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APOSTILA ADMINISTRAÇÃO GERAL - PROF. MARIO MOLLO NETO 1 – INTRODUÇÃO: Administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), designa o desempenho de tarefas de direção dos assuntos de um grupo. É utilizada em especial em áreas com corpos dirigentes poderosos , como por exemplo no mundo empresarial (administração de empresas) e em entidades dependentes dos governos (administração pública). 1.1 – O QUE É UM ADMINISTRADOR? O ato de administrar é executado pelo “administrador” que, avalia os objetivos organizacionais e desenvolve as estratégias necessárias para alcançá-los. Este profissional, no entanto, não tem apenas função teórica, ele é responsável pela implantação de tudo que planejou e, portanto, vai ser aquele que define os programas e métodos de trabalho, avaliando os resultados e corrigindo os setores e procedimentos que estiverem com problemas. Como é função do administrador que a produtividade e/ou lucros sejam altos, ele também terá a função de fiscalizar a produção e, para isto, é necessário que fiscalize cada etapa do processo, controlando inclusive os equipamentos e materiais (recursos) envolvidos na produção, para evitar desperdícios e prejuízos pra a organização. Existem três tipos de habilidades que o administrador deve possuir para trabalhar com sucesso: A) A HABILIDADE TÉCNICA : consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para realização de tarefas específicas por meio da experiência profissional B) A HABILIDADE HUMANA : consiste na capacitação e discernimento para trabalhar com pessoas, comunicar, compreender suas atitudes e motivações e desenvolver uma liderança eficaz C) A HABILIDADE CONCEITUAL : consiste na capacidade para lidar com idéias e conceitos abstratos. Essa habilidade permite que a pessoa faça abstrações e desenvolva filosofias e princípios gerais de ação. 1.2 – O QUE É UMA ORGANIZAÇÃO? 1 A vida das pessoas depende das organizações e estas dependem do trabalho daquelas. As pessoas nascem, crescem, aprendem, vivem, trabalham, se divertem, são tratadas e morrem dentro de organizações. As organizações são extremamente heterogêneas e diversificadas, de tamanhos diferentes, de características diferentes, de estrutura diferentes, de objetivos diferentes. Existem organizações lucrativas (chamadas empresas) e organizações não lucrativas (como Exercito, Igrejas, serviços públicos, entidades filantrópicas, organizações não- governamentais etc). Em Administração de Empresas, organização é uma companhia, corporação, firma, empreendimento ou instituição, ou parte ou combinação de uma dessas, seja incorporada ou não, pública ou privada, que têm suas próprias funções ou administração, e que tenham um ou mais objetivos finais em comum. Para organizações de mais de um unidade operacional, cada unidade operacional pode eventualmente ser definida como uma organização. 1.3 – ATIVIDADES EXECUTADAS EM ORGANIZAÇÕES. FUNÇÕES DA ORGANIZAÇÃO As três funções centrais de qualquer organização são: • Função de marketing : (inclui vendas) - É responsável por comunicar os produtos ou serviços de uma empresa para seu mercado, de modo a gerar pedidos de serviços e produtos por consumidores • Função de desenvolvimento de produto ou serviço - Responsável por criar novos produtos ou serviços ou modificá-los, de modo a gerar solicitações futuras de consumidores por produtos e serviços. · • Função produção - responsável por satisfazer às solicitações de consumidores por meio da produção e entrega de produtos e serviços. Essa função é desempenhada pela área de Gerência de operações. As funções de apoio da organização são: • Função contábil financeira - fornece a informação para ajudar os processos decisórios econômicos e administra os recursos financeiros da organização 2 • Função de recursos humanos - tanto recruta e desenvolve os funcionários da organização, como também se encarrega de seu bem-estar Nem todas as organizações usam esses nomes, ou dispõem de todas essas áreas como departamentos separados - mas em todas elas estas necessidades estão presentes. De fato, muitos problemas interessantes em administração (e oportunidades de melhoria) baseiam-se nas fronteiras justapostas entre as funções.Áreas como compras e distribuição são geralmente qualificadas como parte integrante da Função Produção. 1.4 – O QUE É ADMINISTRAR? Administrar como processo significa planejar, dirigir, organizar, coordenar, e controlar organizações e/ou tarefas, tendo como objetivo maior produtividade e/ou lucratividade. Administrar como sistema ou atividade dinâmica, consiste em tomar decisões sobre objetivos e recursos. A estrutura administrativa é inerente a qualquer situação em que haja pessoas utilizando recursos para atingir algum tipo de objetivo. 2 – PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO: 2.1 – O PROCESSO DE ORGANIZAR: Processo (no latim procedere é verbo que indica a ação de avançar, ir para frente (pro+cedere)). É conjunto sequencial e peculiar de ações que objetivam atingir uma meta. É usado para criar, inventar, projetar, transformar, produzir, controlar, manter e usar produtos ou sistemas. O termo "organização" também pode se referir a um arranjo: uma estrutura organizada para arranjar ou classificar algo: objetos (textos, documentos) ou idéias (informações, agenda). 2.2 – RELAÇÕES FORMAIS NA ORGANIZAÇÃO Relações profissionais, relações industriais, relações laborais, relações de emprego e relações de trabalho, são expressões conceitualmente equivalentes utilizadas para designar o conjunto das práticas e das regras que estruturam as relações entre os assalariados, os empregadores e o Estado numa empresa, numa atividade econômica, num setor, numa região ou numa economia. Estas relações podem ser individuais ou coletivas, diretamente estabelecidas pelos atores implicados na relação de trabalho ou pelos seus representantes (organizações de empregadores, organizações sindicais), enraizarem-se nos costumes e tradições ou dar lugar à produção de regras formais (acordos internos, convenções coletivas, regulamentações, leis, etc.). 2.3 – ORGANOGRAMAS Organograma é a representação gráfica da estrutura formal de uma organização. 3 O organograma possibilita a identificação de possíveis deficiências hierárquicas na organização. Como exemplo podemos citar um colaborador com 2 chefes no mesmo nível hierárquico. Hierarquia As técnicas de delegação de autoridade são as seguintes: 1. Delegar a tarefa inteira. 2. Delegar à pessoa certa. 3. Delegar responsabilidade e autoridade. 4. Proporcionar informação adequada. 5. Manter retroação 6. Avaliar e recompensar o desempenho 4 Tipos de Organogramas: 2.4 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Estrutura organizacional: Forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. Benefícios de uma estrutura adequada. Identificação das tarefas necessárias; Organização das funções e responsabilidades; Informações, recursos, e “feedback” aos empregados; Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos; Condições motivadoras. Estrutura: Toda empresa possui dois tipos de estrutura: Formal e informal. Formal: Deliberadamente planejada e formalmente representada, em alguns aspectos pelo seu organograma. Ênfase a posições em termos de autoridades e responsabilidades. É estável. Está sujeita a controle. Está na estrutura. Líder formal. 5 Informal: Surge da interação social das pessoas, o que significa que se desenvolve espontaneamente quando as pessoas se reúnem. Representa relações que usualmente não aparecem no organograma. São relacionamentos não-documentados e não-reconhecidos oficialmente entre os membros de uma organização que surgem inevitavelmente em decorrência das necessidades pessoais e grupais dos empregados. Está nas pessoas.Sempre existirão. A autoridade flui na maioria das vezes na horizontal. É instável. Não está sujeita a controle. Está sujeita aos sentimentos. Líder informal. Desenvolve sistemas e canais de comunicação. DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO FUNCIONAL BÁSICA: AS DIFERENTES DENOMINAÇÕES DOS MESMOS DEPARTAMENTOS: 6 DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PRODUTOS NOS NÍVEIS DE DIVISÃO E DE DEPARTAMENTO: AGRUPAMENTO POR LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA: AGRUPAMENTO POR CLIENTELA EM UMA LOJA: 7 AGRUPAMENTO POR PROCESSO: AGRUPAMENTO POR PROJETO: EXEMPLO DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO COMBINADA: 8 3 – PLANEJAMENTO E CONTROLE FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR COMO UM PROCESSO SEQÜENCIAL FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR COMO UM CICLO ADMINISTRATIVO 3.1 – PLANEJAMENTO Em várias realizações humanas (no governo, na educação, na gestão de empresas etc.), o planejamento, planeamento ou planificação é definido como o ato ou processo de estabelecer objetivos (metas), diretrizes (princípios orientadores) e procedimentos (Metodologia/metodologias) para uma unidade de trabalho. Como resultado deste processo forma-se um plano. É importante que o planejamento seja entendido como um processo cíclico e prático das determinações do plano, o que lhe garante continuidade, havendo uma constante realimentação de situações, propostas, resultados e soluções, lhe conferindo assim dinamismo, baseado na multidisciplinaridade, interatividade e na integração profissional, num processo contínuo de tomada de decisões. