneros em 
ascensão, sobretudo entre as classes C, D e E, são o funk e o religioso, em especial o gospel. Rock e música 
eletrônica são músicas de minoria. 
 
É o que demonstra uma pesquisa pioneira feita entre agosto de 2012 e agosto de 2013 pelo Instituto Brasileiro 
de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A pesquisa Tribos musicais - o comportamento dos ouvintes de rádio 
sob uma nova ótica faz um retrato do ouvinte brasileiro e traz algumas novidades. Para quem pensava que a MPB 
e o samba ainda resistiam como baluartes da nacionalidade, uma má notícia: os dois gêneros foram superados 
em popularidade. O Brasil moderno não tem mais o perfil sonoro dos anos 1970, que muitos gostariam que se 
eternizasse. A cara musical do país agora é outra. 
 
GIRON, L. A. Época, n. 805, out. 2013 (fragmento). 
 
O texto objetivo convencer o leitor de que a configuração da preferência musical dos brasileiros não é mais a 
mesma da dos anos 1970. A estratégia de argumentação para comprovar essa posição baseia-se no(a) 
 
a) apresentação dos resultados de uma pesquisa que retrata o quadro atual da preferência popular relativa à 
música brasileira. 
b) caracterização das opiniões relativas a determinados gêneros, considerados os mais representativos da 
brasilidade, como meros estereótipos. 
c) uso de estrangeirismos, como rock, funk e gospel, para compor um estilo próximo ao leitor, em sintonia com o 
ataque aos nacionalistas. 
d) ironia com relação ao apego a opiniões superadas, tomadas como expressão de conservadorismo e 
anacronismo, com o uso das designações “império” e “baluarte”. 
e) contraposição a impressões fundadas em elitismo e preconceito, com a alusão a artistas de renome para 
melhor demonstrar a consolidação da mudança do gosto musical popular. 
 
 
 
 
 
137) (ENEM 2010) Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, 
romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário 
mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que 
viria a tornar-se o maior escritor do paı́s e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, 
Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentou o 
autodidata Machado de Assis. 
Disponível em: http://www.passeiweb.com. Acesso em: 1 maio 2009. 
Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de 
a) fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor. 
b) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida 
cotidiana. 
c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus 
principais feitos. 
d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade 
familiar em detrimento de seus feitos públicos. 
e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, 
com um estilo marcado por linguagem objetiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
138) (ENEM 2005) 
POEMA DE SETE FACES 
Quando eu nasci, um anjo torto 
desses que vivem na sombra 
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. 
As casas espiam os homens 
que correm atrás de mulheres. 
A tarde talvez fosse azul, 
não houvesse tantos desejos. (....) 
Meu Deus, por que me abandonaste 
se sabias que eu não era Deus 
se sabias que eu era fraco. 
Mundo mundo vasto mundo, 
se eu me chamasse Raimundo 
seria uma rima, não seria uma solução. 
Mundo mundo vasto mundo 
mais vasto é o meu coração. (Carlos Drummond de Andrade. "Obra completa". Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 
53.) 
No verso “Meu Deus, por que me abandonaste”, Drummond retoma as palavras de Cristo, na cruz, pouco antes 
de morrer. Esse recurso de repetir palavras de outrem equivale a 
a) emprego de termos moralizantes. 
b) uso de vício de linguagem pouco tolerado. 
c) repetição desnecessária de idéias. 
d) emprego estilístico da fala de outra pessoa. 
e) uso de uma pergunta sem resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
139) (ENEM 2010) 
A carreira do crime 
 
Estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tráfico de drogas 
nas favelas cariocas expõe as bases sociais dessas quadrilhas, contribuindo para explicar as dificuldades que o 
Estado enfrenta no combate ao crime organizado. 
O tráfico oferece ao jovem de escolaridade precária (nenhum dos entrevistados havia completado o ensino 
fundamental) um plano de carreira bem estruturado, com salários que variam de R$ 400,00 a R$ 12.000 mensais. 
Para uma base de comparação, convém notar que, segundo dados do IBGE de 2001, 59% da população brasileira 
com mais de dez anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no máximo o ‘piso salarial’ oferecido 
pelo crime. Dos traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% recebiam mais de R$ 2.000 mensais; já na população 
brasileira essa taxa não ultrapassa 6%. 
Tais rendimentos mostram que as políticas sociais compensatórias, como o Bolsa-Escola (que paga R$ 15 
mensais por aluno matriculado), são por si só incapazes de impedir que o narcotráfico continue aliciando 
crianças provenientes de estratos de baixa renda: tais políticas aliviamum pouco o orçamento familiar e 
incentivam os pais a manterem os filhos estudando, o que de modo algum impossibilita a opção pela delinquência. 
No mesmo sentido, os programas voltados aos jovens vulneráveis ao crime organizado (circo-escola, oficinas de 
cultura, escolinhas de futebol) são importantes, mas não resolvem o problema. 
A única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico é a repressão, que aumenta os riscos para os que 
escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos aos adolescentes provam isso: eles são elevados precisamente 
porque a possibilidade de ser preso não é desprezível. É preciso que o Executivo federal e os estaduais 
desmontem as organizações paralelas erguidas pelas quadrilhas, para que a certeza de punição elimine o fascínio 
dos salários do crime. 
Editorial. Folha de São Paulo. 15 jan. 2003. 
Com base nos argumentos do autor, o texto aponta para 
a) uma denúncia de quadrilhas que se organizam em torno do narcotráfico. 
b) a constatação de que o narcotráfico restringe-se aos centros urbanos. 
c) a informação de que as políticas sociais compensatórias eliminarão a atividade criminosa a longo prazo. 
d) o convencimento do leitor de que para haver a superação do problema do narcotráfico é preciso 
aumentar a ação policial. 
e) uma exposição numérica realizada com o fim de mostrar que o negócio do narcotráfico é vantajoso e sem 
riscos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
140) Imagem de alta definição, som límpido, sinal estável, vários canais e a possibilidade de se conectar com a 
Internet através da televisão. Estas são algumas das vantagens da TV digital — um sistema de transmissão, 
recepção e processamento de sinais de alta definição, compactados em formato digital, que podem ser enviados 
via satélite, microondas, cabos e terrestre. Internet: <www.faperj.br>. De acordo com o texto acima, a TV digital 
é vantajosa porque 
a) incentivará a criação de novas emissoras. 
b) tornará os modelos de televisores compactos. 
c) permitirá melhor definição de som e imagem. 
d) oferecerá acesso gratuito à Internet. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito 
Questão Resposta 
100 e 
101 c 
102 c 
103 c 
104 d 
105 e 
106 c 
107 a 
108 e 
109 e 
110 d 
111 b 
112 a 
113 d 
114 d 
115 d 
116 c 
117 c 
118 c 
119 d 
120 d 
121 a 
122 a 
123 a 
124 a 
125 b 
126 e 
127 e 
128 c 
129 d 
130 b 
131 e 
132 a 
133 b 
134 a 
135 b 
136 a 
137 e 
138 d 
139 d 
140 c

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