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Manual de Biologia I

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Prévia do material em texto

Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz 
 
Prefácio 
 
O presente manual foi preparado pelos professors deste centro (CPEAES) sob a sua 
coordenação e é destinado ao âmplo circulo de estudantes ocupados no estudo de 
preparação aos exames de admissão para o ensino superior ou no desenvolvimento da 
actividade pedagógica nos centros de ensino e pesquisa em particular. 
O traço caracteristico deste manual consiste em expor os problemas e as tendências 
actuais de planos curriculares orientados para o ensino geral e técnico nacional, o 
aperfeiçoamento e assimilação das matérias dadas nas escolas, assinalados sob ópticas do 
desenvolvimento estável dos principios básicos da teoria e da prática, planificação dos 
métodos de estudos, sem expor a metodologia concreta de planificação. 
Os autores põe em destaque os elementos que devem ser assimilados e que possam ser 
úteis nas diferentes condições de avaliação nos exames de admissão de modo a alcançar 
os objectivos desejados. 
O manual∗ pode ser utilizado como material de estudo. 
 
O CPEAES ficar-lhe-á muito grato se nos dar a conhecer a sua opinião a cerca da 
qualidade do presente manual, assim como acerca da sua apresentação e impressão. 
Agradecer-lhe-emos também qualquer outra sugestão. 
 
 
 
Maputo, Março de 2008 
Justino M. J. Rodrigues (Coordenador) 
 
∗ Este livro é propriedade do Centro e todos os seus direitos e obrigações estão reservados a este 
centro. É expressamente proibido a sua reprodução, seja ela por fotocópia ou outra forma 
electrónica tanto como a sua venda fora deste estabelecimento como dententor de todos os 
direitos. 
Justino Rodrigues (Coordenador), e-mail: rjustino20@yahoo.com.br, cell: +258 820432760 
 
Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz 
 
 
Apresentação 
 
 
Este manual busca realizar uma viagem através do fantástico universo dos seres vivos, 
levando estudantes a uma visão global da maior riqueza deste planeta: sua 
biodiversidade. 
 
A estruturação dos conteúdos baseia-se no Programa de Tópicos de Biologia a serem 
avaliados nos exames de admissão da Universidade Eduardo Mondlane. 
Foi dado destaque às informações essenciais que os estudantes necessitam para o exame 
de admissão ou para os cursos universitários ligados a área de ciências biológicas. Ao 
final de cada capítulo, são propostos exercicios de concursos de admissão das principais 
universidades e institutos superiores moçambicanos (UEM, UP, UNILúrio, ISCISA). 
 
Uma atenção especial foi dada às ilustrações, tão necessárias no estudo da biologia, tendo 
sido cuidadosamente selecionadas em função da compreensão das estruturas e dos 
processos biológicos. Em praticamente todos os capítulos também são apresentados 
quadros comparativos, organizando o conhecimento de maneira objectiva. 
 
O eixo pedagógico e didático do manual é, portanto, caracterizado pelo aspecto síntese 
resumo, sem contudo perder em essência. Tem-se a certeza absoluta de que este manual 
está longe de ser considerado completo. Ele tanto poderá ser utilizado como elemento 
motivador para buscas mais aprofundadas em pesquisas bibliográficas complementares, 
como se constitui numa poderosa revisão aos que já concluíram o ensino médio e se 
preparam para os mais concorridos exames de admissão. 
 
 
 
 
 
 
Os autores 
 
 
Maputo, Março de 2008 
 
 
 
 
 
 
 
 i
 
Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz 
 
 
BIOLOGIA 
 
 
 
Orientação Geral 
 
Pretende-se verificar o atendimento dos seguintes requisitos básicos pelo candidato: 
 conhecimento de terminologia, convenções e classificações e capacidade de 
utilização desses conhecimentos para a compreensão dos fenómenos biológicos; 
 visão global do mundo biológico, seu funcionamento e aplicação desses 
conhecimentos na vida prática; 
 capacidade de interpretar e elaborar textos, gráficos e tabelas, resolução de 
problemas e analises experimentais, aplicando os conhecimentos adquiridos. 
 
Programa 
 
 
PARTE I - SERES VIVOS 
Características gerais. Variedade dos seres vivos: sistemas de classificação; regras de 
nomenclatura; conceito de espécie; categorias taxonómicas; características gerais dos 
principais grupos; vírus. 
Exercícios de aplicação. 
 
PARTE II - CÉLULA 
Célula procariotica e eucariotica: características diferenciais. 
Célula animal e vegetal: componentes morfológicos; principais funções das estruturas 
celulares. Componentes químicos: importância funcional das substâncias químicas para a 
manutenção da homeostase celular. 
Inter-relação das funções celulares: relação com a evolução das estruturas celulares. 
Núcleo interfásico: código genético. Divisão celular: mitose e meiose. 
Exercícios de aplicação 
 
Parte III - TECIDOS 
Conceito estrutural e funcional. Classificação dos tecidos animais: critérios. 
Principais características e funções dos tecidos animais e vegetais. 
Exercícios de aplicação 
 
Parte IV - FUNÇÕES VITAIS DOS ANIMAIS E VEGETAIS 
Características e funções dos sistemas: nutrição e digestão; respiração e trocas gasosas; 
circulação e transporte; excreção; protecção; sustentação; locomoção; respostas aos 
estímulos ambientais e o sistema de integração. 
 ii
 
Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz 
 
Reprodução: sexuada e assexuada (principais exemplos); evolução nos principais grupos 
de animais e vegetais; gametogenese, fecundação e desenvolvimento embrionário; 
reprodução humana. 
Fotossíntese, respiração celular e fermentação. 
Exercícios de aplicação 
 
Parte V - GENÉTICA 
Conceitos básicos: terminologia, cruzamentos e probabilidade. 
Mendelismo e Neomendelismo. 
Fundamentos de citogenética: genes e cromossomas; crossing over; anomalias 
cromossómicas. Conceitos básicos de engenharia genética. Código genetico. Fontes de 
variabilidade genética: mutação e recombinação genica. Genética de populações. 
Exercícios de aplicação 
 
Parte VI - EVOLUÇÃO 
Principais teorias: origem da vida e o processo evolutivo. 
Mecanismos evolutivos: variação genética e selecção natural. 
Evidências de evolução. Evolução dos vertebrados e dos vegetais. 
Exercícios de aplicação 
 
Parte VII - ECOLOGIA 
Fluxo de energia e matéria na biosfera. 
Relações ecológicas nos ecossistemas: estudo das comunidades. 
Ciclos biogeoquímicos. Sucessão ecológica e grandes biomas. 
Poluição e desequilíbrio ecológico: conservação e preservação da natureza. 
Exercícios de aplicação 
 
Parte VIII - SAÚDE, HIGIENE E SANEAMENTO BÁSICO 
Conceito e princípios básicos de saúde, higiene e saneamento. 
Principais doenças do homem: doenças carenciais; doenças infecto-contagiosas; doenças 
parasitárias; principais endemias em Moçambique. Defesas do organismo: imunização. 
Exercícios de aplicação 
 iii
 
Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz 
 
Seres Vivos 
 
1. Características gerais 
ortanto, necessário 
varmos em conta um conjunto de aspectos que os diferenciam dos demais seres. 
izações feitas no estudo dos seres vivos diz que: “todos os seres vivos são 
o unicelulares. Apesar de ser uma estrutura muito pequena a célula é composta por 
s. Um conjunto de células semelhantes que realiza determinada função recebe o nome de 
cido. 
 
té ficarem voltadas em direção à fonte de luz. Essa movimentação, no entanto, demorará vários dias. 
energia. Energia é o "combustível" necessário para 
, 
realizando um processo denominado fotossíntese (do grego foto = luz e synthesis = juntar, agrupar). 
Seres vivos e não vivos 
A Terra é habitada por muitos milhões de seres: alguns desses seres são chamados de vivos, outros 
não. Todos os seres são formados por matéria. O que distingue um ser vivo de um ser bruto ou não-
vivo, em primeiro lugar, é a composição química. Na Antigüidade, os pensadores achavam que os 
seres vivos eram dotadosde uma exclusiva e misteriosa força vital que lhes confiria vida. Hoje não se 
acredita mais nisso, pois sabe-se que a matéria que forma os organismos vivos, embora peculiar, é 
constituída por partículas semelhantes às que formam a matéria não viva e está sujeita às mesmas leis 
que regem o universo não-vivo. Na matéria viva, porém, certos elementos químicos estão sempre 
presentes em grande proporção, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O) e o nitrogênio 
(N) que, junto com vários outros elementos, em menores quantidades, formam substâncias muito 
complexas (chamadas genericamente de substâncias orgânicas), que constituem os seres vivos. Você é 
um ser vivo, assim como uma planta e uma bactéria. Já uma pedra não é viva, nem uma cadeira. Os 
seres vivos não podem ser definidos por apenas uma característica sendo, p
le
 
Os seres vivos são formados por células 
Uma das primeiras general
constituídos por células”. 
Este enunciado constitui a chamada Teoria Celular. 
A célula é o elemento fundamental que forma o organismo dos seres vivos. Em geral a célula é tão 
pequena que só pode ser vista ao microscópio. Uma das exceções que se tem, em relação ao tamanho, 
é um ovo, sua gema constitui uma única célula macroscópica. A maioria dos seres que conhecemos é 
formada por grande quantidade de células e, por isso, são chamados de seres pluricelulares. Entretanto, 
existem seres vivos formados apenas por uma célula: são os chamados unicelulares. As bactérias e os 
protozoários sã
várias partes. 
As células que constituem o organismo dos seres não são todas iguais. Raízes, folhas, ossos, pele, 
músculos etc. têm formas diferentes. Isso acontece porque as células que formam essas partes são 
diferente
te
 
Os seres vivos possuem capacidade de movimentação 
Quando nos referimos à capacidade de movimentação, estamos falando de uma ação voluntária, que 
um ser vivo faz por si próprio. Os animais se movimentam rápida e ativamente, nadando, correndo ou 
voando sendo, portanto, mais facilmente identificável. Movimentando-se os animais realizam, com 
mais facilidade, algumas tarefas básicas, como buscar alimentos, se defender e atacar. Nas plantas a 
constatação dos movimentos requer uma observação mais cuidadosa pois ocorre mais lentamente. Por 
exemplo, se girarmos o vaso de uma planta que fica perto da janela, suas folhas se moverão lentamente
a
 
Os seres vivos precisam de alimento 
Não se pode conceber a vida sem a presença de 
que o ser vivo possa realizar suas funções vitais. 
Os seres vivos obtêm a energia a partir dos alimentos orgânicos principalmente açúcares. 
Os organismos que conseguem sintetizar esses açúcares são chamados de autótrofos (do grego auto = 
por si próprio e trofos = nutrição). É o que acontece com as plantas, que são capazes de sintetizar esses 
açúcares a partir da água e do gás carbônico através de reações químicas que necessitam de luz
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Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz 
 
Por outro lado, há organismos imcapazes de produzir seu próprio alimento. Necessitam, então, ingerir 
vegetais ou outros animais para se alimentarem. Esses organismos são chamados heterótrofos (do 
grego heteros = outro, diferente e trofos = nutrição) e como exemplo temos os animais. 
Tanto os organismos autótrofos quanto os heterótrofos necessitam retirar a energia contida nos 
açúcares, que são degradados em água e gás carbônico, liberando energia. 
O conjunto de reações químicas que acontecem nos seres vivos (quer seja na síntese de substâncias ou 
na degradação destas para obtenção de energia) recebe o nome de metabolismo. 
 
