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Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz Prefácio O presente manual foi preparado pelos professors deste centro (CPEAES) sob a sua coordenação e é destinado ao âmplo circulo de estudantes ocupados no estudo de preparação aos exames de admissão para o ensino superior ou no desenvolvimento da actividade pedagógica nos centros de ensino e pesquisa em particular. O traço caracteristico deste manual consiste em expor os problemas e as tendências actuais de planos curriculares orientados para o ensino geral e técnico nacional, o aperfeiçoamento e assimilação das matérias dadas nas escolas, assinalados sob ópticas do desenvolvimento estável dos principios básicos da teoria e da prática, planificação dos métodos de estudos, sem expor a metodologia concreta de planificação. Os autores põe em destaque os elementos que devem ser assimilados e que possam ser úteis nas diferentes condições de avaliação nos exames de admissão de modo a alcançar os objectivos desejados. O manual∗ pode ser utilizado como material de estudo. O CPEAES ficar-lhe-á muito grato se nos dar a conhecer a sua opinião a cerca da qualidade do presente manual, assim como acerca da sua apresentação e impressão. Agradecer-lhe-emos também qualquer outra sugestão. Maputo, Março de 2008 Justino M. J. Rodrigues (Coordenador) ∗ Este livro é propriedade do Centro e todos os seus direitos e obrigações estão reservados a este centro. É expressamente proibido a sua reprodução, seja ela por fotocópia ou outra forma electrónica tanto como a sua venda fora deste estabelecimento como dententor de todos os direitos. Justino Rodrigues (Coordenador), e-mail: rjustino20@yahoo.com.br, cell: +258 820432760 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz Apresentação Este manual busca realizar uma viagem através do fantástico universo dos seres vivos, levando estudantes a uma visão global da maior riqueza deste planeta: sua biodiversidade. A estruturação dos conteúdos baseia-se no Programa de Tópicos de Biologia a serem avaliados nos exames de admissão da Universidade Eduardo Mondlane. Foi dado destaque às informações essenciais que os estudantes necessitam para o exame de admissão ou para os cursos universitários ligados a área de ciências biológicas. Ao final de cada capítulo, são propostos exercicios de concursos de admissão das principais universidades e institutos superiores moçambicanos (UEM, UP, UNILúrio, ISCISA). Uma atenção especial foi dada às ilustrações, tão necessárias no estudo da biologia, tendo sido cuidadosamente selecionadas em função da compreensão das estruturas e dos processos biológicos. Em praticamente todos os capítulos também são apresentados quadros comparativos, organizando o conhecimento de maneira objectiva. O eixo pedagógico e didático do manual é, portanto, caracterizado pelo aspecto síntese resumo, sem contudo perder em essência. Tem-se a certeza absoluta de que este manual está longe de ser considerado completo. Ele tanto poderá ser utilizado como elemento motivador para buscas mais aprofundadas em pesquisas bibliográficas complementares, como se constitui numa poderosa revisão aos que já concluíram o ensino médio e se preparam para os mais concorridos exames de admissão. Os autores Maputo, Março de 2008 i Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz BIOLOGIA Orientação Geral Pretende-se verificar o atendimento dos seguintes requisitos básicos pelo candidato: conhecimento de terminologia, convenções e classificações e capacidade de utilização desses conhecimentos para a compreensão dos fenómenos biológicos; visão global do mundo biológico, seu funcionamento e aplicação desses conhecimentos na vida prática; capacidade de interpretar e elaborar textos, gráficos e tabelas, resolução de problemas e analises experimentais, aplicando os conhecimentos adquiridos. Programa PARTE I - SERES VIVOS Características gerais. Variedade dos seres vivos: sistemas de classificação; regras de nomenclatura; conceito de espécie; categorias taxonómicas; características gerais dos principais grupos; vírus. Exercícios de aplicação. PARTE II - CÉLULA Célula procariotica e eucariotica: características diferenciais. Célula animal e vegetal: componentes morfológicos; principais funções das estruturas celulares. Componentes químicos: importância funcional das substâncias químicas para a manutenção da homeostase celular. Inter-relação das funções celulares: relação com a evolução das estruturas celulares. Núcleo interfásico: código genético. Divisão celular: mitose e meiose. Exercícios de aplicação Parte III - TECIDOS Conceito estrutural e funcional. Classificação dos tecidos animais: critérios. Principais características e funções dos tecidos animais e vegetais. Exercícios de aplicação Parte IV - FUNÇÕES VITAIS DOS ANIMAIS E VEGETAIS Características e funções dos sistemas: nutrição e digestão; respiração e trocas gasosas; circulação e transporte; excreção; protecção; sustentação; locomoção; respostas aos estímulos ambientais e o sistema de integração. ii Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz Reprodução: sexuada e assexuada (principais exemplos); evolução nos principais grupos de animais e vegetais; gametogenese, fecundação e desenvolvimento embrionário; reprodução humana. Fotossíntese, respiração celular e fermentação. Exercícios de aplicação Parte V - GENÉTICA Conceitos básicos: terminologia, cruzamentos e probabilidade. Mendelismo e Neomendelismo. Fundamentos de citogenética: genes e cromossomas; crossing over; anomalias cromossómicas. Conceitos básicos de engenharia genética. Código genetico. Fontes de variabilidade genética: mutação e recombinação genica. Genética de populações. Exercícios de aplicação Parte VI - EVOLUÇÃO Principais teorias: origem da vida e o processo evolutivo. Mecanismos evolutivos: variação genética e selecção natural. Evidências de evolução. Evolução dos vertebrados e dos vegetais. Exercícios de aplicação Parte VII - ECOLOGIA Fluxo de energia e matéria na biosfera. Relações ecológicas nos ecossistemas: estudo das comunidades. Ciclos biogeoquímicos. Sucessão ecológica e grandes biomas. Poluição e desequilíbrio ecológico: conservação e preservação da natureza. Exercícios de aplicação Parte VIII - SAÚDE, HIGIENE E SANEAMENTO BÁSICO Conceito e princípios básicos de saúde, higiene e saneamento. Principais doenças do homem: doenças carenciais; doenças infecto-contagiosas; doenças parasitárias; principais endemias em Moçambique. Defesas do organismo: imunização. Exercícios de aplicação iii Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz Seres Vivos 1. Características gerais ortanto, necessário varmos em conta um conjunto de aspectos que os diferenciam dos demais seres. izações feitas no estudo dos seres vivos diz que: “todos os seres vivos são o unicelulares. Apesar de ser uma estrutura muito pequena a célula é composta por s. Um conjunto de células semelhantes que realiza determinada função recebe o nome de cido. té ficarem voltadas em direção à fonte de luz. Essa movimentação, no entanto, demorará vários dias. energia. Energia é o "combustível" necessário para , realizando um processo denominado fotossíntese (do grego foto = luz e synthesis = juntar, agrupar). Seres vivos e não vivos A Terra é habitada por muitos milhões de seres: alguns desses seres são chamados de vivos, outros não. Todos os seres são formados por matéria. O que distingue um ser vivo de um ser bruto ou não- vivo, em primeiro lugar, é a composição química. Na Antigüidade, os pensadores achavam que os seres vivos eram dotadosde uma exclusiva e misteriosa força vital que lhes confiria vida. Hoje não se acredita mais nisso, pois sabe-se que a matéria que forma os organismos vivos, embora peculiar, é constituída por partículas semelhantes às que formam a matéria não viva e está sujeita às mesmas leis que regem o universo não-vivo. Na matéria viva, porém, certos elementos químicos estão sempre presentes em grande proporção, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O) e o nitrogênio (N) que, junto com vários outros elementos, em menores quantidades, formam substâncias muito complexas (chamadas genericamente de substâncias orgânicas), que constituem os seres vivos. Você é um ser vivo, assim como uma planta e uma bactéria. Já uma pedra não é viva, nem uma cadeira. Os seres vivos não podem ser definidos por apenas uma característica sendo, p le Os seres vivos são formados por células Uma das primeiras general constituídos por células”. Este enunciado constitui a chamada Teoria Celular. A célula é o elemento fundamental que forma o organismo dos seres vivos. Em geral a célula é tão pequena que só pode ser vista ao microscópio. Uma das exceções que se tem, em relação ao tamanho, é um ovo, sua gema constitui uma única célula macroscópica. A maioria dos seres que conhecemos é formada por grande quantidade de células e, por isso, são chamados de seres pluricelulares. Entretanto, existem seres vivos formados apenas por uma célula: são os chamados unicelulares. As bactérias e os protozoários sã várias partes. As células que constituem o organismo dos seres não são todas iguais. Raízes, folhas, ossos, pele, músculos etc. têm formas diferentes. Isso acontece porque as células que formam essas partes são diferente te Os seres vivos possuem capacidade de movimentação Quando nos referimos à capacidade de movimentação, estamos falando de uma ação voluntária, que um ser vivo faz por si próprio. Os animais se movimentam rápida e ativamente, nadando, correndo ou voando sendo, portanto, mais facilmente identificável. Movimentando-se os animais realizam, com