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Aula 4 Politicas Publicas de Saude

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AULA 4 
POLÍTICAS PÚBLICAS 
DE SAÚDE 
Profª Tânia Maria Santos Pires 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Olá, aluno! O desenvolvimento das políticas públicas de saúde é um 
processo que vem sendo construído ao longo do tempo e modificando-se de 
acordo com as diferentes necessidades que vão se apresentando. Isso significa 
um aprimoramento do arcabouço legal que dá suporte ao Sistema Único de Saúde 
(SUS) em cada etapa de sua estruturação. 
Uma das maiores fragilidades do sistema está na qualificação dos gestores 
e no desafio de padronizar a oferta de serviços em todo o território nacional. 
Considerando-se o processo técnico e o processo político que se relacionam 
dentro da gestão do sistema, há necessidade de formação de profissionais de 
saúde que sejam habilitados nos diversos entendimentos de gestão, 
monitoramento e auditoria do SUS para que possam dar sustentação aos 
serviços, mesmo que aconteçam mudanças no processo político. 
A tomada de decisão dentro do sistema é direcionada de acordo com o 
nível de competências e compreende um rol de serviços que necessitam ser 
estratificados de acordo com as prioridades. Nesse sentido, houve uma evolução 
importante em cada etapa da consolidação legal do SUS, com base na Norma 
Operacional Básica do Sistema Único de Saúde/1996 (NOB-SUS 96) até a 
Portaria n. 3.992/2017. Um dos marcos para a gestão do SUS está na revisão 
proposta pelo pacto pela saúde de 2006, que organiza as prioridades e estratégias 
de ação, de modo a garantir o desenvolvimento das políticas públicas de saúde 
em todo o território nacional. 
CONTEXTUALIZANDO 
Duas paixões 
Santarém, Pará, 1998. O Dr. Severino Giovanetti dos Santos Filho 
completava dez anos de formado, 35 anos de idade e estava apaixonado. Ele 
costumava dizer que era apaixonado pela medicina, pelas pessoas, pela vida, 
mas nesse momento tinha de admitir que não sabia mais viver sem Jarana. 
Jarana era enfermeira na comunidade de Alter do Chão, um dos distritos 
da cidade de Santarém, no Pará. Seu rosto de traços indígenas marcantes e seus 
lindos cabelos de fios grossos, longos e negros remetiam aos seus antepassados 
 
 
3 
tupaiús, tribo que ocupava aquela região desde a época do descobrimento, assim 
como o seu nome, que homenageava uma árvore da Amazônia. 
Jarana não conheceu seu pai, mas sua mãe contou-lhe que fora ele que 
escolhera seu nome em homenagem a essa árvore nativa, que gera uma madeira 
muito dura, forte e com alta resistência natural ao ataque de insetos e fungos. Seu 
pai era seringueiro e morreu quando ela era ainda recém-nascida. Foi criada pela 
mãe e pelos avós, mas sua mãe também faleceu em consequência de calazar e 
diversas malárias quando Jarana tinha 7 anos. 
Jarana gostava do seu nome e, desde criança, dizia para si mesma que iria 
ser tão forte quanto a árvore jarana (Holopyxidium jarana). Ela não imaginava 
quão forte ela precisaria ser ao longo da vida. 
Seu sonho e sua paixão eram cuidar de pessoas. Sua avó era conhecida 
parteira e benzedeira da região, por isso Jarana cresceu sabendo sobre os óleos 
de andiroba e copaíba, que serviam para tudo, desde alergias de pele a piolhos, 
como também sobre as diversas ervas que sua avó usava nos chás. Quando uma 
mulher ia dar à luz, sua avó se mudava para a casa da família naquela semana 
para atendê-la e, depois que nascia o nenê, sua avó ainda ficava lá preparando o 
pirão de peixe, orientando quais comidas eram permitidas, inclusive quais peixes 
poderiam ser usados ou não na alimentação das parturientes, afinal não se 
poderia usar comida reimosa1 para uma mulher parida2. Em todas essas vezes, 
Jarana acompanhava sua avó e a auxiliava na prestação desses cuidados, até 
que um dia percebeu que era isso o que queria fazer na vida. 
Foi difícil deixar sua avó, mas foi morar com uma de suas tias em Santarém 
para conseguir fazer o Segundo Grau. Depois, passou na Universidade Federal 
do Pará (UFPA) na faculdade de enfermagem. Foram tempos difíceis morando 
em Belém, na casa de outra tia e madrinha, com pouco dinheiro e em uma cidade 
grande, mas finalmente formou-se, fez um concurso do estado e foi nomeada para 
Santarém. Seu sonho era trabalhar em Alter do Chão. 
 Na sua formação, ela se especializou em obstetrícia, mas queria uma ação 
mais abrangente na comunidade, foi quando, em 1996, ela foi designada para 
atuar em Alter do Chão, sua região natal. 
 