Os seres vivos reagem a estímulos 
Todos os seres vivos respondem a estímulos que podem ser físicos ou químicos, como pôr exemplo, a 
mudança de temperatura, de luminosidade, de pressão ou de composição química do ambiente em que 
vivem. 
Alguns poucos vegetais, porém, como a sensitiva (Mimosa pudica), também chamada de dormideira, e 
certas plantas carnívoras, são capazes de retrair suas folhas em poucos segundos quando tocadas, em 
uma reação rápida que lembra a de um animal. 
Tais plantas produzem reações químicas muito complexas que provocam um movimento de “retração” 
e “relaxamento” das células, conferindo estes movimentos. 
Organismos complexos, como o caso do ser humano, possuem órgãos sensoriais (olhos, ouvidos etc.) 
altamente especializados em receber os estímulos ambientais. Esses órgãos estão acoplados ao sistema 
nervoso, que elabora respostas rápidas e adequadas a cada tipo de estímulo. 
Os vegetais também respondem a estímulos, embora mais lentamente que os animais. As folhas das 
plantas crescem em direção à luz; o caule cresce para o alto, em resposta contrária ao estímulo físico 
da gravidade; as raízes crescem em direção ao centro do planeta, em resposta positiva à força da 
gravidade. Também é conhecido o caso do girassol, que se movimenta orientado pela direção da 
incidência de raios luminosos do Sol, e as onze-horas, cujas flores permanecem plenamente abertas 
apenas perto deste horário. 
 
A capacidade de reagir a estímulos é classificada de acordo com a evolução dos organismos. No caso 
dos animais primitivos, dizemos que estes possuem uma irritabilidade simplificada. Esta 
irritabilidade é a capacidade de reagir, de forma inata e mecânica, a um estímulo. Por exemplo, ao 
encostar num paramécio ela terá a reação de se afastar para o lado oposto. 
Nos animais mais evoluídos, pode-se referir à irritabilidade complexa, através da excitação de um 
sistema nervoso mais evoluído, que é uma resposta mais elaborada a um estímulo. Como exemplo de 
maior desenvolvimento, temos o homem, capaz de emitir respostas muito complexas ao meio. Dirigir 
um automóvel, por exemplo. 
No caso dos vegetais estas reações são referidas como tropismos (crescimento do vegetal orientando-
se a favor ou contra estímulos ambientais, como a força de gravidade), tactismos (orientação espacial 
do vegetal em relação à substâncias químicas, como as plantas parasitas infiltrarem raízes em outras 
plantas para buscar seiva elaborada), nastismos (reação em resposta à organização interna do vegetal, 
como o exemplo já citado da planta dormideira) e blastismos (reação a estímulos luminosos, como a 
semente ter fobia ou filia pela luz para germinação). 
 
Os seres vivos têm ciclo vital 
Todos os seres vivos passam por diversas fases durante a sua existência: nascem, crescem, 
amadurecem, se reproduzem, envelhecem e morrem. 
Essas etapas constituem o ciclo vital. Os seres brutos, sem vida, não possuem ciclo vital. Os seres 
brutos não crescem, embora às vezes pareça que isso acontece. O aumento nas ondulações das areias 
do deserto, chamadas dunas, não se trata de crescimento. Na realidade, esse aumento ocorre por causa 
da deposição da areia transportada pelo vento. Todos os seres vivos têm duração limitada. 
 
Os seres vivos se reproduzem 
Reprodução é a capacidade que os seres vivos têm de gerar outros seres semelhantes a si mesmos. É 
por meio da reprodução que as espécies se mantêm através dos tempos. É ela que explica porquê, em 
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Centro de Preparação aos Exames de Admissão ao Ensino Superior – www. cpeaes.ac.mz 
 
condições normais, um ser vivo morre, mas a espécie não desaparece. A reprodução pode ser 
considerada a característica essencial da vida. Entretanto, apesar de sua importância, não é uma função 
vital, pois o ser vivo pode viver sem que haja a necessidade de se reproduzir. 
 
A reprodução pode ocorrer de duas formas principais: assexuada (ou agâmica) e sexuada (ou 
gâmica). 
Reprodução assexuada é a reprodução pelo próprio indivíduo, que dá origem a outros seres iguais a 
ele. Nessa forma de reprodução não há a participação de células sexuais para a formação de novos 
seres. Como exemplo temos as amebas, certas bactérias, esponjas etc., que se reproduzem 
assexuadamente. 
Reprodução sexuada é a reprodução onde é necessária a participação de células sexuais, chamadas 
gametas. Em geralessas células são produzidas por seres diferentes, um masculino e outro feminino. 
Nesse caso dizemos que esses seres têm sexos separados. Entre os animais vertebrados, por exemplo, 
os machos formam espermatozóides e as fêmeas, óvulos. No entanto, alguns seres vivos possuem a 
capacidade de, no mesmo organismo, formarem tanto gametas masculinos quanto femininos. Esses 
seres são chamados de hermafroditas. As minhocas, por exemplo. 
 
O encontro de gametas denomina-se fecundação e resulta numa célula-ovo, que se desenvolve para 
formar um novo ser. Quando a fecundação ocorre no interior do organismo feminino dizemos que a 
fecundação é interna (mamíferos, aves etc.). Quando ocorre no meio externo, dizemos que a 
fecundação é externa (a maioria dos peixes, anfíbios etc.). Se os filhotes nascem direto da mãe 
dizemos que esta espécie é vivípara; se a fêmea bota ovos, dizemos que esta espécie é ovípara. 
 
Os seres vivos podem adaptar-se 
O termo adaptação pode ser empregado em vários sentidos. 
Quando desenvolvemos atividades físicas, nossa temperatura aumenta. Um dos mecanismos que o 
organismo encontra para baixar a temperatura é a transpiração. Esse tipo de ajustamento é chamado 
homeostase, que constitui um tipo de adaptação. 
 
Adaptação também significa a capacidade de um organismo desenvolver, ao longo de milhares de 
anos, características que permitem melhor ajustamento ao ambiente. Esse processo de mudanças que 
levam à adaptação recebe o nome de evolução biológica. Os cientistas acreditam que as girafas, por 
exemplo, descendem de ancestrais que tinham pescoços de comprimentos variáveis. Os indivíduos 
mais altos tinham mais chance de sobreviver, pois conseguiam alcançar mais facilmente o alimento. 
Seus filhos herdaram essas características a transmitiram a seus descendentes. 
 
2. Os niveis de Organização 
A) DO ORGANISMO Á MOLÉCULA 
O organismo vivo é o objecto de estudo da Biologia. Este estudo pode ser realizado sob diversos 
pontos de vista, dependo do centro de interesse do biólogo. 
Os seres vivos são estruturas altamente complexas e organizadas. Esta organização pode ser percebida 
em vários niveis. O estudo de um peixe de uma determinada lagoa, por exemplo, pode dar-nos a ideia 
dos niveis de organização existentes num ser vivo. 
 
ORGANISMO: No organismo, estudado como um todo, podemos estar interessados numa descrição 
minuciosa da morfologia externa do animal. Anotaremos então detalhes, como: posição das 
nadadeiras, tipos de escamas, etc.... Ou então, podemos querer estudar o comportamento do peixe 
numa determinada situação, por exemplo, na época de sua reprodução. 
 
SISTEMAS: Uma dissecação do animal nos revela a existência de vários sistemas – o sistema 
digestivo, o sistema circulatório, o sistema nervoso etc... 
 
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ÓRGÃOS: Cada um destes sistemas é composto por vários órgãos, integrados de maneira a realizar 
com eficiência as funções necessárias. Os órgãos do sistema digestivo – boca, dentes, lingua, esfago, 
estomago, intestino e glândulas anexas – tem, cada qual, seu papel na apreensão, transformação e 
absorção do alimento. 
 
TECIDOS: Cada um destes orgãos, examinados com maior atenção, se mostra constituido por 
camadas diferentes, chamadas tecidos, que desempenham no órgão um certo papel. O tecido epitelial 
de uma certa região do intestino, por exemplo, absorve o alimento digerido. 
 
CÉLULAS: O exame de um tecido ao microscópio mostra que ele é constituido por unidades 
fundamentais, as células. 
 
ORGÂNELOS: Maiores aumentos ao microscópio revelam que a célula, por sua vez, tem sua própria 
organização: nela encontramos pequenas estruturas, os orgânelos, como mitocôndrias, reticulo 
endoplasmático, núcleo, que desempenham uma função especifica. 
 
MOLÉCULAS: Por fim, orgânelos celulares são formados por moléculas, como aliás qualquer 
matéria, mesmo não-viva; porém, na composição quimica do peixe predominam substâncias 
complexas e também organizadas, como proteinas e ácidos nucleicos. 
 
ÁTOMOS: Essas moléculas, por fim, são constituidas pelos mesmos átomos que encontramos na 
matéria não-viva. 
 
B) DO ORGANISMO Á BIOSFERA 
Outro modo de estudar a vida é analisar as relações entre o organismo e o meio ambiente. 
 
POPULAÇÃO: Ao redor de um peixe, vivem na lagoa muitos outros peixes da mesma especies; ao 
conjunto de organismos da mesma especie que vivem numa determinada área chamamos de 
população. 
 