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO • Definir missão Planejamento Organizaçã Direção Controle Planejamento Organização Direção Controle 9 Ciclo administrativo • Formular objetos • Definir os planos para alcançá-los • Programar as atividades 3.2 – ORGANIZAÇÂO Modo pelo qual se organiza um sistema. OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÂO • Dividir o trabalho • Designar as atividades • Agrupar as atividades em órgãos e cargos • Alocar recursos • Definir autoridade e responsabilidade 3.3 – DIREÇÃO Diretor é o indivíduo responsável pelo planejamento e controle da execução dos trabalhos de seus subordinados no dia-a-dia de uma determinada empresa. OBJETIVOS DA DIREÇÃO • Designar as pessoas • Coordenar os esforços • Comunicar • Motivar • Liderar • Orientar 3.4 – CONTROLE Controle é uma das funções que compõem o processo administrativo. A função controlar consiste em averiguar se as atividades efetivas estão de acordo com as atividades que foram planejadas. OBJETIVOS DO CONTROLE: 10 • Definir padrões • Monitorar o desempenho • Avaliar o desempenho • Ação corretiva 4 – COORDENAÇÃO: 4.1 – O QUE É COORDENAÇÃO? A coordenação tem por função auxiliar tecnicamente os clientes no desenvolvimento de novas aplicações, que vão desde a escolha dos produtos e serviços mais adequados para as aplicações, projetos dos componentes e das ferramentas para fabricá-los até o processamento dos produtos, e na solução de problemas de manufatura ou nos produtos e serviços fornecidos. 4.2 – MECANISMOS DA COORDENAÇÃO O estudo e a definição das interdependências que ocorrem freqüentemente entre tarefas colaborativas com o objetivo de apresentar um conjunto de mecanismos de coordenação para a especificação e controle da interação entre essas tarefas são genéricos e podem ser reutilizados em uma série de ambientes colaborativos, tais como workflows interorganizacionais e ambientes virtuais colaborativos. A separação entre atividades (tarefas) e dependências, controladas pelos mecanismos de coordenação, permite o uso de diferentes políticas de coordenação em um mesmo ambiente colaborativo, sendo necessário apenas trocar os mecanismos de coordenação. Os mecanismos são modelados por redes de Petri, que oferecem um suporte matemático para análise e simulação do comportamento do ambiente colaborativo. Com o modelo baseado em redes de Petri, é possível prever e testar o comportamento de um ambiente de suporte ao trabalho colaborativo antes mesmo de sua implementação. O conceito de redes de Petri foi introduzido por Carl Adam Petri , em sua tese de doutoramento intitulada Kommunikation mit Automaten (1962) na faculdade de Matemática e Física da Universidade de Darmstadt na então Alemanha Ocidental . Nos anos seguintes, a medida que seu trabalho foi sendo introduzido em outros países, esse conceito difundiu-se e vem sendo aperfeiçoado através da promoção de workshops, conferências internacionais e publicações de novos trabalhos, os quais vêm formando mestres e doutores nessa área . Redes de Petri são uma ferramenta gráfica e matemática de modelagem (descrição/especificação) que podem ser aplicadas em diversos tipos de sistemas apresentando um bom nível de abstração em comparação com outros modelos gráficos . Além disso, as Redes de Petri ( RdP´s ) possibilitam a verificação da corretude do sistema especificado . Usando-se RdP , pode-se modelar sistemas paralelos , concorrentes , assíncronos e não-determinísticos . Sendo um modelo do tipo estado-evento, onde cada evento possui pré-condições que vão permitir sua ocorrência e pós-condições decorrentes desta , as quais são por sua vez pré-condições de outros eventos posteriores. 11 http://www.informatik.uni-hamburg.de/TGI/mitarbeiter/profs/petri_eng.html Áreas como: redes de computadores e protocolos de comunicação, sistemas operacionais, programação paralela, bancos de dados distribuídos e sistemas flexíveis de manufatura , enfim, qualquer área em que a concorrência seja um fator preponderante, são passíveis de ter vantajosamente aplicadas as redes de Petri . Outra característica importante, é que ela permite a análise da estrutura e do comportamento dinâmico do sistema modelado, e tais informações são obtidas da mesma representação. Todo o formalismo matemático das redes de Petri possibilita a análise precisa do modelo; verificações de propriedades inerentes aos sitemas concorrentes, tais como relações de precedência entre eventos, sincronização e (in)existência de bloqueio são feitas formalmente . Além de todas estas vantagens, permite a visualização dos processos e a comunicação entre eles . As RdP´s são formadas por dois tipos de componentes : um ativo denominado de transição e outro passivo denominado lugar . Os lugares correspodem às variáveis de estado e as transições às ações ( eventos ) realizadas pelo sistema . Estes dois elementos são os vértices do grafo associado às RdP´s . Os arcos que interligam lugares às transições correspodem à relação entre as condições verdadeiras , que em um dado momento , possibilitam a execução das ações , enquanto os arcos que interligam transições aos lugares representam a relação entre as ações e as condições que se tornam verdadeiras com a execução das ações . Uma RdP pode ser vista como um grafo orientado mais uma marcação , definida por : LUGAR ( representado por um círculo ) : que modela condição ou estado de um agente (componente de hardware ou software) e que corresponde às condições que devem ser certificadas para os eventos acontecerem ; TRANSIÇÃO ( representada como um retângulo ou barra ) : que modela um evento, tal como o início de uma operação que corresponde aos eventos que caracterizam as mudanças de estado do sistema ; ARCO ORIENTADO : que interliga um lugar a uma trasição ou vice-versa, encadeando condições e eventos - os lugares e as transições são interligados por arcos direcionados ponderados* . MARCA OU FICHA : representa um recurso disponível ao agente , o posicionamento dessas fichas em alguns lugares do grafo , constitui a marcação . A evolução da marcação permite modelar o comportamento dinâmico do sistema . Vejamos esses conceitos ilustrados na figura abaixo: 12 A Rede de Petri é, portanto,um formalismo que permite a modelagem de sistemas dinâmicos discretos com grande poder de expressividade, permitindo representar com facilidade todas as relações de causalidade entre processos em situações de: seqüencialidade , conflito, concorrência e a sincronização. Exemplo de uma rede de Petri : 13 As interdependências entre tarefas colaborativas foram divididas em duas grandes classes: dependências temporais e de gerenciamento de recursos. As dependências temporais servem para estabelecer o ordenamento no processo de execução de tarefas. Através dos mecanismos de coordenação propostos para as dependências temporais, é possível estabelecer se uma tarefa deve ser executada antes, durante ou depois de alguma outra tarefa. Um exemplo de dependência temporal ocorre em sistemas de comércio eletrônico, onde o cancelamento de um pedido por parte do usuário só pode ocorrer antes do produto lhe ser enviado. Outro exemplo ocorre em sistemas de revisão, que só podem iniciar a atividade de revisão após o final da atividade de escrita do documento. As dependências de gerenciamento de recursos são complementares às temporais e lidam com a distribuição dos recursos entre as tarefas. As dependências de gerenciamento de recursos são complementares às temporais e podem aparecer independentemente destas. Estas dependências lidam com o gerenciamento do acesso seqüencial ou simultâneo a um mesmo recurso. Um exemplo é quando dois ou mais participantes desejam alterar simultaneamente o mesmo trecho de um documento em um sistema de autoria colaborativa. 4.3 – COMUNICAÇÃO A comunicação organizacional abrange todas as formas de comunicação utilizadas pela organização para relacionar-se e interagir com seus públicos. A comunicação organizacional engloba relações públicas, estratégias organizacionais (public affairs), marketing corporativo, propaganda corporativa, comunicação interna e externa , enfim um grupo heterogêneo de atividades de comunicação, voltadas fundamentalmente para os públicos ou segmentos com os quais a organização se relaciona e depende. Podemos, ainda, entender a comunicação organizacional como um processo através do qual os membros da organização obtém as informações pertinentes sobre ela e as mudanças que nela ocorrem. Nesta perspectiva, a comunicação organizacional desempenha uma função de fonte de informação (data-gathering) para os membros da organização. A informação se constitui na variável intermediária que une a comunicação à organização. Considerando que a comunicação organizacional diz respeito aos processos de comunicação que caracterizam as organizações humanas, autores e estudiosos a identificaram a partir de três modelos ou perspectivas de comunicação organizacional: tradicional, interpretativo e crítico. O modelo tradicional é assim chamado por ser o mais antigo dos três. A comunicação organizacional nessa perspectiva é tida como uma atividade cujo comportamento pode ser medido, padronizado e classificado. Há uma relação entre processo comunicacional e eficiência organizacional. 14 O segundo modelo é o interpretativo, que entende as organizações como culturas. Nessa perspectiva, a organização é um fenômeno subjetivo, isto é, a ação social somente é possível quando as pessoas podem compartilhar significados subjetivos. A cultura organizacional é considerada uma rede de significados. As pesquisas interpretativistas buscam revelar as realidades socialmente construídas nas organizações. Estudam a comunicação como processo por meio do qual essa construção social ocorre, ou seja, os símbolos e os significados que envolvem as várias formas de comportamento organizacional. A organização é vista também como um espaço de negociação (negociate order), isto é, produto de transações e discursos coletivos. Já a perspectiva crítica aborda a organização como instrumento de opressão. Voltam sua atenção para as classes organizacionais oprimidas: trabalhadores, mulheres, minorias e outros grupos identificados como classes oprimidas). Mesmo admitindo o risco de simplificação, é possível afirmar que os pesquisadores dessa perspectiva estão preocupados simultaneamente com a estrutura social e o processo simbólico. 