mais facilidade, algumas tarefas básicas, como buscar alimentos, se defender e atacar. Nas plantas a constatação dos movimentos requer uma observação mais cuidadosa pois ocorre mais lentamente. Por exemplo, se girarmos o vaso de uma planta que fica perto da janela, suas folhas se moverão lentamente a Os seres vivos precisam de alimento Não se pode conceber a vida sem a presença de que o ser vivo possa realizar suas funções vitais. Os seres vivos obtêm a energia a partir dos alimentos orgânicos principalmente açúcares. Os organismos que conseguem sintetizar esses açúcares são chamados de autótrofos (do grego auto = por si próprio e trofos = nutrição). É o que acontece com as plantas, que são capazes de sintetizar esses açúcares a partir da água e do gás carbônico através de reações químicas que necessitam de luz 1 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz Por outro lado, há organismos imcapazes de produzir seu próprio alimento. Necessitam, então, ingerir vegetais ou outros animais para se alimentarem. Esses organismos são chamados heterótrofos (do grego heteros = outro, diferente e trofos = nutrição) e como exemplo temos os animais. Tanto os organismos autótrofos quanto os heterótrofos necessitam retirar a energia contida nos açúcares, que são degradados em água e gás carbônico, liberando energia. O conjunto de reações químicas que acontecem nos seres vivos (quer seja na síntese de substâncias ou na degradação destas para obtenção de energia) recebe o nome de metabolismo. Os seres vivos reagem a estímulos Todos os seres vivos respondem a estímulos que podem ser físicos ou químicos, como pôr exemplo, a mudança de temperatura, de luminosidade, de pressão ou de composição química do ambiente em que vivem. Alguns poucos vegetais, porém, como a sensitiva (Mimosa pudica), também chamada de dormideira, e certas plantas carnívoras, são capazes de retrair suas folhas em poucos segundos quando tocadas, em uma reação rápida que lembra a de um animal. Tais plantas produzem reações químicas muito complexas que provocam um movimento de “retração” e “relaxamento” das células, conferindo estes movimentos. Organismos complexos, como o caso do ser humano, possuem órgãos sensoriais (olhos, ouvidos etc.) altamente especializados em receber os estímulos ambientais. Esses órgãos estão acoplados ao sistema nervoso, que elabora respostas rápidas e adequadas a cada tipo de estímulo. Os vegetais também respondem a estímulos, embora mais lentamente que os animais. As folhas das plantas crescem em direção à luz; o caule cresce para o alto, em resposta contrária ao estímulo físico da gravidade; as raízes crescem em direção ao centro do planeta, em resposta positiva à força da gravidade. Também é conhecido o caso do girassol, que se movimenta orientado pela direção da incidência de raios luminosos do Sol, e as onze-horas, cujas flores permanecem plenamente abertas apenas perto deste horário. A capacidade de reagir a estímulos é classificada de acordo com a evolução dos organismos. No caso dos animais primitivos, dizemos que estes possuem uma irritabilidade simplificada. Esta irritabilidade é a capacidade de reagir, de forma inata e mecânica, a um estímulo. Por exemplo, ao encostar num paramécio ela terá a reação de se afastar para o lado oposto. Nos animais mais evoluídos, pode-se referir à irritabilidade complexa, através da excitação de um sistema nervoso mais evoluído, que é uma resposta mais elaborada a um estímulo. Como exemplo de maior desenvolvimento, temos o homem, capaz de emitir respostas muito complexas ao meio. Dirigir um automóvel, por exemplo. No caso dos vegetais estas reações são referidas como tropismos (crescimento do vegetal orientando- se a favor ou contra estímulos ambientais, como a força de gravidade), tactismos (orientação espacial do vegetal em relação à substâncias químicas, como as plantas parasitas infiltrarem raízes em outras plantas para buscar seiva elaborada), nastismos (reação em resposta à organização interna do vegetal, como o exemplo já citado da planta dormideira) e blastismos (reação a estímulos luminosos, como a semente ter fobia ou filia pela luz para germinação). Os seres vivos têm ciclo vital Todos os seres vivos passam por diversas fases durante a sua existência: nascem, crescem, amadurecem, se reproduzem, envelhecem e morrem. Essas etapas constituem o ciclo vital. Os seres brutos, sem vida, não possuem ciclo vital. Os seres brutos não crescem, embora às vezes pareça que isso acontece. O aumento nas ondulações das areias do deserto, chamadas dunas, não se trata de crescimento. Na realidade, esse aumento ocorre por causa da deposição da areia transportada pelo vento. Todos os seres vivos têm duração limitada. Os seres vivos se reproduzem Reprodução é a capacidade que os seres vivos têm de gerar outros seres semelhantes a si mesmos. É por meio da reprodução que as espécies se mantêm através dos tempos. É ela que explica porquê, em 2 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz condições normais, um ser vivo morre, mas a espécie não desaparece. A reprodução pode ser considerada a característica essencial da vida. Entretanto, apesar de sua importância, não é uma função vital, pois o ser vivo pode viver sem que haja a necessidade de se reproduzir. A reprodução pode ocorrer de duas formas principais: assexuada (ou agâmica) e sexuada (ou gâmica). Reprodução assexuada é a reprodução pelo próprio indivíduo, que dá origem a outros seres iguais a ele. Nessa forma de reprodução não há a participação de células sexuais para a formação de novos seres. Como exemplo temos as amebas, certas bactérias, esponjas etc., que se reproduzem assexuadamente. Reprodução sexuada é a reprodução onde é necessária a participação de células sexuais, chamadas gametas. Em geralessas células são produzidas por seres diferentes, um masculino e outro feminino. Nesse caso dizemos que esses seres têm sexos separados. Entre os animais vertebrados, por exemplo, os machos formam espermatozóides e as fêmeas, óvulos. No entanto, alguns seres vivos possuem a capacidade de, no mesmo organismo, formarem tanto gametas masculinos quanto femininos. Esses seres são chamados de hermafroditas. As minhocas, por exemplo. O encontro de gametas denomina-se fecundação e resulta numa célula-ovo, que se desenvolve para formar um novo ser. Quando a fecundação ocorre no interior do organismo feminino dizemos que a fecundação é interna (mamíferos, aves etc.). Quando ocorre no meio externo, dizemos que a fecundação é externa (a maioria dos peixes, anfíbios etc.). Se os filhotes nascem direto da mãe dizemos que esta espécie é vivípara; se a fêmea bota ovos, dizemos que esta espécie é ovípara. Os seres vivos podem adaptar-se O termo adaptação pode ser empregado em vários sentidos. Quando desenvolvemos atividades físicas, nossa temperatura aumenta. Um dos mecanismos que o organismo encontra para baixar a temperatura é a transpiração. Esse tipo de ajustamento é chamado homeostase, que constitui um tipo de adaptação. Adaptação também significa a capacidade de um organismo desenvolver, ao longo de milhares de anos, características que permitem melhor ajustamento ao ambiente. Esse processo de mudanças que levam à adaptação recebe o nome de evolução biológica. Os cientistas acreditam que as girafas, por exemplo, descendem de ancestrais que tinham pescoços de comprimentos variáveis. Os indivíduos mais altos tinham mais chance de sobreviver, pois conseguiam alcançar mais facilmente o alimento. Seus filhos herdaram essas características a transmitiram a seus descendentes. 2. Os niveis de Organização A) DO ORGANISMO Á MOLÉCULA O organismo vivo é o objecto de estudo da Biologia. Este estudo pode ser realizado sob diversos pontos de vista, dependo do centro de interesse do biólogo. Os seres vivos são estruturas altamente complexas e organizadas. Esta organização pode ser percebida em vários niveis. O estudo de um peixe de uma determinada lagoa, por exemplo, pode dar-nos a ideia dos niveis de organização existentes num ser vivo. ORGANISMO: No organismo, estudado como um todo, podemos estar interessados numa descrição minuciosa da morfologia externa do animal. Anotaremos então detalhes, como: posição das nadadeiras, tipos de escamas, etc.... Ou então, podemos querer estudar o comportamento do peixe numa determinada situação, por exemplo, na época de sua reprodução. SISTEMAS: Uma dissecação do animal nos revela a existência de vários sistemas – o sistema digestivo, o sistema circulatório, o sistema nervoso etc... 3 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz ÓRGÃOS: Cada um destes sistemas é composto por vários órgãos, integrados de maneira a realizar com eficiência as funções necessárias. Os órgãos do sistema digestivo – boca, dentes, lingua, esfago, estomago, intestino e glândulas anexas – tem, cada qual, seu papel na apreensão, transformação e absorção do alimento. TECIDOS: Cada um destes orgãos, examinados com maior atenção, se mostra constituido por camadas diferentes, chamadas tecidos, que desempenham no órgão um certo papel. O tecido epitelial de uma certa região do intestino, por exemplo, absorve o alimento digerido. CÉLULAS: O exame de um tecido ao microscópio mostra que ele é constituido por unidades fundamentais, as células. ORGÂNELOS: Maiores aumentos ao microscópio revelam que a célula, por sua vez, tem sua própria organização: nela encontramos pequenas estruturas, os orgânelos, como mitocôndrias, reticulo endoplasmático, núcleo, que desempenham uma função especifica. MOLÉCULAS: Por fim, orgânelos celulares são formados por moléculas, como aliás qualquer matéria, mesmo não-viva; porém, na