COMUNIDADE: A população de peixes alimenta-se de caramujos e crustáceos que vivem na mesma 
lagoa. Os mesmos peixes, por sua vez, podem servir de alimento a peixes maiores. Há também vários 
tipos de plantas aquáticas, que são comidas pelos caramujos; algas verdes microscópicas e ainda 
bactérias que decompõem os restos de plantas e animais mortos. O biólogo chama o conjunto de 
populações que existe na lagoa de comunidade. Você percebeu que entre as populações de uma 
comunidade há um alto grau de interdependência. 
 
ECOSSISTEMA: Se a comunidade for considerada junto com os factores abióticos (não-vivos) da 
lagoa, como a temperatura da água, intensidade da luz que penetra nela, sais minerais dissolvidos, teor 
de oxigênio e gás carbônico, teremos um ecossistema. Num ecossistema existem então os factores 
bióticos (comunidade) e abióticos. 
 
BIOSFERA: Ao conjunto de ecossistemas da terra denominamos biosfera. 
 
O campo da Biologia que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o meio é chamado 
Ecologia. O homem aprendeu nos últimos anos, de maneira dram’atica, que suas intervenções na 
natureza podem ser muitas vezes desastrosas; mexer apenas num elo dessa complicada “teia” da vida 
pode levar a desequilibrios imprevistos. O desmatamento indiscriminado de uma região, por exemplo, 
faz desaparecer várias populações, animais que ali viviam; além disso, a retirada dos vegetais favorece 
a erosão do solo pelas águas das chuvas; e essa degradação do solo pode tornar dificil, ou até mesmo 
impossivel, a recuperação da área pelo reflorestamento. 
 
 
 4
 
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3. Algumas subdivisões da biologia 
Está claro, então, que, dependendo do modo de focalizar os seres vivos, o biologo se especializa num 
determinado campo de estudo da vida. A Bioquimica analisa a vida no plano de atomos e moleculas; a 
Citologia procura entender a organização da célula e o papel de cada organelo; e, evidentemente, o 
bioquimico e o citologista frequentemente necessitam um do outro, e muitas vezes trabalham juntos. 
Na Histologia, o centro de interresse do biologo é o tecido. O histologista tanto poderá estudar sua 
estrutura (Anatomia), como seu funcionamento (Fisiologia). Anatomia e Fisiologia aplicam-se 
tambem ao estudo de orgãos e sistemas. 
A Embriologia descreve as fases do desenvolvimento dos organismos durante o periodo embrionário. 
Na Genética são estudados os mecanismos da hereditariedade. A Taxonomia ou Sistemática se 
preocupa em organizar um sistema lógico de classificação dos diversos tipos de seres conhecidos. Por 
fim, já vimos que a Ecologia estuda as relações entre os organismos e o seu meio ambiente. 
Neste manual, nossa proposição é iniciar o estudo da vida pelo nivel de organização mais básico, 
passando gradualmente ao niveis mais elevados. 
 
 
4. Classificação e nomenclatura dos seres vivos 
Por que classificamos? Quando nos deparamos com uma grande variedade de objetos ao nosso redor, 
temos a tendência de reunir em grupos aqueles que consideramos semelhantes, classificando-os. Está é 
uma característica inerente ao ser humano. O ser humano classifica as coisas porque isso as torna mais 
fáceis de serem compreendidas. 
É provável que o homem primitivo distribuísse os seres vivos em grupos: os comestíveis e os não-
comestíveis, perigosos e não-perigosos etc.. 
 
No nosso dia-a-dia, temos constantemente exemplos de classificação de coisas; ao se classificar os 
selos,por exemplo, levamos em conta critérios de semelhanças como país, o ano do selo, o motivo da 
estampa etc.. 
Em qualquer sistema de classificação são usados determinados critérios. Num supermercado, a 
disposição dos produtos nos corredores e nas prateleiras obedece a certas regras estabelecidas pelo 
proprietário. Por exemplo, os produtos de higiene pessoal ficam numa determinada prateleira de uma 
determinada seção, os refrigerantes numa outra e os chocolates em uma terceira etc… É claro que o 
dono de um supermercado pode usar critérios diferentes de arrumação. 
 
Os cientistas também classificam. Mas no caso da Ciência, não é aconselhável a existência de muitos 
sistemas diferentes de classificação. Podemos perceber que isso tornaria muito difícil a “comunicação” 
entre cientistas. 
A importância da classificação biológica é facilitar a compreensão da enorme variedade de seres vivos 
existentes. 
 
Os grupos básicos de Linnaeus 
A primeira tentativa conhecida de classificação foi feita pelo filósofo grego Aristóteles (384- 322 
a.C.). Aristóteles trabalhou principalmente com animais e classificou várias centenas de espécies. Ele 
dividia os animais em dois grandes grupos: os com sangue e os sem sangue. Teofrasto, um discípulo 
de Aristóteles, descreveu todas as plantas conhecidas no seu tempo: ao classificar as plantas, um dos 
critérios utilizados foi o tamanho; ele as dividia em árvores, arbustos, subarbustos e ervas. 
 
De Aristóteles até o começo do século XVIII houve pouco progresso. Foram elaborados alguns 
sistemas de classificação mas com pouco sucesso. Os critérios eram arbitrários, alguns Biólogos 
classificavam os animais de acordo com seu modo de locomoção, outros conforme o ambiente em que 
ele vivia etc. Um exemplo disso pode ser notado ao analisarmos a classificação de um animal tendo 
por base apenas o ambiente onde ele vive. Pássaros, morcegos e insetos são classificados como 
animais aéreos e, no entanto, são muito diferentes entre si. Certamente um beija-flor tem mais 
semelhança com uma ema (terrestre) do que com uma mosca. 
 5
 
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Podemos notar que escolher como critério apenas o ambiente não acrescenta muito sobre o grupo. 
Estas primeiras classificações eram consideradas artificiais, pois utilizavam critérios que não refletiam 
as possíveis relações de parentesco entre os seres vivos. 
Hoje em dia classificações são naturais, pois procuram agrupar os seres vivos de acordo com o maior 
número possível de semelhanças, tentando estabelecer relações de parentesco evolutivo entre os 
mesmos. 
 
Um grande marco na classificação dos seres vivos foi estabelecido pelo Naturalista e Médico sueco 
Linnaeus. 
Linnaeus desenvolveu um sistema de categorias hierárquicas que, com algumas modificações, é usada 
hoje. No entanto, ele não levou em conta as relações de parentesco evolutivo entre seres vivos, pois 
acreditava que as espécies existentes na Terra tinham sido criadas uma a uma por Deus e que, desde o 
instante da criação até então, elas teriam permanecido sem qualquer alteração. Esse princípio da 
imutabilidade, denominado fixismo, era crença generalizada entre os naturalistas da época de 
Linnaeus. 
 
Actualmente o fixismo não é mais aceito, tendo sido contestado a partir dos trabalhos de Darwin em 
1859. Darwin desenvolveu idéias sobre a evolução dos seres vivos através da seleção natural. 
A teoria da evolução biológica ou simplesmente teoria da evolução diz que todos os seres vivos, dos 
mais simples até o homem, estão sujeitos a contínuas modificações ao longo do tempo. Assim, 
acredita-se que todas as espécies atuais ou as já extintas se originaram a partir de outras, pelo acúmulo 
de novas características, que revelam as suas adaptações ao diferentes ambientes durante a história da 
Terra. 
 
Com a aceitação da teoria evolutiva, as espécies deixaram de ser vistas como grupos estáticos de seres 
vivos. No sistema proposto por Linnaeus a espécie é a unidade de classificação e pode ser definida 
como sendo “um grupo de organismos que se acasalam na Natureza e cujos descendentes são férteis”. 
O atual sistema de classificação dos organismos também considera a espécie como unidade de 
classificação. 
 
As diferentes categorias de classificação, chamadas de categorias taxonômicas, foram ampliadas. 
Linnaeus elaborou um sistema de classificação onde havia 5 categorias de espécies semelhantes, que 
eram agrupadas em um mesmo gênero; os gêneros semelhantes são agrupados numa mesma família; 
famílias semelhantes são reunidas numa ordem; ordens semelhantes são agrupadas em uma classe; 
classes semelhantes são agrupadas em um filo ou divisão, e filos ou divisões semelhantes são 
agrupadas em um reino. As categorias podem ser representadas, da mais ampla para a mais restrita, da 
seguinte maneira: 
REINO FILO CLASSE ORDEM FAMÍLIA GÊNERO ESPÉCIE 
 
Além dessas categorias, muitas vezes são utilizadas categorias intermediárias, tais como subfilo, 
infraclasse, superordem, superfamília, subgênero, subespécie. 
Para exemplificar o atual sistema de classificação, vamos ver a classificação do cão, desde a categoria 
mais geral, que é o reino, até a mais restrita, que é a espécie. 
 
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Um exemplo de classificação taxonômica: o cão. 
 
 
Uma classificação geral dos seres vivos 
Muitos sistemas de classificação de seres vivos foram propostos, mas esse assunto ainda é muito 
controvertido. As Ciências Biológicas estão em plena expansão e tem sido possível conseguir mais e 
melhores informações a respeito dos seres vivos, trazendo assim maiores subsídios para a compreensão 
de suas histórias evolutivas. Por essa razão, a classificação tem sofrido modificações, pois trata-se de 
um tema dinâmico, não existindo um sistema que contente a todos. 
 
Num dos primeiros sistemas de classificação, na época de Linnaeus, era comum a divisão dos seres da 
natureza em 3 reinos: Vegetalia ou Plantæ, Animalia e Mineralia. Essa divisão perdurou até cerca de 
60 anos atrás. Em conseqüência, ainda há quem insista em considerar os seres vivos unicamente em 
dois reinos: Vegetalia e Animalia. 
 
Num outro sistema proposto, os seres vivos eram colocados em 3 reinos: Protista, Plantæ e Animalia. 
Este sistema também não é mais utilizado. 
Posteriormente surgiu um sistema de classificação onde os seres vivos eram divididos em 4 reinos: 
Reino Monera (bactérias e cianobactérias), Reino Protista (algas, protozoários e fungos), Reino 
Plantæ (desde musgos até angiospermas) e Reino Animalia (desde esponjas até os mamíferos). 
 