4.4 – ÓRGÃOS COLEGIADOS São Parceiros no Processso Decisório, e o nível mais elevado de parceria ocorre quando os parceiros participam das decisões no planejamento básico (Planos de Manejo e Planos de Gestão) das Unidades e do planejamento operacional no qual são definidas prioridades para a execução de atividades de manejo ou uso dos recursos, bem como do monitoramento de sua execução. Participando do processo decisório, os parceiros ganham uma visão mais ampla das finalidades e necessidades de uma Unidade, ponderando melhor os aspectos específicos sobre os quais insistem como prioritários, por não identificar outros problemas e potenciais. Entre as atribuições dos colegiados estão: - Esclarecer objetivos, ou seja, tornar compreensível a razão de ser da Unidade; - Favorecer gestões para que os objetivos sejam alcançados; - Identificar opções e suas conseqüências; - Propiciar a avaliação sistemática das opções; - Ampliar a compreensão dos problemas e situações; - Orientar no gerenciamento de futuros problemas; - Prever a necessidade e orientar ações futuras; - Identificar prioridades para investimentos; - Cooperar com a captação de apoio às ações da Unidade; - Construir acordos sustentáveis; - Estabelecer o ponto de partida para futura avaliação e monitoramento; - Ser o centro de um processo contínuo e flexível de planejamento que integre o conjunto de atividades exigido para a gestão da Unidade (o que inclui sua área de entorno), tais como o gerenciamento dos recursos orçamentários e financeiros, o sistema de informações sobre o quadro ambiental interno e externo, o sistema de monitoramento dos ambientes e o sistema de monitoramento da implantação do Plano da Unidade. 15 5 – GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Gestão de recursos humanos é uma atividade executada pelo departamento de recursos humanos de uma empresa com a finalidade de escolher quem seja qualificado para trabalhar para a empresa diante de uma série de candidatos. O objetivo básico que persegue a função de Recursos Humanos (RH) com estas tarefas é alinhar as políticas de RH com a estratégia da organização, que reservará para implantar a estratégia através dos povos. 5.1 – OS RECURSOS HUMANOS Na gestão organizacional, são chamados de “recursos humanos” o conjunto dos empregados ou dos colaboradores dessa organização. 5.2 – RECRUTAMENTO, SELEÇÃO, ADMISSÃO E DEMISSÃO Conceitua-se recrutamento como sendo “Um conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro das organizações”. Assim é possível observar como este processo é importante, pois está vinculado aos planos de crescimento e desenvolvimento da empresa. O mercado de recursos humanos é formado por dois tipos de candidatos: - Empregados (trabalhando em alguma empresa) que se dividem em: Reais (que estão procurando emprego) e Potenciais (que estão interessados em procurar emprego) - Candidatos disponíveis (desempregados). Recrutamento Interno É o preenchimento de uma vaga através do remanejamento de seus empregados que podem ser promovidos (movimentação vertical) ou transferidos (movimentação horizontal) ou ainda transferidos com promoção (movimentação diagonal). Vantagens: - Mais econômico; - Mais rápido; - Fonte de motivação para os empregados; - Aproveita os investimentos da empresa em treinamento do pessoal. Desvantagens: - Só pode ser efetuado quando o candidato interno a uma substituição tenha efetivamente condições de, no mínimo, igualar-se, em curto prazo, ao antigo ocupante do cargo; - Pode gerar um conflito de interesses; - Limitação da criatividade e visão domercado. Recrutamento Externo 16 É o preenchimento de uma vaga através da contratação de uma pessoa de fora da empresa. Vantagens: - Traz “sangue novo” e experiências novas para a organização; - Renova e enriquece os recursos humanos da organização; - Aproveita os investimentos em preparação e desenvolvimento de pessoal efetuado por outras empresas ou pelos próprios candidatos. Desvantagens: - É geralmente mais demorado do que o recrutamento interno; - É mais caro e exige inversões e despesas imediatas; - Em princípio, é menos seguro do que o recrutamento interno, pois os candidatos externos são desconhecidos; - Frustra o pessoal interno que visualiza barreiras para seu crescimento profissional; - Geralmente afeta a política salarial da empresa, influenciando as faixas salariais internas. Seleção É o processo pelo qual uma organização escolhe, em uma lista de candidatos, a pessoa que melhor se encaixa nos critérios de seleção para a posição disponível, visando manter ou aumentar a eficiência e desempenho do pessoal. A seleção pode ser vista como um processo de comparação ou de decisão. Seleção como Processo de Comparação É feita uma comparação entre o perfil do candidato e os requisitos do cargo, como mostrado na figura 1, sendo que o candidato deve estar no mesmo nível do cargo para ser aprovado. Existe também a possibilidade do candidato estar muito acima do nível necessário para ocupar o cargo e sua possível aprovação depende da cultura da empresa e/ou da necessidade do candidato. Seleção como processo de comparação Seleção como Processo de Decisão Uma vez feita a comparação entre os requisitos exigidos pelo cargo e as características dos candidatos, é possível que existam dois ou mais candidatos com condições equivalentes para serem indicados ao órgão requisitante para ocupar a vaga. 17 Como o órgão de seleção somente presta o serviço especializado, cabe ao órgão requisitante tomar a decisão de aprovar ou rejeitar os candidatos. Assim, a seleção é responsabilidade de linha (de cada chefe) e função de staff (prestação de serviços pelo órgão especializado). O órgão de seleção interfere no processo de decisão sempre que houver grande volume de candidatos, por meio de estudos e de validade, no sentido de aumentar a probabilidade de acertos, na estimação de eventos futuros. Como processo de decisão, a seleção de pessoal comporta três modelos de tratamento: - Modelo de colocação - quando não inclui a categoria de rejeição. Neste modelo há um só candidato e há uma só vaga, que deve ser preenchida por aquele candidato. Em outros termos, o candidato apresentado deve ser admitido sem sofrer rejeição alguma; - Modelo de seleção - quando existem vários candidatos e apenas uma vaga a preencher. Cada candidato é comparado com os requisitos exigidos pelo cargo que se pretenda prencher, ocorrendo duas alternativas: aprovação ou rejeição. Se rejeitado, é dispensado do processo, pois somente um dos candidatos poderá ocupar a vaga. - Modelo de classificação - é a abordagem mais ampla e situacional, em que existem vários candidatos para cada vaga e várias vagas para cada candidato. É realizada uma comparação entre o candidato e os requisitos exigidos pelo cargo que se pretende preencher. Ocorrem duas alternativas: ser aprovado ou rejeitado para aquele cargo. Se rejeitado, passa a ser comparado com os requisitos de outros cargos que se pretende preencher, até não existirem mais cargos vagos. Para cada cargo a ser preenchido ocorrem vários candidatos que o disputam, sendo que apenas um deles poderá ocupá-lo, se vier a ser aprovado. Os indivíduos que demosntram possuir as qualidades das quais a corporação tem necessidade são, portanto, admitidos para o quadro funcional da corporação. O processo de Demissão acontece quando a corporação não considera mais que o recurso humano em questão se enquadre no perfil pretendido, ou resolve promover um corte de pessoal para economia, ou por qualquer outra situação que vá de encontro aos seus interesses e objetivos, mesmo que de caráter político, que incorram na redução de seu quadro funcional. 5.3 – TREINAMENTO A instalação de Programas de Treinamento e Desenvolvimento (T & D), representam a preocupação da corporação com a qualidade da assistência prestada aos clientes internos, externos e fornecedores ou demais usuários da instituição e com a qualificação e capacitação dos funcionários que nela atuam. No treinamento as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades. O treinamento aumenta o conhecimento e perícia de um empregado para o desenvolvimento de determinado cargo ou trabalho. Objetivos do Treinamento - Preparar o pessoal para execução imediata das diversas tarefas peculiares à organização; - Proporcionar oportunidade para o contínuo desenvolvimento pessoal, em seus cargos atuais e para prováveis funções futuras; 18 - Mudar a atitude das pessoas. Etapas do Treinamento - Levantamento de necessidades de treinamento; - Programação de treinamento para atender as necessidades; - Implementação e execução; - Avaliação dos resultados. 5.4 – ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS Uma Administração de Cargos e Salários saudável, numa corporação, produz, entre outras, as seguintes vantagens: - Uma estrutura de cargos enxuta; - Menores custos de pessoal; - Melhor retorno de cada real despendido com salários; A avaliação de cargos e salários é uma técnica de "medição" da importância relativa de cada cargo. O resultado dessa medição será utilizado para definir o salário ou a faixa salarial para cada cargo da empresa. No processo de avaliação de cargos são analisadas oportunidades para melhorar o desenho dos cargos e uniformizar o entendimento de todos os Diretores, Gerentes e Supervisores em relação à estrutura de cargos de cada área da empresa. As Normas e Procedimentos do Plano de Cargos e Salários devem ser objetivos e definir claramente os critérios e passos para: - salários de admissão; - alterações de salários; - promoções; - transferências; - reajustes de mercado; - outros tópicos relacionados. 