composição quimica do peixe predominam substâncias complexas e também organizadas, como proteinas e ácidos nucleicos. ÁTOMOS: Essas moléculas, por fim, são constituidas pelos mesmos átomos que encontramos na matéria não-viva. B) DO ORGANISMO Á BIOSFERA Outro modo de estudar a vida é analisar as relações entre o organismo e o meio ambiente. POPULAÇÃO: Ao redor de um peixe, vivem na lagoa muitos outros peixes da mesma especies; ao conjunto de organismos da mesma especie que vivem numa determinada área chamamos de população. COMUNIDADE: A população de peixes alimenta-se de caramujos e crustáceos que vivem na mesma lagoa. Os mesmos peixes, por sua vez, podem servir de alimento a peixes maiores. Há também vários tipos de plantas aquáticas, que são comidas pelos caramujos; algas verdes microscópicas e ainda bactérias que decompõem os restos de plantas e animais mortos. O biólogo chama o conjunto de populações que existe na lagoa de comunidade. Você percebeu que entre as populações de uma comunidade há um alto grau de interdependência. ECOSSISTEMA: Se a comunidade for considerada junto com os factores abióticos (não-vivos) da lagoa, como a temperatura da água, intensidade da luz que penetra nela, sais minerais dissolvidos, teor de oxigênio e gás carbônico, teremos um ecossistema. Num ecossistema existem então os factores bióticos (comunidade) e abióticos. BIOSFERA: Ao conjunto de ecossistemas da terra denominamos biosfera. O campo da Biologia que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o meio é chamado Ecologia. O homem aprendeu nos últimos anos, de maneira dram’atica, que suas intervenções na natureza podem ser muitas vezes desastrosas; mexer apenas num elo dessa complicada “teia” da vida pode levar a desequilibrios imprevistos. O desmatamento indiscriminado de uma região, por exemplo, faz desaparecer várias populações, animais que ali viviam; além disso, a retirada dos vegetais favorece a erosão do solo pelas águas das chuvas; e essa degradação do solo pode tornar dificil, ou até mesmo impossivel, a recuperação da área pelo reflorestamento. 4 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz 3. Algumas subdivisões da biologia Está claro, então, que, dependendo do modo de focalizar os seres vivos, o biologo se especializa num determinado campo de estudo da vida. A Bioquimica analisa a vida no plano de atomos e moleculas; a Citologia procura entender a organização da célula e o papel de cada organelo; e, evidentemente, o bioquimico e o citologista frequentemente necessitam um do outro, e muitas vezes trabalham juntos. Na Histologia, o centro de interresse do biologo é o tecido. O histologista tanto poderá estudar sua estrutura (Anatomia), como seu funcionamento (Fisiologia). Anatomia e Fisiologia aplicam-se tambem ao estudo de orgãos e sistemas. A Embriologia descreve as fases do desenvolvimento dos organismos durante o periodo embrionário. Na Genética são estudados os mecanismos da hereditariedade. A Taxonomia ou Sistemática se preocupa em organizar um sistema lógico de classificação dos diversos tipos de seres conhecidos. Por fim, já vimos que a Ecologia estuda as relações entre os organismos e o seu meio ambiente. Neste manual, nossa proposição é iniciar o estudo da vida pelo nivel de organização mais básico, passando gradualmente ao niveis mais elevados. 4. Classificação e nomenclatura dos seres vivos Por que classificamos? Quando nos deparamos com uma grande variedade de objetos ao nosso redor, temos a tendência de reunir em grupos aqueles que consideramos semelhantes, classificando-os. Está é uma característica inerente ao ser humano. O ser humano classifica as coisas porque isso as torna mais fáceis de serem compreendidas. É provável que o homem primitivo distribuísse os seres vivos em grupos: os comestíveis e os não- comestíveis, perigosos e não-perigosos etc.. No nosso dia-a-dia, temos constantemente exemplos de classificação de coisas; ao se classificar os selos,por exemplo, levamos em conta critérios de semelhanças como país, o ano do selo, o motivo da estampa etc.. Em qualquer sistema de classificação são usados determinados critérios. Num supermercado, a disposição dos produtos nos corredores e nas prateleiras obedece a certas regras estabelecidas pelo proprietário. Por exemplo, os produtos de higiene pessoal ficam numa determinada prateleira de uma determinada seção, os refrigerantes numa outra e os chocolates em uma terceira etc… É claro que o dono de um supermercado pode usar critérios diferentes de arrumação. Os cientistas também classificam. Mas no caso da Ciência, não é aconselhável a existência de muitos sistemas diferentes de classificação. Podemos perceber que isso tornaria muito difícil a “comunicação” entre cientistas. A importância da classificação biológica é facilitar a compreensão da enorme variedade de seres vivos existentes. Os grupos básicos de Linnaeus A primeira tentativa conhecida de classificação foi feita pelo filósofo grego Aristóteles (384- 322 a.C.). Aristóteles trabalhou principalmente com animais e classificou várias centenas de espécies. Ele dividia os animais em dois grandes grupos: os com sangue e os sem sangue. Teofrasto, um discípulo de Aristóteles, descreveu todas as plantas conhecidas no seu tempo: ao classificar as plantas, um dos critérios utilizados foi o tamanho; ele as dividia em árvores, arbustos, subarbustos e ervas. De Aristóteles até o começo do século XVIII houve pouco progresso. Foram elaborados alguns sistemas de classificação mas com pouco sucesso. Os critérios eram arbitrários, alguns Biólogos classificavam os animais de acordo com seu modo de locomoção, outros conforme o ambiente em que ele vivia etc. Um exemplo disso pode ser notado ao analisarmos a classificação de um animal tendo por base apenas o ambiente onde ele vive. Pássaros, morcegos e insetos são classificados como animais aéreos e, no entanto, são muito diferentes entre si. Certamente um beija-flor tem mais semelhança com uma ema (terrestre) do que com uma mosca. 5 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz Podemos notar que escolher como critério apenas o ambiente não acrescenta muito sobre o grupo. Estas primeiras classificações eram consideradas artificiais, pois utilizavam critérios que não refletiam as possíveis relações de parentesco entre os seres vivos. Hoje em dia classificações são naturais, pois procuram agrupar os seres vivos de acordo com o maior número possível de semelhanças, tentando estabelecer relações de parentesco evolutivo entre os mesmos. Um grande marco na classificação dos seres vivos foi estabelecido pelo Naturalista e Médico sueco Linnaeus. Linnaeus desenvolveu um sistema de categorias hierárquicas que, com algumas modificações, é usada hoje. No entanto, ele não levou em conta as relações de parentesco evolutivo entre seres vivos, pois acreditava que as espécies existentes na Terra tinham sido criadas uma a uma por Deus e que, desde o instante da criação até então, elas teriam permanecido sem qualquer alteração. Esse princípio da imutabilidade, denominado fixismo, era crença generalizada entre os naturalistas da época de Linnaeus. Actualmente o fixismo não é mais aceito, tendo sido contestado a partir dos trabalhos de Darwin em 1859. Darwin desenvolveu idéias sobre a evolução dos seres vivos através da seleção natural. A teoria da evolução biológica ou simplesmente teoria da evolução diz que todos os seres vivos, dos mais simples até o homem, estão sujeitos a contínuas modificações ao longo do tempo. Assim, acredita-se que todas as espécies atuais ou as já extintas se originaram a partir de outras, pelo acúmulo de novas características, que revelam as suas adaptações ao diferentes ambientes durante a história da Terra. Com a aceitação da teoria evolutiva, as espécies deixaram de ser vistas como grupos estáticos de seres vivos. No sistema proposto por Linnaeus a espécie é a unidade de classificação e pode ser definida como sendo “um grupo de organismos que se acasalam na Natureza e cujos descendentes são férteis”. O atual sistema de classificação dos organismos também considera a espécie como unidade de classificação. As diferentes categorias de classificação, chamadas de categorias taxonômicas, foram ampliadas. Linnaeus elaborou um sistema de classificação onde havia 5 categorias de espécies semelhantes, que eram agrupadas em um mesmo gênero; os gêneros semelhantes são agrupados numa mesma família; famílias semelhantes são reunidas numa ordem; ordens semelhantes são agrupadas em uma classe; classes semelhantes são agrupadas em um filo ou divisão, e filos ou divisões semelhantes são agrupadas em um reino. As categorias podem ser representadas, da mais ampla para a mais restrita, da seguinte maneira: REINO FILO CLASSE ORDEM FAMÍLIA GÊNERO ESPÉCIE Além dessas categorias, muitas vezes são utilizadas categorias intermediárias, tais como subfilo, infraclasse, superordem, superfamília, subgênero, subespécie. Para exemplificar o atual sistema de classificação, vamos ver a classificação do cão, desde a categoria mais geral, que é o reino, até a mais restrita, que é a espécie. 