1 Expressão regional que significa comida que pode provocar inflamação no corpo. 
2 O Norte não teve influência de outros grupos europeus, portanto o português falado guarda muito 
da originalidade linguística e de expressões que são pouco conhecidas no Sul e Sudeste, os quais 
sofreram influências de outras línguas europeias. 
 
 
 
4 
A pequena Unidade de Saúde estava sendo inaugurada com o Programa 
dos Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Ainda não havia uma equipe 
completa e ela sabia que seria muito difícil ter um médico fixo ali. Em tempos de 
eleição, vinha um médico de Belém ou Santarém e ficava por lá um final de 
semana, mas, na maioria das vezes, não havia médico, realidade que era 
conhecida de Jarana há muito tempo. 
De repente, chega por lá um jovem médico, alegre, brincalhão, atencioso 
com as pessoas. Pela fala, ele vinha do Sul. Chegou dizendo que estava 
realizando o grande sonho da vida dele, que era trabalhar em um lugar como 
aquele. Jarana não acreditou muito a princípio. Apostou, silenciosamente, que ele 
não ficaria um mês, mas ele foi ficando, ficando, ficando. 
Ela passou a admirá-lo, respeitá-lo profissionalmente e percebeu que ele 
também nutria os mesmos sentimentos por ela. Ele perguntava a opinião dela 
sobre as doenças, pedia ajuda e valorizava muito quando ela usava o 
conhecimento de sua avó com as ervas, estudavam juntos algumas doenças, 
planejavam ações na comunidade e trabalhavam para valer. Nos finais de 
semana, Dr. Severino não saía da comunidade, mas gostava de explorar a floresta 
e visitar as comunidades ribeirinhas. Ele conseguia mobilizar as pessoas, falava 
de cidadania, preocupava-se com o trabalho, com a escola, com as casas, isso 
era algo genuíno nele, e dizia sempre que tudo isso resultava em saúde ou 
doença, talvez mais que malária ou outras. 
Um dia, enquanto cruzavam o azul do rio Tapajós em um pequeno barco, 
para visitar uma comunidade ribeirinha, na frente de suas agentes comunitárias 
de saúde, Dr. Severino disse que amava Jarana e que queria se casar com ela. 
Eles nem namoravam, mas ele já a pediu em casamento. Poderia parecer meio 
clichê o médico casar com a enfermeira, mas o que fazer se eles se apaixonaram? 
Eles se casaram e, mais tarde, nasceu uma filhinha, Antônia, nome 
escolhido por Severino, mantendo a tradição das Antônias na sua família. 
Eles continuam trabalhando muito, mas sentem-se frustrados porque não 
há remédios na Unidade de Saúde, principalmente os que não podem faltar, de 
uso contínuo; querem implementar assistência pré-natal com mais qualidade e 
elaboração de protocolos. Querem um hospital de referência mais próximo para 
que as gestantes possam ser atendidas no parto, mas o município sede não tem 
dado as respostas necessárias. 
 
 
5 
De que forma eles podem ter suas reivindicações atendidas pela Secretaria 
de Saúde do seu município? 
TEMA 1 – FORMATAÇÃO LEGAL DO SISTEMA 
Após as reformas institucionais que modificaram o sistema de saúde, o 
maior passo que impactou na prática de assistência à saúde foi a implementação 
da rede de atenção básica, sobretudo com a Estratégia Saúde da Família. Porém, 
além da criação de programas, havia a necessidade de se estruturar diretrizes 
legais de assistência e de gestão para que se pudesse melhor distribuir recursos 
e monitorar a execução e a qualidade dos programas. 
A municipalização da saúde trouxe mais recursos aos municípios, porém 
sua responsabilidade aumentou.Prefeitos e gestores da saúde, sobretudo dos 
pequenos municípios, sentiram-se perdidos quanto às suas novas atribuições, 
embora tivessem a oportunidade de gerenciar o sistema de saúde de seus 
municípios de muito perto. 
Para organizar o sistema, destacam-se três normativas que delinearam a 
gestão naquele momento: a NOB 96 (Norma Operacional Básica), a Noas 2002 
(Norma Operacional de Assistência à Saúde) e o Pacto pela Saúde, de 2006. 
TEMA 2 – NOB 96 – O SUS MUNICIPAL 
A NOB 96 declara em sua redação que veio com o objetivo de reordenar o 
modelo de gestão do SUS. Seus principais tópicos destacam os papéis de cada 
esfera de governo, incentivando os gestores estaduais e municipais a assumirem 
definitivamente suas funções de gestores do SUS, com as suas devidas 
responsabilidades. Para isso, a NOB 96 dá o suprimento instrumental. 
Inicia-se a transferência gradativa da responsabilidade financeira, fundo a 
fundo, da esfera federal para a esfera municipal por meio do repasse de recursos 
mediante a implantação de programas estratégicos, como o Programa de Agentes 
Comunitários de Saúde (PACS) e o Programa Saúde da Família (PSF). A NOB 
96 estabelece também a prática do controle e avaliação por parte dos municípios, 
valorizando os resultados das programações com critérios epidemiológicos. Isso 
rebate o antigo sistema de pagamento por produção, que abria espaço para 
fraudes no antigo Inamps. 
 