5.5 – AVALIAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Avaliar é uma prática universal em todas as atividades humanas. As organizações, em geral, procuram sistematizar, uniformizar e orientar procedimentos para avaliação de desempenho do seu quadro de pessoal. Dentro de uma organização, o processo de avaliação profissional pode contribuir para: • Que as pessoas reflitam acerca de si próprias e de sua relação com a organização. • Avaliar o estágio de desenvolvimento atual e estabelecer metas futuras para sua evolução na carreira profissional • Estimular o comprometimento dos profissionais com os objetivos institucionais • Estimular a comunicação entre chefias e suas equipes É importante avaliar periodicamente para rever a orientação, corrigir eventuais desvios, definir passos futuros e, principalmente, estimular, motivar e fazer crescer o avaliando. 19 A avaliação profissional analisa a capacidade das pessoas no trabalho. Esta capacidade é apontada pelos conhecimentos, habilidades e atitudes, fundamentais ao crescimento profissional. O processo de avaliação tem por objetivos: • Enfatizar o auto-desenvolvimento, a participação e a reflexão sobre o papel profissional. • Promover um equilíbrio entre os objetivos do indivíduo e da instituição. • Criar condições de mudanças no que se refere a conhecimentos, habilidades, atitudes, comportamentos grupais e individuais. Este processo em geral é realizado em duas etapas: primeiro funcionário e chefia respondem, individualmente, um formulário específico; depois, em conjunto e buscando o consenso, montam uma síntese indicando aspectos favoráveis e desfavoráveis ao perfil do cargo, desempenho, objetivos, treinamentos e medidas necessárias para aperfeiçoamento do trabalho. Também são estabelecidas metas dentro de um planejamento individualde carreira. 5.6 – PLANEJAMENTO DE RECURSOS HUMANOS O Planejamento de Recursos Humanos (PRH) atua na garantia de que a empresa possui a quantidade correta de mão-de-obra, sendo assim capaz de concluir as tarefas necessárias para a realização dos objetivos organizacionais. Os três principais passos para realizar o PRH são: A. Avaliação dos recursos humanos correntes Inicialmente faz-se uma análise de cargos para definir os cargos no interior da organização e os comportamentos necessários para desempenhá-los. As informações coletadas permitem elaborar: - uma descrição do cargo por escrito, declarando o que o ocupante do cargo realiza, além de como e por que realiza; - uma especificação do cargo que formula o mínimo de conhecimento, aptidões e habilidades que um trabalhador precisa possuir para desempenhar o cargo com sucesso. Esses documentos auxiliam os gerentes a recrutar e selecionar adequadamente os novos contratados. B. Avaliação das necessidades futuras de recursos humanos As necessidades de recursos humanos dependem dos objetivos e estratégias da organização e também da demanda pelos produtos ou serviços da organização e de seus níveis de produtividade. Depois de estimar a receita total, a administração pode estimar a quantidade e tipo de recursos humanos necessários para obter essa receita. C. Desenvolvimento de um programa para satisfazer necessidades futuras de recursos humanos Após avaliar as capacidades correntes e as necessidades futuras, a administração está em condições de estimar as carências e destacar áreas para as quais terá de alocar mais pessoal. Em seguida, é possível desenvolver um programa para adequar essas estimativas às previsões de suprimento futuro de mão-de-obra. 20 6 – COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL O comportamento organizacional é o estudo e a aplicação do conhecimento sobre como as pessoas agem dentro das organizações. Ele cita os elementos fundamentais do comportamento organizacional, como sendo as pessoas, a estrutura, a tecnologia e o ambiente no qual a organização opera. “As pessoas são seres que estão vivendo, pensando e sentindo que trabalham na organização para atingirem a seus objetivos”. O ambiente é meio onde a empresa interage. 6.1 – A ABORDAGEM COMPORTAMENTAL As variáveis que afetam o comportamento, podem ser subdivididas em individuais e ambientais. As variáveis de ordem individual dizem respeito a toda bagagem inata, mais as experiências adquiridas ao longo das várias fases evolutivas, tais como a infância, a adolescência e a fase adulta de cada um. Já as variáveis de ordem ambiental abrangem todos os possíveis eventos extrínsecos ao indivíduo, tais como grupo social, cultura, fatores do meio ambiente físico propriamente dito e muitíssimos outros. O comportamento do homem é influenciado pelas variáveis ambientais. O comportamento organizacional pode contribuir para os desenvolvimentos sociais que vão muito além dos limites de qualquer organização. “Ele deveria produzir uma qualidade de vida mais elevada na qual existe ampla harmonia dentro de cada pessoa, entre as pessoas e entre as organizações do futuro”. 21 6.2 – ESTUDOS SOBRE COMPORTAMENTO NAS ORGANIZAÇÕES A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES, SEGUNDO MASLOW: 22 Satisfação Equilíbrio Comportamento ou ação Estimulo ou incentivo Necessidade Tensão Neces- sidades de auto-realização Necessidades de estima Necessidades sociais Necessidades de segurança Necessidades fisiológicas NECESSIDADES SECUNDÁRIAS NECESSIDADES PRIMÁRIAS A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS E MEIOS DE SATISFAÇÃO: A MOTIVAÇÃO DO INDIVÍDUO: 23 • Trabalho criativo e desafiante • Diversidade e autonomia • Participação nas decisões • Responsabilidade por resultados • Orgulho e reconhecimento • Promoções • Amizade dos colegas • Interação com clientes • Gerente amigável • Condições seguras de trabalho • Remuneração e benefícios • Estabilidade no emprego • Intervalos de desconto • Conforto físico • Horário de trabalho razoável Auto- Realização Estima Sociais Segurança Necessidades Fisiológicas A SATISFAÇÃO E A NÃO-SATISFAÇÃO (FRUSTAÇÃO) DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS: FATORES MOTIVACIONAIS E FATORES HIGIÊNICOS: 24 COMPARAÇÃO DOS MODELOS DE MOTIVAÇÃO DE MASLOW E DE HERZBERG: 6.3 – ESTILOS GERENCIAIS 25 Organização linear Organização Funcional • Princípio da Autoridade Linear • Autoridade única ou Unidade de comando • Generalização • Princípio Funcional • Autoridade Funcional ou dividida ou variedade de comando • Especialização 6.4 – LIDERANÇA E CULTURA ORGANIZACIONAL Liderança democrática 26 Líder Subordin ados Subordin ados Líder Líder Subordin ados Estilo Autocrático Estilo Democrático Estilo Liberal Ênfase No líder Ênfase no líder e subordinados Ênfase no subordinados Teorias Situacionais da Liderança Administrador toma a decisão comunica Administrador vende sua decisão Administrador apresenta sua idéias e pede perguntas Administrador apresenta sua decisão, tentativa sujeito à modificação Administrador apresenta o problema, recebe sugestão e toma sua Administrador define os limites e pede ao grupo que tome uma decisão Administrador permite que subordinados funcionem dentro de limites definidos por superior Área de autoridade do administrador Autocrático Consultivo Participativo Liderança centralizada No Chefe Liderança descentralizada Nos Subordinado 7 – ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS Diretor Execução Gerência Gerência Execução Diretor Execução Gerência Gerência Execução Diretor Execução Gerência Staff Assessoria Estrutura Linear Estrutura Linha-Staff Estrutura Funcional Predomínio da Autoridade Predomínio da Autoridade Predomínio da Autoridade Linear e Autoridade 27 AS PROPRIEDADES DA ESTRUTURA MECANÍSTICA E ORGÂNICA 28 Organização Homem - a - Homem Padrão Grupal de Organização Desenho Mecanístico Desenho Orgânico • Coordenação centralizada • Padrões rígidos de interação em cargos bem definidos • Limitada capacidade de processamento da informação • Adequado para tarefas simples e repetitivas • Elevada interdependência • Intensa interação em cargos autodefinidos e mutáveis • Capacidade expandida de processamento da informação • Adequado para tarefas únicas e complexas 7.1 – CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO 29 Organização “Centralizada” Organização “Descentralizada 1. As decisões são tomadas mais rapidamente pelos executores da ação. 2.Tomadores de decisão são os que têm mais informações sobre a situação. 3. Maior participação no processo decisorial promove motivação e moral elevado entre os administradores médios. 4. Proporciona excelente treinamento para os administradores médios. 1. Pode ocorrer falta de informação e coordenação entre os departamentos envolvidos. 2. Maior custo pela exigência de melhor seleção e treinamento dos administradores médios. 3. Risco de subobjetivação: os administradores podem defender mais os objetivos departamentais do que os empresariais. 