6 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz Um exemplo de classificação taxonômica: o cão. Uma classificação geral dos seres vivos Muitos sistemas de classificação de seres vivos foram propostos, mas esse assunto ainda é muito controvertido. As Ciências Biológicas estão em plena expansão e tem sido possível conseguir mais e melhores informações a respeito dos seres vivos, trazendo assim maiores subsídios para a compreensão de suas histórias evolutivas. Por essa razão, a classificação tem sofrido modificações, pois trata-se de um tema dinâmico, não existindo um sistema que contente a todos. Num dos primeiros sistemas de classificação, na época de Linnaeus, era comum a divisão dos seres da natureza em 3 reinos: Vegetalia ou Plantæ, Animalia e Mineralia. Essa divisão perdurou até cerca de 60 anos atrás. Em conseqüência, ainda há quem insista em considerar os seres vivos unicamente em dois reinos: Vegetalia e Animalia. Num outro sistema proposto, os seres vivos eram colocados em 3 reinos: Protista, Plantæ e Animalia. Este sistema também não é mais utilizado. Posteriormente surgiu um sistema de classificação onde os seres vivos eram divididos em 4 reinos: Reino Monera (bactérias e cianobactérias), Reino Protista (algas, protozoários e fungos), Reino Plantæ (desde musgos até angiospermas) e Reino Animalia (desde esponjas até os mamíferos). Esse sistema ainda é utilizado por algumas pessoas, mas está pouco a pouco sendo substituído por um sistema que agrupa os seres vivos em 5 Reinos: • Reino Animalia: todos os animais desde as esponjas até os mamíferos • Reino Plantae: desde algas pluricelulares até angiospermas • Reino Fungi: todos os fungos • Reino Protista: algas unicelulares e protozoários • Reino Monera: bactérias e cianobactérias 7 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz O sistema dos 5 Reinos foi proposto em 1969 pelo Biólogo norte-americano R. H. Wittaker e é o utilizado atualmente. Nomenclatura dos seres vivos Se você consultar um dicionário verificará que o fruto conhecido como ABÓBORA também pode ser chamado de jerimum, jerimu, jurumum, zapolo e zapolito-de-tronco. É provável que você não conheça todos esses nomes. Se em uma única língua de um único País existem tantos nomes para um mesmo organismo, calcule, então, como seria confuso se considerarmos todas as línguas e dialetos que existem no mundo! Para facilitar a comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades, que falam diferentes idiomas, e entre pessoas de diferentes regiões geográficas de um mesmo país, são utilizados nomes científicos para designar as várias espéciesde seres vivos. O sistema atual de nomenclatura segue proposta de Linnaeus: • é binomial, isto é, composto por dois nomes escritos em latim, ou latinizados; • o primeiro nome refere-se ao gênero e deve ter a inicial com letra maiúscula, ex.: Canis • o segundo nome é o epíteto específico e deve ser escrito com inicial minúscula, ex.: familiaris • Os dois juntos formam o nome da espécie, ex.: Canis familiaris, que é o cão doméstico. • Os nomes científicos devem ter grafia diferenciada no texto. Se este for manuscrito, deve-se passar um único traço embaixo do nome. Se for impresso pode-se, por exemplo, deixar a letra em itálico. Observe o exemplo abaixo: Tendo em vista que a classificação correta é em latim (ou em palavras latinizadas), apresentaremos os tópicos desta forma. No decorrer do texto, porém, vamos usar a classificação em língua portuguesa. Note também que, em alguns nomes, há a presença de radicais gregos. Leitura complementar: Vírus, um ser diferente Os vírus são o limite entre a matéria bruta e a matéria viva. Esses seres são muito especiais, pois não são formados por células. Seu organismo é formado por proteínas e outras substâncias. De todas as características dos seres vivos, os vírus apresentam somente duas: a capacidade de se reproduzir e de sofrer mutações. Por essa razão, os cientistas ainda não chegaram a um acordo se devem ou não classificar esses seres como organismos vivos. Conseqüentemente, os vírus não estão agrupados em nenhum reino. Quando as dúvidas que se tem hoje sobre as características desses seres forem esclarecidas, é provável que eles sejam classificados em um reino exclusivo deles. O vírus só consegue sobreviver e se reproduzir no interior das células. Para isso, ele tem que injetar o seu material genético no interior de uma célula viva. Quando isso ocorre podemos dizer que, de certa forma, o vírus inativa (desliga) o programa da célula e a obriga a fabricar novos vírus. Esses novos vírus irão contaminar novas células e, se o processo não for interrompido, ocorre o que chamamos de infecção. 8 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz Um ser que vive às custas de outros causando prejuízos denomina-se parasita. O vírus é um parasita intracelular, pois para se manifestar necessita penetrar numa célula. Ao se reproduzirem no interior dos seres vivos, os vírus desequilibram o organismo causando o que denominamos doença. Existem vírus que atacam animais e outros que atacam somente vegetais. Na espécie humana podemos destacar doenças que são causadas por vírus: a gripe, a caxumba, o sarampo, a hepatite, a febre amarela, a poliomielite (ou paralisia infantil), a raiva, a rubéola etc... Quando substâncias estranhas (chamadas antígenos) penetram no nosso organismo (o vírus, por exemplo), existem células do nosso sangue (certos glóbulos brancos) que são capazes de percebê-las, alertando outras células para o perigo de uma infecção. As células alertadas, outros glóbulos brancos, fabricam proteínas de defesa chamadas anticorpos, que inativam os antígenos. Dessa forma o nosso corpo identifica e neutraliza a ação de certos microorganismos, inclusive os vírus. Essa capacidade de defesa denomina-se imunização. Não existem medicamentos para combater os vírus depois que eles passam a parasitar um organismo. Nesse caso o único procedimento possível é esperar que o organismo reaja e produza anticorpos específicos para destruí-los. É o caso, por exemplo, da gripe. Não existem remédios para essa doença. O que há são medicamentos para livrar os sintomas desconfortáveis que ela provoca, como dores de cabeça, febre etc... No entanto alguns vírus são responsáveis por doenças fatais ou que deixam seqüelas graves, é o caso da AIDS, onde o vírus baixa radicalmente a resistência do organismo por atacar as células de defesa. O indivíduo, então, contrai infecções com mais facilidade e que se tornam graves, podendo matar a pessoa. A poliomielite é outro exemplo que pode deixar uma pessoa paralítica ou com sérios problemas motores. Contra algumas doenças viróticas existem vacinas, que são medicamentos preventivos. A vacinas não curam um organismo já infectado por vírus. São produzidas a partir de vírus “mortos” ou enfraquecidos. Uma vez introduzidos num indivíduo, esses vírus não têm condições de provocar a doença, mas são capazes de estimular o organismo a produzir anticorpos, imunizando-o. Reino Monera - Caracterização seres pertencentes ao Reino Monera possuem a propriedade de serem ente, os organismos mais abundantes do planeta, sendo encontradas em praticamente todos s meios: na terra, na água e no ar, na superfície ou no interior de organismos, em objetos e nos A m o micrômetro), mas algumas podem atingir 10 m m ou ma etro). O reino Monera compreende bactérias e cianobactérias. As bactérias e as cianobactérias são seres unicelulares, embora várias espécies se apresentem como colônias, formadas por agrupamentos celulares. Além da unicelularidade, os procariontes, ou seja, suas células não possuem membrana nuclear, a ausência dessa membrana resulta na difusão do material genético no citoplasma. 1 - Bactérias Com cerca de 3000 espécies, as bactérias estão entre os menores e mais simples organismos e são, provavelm o materiais em decomposição. ai ria das bactérias não ultrapassa 1 m m ( is ( o micrômetro é a milésima parte do milím 9 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz De o ífica: cocos (esféricas), bac s de espiral) e vibriões (lembram uma írgula). nia de quatro indivíduos; lônia em forma de cacho; • Sarcina: colônia em forma de cubo; s cianobactérias são organismos unicelulares procariontes. Algumas vivem isoladamente, enquanto até 1 metro de comprimento. ungos, formam os línquenes. quena exigência de nutrientes, proliferando em qualquer ambiente onde haja apenas gás = por si mesmo; 1 - Os pro cópicos, constituem a maior parte do plâncton marinho e dulcícu ac rdo com a forma que apresenta, elas recebem um denominação espec ilo (alongadas, em forma de bastonete), espirilos (em forma v Os cocos podem se associar, formando diversos tipos de colônias: • Diplococos: colônia de dois indivíduos; • Tétrade: colô • Estreptococos: colônia em forma de colar ou fila; • Estafilococos: co • Pneumococos: colônia de dois indivíduos, em forma de chama de vela; • Gonococos: colônia de dois indivíduos, em forma de rim. As bactérias em geral são heterótrofas, mas existem espécies autótrofas e parasitas de animais, inclusive do homem. Dentre as doenças de maior gravidade causadas por bactérias, devem ser lembradas a meningite, a tuberculose, a difteria, a lepra, a febre tifóide, a disenteria bacilar, o tétano, e o cólera. Muitas dessas doenças podem ser evitadas pela vacinação como, por exemplo, a tuberculose, a difteria, o tétano e a meningite. A importância das bactérias Quando falamos em bactérias, em geral as associamos a doenças. Porém, nem todas são nocivas à saúde. Muitas espécies são úteis ao homem, dentre elas bactérias do ácido acético, utilizadas na fabricação de vinagre, e os lactobacilos, empregados na preparação de coalhadas, iogurtes, queijos etc. Além disso, as bactérias são fundamentais para o equilíbrio da natureza. Como exemplo podemos citar as que participam do ciclo do nitrogênio, permitindo sua utilização pelas plantas terrestres. Devemos lembrar ainda das bactérias decompositoras, que permitem a reciclagem de elementos através da decomposição dos corpos mortos. As bactérias que vivem no nosso trato digestivo produzem vitaminas essenciais à nossa saúde. 