 
6 
Esses recursos destinados aos municípios passaram a se basear no 
número de habitantes, obedecendo a uma lógica de compromissos fixados pelo 
gestor municipal e à habilitação do município ao sistema de gestão proposto, ou 
seja, gestão plena do sistema municipal ou gestão plena da atenção básica. A 
partir de 1996, fortaleceram-se as decisões pactuadas pelas comissões de 
gestores CIT, conhecida como Comissão Intergestores Tripartite, e CIB, 
conhecida como Comissão Intergestores Bipartitite, e pelos conselhos de saúde 
(Brasil, 1996). 
A CIT e a CIB têm papel fundamental nas pactuações de saúde. Durante a 
CIB, foram validadas as diretrizes de gestão e organização dos processos de 
saúde municipais e locorregionais e validado o papel do estado no apoio aos 
municípios. As estratégias de governo estadual foram debatidas e pactuadas, 
como os fluxos e o papel dos municípios de referência, de modo a se equalizar as 
necessidades de saúde em cada região. 
Isso é necessário devido às diferenças de poder e oferta de cada município 
no que diz respeito à produção de serviços de saúde. Geralmente, nas capitais e 
grandes cidades, concentram-se o maior volume de tecnologia, com exames 
sofisticados, condições de procedimentos de alta complexidade, além dos 
hospitais-escola ligados às universidades. O pequeno município deve acessar 
esses recursos mediante pactuações entre os gestores, para que seja feito o 
compartilhamento da oferta de serviços de modo mais próximo possível do 
cidadão, sendo as secretarias estaduais de saúde as mediadoras do processo. 
Portanto, a NOB 96, além de fortalecer o município, também deixou mais claro o 
papel do estado, situação que veio a ser normalizada mais especificamente com 
a Noas 2002. 
No campo da atenção à saúde, a NOB 96 legisla sobre a assistência 
prestada na esfera individual e coletiva, nos espaços ambulatoriais e hospitalares 
e, até mesmo, na abordagem domiciliar, situação relativamente nova para os 
profissionais de saúde naquele momento. No sentido de trazer as ações de saúde 
para cada vez mais perto das pessoas, o foco deveria também ser direcionado às 
questões ambientais, incluindo os ambientes de trabalho, de moradia e condições 
sanitárias. 
As questões que envolvem a intersetorialidade também são abordadas na 
lei, na medida em que ela considera a influência dos determinantes sociais no 
contexto de saúde e doença. 
 