Esse sistema ainda é utilizado por algumas pessoas, mas está pouco a pouco sendo substituído por um 
sistema que agrupa os seres vivos em 5 Reinos: 
• Reino Animalia: todos os animais desde as esponjas até os mamíferos 
• Reino Plantae: desde algas pluricelulares até angiospermas 
• Reino Fungi: todos os fungos 
• Reino Protista: algas unicelulares e protozoários 
• Reino Monera: bactérias e cianobactérias 
 
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O sistema dos 5 Reinos foi proposto em 1969 pelo Biólogo norte-americano R. H. Wittaker e é o 
utilizado atualmente. 
 
Nomenclatura dos seres vivos 
Se você consultar um dicionário verificará que o fruto conhecido como ABÓBORA também pode ser 
chamado de jerimum, jerimu, jurumum, zapolo e zapolito-de-tronco. É provável que você não conheça 
todos esses nomes. 
Se em uma única língua de um único País existem tantos nomes para um mesmo organismo, calcule, 
então, como seria confuso se considerarmos todas as línguas e dialetos que existem no mundo! 
 
Para facilitar a comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades, que falam diferentes idiomas, 
e entre pessoas de diferentes regiões geográficas de um mesmo país, são utilizados nomes científicos 
para designar as várias espéciesde seres vivos. 
 
O sistema atual de nomenclatura segue proposta de Linnaeus: 
• é binomial, isto é, composto por dois nomes escritos em latim, ou latinizados; 
• o primeiro nome refere-se ao gênero e deve ter a inicial com letra maiúscula, ex.: Canis 
• o segundo nome é o epíteto específico e deve ser escrito com inicial minúscula, ex.: familiaris 
• Os dois juntos formam o nome da espécie, ex.: Canis familiaris, que é o cão doméstico. 
• Os nomes científicos devem ter grafia diferenciada no texto. Se este for manuscrito, deve-se 
passar um único traço embaixo do nome. Se for impresso pode-se, por exemplo, deixar a letra 
em itálico. 
 
Observe o exemplo abaixo: 
 
Tendo em vista que a classificação correta é em latim (ou em palavras latinizadas), apresentaremos os 
tópicos desta forma. No decorrer do texto, porém, vamos usar a classificação em língua portuguesa. 
Note também que, em alguns nomes, há a presença de radicais gregos. 
 
Leitura complementar: Vírus, um ser diferente 
 
Os vírus são o limite entre a matéria bruta e a matéria viva. 
Esses seres são muito especiais, pois não são formados por células. Seu organismo é formado por 
proteínas e outras substâncias. De todas as características dos seres vivos, os vírus apresentam somente 
duas: a capacidade de se reproduzir e de sofrer mutações. Por essa razão, os cientistas ainda não 
chegaram a um acordo se devem ou não classificar esses seres como organismos vivos. 
Conseqüentemente, os vírus não estão agrupados em nenhum reino. Quando as dúvidas que se tem 
hoje sobre as características desses seres forem esclarecidas, é provável que eles sejam classificados 
em um reino exclusivo deles. 
O vírus só consegue sobreviver e se reproduzir no interior das células. Para isso, ele tem que injetar o 
seu material genético no interior de uma célula viva. 
Quando isso ocorre podemos dizer que, de certa forma, o vírus inativa (desliga) o programa da célula e 
a obriga a fabricar novos vírus. Esses novos vírus irão contaminar novas células e, se o processo não 
for interrompido, ocorre o que chamamos de infecção. 
 
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Um ser que vive às custas de outros causando prejuízos denomina-se parasita. 
O vírus é um parasita intracelular, pois para se manifestar necessita penetrar numa célula. Ao se 
reproduzirem no interior dos seres vivos, os vírus desequilibram o organismo causando o que 
denominamos doença. 
 
Existem vírus que atacam animais e outros que atacam somente vegetais. 
Na espécie humana podemos destacar doenças que são causadas por vírus: a gripe, a caxumba, o 
sarampo, a hepatite, a febre amarela, a poliomielite (ou paralisia infantil), a raiva, a rubéola etc... 
 
Quando substâncias estranhas (chamadas antígenos) penetram no nosso organismo (o vírus, por 
exemplo), existem células do nosso sangue (certos glóbulos brancos) que são capazes de percebê-las, 
alertando outras células para o perigo de uma infecção. As células alertadas, outros glóbulos brancos, 
fabricam proteínas de defesa chamadas anticorpos, que inativam os antígenos. Dessa forma o nosso 
corpo identifica e neutraliza a ação de certos microorganismos, inclusive os vírus. Essa capacidade de 
defesa denomina-se imunização. 
 
Não existem medicamentos para combater os vírus depois que eles passam a parasitar um organismo. 
Nesse caso o único procedimento possível é esperar que o organismo reaja e produza anticorpos 
específicos para destruí-los. É o caso, por exemplo, da gripe. Não existem remédios para essa doença. 
O que há são medicamentos para livrar os sintomas desconfortáveis que ela provoca, como dores de 
cabeça, febre etc... 
 
No entanto alguns vírus são responsáveis por doenças fatais ou que deixam seqüelas graves, é o caso 
da AIDS, onde o vírus baixa radicalmente a resistência do organismo por atacar as células de defesa. O 
indivíduo, então, contrai infecções com mais facilidade e que se tornam graves, podendo matar a 
pessoa. A poliomielite é outro exemplo que pode deixar uma pessoa paralítica ou com sérios 
problemas motores. 
 
Contra algumas doenças viróticas existem vacinas, que são medicamentos preventivos. A vacinas não 
curam um organismo já infectado por vírus. São produzidas a partir de vírus “mortos” ou 
enfraquecidos. Uma vez introduzidos num indivíduo, esses vírus não têm condições de provocar a 
doença, mas são capazes de estimular o organismo a produzir anticorpos, imunizando-o. 
 
 
 
Reino Monera - Caracterização 
seres pertencentes ao Reino Monera possuem a propriedade de serem 
ente, os organismos mais abundantes do planeta, sendo encontradas em praticamente todos 
s meios: na terra, na água e no ar, na superfície ou no interior de organismos, em objetos e nos 
A m o micrômetro), mas algumas podem atingir 10 m m ou 
ma etro). 
 
O reino Monera compreende bactérias e cianobactérias. 
As bactérias e as cianobactérias são seres unicelulares, embora várias espécies se apresentem como 
colônias, formadas por agrupamentos celulares. 
Além da unicelularidade, os 
procariontes, ou seja, suas células não possuem membrana nuclear, a ausência dessa membrana resulta 
na difusão do material genético no citoplasma. 
 
1 - Bactérias 
Com cerca de 3000 espécies, as bactérias estão entre os menores e mais simples organismos e são, 
provavelm
o
materiais em decomposição. 
ai ria das bactérias não ultrapassa 1 m m (
is ( o micrômetro é a milésima parte do milím
 9
 
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De o ífica: cocos (esféricas), 
bac s de espiral) e vibriões (lembram uma 
írgula). 
nia de quatro indivíduos; 
lônia em forma de cacho; 
• Sarcina: colônia em forma de cubo; 
s cianobactérias são organismos unicelulares procariontes. Algumas vivem isoladamente, enquanto 
 até 1 metro de comprimento. 
ungos, formam os línquenes. 
quena exigência de nutrientes, proliferando em qualquer ambiente onde haja apenas gás 
= por si mesmo; 
1 - 
Os pro cópicos, constituem a maior parte do plâncton marinho e 
dulcícu
ac rdo com a forma que apresenta, elas recebem um denominação espec
ilo (alongadas, em forma de bastonete), espirilos (em forma 
v
 
Os cocos podem se associar, formando diversos tipos de colônias: 
• Diplococos: colônia de dois indivíduos; 
• Tétrade: colô
• Estreptococos: colônia em forma de colar ou fila; 
• Estafilococos: co
• Pneumococos: colônia de dois indivíduos, em forma de chama de vela; 
• Gonococos: colônia de dois indivíduos, em forma de rim. 
 
As bactérias em geral são heterótrofas, mas existem espécies autótrofas e parasitas de animais, 
inclusive do homem. Dentre as doenças de maior gravidade causadas por bactérias, devem ser 
lembradas a meningite, a tuberculose, a difteria, a lepra, a febre tifóide, a disenteria bacilar, o 
tétano, e o cólera. 
Muitas dessas doenças podem ser evitadas pela vacinação como, por exemplo, a tuberculose, a difteria, 
o tétano e a meningite. 
 
A importância das bactérias 
Quando falamos em bactérias, em geral as associamos a doenças. Porém, nem todas são nocivas à 
saúde. Muitas espécies são úteis ao homem, dentre elas bactérias do ácido acético, utilizadas na 
fabricação de vinagre, e os lactobacilos, empregados na preparação de coalhadas, iogurtes, queijos etc. 
Além disso, as bactérias são fundamentais para o equilíbrio da natureza. Como exemplo podemos citar 
as que participam do ciclo do nitrogênio, permitindo sua utilização pelas plantas terrestres. 
Devemos lembrar ainda das bactérias decompositoras, que permitem a reciclagem de elementos 
através da decomposição dos corpos mortos. As bactérias que vivem no nosso trato digestivo 
produzem vitaminas essenciais à nossa saúde. 
 
2 - Cianobactérias 
A
outras se associam em colônias de
São seres autótrofos fotossintetizantes. Além da clorofila, as cianobactérias possuem ficocianina 
(pigmento azul) e a ficoeritrina (pigmento vermelho). 
As cianobactériassão seres de grande distribuição natural, ocorrendo em água doce, terra e mar. São 
bastante comuns em fontes termais, suportando temperaturas acima de 80 ºC. Em associação com 
certas espécies de f
Elas têm pe
carbônico, nitrogênio, água, alguns minerais e luz. Algumas cianobactérias são capazes de fixar o 
nitrogênio do ar atmosférico, aproveitando esse gás para construir suas proteínas. 
 
 
Reino Protista- Caracterização 
Os seres classificados no Reino Protista são unicelulares, microscópicos e suas células são 
eucarióticas, portanto com núcleo verdadeiro. Eles podem ser autótrofos (grego autos 
trophé = nutrição) ou heterótrofos. Podemos dividir o Reino Protista em dois grupos: o das algas e o 
dos protozoários. 
 