4. As políticas e procedimentos podem variar enormemente nos diversos departamentos. Vantagens da Descentralização Desvantagens da Descentralização 7.2 - TIPOS DE ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS 7.3 – MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS O PROCESSO DE MUDANÇA, SEGUNDO LEWIN: 30 Descongelamento Mudança Recongelamento Velhas idéias e práticas são derretidas, abandonadas e desaprendidas Novas idéias e práticas são exercidas, aprendidas Novas idéias e práticas são incorporadas,definitivamente ao comportamento Identificação Internalizaçã Reforço Suporte AS FORÇAS QUE ATUAM NO PROCESSO DE MUDANÇA OS DIFERENTES TIPOS DE MUDANÇA ORGANIZACIONAL 31 Velha Situação Forças positivas à mudança são maiores do que as forças negativas Forças positivas à mudanças são maiores do que as forças negativas Nova Situação Velha Situação Tentativa mudança malsucedida Tentativa mudança bem-sucedida Forças Positivas (apoio e suporte) Forças Negativas (oposição e resistência) Mudança na Estrutura Organizacional Mudança na Tecnologia Mudança nos Produtos / Serviços Mudanças na Cultura Organizacional Redesenho da organização Mudança da estrutura do trabalho. Nova configuração Novos equipamentos. Novos processos. Redesenho do fluxo de trabalho. Novos produtos. Novos serviços Redesenho do fluxo de trabalho. Novos clientes. Novas atitudes, percepções, expectativas, mentalidade, habilidades, resultados Desempenho Organizaciona l AS ETAPAS DA MUDANÇA ORGANIZACIONAL AS FORÇAS POSITIVAS E NEGATIVAS À MUDANÇA 32 Forças Ambientais Forças Internas Necessidade de Mudança Diagnóstico da Mudança Implementação da Mudança Competição globalizada, clientes, concorrentes, fornecedores etc. Missão, objetivos, planos, problemas e necessidades da organização Análise dos problemas e necessidades Definição das mudanças necessárias em tecnologia, produtos, estrutura e cultura Utilização da análise de campo de forças, táticas de ultrapassar resistência à mudança Forças Impulsionadoras e Favoráveis Desejo de mudar Vontade de melhorar Novas idéias Criatividade Inovação Inconformismo com o presente Futuro Mudança Forças Restritivas e Impeditivas: Passagem de um estado para outro Desejo de ficar Vontade de manter o status quo Velhas idéias Conservantismo Rotina Conformismo com o presente Presente ou passado + + + + + - - - - - 8 – A TOMADA DE DECISÕES 8.1 – CONCEITUAÇÃO Tomada de decisões é o processo pelo qual são escolhidas algumas ou apenas uma entre muitas alternativas para as ações a serem realizadas. A decisão é tomada a partir de probabilidades,possibilidades e ou alternativas, para toda ação existe uma reação, portanto são de reações que são baseadas as decisões. 8.2 – TIPOS DE DECISÕES O PROCESSO DECISORIAL CLÁSSICO E COMPORTAMENTAL 8.3 – INFORMAÇÕES PARA DECISÃO 33 8.4 – SUPORTE À DECISÃO Durante a década de 80, vimos o desenvolvimento de sistemas de informação sob diversos nomes. O processamento eletrônico de dados foi ampliado por meio de bancos de dados, sistemas de informações gerenciais(SIG), automação de escritórios, sistemas de informações para executivos (SIE) e sistemas de apoio à decisão (SAD). O avanço tecnológico conjugado à competitividade do final do século XX, vem exigindo que os sistemas informatizados de apoio à decisão tentem se aproximar o máximo possível da realidade das empresas e dos negócios. Nesse sentido é que os Sistemas de Apoio a Decisão foram desenvolvidos, visando auxiliar aqueles que têm de tomar decisões, de todos os níveis, em todos os aspectos da tomada de decisão, incluindo os relacionados aos processos empresariais de valor adicionado. Os SAD consistem em um conjunto organizado de procedimentos, software, bancos de dados e dispositivos utilizados para dar suporte à tomada de decisões específicas de um problema. Componentes de um SAD O cerne de um SAD é composto por um banco de dados, um banco de modelos e um gerador de SAD. Um SAD típico, além disso, contém uma interface com o usuário, uma conexão para bancos de dados externos e acesso a outros sistemas baseados em computadores. 9 – TENDÊNCIAS ATUAIS NA ADMINISTRAÇÃO 9.1 – QUALIDADE TOTAL O termo Qualidade vem do latim Qualitas, e é utilizado em diversas situações, mas o seu significado nem sempre é de definição clara e objectiva. Há várias definições para qualidade, do ponto de vista de diferentes pessoas, como: "Produto(s) e/ou serviço(s) com efetividade"; "Valor que produtos similares não possuem"; "Fazer correto da primeira vez"; "Maior relação custo versus benefício"; "Em conformidade com as exigências do(s) cliente(s)"; "Adequação ao uso". Enfim, o referido termo é geralmente empregado para significar excelência de um produto ou um serviço. A qualidade de um produto pode ser olhada por duas ópticas: a do produtor e a do cliente. Do ponto de vista do produtor, a qualidade associa-se à concepção e produção de um produto que vá de encontro às necessidades do cliente. Do ponto de vista do cliente, a qualidade está associada ao valor e à utilidade reconhecidas ao produto, estando em alguns casos ligada ao preço. 34 controle da qualidade, garantia da qualidade e gestão da qualidade são conceitos relacionados à qualidade na indústria e serviços. Os conceitos são usados em várias áreas, inclusive qualidade de software. Gestão da qualidade é o processo de controlar e gerir o processo da qualidade na fabricação ou manutenção de um produto ou serviço. Garantia da qualidade são as ações tomadas para redução de defeitos. Controle da qualidade são as ações relacionadas à medição da qualidade, para diagnosticar se o resultado está sendo atingido. Modelo Referencial Considerando a Qualidade Total como o estado ótimo de eficiência e eficácia na ação de todos os elementos que constituem a existência da Empresa temos a necessidade de modelarmos sua organização e o contexto no qual ela existe. Ao resultado desse processo de modelagem damos o nome de Modelo Referencial para Gestão da Qualidade Total. Este Site vai desenvolver os conceitos da Qualidade Total baseado no modelo esquematizado a seguir: Objetivos da Qualidade Total • Excelência Organizacional o Liderança o Processos o Recursos Humanos o Recursos Tecnológicos o Recursos de Informação o Recursos Financeiros o Recursos Externos • Satisfação dos "Stakeholders" o Clientes [ ISO 9000 ] o Funcionários [ISO 18000] o Acionistas o Meio Ambiente [ISO 14000] o Governo o Comunidade Normas Relacionadas à Qualidade A série ISO 9000 é um conjunto de normas que formam um modelo de gestão da qualidade para organizações que podem, se desejarem, certificar seus sistemas de gestão através de organismos de certificação (tais como o BVQI, A.B.S, Loyds, ou o DNV, entre outros). Foi elaborada através de um consenso internacional sobre as práticas que uma empresa pode tomar a fim de atender plenamente os requisitos de qualidade do cliente. A ISO 9000 não fixa metas a serem atingidas pelas empresas a serem certificadas, a própria empresa é quem estabelece as metas a serem atingidas. A norma ISO 9001:2000, que é a única norma certificável da série, é dividida em oito capítulos, a saber: 35 http://pt.wikipedia.org/wiki/ISO http://pt.wikipedia.org/wiki/BVQI http://pt.wikipedia.org/wiki/A.B.S http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loyds&action=edit http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=DNV&action=edit • § 1. Menciona o objetivo da norma. • § 2. Traz as disposições sobre as referências normativas para auditoria. • § 3. Explica os termos e definições utilizados na redação da norma. • § 4. Contém as disposições sobre o sistema de qualificação propriamente dito: o escopo do sistema, a política da qualidade, como é realizado o controle de documentos, os registros que comprovam a eficácia do sistema, etc. • § 5. Contém as disposições sobre a relações de responsabilidade e autoridade dentro da empresa. • § 6. Contém as disposições sobre a adequação dos recursos materiais e humanos utilizados pela empresa, forma de aquisição, contrataçao, etc. • § 7. Contém as disposições sobre os processos de negócios que regema realização do produto. • § 8. Contém as disposições sobre a medição e monitoramento da eficácia do SGQ, seja com auditorias, seja com auto-avaliações, e as ações corretivas e preventivas a serem tomadas pela empresa a fim de assegurar o pleno cumprimento de todos os requisitos da norma e do cliente. A ISO 9001:2000 foi publicada em 15 de Dezembro de 2000, e antes dela havia a ISO 9001:1994, a ISO 9002:1994 e a ISO 9003:1994, que foram substituídas por esta. ISO 14000 é uma norma desenvolvida pela ISO e que estabelece diretrizes sobre a gestão ambiental dentro das empresas. ISO 18000 é uma norma para segurança e saúde do trabalhador. PROCESSOS DOS CÍRCULOS DE QUALIDADE 36 Criação do Círculo de Qualidade Recomendação de soluções Análise dos problemas Escolha dos Problemas a serem resolvidos Dados coletados pelos membros da equipe Assunto de Qualidade Decisões tomadas pela Administração Retroação dos Administradores ao Círculo de Qualidade O PROCESSO DE MELHORIA DE QUALIDADE 9.2 – BENCHMARKING Benchmarking é a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior. Pode-se dizer que o processo de benchmarking foi inserido no ambiente de negócios pela Xerox, que o definiu como “o processo contínuo de medirmos nossos produtos, serviços e práticas com os mais fortes concorrentes ou com as companhias reconhecidas como líderes da indústria”. O Benchmarking é uma das mais antigas ferramentas de gestão. Seu propósito é estimular e facilitar as mudanças organizacionais e a melhoria de desempenho das organizações através de um processo de aprendizado. Isto é feito de duas maneiras: 1 – Identificando resultados excelentes, geralmente mensurados através de métricas ou indicadores. Tais resultados servem de estímulo para os esforços de melhoria e dão uma garantia de que, através de esforços inteligentes, tais resultados poderão ser igualados. 