 
7 
TEMA 3 – NOAS 2002 – CONSOLIDAÇÃO DA REGIONALIZAÇÃO DO SUS 
Apesar do foco no município, havia necessidade de se reforçar a 
regionalização do sistema de saúde, pela necessidade da sua operacionalidade e 
apoio aos pequenos municípios. Nesse sentido, a importância da Noas 2002 está 
no fato de que atuou no intuito de organizar a assistência especializada e a rede 
referenciada dos municípios, levando o estado a assumir com maior clareza o seu 
papel de gestor na saúde (Brasil, 2002). 
Com a responsabilidade de assumir a saúde de seus cidadãos, os 
municípios se viram diante de alguns impasses para os quais não havia saída sem 
a intervenção do estado. O nó crítico estava na atenção de média e alta 
complexidade, a qual deveria ser pactuada pela gestão estadual por meio da 
instituição do Plano Diretor de Regionalização (PDR). Este passaria a ser o 
ordenador do processo de regionalização da assistência em cada estado e no 
Distrito Federal, de acordo com as definições de prioridades e necessidades de 
cada região, de modo a garantir o acesso dos cidadãos. 
A Noas ordenou as especificações da regionalização, definindo os modelos 
das unidades regionais e os combos mínimos de serviços em módulos 
assistenciais, para garantir apoio diagnóstico laboratorial, consultas 
especializadas e internações hospitalares a cada região. Por outro lado, os 
grandes municípios que aderiram à gestão plena e se tornaram municípios sede 
de regionais deveriam ter a garantia do repasse de recursos financeiros para 
provimento das despesas dos serviços compartilhados em cada região, situação 
que se estabeleceu por meio da Noas. 
A oferta de serviços de alta complexidade também ficou definida na Noas 
2002, sendo a responsabilidade considerada solidária e compartilhada entre o 
Ministério da Saúde e as secretarias estaduais de saúde, por exemplo, as 
situações que requerem transplantes de órgãos, porém o ente estadual é o 
responsável direto pela gestão dos processos, sendo também responsável por 
implementar estratégias de organização, como as centrais de regulação de leitos. 
Diante do contexto de construção da operacionalidade do SUS, essas duas 
normas significaram grandes avanços para a gestão e o ordenamento do sistema, 
porém as necessidades em saúde são crescentes e novas situações levantadas 
no cotidiano dos processos indicaram a necessidade de revisão nos acordos de 
gestão para a continuidade das pactuações de saúde. 
 
 
8 
TEMA 4 – O PACTO PELA SAÚDE DE 2006 
Em 2006, houve uma revisão importante da caminhada do SUS enquanto 
sistema, analisando os seus pontos frágeis e seus avanços. É importante lembrar 
que o sistema anterior, o Inamps, era um sistema de gestão centralizada, de 
exclusão e de divisão operacional, dissociando assistência à saúde de vigilâncias 
em saúde, com pagamento por produção e ausência de ações de promoção de 
saúde. A evolução para um sistema diferente em todos os aspectos necessitaria 
de etapas, de reformulações, até que se conseguisse chegar ao modelo mais 
adequado. 
Na dimensão da gestão, o subfinanciamento da saúde, além de desvios 
de recursos para outros setores, foi muito questionado e constitui-se em uma luta 
dos gestores municipais e estaduais para que acontecesse a sua correção por 
meio da Emenda Constitucional n. 29. Havia a necessidade de se estabelecer, de 
forma clara, os compromissos de gestão envolvidos nas três esferas 
governamentais, tanto na questão financeira quanto nos compromissos sanitários, 
de forma a melhorar a atuação da gestão local e o monitoramento das ações. 
As deficiências da gestão local também foram analisadas dentro do foco 
operacional. Devido ao contexto político, é muito comum que o cargo de secretário 
municipal de saúde seja ocupado por pessoas não ligadas à saúde ou, quando o 
são, que não tiveram experiência em gestão. Para que os sistemas funcionem a 
contento, é necessária uma equipe que saiba trabalhar o monitoramento da 
gestão e fazer a ligação com a prática dos profissionais de saúde, identificar quais 
são as maiores demandas paraos especialistas, as maiores demandas de 
internações e as causas mais prevalentes de adoecimento da população local, 
entendendo os processos de trabalho do dia a dia das equipes de atenção 
primária. 
Um dos maiores nós críticos do processo de trabalho do SUS está na 
gestão local, justamente pela baixa qualificação dos gestores e equipes de gestão, 
principalmente no que se refere aos pequenos municípios – lembrando que a 
maioria dos municípios brasileiros, ou seja, 73%, possui menos de 20 mil 
habitantes. 
Outro fator importantíssimo demonstrado nas pesquisas realizadas refere-
se à qualificação dos profissionais de saúde, sobretudo dos médicos, para 
 