2 - Cianobactérias A outras se associam em colônias de São seres autótrofos fotossintetizantes. Além da clorofila, as cianobactérias possuem ficocianina (pigmento azul) e a ficoeritrina (pigmento vermelho). As cianobactériassão seres de grande distribuição natural, ocorrendo em água doce, terra e mar. São bastante comuns em fontes termais, suportando temperaturas acima de 80 ºC. Em associação com certas espécies de f Elas têm pe carbônico, nitrogênio, água, alguns minerais e luz. Algumas cianobactérias são capazes de fixar o nitrogênio do ar atmosférico, aproveitando esse gás para construir suas proteínas. Reino Protista- Caracterização Os seres classificados no Reino Protista são unicelulares, microscópicos e suas células são eucarióticas, portanto com núcleo verdadeiro. Eles podem ser autótrofos (grego autos trophé = nutrição) ou heterótrofos. Podemos dividir o Reino Protista em dois grupos: o das algas e o dos protozoários. Algas tistas autótrofos, organismos micros la. São de fato os mais importantes produtores desses ecossistemas, isto é, pela fotossíntese, 10 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz pro também As alg (diatom ode-se referir às algas como crisofíceas ou crisófitas, por exemplo, valendo esta nomenclatura para as Euglenófitas (grego eu = bem; grego glene = encaixe): são algas esverdeadas que possuem um ou dois flagelos, vivem principalmente em água doce. O principal representante é a Euglena; que possuem. Algumas vivem em água doce mas a maioria é ência, sendo 2 - o ntigamente referia-se ao Filo dos Protozoários. Atualmente o termo protozoário tem sido empregado tigóforos): locomovem-se através de flagelos. Também conhecidos como flagelados. Ex.: tripanossomo; livre e parasitas. ue os seres pluricelulares são feitas por células ou órgãos especializados. Os protozoários podem over udó os e flagelo a também es Os pseudópodos (grego pseudo = falso; grego podos s de rmitem um d . dó udam constantemente a forma da célula duran cam Os cílios são filamentos curtos que ocorrem em gran lula, enquanto os flagelos são lo e u tem coordenadamente e possibilitam a nataç ganism a di Muitos protozoários são parasitas do homem causan e quadro a seguir as pr duzem os alimentos que direta ou indiretamente garantem a vida de todos os demais seres. Eles são chamados de algas unicelulares. as unicelulares pertencentes ao Reino Protista distribuem-se por três divisões: Chrysophyta ácias e crisofítas), Euglenophyta (euglenóides) e Pyrrophyta (dinoflagelados). P outras classes. • Crisófitas (grego chrysos = ouro; grego phykia = alga): são as algas douradas, representadas principalmente pelas diatomáceas; • • Pirrófitas (grego pyrrhos = avermelhado, cor de fogo): são as "algas de fogo", assim chamadas por causa da cor avermelhada marinha. Um exemplo interessante de pirrófita é a Noctiluca, que possui luminesc responsável, em grande parte, pela luminosidade do mar e da areia molhada, que se pode observar facilmente à noite. Pr tozoários A como uma designação coletiva, sem valor taxonômico. Os antigos Subfilos passaram a ser os atuais Filos. A classificação dos protozoários é feita com base nas estruturas de locomoção que apresentam. Os principais Filos de protozoários são: • Sarcodina (sarcodíneos): locomovem-se através de pseudópodos. Ex.: as amebas; • Mastigophora (mas • Ciliophora (ciliados): locomovem-se através de cílios. Ex.: paramécio; • Sporozoa (esporozoários): não possuem estruturas de locomoção. Ex.: plasmódio. Os protozoários (grego protos = primeiro; grego zoon = animal) formam um grupo numeroso, com uma grande variedade de formas, adaptadas aos mais diferentes modos de vida. Eles ocorrem em praticamente em todos os ambientes aquáticos e terrestres. Existem espécies de vida As células dos protozoários são chamadas de “células-organismo”, pois são capazes de executar todas as funções q se locom por pse podos, cíli s, embora haj pécies sem locomoção. = pé) são expansõe citoplasma que pe lento deslizamento o organismo Esses pseu te o deslo podos se alongam e a ento. de número por cé largam, e assim m ngos e cada célula apresenta ap nas um o ão do or alguns poucos. Nos o numa determinad do diversas doenças. V dois casos eles ba reção. ja no incipais: Espécie Classe Doença Sintomas Transmissão Entamœba histolytica Rizópodo Amebíase Ulcerações intestinais, imento diarréia, enfraquec Ingestão de cistos eliminados com as fezes humanas. Trypanosoma Cruzi Flagelado Doença de Problemas no coração, seto Chagas inchaço do baço e fígado, mal estar Fezes do in barbeiro (Triatoma sp.) 11 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz Leishmania brasiliensis Flagelado Úlcera de Bauru Ulcerações (feridas que não cicatrizam) no rosto, braços e pernas Picada do mosquito palha (Phlebotomus sp.) Trichomonas vaginalis Flagelo Tricomoníase Vaginite, uretrite, Relação sexual ou corrimento toalhas e objetos úmidos contaminados Giardia lamblia Flagelado Giardíase Dores abdominais, Ingestão de cistos diarréia eliminados com fezes humanas Plasmodium vivax Esporozoário Malária Febres, anemia, lesões no baço e no fígado Picada de mosquito- prego (Anopheles sp.). Reino Fungi- Caracterização les umanidade, utilizados na fermentação do pão e na produção de enças como: as "ferrugens, e os "carvões". m tipo de fungo utilizado desde a Antigüidade na produção de pães e bebidas microscópio verificou-se que o fermento é constituído de seres bol um pão Os fungos mais conhecidos são os bolores, fermentos, lêvedos, orelhas de pau, mofos e cogumelos. São todos organismos eucariontes e heterotróficos. Podem viver livres na água ou no meio terrestre, onde há predominância de matéria orgânica. Para poderem absorver a matéria orgânica de que necessitam, os fungos mantêm três tipos de relacionamentos com outros seres vivos: saprofitismo (nutrem-se de restos de seres vivos que e mesmos decompõem), mutualismo (associação com outro ser onde os dois se beneficiam) e parasitismo (nutre-se de substâncias orgânicas do corpo de animais ou plantas vivos). A maioria dos fungos é constituída por filamentos microscópicos denominados hifas, que em conjunto formam um emaranhado denominado micélio. A importância dos fungos Os fungos desempenham importantíssimo papel na Natureza: são eles que, juntamente com as bactérias do solo, fazem a decomposição de cadáveres de animais e de plantas. Nesse papel de decompositores da cadeia alimentar, eles permitem a reciclagem dos elementos químicos que constituem a matéria orgânica. Se não fosse assim, os elementos se esgotariam para os seres vivos. Os fungos são antigos aliados da h bebidas alcoólicas. Além disso eles emprestam um sabor característico ao queijos tipo roquefort, camembert, gorgonzola e muitos outros, sem falar na utilização de fungos diretamente na alimentação, como é o caso dos famosos champignons. Os fungos têm importância médica pois podem causar doenças no homem, nos vegetais e nos animais. As doenças causadas por fungos recebem o nome de micoses. As principais micoses humanas são: o sapinho, a frieira e as micoses de pele. Nos vegetais os fungos odem causar dop Ainda temos os fungos do gênero Penicillium, que são empregados na fabricação de antibióticos naturais. Por que cresce a massa do pão? fermento biológico é uO alcoólicas. Somente com o uso do vivos, unicelulares que se produzem por esporos e brotamento. O fermento colocado na massa do pão alimenta-se dela e produz gás carbônico. Com a formação de has de gás carbônico no interior da massa, esta aumenta de volume e se torna porosa, originando macio. 12 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz A técni da uva process cana pr Taxon A class diferen -se os seguintes filos: ca de produção de bebidas alcoólicas é semelhante. O fungo presente no caldo da cana, no suco ou em outro líquido açucarado utiliza o açúcar como alimento e realiza suafermentação. Nesse o são liberados gás carbônico e álcool. Assim, do suco de uva produz-se vinho e do caldo de oduz-se cachaça. omia do Reino Fungi ificação dos fungos é feita principalmente á base das estruturas reprodutoras, que são as mais ciadas do seu ciclo de vida, e no tipo de hifas. Deste modo, tem • Filo Oomycota – contendo cerca de 580 espécies, inclui os chamados fungos aquáticos, na sua maioria saprófitos. Estes fungos são filamentosos, com hifas multinucleadas. Apresentam celulose na parede celular, não quitina, ao contrário do que seria de esperar. A reprodução destes fungos difere bastante da dos restantes grupos, aproximando-os mais dos restantes eucariontes (principalmente algas), pelo que muitas vezes se tem questionado a sua relação filogenética com os restantes grupos do reino. Segundo esses autores deveriam ser incluídos no Reino Protoctista. Produzem esporos assexuados biflagelados, que os verdadeiros fungos nunca produzem. A reprodução sexuada inclui a produção de oogónios com oosferas e anterídeos com núcleos masculinos. Da fecundação resulta o oósporo, um esporo de parede • resistente, que dá nome ao taxon. Pertencem a este filo os chamados míldios, bem como os fungos que causam doenças em peixes e nos seus ovos; Filo Zygomycota – com 765 espécies conhecidas, são fungos terrestres, a maioria saprófita ou parasita. Apresentam parede celular com quitina e hifas cenocíticas. A reprodução sexuada origina zigósporos no interior de um zigosporângio (que dá o nome ao taxon e pode permanecer dormente longos períodos), de estrutura muito semelhante a um esporangióforo. Pertence a este filo o bolor negro do pão ou da fruta, uma séria ameaça a qualquer material armazenado húmido e rico em glícidos. Outros grupos destes fungos de importância ecológica são a ordem Entomophthorales, parasita