Algas 
tistas autótrofos, organismos micros
la. São de fato os mais importantes produtores desses ecossistemas, isto é, pela fotossíntese, 
 10
 
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pro
também
As alg
(diatom
 
ode-se referir às algas como crisofíceas ou crisófitas, por exemplo, valendo esta nomenclatura para as 
Euglenófitas (grego eu = bem; grego glene = encaixe): são algas esverdeadas que possuem um 
ou dois flagelos, vivem principalmente em água doce. O principal representante é a Euglena; 
 que possuem. Algumas vivem em água doce mas a maioria é 
ência, sendo 
 
2 - o
ntigamente referia-se ao Filo dos Protozoários. Atualmente o termo protozoário tem sido empregado 
tigóforos): locomovem-se através de flagelos. Também conhecidos como 
flagelados. Ex.: tripanossomo; 
 livre e parasitas. 
ue os seres pluricelulares são feitas por células ou órgãos especializados. 
Os protozoários podem over udó os e flagelo a também 
es 
 
Os pseudópodos (grego pseudo = falso; grego podos s de rmitem 
um d . dó udam 
constantemente a forma da célula duran cam
Os cílios são filamentos curtos que ocorrem em gran lula, enquanto os flagelos são 
lo e u tem 
coordenadamente e possibilitam a nataç ganism a di
Muitos protozoários são parasitas do homem causan e quadro a seguir as 
pr
duzem os alimentos que direta ou indiretamente garantem a vida de todos os demais seres. Eles 
 são chamados de algas unicelulares. 
as unicelulares pertencentes ao Reino Protista distribuem-se por três divisões: Chrysophyta 
ácias e crisofítas), Euglenophyta (euglenóides) e Pyrrophyta (dinoflagelados). 
P
outras classes. 
• Crisófitas (grego chrysos = ouro; grego phykia = alga): são as algas douradas, representadas 
principalmente pelas diatomáceas; 
• 
• Pirrófitas (grego pyrrhos = avermelhado, cor de fogo): são as "algas de fogo", assim chamadas 
por causa da cor avermelhada
marinha. Um exemplo interessante de pirrófita é a Noctiluca, que possui luminesc
responsável, em grande parte, pela luminosidade do mar e da areia molhada, que se pode 
observar facilmente à noite. 
Pr tozoários 
A
como uma designação coletiva, sem valor taxonômico. Os antigos Subfilos passaram a ser os atuais 
Filos. 
 
A classificação dos protozoários é feita com base nas estruturas de locomoção que apresentam. Os 
principais Filos de protozoários são: 
• Sarcodina (sarcodíneos): locomovem-se através de pseudópodos. Ex.: as amebas; 
• Mastigophora (mas
• Ciliophora (ciliados): locomovem-se através de cílios. Ex.: paramécio; 
• Sporozoa (esporozoários): não possuem estruturas de locomoção. Ex.: plasmódio. 
 
Os protozoários (grego protos = primeiro; grego zoon = animal) formam um grupo numeroso, com 
uma grande variedade de formas, adaptadas aos mais diferentes modos de vida. Eles ocorrem em 
praticamente em todos os ambientes aquáticos e terrestres. Existem espécies de vida
As células dos protozoários são chamadas de “células-organismo”, pois são capazes de executar todas 
as funções q
se locom por pse podos, cíli s, embora haj
pécies sem locomoção. 
= pé) são expansõe citoplasma que pe
 lento deslizamento o organismo Esses pseu
te o deslo
podos se alongam e a
ento. 
de número por cé
largam, e assim m
ngos e cada célula apresenta ap nas um o
ão do or
alguns poucos. Nos 
o numa determinad
do diversas doenças. V
dois casos eles ba
reção. 
ja no 
incipais: 
Espécie Classe Doença Sintomas Transmissão 
Entamœba histolytica Rizópodo Amebíase Ulcerações intestinais, 
imento 
diarréia, 
enfraquec
Ingestão de cistos 
eliminados com as 
fezes humanas. 
Trypanosoma Cruzi Flagelado Doença de Problemas no coração, seto 
Chagas inchaço do baço e 
fígado, mal estar 
Fezes do in
barbeiro (Triatoma 
sp.) 
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Leishmania brasiliensis Flagelado Úlcera de 
Bauru 
Ulcerações (feridas que 
não cicatrizam) no 
rosto, braços e pernas 
Picada do mosquito 
palha (Phlebotomus 
sp.) 
Trichomonas vaginalis Flagelo Tricomoníase Vaginite, uretrite, Relação sexual ou 
corrimento toalhas e objetos 
úmidos contaminados 
Giardia lamblia Flagelado Giardíase Dores abdominais, Ingestão de cistos 
diarréia eliminados com fezes 
humanas 
Plasmodium vivax Esporozoário Malária Febres, anemia, lesões 
no baço e no fígado 
Picada de mosquito-
prego (Anopheles sp.). 
 
 
 
Reino Fungi- Caracterização 
les 
umanidade, utilizados na fermentação do pão e na produção de 
enças como: as "ferrugens, e os "carvões". 
m tipo de fungo utilizado desde a Antigüidade na produção de pães e bebidas 
microscópio verificou-se que o fermento é constituído de seres 
bol 
um pão
 
Os fungos mais conhecidos são os bolores, fermentos, lêvedos, orelhas de pau, mofos e cogumelos. 
São todos organismos eucariontes e heterotróficos. Podem viver livres na água ou no meio terrestre, 
onde há predominância de matéria orgânica. 
Para poderem absorver a matéria orgânica de que necessitam, os fungos mantêm três tipos de 
relacionamentos com outros seres vivos: saprofitismo (nutrem-se de restos de seres vivos que e
mesmos decompõem), mutualismo (associação com outro ser onde os dois se beneficiam) e 
parasitismo (nutre-se de substâncias orgânicas do corpo de animais ou plantas vivos). 
 
A maioria dos fungos é constituída por filamentos microscópicos denominados hifas, que em conjunto 
formam um emaranhado denominado micélio. 
 
A importância dos fungos 
Os fungos desempenham importantíssimo papel na Natureza: são eles que, juntamente com as 
bactérias do solo, fazem a decomposição de cadáveres de animais e de plantas. Nesse papel de 
decompositores da cadeia alimentar, eles permitem a reciclagem dos elementos químicos que 
constituem a matéria orgânica. Se não fosse assim, os elementos se esgotariam para os seres vivos. 
 
Os fungos são antigos aliados da h
bebidas alcoólicas. Além disso eles emprestam um sabor característico ao queijos tipo roquefort, 
camembert, gorgonzola e muitos outros, sem falar na utilização de fungos diretamente na alimentação, 
como é o caso dos famosos champignons. 
 
Os fungos têm importância médica pois podem causar doenças no homem, nos vegetais e nos animais. 
As doenças causadas por fungos recebem o nome de micoses. 
As principais micoses humanas são: o sapinho, a frieira e as micoses de pele. Nos vegetais os fungos 
odem causar dop
Ainda temos os fungos do gênero Penicillium, que são empregados na fabricação de antibióticos 
naturais. 
 
Por que cresce a massa do pão? 
 fermento biológico é uO
alcoólicas. Somente com o uso do 
vivos, unicelulares que se produzem por esporos e brotamento. 
 
O fermento colocado na massa do pão alimenta-se dela e produz gás carbônico. Com a formação de 
has de gás carbônico no interior da massa, esta aumenta de volume e se torna porosa, originando 
 macio. 
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A técni
da uva 
process
cana pr
 
 Taxon
A class
diferen -se os seguintes filos: 
ca de produção de bebidas alcoólicas é semelhante. O fungo presente no caldo da cana, no suco 
ou em outro líquido açucarado utiliza o açúcar como alimento e realiza suafermentação. Nesse 
o são liberados gás carbônico e álcool. Assim, do suco de uva produz-se vinho e do caldo de 
oduz-se cachaça. 
omia do Reino Fungi 
ificação dos fungos é feita principalmente á base das estruturas reprodutoras, que são as mais 
ciadas do seu ciclo de vida, e no tipo de hifas. Deste modo, tem
• Filo Oomycota – contendo cerca de 580 espécies, inclui os chamados fungos aquáticos, na sua 
maioria saprófitos. Estes fungos são filamentosos, com hifas multinucleadas. Apresentam 
celulose na parede celular, não quitina, ao contrário do que seria de esperar. A reprodução 
destes fungos difere bastante da dos restantes grupos, aproximando-os mais dos restantes 
eucariontes (principalmente algas), pelo que muitas vezes se tem questionado a sua relação 
filogenética com os restantes grupos do reino. Segundo esses autores deveriam ser incluídos no 
Reino Protoctista. Produzem esporos assexuados biflagelados, que os verdadeiros fungos 
nunca produzem. A reprodução sexuada inclui a produção de oogónios com oosferas e 
anterídeos com núcleos masculinos. Da fecundação resulta o oósporo, um esporo de parede 
• 
resistente, que dá nome ao taxon. Pertencem a este filo os chamados míldios, bem como os 
fungos que causam doenças em peixes e nos seus ovos; 
Filo Zygomycota – com 765 espécies conhecidas, são fungos terrestres, a maioria saprófita ou 
parasita. Apresentam parede celular com quitina e hifas cenocíticas. A reprodução sexuada 
origina zigósporos no interior de um zigosporângio (que dá o nome ao taxon e pode 
permanecer dormente longos períodos), de estrutura muito semelhante a um esporangióforo. 
Pertence a este filo o bolor negro do pão ou da fruta, uma séria ameaça a qualquer material 
armazenado húmido e rico em glícidos. Outros grupos destes fungos de importância ecológica 
são a ordem Entomophthorales, parasita de insectos e por isso cada vez mais utilizada no 
combate a pragas da agricultura, e o género Glomus, participante na formação de 
micorrizas; 
Filo Ascomycota – com mais de 30000 espécies, este filo inclui numerosos fungos familiares e 
com importância económica, como as trufas, numerosos bolores verdes, amarelos e vermelhos. 
O género Neurospora foi fundamental no desenvolvimento da genética, como organismo de 
estudo. Apresentam hifas septadas dicarióticas ou parcialmente septadas
• 
. Parede celular com 
quitina. Produzem assexuadamente conídios ou exósporos em conidióforos. A designação do 
filo deriva da estrutura produtora dos esporos sexuados, o ascocarpo, em forma de saco. 
Pertencem a este filo as leveduras, os únicos fungos deste grupo não filamentosos; 
Filo Basidiomycota – são incluídos neste filo mais de 16000 espécies, a maioria bem 
conhecida, como todos os cogumelos, as ferrugens e os carvões, importantes fitoparasitas. 
Muito importantes na decomposição de substratos vegetais, atingem 2/3 da biomassa não 
• 
animal dos solos. São fungos filamentosos, com hifas septadas perfuradas e dicarióticas e com 
parede quitinosa. A estrutura produtora de esporos sexuados, o basidiocarpo, é vulgarmente 
conhecido por cogumelo. Este resulta da fusão de dois micélios diferentes e irá produzir 
do restante micélio por septos. Deles, formam-
nismos deste filo. Por este motivo este filo também é designado por Fungi 
Imperfecti. Inclui mais de 17000 espécies, a maioria das quais parece ser de ascomicetos. 
 