 
9 
trabalhar na atenção primária à saúde, nos serviços de urgência e emergência, e 
sua fixação nos pequenos municípios. 
Os problemas apontados relacionam-se à formação dos profissionais de 
saúde, voltada primordialmente às especialidades focais em detrimento da 
formação generalista, aliada à falta de estrutura da rede, para que os profissionais 
se sintam seguros para atuar, com estrutura de apoio, diagnóstico e 
estabelecimento de um fluxo na rede de atenção. 
O modelo proposto, centrado no paciente e sua família e no trabalho em 
equipe, ainda não é realidade na maioria dos municípios, fato do qual se conclui 
que o modelo biomédico ainda não está superado e segue como padrão na 
maioria da assistência. 
O entendimento da assistência médica dentro das especialidades nos focos 
da atenção primária e no sistema de urgência e emergência segue como entrave 
à gestão do sistema. Esses dois setores devem ter foco no especialista em 
atenção primária à saúde (APS), que é o médico de família e, no caso da urgência 
e emergência, o especialista deve ser o emergencista. A saúde pública precisa ter 
o foco do generalista para que tenha viabilidade de processos, com organização 
dos processos de modo a ter cada especialidade no lugar certo para atender o 
paciente. 
Havia a necessidade de alinhamento das ações de saúde pelos municípios, 
naquilo que seria um grupo de ações pactuadas, como um pacote mínimo a ser 
executado pelas secretarias municipais de saúde, passível de monitoramento e 
análise de resultados. 
Em resposta a essas demandas, o Ministério da Saúde publicou a Portaria 
n. 399, de 22 de fevereiro de 2006, que manifesta o pacto pela saúde. 
O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas institucionais do SUS 
pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) 
com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de 
gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do 
Sistema Único de Saúde. Ao mesmo tempo, o Pacto pela Saúde redefine 
as responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de 
saúde da população e na busca da equidade social (Brasil, 2018). 
O Pacto pela Saúde surgiu da necessidade de os municípios discutirem o 
formato de repasse de recursos da união e definirem as responsabilidades 
financeiras de cada nível de gestão, porém o seu principal objetivo era a 
 
 
10 
consolidação do SUS, estabelecendo as ações prioritárias e as formas de 
financiamento de cada uma delas. Acesse o pacto na íntegra no link 
<http://conselho.saude.gov.br/webpacto/volumes/01.pdf>. 
TEMA 5 – OS TRÊS PILARES DO PACTO 
Três blocos foram formatados dentro desse acordo: o pacto em defesa do 
SUS, o pacto de gestão e o pacto pela vida. 
Os três blocos expressam as áreas estratégicas para a consolidação das 
ações do SUS, com diretrizes que deveriam ser cumpridas para garantir o 
andamento de cada proposta. 
5.1 O pacto em defesa do SUS 
Reafirma o compromisso do Estado com o provimento das ações de saúde 
e o direito do cidadão de ter acesso a todos os serviços de saúde dos quais 
necessitar. Nesse pilar, destaca-se o envolvimento político em prol do SUS, no 
sentido de reafirmar os ideais da reforma sanitária. 
Na esfera política, trava-se um lobby favorável ao SUS, para que seja 
consolidado por leis e apoio parlamentar, além de construir uma plataforma de 
apoio político permanente para melhoria do financiamento da saúde. 
Como estratégia para alcançar essa meta, acentuou-se a pressão para a 
aprovação da Emenda Constitucional n. 29, pelo Congresso Nacional, que 
mudaria a forma de provimento para o setor de saúde. Essa pressão deveria partir 
de mobilização popular em favor de saúde pública de qualidade, envolvendo os 
cidadãos e os profissionais de saúde. 
Como ganho importante dessa discussão em benefício do cidadão, uma 
das ações de destaque foi a elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos 
Usuários do SUS. 
5.1.2 Emenda Constitucional n. 29 
A Constituição de 1988, em seu art. 198, determina que o financiamento 
das ações de saúde é de responsabilidade compartilhada entre os governos 
federal, estadual e municipal, mas não há diretrizes claras sobre o montante a ser 
investido nem sobre o que deveria ser considerado como alvo dos custos em 
http://conselho.saude.gov.br/webpacto/volumes/01.pdf
 
 
11 
saúde. A Emenda Constitucional (EC) n. 29 veio normatizar e definir os papéis de 
cada esfera de governo no quesito financiamento. 
A EC determina que os municípios deverão aplicar 15% de suas receitas 
no setor da saúde, os estados deverão aplicar 12% e o governo federal deve 
aplicar o valor empenhado no exercício financeiro anterior, acrescido do 
percentual relativo à variação do Produto Interno Bruto (PIB). A forma como 
ficou aprovada essa lei, no quesito de investimentos do governo federal, não 
agradou todos os segmentos. Há vários grupos sociais que compõem os 
conselhos de saúde que defendem a fixação de um percentual mínimo de 
investimentos por parte do governo, como estava na proposta original da emenda, 
que definia o investimento federal em 10% acrescido da variação do PIB. Assista 
a uma entrevista com um dos representantes de movimentos sociais que 
defendem a fixação da parcela do governo federal em 10% e analise os seus 
argumentos no link <http://pensesus.fiocruz.br/financiamento>. 
Apesar de tudo, a aprovação da lei trouxe avanços no aporte de recursos 
para a saúde porque delimitou seus gastos apenas com as despesas específicas 
do setor. Na formatação anterior, os recursos da saúde poderiam ser usados em 
investimentos de outros setores, o que, apesar de esses setores serem 
igualmente importantes para a sociedade e terem interface com a saúde, limitava 
os investimentos específicos pelo desvio das verbas para outras áreas. Exemplo 
desse desvio era o investimento do dinheiro da saúde em esgoto, na merenda 
escolar, na alimentação de presidiários etc. Apesar de importantes, esses setores 
têm orçamentos próprios e deveriam demandar recursos de suas pastas 
correspondentes. 
5.2 O pacto pela gestão 
Entre os aspectos destacados na esfera da gestão, estavam as estratégias 
para a implementação das diretrizes operacionais do SUS: descentralização e 
regionalização. 
No que concerne à descentralização, o pacto fortalece as funções das 
Comissões Intergestores Bipartites (CIB) e Comissões Intergestores Tripartites 
(CIT) como instâncias de gestão legitimadas. Os estados e municípios saem 
fortalecidos enquanto o governo federal funciona como ordenador das principais 
políticas e funcionando como mediador de eventuais conflitos. 
 