de insectos e por isso cada vez mais utilizada no combate a pragas da agricultura, e o género Glomus, participante na formação de micorrizas; Filo Ascomycota – com mais de 30000 espécies, este filo inclui numerosos fungos familiares e com importância económica, como as trufas, numerosos bolores verdes, amarelos e vermelhos. O género Neurospora foi fundamental no desenvolvimento da genética, como organismo de estudo. Apresentam hifas septadas dicarióticas ou parcialmente septadas • . Parede celular com quitina. Produzem assexuadamente conídios ou exósporos em conidióforos. A designação do filo deriva da estrutura produtora dos esporos sexuados, o ascocarpo, em forma de saco. Pertencem a este filo as leveduras, os únicos fungos deste grupo não filamentosos; Filo Basidiomycota – são incluídos neste filo mais de 16000 espécies, a maioria bem conhecida, como todos os cogumelos, as ferrugens e os carvões, importantes fitoparasitas. Muito importantes na decomposição de substratos vegetais, atingem 2/3 da biomassa não • animal dos solos. São fungos filamentosos, com hifas septadas perfuradas e dicarióticas e com parede quitinosa. A estrutura produtora de esporos sexuados, o basidiocarpo, é vulgarmente conhecido por cogumelo. Este resulta da fusão de dois micélios diferentes e irá produzir do restante micélio por septos. Deles, formam- nismos deste filo. Por este motivo este filo também é designado por Fungi Imperfecti. Inclui mais de 17000 espécies, a maioria das quais parece ser de ascomicetos. Reino Plantae- Caracterização basídios, células em forma de clava e separadas se os basidiósporos, grupos de 4 e presos por pequenos pedúnculos; • Filo Deuteromycota – este filo inclui todos os fungos em não seja conhecida, ou esteja ser ignorada para motivos taxonómicos, a reprodução sexuada, como por exemplo os fungos pertencentes ao género Penicillium. Este género é um dos casos em que a fase sexuada é conhecida mas não é considerada na sua classificação devido á sua elevada semelhança com outros orga 13 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz O R n A exem bastant as animais, o mesmo não pode se diz d reprodu e, a folha, a flor, o frut ritérios usados na classificação de plantas vasos condutores de água, sais minerais e moléculas orgânicas com origem na fotossíntese é um importante critério de classificação vegetal pois meio terrestre; terrestre, também revela um elevado grau de evolução; terrestres bem adaptadas. grandes grupos: is, essenciais à vida s condutores de seiva. Por iva entende-se o líquido absorvido pelas raízes (seiva bruta) e as substâncias produzidas pela fotossíntese (seiva elaborada). seiva se z de célula a célula. A maioria, porém, é dotada de vasos condutores. m ramos onde se prendem as folhas, levando a seiva bruta e trazendo a seiva elaborada. a todas as partes do vegetal, garantindo a sua sobrevivência. Flores a reprodução vegetal. as s criptógamas podem ser divididas, com base na organização do corpo, em grupos menores: lgas pardas; • Rhodophyta (rodofíceas): as algas vermelhas. rtanto, os mais importantes produtores de alimento e energia. Grande quantidade de oxigênio existente na hidrosfera e na atmosfera se deve à fotossíntese realizada pelas algas. ei o Plantae compreende seres eucariontes, pluricelulares, autotróficos, que realizam fotossíntese. plo dos animais, o organismo vegetal é constituído por células. Contudo, sua organização é e diferente. Se seus órgãos têm funções paralelas às dos sistem er a sua estrutura. Em relação aos animais falamos em sistemas digestório, respiratório, tor, etc.; no que diz respeito às plantas, tratamos de órgãos: a raiz, o caul o e a semente. C Os critérios usados exclusivamente no estudo das plantas são os seguintes: • vasos condutores– a presença de está relacionado com o grau de adaptação ao • semente– a presença de semente, um órgão reprodutor particularmente bem adaptado á dispersão em meio • flor– intimamente relacionado com os aspectos anteriores, também é característica de plantas A classificação dos vegetais possui ligeiras diferenças em relação à classificação animal. Ao invés de usar o termo Filo, usa-se o termo Divisão. As plantas são divididas em dois • Criptógamas (kripto, escondido): plantas que possuem as estruturas produtoras de gametas pouco evidentes • Fanerógamas (phanero, evidente): possuem as estruturas produtoras de gametas bem visíveis. Os órgãos e suas funções A raiz tem por função fixar a planta ao solo e retirar dele água e sais minera vegetal. O caule mantém a planta ereta. Em seu interior encontram-se vaso se Há vegetais que não possuem vasos condutores (algas e musgos). Nesse caso, a distribuição da fa Do caule parte As folhas são, portanto, a parte dos vegetais onde ocorre a fotossíntese. A seiva elaborada por ela produzida é distribuíd Nas folhas também acontecem os processos de respiração e transpiração vegetal. e sementes são órgãos que se relacionam com Criptógam A 1 - Talófitas As talófitas são plantas cujo corpo é um talo, estrutura não diferenciada em raiz, caule e folha. São as algas pluricelulares. Um dos critérios de classificação das algas é a cor. As algas segundo esse critério são divididas em: • Chrorophyta (clorofíceas): as algas verdes; • Phaeophyta (feofíceas): as a A importância das algas As algas realizam a maior parte da fotossíntese que ocorre no Planeta. São, po 14 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz - Briófitas lantas de pequeno porte, sendo que na maioria não ultrapassa 20 cm de altura. Vivem seiva través de suas paredes. folhas e de seiva elaborada para as demais partes da planta. s principais representantes do grupo são as samambaias e as avencas. as pteridófitas as folhas se desenrolam a partir do centro da planta. A reprodução é feita por meio de esporos, q te são produzidos em soros localizados na baias). uturas produtoras,que são erradamente denominados flores; e as Angiospermas, que produzem flores. Uma a, de maneira ampla, como um “ramo” modificado e adaptado à reprodução. os: gimnosperma ativa é a araucária, também conhecida como pinheiro-do-paraná. As flores da gimnosperma são estróbilos. Essas flores são de um só sexo, masculino ou feminino. tuais tenham aproximadamente 4000 anos de idade. ente). Por esse motivo são conhecidas como plantas frutíferas. As algas vermelhas são ricas em iodo e constituem uma valiosa de substâncias como o ágar-ágar (utilizado em laboratório para a cultura de bactérias) e a carragenina (utilizada como estabilizador de sorvetes, pastas de dentes e doces). 2 As briófitas são p em ambientes úmidos e sombreados, uma vez que não são susceptíveis à dessecação. As briófitas apresentam estruturas chamadas rizóides, caulóides e filóides que desempenham um papel semelhante ao da raiz, caule e folhas. No entanto, não têm vasos condutores de seiva; tanto a elaborada quanto a bruta passam diretamente de uma célula para outra, a O grupo das briófitas tem os musgos como principal representante. 3 - Pteridófitas As pteridófitas são as primeiras plantas a possuir vasos condutores de seiva. A existência dos vasos possibilitou às plantas a conquista definitiva do ambiente terrestre. Os vasos permitem o transporte rápido da água e sais minerais até as O N ue freqüentemen parte de baixo das folhas (são aqueles pontinhos alaranjados que vemos às vezes nas samam Ocorre alternância de gerações, sendo o vegetal adulto produtor de esporos que, uma vez no chão, dão origem a uma plantinha parecida com um coração (prótalo) e que produz os gametas. Esses se unem e vão dar origem a uma nova planta. Fanerógamas Nas fanerógamas os óvulos e o pólen são os gametas feminino e masculino, respectivamente. Dentre as fanerógamas temos as Gimnospermas, que produzem estróbilos como estr re flor pode ser definid Sobre as folhas modificadas desse ramo é que se formam as estruturas reprodutivas das plantas fanerógamas. A semente é uma estrutura que contém em seu interior um pequeno embrião em repouso, além de grande quantidade de células e material nutritivo para garantir a germinação. As sementes têm origem a partir dos óvulos, formados nas flores. As fanerógamas são divididas em dois grandes grup 1 - Gimnospermas As gimnospermas são as primeiras plantas a produzirem flores (inflorescências) e sementes, porém não produzem frutos (grego = gymnos = nua, grego = sperma = semente) . As gimnospermas mais conhecidas são os pinheiros, ciprestes e sequóias. No Brasil uma n chamadas de cones ou As gimnospermas estão mais adaptadas às regiões temperadas. Chegam a formar vegetações como as taigas no Hemisfério Norte e a mata de araucária no sul do Brasil. As sequóias são gimnospermas de grande porte e ocorrem na Califórnia (Estados Unidos). Essas plantas chegam a atingir 120 metros de altura e seus troncos podem chegar a ter diâmetro de 12 metros. Estima-se que as sequóias a 2 - Angiospermas As angiospermaspossuem como característica exclusiva, a semente contida no interior de um fruto (grego angio = urna; sperma = sem 15 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz ia-prima para as mais diversas odificadas que fazem parte do corpo do mbrião e que podem armazenar nutrientes que serão fornecidos a ele durante os estágios iniciais de o próprio nome diz, nas monocotiledôneas há apenas um cotilédone por e-açúcar, milho, gengibre e palmeiras em geral: coco-da-baía, babaçu, etc. as angiospermas a fecundação se dá quando o núcleo masculino (proveniente do grão de pólen) e o úcleo feminino (oosfera, proveniente do óvulo) se encontram, formando o zigoto, ainda no ovário da zigoto, uma célula simples, sofre então muitas divisões celulares e dá