2 – Identificando as chamadas melhores práticas que, geralmente com alguma adaptação à cultura e às peculiaridades da organização, podem servir de referência para uma mudança que leve a melhores resultados. O objetivo principal de se fazer benchmarking é implementar mudanças que levem a melhorias significativas nos produtos e processos da organização e, consequentemente, nos seus resultados. Qualquer organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, de qualquer setor ou porte pode utilizar o Benchmarking para entender e melhorar os seus processos. 37 1.Escolher uma área de trabalho 4.Analisar o desempenho do método atual 6.Administrar a implementação das melhorias 5.Desenvolver um estudo piloto 2.Organizar a equipe de melhoria da qualidade 3.Identificar benchmarks O benchmarking é uma das formas mais eficazes de se estabelecer metas e tem um efeito motivacional muito grande junto às equipes. Segundo a pesquisa Management Tools & Trends 2005, feita pela Bain & Company, o Benchmarking é a terceira ferramenta de gestão mais usada pelas empresas. Processo de Benchmarking O processo de Benchmarking tem, em geral, 5 fases: planejamento, coleta de dados, análise, adaptação e implementação. Mas a metodologia, mais detalhada, apresenta as seguintes etapas: 1. Identificar os marcos de referência 2. Identificar empresas comparativas 3. Definir método e coletar os dados 4. Determinar a lacuna de desempenho 5. Projetar níveis de desempenho futuro 6. Comunicar descoberta dos marcos d referência e obter aceitação 7. Estabelecer metas funcionais 8. Desenvolver plano de ação 9. Implementar ações específicas e monitorar progresso 10. Recalibrar marcos de referência AS VANTAGENS DO BENCHMARKING 38 OS QUINZE ESTÁGIOS DO BENCHMARKING 9.3 – REENGENHARIA A Reengenharia, criada por Michael Hammer, é um sistema administrativo utilizado pelas organizações para se manterem competitivas no mercado e alçarem as suas metas, reformulando o seu modo de fazer negócios, suas atividades e tarefas ou processos. A reengenharia é vista como “redesenho de processos, envolve a readequação dos processos empresariais, estruturas organizacionais, sistemas de informação e valores de organização objetivando uma guinada nos resultados do negócio”. O redesenho produz eficiência nos processos empresariais, pois a entrega de produtos é feita no menor espaço de tempo possível, os produtos e serviços são otimizados, a satisfação dos clientes, a lucratividade e o faturamento é crescente. Um processo empresarial inclui o planejamento – considerado atividade interna – e a tomada de decisão – considerada atividade externa. Estas atividades modificam entradas em saídas. São elas que norteiam a execução do trabalho. 39 A reengenharia vem modificar o perfil do processo empresarial, proporcionando mudanças importantes para a Estrutura Organizacional, os Valores Organizacionais e os Sistemas de Informação. Entretanto, essas mudanças criam resistências aos empregados que já se consolidaram numa forma de trabalho. Daí resulta a grande dificuldade para a organização: barrar essas resistências e fazer com eles entendam os benefícios deste novo sistema. 9.4 – DOWNSIZING O downsizing é uma das técnicas a ser empregada para tornar a empresa ágil e competitiva, e normalmente é a primeira ferramenta utilizada para iniciar processos de horizontalização nas empresas e reestruturação dos recursos humanos. Esta técnica se resume no enxugamento organizacional reduzindo suposta burocracia e conseqüentemente custos administrativos. Basicamente esta técnica facilita a execução dos processos nas Organizações. Este processo elimina despesas e cargos desde a alta gerência até supervisores e controladores, mas apesar destes procedimentos esta técnica traz alguns efeitos colaterais em sua execução, principalmente em relação aos colaboradores remanescentes que se sentem inseguros em relação à empresa e também por não atingir em alguns casos o escopo de promover mudanças estruturais tornando o ambiente mais leve e ágil para acompanhar o mercado. O downsizing surgiu no mundo empresarial como uma nova ferramenta para que as empresas perdessem alguns quilinhos e ganhassem agilidade e fôlego para se adaptar a mudanças de mercado. Mas o grande problema é como enfrentar este regime e, sobretudo como suportar os sintomas deste. As empresas para se tornarem mais competitivas iniciaram um processo doentio pela queima de gorduras, e esta anorexia empresarial encontrou nos princípios do downsizing a forma de como excluir as organizações gordinhas deste ambiente de forte concorrência. Entretanto após alguns anos da aplicação desta ferramenta nos circuitos empresariais, percebe-se que algumas organizações já se encontram viciadas nesta anorexia desenfreada, e em alguns casos a saúde empresarial é gravemente comprometida, pois além da gordura queima-se algum músculo vital também, que são eliminados acidentalmente neste processo, prejudicando assim o funcionamento do todo. Para Tachizawa “ O downsizing é orientado no sentido do emagrecimento da organização pela redução dos custos com pessoal”. Esta visão estritamente endógena muita vezes impossibilita o organismo visualizar o ambiente externo, pois com músculos atrofiados, divisão de equipes, descrédito e medo de inovar os colaboradores tornam-se meros órgãos isolados trabalhando de forma independente em um sistema tão complexo que não permite o sobrecarregamento e isolamento, e o pior, com medo de mais regimes que possam comprometer ainda mais o seu desempenho. O modelo de organização Horizontal voltada e administrada por processos com foco no cliente, ainda está muito longe de empresas verticais que acreditam que a aplicação do downsizing resolverá os problemas ambientais das empresas. 40 Não é somente o enxugamento de staff ou diminuição de cargos que tornará uma empresa verticalizada de ummomento para outro, em uma empresa ágil e dinâmica onde os fluxos informativos passam a ser direcionados pelo cliente dentro da organização. Ou seja, o downsizing como técnica de redução de custos e diminuição da burocracia não significa que a empresa se tornará horizontal, mas simplesmente tornar- se-á numa empresa menos vertical onde menos pessoas executam uma maior número de tarefas. “ Por meios de fusões de departamentos, gerências e divisões, em que se eliminam funções que não agregam valor ao cliente/consumidor, o downsizing procura implantar na empresa uma estrutura operacional de apenas dois ou três níveis hierárquicos e utilizar a tecnologia da informação como uma fonte para controlar a tomada de decisões da empresa”. Neste contexto de redução de custos e pessoal, o colaborador torna-se uma vítima do processo que visa resultados rápidos e decisões de cima para baixo. O colaborador que permanece na organização, além do excesso de atividades sofre também as pressões de eventuais demissões, ficando a mercê do processo chamado de novos trabalhadores forçados, ou seja, o receio de tornar-se um desempregado obriga os colaboradores a sujeitarem-se aos procedimentos organizacionais, não questionando os princípios tampouco questionando os procedimentos administrativos aplicados. O conceito de downsizing aplicado na maioria das organizações atualmente é completamente diferente do propósito de horizontalização que as empresas buscam frente ao mercado pós-moderno. A quebra de paradigmas nos valores organizacionais, em busca de empresas voltadas aos clientes ainda está muito longe de empresas que adotaram o downsizing e oprimiram inconscientemente seus colaboradores de implementar novos processos direcionados ao mercado, pois os colaboradores remanescentes desta carnificina imediatista seguramente não terão forças e criatividade para opor este mal estar de rentabilidade rápida, de atingir os resultados e metas de forma galopante, se em contra partida suas motivações, seus valores, sua dignidade e segurança não estão inseridos no seio desta organização clássica perdida num mundo globalizado, em que os erros não são permitidos e onde os novos trabalhadores forçados são escravizados pelo sistema onde o Homem assume posição periférica. 9.5 – GESTÃO DO CONHECIMENTO GESTÃO DO CONHECIMENTO é um processo sistemático, articulado e intencional, apoiado na geração, codificação, disseminação e apropriação de conhecimentos, com o propósito de atingir a excelência organizacional. é uma maneira fundamentalmente nova de se olhar para a organização não é um modismo, mas tem ainda um longo caminho entre a retórica e a prática ainda não é parte integrante do planejamento e do pensamento estratégico ainda não está integrada às práticas essenciais de RH 41 CICLO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO Resultado de: • Vivência x observação x raciocínio x experimentação x memórias É criado e modificado: Por e entre pessoas É obtido através de: • Interação com pessoas, estudo, trabalho, lazer. 42 9.6 – GLOBALIZAÇÃO A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração económica, social, cultural e espacial e barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX. É um fenómeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados. A rigor, as sociedades do mundo estão em processo de globalização desde o início da História. Mas o processo histórico a que se denomina Globalização é bem mais recente, datando (dependendo da conceituação e da interpretação) do colapso do bloco socialista e o conseqüente fim da Guerra Fria (entre 1989 e 1991), do refluxo capitalista com a estagnação económica da URSS (a partir de 1975) ou ainda do próprio fim da Segunda Guerra Mundial. As principais características da Globalização são a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica nas comunicações e na electrónica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais regionais (não mais ideológicos), a hibridização entre culturas populares locais e uma cultura de massa supostamente "universal", entre outros. Origens da Globalização A globalização é um fenómeno capitalista e complexo, que se desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje muitos economistas analisam a globalização como resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como resultado da Revolução Tecnológica. Conceito e avaliação Apesar das contradições há um certo consenso a respeito das características da globalização que envolve o aumento dos riscos globais de transações financeiras, perda de parte da soberania dos Estados com a ênfase das organizações supra-governamentais, aumento do volume e velocidade como os recursos vêm sendo transacionados pelo mundo, através do desenvolvimento tecnológico etc Além das discussões que envolvem a definição do conceito, há controvérsias em relação aos resultados da globalização. Tanto podemos encontrar pessoas que se posicionam a favor como contra (movimentos antiglobalização). 