 
12 
Com a regionalização, os estados assumem a responsabilidade da 
elaboração do Plano Diretor de Regionalização (PDR) e o Plano Diretor de 
Investimentos (PDI), de acordo com a necessidade de saúde de cada região. 
O PDR deve expressar o desenho das redes regionalizadas de saúde e 
suas principais necessidades, de modo a garantir a equidade das ações de saúde 
ofertadas em cada município, enquanto o PDI deve conter o planejamento 
financeiro para dar o suporte necessário a cada região. 
As definições das responsabilidades de gestão, incluindo as financeiras, 
necessitariam de suportequanto aos recursos. Nesse aspecto, o pilar da gestão 
traz as definições dos investimentos financeiros de cada nível de gestão, mediante 
acordos entre a federação, estados e municípios sobre os percentuais de 
investimentos e quais seriam suas responsabilidades nas diversas ações de 
saúde. A inclusão dos estados e municípios aconteceria por meio de adesão 
voluntária do município ou estado, mediante assinatura do termo de compromisso 
de gestão. 
A tão sonhada aprovação pelo Congresso Nacional da EC n. 29, 
promulgada em setembro de 2000, somente aconteceu em setembro de 2011 e 
tornou-se um importante instrumento legal de gestão. 
Os principais destaques do pacto de gestão são: a definição financeira das 
responsabilidades, o monitoramento das ações implementadas e as auditorias, 
bem como a ordenação das ações e atividades, o monitoramento das ações de 
saúde e o estabelecimento de metas que permitam avaliação contínua por meio 
de indicadores de saúde (Brasil, 2006). 
Dentro do ordenamento de gestão em recursos, foi publicada a Portaria n. 
204, de 29 de janeiro de 2007, que determinou os blocos de financiamento de 
ações para transferência de recursos da união. Esses blocos significavam contas 
específicas: I) Atenção básica; II) Atenção de média e alta complexidade 
ambulatorial e hospitalar; III) Vigilância em saúde; IV) Assistência farmacêutica; 
V) Gestão do SUS; VI) Investimento na rede de saúde. 
Em 28 de dezembro de 2017, a Portaria n. 3.992 modifica esse formato, 
determinando dois blocos de financiamento: I) Bloco de custeio das ações e 
serviços públicos de saúde e II) Bloco de investimento na rede de serviços 
públicos de saúde. 
 
 
13 
Essa alteração permitirá ao gestor utilizar melhor as finanças, segundo a 
necessidade do município, evitando o desperdício de recurso parado em conta 
específica, embora os itens financiados permaneçam os mesmos. 
5.3 O pacto pela vida 
O pacto pela vida é constituído de um conjunto de compromissos sanitários, 
expressos em objetivos e metas, derivados da análise da situação de saúde da 
população e das prioridades definidas pelos governos federal, estaduais e 
municipais. O pacto pela vida deverá ser permanente (Brasil, 2006). 
As principais ações de saúde pactuadas foram: saúde do idoso, saúde do 
trabalhador, saúde mental, fortalecimento da capacidade de resposta do sistema 
de saúde às pessoas com deficiência, atenção integral às pessoas em situação 
ou risco de violência, saúde do homem, fortalecimento da capacidade de resposta 
às doenças emergentes e às endemias (dengue, hanseníase, tuberculose, 
malária), promoção de saúde e fortalecimento da atenção básica. 
A pactuação saúde do idoso leva em consideração a mudança na pirâmide 
populacional. Em breve, teremos mais idosos que crianças em nosso país, 
tendência que já se demonstra nos países europeus. Essa nova situação requer 
preparo do setor saúde para revisar seus modelos de atenção. 
A população mais idosa requer cuidados especiais e demanda de forma 
mais intensa os serviços de saúde, sobretudo dos equipamentos de média e alta 
complexidade, embora o maior objetivo das ações direcionadas a esse segmento 
seja manter o idoso robusto, autônomo e independente, sendo cuidado pela 
atenção primária. Para que isso aconteça, o modelo de cuidados às condições 
crônicas deve ser adotado na atenção básica. 
Esse modelo consiste em organização de estratégias de atenção que 
incluem a vigilância em saúde. Inicia-se com a estratificação do risco inicial para 
que se possa elencar o rol de ações que devem ser ofertadas em cada estrato. 
O cuidado com o idoso requer capacitação das equipes de saúde, 
sobretudo a instalação da visão de promoção e proteção de saúde, fortalecendo 
as ações multiprofissionais para oportunizar cuidados preventivos, que evitariam 
as quedas, a condição de acamado e/ou dependente. 
De modo geral, todas as pactuações previstas no pacto pela vida requerem 
a formatação no sistema de redes de atenção à saúde, que, por sua vez, requerem 
 