origem a um pequeno iclo Haplodiplobionte: Todos os vegetais intermediários e superiores, todas as rodófitas, certas s). Por essa razão, a meiose é classificada como espórica, ou ainda intermediária, pois ocorre no eio do ciclo de vida. A diferença básica entre gametas e esporos é que os primeiros são células so denominada meiose zigótica. É interessante notar que o zigoto é a única célula iplóide do ciclo. A meiose também pode ser denominada inicial, pois ocorre no início do ciclo de corre na formação dos As angiospermas correspondem ao grupo de plantas com maior número de espécies sobre a Terra. Ocorrem em ampla diversidade de hábitats, existindo desde espécies aquáticas até plantas adaptadas a ambientes áridos, como os cactos. Economicamente, as angiospermas representam uma fonte de inestimável importância para o homem. Seus órgãos, como raiz, caule, folhas, flores, sementes e frutos, podem servir de alimento para a população humana. Além disso, servem, também como fontes de matér atividades humanas e industriais. As angiospermas são divididas em dois grandes grupos: o das monocotiledôneas e o das dicotiledôneas. A principal característica que permite distinguir esses dois grupos é o número de cotilédones presentes na semente. Os cotilédones são folhas m e desenvolvimento. Como semente, enquanto nas dicotiledôneas há dois cotilédones por semente. São exemplos de monocotiledôneas: Alho, cebola, aspargo, abacaxi, bambu, grama, arroz, trigo, aveia, cana-d São exemplos de dicotiledôneas: Vitória-régia, eucalipto, abacate, rosa, morango, pêra, maçã, feijão, ervilha, goiaba, jabuticaba, algodão, cacau, limão, maracujá, cacto, mamona, mandioca, seringueira, batata, mate, tomate, jacarandá, café, abóbora, melancia, etc. A formação da semente N n flor. O embrião, pluricelular. O óvulo fecundado desenvolve-se formando então uma semente. Ela contém um embrião e substâncias nutritivas que o alimentarão quando a semente germinar. A formação de uma ou mais sementes no interior de um ovário provoca o seu desenvolvimento e ele, crescendo muito origina um fruto, enquanto murcham todas as demais partes da flor. Ciclos reprodutores dos vegetais C feófitas, como a Laminaria, e certas clorófitas, como a Ulva, possuem o ciclo haplodiplobionte. Neste ciclo ocorre uma alternância de gerações, onde há um adulto haplóide (n) e um adulto diplóide (2n). O adulto haplóide produz gametas (n) por mitose, por isso chamado de gametófito (produtor de gametas). Já o adulto diplóide produz esporos (n) por meiose, sendo denominado esporófito (produtor de esporo m sexuais, enquanto que os esporos são assexuados. Ciclo Haplobionte: Algumas algas verdes, como a Ulothrix, possuem ciclo de vida haplobionte, ou seja, há apenas indivíduos haplóides (n). O zigoto, ou célula ovo, formado por fecundação, logo sofre meiose, por is d vida. Ciclo Diplobionte: É o ciclo de vida característico dos animais, porém algumas clorófitas, como a Bryopsis, e certas feófitas, como Sargassum e Fucus, também o apresentam. O indivíduo adulto é diplóide (2n), sendo que a única célula haplóide do ciclo é o gameta. A meiose o gametas, por isso denominada meiose gamética. Como ocorre no final do ciclo, também chamada meiose final. 16 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz sporófito (2n) e os ansitórios são os gametófitos . O gametófito masculino jovem é o grão de pólen * que se desenvolve como as coníferas, não precisam de água para a fecundação, que se dá por ifonogamia, com formação de tubo polínico. Mas algumas gimnospermas primitivas, consideradas zindo anterozóides que nadam em direção à oosfera. O ciclo de vida das gimnospermas é haplodiplobionte. O vegetal duradouro é o e tr originando o tubo polínico (gametófito masculino maduro ou microprotalo). O gametófito feminino ou megaprótalo é o saco embrionário que fica no interior do óvulo. O gameta masculino haplóide (n) é o núcleo espermático (ou gamético) e o gameta feminino haplóide (n) é a oosfera. Muitas gimnospermas, s por alguns autores comoverdadeiros fósseis vivos (Cycas revoluta, por exemplo) ainda dependem da água para a fecundação produ Observação: A nomenclatura dos ciclos de vida surgiu nas décadas de 1920 e 1930. Svedelius, em 1931, foi o primeiro a empregar o termo "haplobionte" para designar o ciclo de vida de certas algas. Posteriormente, essa nomenclatura foi generalizada, passando também a ser usada para ciclos de vida de outros organismos. De acordo com a nomenclatura originalmente proposta, há dois tipos básicos de ciclo vital: haplobionte e diplobionte. No primeiro tipo de ciclo — haplobionte (do grego haplo, simples, único, e bionte, organismo) — há apenas um tipo de organismo adulto, que pode ser haplóide ou diplóide. Se a forma adulta é haplóide ), o ciclo é denominado haplobionte haplonte e representado pela sigla H, h. Se a forma adulta é (2n), levando à rmação de esporos (n), que germinam e originam gametófitos sexuados (n). Estes, por sua vez, rmam gametas (n), que se unem e originam o zigoto (2n). O desenvolvimento do zigoto no o a meiose ocorre na formação de esporos, fala-se em meiose obras. O ciclo que denominamos haplobionte haplonte (H, h) tem "diplob do "haplodiplobionte". Reino Atualm nto out ados genericamente de nim ão (n diplóide (2n), o ciclo é denominado haplobionte diplonte e representado pela sigla H, d. No ciclo haplobionte haplonte (H, h), os adultos (n) produzem gametas (n), que se unem e dão origem ao zigoto (2n). Este sofre meiose, originando esporos (n), que se desenvolvem em formas adultas (n), fechando o ciclo. Como a meiose ocorre no zigoto, fala-se em meiose zigótica. No ciclo haplobionte diplonte, a meiose ocorre nos adultos (2n), levando à formação de gametas (n). Estes se unem e originam o zigoto (2n), que se desenvolve em formas adultas (2n). Como a meiose leva à formação de gametas, fala-se em meiose gamética. O segundo tipo de ciclo de vida — diplobionte (do grego diplo, duplo, dois), representado pela sigla D, h+d — caracteriza-se por apresentar dois tipos de forma adulta, uma delas haplóide, denominada gametófito, e outra diplóide, denominada esporófito. A meiose ocorre no esporófito fo fo esporófito (2n) fecha o ciclo. Com espórica. No ciclo diplobionte ocorre, portanto, alternância de gerações haplóide e diplóide. Alguns livros didáticos destinados ao ensino médio trazem nomenclatura diferente da apresentada anteriormente, que foi a adotada em nossas sido chamado "haplobionte"; o ciclo haplobionte diplonte (H, d) tem sido chamado ionte"; e o ciclo diplobionte (D, h+d) tem sido chama Animalia- Caracterização ente são conhecidas cerca de 1 milhão de espécies pertencentes ao Reino Animal, enqua ras estão sendo constantemente identificadas. Esses organismos, cham ais, possuem características comuns: a • São peculiares, eucariontes e heterotróficos (grego hetero = outro, diferente; grego trophé = nutrição). Suas células não possuem parede celular. • Como são heterotróficos dependem, para sua nutrição, de outros seres vivos. • A maioria dos animais é capaz de se locomover. As espécies que não se locomovem s aquáticas e recebem os alimentos trazidos pela água. • A maioria dos animais possui sistema nervoso e é capaz de reagir rapidamente a estímulos. 17 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz uem, urante a vida embrionária, três características: notocorda (eixo esquelético), fendas branquias erfurações ao lado da faringe) e tubo nervoso dorsal (participa da formação do sistema nervoso). O filo chordata é subdividido em s ochordata e Vertebrata. No subfilo Uroch , as larvas córdio e t arecend do adulto. Os Cefalocordados têm no tubo ne bras. rados, excepto nos peixes-bruxa, o notocór do tebral lásticos, enterocelomados, deute se ma, dos cordados divide-se em 3 subfilos, dos quais veremos apenas o subfilo dos Vertebrados (tabela 2). Tabela rados Filo ísticas • A reprodução geralmente é sexuada (com troca de gametas). Os animais dos filos citados na tabela 1 não possuem coluna vertebral, por isso são chamados de Invertebrados. Além desses filos, existe o filo dos Cordados. Os representantes desse filo poss d (p ubfilos: Urochordata, Cephal ordata têm noto ubo neural, desap o ambas no esta tocórdio e ural, mas sem verte Nos verteb dio foi substituí por uma coluna ver óssea. São animais trib esqueleto interno. O filorostômios, com gmentação heterôno 1: Os inverteb Classes Representantes Caracter 1. Poríferos Calcários Esponjas calcárias e vidro o s na corpo. Embora Hexactinélidas Demospôngias Esponjas d Esponjas de banh Aquáticos Apresentam ponto parede do pluricelulares, não formam tecidos 2. Celenterados Citozoários Astozoários Águas-vivas Corais e anêmonas Hidrozoários Hidra e obélia Aquáticos, formam tecidos, mas não formam órgãos. Possuem cnidoblastos 3. Platelmintos s Turbelários Trematódeos Cestóide Planária Esquistossomo Cestóideo Vermes de corpo achatado dorsoventralmente. De vida livre e parasitas 4. Nematoda Nematódeos Lombriga, ancilóstomo o. De vida livre Vermes de corpo cilíndric e parasitas 5. Anelídeos Oligoquetos Poliquetos Hirudíneos Nereis Sanguessugas Minhocas Vermes anelados. Vida livre em solos úmidos, água doce ou salgada. Insetos Moscas, barbeiros, borboletas Corpo com cabeça, tórax e abdômen. Um par de antenas e três pares de patas. Crustáceos Camarões, siris, caranguejos x e pares de o Corpo com cefalotóra abdômen. Dois pares de antenas e vários patas. Maioria marinh Aracnídeos Aranhas, escorpiões e carrapatos Corpo com cefalotórax e abdômen. Não possuem antenas. Quatro pares de patas Quilópodos Centopéias e lacraias om um Anelados, um par de patas por anel e c par de antenas. 