Reino Plantae- Caracterização 
basídios, células em forma de clava e separadas 
se os basidiósporos, grupos de 4 e presos por pequenos pedúnculos; 
• Filo Deuteromycota – este filo inclui todos os fungos em não seja conhecida, ou esteja ser 
ignorada para motivos taxonómicos, a reprodução sexuada, como por exemplo os fungos 
pertencentes ao género Penicillium. Este género é um dos casos em que a fase sexuada é 
conhecida mas não é considerada na sua classificação devido á sua elevada semelhança com 
outros orga
 
 
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O R n
A exem
bastant as animais, o mesmo não pode se 
diz d
reprodu e, a folha, a flor, o 
frut 
 
ritérios usados na classificação de plantas 
 vasos condutores de água, sais minerais e moléculas 
orgânicas com origem na fotossíntese é um importante critério de classificação vegetal pois 
 meio terrestre; 
 terrestre, também revela um elevado grau de evolução; 
terrestres bem adaptadas. 
 grandes grupos: 
is, essenciais à vida 
s condutores de seiva. Por 
iva entende-se o líquido absorvido pelas raízes (seiva bruta) e as substâncias produzidas pela 
fotossíntese (seiva elaborada). 
seiva se 
z de célula a célula. A maioria, porém, é dotada de vasos condutores. 
m ramos onde se prendem as folhas, levando a seiva bruta e trazendo a seiva elaborada. 
a todas as partes do vegetal, garantindo a sua sobrevivência. 
Flores a reprodução vegetal. 
 
as 
s criptógamas podem ser divididas, com base na organização do corpo, em grupos menores: 
lgas pardas; 
• Rhodophyta (rodofíceas): as algas vermelhas. 
rtanto, os mais 
importantes produtores de alimento e energia. Grande quantidade de oxigênio existente na hidrosfera e 
na atmosfera se deve à fotossíntese realizada pelas algas. 
ei o Plantae compreende seres eucariontes, pluricelulares, autotróficos, que realizam fotossíntese. 
plo dos animais, o organismo vegetal é constituído por células. Contudo, sua organização é 
e diferente. Se seus órgãos têm funções paralelas às dos sistem
er a sua estrutura. Em relação aos animais falamos em sistemas digestório, respiratório, 
tor, etc.; no que diz respeito às plantas, tratamos de órgãos: a raiz, o caul
o e a semente. 
C
Os critérios usados exclusivamente no estudo das plantas são os seguintes: 
• vasos condutores– a presença de
está relacionado com o grau de adaptação ao
• semente– a presença de semente, um órgão reprodutor particularmente bem adaptado á 
dispersão em meio
• flor– intimamente relacionado com os aspectos anteriores, também é característica de plantas 
 
A classificação dos vegetais possui ligeiras diferenças em relação à classificação animal. Ao invés de 
usar o termo Filo, usa-se o termo Divisão. 
 
As plantas são divididas em dois
• Criptógamas (kripto, escondido): plantas que possuem as estruturas produtoras de gametas 
pouco evidentes 
• Fanerógamas (phanero, evidente): possuem as estruturas produtoras de gametas bem visíveis. 
 
Os órgãos e suas funções 
A raiz tem por função fixar a planta ao solo e retirar dele água e sais minera
vegetal. O caule mantém a planta ereta. Em seu interior encontram-se vaso
se
Há vegetais que não possuem vasos condutores (algas e musgos). Nesse caso, a distribuição da 
fa
Do caule parte
As folhas são, portanto, a parte dos vegetais onde ocorre a fotossíntese. A seiva elaborada por ela 
produzida é distribuíd
Nas folhas também acontecem os processos de respiração e transpiração vegetal. 
e sementes são órgãos que se relacionam com
Criptógam
A
 
1 - Talófitas 
As talófitas são plantas cujo corpo é um talo, estrutura não diferenciada em raiz, caule e folha. São as 
algas pluricelulares. 
Um dos critérios de classificação das algas é a cor. As algas segundo esse critério são divididas em: 
• Chrorophyta (clorofíceas): as algas verdes; 
• Phaeophyta (feofíceas): as a
 
A importância das algas 
As algas realizam a maior parte da fotossíntese que ocorre no Planeta. São, po
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- Briófitas 
lantas de pequeno porte, sendo que na maioria não ultrapassa 20 cm de altura. Vivem 
seiva 
través de suas paredes. 
 folhas e de seiva elaborada para as demais partes da planta. 
s principais representantes do grupo são as samambaias e as avencas. 
as pteridófitas as folhas se desenrolam a partir do centro da planta. 
A reprodução é feita por meio de esporos, q te são produzidos em soros localizados na 
baias). 
uturas 
produtoras,que são erradamente denominados flores; e as Angiospermas, que produzem flores. Uma 
a, de maneira ampla, como um “ramo” modificado e adaptado à reprodução. 
os: 
 gimnosperma 
ativa é a araucária, também conhecida como pinheiro-do-paraná. As flores da gimnosperma são 
estróbilos. Essas flores são de um só sexo, masculino ou feminino. 
tuais tenham aproximadamente 4000 anos de idade. 
ente). Por esse motivo são conhecidas como plantas frutíferas. 
As algas vermelhas são ricas em iodo e constituem uma valiosa de substâncias como o ágar-ágar 
(utilizado em laboratório para a cultura de bactérias) e a carragenina (utilizada como estabilizador de 
sorvetes, pastas de dentes e doces). 
 
2 
As briófitas são p
em ambientes úmidos e sombreados, uma vez que não são susceptíveis à dessecação. 
As briófitas apresentam estruturas chamadas rizóides, caulóides e filóides que desempenham um papel 
semelhante ao da raiz, caule e folhas. No entanto, não têm vasos condutores de seiva; tanto a 
elaborada quanto a bruta passam diretamente de uma célula para outra, a
O grupo das briófitas tem os musgos como principal representante. 
 
3 - Pteridófitas 
As pteridófitas são as primeiras plantas a possuir vasos condutores de seiva. A existência dos vasos 
possibilitou às plantas a conquista definitiva do ambiente terrestre. Os vasos permitem o transporte 
rápido da água e sais minerais até as
O
N
ue freqüentemen
parte de baixo das folhas (são aqueles pontinhos alaranjados que vemos às vezes nas samam
Ocorre alternância de gerações, sendo o vegetal adulto produtor de esporos que, uma vez no chão, dão 
origem a uma plantinha parecida com um coração (prótalo) e que produz os gametas. Esses se unem e 
vão dar origem a uma nova planta. 
 
 
Fanerógamas 
Nas fanerógamas os óvulos e o pólen são os gametas feminino e masculino, respectivamente. 
Dentre as fanerógamas temos as Gimnospermas, que produzem estróbilos como estr
re
flor pode ser definid
Sobre as folhas modificadas desse ramo é que se formam as estruturas reprodutivas das plantas 
fanerógamas. 
A semente é uma estrutura que contém em seu interior um pequeno embrião em repouso, além de 
grande quantidade de células e material nutritivo para garantir a germinação. As sementes têm origem 
a partir dos óvulos, formados nas flores. As fanerógamas são divididas em dois grandes grup
 
1 - Gimnospermas 
As gimnospermas são as primeiras plantas a produzirem flores (inflorescências) e sementes, porém não 
produzem frutos (grego = gymnos = nua, grego = sperma = semente) . 
As gimnospermas mais conhecidas são os pinheiros, ciprestes e sequóias. No Brasil uma
n
chamadas de cones ou 
As gimnospermas estão mais adaptadas às regiões temperadas. Chegam a formar vegetações como as 
taigas no Hemisfério Norte e a mata de araucária no sul do Brasil. 
As sequóias são gimnospermas de grande porte e ocorrem na Califórnia (Estados Unidos). Essas 
plantas chegam a atingir 120 metros de altura e seus troncos podem chegar a ter diâmetro de 12 
metros. Estima-se que as sequóias a
 
2 - Angiospermas 
As angiospermaspossuem como característica exclusiva, a semente contida no interior de um fruto 
(grego angio = urna; sperma = sem
 15
 
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ia-prima para as mais diversas 
odificadas que fazem parte do corpo do 
mbrião e que podem armazenar nutrientes que serão fornecidos a ele durante os estágios iniciais de 
o próprio nome diz, nas monocotiledôneas há apenas um cotilédone por 
e-açúcar, milho, gengibre e palmeiras em geral: coco-da-baía, babaçu, etc. 
as angiospermas a fecundação se dá quando o núcleo masculino (proveniente do grão de pólen) e o 
úcleo feminino (oosfera, proveniente do óvulo) se encontram, formando o zigoto, ainda no ovário da 
 zigoto, uma célula simples, sofre então muitas divisões celulares e dá origem a um pequeno 
iclo Haplodiplobionte: Todos os vegetais intermediários e superiores, todas as rodófitas, certas 
s). Por essa razão, a meiose é classificada como espórica, ou ainda intermediária, pois ocorre no 
eio do ciclo de vida. A diferença básica entre gametas e esporos é que os primeiros são células 
so denominada meiose zigótica. É interessante notar que o zigoto é a única célula 
iplóide do ciclo. A meiose também pode ser denominada inicial, pois ocorre no início do ciclo de 
corre na formação dos 
As angiospermas correspondem ao grupo de plantas com maior número de espécies sobre a Terra. 
Ocorrem em ampla diversidade de hábitats, existindo desde espécies aquáticas até plantas adaptadas a 
ambientes áridos, como os cactos. 
Economicamente, as angiospermas representam uma fonte de inestimável importância para o homem. 
Seus órgãos, como raiz, caule, folhas, flores, sementes e frutos, podem servir de alimento para a 
população humana. Além disso, servem, também como fontes de matér
atividades humanas e industriais. 
 