43 A Globalização é um fenómeno moderno dos nossos dias e que surgiu com a evolução dos novos meios de comunicação cada vez mais rápidos e mais eficazes. Há, no entanto, aspectos tanto positivos quanto negativos na Globalização. No que concerne aos aspectos negativos há a referir a facilidade com que tudo circula não havendo grande controle como se pode facilmente depreender pelos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos da América. Esta globalização serve para os mais fracos se equipararem aos mais fortes pois tudo se consegue adquirir através desta grande autoestrada informacional do mundo que é a Internet. Outro dos aspectos negativos é a grande instabilidade econômica que se cria no mundo, pois qualquer fenômeno que acontece num determinado país atinge rapidamente outros países criando-se contágios que tal como as epidemias se alastram a todos os pontos do globo como se de um único ponto se tratasse. Os países cada vez estão mais dependentes uns dos outros e já não há possibilidade de se isolarem ou remeterem-se no seu ninho pois ninguém é imune a estes contágios positivos ou negativos. Como aspectos positivos, temos sem sombra de dúvida, a facilidade com que as inovações se propagam entre países e continentes, o acesso fácil e rápido à informação e aos bens. Com a ressalva de que para as classes menos favorecidas economicamente, especialmente nos países em desenvolvimento, esse acesso não é "fácil" (porque seu custo é elevado) e não será rápido. Busca do lucro no desprezo da qualidade humana e ambiental O processo de globalização tem sido questionado e tem-se associado a aspectos negativos, muitas vezes por seguir a manada, outras vezes como instrumento politico, mas em relação aos que refletem porque criticam racionalmente, fazem-no para elevar a ponderação de direitos sociais dos trabalhadores. umas vezes para evitar uma deslocalização de uma empresa ou fábrica para paises onde as regras de trabalho não são tão rigorosas. Os estados capitalistas têm estado de alguma forma de pés atados nestes campos, mas tem surgido a óptica de poder bloquear a entrada de produtos de uma dada empresa de um outro pais quando, esta não cumpra com certos critérios que são obrigatórios no país, como os critérios laboriais, condições de trabalho, critérios ambientais. O outro lado da medalha é que quando as grandes empresas se deslocalizam para esses paises em vias de desenvolvimento e as regras de conduta a empresas ainda não está totalmente apurada, o que se passa é que essas empresas pagam e regem a sua conduta de exceptionalmente para os critérios desse pais, sendo empresas com grande factor atractivo para as pessoas desse pais. Em última análise, essa transferênciade capitais para os em vias de desenvolvimento iram conduzir a um desenvolvimento do pais e eventualmente a uma uniformização de critérios em termos mundiais. O que realmente os criticos da globalização apontam é que até se atingir esses critérios uniformes mundiais, iria-se demorar muito tempo. Não confundir com a liberalização da economia onde permite a entrada de produtos mundiais num pais, onde têm preços muito baixos, destronando a produção local e desemprego local. o que se coloca em causa é a forma como eles são produzidos, em condições subhumanas, exploração, violação de direitos humanos, ambientais e muitas vezes como uma qualidade questionável, isto sob os critérios ditos estabelecidos pelas sociedades desenvolvidas. 9.7 – TERCEIRIZAÇÃO Definições de Terceirização “Um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades para terceiros, com os quais se estabelece uma relação de parceria, ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua.” [Lívio Giosa] 44 “A transferência de atividades para fornecedores especializados, detentores de tecnologia própria e moderna, que tenham esta atividade terceirizada como sua atividade-fim, liberando a tomadora para concentrar seus esforços gerenciais em seu negócio principal, preservando e evoluindo em qualidade e produtividade, reduzindo custos e ganhando competitividade.” [Ciro Pereira da Silva] “Uma técnica administrativa que possibilita o estabelecimento de um processo gerenciado de transferência, a terceiros, das atividades acessórias e de apoio ao escopo das empresas que é a sua atividade-fim, permitindo a estas concentrarem-se no seu negócio, ou seja, no objetivo final.” [Alberto Ramos Soares de Queiroz] Hoje a terceirização ou outsourcing é usada em larga escala por grandes corporações brasileiras. Esta prática visa a redução de custo e o aumento da qualidade. É observada principalmente em empresas de Telecomunicações, Mineração, Indústrias, etc. Apesar das várias vantagens, a Terceirização deve ser praticada com cautela. Uma má gestão de terceirização pode implicar para as empresas um descontrole e desconhecimento de sua mão de obra, a contratação involuntária de pessoas inadequadas, perdas financeiras em ações trabalhistas movidas pelos empregados terceirizados, dentre outros problemas. O processo de terceirização em uma organização deve levar em conta diversos fatores de interesse, tais como a redução de custos e principalmente o foco na sua atividade- fim. Há um sério risco em atrelar a terceirização à redução de custo, porque, na maioria das vezes, não é esse o resultado. A terceirização precisa estar em conformidade com os objetivos estratégicos da organização, os quais irão revelar em que pontos ela poderá alcançar resultados satisfatórios. O que não se deve terceirizar? O princípio básico é que não se terceirize a sua atividade- fim. Sendo assim, uma organização que desconhece a si mesma, em um processo de terceirização, corre sério risco de perder sua identidade e principalmente o seu diferencial competitivo. A atividade-fim de uma empresa é a razão de existir dessa empresa. Dentro do serviço público, têm-se exemplos de terceirizações satisfatórias, como é o caso dos serviços de limpeza. Neste caso, a terceirização é indicada pois a atividade-fim do serviço público não é a limpeza de seu patrimônio. Para amenizar os problemas causados pela terceirização, estão sendo criadas por empresas de software algumas soluções de sistemas informatizados para promover de forma mais eficaz o controle e a gestão da mão de obra terceirizada, sendo uma importante ferramenta para o departamento de recursos humanos das empresas que praticam a terceirização. Podemos citar como uma fornecedor de solução a LG Informática, que disponibiliza a ferramenta FPw Gestão de Terceiros, um sistema corporativo com workflow para controle da mão de obra terceirizada, empresas fornecedoras e contratos de terceirização. 45 No Brasil, a terceirização chegou através das grandes indústrias, principalmente as automobilísticas, que tinham um processo muito complexo na produção de seus produtos, e utilizavam-se dos recursos da terceirização como uma forma de reduzir custos de mão-de-obra, e evitar complicações sindicais que atrelavam em custos e burocracia. 9.8 – TELETRABALHO O processo de reestruturação global da economia, proporcionado pelo desenvolvimento científico tecnológico, prenunciam a lenta morte da distância e apontam cada vez mais para as relações no mundo virtual, onde os computadores capazes de compreender a fala, ler textos manuscritos, executar tarefas anteriormente desempenhadas por seres humanos, anunciam uma nova organização social na qual o desenvolvimento de atividades dependerá cada vez mais de tecnologias - A Sociedade da Informação. No âmbito dessa nova Sociedade, redesenham-se as formas de vida e trabalho, impondo um novo ritmo ao desenvolvimento das atividades humanas. O funcionamento dessa sociedade implica na necessidade de redefinição de tempo e espaço, resultando, dentre outros fatores, em novos processos na organização e desenvolvimento do trabalho através do ciberespaço. O trabalho na sociedade da informação caracteriza-se pela utilização da tecnologia da informação e da comunicação (TICs) no desenvolvimento de suas atividades, agregando elevada carga de inovação, tecnologia e conhecimento na produção de bens e serviços. Neste contexto, o TeleTrabalho, por contemplar em sua natureza intrínseca a flexibilidade de tempo e espaço, através da utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC's), possibilita alcance extraterritorial, daí afirmar que ele é a forma de trabalho que atende as novas exigências da globalização. Para o TeleTrabalho não importa a cor, raça, idade, sexo, deficiência física ou o local onde o trabalhador se encontra, barreiras comuns para o mercado tradicional de trabalho, pode ser desenvolvido no campo ou na cidade, atuando assim como um fator de inserção de trabalhadores fora dos grandes centros urbanos, bastando apenas a difusão das TIC's a locais que ainda não são alcançados por esta infra-estrutura. O