6. Artrópodos anel Diplópodos Piolho-de-cobra Anelados, com dois pares de patas por 18 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz 7. Moluscos s Pelecípodos Cefalópodos Ostras e mariscos Lulas e polvos ole, com concha calcária. Marinhos, de água doce e terrestre. Gastrópodo Caramujos Animais de corpo m geralmente 8. Equinodermos Asteróides ides inóides s Crinóides ino-do-mar Lírio-do-mar Exclusivamente spinhos na o. ado por placas calcárias. Ofiuró Equ Holoturóide Ouriço-do-mar Pep Estrelas-do-mar Ofiúro marinhos. E superfície do corp Esqueleto interno form Tabela 2: Os vertebrado Subfilo s Classes Representantes Características Peixes cartilaginosos Peixes ósseos Tubarão, cação, raia, quimera. Cavalo-marinho, bagre, dourado, cavalinha. arinhos e inhos e Esqueleto cartilaginoso. Pecilotérmicos. M dulcículas Esqueleto ósseo. Pecilotérmicos. Mar dulcículas. Anfíbios , pererecas. adultos, terrestres. Sapos, rãs Na fase larval são aquáticos e, quando Pecilotérmicos. Répteis uga. scamas ou placas córneas, adaptados ao ambiente terrestre. Cobra, jacaré, tartar Andar rastejante. Pecilotérmicos. E Aves Ema, pingüim, tuiuiú, Capazes de voar. Dípedes. canário. Homeotermos. Possuem bicos e penas. Vertebrados Mamíferos Baleia, golfinho, morcego, homem, cachorro, vaca. Tetrápodos. Possuem pêlos e glândulas mamárias. Homeotermos. Tendo em vista a extensão do Reino animal vamos abordar apenas os principais aspectos de cada filo ou subfilo. Invertebrados 1 - Filo Porifera O Filo Porífera (poríferos) é constituído pelas esponjas, animais sésseis (fixos) que vivem em ambiente marinho e de água doce. Quanto à forma, as esponjas podem ser tubulares, ramificadas globulares, em corpo das esponjas é recoberto por poros, daí o nome de Porifera (poros = poro, phorus = portador njas têm no ápice do corpo uma abertura denominada ósculo e internamente uma forma decopa etc.. Quanto à cor, em geral são cinzentas ou pardas. Encontram-se, contudo, esponjas vermelhas, amarelas, violetas, negras e azuis. Vivem reunidas em colônias que pode variar em tamanho de 1 milímetro a 2 metros. O de) ao filo. As espo cavidade chamada átrio. Os poríferos são animais filtradores: a água e os alimentos entram pelos poros, circulam pelo átrio, e pelo ósculo são eliminados juntamente com água os restos não-aproveitáveis. 19 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz e ser dividido em vários planos de simetria, dispostos em raios. a de guarda-chuva) e de vida livre. Eles podem formar ndo tocadas, lançam para fora um filamento com um líquido ticante. Esse líquido pode provocar sérias queimaduras no ser humano. Os cnidoblastos participam entos. z por gametas, com fecundação externa (os gametas se unem produção é chamado de vermes em forma de fita. ão os primeiros animais a apresentar simetria bilateral. Isso quer dizer que esses animais têm o corpo e poder de regeneração: às vezes utiliza esta capacidade e divide-se ssexuadamente ao meio. A metade anterior regenera a parte posterior e a metade posterior regenera a Os a em-se, na grande maioria das vezes, sexualmente. Existem platelmintos como doenças são adquiridas, faz-se necessário o estudo do ciclo vital dos platelmintos parasitas. Vejamos agora algumas doenças causadas por platelmintos: • Esquistossomose A esquistossomose, também conhecida como barriga d'água, é doença causada pelo verme Schistosoma mansoni (esquistossomo). Esse verme parasita as veias do intestino, afetando também o fígado e as vias urinárias. As esponjas podem se reproduzir tanto assexuadamente, por brotamento, quanto sexuadamente. Na reprodução por brotamento aparece um “broto” no corpo do animal que, depois de um determinado tempo pode soltar-se ou não e formar outro indivíduo. 2 - Filo Cnidaria Os animais que compõem o grupo dos cnidários são aquáticos e quase todos marinhos. Os cnidários compreendem as hidras, águas-vivas, caravelas, corais e as anêmonas-do-mar. Possuem simetria radial, pois seu corpo pod Nesse filo encontramos dois tipos de indivíduos: as medusas, que são natantes, e os pólipos, que são fixos. A forma pólipo é cilíndrica, com uma das extremidades apoiadas num substrato qualquer e a outra livre. A medusa é arredondada (form colônias, como é o caso dos corais (colônias sésseis), e das caravelas (colônias flutuantes). Ao longo de todo o corpo do animal, mas em maior quantidade nos tentáculos, aparecem células especiais chamadas cnidoblastos que, qua ur também na captura de alim A reprodução dos cnidários pode ser sexuada e assexuada. A reprodução assexuada pode ser feita por brotamento. A reprodução sexuada se fa na água) ou interna (no interior da fêmea). Em muitos cnidários a reprodução assexuada se alterna com a reprodução sexuada, num ciclo que há também uma alternância das formas de pólipos e medusas. Esse tipo de re alternância de gerações ou metagênese. 3 - Filo Platyhelminthes Os platelmintos são vermes com o corpo achatado (plathyes = achatado; helminthes = verme ), também chamados S formado por duas metades simétricas. Nós, por exemplo, somos bilaterais simétricos. Existe apenas um plano que divide imaginariamente nosso corpo em duas metades simétricas. Alguns platelmintos, como as planárias, de vida livre, vivem na água ou na terra. Outros, como a tênia ou solitária e o esquistossomo, são parasitas de vertebrados, inclusive do homem. A planária tem grand a anterior. pl telmintos reproduz hermafroditas (tênia e planetária) e platelmintos de sexos separados (esquistossomo). Muitos platelmintos têm grande interesse médico pois causam doenças em vários animais, inclusive no homem. Para compreender 20 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz Ciclo da esquitossomose A pessoa infectada, defecando em local inadequado, elimina os ovos do verme junto com as fezes. Se eles atingirem a água doce, desenvolvem-se em larvas chamadas miracídios. O miracídio precisa de um caramujo para continuar seu desenvolvimento. Não qualquer caramujo, mas só dos gêneros Biomphalaria e Planorbis. Após infestar o caramujo, o miracídio sofre inúmeras transformações e passa a chamar-se cercária. A cercária sai do caramujo e fica nas águas paradas dos lagos, açudes ou represas. Quando uma pessoa entra em contato com a água contaminada, seja lavando roupa, banhando-se ou brincando, a cercária penetra pela pele e circula através da corrente sangüínea, chegando ao fígado, onde torna-se adulta e o ciclo reinicia. Como você pode perceber, o esquistossomo precisa de dois hospedeiros para se desenvolver completamente: um intermediário (que abriga as fases jovens do parasita) – o caramujo – e um definitivo (que abriga a fase adulta do verme) – o homem. Sintomas : Os sinais e sintomas da esquistossomose têm relação com a localização dos vermes no organismo humano. Os doentes apresentam, geralmente, aumento do tamanho do fígado e do baço e do volume abdominal. Profilaxia: A profilaxia da doença faz-se pelo combate ao caramujo, que é hospedeiro intermediário. São também importantes as medidas relativas à educação sanitária, desincentivando o uso de água parada como lugar para banhos. • Teníase A tênia é também chamada de solitária pois geralmente encontra-se apenas um verme no corpo do hospedeiro. Há dois tipos de solitárias: a Taenia solium e a Taenia saginata. Ambas são parasitas intestinais e causam doença chamada teníase, sendo que uma adquire-se ingerindo a carne de porco contaminada (Taenia solium) e a outra carne de vaca (Taenia saginata). 21 Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz amadas proglotes. São animais hemafroditas capazes se autofecundar, sendo que os espermatozóides de uma proglote fecundam os óvulos de outra ovos. Esses ovos podem er ingeridos por um porco ou vaca. Dentro do corpo do animal esses ovos dão origem a larvas que ntomas: Os sintomas da teníase são dores abdominais, alterações no apetite, diarréias e ocasionais se é muito prejudicial à saúde, pois a tênia consome praticamente todo o alimento tos e da speção rigorosa da carne de porco e de boi nos abatedouros dos açougues. Há um inda ve rece cisticer e às vezes fata da a adas. Qua n ete- rco: os ovos dão origem a a parede i tingem r, os pulm bro. Os sintom 4 - Filo Nematoda Os nematódeos (nemathos = fio, helminthyes = verme) são vermes, com corpo alongado e cilíndrico assemelhando-se a um fio. Este pod cópicos e pod rasitas pode e A seguir veremos os principais nematódeos parasita Vermes Doença Contaminação ilaxia Tênias O corpo desses animais é dividido em partes ch de proglote de um mesmo animal. As proglotes depois de fecundadas e cheias de ovos são chamadas proglotes grávidas. Junto com as fezes de um indivíduo contaminado saem as proglotes cheias de s perfuram a parede do intestino e são conduzidas pelo sangue até os músculos (carne). Aí elas se desenvolvem, formando uma bolinha branca chamada cisticerco, também conhecida como canjiquinha e pipoca. Se o homem comer essa carne mal cozida ou mal passada, os cisticercos poderão desenvolver-se em seu intestino, dando origem a uma tênia. Si nervosismos. A tenía que a pessoa ingere, deixando-a bastante fraca. Profilaxia : A profilaxia pode ser feita evitando-se comer carnes de porco ou de boi mal cozidas; através da construção de sanitários em locais adequados; do tratamento da água dos esgo in a forma a mais gra dessa doença que be o nome de cose. Grave, l, essa doença ndo isso aco ões e o cére é contraí tece, rep larvas que través da ingestão de se no organismo hu travessam a ovos do verme em mano aquilo que ac ntestinal e a endem da localizaçã frutas ou verduras mal-lav ontece
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