 
14 
fortalecimento dos principais eixos de atenção do SUS, sobretudo da atenção 
primária ou atenção básica de saúde. 
A adesão dos municípios ao pacto acontece mediante assinatura de 
contrato, em que os gestores se comprometem com as metas a serem alcançadas 
e a alimentar o Sispacto com os dados resultantes das ações. 
As ações e programas pactuados se traduzem em melhoria na qualidade 
de vida das pessoas e foram selecionadas após os levantamentos das principais 
necessidades de saúde dos brasileiros. 
Para que aconteçam as melhorias na saúde de que todos os brasileiros 
necessitam e anseiam, não bastam apenas os recursos financeiros, sendo preciso 
também o comprometimento dos profissionais e funcionários da saúde, o 
compromisso dos gestores e a participação da comunidade por meio do controle 
social, monitorando, sugerindo e cobrando dos representantes eleitos para que 
cumpram as metas propostas. 
5.4 Revendo a problematização 
Dr. Severino transferiu-se para o pequeno distrito de Alter do Chão, na 
cidade de Santarém, no Pará. Lá, conheceu Jarana, enfermeira paraense cuja 
história era um desafio para a resiliência. Ambos eram imbuídos do sonho de 
trabalhar para a melhoria da saúde daquela comunidade. Jarana tinha laços e 
raízes ali e Severino criou seu sonho dentro do histórico de uma família de 
imigrantes brasileiros e italianos e queria contribuir para um país melhor. 
Os ideais os aproximaram e eles se apaixonaram e se casaram. Tiveram 
uma filhinha, Antônia, seguindo a tradição desse nome na família de Severino. No 
momento, eles estão abraçando o desafio de cobrar a gestão por melhorias no 
fluxo de suporte às gestantes, a continuidade do pacote de medicamentos básicos 
e protocolos de apoio. Como poderíamos ajudá-los na abordagem da gestão 
municipal, para que tenham suas reinvindicações atendidas? 
Opção 1 – Uma boa argumentação deve se basear nos indicadores de 
saúde da localidade. Dr. Severino e a enfermeira Jarana devem apresentar os 
indicadores de mortalidade materno-infantil, ainda elevados, e mostrar como o 
fluxo estabelecido diminuiria os riscos. 
Feedback 1 – Ótima estratégia. Os indicadores de saúde são a referência 
para a efetividade e balizamento das ações de saúde. O fluxo de referência do 
 