As angiospermas são divididas em dois grandes grupos: o das monocotiledôneas e o das 
dicotiledôneas. A principal característica que permite distinguir esses dois grupos é o número de 
cotilédones presentes na semente. Os cotilédones são folhas m
e
desenvolvimento. Como 
semente, enquanto nas dicotiledôneas há dois cotilédones por semente. 
São exemplos de monocotiledôneas: Alho, cebola, aspargo, abacaxi, bambu, grama, arroz, trigo, aveia, 
cana-d
São exemplos de dicotiledôneas: Vitória-régia, eucalipto, abacate, rosa, morango, pêra, maçã, feijão, 
ervilha, goiaba, jabuticaba, algodão, cacau, limão, maracujá, cacto, mamona, mandioca, seringueira, 
batata, mate, tomate, jacarandá, café, abóbora, melancia, etc. 
 
A formação da semente 
N
n
flor. 
O
embrião, pluricelular. O óvulo fecundado desenvolve-se formando então uma semente. Ela contém um 
embrião e substâncias nutritivas que o alimentarão quando a semente germinar. 
A formação de uma ou mais sementes no interior de um ovário provoca o seu desenvolvimento e ele, 
crescendo muito origina um fruto, enquanto murcham todas as demais partes da flor. 
 
 
Ciclos reprodutores dos vegetais 
 
C
feófitas, como a Laminaria, e certas clorófitas, como a Ulva, possuem o ciclo haplodiplobionte. Neste 
ciclo ocorre uma alternância de gerações, onde há um adulto haplóide (n) e um adulto diplóide (2n). O 
adulto haplóide produz gametas (n) por mitose, por isso chamado de gametófito (produtor de gametas). 
Já o adulto diplóide produz esporos (n) por meiose, sendo denominado esporófito (produtor de 
esporo
m
sexuais, enquanto que os esporos são assexuados. 
 
Ciclo Haplobionte: Algumas algas verdes, como a Ulothrix, possuem ciclo de vida haplobionte, ou 
seja, há apenas indivíduos haplóides (n). O zigoto, ou célula ovo, formado por fecundação, logo sofre 
meiose, por is
d
vida. 
 
Ciclo Diplobionte: É o ciclo de vida característico dos animais, porém algumas clorófitas, como a 
Bryopsis, e certas feófitas, como Sargassum e Fucus, também o apresentam. O indivíduo adulto é 
diplóide (2n), sendo que a única célula haplóide do ciclo é o gameta. A meiose o
gametas, por isso denominada meiose gamética. Como ocorre no final do ciclo, também chamada 
meiose final. 
 16
 
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sporófito (2n) e os 
ansitórios são os gametófitos . O gametófito masculino jovem é o grão de pólen * que se desenvolve 
como as coníferas, não precisam de água para a fecundação, que se dá por 
ifonogamia, com formação de tubo polínico. Mas algumas gimnospermas primitivas, consideradas 
zindo anterozóides que nadam em direção à oosfera. 
 
O ciclo de vida das gimnospermas é haplodiplobionte. O vegetal duradouro é o e
tr
originando o tubo polínico (gametófito masculino maduro ou microprotalo). O gametófito feminino ou 
megaprótalo é o saco embrionário que fica no interior do óvulo. O gameta masculino haplóide (n) é o 
núcleo espermático (ou gamético) e o gameta feminino haplóide (n) é a oosfera. 
Muitas gimnospermas, 
s
por alguns autores comoverdadeiros fósseis vivos (Cycas revoluta, por exemplo) ainda dependem da 
água para a fecundação produ
 
Observação: A nomenclatura dos ciclos de vida surgiu nas décadas de 1920 e 1930. Svedelius, em 
1931, foi o primeiro a empregar o termo "haplobionte" para designar o ciclo de vida de certas algas. 
Posteriormente, essa nomenclatura foi generalizada, passando também a ser usada para ciclos de vida 
de outros organismos. 
 
De acordo com a nomenclatura originalmente proposta, há dois tipos básicos de ciclo vital: 
haplobionte e diplobionte. 
 
No primeiro tipo de ciclo — haplobionte (do grego haplo, simples, único, e bionte, organismo) — há 
apenas um tipo de organismo adulto, que pode ser haplóide ou diplóide. Se a forma adulta é haplóide 
), o ciclo é denominado haplobionte haplonte e representado pela sigla H, h. Se a forma adulta é 
 (2n), levando à 
rmação de esporos (n), que germinam e originam gametófitos sexuados (n). Estes, por sua vez, 
rmam gametas (n), que se unem e originam o zigoto (2n). O desenvolvimento do zigoto no 
o a meiose ocorre na formação de esporos, fala-se em meiose 
 obras. O ciclo que denominamos haplobionte haplonte (H, 
h) tem
"diplob do "haplodiplobionte". 
 
 
Reino 
Atualm nto 
out ados genericamente de 
nim
ão 
(n
diplóide (2n), o ciclo é denominado haplobionte diplonte e representado pela sigla H, d. 
No ciclo haplobionte haplonte (H, h), os adultos (n) produzem gametas (n), que se unem e dão origem 
ao zigoto (2n). Este sofre meiose, originando esporos (n), que se desenvolvem em formas adultas (n), 
fechando o ciclo. Como a meiose ocorre no zigoto, fala-se em meiose zigótica. 
No ciclo haplobionte diplonte, a meiose ocorre nos adultos (2n), levando à formação de gametas (n). 
Estes se unem e originam o zigoto (2n), que se desenvolve em formas adultas (2n). Como a meiose 
leva à formação de gametas, fala-se em meiose gamética. 
 
O segundo tipo de ciclo de vida — diplobionte (do grego diplo, duplo, dois), representado pela sigla 
D, h+d — caracteriza-se por apresentar dois tipos de forma adulta, uma delas haplóide, denominada 
gametófito, e outra diplóide, denominada esporófito. A meiose ocorre no esporófito
fo
fo
esporófito (2n) fecha o ciclo. Com
espórica. No ciclo diplobionte ocorre, portanto, alternância de gerações haplóide e diplóide. 
Alguns livros didáticos destinados ao ensino médio trazem nomenclatura diferente da apresentada 
anteriormente, que foi a adotada em nossas
 sido chamado "haplobionte"; o ciclo haplobionte diplonte (H, d) tem sido chamado 
ionte"; e o ciclo diplobionte (D, h+d) tem sido chama
Animalia- Caracterização 
ente são conhecidas cerca de 1 milhão de espécies pertencentes ao Reino Animal, enqua
ras estão sendo constantemente identificadas. Esses organismos, cham
ais, possuem características comuns: a
• São peculiares, eucariontes e heterotróficos (grego hetero = outro, diferente; grego trophé = 
nutrição). Suas células não possuem parede celular. 
• Como são heterotróficos dependem, para sua nutrição, de outros seres vivos. 
• A maioria dos animais é capaz de se locomover. As espécies que não se locomovem s
aquáticas e recebem os alimentos trazidos pela água. 
• A maioria dos animais possui sistema nervoso e é capaz de reagir rapidamente a estímulos. 
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uem, 
urante a vida embrionária, três características: notocorda (eixo esquelético), fendas branquias 
erfurações ao lado da faringe) e tubo nervoso dorsal (participa da formação do sistema nervoso). 
O filo chordata é subdividido em s ochordata e Vertebrata. No subfilo 
Uroch , as larvas córdio e t arecend do adulto. Os 
Cefalocordados têm no tubo ne bras. rados, excepto nos 
peixes-bruxa, o notocór do tebral lásticos, 
enterocelomados, deute se ma, dos 
cordados divide-se em 3 subfilos, dos quais veremos apenas o subfilo dos Vertebrados (tabela 2). 
 
 
Tabela rados 
Filo ísticas 
• A reprodução geralmente é sexuada (com troca de gametas). 
 
Os animais dos filos citados na tabela 1 não possuem coluna vertebral, por isso são chamados de 
Invertebrados. Além desses filos, existe o filo dos Cordados. Os representantes desse filo poss
d
(p
ubfilos: Urochordata, Cephal
ordata têm noto ubo neural, desap o ambas no esta
tocórdio e ural, mas sem verte Nos verteb
dio foi substituí por uma coluna ver óssea. São animais trib
esqueleto interno. O filorostômios, com gmentação heterôno
 1: Os inverteb
Classes Representantes Caracter
1. Poríferos Calcários 
 
Esponjas calcárias 
e vidro 
o 
s na 
 corpo. Embora 
Hexactinélidas 
Demospôngias
Esponjas d
Esponjas de banh
Aquáticos 
Apresentam ponto
parede do
pluricelulares, não 
formam tecidos 
2. Celenterados 
Citozoários 
Astozoários 
Águas-vivas 
Corais e anêmonas 
 
 
Hidrozoários Hidra e obélia Aquáticos, formam
tecidos, mas não formam
órgãos. 
Possuem cnidoblastos 
3. Platelmintos 
 
s 
 
 
Turbelários 
Trematódeos
Cestóide
Planária
Esquistossomo 
Cestóideo 
Vermes de corpo 
achatado 
dorsoventralmente. De 
vida livre e parasitas 
4. Nematoda Nematódeos Lombriga, ancilóstomo 
o. De vida livre 
Vermes de corpo 
cilíndric
e parasitas 
5. Anelídeos Oligoquetos 
Poliquetos 
Hirudíneos 
Nereis 
Sanguessugas 
Minhocas Vermes anelados. Vida 
livre em solos úmidos, 
água doce ou salgada. 
Insetos Moscas, barbeiros, 
borboletas 
Corpo com cabeça, tórax 
e abdômen. Um par de 
antenas e três pares de 
patas. 
Crustáceos Camarões, siris, 
caranguejos 
x e 
pares de 
o 
Corpo com cefalotóra
abdômen. Dois pares de 
antenas e vários 
patas. Maioria marinh
Aracnídeos Aranhas, escorpiões e 
 
carrapatos 
Corpo com cefalotórax e
abdômen. Não possuem 
antenas. Quatro pares de
patas 
Quilópodos Centopéias e lacraias 
om um 
Anelados, um par de 
patas por anel e c
par de antenas. 
6. Artrópodos 
 
anel 
Diplópodos Piolho-de-cobra Anelados, com dois 
pares de patas por 
 18
 
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7. Moluscos s 
Pelecípodos 
Cefalópodos 
Ostras e mariscos 
Lulas e polvos 
ole, 
 com concha 
calcária. Marinhos, de 
água doce e terrestre. 
Gastrópodo Caramujos Animais de corpo m
geralmente
8. Equinodermos Asteróides 
ides 
inóides 
s
Crinóides 
ino-do-mar 
Lírio-do-mar 
Exclusivamente 
spinhos na 
o. 
ado por placas 
calcárias. 
Ofiuró
Equ
Holoturóide 
Ouriço-do-mar 
Pep
Estrelas-do-mar 
Ofiúro marinhos. E
superfície do corp
Esqueleto interno 
form
 
 
Tabela 2: Os vertebrado
Subfilo 
s 
Classes Representantes Características 
Peixes 
cartilaginosos 
 
Peixes ósseos 
Tubarão, cação, raia, 
quimera. 
 