TeleTrabalho é capaz de gerar tanto empregos altamente especializados, quanto aqueles que demandam menor especialização, alcançando, portanto, um grande contingente de trabalhadores, inclusive aqueles que hoje encontram-se excluídos do mercado de trabalho. Portanto, o TeleTrabalho é um fenômeno consistente com a evolução do mundo do trabalho e perfeitamente em conformidade com a demanda do homem moderno. Não é retirado de uma realidade desgarrada do contexto do qual ele vai ocorrer, mas é conseqüencia inevitável do funcionamento da Sociedade da Informação. Conceituação O que é TeleTrabalho 46 As conceituações sobre TeleTrabalho são variadas e se encontram em processo de formação evolutiva, não existindo um consenso, por parte dos estudiosos do assunto, no que tange a uma definição precisa e, se possível, generalizada. As divergências mais específicas ocorrem em relação à utilização ou não de tecnologias de informação e comunicação e na periodicidade da quantidade de horas/mês despendidas em atividades que são desenvolvidas fora do escritório tradicional. Optei por adotar a utilizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) que define como a forma de trabalho efetuada em lugar distante do escritório central e/ou do centro de produção, que permita a separação física e que implique o uso de uma nova tecnologia facilitadora da comunicação. Como se TeleAdministra As novas formas de organização do trabalho em TeleTrabalho exigem, por parte dos administradores das organizações, adotar procedimentos diferentes aos utilizados anteriormente, em relação ao local, horário de funcionamento e, conseqüentemente, ao estilo de administração. As transformações tecnológicas que interligam nossos locais de trabalho requerem flexibilidadeno modo de organizar o trabalho e administrá-lo. Para que as pessoas mudem suas maneiras de trabalhar, os gerentes terão que mudar a maneira como gerenciam. O importante na adoção do TeleTrabalho, segundo Motta, é a mudança no estilo administrativo: as inovações tecnológicas acarretam modificações profundas nas estruturas sociais com reflexos no funcionamento das organizações. Nilles vai além dizendo que uma das questões centrais do gerenciamento do TeleTrabalho é a mudança de prioridades. Ao invés de pôr em foco o número de horas trabalhadas, dá-se mais atenção a questões ligadas ao desempenho. O verdadeiro segredo do TeleTrabalho bem sucedido está na confiança mútua estabelecida entre o gerente e seu subordinado. Porém, grande parte das empresas que adotam o TeleTrabalho ainda continuam amarradas aos mecanismos clássicos de controle: supervisão da presença física e do tempo utilizado pelo trabalhador. Este mecanismo baseia-se em dois tipos de controles: regras (o que fazer) e observação visual do processo de trabalho (como fazer). O teste eficaz para avaliar a produção do funcionário é o resultado. A prática organizacional costumava determinar que o trabalho da maior parte da organização fosse descrito e definido, portanto, cuidadosamente monitorado e controlado. Kulgelmass afirma que na economia do conhecimento o tempo é flexível e o ritmo próprio substitui a velha necessidade da sincronização de massa. Ao permitir que seus funcionários empreendedores, criativos e intuitivos, se autogerenciem, as empresas terão um TeleTrabalhador mais produtivo e sua revitalização ocorrerá de dentro para fora. Como se TeleOrganiza (flexibilidade de espaço) Centros Comunitários - são microcentros de trabalhos remotos que oferecem espaço e recursos para os empregados (de um só ou diferentes empregadores) que vivem dentro de uma área contígua, restrita; 47 Centros Locais - abrigam pessoas que trabalham para diferentes empregadores que formam uma parceria para estruturar e manter as instalações de trabalho remoto. Esse tipo de Centro tem tido problemas de segurança. As empresas convidadas a participarem de um centro de trabalho cooperativo temem que seus dados confidenciais tornem-se vulneráveis. Na Suécia há regras que proíbem duas empresas do mesmo ramo de participarem ao mesmo tempo do mesmo centro; Centro Satélite ou Centro de Teleserviços - descreve um centro de trabalho remoto que abriga pessoas trabalhando para um só empregador. Os centros satélite são uma aplicação nova para uma velha tendência `a descentralização. Nos Estados Unidos, a Pacific Bell opera centros de trabalho satélite em San Francisco (para evitar o congestionamento do transporte para a matriz localizada no outro lado da Baía de San Francisco). Outra empresa americana, com sede em Los Angeles, transferiu seu pessoal de escritório, que trabalhava na matriz, para uma operação satélite. Estes centros se diferem dos escritórios tradicionais, pois existe uma preocupação com a geografia da cidade na escolha destes em harmonia com a localização das residências dos seus TeleTrabalhadores, que trabalham juntos, não porque exercem uma mesma função dentro da Empresa e, sim, porque moram próximos. Domicílio, Residencial ou Home-Office - é o trabalho que é desenvolvido na própria residência do trabalhador. Ligados a uma base de dados, trabalhando em casa e comunicando-se com o escritório por meio de fax ou computador. Escritórios Turísticos - utilizados por empresas japonesas e canadenses, são localizados em áreas bem procuradas para férias. Abrigam profissionais, às vezes suas famílias, sempre com seus grupos de trabalho, de duas a quatro semanas. Aí, suas atividades misturam trabalho e recreação; muitas vezes um grupo fica no hotel desenvolvendo um projeto. O escritório turístico oferece um escape ao stress causado pelo trabalho. Escritórios Virtuais - são escritórios que funcionam logicamente como um escritório, com recursos telemáticos, podendo ser móveis ou fixos. Hoteling - utilização espacial onde os empregados podem reservar espaços na workstation de um escritório tradicional, uma mesa ou uma sala de reunião, etc. Hoteling é a forma de reservar espaço, muito semelhante a uma reserva de um quarto em um hotel, muito utilizado em empresas de auditoria externa e consultoria; Móvel - trabalho que é efetuado em pequenos períodos de tempo, em locais às vezes móveis, como por exemplo, bicicletas, carros, hotéis, aviões, clientes de uma forma geral, etc., utilizando recursos telemáticos também móveis: laptops, telefone celular, impressoras, etc... 48 Telecabanas - são utilizadas com as mais variadas finalidades: áreas rurais carentes de empregos, locais bem distantes do empregador, que servem para conseguir uma força de trabalho que de outro modo não conseguiria contatar, gerar novos empregos onde eles são necessários, aproveitar o preço mais baixo da terra, da mão-de-obra e de moradia para os empregados. Hoje as telecabanas funcionam na Noruega, Japão, Inglaterra, Escócia, Irlanda, Austrália, Benin, Índia, Indonésia, Nigéria, Papua, Nova Guiné, Sri Lanka, Suécia, Tanzânia. Nos Estados Unidos, muitas empresas montaram telecabanas. A empresa Norrel Company, uma agência de emprego temporário, abriu cabanas em Atlanta, Geórgia e MemphisTennessee. As empresas, individualmente ou em conjunto, estão abrindo centros tecnologicamente avançados de emissão de faturas, preenchimento de dados e de cartões de crédito no centro-oeste, onde a terra e os imóveis são mais baratos, existe mão-de-obra disponível e os salários são mais baixos. Não se trata de cabanas no sentido físico; são empresas de porte médio e grande; Telecottage - é uma estrutura criada muitas vezes por iniciativa da administração pública ou da comunidade, para facilitar o acesso ao trabalho, tecnologia e treinamento dessa mesma comunidade local. Iniciou-se na Suécia, mas hoje existe uma grande quantidade de telecottages, principalmente na Europa e Japão. Só no Reino Unido existem cerca de 200 telecottages. Quais as Vantagens do TeleTrabalho Para o TeleTrabalhador Aumento da produtividade: está comprovado que o TeleTrabalhador precisa de menos tempo para produzir, em casa, o que produziria no escritório; Diminuição do stress: o TeleTrabalhador não necessita deslocar-se para o trabalho, portanto, além de ganhar tempo que antes era gasto em deslocamento, diminui a tensão provocada pelo mesmo; Ausência de competição, diferente de um ambiente convencional, competitivo, o TeleTrabalhador não necessita conviver face a face com pessoas indesejadas, nem em clima de competição; Desenvolvimento das atividades: pode muitas vezes ser ditada pelo próprio bioritmo do trabalhador; ele pode estabelecer o melhor horário e ritmo para o desenvolvimento do seu trabalho; A quantidade de interrupções e interferências em casa é menor que no ambiente de um escritório convencional; Ambiente domiciliar propicia ao TeleTrabalhador uma maior capacidade de concentração; Muitas vezes o acesso é mais rápido ao computador central: durante períodos de baixa atividade na empresa, quando o compartilhamento de recursos diminui (menos usuários utilizando o sistema); Devido aos critérios de avaliação, por parte da gerência de se basear em resultados, o TeleTrabalhador se sente menos pressionado durante o desenvolvimento de suas tarefas; pois, deste modo, pode desenvolver as atividades de maneira mais autônoma e independente; Conhecimento mais explícito do conteúdo do trabalho e produção; Maior flexibilidade na escolha de sua residência, desvinculando-a da localização física de sua empresa; Melhoria da qualidade de vida em família; Maior opção de organizar o tempo livre; 49 Redução de custos com alimentação, vestuário e deslocamento; Retorno mais rápido depois de uma licença médica; Aumento do número de empresas em que o trabalhador pode oferecer o seu trabalho; No caso
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