 
15 
pré-natal, para o baixo e alto risco, impacta diretamente nos indicadores de 
mortalidade e morbidade materno-infantil. 
Opção 2 – Argumente com o secretário de saúde que a elaboração de 
protocolos e fluxos de atenção, além de diminuírem a mortalidade materno- 
infantil, ainda diminuem os gastos com a saúde, evitando deslocamentos 
desnecessários e custos com traslados e UTI. 
Feedback 2 – Boa opção. Os gestores esquecem que uma boa gestão deve 
ser capaz de fazer mais com menos, porém sem organização não se consegue 
boa previsão. Os protocolos diminuem as despesas. 
Opção 3 – O fluxo de atendimento às gestantes, além de diminuir a 
mortalidade e economizar dinheiro para os cofres municipais, ainda trará ótimos 
rendimentos políticos, porque a população ficará muito feliz com a gestão 
municipal. 
Feedback 3 – Excelente! O argumento agora ficou completo. Algo que 
precisa ser levado ao gestor, sempre, é o reflexo das ações municipais na vida do 
cidadão, o que se reflete no resultado das eleições. 
FINALIZANDO 
Estudamos as três normativas mais importantes desde a organização do 
SUS, que direcionaram a gestão nas três esferas governamentais: a NOB 96, a 
Noas 2002 e o Pacto pela Saúde 2006. Cada uma dessas normativas teve um 
importante papel no sentido de aproximar os gestores dos objetivos operacionais, 
sanitários e financeiros do SUS, em seu devido tempo. 
O Pacto pela Saúde foi publicado em 2006 com o objetivo de repactuar os 
compromissos e estabelecer os percentuais de investimento de cada esfera 
governamental. 
O pacto deve ser aceito pelo gestor municipal eestadual mediante 
assinatura de contrato, que a partir de então se comprometem com as metas 
estabelecidas e com o abastecimento do sistema de informações, o Sispacto. 
O pacto tem três áreas de atuação: o pacto de gestão, o pacto em defesa 
do SUS e o pacto pela vida. O primeiro visa estabelecer as responsabilidades 
financeiras de cada esfera e criar um sistema de monitoramento que possa 
permitir a análise dos dados. O segundo pacto reafirma o direito do cidadão à 
saúde e o SUS como o sistema público provedor desse direito. O terceiro pacto é 
 
 
16 
permanente e consiste em um conjunto de compromissos sanitários que 
impactam a vida do cidadão e os indicadores de saúde. 
LEITURA OBRIGATÓRIA 
Texto de abordagem teórica 
SAMBIASI, A. G. F. Aspectos legais da emenda constitucional n. 29/00. Revista 
de Direito Sanitário, v. 4, n. 1, mar. 2003. Disponível em: 
<http://www.revistas.usp.br/rdisan/article/viewFile/82419/85405>. Acesso em: 30 
maio 2018. 
 
Estudo sobre a análise dos aspectos legais da Emenda Constitucional n. 29. 
Texto de abordagem prática 
CARNEIRO, T. S. G. et al. O pacto pela saúde na prática cotidiana da atenção 
primária à saúde. Saúde Debate, Rio de Janeiro, v. 38, n. 102, p. 429-439, jul./set. 
2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v38n102/0103-1104-sdeb-
38-102-0429.pdf>. Acesso em: 30 maio 2018. 
 
Artigo sobre as repercussões do Pacto pela Saúde no cotidiano de serviços de 
atenção primária. 
Saiba mais 
Assista à entrevista de 2011 sobre os esclarecimentos quanto às mudanças 
principais e os aspectos políticos da EC 29 no link 
<https://int.search.myway.com/search/video.jhtml?n=78392349&p2=%5EBYU%5
Exdm155%5ETTAB02%5Ebr&pg=video&pn=1&ptb=B8144EA0-53F4-4837-
947C-
8702965EB073&qs=&searchfor=emenda+constitucional+numero+29&si=248800
30521&ss=sub&st=tab&tpr=sbt&trs=wtt>. Acesso em: 30 maio 2018. 
 
 
http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v38n102/0103-1104-sdeb-38-102-0429.pdf
http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v38n102/0103-1104-sdeb-38-102-0429.pdf
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Saúde. Norma Operacional Básica do Sistema Único de 
Saúde/NOB-SUS 96. Diário Oficial da União, Brasília, 6 nov. 1996. Disponível 
em: <http://conselho.saude.gov.br/legislacao/nobsus96.htm>. Acesso em: 30 
maio 2018. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 373, de 27 de fevereiro de 2002. Diário 
Oficial da União, Brasília, 27 fev. 2002. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0373_27_02_2002.html> 
Acesso em: 30 maio 2018. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 399, de 22 de fevereiro de 2006. Diário 
Oficial da União, Brasília, 22 fev. 2006. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/prtGM399_20060222.pdf>. Acesso 
em: 30 maio 2018. 
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Pactos pela saúde. Disponível em: 
<http://conselho.saude.gov.br/webpacto/index.htm>. Acesso em: 30 maio 2018. 
CECÍLIO, L. et al. O gestor municipal na atual etapa de implantação do SUS: 
características e desafios. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & 
Inovação em Saúde, v. 1, n. 2, p. 200-207, jul./dez. 2007. Disponível em: 
<https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/903/1546>. Acesso 
em: 30 maio 2018. 
VARGAS, D. J. História das políticas públicas de saúde no Brasil: revisão da 
literatura. Monografia (Especialização) – Escola de Saúde do Exército, Programa 
de Pós-graduação em Aplicações Complementares às Ciências Militares, Rio de 
Janeiro, 2008.

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