Cavalo-marinho, bagre, 
dourado, cavalinha. 
arinhos e 
inhos e 
 
Esqueleto cartilaginoso. 
Pecilotérmicos. M
dulcículas 
 
Esqueleto ósseo. 
Pecilotérmicos. Mar
dulcículas. 
Anfíbios , pererecas. 
adultos, terrestres. 
Sapos, rãs Na fase larval são aquáticos e, 
quando 
Pecilotérmicos. 
Répteis uga. 
scamas ou 
placas córneas, adaptados ao 
ambiente terrestre. 
Cobra, jacaré, tartar Andar rastejante. 
Pecilotérmicos. E
Aves Ema, pingüim, tuiuiú, Capazes de voar. Dípedes. 
canário. Homeotermos. Possuem bicos e 
penas. 
Vertebrados 
Mamíferos Baleia, golfinho, 
morcego, homem, 
cachorro, vaca. 
Tetrápodos. Possuem pêlos e 
glândulas mamárias. 
Homeotermos. 
 
 
Tendo em vista a extensão do Reino animal vamos abordar apenas os principais aspectos de cada filo 
ou subfilo. 
 
Invertebrados 
 
1 - Filo Porifera 
O Filo Porífera (poríferos) é constituído pelas esponjas, animais sésseis (fixos) que vivem em ambiente 
marinho e de água doce. Quanto à forma, as esponjas podem ser tubulares, ramificadas globulares, em 
 corpo das esponjas é recoberto por poros, daí o nome de Porifera (poros = poro, phorus = portador 
njas têm no ápice do corpo uma abertura denominada ósculo e internamente uma 
forma decopa etc.. Quanto à cor, em geral são cinzentas ou pardas. Encontram-se, contudo, esponjas 
vermelhas, amarelas, violetas, negras e azuis. Vivem reunidas em colônias que pode variar em 
tamanho de 1 milímetro a 2 metros. 
O
de) ao filo. As espo
cavidade chamada átrio. 
Os poríferos são animais filtradores: a água e os alimentos entram pelos poros, circulam pelo átrio, e 
pelo ósculo são eliminados juntamente com água os restos não-aproveitáveis. 
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e ser dividido em vários planos de simetria, dispostos em raios. 
a de guarda-chuva) e de vida livre. Eles podem formar 
ndo tocadas, lançam para fora um filamento com um líquido 
ticante. Esse líquido pode provocar sérias queimaduras no ser humano. Os cnidoblastos participam 
entos. 
z por gametas, com fecundação externa (os gametas se unem 
produção é chamado 
de vermes em forma de fita. 
ão os primeiros animais a apresentar simetria bilateral. Isso quer dizer que esses animais têm o corpo 
e poder de regeneração: às vezes utiliza esta capacidade e divide-se 
ssexuadamente ao meio. A metade anterior regenera a parte posterior e a metade posterior regenera a 
Os a em-se, na grande maioria das vezes, sexualmente. Existem platelmintos 
 como doenças são adquiridas, faz-se necessário o estudo do ciclo vital dos 
platelmintos parasitas. 
 
Vejamos agora algumas doenças causadas por platelmintos: 
 
• Esquistossomose 
A esquistossomose, também conhecida como barriga d'água, é doença causada pelo verme 
Schistosoma mansoni (esquistossomo). Esse verme parasita as veias do intestino, afetando também o 
fígado e as vias urinárias. 
As esponjas podem se reproduzir tanto assexuadamente, por brotamento, quanto sexuadamente. Na 
reprodução por brotamento aparece um “broto” no corpo do animal que, depois de um determinado 
tempo pode soltar-se ou não e formar outro indivíduo. 
 
2 - Filo Cnidaria 
Os animais que compõem o grupo dos cnidários são aquáticos e quase todos marinhos. 
Os cnidários compreendem as hidras, águas-vivas, caravelas, corais e as anêmonas-do-mar. Possuem 
simetria radial, pois seu corpo pod
Nesse filo encontramos dois tipos de indivíduos: as medusas, que são natantes, e os pólipos, que são 
fixos. A forma pólipo é cilíndrica, com uma das extremidades apoiadas num substrato qualquer e a 
outra livre. A medusa é arredondada (form
colônias, como é o caso dos corais (colônias sésseis), e das caravelas (colônias flutuantes). 
Ao longo de todo o corpo do animal, mas em maior quantidade nos tentáculos, aparecem células 
especiais chamadas cnidoblastos que, qua
ur
também na captura de alim
A reprodução dos cnidários pode ser sexuada e assexuada. A reprodução assexuada pode ser feita por 
brotamento. A reprodução sexuada se fa
na água) ou interna (no interior da fêmea). 
Em muitos cnidários a reprodução assexuada se alterna com a reprodução sexuada, num ciclo que há 
também uma alternância das formas de pólipos e medusas. Esse tipo de re
alternância de gerações ou metagênese. 
 
3 - Filo Platyhelminthes 
Os platelmintos são vermes com o corpo achatado (plathyes = achatado; helminthes = verme ), também 
chamados 
S
formado por duas metades simétricas. Nós, por exemplo, somos bilaterais simétricos. Existe apenas 
um plano que divide imaginariamente nosso corpo em duas metades simétricas. 
Alguns platelmintos, como as planárias, de vida livre, vivem na água ou na terra. Outros, como a tênia 
ou solitária e o esquistossomo, são parasitas de vertebrados, inclusive do homem. 
A planária tem grand
a
anterior. 
 
pl telmintos reproduz
hermafroditas (tênia e planetária) e platelmintos de sexos separados (esquistossomo). Muitos 
platelmintos têm grande interesse médico pois causam doenças em vários animais, inclusive no 
homem. Para compreender
 20
 
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Ciclo da esquitossomose 
 
A pessoa infectada, defecando em local inadequado, elimina os ovos do verme junto com as fezes. Se 
eles atingirem a água doce, desenvolvem-se em larvas chamadas miracídios. O miracídio precisa de 
um caramujo para continuar seu desenvolvimento. Não qualquer caramujo, mas só dos gêneros 
Biomphalaria e Planorbis. Após infestar o caramujo, o miracídio sofre inúmeras transformações e 
passa a chamar-se cercária. A cercária sai do caramujo e fica nas águas paradas dos lagos, açudes ou 
represas. Quando uma pessoa entra em contato com a água contaminada, seja lavando roupa, 
banhando-se ou brincando, a cercária penetra pela pele e circula através da corrente sangüínea, 
chegando ao fígado, onde torna-se adulta e o ciclo reinicia. 
Como você pode perceber, o esquistossomo precisa de dois hospedeiros para se desenvolver 
completamente: um intermediário (que abriga as fases jovens do parasita) – o caramujo – e um 
definitivo (que abriga a fase adulta do verme) – o homem. 
 
Sintomas : Os sinais e sintomas da esquistossomose têm relação com a localização dos vermes no 
organismo humano. Os doentes apresentam, geralmente, aumento do tamanho do fígado e do baço e do 
volume abdominal. 
 
Profilaxia: A profilaxia da doença faz-se pelo combate ao caramujo, que é hospedeiro intermediário. 
São também importantes as medidas relativas à educação sanitária, desincentivando o uso de água 
parada como lugar para banhos. 
 
• Teníase 
A tênia é também chamada de solitária pois geralmente encontra-se apenas um verme no corpo do 
hospedeiro. Há dois tipos de solitárias: a Taenia solium e a Taenia saginata. Ambas são parasitas 
intestinais e causam doença chamada teníase, sendo que uma adquire-se ingerindo a carne de porco 
contaminada (Taenia solium) e a outra carne de vaca (Taenia saginata). 
 21
 
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amadas proglotes. São animais hemafroditas capazes 
 se autofecundar, sendo que os espermatozóides de uma proglote fecundam os óvulos de outra 
 ovos. Esses ovos podem 
er ingeridos por um porco ou vaca. Dentro do corpo do animal esses ovos dão origem a larvas que 
ntomas: Os sintomas da teníase são dores abdominais, alterações no apetite, diarréias e ocasionais 
se é muito prejudicial à saúde, pois a tênia consome praticamente todo o alimento 
tos e da 
speção rigorosa da carne de porco e de boi nos abatedouros dos açougues. 
Há um inda ve rece cisticer e às vezes 
fata da a adas. 
Qua n ete- rco: os 
ovos dão origem a a parede i tingem r, os 
pulm bro. Os sintom
 
4 - Filo Nematoda 
Os nematódeos (nemathos = fio, helminthyes = verme) são vermes, com corpo 
alongado e cilíndrico assemelhando-se a um fio. 
Este pod cópicos e 
pod rasitas pode e
 
A seguir veremos os principais nematódeos parasita
Vermes Doença Contaminação ilaxia 
Tênias 
O corpo desses animais é dividido em partes ch
de
proglote de um mesmo animal. As proglotes depois de fecundadas e cheias de ovos são chamadas 
proglotes grávidas. 
Junto com as fezes de um indivíduo contaminado saem as proglotes cheias de
s
perfuram a parede do intestino e são conduzidas pelo sangue até os músculos (carne). Aí elas se 
desenvolvem, formando uma bolinha branca chamada cisticerco, também conhecida como canjiquinha 
e pipoca. Se o homem comer essa carne mal cozida ou mal passada, os cisticercos poderão 
desenvolver-se em seu intestino, dando origem a uma tênia. 
 
Si
nervosismos. A tenía
que a pessoa ingere, deixando-a bastante fraca. 
 
Profilaxia : A profilaxia pode ser feita evitando-se comer carnes de porco ou de boi mal cozidas; 
através da construção de sanitários em locais adequados; do tratamento da água dos esgo
in
 
a forma a mais gra dessa doença que be o nome de cose. Grave, 
l, essa doença 
ndo isso aco
ões e o cére
é contraí
tece, rep
 larvas que
través da ingestão de
se no organismo hu
travessam a
 ovos do verme em
mano aquilo que ac
ntestinal e a
endem da localizaçã
 frutas ou verduras mal-lav
ontece

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